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MODELOS DE ARTIGO DE OPINIÃO PREVENIR OU REMEDIAR? Por Cassildo Souza(*) Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questão que não pode ser colocada em segundo plano certamente é a descriminalização do aborto. Os que defendem tal legalidade afirmam que, uma vez aprovada, a lei priorizaria o acesso a métodos seguros de extração, em caso de gravidez indesejada, com a justificativa se preservar a vida da mãe. Porém, o caminho mais coerente seria incentivar a prevenção, ao invés de se alimentar a prática de um crime na mais aceitável significação da palavra. Vivemos em um mundo rodeado de informações, e as campanhas promovidas pelos órgãos de saúde competentes, se não são ideais, também não permitem alegar-se a falta de conhecimento a respeito do assunto. Por ano, são distribuídos milhões de camisinhas e outros mecanismos capazes de evitar que o indesejado (quase sempre inesperado) aconteça. Se, mesmo assim, o índice de adolescentes que dão a luz cresce assustadoramente a cada ano, com a possibilidade de o aborto tornar-se legal, isso aumentaria numa velocidade ainda maior. Não sendo bem-sucedidas como deveriam, as estratégias de conscientização para se prevenir a gravidez, como em qualquer outra campanha, devem evoluir; outros meios devem ser criados. Podemos citar que algumas doenças foram erradicadas no passado, por terem sido combatidas veementemente. Descriminalizar o aborto, além de constituir uma motivação para o descompromisso com a vida, atesta a incapacidade do Estado para resolver questões sérias e urgentes. A atitude mais sensata é sempre eliminar o problema em sua origem, em qualquer que seja a situação. Não podemos mais conceber, a essa altura, a recorrência a mecanismos imediatistas para sanar algo que poderia ter sido suprimido no passado. Os exemplos do insucesso estão em toda a parte: por não investirmos em educação é que corremos atrás de bandido, vivemos inúmeras epidemias e, para completar, ainda queremos permitir a castração de uma vida, antes mesmo de ser concretizada. __________________________________________________________________ Cada indivíduo é responsável por sua conduta Cassildo Souza Atribuir à sociedade como um todo a culpa por certos comportamentos errôneos não parece, em minha maneira de pensar, uma atitude sensata. Costumamos ouvir por aí coisas do tipo “O Brasil não tem mais jeito”, “O povo brasileiro é corrupto por natureza”, “Todas as pessoas são egoístas” e frases afins. Essa é uma visão já cristalizada no pensamento de boa parte de nosso povo. Entretanto, se há equívocos, se existem erros, se modos ilícitos são verificados, eles sempre terão partido de um indivíduo. Mesmo que depois essas práticas se propaguem, somente serão contaminados por elas aqueles que assim o desejarem. Uma corporação que, por exemplo, está sob investigação criminal em decorrência da ação de alguns de seus componentes, não estará necessariamente corrompida em sua totalidade. Aliás, a meu juízo, isso é quase impossível de acontecer. É preciso compreender que nem todo mundo se deixa influenciar por ações fraudulentas. De repente o que alguém acha interessante pode ser considerado totalmente inviável por outra pessoa e não acredito que seja justo um ser humano ser responsabilizado apenas por fazer parte de um grupo “contaminado”, mesmo

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  • MODELOS DE ARTIGO DE OPINIO

    PREVENIR OU REMEDIAR? Por Cassildo Souza(*)

    Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questo que no pode ser colocada em segundo plano certamente a descriminalizao do aborto. Os que defendem tal legalidade afirmam que, uma vez aprovada, a lei priorizaria o acesso a mtodos seguros de

    extrao, em caso de gravidez indesejada, com a justificativa se preservar a vida da me. Porm, o caminho mais coerente seria incentivar a preveno, ao invs de se alimentar a

    prtica de um crime na mais aceitvel significao da palavra. Vivemos em um mundo rodeado de informaes, e as campanhas promovidas pelos rgos de

    sade competentes, se no so ideais, tambm no permitem alegar-se a falta de conhecimento a respeito do assunto. Por ano, so distribudos milhes de camisinhas e outros

    mecanismos capazes de evitar que o indesejado (quase sempre inesperado) acontea. Se, mesmo assim, o ndice de adolescentes que do a luz cresce assustadoramente a cada ano,

    com a possibilidade de o aborto tornar-se legal, isso aumentaria numa velocidade ainda maior. No sendo bem-sucedidas como deveriam, as estratgias de conscientizao para se prevenir

    a gravidez, como em qualquer outra campanha, devem evoluir; outros meios devem ser criados. Podemos citar que algumas doenas foram erradicadas no passado, por terem sido

    combatidas veementemente. Descriminalizar o aborto, alm de constituir uma motivao para o descompromisso com a vida, atesta a incapacidade do Estado para resolver questes srias e

    urgentes. A atitude mais sensata sempre eliminar o problema em sua origem, em qualquer que seja a

    situao. No podemos mais conceber, a essa altura, a recorrncia a mecanismos imediatistas para sanar algo que poderia ter sido suprimido no passado. Os exemplos do insucesso esto em toda a parte: por no investirmos em educao que corremos atrs de bandido, vivemos

    inmeras epidemias e, para completar, ainda queremos permitir a castrao de uma vida, antes mesmo de ser concretizada.

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    Cada indivduo responsvel por sua conduta

    Cassildo Souza Atribuir sociedade como um todo a culpa por certos comportamentos errneos no parece, em minha maneira de pensar, uma atitude sensata. Costumamos ouvir por a coisas do tipo O Brasil no tem mais jeito, O povo brasileiro corrupto por natureza, Todas as pessoas so egostas e frases afins. Essa uma viso j cristalizada no pensamento de boa parte de nosso povo. Entretanto, se h equvocos, se existem erros, se modos ilcitos so verificados, eles sempre tero partido de um indivduo. Mesmo que depois essas prticas se propaguem, somente sero contaminados por elas aqueles que assim o desejarem. Uma corporao que, por exemplo, est sob investigao criminal em decorrncia da ao de alguns de seus componentes, no estar necessariamente corrompida em sua totalidade. Alis, a meu juzo, isso quase impossvel de acontecer. preciso compreender que nem todo mundo se deixa influenciar por aes fraudulentas. De repente o que algum acha interessante pode ser considerado totalmente invivel por outra pessoa e no acredito que seja justo um ser humano ser responsabilizado apenas por fazer parte de um grupo contaminado, mesmo

  • sem ele, o cidado, ter exercido qualquer coisa que comprometa a sua idoneidade moral. Todos sabemos que um indivduo constitudo suficientemente para pagar por suas falcatruas. Por isso, no concordo que haja julgamento geral. preciso que saibamos separar o bom do ruim, o honesto do corrupto, o bom-carter do mau-carter, o dissimulado do verdadeiro. Todos tm conscincia do que seja certo ou errado e devem carregar sozinhos o fardo de terem sido desleais, incorretos e vulgares, sem manchar a imagem daqueles que, por vias do destino, constituem certas faces que no apresentam, totalitariamente, uma conduta legal. __________________________________________________________________

    O CONTRASTE ATUAL DAS CHUVAS

    Aquarius Pluvis

    No regime de sobrevivncia de qualquer sociedade a gua tida como um

    dos elementos indispensveis. Em sociedades antigas, como a Egpcia ou a

    Mesopotmica, as chuvas eram recebidas com festas, uma vez que ocasionavam

    a cheia dos rios e assim a fartura das pessoas que viviam em suas proximidades.

    Atualmente, no podemos atribuir um carter to alegre s chuvas, ao

    menos em grande parte do Brasil. Em funo da falta de planejamento nos

    sistemas imobilirio e de infra-estrutura, um processo chuvoso que deveria

    naturalmente ser benfico e no causar danos acabou se transformando em um

    dos principais problemas para as pessoas que viviam nas cidades atingidas. Em

    funo da dificuldade de escoamento das guas das chuvas, diversos centros

    urbanos chegam a ficar completamente alagados durante perodos chuvosos. Tais

    alagamentos, aliados s enchentes, trazem consigo no apenas prejuzos fsicos

    (destruio de casas, deixando milhares de pessoas desabrigadas), mas tambm

    danos biolgicos ao homem, uma vez que contribuem para a proliferao de

    doenas, especialmente atravs de transporte de lixo e de substancias infectadas

    por causadores de enfermidades, que por sua vez podem at causar a morte.

    interessante notar que as regies mais atingidas pelos fenmenos acima citados

    configuram-se em grandes centros.

    Desta maneira, deve-se promover um estudo mais aprofundado que auxilie

    na dinmica habitacional crescente, de maneira a evitar que gua fique

    impossibilitada de ser escoada. Nas reas que j sofrem com o problema, devem

  • ser construdas obras que solucionem o mesmo, tais como os crregos, que

    servem para transportar a gua das chuvas.

    Autor: Felipe Augusto de Medeiros Cabral Nota: 9,50

    Redao do Projeto de Incentivo Leitura - CENTRAL DE CURSOS

    Adequando-se ao nosso tempo

    Catolicis Matrimonus

    Assunto complexo que envolve a discusso sobre o casamento para padres apostlicos romanos, um absurdo para alguns extremistas, mas que tem despertado interesse da sociedade, principalmente aps o conhecimento de que, apenas no Brasil, existem mais de 7 mil sacerdotes em situao de matrimnio ou unio estvel. Opinar sobre to complexa matria deveras um desafio, no entanto, enquanto cidados, temos o direito e especialmente o dever de nos posicionarmos. Sabemos que a Santa Igreja Catlica baseia-se em princpios e dogmas milenares, os quais respeito profundamente, mas preciso, dada a nossa realidade, rever alguns desses preceitos, e o casamento envolvendo seus padres um deles. Quando um individuo ordenado sacerdote, acaba concordando em dedicar-se exclusivamente obra de Deus, o que inclui tambm no relacionar-se de forma conjugal. No entanto, o simples fato de constituir uma orientao milenar no deve servir de argumento para no considerar a reviso de tais conceitos. Tradies podem ser quebradas, sim. No nego jamais a capacidade dos membros do Vaticano em tomar decises acertadas, mas a realidade nos mostra traumas profundos que a Igreja tem sofrido nos ltimos tempos, isso para no resgatarmos as atrocidades que a histria remonta. Atos de pedofilia e casamentos ocultos so s alguns exemplos, o que torna a Instituio vulnervel. A proibio do matrimnio para sacerdotes gera uma srie de outros erros, pois quando sentem a necessidade de estar ao lado de algum, o fazem sem o devido consentimento de seus superiores e, assim, agem contra suas prprias concepes. No h - nem haveria por qu - qualquer empecilho entre um padre casar, constituir famlia, gerar filhos e continuar exercendo seu ofcio. Em outras religies, sem querer fazer comparaes, isso perfeitamente vivel. melhor rever certos preceitos do que alimentar hipocrisias, uma vez que os erros cometidos so concretos. Caso contrrio, os membros da Igreja continuaro a desviar-se dos dogmas, mesmo que ocultamente, por serem homens comuns e terem as mesmas necessidades fsicas e psicolgicas de qualquer outra pessoa, ainda que tenham jurado servir somente Igreja. O casamento direcionado aos padres seria, na certa, uma deciso revolucionria, sbia e benfica firme manuteno do Cristianismo.

  • Noes Bsicas - ARTIGO DE OPINIO

    O ARTIGO DE OPINIO - A todo instante temos de nos posicionar sobre certos temas que

    circulam socialmente. Por exemplo, a pena de morte uma sada contra a violncia? Uma

    mulher grvida deve ter o direito de interromper a gravidez de um feto anencfalo? A televiso

    deve sofrer algum tipo de controle? O tabagismo? Como resposta a essas e outras questes,

    so publicadas em jornais e revistas ARTIGOS DE OPINIO, nos quais o autor expressa um

    ponto de vista sobre o tema em discusso.

    CARACTERSTICAS DO ARTIGO DE OPINIO - Texto argumentativo que difunde opinio sobre

    um tema polmico. Circula nos meios de comunicao em geral, por exemplo, jornais, revistas

    e outros. Tem como estrutura bsica uma ideia central (que resume o ponto de vista do autor)

    e sua fundamentao com base em argumentos, construdos a partir de verdades. Exige a

    variedade padro da lngua.

    COMO PRODUZIR O ARTIGO DE OPINIO - Use a 1 pessoa do plural ou a 3 do singular.

    (Embora permitido por alguns autores, a maioria recomenda que o aluno no use a 1 pessoa

    do singular) Verbos predominantemente no presente do indicativo. Expressa o fato no

    momento em que se fala. O aluno l um poema. Posso afirmar que meus valores mudaram.

    Um aluno dorme. . Construa perodos curtos, com no mximo duas ou trs linhas, evitando

    oraes intercaladas ou ordem inversa desnecessria. Empregue vocabulrio escolarizado,

    evitando termos coloquiais, adjetivao desnecessria, grias, afirmaes extremas e

    generalizaes.

    Modelo de artigo de Opinio

    Nos gneros argumentativos em geral, o autor tem a inteno de convencer seus interlocutores e para isso precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opinies. O artigo de opinio fundamentado em impresses pessoais do autor do texto e, por isso, so fceis de contestar. A partir da leitura de diferentes textos, o escritor poder conhecer vrios pontos de vista sobre um determinado assunto.

    ESQUEMA-SNTESE TTULO: geralmente uma frase que chame a ateno do leitor INTRODUO: apresentao da polmica, mais o seu ponto de vista em relao a ela. DESENVOLVIMENTO: - 1PARGRAFO: Argumentao que sustente o seu ponto de vista. - 2PARGRAFO: Mostrar a opinio que opositores ao seu ponto de vista tm em relao polmica. - 3PARGRAFO: contestar e criticar a opinio dos opositores. CONCLUSO: Reafirmar o seu ponto de vista em relao polmica.

  • Exemplo de um Artigo de Opinio

    A Necessidade das Diferenas

    De acordo com a Teoria da Evoluo, criada pelo cientista ingls Charles Darwin, o que possibilita a formao do mundo como conhecemos hoje, foi sobrevivncia dos mais

    aptos ao ambiente. A seleo se baseia na escolha das caractersticas mais teis e no

    nas diferenas. do conhecimento geral que alguns governos totalitrios promoveram e

    promovem genocdios por considerarem determinadas raas inferiores.

    Do meu ponto de vista, se no mbito biolgico, as variaes so imprescindveis vida,

    no sociolgico, no pode ser diferente. Uma vez todos iguais, seramos atingidos pelos

    mesmos problemas, sem perspectivas de resoluo, j que todas as ideias e problemas

    seriam semelhantes bem como todas as formas de ao para solucion-los.

    Obviamente, nem todas as diferenas, so benficas. Por exemplo, a diferena entre as

    classes sociais, como hoje na sociedade brasileira, uma das mais acentuadas do

    mundo, no podem ser concebveis. Para somar a diferena social, importante uma

    distribuio de renda mais igualitria, aliada a oportunidade de trabalho, educao e

    sade para todos.

    Mas h quem se baseia nestas diferenas, para excluir os menos favorecidos, h atos que

    entraram para a histria, como exemplos de vergonha para a humanidade, basta

    lembrar-se do Holocausto imposto pelos nazistas aos judeus na Alemanha ou a matana

    dos curdos do Iraque promovido pelo ex-ditador daquele pas.

    Dessa forma, devemos nos conscientizar, de que somos todos iguais em espcie, mas

    conviver com as diferenas, por difcil que parea, nos enriquece como pessoas. Nossos

    esforos devem ser voltados contra discriminaes vis, como racismos e perseguies

    religiosas, que apenas nos desqualificam como seres humanos.

    Legenda com o significado das cores

    Relato da polmica Ponto de vista em relao polmica

    Argumentos que sustentam o ponto de vista:

    Argumentos dos opositores

    Concluso

  • Veja aqui um novo artigo de opinio a respeito de um assunto polmico que o uso do bon e do celular em sala de aula.

    Uma Proibio Necessria

    Um assunto que vem despertando a ateno no s da comunidade acadmica, mas da sociedade como um todo, a proibio do uso de celulares e bons pelos estudantes na sala de aula. A discusso acirrou-se aps a restrio do uso desses objetos em algumas escolas. Apesar da polmica instaurada, cremos que a vedao a melhor soluo.

    No que se refere ao celular, proibio do seu uso em sala de aula uma medida que se harmoniza com o ambiente em que o estudante est. A sala de aula um local de aprendizagem, onde o discente deve se esforar ao mximo para extrair do professor os conhecimentos da matria. Nesse contexto, o celular um aparelho que s vem dificultar a relao ensino-aprendizagem, visto que atrapalha no s quem atende, mas todos os que esto ao seu redor.

    Quanto ao bon, a restrio de seu uso em sala de aula se deve a uma questo de educao e respeito pela figura do mestre. Deve-se ter em mente que o professor - assim como os pais e as autoridades religiosas - merece todo o respeito no exerccio do seu ofcio, que o de transmitir conhecimentos. Do mesmo modo que mal-educado sentar-se mesa com um chapu na cabea, assistir a uma aula usando um bon tambm o .

    Por outro lado, alguns entendem que o Estado no poderia proibir os celulares e bons em sala de aula, visto que violaria o direito da pessoa de ir e vir com seus bens. Entretanto, devemos ter em mente que no existe direito absoluto, todos so relativos. E sempre que h um conflito entre eles, deve-se realizar uma ponderao de valores, a fim de determinar qual prevalecer. No caso em anlise, o direito da coletividade (alunos e professores) prevalece sobre o direito individual de usar o celular ou o bon na sala de aula.

    Desse modo, percebe-se que h razoabilidade nos objetivos pretendidos pela proibio, visto que beneficia toda a comunidade acadmica. Os estudantes devem se conscientizar que escola sinnimo de aprendizagem, e que todo esforo deve ser feito para valorizar o processo de ensino e a figura do professor.

    Observe no artigo. Relato da polmica Ponto de vista em relao polmica

    Argumentos que sustentam o ponto de vista:

    Argumentos dos opositores

    Concluso