MOBILIZAÇÃO PRECOCE NOS PACIENTES EM USO DE … · A Unidade de terapia intensiva atende...
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PRIMAVERA DO LESTE 2017
THAYNARA ALVES DA SILVA PINHEIRO
MOBILIZAÇÃO PRECOCE NOS PACIENTES EM USO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
THAYNARA ALVES DA SILVA PINHEIRO
MOBILIZAÇÃO PRECOCE NOS PACIENTES EM USO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC-Universidade de Cuiabá, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em fisioterapia. Tutor (a) Patrícia Kishi
PRIMAVERA DO LESTE
2017
THAYNARA ALVES DA SILVA PINHEIRO
MOBILIZAÇÃO PRECOCE NOS PACIENTES EM USO DE
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à (UNIC-Universidade de Cuiabá), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em fisioterapia.
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Cidade, dia de mês de ano (Fonte Arial 12)
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, por ser essencial em minha vida,
autor do meu destino, meu guia, ao meu
pai Jadir e minha mãe Joselina que foram
meu alicerce. E todos aqueles que de
alguma forma estiveram e estão próximos
nessa caminhada.
AGRADECIMENTOS
A Deus que me proporcionou saúde e força para superar as dificuldades, elas
foram grandes adversárias, mas que tornaram minhas vitórias muito mais saborosas.
Aos meus pais toda gratidão, me educaram com amor e se dedicaram
inteiramente à minha educação como ser humano. Mesmo nos momentos em que
vocês precisaram ser duros, vocês fizeram isso com amor e respeito, nunca me
ensinaram nada pela dor, sempre usaram as vias do amor. E isso me tornou em
uma pessoa compreensiva e com sensibilidade para com o outro.
Agradeço a todos os professores que possibilitaram o conhecimento não
apenas racional, mas do caráter no processo de formação profissional.
Aos meus amigos que acrescentaram tantas alegrias aos meus dias, me
fizeram ver que desistir nunca foi a solução. A todos que direta ou indiretamente
fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
PINHEIRO, Thaynara Alves da Silva. Mobilização precoce nos pacientes em uso da ventilação mecânica invasiva na unidade de terapia intensiva. 2017. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) – UNIC Universidade de Cuiabá, Primavera do Leste, 2017.
RESUMO
A Unidade de terapia intensiva atende pacientes com alterações hemodinâmicas
instáveis, com o prognóstico grave que necessitam de cuidados mais complexos
quando comparado aos outros pacientes. E um ambiente com alta tecnologia que
possibilita o monitoramento durante 24 horas. Em 1970 a Fisioterapia passa fazer
parte da equipe multidisciplinar, atuando na fisioterapia respiratória, obtendo
inúmeras evoluções mostrando a importância da fisioterapia intensiva. A
hipomibilidade está associada com o declínio funcional, aumentando as taxas de
morbidade, mortalidade das disfunções severas do sistema osteomusculares,
constituindo uma das mais preocupantes fontes de complicações ao paciente
intensivista. Mostrando a necessidade da intervenção precoce no leito. A realização
de exercícios, mudanças de decúbito e ortostatismo, treino de marcha foram
identificadas como formas eficazes dessa mobilização, fazendo com que o paciente
mantenha ou ganhe a amplitude de movimento, força muscular, entre outros
benefícios, reduzindo o tempo de internação e as disfunções funcionais,
respiratórias pós-internação na UTI. O presente estudo tem como objetivo
apresentar a importância e os benefícios da mobilização precoce nos pacientes que
estão internados na unidade de terapia intensiva. Estudo realizado através da
revisão de literatura tipo síntese, através de um levantamento bibliográfico. Os
instrumentos de coleta dos dados consistiram em livros, revista cientifica e nas
bases de dados eletrônicos, Scielo, Medline, Lilacs, Google Acadêmico, publicados
de 2009 a 2017. Em língua portuguesa ou inglesa. Conclui-se, através deste estudo,
que pacientes acamados apresentam alterações funcionais e respiratórias
significativas, identificando o quanto a mobilização precoce se faz significativa,
mencionando os inúmeros benefícios funcionais.
Palavras-Chave: Benefícios clínicos; Fisioterapia; Mobilização precoce;
Unidade de Terapia Intensiva; Ventilação mecânica invasiva.
PINHEIRO, Thaynara Alves da Silva. Early mobilization in patients undergoing invasive mechanical ventilation in the intensive care unit. 2017. 30 sheets. Graduation in Physical Therapy - UNIC University of Cuiabá, Spring of the East, 2017.
ABSTRACT
The Intensive Care Unit treats patients with unstable hemodynamic changes, with the
severe prognosis requiring more complex care when compared to other patients. And
a high-tech environment that enables 24-hour monitoring. In 1970, Physiotherapy
became part of the multidisciplinary team, working in respiratory physiotherapy,
obtaining numerous evolutions showing the importance of intensive physiotherapy.
Hypomodility is associated with functional decline, increasing morbidity rates, and
mortality of severe musculoskeletal system dysfunctions, constituting one of the most
worrisome sources of complications to the intensivist patient. Showing the need for
early intervention in bed. Exercises, changes of decubitus and orthostatism, gait
training were identified as effective forms of this mobilization, causing the patient to
maintain or gain range of motion, muscular strength, among other benefits, reducing
the length of hospitalization and dysfunctions functional and respiratory diseases
after admission to the ICU. The present study aims to present the importance and
benefits of early mobilization in patients who are admitted to the intensive care unit.
This study was carried out through literature review, using a bibliographical survey.
The data collection instruments consisted of books, scientific journal and in the
electronic databases, Scielo, Medline, Lilacs, Google Academic, published from 2009
to 2017. In Portuguese or English. It is concluded, through this study, that bedridden
patients present significant functional and respiratory changes, identifying how much
early mobilization becomes significant, mentioning the innumerable functional
benefits.
Key-words: Clinical benefits; Physiotherapy; Early mobilization; Intensive care unit;
invasive mechanical ventilation
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Leito de UTI ................................................................................. 07
Figura 2 – O primeiro suporte ventilatório- pulmão de aço ........................... 09
Figura 3 – Bird Mark, ventilador ciclado pressão .......................................... 10
Figura 4 – MA1, ventilador ciclado a volume ................................................ 10
Figura 5 – Ventilador Inter 3, intermed .......................................................... 11
Figura 6 – Ventilador servo I, Maquet ........................................................... 11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A/C
ADM
AMIB
AVDs
CMV
CPAP
DPOC
EUA
FES
FiO2
Ventilação Assisto Controlada
Amplitude de Movimento
Associação de Medicina Brasileira
Atividades de Vida Diária
Ventilação Mandatória Controlada
Ventilação com pressão positiva continua das vias aéreas
Doença Obstrutiva Crônica
Estados Unidos da América
Functional Electrical Stimulation
Frações Inspiradas de Oxigênio
MMII Membros Inferiores
MMSS
PEEP
Membros Superiores
Pressão Positiva Expiratória Final
SIMV
UTI
Ventilação mandatória Intermitente sincronizada
Unidade de Terapia Intensiva
VM
VMI
Ventilação Mecânica
Ventilação Mecânica Invasiva
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................11
1. O INICIO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA.........................14
1.1 FISIOTERAPIA NA UTI2.......................................................................15
1.2 VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA..................................................17
1.3 MODALIDADES VENTILATÓRIAS .....................................................20
2 CINESIOTERAPIA...............................................................................22
2.1 CONSEQUÊNCIAS DA IMOBILIZAÇÃO..............................................23
3 MOBILIZAÇÃO....................................................................................24
3.1 MOBILIZAÇÃO PRECOCE NOS PACIENTES EM USO DA
VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA.................................................................................................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................28
REFERÊNCIAS...................................................................................29
11
INTRODUÇÃO
A mobilização é uma técnica muita utilizada pela fisioterapia em pacientes
com algumas disfunções mais estáveis, porém sabemos antigamente era parte do
tratamento os pacientes permanecer imobilizado no leito, a partir da segunda
metade do século XX houve um avanço relevante referente à mobilização precoce
nesses enfermos acamados. A técnica passou ser cada vez mais empregada a
pacientes internados na unidade de terapia intensiva, onde foi e é possível observar
os inúmeros benefícios, dentre os quais, prevenção de diversas patologias, como
por exemplo, escaras e pneumonias, reduzindo também o tempo de internação e de
ventilação mecânica. Muito se tem discutido em relação à mobilização precoce nos
pacientes adultos em terapia intensiva na utilização do suporte ventilatório mecânico
invasivo com diagnósticos variáveis. Os exercícios terapêuticos têm como função
devolver a funcionalidade física, buscando de tal forma aprimorar os movimentos e
diminuir as incapacidades.
A imobilidade no leito juntamente com alguns medicamentos traz impactos
relevantes, podendo afetar o sistema musculoesquelético e as funções viscerais,
causando assim alterações no sistema respiratório, cardiovascular, e sistema
urinário. Fazendo necessário o conhecimento de toda comunidade, seja familiar ou
da equipe multidisciplinar que atua na unidade de terapia intensiva, o quanto é
relevante o fisioterapeuta realizar a mobilização precoce, proporcionando melhor
condição de vida a estes pacientes internados. Tendo em vista o quanto a
imobilização é prejudicial quando se refere a estes pacientes. Mostrando que a
necessidade da fisioterapia em intervir antecipadamente. A mobilização precoce é
um assunto novo, no entanto apresenta diversos estudos que confirmam que é uma
técnica efetiva e viável aos pacientes no leito sob VMI (Ventilação mecânica
invasiva), restaurando as limitações funcionais, sugerindo assim que esse processo
de mobilização precoce seja cada vez mais utilizado na UTI (unidade de Terapia
Intensiva).
Este trabalho tem como função mostrar se a intervenção motora precoce em
pacientes adultos intensivos é capaz de diminuir o tempo de internação e desmame
na UTI? Pacientes acamados imobilizados tendem em apresentar
descondicionamento, fraqueza muscular, dificuldade em deslocar secreções, logo
piorando o quadro e o tempo de desmame em pacientes submetidos à ventilação
12
mecânica invasiva, entre outros problemas que prejudicam sua qualidade de vida.
O presente estudo tem como objetivo geral apresentar a importância e os
benefícios da mobilização precoce nos pacientes adultos que estão internados na
UTI (unidade de terapia intensiva), perante o uso da ventilação mecânica invasiva.
Compondo-se por tais objetivos específicos, apresentar de forma sucinta a história
das unidades de terapia intensiva juntamente com a história da fisioterapia
intensivista; sintetizar os fundamentos do suporte ventilatório mecânico, verificar as
consequências da imobilidade em pacientes intensivos; destacar a influência da
mobilização precoce no tempo de internamento; analisar os riscos que a mobilização
precoce pode oferecer aos pacientes e evidenciar os benefícios da mobilização
precoce no leito em pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva. Tais
objetivos específicos detalham a intenção introduzida no objetivo geral.
Refere-se á uma revisão de literatura do tipo síntese, desempenhada através
de um alceamento bibliográfico. Os instrumentos de coleta dos dados consistiram
em livros, revista cientifica e nas bases de dados eletrônicos, SCIELO, MEDLINE,
LILACS, GOOGLE ACADÊMICO, envolvendo os artigos divulgados entre 2006 e
2017 de língua portuguesa ou inglesa. Entretanto o mesmo apresenta estudos de
caso comprovados entre os anos de 2003 a 2009, sendo citados nos dados
eletrônicos por outros autores, entre os anos apontados a cima. As palavras-chave
usadas; Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva, mobilização precoce, suporte
mecânico ventilatório invasivo, protocolo e melhorias clínicas. Após o levantamento
foi realizada a seleção das fontes. Os critérios de inserção determinados foram os
artigos publicados de 2006 a 2017, nos idiomas inglês e português, aqueles que
faziam referência a aspectos relacionados aos descritores anteriormente citados e
que tinham relevância acerca do tema em questão. Para os parâmetros de exclusão
foram considerados artigos publicados anteriores a 2006, e que não apresentavam
pertinência com âmbito do estudo em questão como mobilização precoce de
pacientes que não estavam internados em UTI, os que não faziam menção a
nenhuma intervenção relacionada à mobilização precoce e os estudos que utilizaram
modelos em animais. Foram selecionadas dez fontes que forneceram às respostas
adequadas a solução do problema proposto. Utilizando cinco livros que abordaram
a temática, em idioma português, devido ser um assunto recente ainda é escasso
esse tipo de ferramenta. Encontrou-se 364 artigos, nos quais foram selecionados
13
apenas oito de forma que estes possibilitassem a obtenção de respostas ao
problema da pesquisa.
14
1 O INÍCIO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
A unidade de terapia intensiva surgiu pela necessidade de acolher pacientes
que estão em um estado grave com chances de sobrevida e precisam de cuidados
mais complexos comparados aos outros pacientes. Os mesmos exigem um
monitoramento constante. É um ambiente de alta complexidade já que se
comprometem a designar uma monitorização e vigilância 24(vinte e quatro) horas.
Foram inúmeros personagens contribuíram nesse contexto. A Unidade de
Terapia Intensiva é idealizada como unidade de monitorização de paciente grave por
meio da enfermeira Florence Nightingale foi à primeira enfermeira intensivista que
vulgarizou a UTI. Walter Edward Dandy cria a primeira UTI em Boston em 1926 e
Peter Safar foi o primeiro médico intensivista identificando assim a importância de
cada personagem dentro da UTI.
Hoje, estas unidades correspondem em torno de 5 a 10% dos leitos de um hospital [...] é um local destinado a pacientes graves ou potencialmente graves que necessitam de tratamento continuado durante 24 horas por uma equipe multidisciplinar formada por médico, fisioterapeuta, enfermagem, entre outros não menos importantes, como por exemplo, dos setores de limpeza, manutenção, farmácia e laboratório. Todos treinados e voltados para o tratamento de pacientes críticos, seja assistencial ou ambiental (ULTRA,2009,p.01).
Uma pólio de epidemia se espalhou na Europa e nos EUA no ano de 1947-
1948, acarretando em um progresso no tratamento em pacientes que estavam
morrendo de paralisia respiratória. A primeira ventilação manual foi realizada na
Dinamarca através de um tubo posicionado na traquéia de pacientes com
poliomielite. Então em 1950 desenvolveu a ventilação mecânica provocou um
sistema de unidades de terapia intensiva em vários hospitais na Europa e na
América. Até no final de 1960 os hospitais dos EUA indicavam apresentar uma UTI
que possuíam equipamentos capazes de reproduzir as funções vitais que foram
essenciais, assegurando melhores condições de recuperação, reduzindo a taxa de
mortalidade. Independente de todos esses avanços a UTI era visto como um lugar
que certamente levaria a pessoa a óbito, os pacientes não podiam receber visitas, as
áreas eram restritas e o ambiente totalmente fechado similar ao centro cirúrgico.
A partir de 1995 iniciam-se os atendimentos humanizados na UTI, que visam
restaurar a importância da proximidade, impossibilitando que os desenvolvimentos
15
tecnológicos coloquem a convivência e o calor humano em segundo plano, gerando
também um ambiente menos estressante e a recuperação dos pacientes de mais
precoce.
Cada leito na UTI deve conter uma cama Fowler, monitor multiparamétrico,
bomba de infusão contínua, AMBU e rede de gases, com no mínimo saídas de ar
comprimido e oxigênio, aspirador, ventilador mecânico microprocessado e colchões
especiais que visam diminuir os quadros de úlceras por pressão.
Figura 01- Leito de UTI
Fonte: ULTRA (2009, p.02)
1.1 Fisioterapia Na UTI
Na antiguidade (período compreendido entre 4.000 AC e 395 dC) existia uma
preocupação em eliminar as “diferenças incômodas” que algumas pessoas
possuíam, para isso eram usados recursos técnicos, instrumentos etc., por exemplo,
a eletricidade do peixe elétrico que era utilizado no tratamento de certas doenças,
demonstrando assim o quanto a idéia da fisioterapia é muito antiga, após essa
época foi reforçada pela criação da ginástica corretiva da china, porém é importante
destacar que a fisioterapia alcançou seu progresso a partir do sec. XX, quando já
fazia parte da área da saúde, nessa época a fisioterapia era voltada para a
recuperação de condições que o organismo perdeu. (PINHEIRO, 2009, p04)
16
A fisioterapia está presente desde os tempos mais antigos sendo desenvolvida
pelos primórdios, utilizando propriedades físicas e químicas como, gelo, calor, para o
alivio da dor, sequencialmente surgiu às técnicas de massagem e enfaixamento para
alívio das dores e diminuição das deformidades. Porém só na segunda guerra
mundial a fisioterapia se disseminou se tornando conhecida através da fundação de
escolas de cinesioterapia para aprimorar o tratamento dos soldados mutilados,
sobreviventes da guerra. (PEREIRA et. al., apud GIUSTINA; LEONEL, 2003). Por
volta dos anos de 1970 à fisioterapia passa fazer parte da equipe multidisciplinar
presente na Unidade de Terapia Intensiva.
O fisioterapeuta intensivista é aquele que tem sua dedicação total voltada ao paciente critico, realizando seu diagnóstico funcional [...] com objetivo de melhora do quadro do paciente, debatendo com a equipe multidisciplinar de forma coerente á estadia do paciente na terapia intensiva. (ULTRA,2009,p 03)
Por volta dos anos de 1970 à fisioterapia passa fazer parte da equipe
multidisciplinar presente na UTI. Atuando no setor da fisioterapia respiratória.
Certificando a importância de sua função, reduzindo o tempo de internação e
contaminações hospitalares do doente internado (DANTAS et. al., apud AZEVEDO,
2011). Desde então se obteve várias evoluções, atuação do fisioterapeuta se
propagando, aplicando técnicas motoras respiratórias, introduzindo a reabilitação
respiratória de cuidados com a via aérea artificial e mais recentemente a
manipulação da ventilação mecânica invasiva e não invasiva (SOBRAFIR, 2006).
Detectando o quanto se faz importante o papel do fisioterapeuta no programa da
reabilitação pulmonar, estando suficientemente hábil aplicar, orientar, supervisionar
técnicas respiratórias monitorando parâmetros dos ventiladores mecânicos tanto
invasivos como os não invasivos, bem como, manobras de higienização brônquica,
exercícios de treino de força muscular, cinesioterapia global. (FERRARI, 2007).
Todos esses recursos colaboram para uma queda na taxa de mortalidade, infecções
e permanência na UTI (SAKUMA, 2007). São abundantes os procedimentos que um
fisioterapeuta pode realizar nas Unidades de Terapia Intensiva tais como avaliar e
tratar as funções motoras e respiratórias, determinar as medidas para o suporte
ventilatório instalando e manuseando a oxigenioterapia ou oxigenação mecânica.
Técnicas fisioterapêuticas que incluem manobras de higienização brônquica,
exercícios respiratórios, fortalecimento muscular global, readequação evolutiva do
paciente aos esforços. Tais técnicas têm como finalidade precautelar complicações
17
pela ineptidão de eliminar secreções, conservar ou obter o volume pulmonar
adequado, prevenir alterações decorrentes da imobilidade no leito. (DAVID, 2001)
1.2 Ventilação Mecânica Invasiva
Há relatos de seu início em 1530, com Paracelsus e Vesalius, foi reconhecido
como parte importante da ressuscitação na metade do século XVIII. O primeiro
suporte ventilatório foi comercializado com eficácia foi o pulmão de aço Drinker-
Shaw, o qual gerava uma pressão negativa ao redor do tórax, dessa forma
expandido os pulmões.
Figura 02- O primeiro suporte ventilatório- pulmão de aço.
Fonte: ULTRA (2009, p.131)
Podemos dividir essa evolução em quatro gerações.
1° Geração: Ciclagem a pressão, não apresentavam alarmes e tinham fonte
pneumática dependendo apenas do oxigênio. Apresentava sua FiO2 fixa em 100%
ou 40%, apresentava dois modos o controlado e assisto controlado.
18
Figura 03- Bird Mark, ventilador ciclado a pressão (1950).
Fonte: ULTRA (2009, p.132)
2° Geração: Dependência de energia elétrica, novas modalidades como IMV
(ventilação mandatória intermitente) a FiO2 podia ser controlada adequadamente de
21 a 100% e a possibilidade da PEEP-Pressão expiratória final.
Figura 04- MA1, Ventilador ciclado a volume, apresenta um sistema de alarme.
Fonte: ULTRA (2009, p.131)
3° Geração: Início dos suportes microprocessados, dependentes de
processadores computadorizados, várias modalidades de ventilação, tornando a
ventilação mais adequada para cada caso.
19
Figura 05- Ventilador Inter 3, Intermed
Fonte: ULTRA (2009, p.133)
4° Geração: apresentam o duplo controle, telas coloridas, alguns apresentam
a função de transporte.
Figura 06- Ventilador Servo I, Maquet
Fonte: ULTRA (2009, p.133)
Consiste em um aparelho utilizado em pacientes com disfunções respiratórias
agudas ou crônicas agudizadas, tem como objetivo a manutenção das trocas
gasosas, corrigindo a hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia,
20
diminui o trabalho respiratório revertendo ou evitando a fadiga da musculatura
respiratória. (RIBEIRO et.al., 2009)
A assistência ventilatória é um método de suporte avançado de vida, por isso já desconsideramos o tratamento curativo de alguma doença, em que uma máquina chamada ventilador mecânico movimenta os gases para dentro dos pulmões, utilizando pressões positivas ou negativas. Atualmente, nas UTI, preconiza-se a utilização de ventiladores de pressão positiva. (ULTRA, 2009, p.133)
Na ventilação mecânica com pressão positiva contém 04 fases do ciclo respiratório,
sendo elas:
Fase 1: Chamada de “Disparo” do ventilador, acontece no início da inspirção,
podendo ser realizado pelo ventilador, conforme a freqüência respiratória ajustada
ou pelo paciente quando a sensibilidade é ajustada no equipamento por tempo,
pressão ou fluxo.
Fase 2: O ventilador fornece o fluxo inspiratório, algumas modalidades
permitem que ajustem uma pausa inspiratória.
Fase 3: denominada “ciclagem” do ventilador, é a transição da inspiração para
expiração. Os principais comandos são o volume corrente, pressão inspiratória,
tempo inspiratória e o fluxo inspiratório.
Fase 4: Abertura da válvula de exalação, permitindo a saída passiva do ar.
1.3 Modalidades ventilatórias
São quatro os modos ventilatórios básicos, definidos a partir dos tipos de
ciclos que o paciente necessita, cada modo tem sua característica de
funcionamento, suas indicações e contra-indicações, vantagens e desvantagens.
Ventilação mandatória controlada (CMV): É totalmente controlado não há ajuste
de sensibilidade, sendo portando fixa. É indicado quando quer manter o volume
minuto fixo, com o tempo inspiratório e expiratório constantes, geralmente em
pacientes que estão em níveis profundos de sedação, com paralisia muscular
respiratória.
Ventilação assisto-controlada (A/C): Neste modo o ventilador é programado para
que o próprio paciente dispare, iniciando os ciclos respiratórios. Um valor mínimo de
freqüência respiratória é determinado caso o paciente não dispare. O paciente
jamais receberá um número inferior. É a mais utilizada, permitindo uma maior
21
sincronia entre o paciente e o ventilador.
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV): O ventilador controla
somente os ciclos programados e permite que o paciente entre a qualquer momento
espontaneamente. Podem coexistir ciclos controlados, assistidos e espontâneos.
Geralmente é utilizada para preparação do desmame.
Ventilação com pressão positiva continua das vias aéreas (CPAP): Mantém a
pressão positiva nas vias aéreas, porém o respirador está programado para permitir
apenas ciclos espontâneos, reduzindo a pressão da via aérea na inspiração e
aumentando na expiração. O volume corrente, os fluxos inspiratórios e os tempos
inspiratórios e expiratórios serão controlados pelo paciente. É utilizada para facilitar
o desmame, permitindo mais autonomia ao paciente.
22
2 CINESIOTERAPIA
A palavra cinesioterapia significa a terapêutica do movimento. Essa técnica é
realizada por fisioterapeutas e outros profissionais, tais técnicas destina-se a
pacientes que apresentam limitações mecânicas de articulações, músculos e nervos
já estabelecidas. Podendo ser realizado de três maneiras; ativa, ativo assistida e
passiva.
- Ativa, quando o paciente consegue realizar voluntariamente, dentro de ADM capaz
de vencer a gravidade e uma resistência.
- Ativo assistida, paciente está em uma situação mais favorável, consciente e
apresenta um grau de força maior do que na mobilização passiva, na qual precisa de
um auxílio para conclusão do movimento, pois os músculos são capazes de iniciar o
movimento, porém requer assistência para completá-los.
-Passiva, realizada quando o paciente não é capaz de contrair a musculatura
sozinha, desta forma sendo realizada pelo profissional dentro da ADM permitida.
O alongamento é um aliado importantíssimo da cinesioterapia, impedindo que
os pacientes adquiram encurtamento muscular, causando a redução da flexibilidade.
Evitando grandes retrações musculares
O fortalecimento muscular também se encaixa na cinesioterapia, o paciente
deve apresentar contração muscular ativa. Existem as contrações isométricas e as
isotônicas.
- Contração isométrica, ocorre sem movimento articular, estabilizando as
articulações durante o movimento.
- Contração isotônica, acontece o movimento articular, tem como objetivo, ganho de
força. É necessário respeitar as limitações e as dores e aos poucos evoluindo.
A cinesioterapia não é um tratamento por meio do movimento, mas o
tratamento do movimento, isso leva a uma visão modificada da cinesioterapia, e o
aspecto e reforçado em especial pelas noções de regulagens e coordenação das
cadeias musculares por curvas de retroação, com pontos de partida proprioceptivos
ou exteroceptivos.
23
2.1 Consequências Da Imobilização
São inúmeras as consequências que a imobilidade pode acarretar,
principalmente quando se trata de todos os segmentos corporais como é o caso dos
pacientes acamados. A imobilidade prolongada proporciona fraqueza global da
musculatura esquelética, podendo evoluir para a perda de suas funções. Pois os
músculos são acionados com menor frequência, por um tempo e carga menores
comparados com as situações “normais’’ do dia-a-dia”. Como consequência pode
ocasionar tetraparesia flácida, diminuindo ou ausentando os reflexos e quando
associado ao uso de neurobloqueadores musculares e corticoides ficam mais
propensos de desenvolver sepse, polineuropatia e falência dos múltiplos órgãos,
ocasionando a piora no quadro clínico.
Os efeitos negativos sucedido do imobilismo acometem mais os sistemas muscular e ósseo, podendo ocasionar osteopenia, osteoporose, atrofias e contraturas. O aparelho respiratório também é acometido pelo período de internação prolongada, por isso tem-se a necessidade de saber distinguir as disfunções desse sistema, que usualmente inicia com movimento diminuído do tórax em decúbito dorsal e do movimento diafragmático e
a posterior perda da competência muscular (BORGES. et. al, 2009).
A carga que nosso corpo sofre na posição ortostática é essencial para manutenção
da musculatura mantendo um bom desenvolvimento musculoesquelético, quando
ocorre a inibição desse sistema, surgem várias complicações, como
neuromusculares, pulmonares, cognitivas, mudanças de humor, déficit de
coordenação, equilíbrio, além das úlceras de decúbitos, dificuldade no desmame da
ventilação mecânica, entre outras disfunções que podem desencadear alguma
patologia. A fraqueza muscular é a principal complicação, causando uma
degradação da musculatura esquelética, podendo ser de curta ou longa duração. Os
grupos mais afetados geralmente são os proximais. Todos esses fatores resultam
em um mau prognóstico para os pacientes. Estudos recentes demonstram que após
a alta da UTI os pacientes apresentam dificuldade em realizar as atividades diárias
sejam elas, funcionais ou cognitivas, principalmente aqueles que realizaram a
ventilação mecânica invasiva (VMI).
24
3 MOBILIZAÇÃO
Antigamente acreditava-se que para a recuperação dos pacientes internados
na UTI era necessário um repouso total, porém com os passar dos anos percebeu-
se o quanto era prejudicial essa imobilidade, acarretando em diversos efeitos tais
como:
Inatividade, imobilidade e disfunção severa do sistema osteomioarticular, assim como dos sistemas cardiorrespiratório, metabólico, gastrointestinais, geniturinários, cutâneo, entre outros, contribuindo para a o declínio da capacidade funcional, prolongamento da internação, aumento dos custos assistenciais, redução da qualidade de vida e sobrevida pós-alta
(FELICIANO, et. al., 2016).
Podemos identificar nos últimos anos os múltiplos avanços tecnológicos, científicos
ocorridos em relação à terapia intensiva, resultando em inúmeros benefícios, como a
sobrevida desses pacientes. Porém ainda se verifica um alto índice de mortalidade,
principalmente em função da fraqueza dos músculos respiratórios, causadas pelo
desuso dos mesmos.
“Associação da VM prolongada com os efeitos do imobilismo resulta em perda das fibras musculares, acarretando significativa redução da força muscular respiratória e periférica”. (FRANÇA, et.al., 2012).
Essa fraqueza muscular não é gerada apenas pelo desuso associando a VM
e sim pela soma de inúmeros fatores, como as medicações, as disfunções severas
do sistema osteomuscular, evidenciando o quanto se faz necessária a intervenção
precoce. De acordo com Griffiths e Jones (1999) deve-se fazer o uso das atividades
terapêuticas precocemente, evitando os riscos de hospitalização prolongada e
imobilidade associada, tento dessa forma o potencial de serem umas das chaves
para o restabelecimento do paciente.
Um dos objetivos da mobilização é provocar nos pacientes resposta a nível
cardiovascular e respiratório, se tornando indispensável considerar a segurança do
mesmo, dispondo o conhecimento da história clínica atual e pregressa juntamente
com a monitorizarão dos sinais e sintomas bem como dos sinais vitais (BORGES. et.
al.,2009).
25
Um estudo de Feliciano et. al., teve como finalidade avaliar a eficácia de um
protocolo referente à mobilização precoce na UTI, neste estudo clínico qual-
quantitativo investigou se a força muscular respiratória e periférica no qual os
pacientes foram divididos em dois grupos, um com o protocolo de fisioterapia
convencional e o outro de mobilização precoce. No qual estava presentes manobras
de cinesioterapia como: alongamento passivo nos MMII e MMIS, mobilização
passiva, transferência de posição (de deitado para sentado e de sentado para
postura ortostática), uso de cicloergômetria para MMII, exercícios contra resistido,
exercícios ativos e ativos assistidos. Observou-se que o grupo que foi mobilizado
precocemente, apresentou alta mais rápido referente ao outro grupo e com
melhorias nas funções das AVDs e no condicionamento físico. (Apud MACHADO;
NUNES; REZENDE, 2016).
Griffiths et. al., observaram que com a realização de três horas de manobras
passiva continua diariamente, através da cicloergômetria, apresentou redução da
atrofia de fibras e das proteínas quando comparado com o alongamento passivo
realizado duas vezes ao dia. (Apud FRANÇA, et.al. 2012).
Chiang et. al., estudaram os efeitos do treinamento físico em 32 pacientes
que estavam sob a ventilação mecânica prolongada, os mesmos eram submetidos a
um treinamento de resistência e força, e transferências de posições juntamente com
exercícios diafragmáticos, observaram se melhoras na força muscular dos membros,
na independência funcional, e no desmame da VM de nove pacientes de acordo
com o índice de Barthel. (Apud FRANÇA, et.al. 2012).
Bailey et. al., tomaram como protocolo a mudança do posicionamento de
sentado na cama para cadeira, associando a deambulação. Identificaram que esse
protocolo rotineiro é seguro em pacientes sob VM, gerando melhora no status
funcional e prevenção de complicações neuromusculares. (Apud FRANÇA, et.al.
2012).
Zanotti et al., compararam os efeitos da mobilização ativa de membros
inferiores, dividiram em dois grupos com e sem o uso do FES (Functional Electrical
Stimulation) em 24 pacientes portadores de DPOC, com atrofia muscular periférica
severa que estavam sob ventilação mecânica no momento. O estudo teve a
permanência de quatro semanas. Observou-se que a força muscular melhorou de
forma expressiva nos dois grupos. Porém o grupo que foi associado o FES demorou
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em média 10 dias para realizar a transferência do leito para cadeira enquanto o
grupo controle obteve o mesmo resultado em uma média de 14 dias. (apud SILVA,
et. al. 2010).
Morris et. Al., verificaram em um estudo clínico controlado que a adoção de
protocolo de mobilização precocemente e sistêmico, gerou diminuição do tempo e
custos na unidade de cuidados intensivos, quando comparando aos pacientes que
receberam os cuidados usuais, onde são encontrados protocolos seguros e fáceis
de aplicação. (Apud SANTOS e ANDRADE, et. AL., 2010). Ainda são escassos os
estudos referentes a protocolos de mobilização precoce na UTI, porém os estudos já
publicados mostram o quanto é eficaz este tratamento de forma precoce. Um estudo
apresentado pela associação medicina brasileira (AMIB) 2011, dizem que pacientes
com instabilidade hemodinâmica, que necessitam de altas frações inspiradas de
oxigênio (FiO2) e altos níveis de suporte ventilatório não são recomendados para
atividades de mobilização mais agressivas. É necessário que o fisioterapeuta tenha
o entendimento em relação a monitorizarão para que possa compreender as
alterações que podem vim acontecer durante a seção (ULTRA, 2009, p.29).
3.1 Mobilização Precoce Nos Pacientes Em Uso De Ventilação Mecânica
Invasiva Na Unidade De Terapia Intensiva
Há mais de trinta anos se fala sobre a mobilização precoce, há estudos que são
contra, pois relatam que o mesmo pode gerar complicações no quadro clinico do
paciente. Porém são estudos mais antigos, novos estudos comprovam os benefícios,
a precocidade refere-se ao conceito que as mobilizações devem ser realizadas após
a harmonização das mudanças fisiológicas, antigamente o repouso era prescrito,
acreditava-se que gerava melhorias na recuperação clinica do paciente. Na
mobilização precoce existem as indicações e as contraindicação, para que ocorra de
maneira correta e segura é fundamental que esteja conforme os parâmetros da UTI,
criando assim um protocolo, contudo antes de programar é indispensável considerar
o conjunto de medidas pertencentes ao cuidado com os pacientes. Tais medidas
como, por exemplo: qual o melhor exercício com o paciente após a redução da
sedação, visando sempre o desmame do suporte ventilatório mecânico, fornecendo
resultados satisfatórios.
É essencial identificar as indicações e as contraindicações, pacientes críticos
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geralmente são sedados no princípio da internação para alívio da dor e da
ansiedade, reduzindo o consumo de oxigênio e impossibilitar que o paciente
desagregue o ventilador mecânico. A imobilidade pode se agravar pela frequência
de sedativos. A imobilidade gera múltiplas complicações durante e após a VMI,
como a subtração da síntese muscular e da massa muscular, agride principalmente
os membros inferiores, propiciando atrofia muscular por desuso esquelético
muscular. Tendo o potencial de prejudicar órgão e o sistema musculoesqueléticos,
cutâneos, cardiovascular, gastrointestinal e urinário, aumentando significamente o
aumento da urina. Decorrente decréscimo de inervação e massa muscular.
Os músculos afetados com relevância são os da respiração, dado que, o
paciente mantém-se interligado com o suporte ventilatório, diminuindo o uso da
ventilação espontânea. Identificando que a mobilização precoce é proveitose e
invulnerável, tendo como principal objetivo interferir no tempo sob o suporte
ventilatório mecânico conjuntamente com a prevenção de restrições funcionais,
gerando resultados á nível cardiovascular, respiratório e osteomioarticular.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos apresentados nessa revisão bibliográfica demonstram o quanto a
fisioterapia intensiva não é um campo novo, entretanto é desconhecido por muitas
pessoas e profissionais até mesmo da saúde. São múltiplas as aéreas que a
fisioterapia atua com recursos e técnicas diferentes, contudo usam como base a
cinesioterapia, através de alongamentos, mobilizações, fortalecimento,
propriocpeção entre outras.
Pacientes na UTI geralmente permanecem um tempo significativo no leito, na
maioria dos quadros em decúbito dorsal, em repouso, tal imobilidade traz inúmeras
conseqüências, tais quais são maiores quando o paciente está sob o uso do suporte
ventilatório mecânico invasivo, conseqüências que afetam diretamente a
funcionalidade do paciente após a alta. Portanto a mobilização precoce é a base
para a recuperação funcional, preservando a força muscular periférica e respiratória,
restringir as decorrências do imobilismo, melhora o transporte de oxigênio. É uma
técnica segura e benéfica quando realizadas respeitando as indicações e as contras
indicações de acordo com cada quadro clínico.
Os resultados observados comprovam a que as mobilizações precoces além
de gerar benefícios físicos geram também psicológicos, acelerando no processo de
recuperação e reduzindo a ocorrência de complicações pulmonares e
musculoesqueléticas, retornando o mais rápido possível para ás atividades
funcionais. Sugere-se que novos estudos sejam realizados, pois são poucos os
ensaios clínicos e sobre protocolos de atendimentos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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