Missionários com Santa Paulina - Setembro

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Publicação institucional do Santuário Santa Paulina Ano1 | Edição 4 | setembro de 2009 H á quantos anos as Irmãzinhas têm essa missão em Moçambique Irmã Marilde: Há 17 anos, as Irmãzinhas ex- pandiram sua missão ao continente africano, mais especificamente em Mo- çambique. Nossa missão fundamenta-se no impera- tivo do Evangelho: “Ide por todo o mundo”, sendo sinal de serviço para Deus. Que tipo de missão as Irmãs desenvolvem? Irmã Marilde: Em Matu- tuíne, a cerca de 70 km da capital Maputo, as Irmãs coordenam o Orfanato Missão São Roque, onde 40 crianças vivem todo seu tempo, com várias ativida- des orientadas. As Irmãs são tudo para estas crian- ças, pois dispensam todo cuidado e atenção. A missão de Nampula está mais voltada para a formação das jovens que buscam a vida religiosa. Temos o noviciado, aspi- rantado e o acompanha- mento vocacional, além das irmãs e formandas contribuírem nas pastorais paroquiais, nos grupos de oração, com a juventude, na formação bíblica e ou- tros serviços. Nossa casa é muito simples, mas é um lugar de passagem para missionários e de acolhi- da para padres e irmãs. É também lugar de escuta do povo de Deus. Já as cidade de Malema e Nataléia são realidades diferentes. Em Malema as Irmãs se dedicam à forma- ção junto ao povo nas vá- rios pastorais, sendo de- safiadas pelas distâncias e a falta de recursos, em todos os sentidos. Já em Nataléia é feito um traba- lho com jovens, com uma escola agrícola que usa uma metodologia de alter- nância, pois enquanto uma turma esta na sala de aula e também com aulas práti- cas no local, a outra turma esta em suas casas, ou melhor, em suas Macham- bas (roças) aplicando aqui- lo que aprendeu em aula. É um trabalho belíssimo, que valoriza o jovem da roça e o qualifica. A produção é algo muito importante no país, devido à carência de alimentos. Em sua segunda visita a este País o que sente como desafio missioná- rio? Irmã Marilde: Eu fico edificada com o despren- dimento, a simplicidade e a entrega que as Irmãs fazem à missão e aquele povo tão pobre e sofrido. Apesar desta dedicação sentimos vários desafios. Primeiro o de uma cultura muito diferente da nossa. Como encarnar e respei- tar a vida deste povo? O jeito de ser Igreja, a rea- lidade de submissão das mulheres, a pobreza, fome e doenças. Como viver o evangelho nestas terras? Como comungar com este povo sofrido, sendo pre- sença profética e solidária. E mais, como não perder a esperança diante de tantas desesperanças. Como é a caminhada da Igreja em Moçambique? Irmã Marilde: A Igreja de Moçambique traz também suas contradições. Parte dela é comprometida, rea- lizando projetos em defesa do povo, instruindo-os en- quanto sujeitos de direitos, e buscando alimentar sua fé em Jesus Cristo. Por outro lado, uma falta de compromisso com a co- munidade, alheia as gran- des problemáticas e a for- mação. Percebe-se uma Igreja nascente com mui- tas vocações, lideranças e suas celebrações dinâmi - cas e dançantes, expres- sando a cultura africana Como é o povo? Irmã Marilde: O povo Moçambicano é pobre, mas muito alegre e acolhe- dor. Sua cultura e tradição são fortes, cultuadas e ser- vidas. Mas, também, traz os medos e as feridas da guerra, onde milhares fo- ram mortos. A gente quase não vê idosos, é um país de jovem. Na realidade onde nossas Irmãs estão, temos no sul os Rongas e no norte os Macuas, am- bos falam a língua nativa inclusive nas celebrações dominicais. Quais são os sonhos para esta missão? Irmã Marilde: Desejo que a Congregação possa continuar neste continen- te sofrido e excluído. Que seja fortificada no ardor e no número de irmãs dis- postas a partilhar a vida, o saber e o ser. Sinto que a nossa presença enriquece o povo, mas com certeza, nos enriquecemos com sua alegria, solidariedade, acolhida e simplicidade. “Um povo muito pobre, mas muito alegre e acolhedor” Irmã Marilde Arenhardt, atualmente é responsável pela missão em Moçambique. em visita recente às comunidades naquele País, ela fala ao missionário, da experiência, sonhos e desafios da Congregação D esejo que a Congregação possa continuar neste continente sofrido e excluído

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Informativo do Santuário Santa Paulina

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Publicação institucional do Santuário Santa Paulina Ano1 | Edição 4 | setembro de 2009

Há quantos anos as Irmãzinhas têm essa missão em

MoçambiqueIrmã Marilde: Há 17

anos, as Irmãzinhas ex-pandiram sua missão ao continente africano, mais especificamente em Mo-çambique. Nossa missão fundamenta-se no impera-tivo do Evangelho: “Ide por todo o mundo”, sendo sinal de serviço para Deus.

Que tipo de missão as Irmãs desenvolvem?

Irmã Marilde: Em Matu-tuíne, a cerca de 70 km da capital Maputo, as Irmãs coordenam o Orfanato Missão São Roque, onde 40 crianças vivem todo seu tempo, com várias ativida-des orientadas. As Irmãs são tudo para estas crian-ças, pois dispensam todo

cuidado e atenção.A missão de Nampula

está mais voltada para a formação das jovens que buscam a vida religiosa. Temos o noviciado, aspi-rantado e o acompanha-mento vocacional, além das irmãs e formandas contribuírem nas pastorais paroquiais, nos grupos de oração, com a juventude, na formação bíblica e ou-tros serviços. Nossa casa é muito simples, mas é um lugar de passagem para missionários e de acolhi-da para padres e irmãs. É também lugar de escuta do povo de Deus.

Já as cidade de Malema e Nataléia são realidades diferentes. Em Malema as Irmãs se dedicam à forma-ção junto ao povo nas vá-rios pastorais, sendo de-safiadas pelas distâncias

e a falta de recursos, em todos os sentidos. Já em Nataléia é feito um traba-lho com jovens, com uma escola agrícola que usa uma metodologia de alter-nância, pois enquanto uma turma esta na sala de aula

e também com aulas práti-cas no local, a outra turma esta em suas casas, ou melhor, em suas Macham-bas (roças) aplicando aqui-lo que aprendeu em aula. É um trabalho belíssimo, que valoriza o jovem da roça e o qualifica. A produção é algo muito importante no país, devido à carência de alimentos.

Em sua segunda visita a este País o que sente como desafio missioná-rio?

Irmã Marilde: Eu fico edificada com o despren-dimento, a simplicidade e a entrega que as Irmãs

fazem à missão e aquele povo tão pobre e sofrido. Apesar desta dedicação sentimos vários desafios. Primeiro o de uma cultura muito diferente da nossa. Como encarnar e respei-tar a vida deste povo? O jeito de ser Igreja, a rea-lidade de submissão das mulheres, a pobreza, fome e doenças. Como viver o evangelho nestas terras? Como comungar com este povo sofrido, sendo pre-sença profética e solidária. E mais, como não perder a esperança diante de tantas desesperanças.

Como é a caminhada da Igreja em Moçambique?

Irmã Marilde: A Igreja de Moçambique traz também suas contradições. Parte dela é comprometida, rea-lizando projetos em defesa do povo, instruindo-os en-quanto sujeitos de direitos, e buscando alimentar sua fé em Jesus Cristo. Por outro lado, uma falta de compromisso com a co-munidade, alheia as gran-des problemáticas e a for-mação. Percebe-se uma Igreja nascente com mui-tas vocações, lideranças e

suas celebrações dinâmi-cas e dançantes, expres-sando a cultura africana

Como é o povo?Irmã Marilde: O povo

Moçambicano é pobre, mas muito alegre e acolhe-dor. Sua cultura e tradição são fortes, cultuadas e ser-vidas. Mas, também, traz os medos e as feridas da guerra, onde milhares fo-ram mortos. A gente quase não vê idosos, é um país de jovem. Na realidade onde nossas Irmãs estão, temos no sul os Rongas e no norte os Macuas, am-bos falam a língua nativa inclusive nas celebrações dominicais.

Quais são os sonhos para esta missão?

Irmã Marilde: Desejo que a Congregação possa continuar neste continen-te sofrido e excluído. Que seja fortificada no ardor e no número de irmãs dis-postas a partilhar a vida, o saber e o ser. Sinto que a nossa presença enriquece o povo, mas com certeza, nos enriquecemos com sua alegria, solidariedade, acolhida e simplicidade.

“Um povo muito pobre, mas muito alegre e acolhedor”

Irmã Marilde Arenhardt, atualmente é responsável pela missão em Moçambique. em visita recente às comunidades naquele País, ela fala ao missionário, da experiência, sonhos e desafios da Congregação

““Desejo que a

Congregação possa continuar neste continente sofrido e excluído

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ce com a partilha dessa vivência com experiências distintas e seme-lhanças”, declarou, feliz. A religiosa acrescentou ainda, que o grande desafio é trabalhar a questão litúr-gica no Santuário, já que a cada celebração as equipes têm uma assembléia diferente. “Mas todos vêm em busca de algo”, conclui.

Em 2011 o encontro será realiza-do em Salvador. Já o Encontro Re-gional dos Santuários vai ser sedia-do no Santuário de Santa Paulina, ano que vem.

Prazer em conhecê-lo

A vida organizacional do Santuário

Ao Conselho Administrativo compete:

Deliberar sobre assuntos refe-rentes à organização e gestão do Santuário Santa Paulina.

Sugerir alterações ou reformas de parte ou totalidade do Estatu-to Canônico e Diretório.

Deliberar conjuntamente com o Governo Geral e a Diretoria do Santuário sobre assuntos de in-teresse geral.

Apresentar ao Governo Geral o perfil das pessoas para compor a Diretoria do Santuário, o Con-selho Administrativo e as Comis-sões.

Apreciar e aprovar o plano or-çamentário e o relatório de ati-vidades e prestação de contas para que sejam encaminhados ao Governo Geral.

Opinar sobre venda, alienação, hipoteca, onerarão e doação de bens móveis e imóveis.

O Reitor do Santuário Santa Paulina, Padre João Schneider e Irmã Maria dos Humildes de Jesus Souza participaram do En-contro Nacional dos Reitores em Juazeiro do Norte (CE), na Dioce-se de Crato.

Eles falam da importância des-se encontro que acontece a cada dois anos e dos seus objetivos.

“Neste ano, ‘Eucaristia e Comunicação’ foi o tema estudado, mas junto a

isso conhecemos pouco melhor o fe-nômeno ‘Pe. Cíce-

Encontro Nacional dos Reitoresro’, e pudemos entender um pouco mais, o enorme valor que ele tem para ao povo do Ceará e para todo o nordeste”, declarou o sacerdote. Outro aspecto abordado foi a pos-sibilidade de conhecer os espaços que lembram o trabalho e a missão do religioso. Para Irmã Maria dos Humildes foi um momento de cres-cimento e conhecimento no senti-do de trabalho com os romeiros no Santuário. “Foi muito bom conviver com pessoas que estão vivendo experiências parecidas com a nos-sa. Sinto que os desafios também são parecidos. A gente se fortale-

Desta vez podemos noticiar o início dos trabalhos de recu-peração dos taludes em frente ao Santuário, danificados pelas chuvas ocorridas novembro de 2008, onde houve sérios desli-zamentos de terra. “Um apro-fundado estudo feito pelo Prof. Eduardo D’Avansi, Geólogo da Universidade Federal do Para-ná, norteou os trabalhos que estão sendo executados”, in-formou a Diretora do Santuário, Irmã Terezinha Pamplona. A terra que deslizou foi retirada e os taludes estão sendo recom-postos com técnica de controle de compactação, agregado à cal hidratado. “O trabalho está em processo bem adiantado, exceto pelas chuvas que for-çam a interrupção da obra”, destacou a irmã.

Ela - Sou Missionária com Santa Paulina há mais de um ano, mas des-de criança ouço sua história. Aderi a este projeto porque acredito nele e sempre fui atendida em meus pedidos. Sinto que os recursos são bem aplicados, e o pouco que eu contribuo faz a diferença. Meu sonho é que as pessoas possam fazer a experiência de paz e transformação ao visi-tar este Santuário

Ele - Eu sou Missionário com Santa Paulina porque acompanho desde o início o trabalho da construção do Santuário e comecei a colaborar antes de começarem a pedir colaboração por boletos. Cada vez que eu venho ao Santuário, sinto que os recursos estão sendo bem aplicados e peço a quem tem condições que faça parte, porque é uma obra de Deus

Bonito de novo

Dia 13 de setembro, a TV Sé-culo 21 vai transmitir diretamen-te do Santuário Santa Paulina, a missa das 10hs. Mas não é só isso, desde às 09hs, a TV vai estar transmitindo reportagens ao vivo, com os peregrinos e mostrando os espaços de visi-tação que possui o parque do Santuário.

O presidente e fundador da TV, Pe. Eduardo Dougherti e o diretor artístico frei Rinaldo Ste-canella, também marcarão pre-sença. Fique ligado/a.

Bonito de novo

Porque sou missionário

Prazer em conhecê-lo

Na edição anterior informa-mos ao leitor missionário, como é a estrutura orga-

nizacional do Santuário Santa Paulina. Nessa edição vamos continuar esse assunto, a fim de possibilitar um maior conheci-mento da sua organização, fun-ção e equipes de trabalho. A segunda instância administrati-

va do Santuário está confiada, ao Conselho Administrativo (CON-SAD), que é composto da seguin-te forma: Diretoria do Santuário, Representante do Governo Ge-ral, representante do Governo Provincial da Província Nossa Senhora de Lurdes, Coordena-doras das Comissões e Reitor do Santuário.

Nossa Missa na TV

agora é pra valer

Missa da Saúde no Santuário

Todo dia 09 de cada mês Com Benção e imposição

de mãos

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roz e de bananais nos morros. Com o desastre de novembro

passado, 80% dos bananais foram destruídos. Embora co-

nhecida internacio-nalmente pelas in-dústrias têxteis e de confecção, é uma região insustentável do ponto de vista ambiental e social, devido à exploração desordenada dos recursos naturais e a conseqüente de-gradação dos rios e ribeirões.

“A escolha do ‘Morro do Baú’ foi em solidariedade às famílias que tentam reconstruir suas vidas e suas casas”, informou José Val-meci, da Comissão Pastoral da Terra, órgão que integra vários outros na realização do evento.

Publicação Institucional do Santuário Santa Paulina | Direção: Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição-CIIC|Conselho de Redação: Irmã Anna Tomelin, Irmã Egnalda Rocha Pereira-CIIC, Irmã Terezinha Maria Pamplona, Irmã Maria Vera Lúcia de Oliveira | Fotografia: Serviço de Comunicação e Marketing do Santuário Santa Paulina e Arquivo da CIIC Diagramação Projeto Gráfico: André Kinal | Impressão: | Tiragem:5 mil | Produção: Dominus Agência de Comunicação Inte-grada

Envie seus pedidos de oração estaremos rezando por você

Santa Paulina

Rogai por nós

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Nome: __________________________________________________________________________________________________________End: ______________________________________________________________________Bairro: ________________Fone: ___________Cidade: _____________________UF: _______Cep: ________________CPF: _____________Email: ________________________________

Meu amigo missionario!

Indique alguém para também fazer parte de nossa família

“Cuidar da terra. Garantir a vida”, esse é o tema da 21ª Ro-maria da Terra que ocorre dia 13 de setembro no Morro do Baú, em Ilhota. É um município de 12 mil habitantes, situado à foz do Rio Itajaí. Cerca de 60% da população vivem na área urbana e 40% no campo. Na área rural predomi-nam alemães que vieram cidades de Biguaçu e Antonio Carlos, plantado-res de cana-de-açúcar até os anos 70, depois foram forçados a abandonar suas atividades rurais e ir trabalhar na cidade, como mão de obra na indústria. Os que permanecem no campo sobrevivem da plantação de ar-

Romaria da Terra e da ÁguaEu tive um nódulo no pescoço e os médicos não queriam abrir. A cerca de um ano e meio vim aqui e pedir a cura por interseção de Santa Paulina. Há 20 dias fui operada e o nódulo retirado. Hoje estou aqui para testemunhar e agradecer que Deus é bom e me curou. Há sete anos sou devota de Santa Paulina e sempre venho aqui no seu santuário.

Testemunho de fé

Tinha uma dor no ombro e o médico não acertava o

remédio. Então vim aqui ao Santuário e pedi a Santa Paulina que olhasse para

minha dor e pedisse a Deus que me curasse. Eu disse a ela que se ela me curasse,

sempre subiria à sua Colina para agradecer. Estou curada.

Desde então, testemunho a minha cura trazendo pessoas

como guia. Muitas pessoas que eu trouxe já receberam graças.

Testemunho de fé

Rita Lourdes PiemontezCuritiba

Maria de Lourdes dos SantosCuritiba

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