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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 311 | OUTUBRO DE 2015 MISSÃO É SERVIR

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 311 | OUTUBRO DE 2015

MISSÃO É SERVIR

Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditorPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇAJornalista Responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPRevisãoJANE MARTINS E JULIANA APARECIDA SANTANAProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Não poderíamos imaginar o quanto as Santas Missões Populares nos des-pertariam para um olhar sério, crítico e penetrante da realidade que nos cerca. Colocamos nos três objetivos das San-tas Missões Populares o norte do nos-so grande compromisso na busca da implantação do Reino de Deus entre nós. Creio que é o tripé de nossa ação evangelizadora: dar verdadeiro sentido à vida; fazer da paróquia comunida-de de comunidades e ainda promover vida e dignidade para todos. É impres-sionante o desejo do cuidado da “casa comum” e de construir um mundo de justiça e paz. Somos sempre pegos de surpresa, para não dizer da nossa letar-gia e morosidade. É pena que alguns

fatos e acontecimentos precisam nos chocar para nos sensibilizarmos, é o caso da crise hídrica, do menino sírio Aylan, em praia turca após o naufrágio do barco que ia para Grécia, o incêndio da boate Kiss (Santa Maria - RS) com mais de 240 jovens mortos, rios e nas-centes desrespeitados, poluídos pelo crescimento das cidades, ganância do agronegócio, a violência instalada no campo como nas pequenas e grandes cidades, tráfico de pessoas, narcotráfi-cos, turismo sexual e tantas outras for-mas e agressões que propalam mundo afora.

No mês de outubro, que estamos iniciando, celebraremos a missão como uma amostra do rosto do Pai, manifes-

tado no seu Filho Jesus – o missioná-rio por excelência. Celebrar a missão é celebrar a vida. A vida é missão! Neste mês, celebramos a querida rainha e pa-droeira do Brasil e o Dia das Crianças; nos dias que antecedem esses festejos, celebramos o dia do nascituro (08/10). Notamos que há uma ligação, um en-trelaçamento humano, natural e sobre-natural das coisas, das pessoas, das na-ções, da vida como um todo.

O ser humano quis se separar, se iso-lar, achando ser o centro de tudo e que não precisa de ninguém e de nada. Puro engano e egoísmo, apesar do homem dar “nome” as coisas e aos animais, ter domínio sobre tudo, como nos diz o li-vro do Gênesis, ele faz parte deste todo,

ninguém é uma ilha. Tudo é vida e a vida precisa ser defendida e protegida. O papa Francisco, sensibilizado e certo dessa verdade fundante, escreve uma encíclica para todo mundo, dando seu recado: não se pode marginalizar o que é essencial e priorizar o que é periférico ou acidental.

Coloquemo-nos todos em atitude de prontidão à luz do Evangelho e do bom senso, unamo-nos em vista de um mundo sonhado por Deus. Um mundo de vida e liberdade, de respeito, de jus-tiça e paz. Caminhemos com olhos fixos no Senhor e amparados na companhia de nossa Mãe – a Senhora das Dores – rumo ao Centenário de nossa Diocese de Guaxupé.

Outubro: mês de tantas e belas come-morações. Quantas datas importantes! Celebra-se o dia do idoso (01), da natureza (04), do nascituro (08), da criança (12), do professor (15), das Nações Unidas (24). No calendário religioso há muitas comemo-rações que merecem destaque: santa Te-resinha (01), santos Anjos da Guarda (02), são Francisco de Assis (04), são Benedito (05), Nossa Senhora do Rosário (07), são João XXIII (11), Nossa Senhora da Concei-ção Aparecida (12), santa Teresa de Jesus (15), são Geraldo Majella (16), santo Inácio

de Antioquia (17), são Lucas (18), são Paulo da Cruz e são Pedro de Alcântara (19), são João Paulo II (22), santo Antonio Maria Cla-ret (24), santo Antonio de Sant’Ana Galvão (25), são Simão e são Judas Tadeu (28). Em Roma, acontecerá, de 4 a 25 desse mês, a XIV Assembleia Geral Ordinária do Síno-do dos Bispos, cujo tema é “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Talvez, você, leitor, esteja pensando: quantas datas em um só texto... De fato, a vida é profundamente marcada pelas datas. Umas são consideradas mais importantes, porém, todas fazem parte da existência humana. Elas marcam a vida e a missão das pessoas. Assim, diante dessas e de outras numerosíssimas datas, acontece a missão de cada um.

Outubro é o Mês Missionário. Este mês é, para a Igreja, o período no qual são in-tensificadas as iniciativas de animação e cooperação em prol das missões em todo o mundo. O Mês Missionário tem sua ori-gem no Dia Mundial das Missões (penúlti-mo domingo do mês de outubro). A data foi instituída pelo papa Pio XI, em 1926,

como um dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A inspiração vem do mandado de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missio-nárias, bem como realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo do mês (este ano, dia 18). Missão é servir. Este é o tema da Campanha Missionária de 2015. Com isso, a Campanha Missionária deste ano destaca a essência da mensa-gem de Jesus. Ele veio “para servir” (cf. Mc 10,45). Diante da tentação do poder, Jesus dá uma grande lição: “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44). Essa sabedoria é o lema da Campanha e lembra que, diante da tentação do poder e do prestígio, a Missão do cristão é serviço, entrega e doação.

Outubro traz aos brasileiros a solenida-de de sua Rainha e Padroeira. São muitos os devotos que, ansiosamente, esperam por esse dia bendito! Cheios de fé e esperança em Deus, que olhou para sua pobre serva, os fiéis celebram esse dia exultando de ale-gria e esperando a libertação, confiantes

Vida e Dignidade para todos

« (...) a missão faz parte da «gramática» da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra «vem» e «vai». Quem segue Cristo não pode deixar de tornar-se missionário, e sabe que Jesus «caminha com

ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (EG, 266). A missão é uma paixão por Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas.»

Trecho da Mensagem de sua santidade papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2015

em sua nova e eterna Aliança. Deus fez e faz maravilhas! Seu Nome é santo e sua miseri-córdia se estende de geração em geração para os que O temem (Lc 1,49b-50). Assim, muitos celebram essa solenidade nessa perspectiva: trazem consigo as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias, sem-pre confiando na misericórdia do Senhor! Bem aventurados aqueles que creem em sua Palavra (cf. Lc 1,45).

O jornal COMUNHÃO deste mês abor-da a temática da Missão. A vida é permea-da pelas datas e, em tudo isso, celebra-se a missão. No espaço «Catequese», o autor discorre sobre a missão libertadora dos catequistas. Em «Bioética», o leitor poderá conferir que é preciso defender e promo-ver a pessoa humana desde a fecundação até sua morte natural. A vida é missão! Para entender bem a missão é preciso partir da vida, das situações pessoais. Não se pode separar a vida da missão...

“Continuar juntos na construção de uma sociedade justa e solidária, que denuncia a corrupção, a desonestidade e a idolatria do consumismo; cuide do planeta Terra, casa de todos, para que haja dignidade e vida em abundância”.

3º Objetivo das Santas Missões Populares

3Outubro/2015

Opinião

SÍNODO DA FAMÍLIASob o título: “Desa-

fios pastorais da família no contexto da evan-gelização”, no final de 2013, o papa Francisco enviou às dioceses o documento prepara-tório à III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos. Era o presságio de uma boa notícia para a famí-lia que no princípio do documento já lembrava que a missão de pregar o Evangelho a cada cria-tura foi confiada direta-mente pelo Senhor aos seus discípulos, e dela a Igreja é portadora na história. No entanto, a Igreja encontra um de-safio pastoral diante da época em que vivemos, traduzida pela crise social e espiritual que assola a família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial.

Tal documento se compunha de um vasto questionário com o fim de reali-zar um “raio X” das famílias de todos os cantos do mundo. Ao responder, cada diocese estaria cooperando com a for-mação da imagem atual das famílias e este perfil seria disponibilizado aos bispos para que, sob as luzes do Espí-rito Divino, pudessem buscar caminhos para anunciar o Evangelho à família, va-lorizá-la, ampará-la e protegê-la.

A primeira etapa do sínodo, destina-da a especificar o status quaestionis e a recolher testemunhos e propostas dos bispos para anunciar e viver de manei-ra fidedigna o Evangelho para a família, foi realizada no Vaticano entre os dias 5 e 19 de outubro de 2014. Os encontros terminaram com a Celebração Eucarís-tica de beatificação do papa Paulo VI. Na ocasião, papa Francisco convocou os bispos sinodais a cooperarem no cuidado das famílias e ainda levantou algumas críticas aos maus pastores que impõem fardos e responsabilidades so-bre as pessoas, mas que nem eles mes-mos podem assumir. Lembrou também que os sínodos na Igreja não têm a fi-nalidade de ver quem tem mais capaci-dade ou inteligência, nem para discutir ideias brilhantes e originais. A sua ser-ventia é para cultivar e guardar melhor a “vinha do Senhor”.

Ao término dessa etapa, estabele-cendo relação aos contributos prove-nientes do documento preparatório, começaram os trabalhos de secretaria do sínodo, culminando no documento Instrumentum Laboris, publicado em 23 de junho passado e que servirá de texto-base para a segunda etapa da

Assembleia Geral Ordinária dos Bispos, neste mês de outubro, com a finalidade de procurar linhas de ação para a pas-toral da pessoa humana e da família.

Nesse instante, a Igreja encontra-se no meio da realização do sínodo. Com certeza este acontecimento especial será de grande valia para as Igrejas Particulares e, sobretudo para todas as famílias. Há especulações sobre tal des-fecho. Há esperanças e curiosidades..., mas principalmente há muita gente de joelhos dobrados conversando com Deus: papa, bispos, padres, religiosos, pais, mães e filhos intercedendo por esta causa. É Deus ouvindo a Igreja in-teira que reza pela instituição mais cara do planeta: a família. Aquela mesma que trouxe Jesus ao mundo e que pode dar a segurança necessária a todo ser humano.

Esse processo de realização sinodal tem se mostrado mais aberto e parti-cipativo. Observe que antes de tudo, o papa dirigiu-se às dioceses como fontes seguras de impressões sobre as famílias. A partir disso, foi montado um texto para ajudar na discussão do assunto. E para que os raciocínios fos-sem melhor debatidos e sedimentados, foi concedido o intervalo de um ano e, somente agora, depois dos assuntos serem remoídos é que dar-se-á conti-nuidade à reunião formal. Nessa veia histórica, com certeza há a mão de Deus amparando, protegendo e guian-do o andamento das conclusões.

Os assuntos que os bispos irão de-bater através do Instrumentum Laboris, estão dispostos em três partes: comu-nicar o evangelho da família hoje; a

pastoral da família face aos novos desa-fios e a abertura à vida e a responsabili-dade educativa.

“A família é o esteio da sociedade”, diz o documento. Ela evidencia a ne-cessidade da existência de políticas ne-cessárias que apoiem os núcleos fami-liares. Ela também é importante porque é um espaço de inclusão das categorias frágeis da população: os idosos, os viú-vos e os deficientes. O documento res-salta a especificidade da pastoral para as famílias migrantes.

A indissolubilidade do sacramento do matrimônio é reafirmada pelo Ins-trumentum Laboris, mas isso não sub-trai da Igreja o acompanhamento que ela deve realizar com misericórdia, às situações dolorosas. As circunstâncias carentes e passíveis da nulidade matri-monial, também deverão ser encami-nhadas pela Igreja.

A esse respeito, a Carta Apostólica Mitis Iudex Dominus Iesus, datada de 8 de setembro de 2015, evidencia o em-penho do papa Francisco em agilizar o processo de dissolução para a nulidade matrimonial quando ele concede aos bispos diocesanos a faculdade de ser o supremo juiz dos processos judiciais matrimoniais.

Há uma delicada atenção às pessoas que se encontram em segunda união. Elas não estão fora da Igreja, não são excluídas, mas há limitações de cunho pastoral e litúrgico. No específico caso da comunhão eucarística aos divorcia-dos recasados, o Instrumentum Labo-ris aponta a hipótese de um “caminho penitencial” sob a autoridade do bispo diocesano.

Sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo, o documento mostra cla-ramente que os bispos sinodais com-preendem que independentemente da tendência sexual individual, cada pessoa deve ser respeitada em sua dig-nidade e também profundamente bem acolhida.

Finalmente, o Instrumentum Laboris fala sobre os filhos. Vocaciona os casais à prática da adoção, ressaltando que a educação de um filho deve basear-se na diferença sexual, assim como a pro-criação. Esta se baseia no amor espon-sal entre um homem e uma mulher.

Este documento de trabalho, na ver-dade, apresenta o diálogo entre Igreja, a família e a sociedade. Seus alicerces consideram as fontes da Igreja, os sinais dos tempos e o ser humano no terceiro milênio. Ele ajudará no discernimen-to da Assembleia Geral Ordinária dos Bispos que acontecerá dos dias 4 a 25 de outubro próximo e que se assenta-rá pelo forte chamado à misericórdia, através do Jubileu da Misericórdia que se abrirá no dia 8 de dezembro próxi-mo.

Acompanhemos este desfecho par-ticipando dele através de nossas ora-ções. Em nossas preces, peçamos o Espírito Santo sobre nós, mas também peçamos que Ele seja derramado sobre esta grande reunião que acontecerá no Vaticano.

Por padre Sidney da Silva CarvalhoPároco da Paróquia Nossa Senhora das

Graças, em Poços de Caldase Assessor Eclesiástico do Setor Famílias

4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

No primeiro dia da novena em lou-vor a Nossa Senhora do Carmo, dia 07 de julho, foi inaugurado o Centro Pasto-ral da Paróquia Nossa Senhora do Car-mo, em Paraguaçu. O momento contou com a presença do bispo diocesano, dom José Lanza Neto. O novo espaço recebeu o nome de Centro Pastoral Je-sus Cristo Bom Pastor.

No dia 29 de agosto, os paroquia-nos da Paróquia Nossa Senhora das Dores (Catedral Diocesana de Guaxu-pé) realizaram uma peregrinação até o Santuário Nacional. Três ônibus saíram na sexta-feira em direção a cidade de Aparecida (SP), com o intuito de render graças a Deus e pedir a intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

Todos participaram da Celebração Eucarística às 10h30 na Basílica Nova

No dia 06 de setembro, aconteceu, na cidade de Poços de Caldas, o Aviva Jovem realizado pela juventude da Pa-róquia São Sebastião, com mais de 2 mil jovens de várias cidades.

O evento começou às 9h da manhã com uma oração inicial e um jogral com o nome de todas as paróquias do setor Poços que fizeram com que o evento se tornasse realidade. Logo depois, houve uma pregação ministrada por Alexan-dre Paiva, fundador da comunidade Bom Samaritano, em Campestre. Para encerrar a parte da manhã, houve uma vigília Eucarística preparada pelos se-

Foi realizado nos dias 24 a 25 de ju-lho, em Campestre, o 32º Encontro Dio-cesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). O evento teve como tema “Comunidades dos seguidores de Jesus a serviço da Sociedade” e como lema “A Igreja em saída, sem medo”.

Com representação de todos os setores pastorais da Diocese de Gua-xupé, mais de 100 participantes apro-fundaram reflexões sobre o tema com a assessoria de Laudelino Augusto Azevedo, vice-presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil e Assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o Laicato.

Além dos cristãos leigos, participa-ram também quatro cristãos presbí-teros: José Luiz Gonzaga do Prado, de Nova Resende; Eduardo Pádua de Car-valho, de Passos; João Pedro de Faria, de São Pedro da União e o anfitrião,

Com grande participação da comu-nidade, após a Celebração Eucarística, foi dada a bênção solene. O povo muito se alegrou. Padre Edimar Mendes Xa-vier agradeceu a comunidade e falou dos benefícios desta obra para a cate-quese e pastorais da paróquia.

Com informações de Otávio Augusto de Oliveira

que foi concelebrada pelo cura da cate-dral, padre Reginaldo da Silva. Os coroi-nhas e acólitos também participaram da celebração, afirmando mais uma vez o compromisso de servir a Deus com grande alegria. Foram momentos de muita fé, devoção e grande júbilo da comunidade pela romaria, realizada para fortalecer ainda mais a espirituali-dade mariana.

Com informações da Pascom Catedral

Notícias

Paróquia Nossa Senhora do Carmo inaugura Centro Pastoral

CEBs promovem 32º Encontro Diocesano

Aviva Jovem reúne 2 mil jovens em Poços de Caldas

Catedral realiza romaria ao Santuário Nacional

Centro Pastoral Jesus Cristo Bom Pastor é o novo espaço para a catequese e pastorais da paróquia

Poços de Caldas sedia evento voltado à juventude

Coroinhas e acólitos também participaram da peregrinação a Aparecida (SP)

Mais de 100 pessoas participaram do encontro assessorado por Laudelino Augusto Azevedo

Foto: Otávio Augusto de Oliveira

Foto: Wender Batista, Thalison Martins e Marco Loro

Foto: Pascom Catedral

Foto: Padre José Luiz Gonzaga do Prado

Francisco Albertin Ferreira, pároco de Campestre.

Com sua experiência de muitos anos como leigo cristão na Igreja Ca-tólica, tendo sido inclusive deputado estadual e vice-prefeito na cidade de Itajubá (MG), e com seu profundo co-nhecimento dos documentos da Igreja, Laudelino mostrou, com clareza, o ver-dadeiro papel do cristão leigo na linha de frente da missão da Igreja na trans-formação do mundo.

Lembrando a proposta do papa Francisco de uma Igreja em saída, ele mostrou ainda como isso deve acon-tecer na caminhada das Comunidades Eclesiais de Base. O assessor colocou também as CEBs e os Grupos de Re-flexão no contexto das Santas Missões Populares que estão acontecendo na Diocese de Guaxupé.

Por padre José Luiz Gonzaga do Prado

minaristas Antônio e Douglas.Após o almoço, foi apresentado

um teatro pelo grupo de jovens Anjos Guardiões da Paróquia Nossa Senho-ra Auxiliadora, em Paraguaçu. Houve Celebração Eucarística no local às 16h, presidida pelo padre José Maria de Oli-veira, pároco da Paróquia São Sebastião e concelebrada pelos padres Francisco Carlos, Bruce, Heraldo e Sebastião. À noite, aconteceu o show com Ana Ga-briela e com a banda Missionário Sha-lom até a meia noite.

Com informações de Douglas Ribeiro

5Outubro/2015

No dia 14 de setembro, durante sole-ne Celebração Eucarística, foi dedicada a Paróquia São Sebastião em Poços de Caldas. Presidida pelo bispo diocesano, dom José Lanza Neto, e concelebrada pelo pároco padre José Maria e pelos padres Gilmar, Ramon e José Roberto, sendo este último um missionário obla-to de Maria Imaculada.

A solenidade aconteceu em um cli-ma festivo, com a participação de mui-tos fiéis da comunidade. A relíquia co-locada no altar foi de Santa Maria Rosa Molas, fundadora das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação que, na Dioce-se de Guaxupé, residem na cidade de Areado e marcaram presença na Cele-bração.

Em sua fala, o bispo destacou a im-portância de dedicar o templo a Deus;

Neste ano, a Paróquia Nossa Senho-ra da Assunção de Cabo Verde cele-bra 250 anos de fundação e 258 anos de presença no município. A paróquia conta com pastorais e movimentos ar-ticulados e dinâmicos, bem como aten-dimento pastoral nas áreas urbana e rural. Além de duas festas tradicionais da cidade, os fiéis organizam bailes, jantares dançantes, almoços e outros eventos sociais. Em relação à evange-lização, além das festas religiosas, há muitas formações e encontros, além de um trabalho especial com pessoas ne-cessitadas e entidades assistenciais de Cabo Verde.

Já faz parte da agenda anual das atividades da Diocese de Guaxupé o Encontro Diocesano de secretários e secretárias paroquiais. No dia 17 de se-tembro, participantes vindos de todos os setores da diocese foram recebidos com um café da manhã. Após creden-ciamento, iniciaram as atividades às 9h com um momento de oração con-duzido pelo padre Sandro Henrique, coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação e organizador do evento.

Logo em seguida, após as apresen-tações iniciais, padre Sandro concedeu a palavra ao bispo diocesano, dom José Lanza Neto, que enfatizou a importân-cia da secretaria paroquial e a acolhi-da. Dom Lanza salientou seu papel na evangelização como portal de entrada para a paróquia, resgatando a impor-tância do secretário ser missionário, mi-nistro da acolhida, um evangelizador.

A assessoria do encontro foi do pa-

Solenidade de dedicação marca os 70 anos da Paróquia São Sebastião

Paróquia de Cabo Verde celebra 258 anos de evangelização

Secretários refletem sobre vocação e missão nas comunidades

Bispo diocesano preside solene Celebração Eucarística de dedicação da igreja matriz

Cerca de 10 mil pessoas participaram de Evangeliza-Show

Pastoral da Comunicação promoveu mais uma edição do encontro anual de secretários e secre-tárias paroquiais

Foto: Arquivo da Paróquia São Sebastião

Foto: Arquivo da Paróquia Nossa Senhora da Assunção

Foto: Pascom Diocesana

dos trabalhos realizados pelos padres oblatos, não somente na paróquia, mas na cidade de Poços de Caldas, com seus testemunhos de vida e os trabalhos na educação escolar; ressaltou que de-ve-se cuidar da Igreja, pois ela é sinal visível do mistério de Cristo e abrigo para a fé: “70 anos de grandes histórias de evangelização que devem servir de exemplo para todos nós”, concluiu o bispo.

Durante a celebração, foram aben-çoados a sédia, o ambão e a pia ba-tismal. O altar foi ungido, incensado e iluminado, bem como as paredes da igreja. Depois de uma reforma, a Ca-pela do Santíssimo foi inaugurada pelo bispo.

Por Douglas Ribeiro

Há dois anos, no dia da padroeira, a paróquia realiza o Evangeliza-Show com a participação de moradores da cidade e também da região num dia de oração e de shows com o objetivo de evangelizar e promover a música cató-lica. No dia 15 de agosto, aproximada-mente 10 mil pessoas comemoraram o dia de Nossa Senhora da Assunção, além de celebrar a vida de todos que se doaram pela evangelização nestes 250 anos.

Com informações do Conselho Pastoral Paro-quial da Paróquia Nossa Senhora da Assunção

dre Sandro Henrique que conduziu os participantes a refletirem sobre a te-mática central: “Secretaria Paroquial – porta de entrada da Igreja para muitas pessoas”.

Separados em salas por cores di-ferentes, os grupos tiveram a oportu-nidade de refletir sobre o trabalho do secretariado paroquial e seus desafios, realidades, dificuldades, desafios e ale-grias.

Ao avaliar o encontro, padre Sandro acredita que nos próximos anos me-lhorias serão feitas, mas neste, de 2015, foi importante fixar a diferença entre vocação e profissão, sentimentos dis-tintos, segundo, ele na hora de acolher na secretaria paroquial. Após a bênção final, dom Lanza e colaboradores da cúria diocesana fizeram um tour pelos departamentos administrativos, capela e centro pastoral do prédio.

Por Alessandro Calixto

6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Notícias

No dia 10 de setembro, foi realizada na residência episcopal, em Guaxupé, a reunião dos bispos da Província Eclesi-ástica de Pouso Alegre, formada pelas Dioceses da Campanha e de Guaxupé e pela Arquidiocese de Pouso Alegre, com os padres formadores que traba-lham nos seminários e os promotores vocacionais.

A reunião contou com a presença do arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, dos bispos da Diocese da Campa-nha, dom frei Diamantino Prata de Car-

No dia 30 de agosto, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) de Alfenas promoveu um encontro para jovens com o objetivo de apresentar os diver-sos ministérios na Igreja. Cerca de 100 jovens estiveram presentes como par-ticipantes e na organização do evento, que foi realizado no salão paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

As atividades foram iniciadas com a Celebração Eucarística. Logo em segui-

Entre os dias 4 e 15 de setembro, a Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores celebrou com grande júbi-lo a festa de sua padroeira. O tema da novena, que aconteceu entre os dias 6 e 14, foi: “Maria, Missionária da Paz”, com a oportunidade de reflexão sobre a sociedade e o centenário da Diocese.

A novena contou com a presença de padres da Diocese e de comunida-des religiosas, que puderam home-nagear e rezar pelos diversos setores da sociedade, pedindo bênçãos da Virgem Mãe das Dores sobre todas as pessoas. A festa também teve sua parte social com várias atrações, dentre elas: espaço para as crianças, música ao vivo e comidas típicas.

No dia 11 de setembro, na Paróquia Nossa Senhora de Sion, em São Sebas-tião do Paraíso, foi realizado o evento “Maria, em Aliança contigo queremos tornar Cristo presente em todos os lu-gares” organizado pela “Liga das mães”, ramo do Movimento Apostólico de Schoenstatt.

O evento contou com participações do padre Rodrigo Pappi, que cantou a Consagração após a reza do Terço, da

Província Eclesiástica promove reunião sobre formação presbiteral e animação vocacional

Encontro em Alfenas desperta jovens para serviço nas comunidades

Catedral Diocesana celebra festa da padroeira

Liga das Mães promove evento em São Sebastião do Paraíso

valho, OFM, e dom Pedro Cunha Cruz (bispo coadjutor), e de dom José Lan-za Neto, bispo diocesano de Guaxupé.

Os padres presentes que atuam na formação dos futuros presbíteros e na animação vocacional puderam discutir sobre o trabalho de animação vocacional na Província Eclesiástica. Houve espaço para exposição e parti-lha dos trabalhos realizados e, ainda, foram estabelecidas perspectivas para o desenvolvimento integrado desta dimensão da Igreja.

Por padre Eder Carlos de Oliveira

Foto: Arquivo da Diocese

Foto: www.guaxupe.org.br

Foto: Pascom Catedral

Foto: Patrícia Campos Yonezawa de Paula

Reunião da Província Eclesiástica de Pouso Alegre aconteceu na cidade episcopal de Guaxupé

Cerca de 100 jovens participaram do evento em Alfenas

Com o tema geral “Maria, Missionária da Paz”, novenário levou os fiéis à reflexão sobre a socie-dade e o centenário da Diocese de Guaxupé

Movimento Apostólico de Schoenstatt proporcionou noite de oração em São Sebastião do Paraíso

da, os jovens se dirigiram para o local do encontro e puderam tomar café da manhã juntos e trocarem experiências. A animação foi feita pelo grupo de jo-vens Amor Maior, que também reali-zou algumas dinâmicas e momentos de reflexão. Alguns alunos do Colégio Sagrado Coração de Jesus encenaram uma versão atualizada de um trecho do evangelho segundo João (4, 1-42).

Fonte: www.guaxupe.org.br

banda dos Jovens Sarados animando a noite e de Alexandra Silva, missionária e consagrada da Comunidade Canção Nova, que testemunhou sua história de conversão e de perdão com a inter-cessão da Mãe Rainha. Encerrou-se o evento com a adoração ao Santíssimo Sacramento.

Com informações de Patrícia Campos Yonezawa de Paula

No dia 15, festa de Nossa Senho-ra das Dores, a Celebração Eucarís-tica foi presidida pelo bispo dioce-sano, dom José Lanza Neto, com a participação de padres, seminaris-tas e muito fiéis. Em sua homilia, o bispo ressaltou o tema da novena, refletindo sobre a paixão, momento que Jesus entrega sua Mãe a huma-nidade aos pés da cruz, e os homens a acolhem como Mãe e grande in-tercessora. Logo após a celebração, houve uma procissão pelas ruas da cidade e uma confraternização no salão de festas, encerrando a parte social.

Com informações de João Vitor Freire de Oliveira

7Outubro/2015

No dia 1º de setembro, padre Julia-no Borges Lima foi apresentado como o novo administrador paroquial da Paró-quia São Francisco e Santa Clara em Poços de Caldas, durante a Celebração Eucarís-tica presidida por dom José Lanza Neto. Paroquianos, padres, amigos e familiares de Alpinópolis, cidade natal do padre Ju-liano, participaram da celebração.

No início, foi feita a leitura da provisão

No dia 2 de setembro, durante a Ce-lebração Eucarística presidida pelo bispo diocesano, dom José Lanza, na Paróquia São Benedito em Passos, foi acolhido o novo pároco da comunidade, padre Gled-son Antônio Domingos e apresentado o novo vigário, padre Eder Carlos de Oli-veira. Participaram da celebração padres, familiares do pároco, do vigário e fiéis da paróquia.

Durante sua homilia, o bispo falou da importância do padre em uma comuni-dade como aquele que está à frente para

Na quarta-feira, 26 de agosto, a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Nova Resende, acolheu o novo ad-ministrador paroquial, padre Clayton Bueno Mendonça. Natural da cidade de Alpinópolis, foi apresentado pelo bispo diocesano, dom José Lanza Neto, em Celebração Eucarística com a presença dos padres Márcio, Regi-naldo e Juliano.

Em sua homilia, o bispo destacou a serenidade do povo novaresen-dense na acolhida do novo padre, e

Os missionários da Paróquia Santa Bár-bara, em Guaranésia, realizaram, durante todas as terças-feiras do mês de agosto, no centro paroquial monsenhor Ricardo Grella, estudo sobre o Evangelho segun-do São Marcos, baseado no livro do padre Luis Mosconi. Dividiram os temas por ca-pítulos e a cada encontro recebiam um palestrante para discutir o tema. Os con-vidados foram o pároco da comunidade, padre Gentil Lopes Campos Júnior, o se-minarista Paulo de Tarso e as professoras Regina Galante e Valéria Áscoli.

Os catequistas da Diocese de Guaxupé se reuniram no domingo, dia 30 de agos-to, na cúria diocesana, em encontro que serviu também de comemoração ao dia do catequista. Com representantes das paróquias dos sete setores pastorais, mais de duzentos catequistas compareceram ao encontro que se iniciou às oito horas com a recepção e café.

Às nove horas, houve o momento da oração inicial conduzida pelos catequistas coordenadores do setor Alfenas, seguin-do-se com a acolhida feita pelos coorde-nadores diocesanos da catequese, Edon e

Paróquia São Francisco e Santa Clara tem novo administrador paroquial

Nova Resende acolhe novo administrador paroquial

Paróquia Santa Bárbara realiza estudo sobre o Evangelho segundo Marcos

Encontro sobre Mística e Catequesecelebra Dia do Catequista

Paróquia São Benedito acolhe novo pároco e vigário

Foto: Pascom da Paróquia São Francisco e Santa Clara

Foto: Pascom da Paróquia São Benedito

Foto: Pascom da Paróquia Santa Rita

Foto: Pascom da Paróquia Santa Bárbara

Foto: Arquivo da Diocese

Padre Juliano Borges Lima foi apresentado como o novo administrador paroquial durante a Celebração

Padre Gledson Antônio Domingos e padre Eder Carlos de Oliveira foram apresentados à comunidade

Padre Clayton Bueno Mendonça foi apresentado à comunidade pelo bispo diocesano durante Celebração

Missionários estudaram o Evangelho durante o mês de agosto

Representantes das paróquias da diocese participaram das comemorações pelo Dia do Catequista

do novo administrador pelo padre Do-nizetti de Brito, pároco da Paróquia São Sebastião, em Alpinópolis. Em seguida, padre Juliano professou sua fé e, depois, em sua fala, destacou que buscará ser um bom padre para a comunidade, colocan-do em prática tudo o que aprendeu e fa-zendo sempre a vontade de Deus.

Com informações da PascomSão Francisco e Santa Clara

guiá-la: “o padre tem que ser amigo, mis-sionário, vocacionado, deve conhecer o seu povo e amá-lo”. Lembrou dos padres que foram para Roma estudar, destacan-do o valor dos estudos para a continuida-de da formação dos novos presbíteros.

Após a oração pós-Comunhão, padre Gledson deixou uma mensagem para toda a comunidade, agradecendo a aco-lhida de todos e a participação de outras comunidades.

Com informações de Lucivânia Guimarães e Silvia Silva

reforçou que a Igreja de Jesus Cristo se constrói assim: renovando-se. Ao final da celebração, padre Clayton deixou uma mensagem aos paro-quianos, agradecendo a acolhida e comprometendo-se a dar continui-dade aos trabalhos já realizados na comunidade. O sacerdote pediu a colaboração e as orações dos fiéis para que esse período seja um tem-po de graça.

Com informações de Filipe Cancian Zanetti

Ao participar desta formação, os parti-cipantes puderam compreender um pou-co mais sobre a vida de Jesus, contada por São Marcos, e como ela é luz e ânimo para o processo de evangelização que a Dio-cese está abraçando. Os estudos auxiliam no anúncio da Boa Nova a todos os povos e ajudam a mostrar às pessoas que existe salvação, e que só há salvação na Palavra de Jesus: Palavra eterna de Deus, Palavra eterna do Pai, que ao ser proclamada, dá sentido à vida humana.

Com informações de Cássia Galante

Maísa. O bispo diocesano, dom José Lan-za Neto, também acolheu e incentivou os catequistas participantes do encontro, es-tando presente por quase toda a manhã junto com os catequistas.

Durante toda a manhã, a formação foi assessorada pelo padre Luciano Campos Cabral, assessor diocesano da catequese que discorreu sobre o tema “Mística e Ca-tequese”. O encontro foi encerrado com a oração final, comandada pela coordena-ção do setor Poços de Caldas.

Com informações da Coordenação Diocesana de Catequese

8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

ENTREVISTA

Comunhão entrevista Padres Gilvair e Robson que estão estudando em Roma

COMUNHÃO: Padre Gilvair, como o se-nhor descreve a sua história na Igreja Diocesana? Quais foram as experiên-cias marcantes, suas alegrias e espe-ranças ao longo do seu ministério?

Padre Gilvair: Quando seminarista, ain-da sem entender ao certo o que signi-ficava ser padre diocesano, eu sonhava viver em uma paróquia e, simultanea-mente, realizar algum trabalho na dio-cese. E sentia, naquela época, lá pelo segundo ano de filosofia, que a missão do padre diocesano compreende o todo de sua Igreja Particular. Bom, mais tarde, quando eu estava no quarto ano de teologia, dom José Lanza chegava à nossa diocese. Em conversa, pergun-tou-me: “o que você deseja fazer em nossa diocese quando for padre?”. Eu lhe respondi: “estar a serviço do povo, em uma paróquia”. No ano seguinte, em 2008, ano de minha ordenação, para minha surpresa, não fui designa-do a uma paróquia, diferentemente do que eu havia dito. O bispo pediu-me para coordenar os trabalhos de comu-nicação da diocese. Deparei-me diante deste imenso desafio. A comunicação é ampla. No entanto, abracei a causa com muito amor. E acreditei neste sonho de nosso bispo como sendo um desejo de Deus. Fiz pós-graduação na respectiva área e, confesso, procurei realizar todos os projetos, contando com pessoas pre-paradas. Também em 2008, fui desig-nado como vigário paroquial de Nova Resende para auxiliar o padre José Luiz Gonzaga do Prado. E, no início de 2009, mais uma missão, ser administrador pa-roquial de Petúnia. Naquele momento, eu também era membro da Pastoral Presbiteral e representava o clero do Setor Guaxupé. No início de 2010, ao completar 75 anos, padre José Luiz re-nunciou ao ofício de pároco. No dia 21 de janeiro daquele ano, eu assumia a Paróquia Santa Rita de Nova Resende. Nunca deixei de viver intensamente o ministério na vida paroquial servindo a diocese. Mesmo envolvido nos desa-fios paroquiais, ainda estive na coorde-nação pastoral do Setor Guaxupé e no Curso de Iniciação Teológica “dom José Mauro Pereira Bastos”. Assumi, como lema presbiteral, esta palavra: “Reali-za plenamente o teu ministério” (II Tm 4,5b). Neste período de 07 anos, posso dizer que o sacerdócio tem me santifi-cado; às vezes, com severidade, ele tra-balha a arte de polir minha brutalidade. O sacerdócio plenifica, mas também

revela, com nitidez, os próprios peca-dos, limites e vazios da alma. Só depois de um tempo compreendi que o padre também tem cruz e que deve assumi-la com alegria, entrega e identificação a Jesus Cristo. Neste tempo, posso afir-mar, sem pretensão alguma, que so-nhei os planos de Deus e acreditei ne-les. Ser padre sem fé e sem sonho seria uma lástima. Ao realizar o ministério que me foi confiado pela Santa Igreja, sinto-me realizado e feliz como pessoa, como ser humano. De algo não duvido, tudo o que me vem deriva do chama-do de Deus. Para mim, não há diferença entre trabalhar na menor paróquia da diocese ou estudar em Roma. Damos concepções e valores aos lugares. O im-portante é o que Deus faz em nós onde nos encontramos. COMUNHÃO: A Diocese de Guaxupé, ao comemorar o seu centenário, quer reafirmar sua força missionária por meio das Santas Missões Populares. Na sua opinião, quais as luzes que as Santas Missões Populares vêm trazer para a pastoral diocesana?

Padre Gilvair: Creio que a principal luz

dada pelas Santas Missões Populares é a perspectiva de que a Igreja é Povo de Deus. Que os cristãos leigos são também responsáveis pela animação de nossas comunidades, que é preci-so congregar, ouvir, acolher, desper-tar e ensinar a fé. O papel das Santas Missões Populares não deve ter mais ousadia que um velho sino. O que ele anuncia, todos sabem. Mas se ele dei-xa de soar, esquecemos. Portanto, as Santas Missões relembram o que esta linda diocese já viveu nestes cem anos, a história de um povo participativo, de uma evangelização protagonista. Quantos frutos nossa querida Igreja le-gou à Igreja de todo o Brasil! Penso que nada vai começar com as Santas Mis-sões, apenas ecoar o anúncio, recordar o essencial. Depois da festa centenária, de todas as idas e vindas, ficará o eco do sino, será momento de ouvir. Este projeto missionário é o badalar festivo dos sinos da catedral dizendo-nos que Igreja somos chamados a ser. COMUNHÃO: Dentro do horizonte missionário que vive a Diocese de Guaxupé, qual o significado dessa nova etapa de seu ministério? Como

surgiu a decisão de continuar os estu-dos acadêmicos e quais são os desa-fios e expectativas?

Padre Gilvair: Desde o início de meu ministério, já havia a conversa de que eu poderia estudar um pouco mais. Depois, assumi paróquia e a ideia foi protelada. No entanto, em outubro de 2013, dom José Lanza me disse que eu poderia preparar-me para os estudos. Combinamos 2015 para minha saída da paróquia. Eu pretendia estudar em Belo Horizonte. O bispo propôs-me estudar em Roma, ao considerar a experiência de conviver em um ambiente eclesial amplo, universal. Pedi um tempo para pensar, rezar. Visitei Roma, em abril de 2014, com esta finalidade. E, em junho daquele ano, respondi positivamente ao bispo. Naquela ocasião, deixei-lhe claro que eu queria estudar pela e para a diocese. Agora já me encontro em Roma, em nome de toda a Diocese de Guaxupé, para, posteriormente, cola-borar melhor com tudo aquilo que me for confiado pela nossa Igreja, sobre-tudo a formação teológica de nossos seminaristas e de nosso laicato. Estar em Roma é uma oportunidade bela. De outro lado, não me iludo! É um desafio imenso, o qual comecei a experimentar. Pode parecer estranha minha afirma-ção, mas é real, só com muito despoja-mento e vida de oração é possível se-guir adiante este caminho. Fiquei, por mais de um ano, preparando minhas dimensões humana e espiritual para esta missão. Não sou um aventureiro, sou um padre estudante. Eu não pre-cisava vir para Roma para realizar-me ou ser feliz. Na vida paroquial, eu já era muito feliz e realizado. Estou aqui para servir melhor, tenho consciência disto e me nutro nesta esperança. Deus me concede, agora, experimentar tudo isto na formação ministerial. COMUNHÃO: Mas qual a motivação de escolher esta área do conhecimen-to?

Padre Gilvair: Quando dom José Lan-za disse-me para estudar, pedi que ele mesmo, observando a diocese, es-colhesse o curso. Com muita liberda-de, indicou-me a estudar as Sagradas Escrituras. Fiquei preocupado. Ainda estou. É um curso muito exigente, de-vido a obrigatoriedade de aprofundar as línguas grega e hebraica. Sinto-me pequeno diante desta missão. Jonas

As lutas e sacrifícios que foram, no pas-sado, ofertados a Deus na construção da Igreja Diocesana de Guaxupé renovam, no hoje da história, a sua missão de criar as bases do amanhã, isto é, as condições necessárias para compor uma Pastoral que comunique a boa nova a todas as

gentes. Evangelizar exige, cada vez mais, um radical empenho na capacitação e formação de padres e leigos em todas as suas dimensões humanas. Este empenho missionário se concretiza, também, no envio do Padre Gilvair Mes-sias Silva e do Padre Robison Inácio de

Souza à Roma, com o intuito de se espe-cializarem em suas respectivas áreas de conhecimento para, em um futuro pró-ximo, servirem de pontes no diálogo da Igreja com os novos tempos. O desejo de superar desafios e romper barreiras cul-turais para servir à Igreja revelam a his-

tória que estes padres construíram nesta Igreja Particular. O Jornal COMUNHÃO entrevista padre Gilvair e padre Robison sobre suas expe-riências e opiniões a respeito da Diocese, além das motivações, desafios e expec-tativas de estudar em Roma.

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diante de Nínive. Sei que sou limitado para este estudo. De outra maneira, penso, também, que este é o motivo pelo qual estou aqui, para compreen-der o que desconheço. Tenho nutrido, desde já, grandes sonhos de trabalhar a formação e a espiritualidade bíblica com nosso povo. E isto me entusiasma e conforta quando estou inseguro.

COMUNHÃO: Qual a mensagem que o senhor deixa para os leitores?

Padre Gilvair: Primeiramente, peço a oração de todos. Como gostaria que re-zassem por mim e pelo padre Robison, nas paróquias, na diocese, nos seminá-rios... E a segunda mensagem: tenho re-zado diariamente pelo nosso bispo, pe-los irmãos padres, pelos seminaristas e religiosos e por todo o Povo de Deus. E, toda vez que entro em uma igreja, esta tem sido minha prece, que o Senhor guarde em seu amor todos aqueles que vieram guardados em meu coração.

COMUNHÃO: Padre Robison, como o senhor descreve sua história junto à Igreja Diocesana? Quais foram as ex-periências marcantes, suas alegrias e esperanças ao longo do seu ministé-rio?

Padre Robison: No dia de minha or-denação sacerdotal, fiz o propósito de gastar minha vida pela Igreja que, na pessoa do meu bispo, me conferiu o sacramento da Ordem, apesar de meus pecados e de minha indignidade. Esse meu propósito, aos poucos, está se concretizando em comunhão íntima com a história da Diocese de Guaxupé. Em meu coração existe a vontade de oferecer tudo o que sou e tudo o que tenho à Igreja que me acolheu, me aju-dou e ainda está me formando.Sou sacerdote há 4 anos e já compilei no livro da minha história pessoal mui-tas alegrias, esperanças e frustrações. Dentre as alegrias, gostaria de destacar a experiência de cura pastoral que fiz na Paróquia São Benedito, na cidade de Passos, na qualidade de pároco. Du-rante os 3 anos e 6 meses que lá fiquei, experimentei a ação poderosa de Deus em minha vida. Ele, bondosamente, me ajudou com sua graça e eu pude, ape-sar dos meus condicionamentos, admi-nistrar aquela grande paróquia, presidir os sacramentos com piedade, pregar o Evangelho, acompanhar os grupos de pastorais, movimentos e associações, aconselhar aos duvidosos, visitar os en-fermos e sofredores para levar uma pa-lavra de encorajamento e de conforto e animar aos jovens para a experiência transformadora que só o amor de Deus

proporciona. Encerrei meu trabalho à frente da paróquia com muita serenida-de e com senso profundo de gratidão a Deus e ao meu bispo que, mesmo conhecendo meus limites, me confiou uma grande responsabilidade. A expe-riência de cura pastoral me ajudou a crescer em humanidade e a robustecer minha vida interior.

COMUNHÃO: A Diocese de Guaxu-pé celebra o seu centenário. Na sua opinião, o que esta celebração repre-senta para uma Igreja que busca ser missionária diante dos desafios con-temporâneos?

Padre Robison: Tenho muito apreço pela história construída por nós, ho-mens. É nessa história que Deus revela os contornos de seu rosto. O centená-rio da Diocese de Guaxupé é a grande oportunidade que se descortina diante de nossas vistas! Oportunidade de co-nhecer mais e melhor a história dessa Igreja Particular que é sinal concreto do Reino de Deus nas terras mineiras; co-nhecer os prelados, os padres, os con-

sagrados e os leigos que colaboraram e ainda colaboram nessa bonita trama histórica. É na fidelidade à sua histó-ria, atenta a tudo aquilo que Deus já realizou nestes quase 100 anos, que a Diocese poderá explorar seu potencial missionário, nestes tempos balizados por desafios sofisticados que tendem a fomentar a descrença parcial ou total.

COMUNHÃO: Padre, o senhor abraçou a missão de especializar-se academi-camente para auxiliar a Igreja com seus dons e conhecimentos. A ideia de continuar os estudos amadureceu de que forma? Quais são os desafios e as expectativas?

Padre Robison: Motivado pela vontade de conhecer, profundamente, a verda-de do mistério de Deus e da Igreja, fiz chegar ao conhecimento do bispo o meu desejo de dar continuidade aos es-tudos. Dom José Lanza, com caridade e atenção, me ajudou a discernir e me le-vou a compreender que, com meus es-tudos, eu poderia oferecer um serviço mais qualificado a Deus e à Igreja. Em 1º

de novembro de 2014, ele me apresen-tou a proposta de vir para Roma, jun-tamente com o padre Gilvair, para dar prossecução aos meus estudos. Aceitei prontamente e, em seguida, formalizei o pedido ao bispo e ao Conselho de Presbíteros.Aqui em Roma, já neste primeiro mês, constato alguns desafios, aqueles que eu já esperava: o distanciamento geo-gráfico e cultural em relação ao Brasil e à diocese, e a comunicação e os es-tudos realizados em outros idiomas. Mais numerosos que os desafios são os bons propósitos de minha parte. Estou com o coração transbordando de boas expectativas! Estou convicto de que no momento presente Deus me quer aqui, estudando, e que a diocese me enviou para o cumprimento de uma missão.

COMUNHÃO: Mas qual a motivação de escolher esta área do conhecimen-to?

Padre Robison: Escolhi cursar Teologia Dogmática, com estudos concentrados em Eclesiologia, na Pontifícia Univer-sidade Gregoriana, porque nutro um profundo desejo de conhecer as ver-dades perenes e fundantes da teologia cristã, e nutro também um amor filial pela Igreja – que me transmite a fé, que me confere os sacramentos, me comu-nica a vida sobrenatural, me anuncia o Evangelho e me convida a uma vida conforme (com mesma forma) a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um dos dizeres do padre Henri de Lubac, peri-to do Concílio Vaticano II, me ajuda a emoldurar o amor que nutro pela Igre-ja: “A Igreja é minha mãe e ainda que eu vacile, bebo sempre do seu jorro para alimentar a minha fé”. Além de Teologia Dogmática, estudarei Latim. Desejo, no futuro, colaborar mais de perto com a formação de novos padres e com a formação do laicato. Assim que eu con-cluir meus estudos, voltarei para a dio-cese e me colocarei à disposição do bis-po para servir onde a Igreja necessitar.

COMUNHÃO: Qual a mensagem que o senhor deixa para os leitores?

Padre Robison: Alimentem sempre no coração o desejo de conhecer a ver-dade de Deus e da Igreja, através do cultivo da vida interior e da educação permanente da fé, atentos ao clássico ensinamento de santo Agostinho, que assim diz: “o conhecimento da verdade passa pela caridade”. Peço que rezem por mim, para que eu faça sempre a vontade de Deus, ainda que isso me custe.

Por seminarista Jeremias Nicanor Alves Moreira

10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Catequese

A missão do catequista

“Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías, e perguntou: ‘Você entende o que está lendo?’ O eunuco respondeu: ‘Como posso entender, se ninguém me explica?’ Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele” (At 8, 30-31).

Receber uma missão é ser escolhi-do para cumprir algo importante. Nin-guém daria uma missão a alguém em quem não confiasse, seja a nível pes-soal, profissional ou religioso. Nós sa-bemos que nossa Igreja vive hoje um grande chamado à missionariedade: levar a Boa Nova a todos, conforme a vontade de Cristo (Mt 28,19-20). Essa missão é confiada a todos os batiza-dos, membros de suas comunidades particulares e da grande comunidade católica em todo o mundo. Por isso, aceitar uma missão não é algo banal, que se pode fazer sem compromisso real, mal é algo a que se deve dedi-car com vontade, com desapego, com amor. Somente assim essa missão será cumprida de forma eficiente, ou seja, será apresentado o projeto do Pai a tantas pessoas que talvez nem o conheçam ou o conheçam tão su-perficialmente que nunca viram nele um chamado pessoal a assumir seu papel na comunidade cristã, isto é, o projeto de amor, em que cada um de-verá viver de forma a amar a Deus e ao próximo acima de todas as coisas, tornando assim o mundo um lugar melhor para todos.

Parece uma utopia? Sim, pode pa-recer mesmo. Afinal, atingir tantas pessoas, nós que somos tão poucos, parece algo difícil de se conseguir. Quantas vezes ouvimos pessoas di-zendo: “Quem sou eu para conseguir fazer isso?” A messe é tão grande, e os operários tão poucos...

E aí está o grande risco para aque-les que se iniciam nessa missão: o de-sânimo. Mas é quando devemos nos lembrar do exemplo das primeiras co-munidades cristãs. Elas também eram poucas, em meio ao mundo romano, tão poderoso e controlador, mas se-guiram em frente, sempre, apesar dos problemas que, é claro, nunca dei-xaram de existir. A questão não é de quantidade, mas de qualidade. Jesus tinha um pequeno grupo de pessoas mais próximas que O seguiam, apenas doze, e com eles mudou a história da humanidade; os nazistas alemães que queriam dominar o mundo durante a Segunda Guerra Mundial eram mi-lhões, e onde estão eles? Renegados como derrotados em livros de his-tória. Por isso, não podemos desistir nunca; afinal, assumimos uma missão, não é mesmo? E quem me escolheu para essa missão? “Não foram vocês que me escolheram, mas fui Eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e

dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça” (Jo 15, 16 a-b). E então, confiamos n’Ele que nos escolheu ou não?

Se tudo isso se aplica a cada cris-tão, ao catequista se aplica de forma especial. É fundamental que o cristão conheça sua própria fé para poder vi-vê-la da forma mais intensa possível, fazendo sua parte para que o Reino de Deus realmente esteja presente no meio de nós e não apenas nas ora-ções e nos sonhos do povo pobre e oprimido. E é nesse aspecto que entra o trabalho do catequista.

A catequese é educação da fé por-que se trata de processo permanente de amadurecimento dessa fé. Aquele que encontrou Jesus Cristo deseja co-nhecê-lo o mais possível, pois se sen-te atraído por Ele, de forma a buscá-lo o melhor possível. E como vou buscar o que não conheço?

O texto do eunuco, citado acima, nos conta de uma pessoa que busca-va conhecer a vontade de Deus, en-tender Sua Palavra, mas que não con-seguia fazê-lo por si só. Este eunuco era um empregado da rainha da Eti-ópia, encarregado de guardar haréns, ou seja, era um estrangeiro que talvez não conhecesse as histórias do Povo

de Israel, mas que queria entender a mensagem de Deus a ele revelada. Vamos perceber bem isso: ele quer entender, mas está encontrando di-ficuldades, precisa de alguém que possa orientá-lo, e Filipe é a pessoa que fará isso. Esse deve ser o papel do catequista, que é um educador na fé, que assume o Ministério do ensino dentro da Igreja; ele deve se preparar, conhecer sua fé, dedicar-se ao apro-fundamento da doutrina, viver de for-ma intensa sua vida paroquial, e estar preparado para encontrar pessoas e perceber nelas essa necessidade da busca do divino em suas vidas. Sim, o povo tem “sede e fome de Deus”. Muita gente pode até pensar que nin-guém quer saber nada sobre religião, que as pessoas são acomodadas, que não adianta as paróquias prepararem formações e cursos, mas isso não é verdade. O ensino da fé é de funda-mental importância, é ele que pode transformar a vida das pessoas, pode levá-las a um encontro pessoal com Cristo e, a partir disso, entregar-se ao grande projeto de amor do Pai.

Assim sendo, o catequista é peça fundamental de nossa Igreja. Se não houver pessoas dispostas a encarar essa missão, o que será dela? Se as no-

vas gerações não forem educadas na fé, e se às gerações que já adultas par-ticipam de nossas comunidades, mas sem um aprofundamento necessário de sua fé, não for apresentada a vida cristã a partir de uma ótica nova, ba-seada mais no amor do que na lei, em um rosto novo de Deus, jamais cruel e castigador, mas amor em plenitude, nossas paróquias irão se esvaziando tanto em número quanto em conte-údo; e nossa vivência como Povo de Deus, que até aqui chegou apesar dos pesares, poderá ter um triste fim.

Mas sabemos que isso não acon-tecerá, pois o mesmo Espírito Santo que no dia de Pentecostes abriu as mentes daqueles discípulos que se encontravam tão amedrontados e os fez ver Sua presença junto a eles, continua a acompanhar sua Igreja, e sempre o fará, inclusive despertando a vocação de catequista entre os ho-mens e mulheres que, corajosamente, aceitam com tanta alegria essa mis-são. Missão bonita, que nos faz tão bem, mas também cheia de desafios e contratempos. Ser catequista é para os fortes.

Hoje, quantas pessoas podem es-tar como o eunuco em busca de um entendimento melhor sobre sua fé? E quantas precisam disso para estar bem consigo mesmas, com o mun-do que as cerca, com seus próximos e com Deus? Quanta dor e sofrimen-to podem existir na mente de pes-soas que ainda não compreenderam a verdadeira face amorosa de Deus? De fato, nossa religião deve ser um instrumento de libertação para os homens, mas pode também tornar-se uma prisão que os impede de viver plenamente, conforme a vontade que o próprio Jesus manifestou. E por que isso acontece? Porque lhes faltou um “Filipe” que lhes orientasse, que lhes livrasse do peso de culpas e erros que, muitas vezes, essas pessoas nem têm, e que os torturam talvez por toda a vida.

Por isso, catequista, lembre-se: sua missão aqui é de primeira impor-tância, pois você não é apenas um transmissor de conhecimentos ou um exemplo de cristão em sua comuni-dade, mas é também um libertador de pessoas, alguém que pode ajudar a dissipar as trevas da ignorância e do medo, que deve ser capaz de le-var pessoas a um encontro real e fe-liz com o Cristo que está presente já em suas vidas. Parabéns a todos que se dedicam a essa missão, e que nun-ca se esqueçam de juntar seu esforço pessoal à ação do Espírito Santo que nos move. Amém.

Por José Oseas MotaCatequista e professor em Guaxupé

11Outubro/2015

Bioética

Em defesa da vida

O nosso olhar sobre a vida come-ça a tomar uma dimensão cada dia mais exigente. Em um mundo que impõe a beleza com seus padrões de ditadura, temos dificuldade de falar da pessoa humana como um todo e do seu valor inalienável em qualquer etapa da vida.

O fato é que as etapas ou pro-cessos que são naturais para nossa existência se tornaram sinônimos de obstáculo a uma vida de quali-dade. As deficiências e a velhice são como que incompatíveis com a vida feliz que o mundo globalizado ofe-rece. Nosso olhar está obscurecido para o valor da vida humana e tor-nando-se um juiz que só considera viáveis aqueles que se enquadram nos padrões de beleza e perfeição úteis aos desejos de consumo. Até nossas crianças se tornaram vítimas da ditadura estética que impõe re-gras de perfeição com concursos desumanos para uma infância ainda em desenvolvimento, pois sem beleza, não há sucesso...

Portanto, nesse parâme-tro de exigências de bele-za física, não é difícil que o considerado feio, deficiente e velho seja descartado do convívio social tornando-se um peso para uma sociedade “saudável” e “esteticamente bela”. Por que temos que atu-rar ver o pobre na rua, sujo, fedido? Não é insuportável pensar em conviver com pes-soas doentes, que só dão tra-balho para as gerações que precisam produzir em suas vidas? O que fazer com os que não tem perspectiva de vida? Os anencéfalos, os que estão em coma, os que têm Alzheimer? Eles, por acaso, não perderam toda digni-dade e consciência huma-nas? Qual a necessidade de mantê-los? Verdadeiramen-te, quem não tem uma pers-pectiva de fé dificilmente conseguirá enxergar, nessas pessoas, qualquer sinal de utilidade. Ao contrário, serão considerados inúteis e um peso para a sociedade. São vidas incompatíveis que não merecem sobreviver, segun-do as bases da globalização da indiferença, como diz o papa Francisco.

Mas o olhar cristão não mede a utilidade e, sim, a sa-cralidade. Por pior que seja a situação física e aparente da pessoa, nunca poderemos julgá-la por parâmetros de utilidade. O olhar cristão não

se limita no aparente, mas adentra no ser, na essência de cada pessoa humana. Jesus se aproximava dos leprosos, curava os doentes e trazia sempre uma nova esperança mesmo nas situações mais difíceis. Esta foi a missão que Ele recebeu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o Evange-lho aos pobres. Ele me enviou para proclamar a libertação dos aprisio-nados e a recuperação da vista aos cegos; para restituir a liberdade aos oprimidos, e promulgar a época da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Falar da dignidade da pessoa humana, desde a concepção até o declínio natural da vida, é um desa-fio muito grande nos dias de hoje. A vida tornou-se relativizada e está sendo desfigurada por uma socieda-de que prima pela qualidade, pela concorrência, pela aparência, pelo perfeito, mas despreza a pessoa em detrimento do econômico. O desa-

fio bioético do cristão é que ele não pode prescindir do seu contexto so-cial, do seu tempo histórico e, assim, não pode separar o respeito pela vida e dignidade humana do eixo da solidariedade. É muito fácil perce-ber que, na medida em que aumen-tam as injustiças sociais, a natureza humana esvai-se na perversidade, destruindo a si mesma.

São três temas que devem fazer parte da agenda do cristão e eles estão bem concatenados: 1) valores radicalmente cristãos – 2) respeito pela vida – 3) solidariedade. Este é o projeto de ética que deve iluminar nossas ações e nos ajudar a refletir sobre nossa identidade cristã diante do laxismo moral em relação à de-fesa da vida. Ser cristão é ter uma identidade. É necessário assumir essa identidade compreendendo bem a nossa natureza: quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Para o cristão, respeitar a vida hu-

mana não é só uma exigência social para apaziguar nossas diferenças. Trata-se de um testemunho essen-cial para a nossa fé. A vida humana é o maior dom inalienável, que não se compra e nem se vende, que não se troca nem se negocia. A defesa da vida será sempre uma exigência sine qua non da identidade do cris-tão.

Não nos percamos no olhar jurí-dico de um mundo indiferente ao ser humano na sua totalidade, um olhar que condena conforme as prerrogativas do econômico na ló-gica do Mercado, mas exercitemos o olhar de Cristo com sua prerroga-tiva divina. Defender os inocentes, os descartados e os marginalizados é nosso papel de cristãos em um mundo que um não suporta mais o outro porque só pensa em si mes-mo. Não se trata de uma opção, mas, sim, uma exigência da identidade do ser cristão. O novo mandamento

do Senhor sempre nos impul-siona a viver o “amai-vos uns aos outros”. A criança que não conseguiu desenvolver seus hemisférios cerebrais é nosso irmão e nossa irmã; o embrião manipulado e con-gelado tem todo o direito de vir-a-ser na sua completude e não pode se tornar um ob-jeto para pesquisa e depois ser descartado; o idoso com Alzheimer merece todo o nosso respeito; enfim, todas as manifestações de limite da nossa natureza não subtraem nossa Imagem e Semelhança de Deus. Papa Francisco nos alerta para o Alzheimer es-piritual. Esse, sim, pode nos prejudicar quando nos es-quecemos da nossa missão como seguidores de Cristo e da sua misericórdia para com os mais necessitados. Preci-samos exercitar nosso olhar para a essência e não para a aparência. Descartar e jogar fora é fácil, pois tratamos as pessoas como coisas e não nos comprometemos com elas. Difícil é perseverar num amor até as últimas conse-quências e sentir a compai-xão de perceber a fraqueza e o sofrimento de quem não pode se defender.

Vamos proteger a vida! Vamos defender a pessoa hu-mana desde a fecundação até sua morte natural!

Por padre Ricardo HoepersArquidiocese de Curitiba

12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Novembro

Comemorações de Novembro

3 Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em Guaxupé 8-11 Cursilho Masculino em Monte Santo de Minas12 Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil15 Reunião Geral do Clero em Guaxupé15-18 Cursilho Feminino em Monte Santo de Minas16-18 Visita Pastoral na Paróquia São Sebastião em São Sebastião do Paraíso17 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)21 Diocese: Reunião da Pastoral Presbiteral em Guaxupé24 Diocese: Reunião da Coordenação Diocesana da RCC em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana de CEBs em Guaxupé

Natalício09 Padre Aloísio Miguel Alves11 Padre Gilmar Antônio Pimenta15 Padre Ademir da Silva Ribeiro10 Monsenhor Mário Pio de Faria16 Padre Edno Tadeu de Oliveira

22 Padre César Acorinte 22 Padre José Neres Lara 22 Padre Glauco Siqueira dos Santos26 Padre Arnoldo Lourenço Barbosa30 Padre Ronaldo Aparecido Passos

Ordenação14 Padre João Batista de Melo17 Padre Márcio Alves Pereira (Machado)18 Padre Gilvair Messias da Silva25 Padre José Luiz Gonzaga do Prado 29 Padre Donizete Antônio Garcia

31 Padre Robervam Martins de Oliveira31 Dom José Lanza Neto (presbiteral)

24 Cursilho - Reunião do GED em Guaxupé Reunião da Equipe Diocesana de Comunicação em Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana dos MECEs em Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Alpinópolis26-27 Visita Pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Sion em São Sebastião do Paraíso28 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério em Nova Resende31 Aniversário de Ordenação Presbiteral de Dom José Lanza (1980)

Cúria

Transferências e nomeações

Bispo diocesano faz novas mudanças no clero da Diocese de Guaxupé

O bispo diocesano de Guaxupé, dom José Lanza Neto, comunica as mudanças realizadas no clero nos meses de agosto e setembro de 2015.

Confira a lista atualizada:

• Padre José Maria dos Santos – pároco da Paróquia São Francisco de Paula, em Monte Santo de Minas.

• Padre José Maria dos Santos – adminis-trador paroquial da Paróquia Nossa Se-nhora dos Milagres, em Milagre.

• Padre Luís Gemelli – vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Paula, em Monte Santo de Minas.

• Padre Luís Gemelli – vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos Mila-gres, em Milagre.

• Padre Gilson Aparecido Prates – vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Paula, em Monte Santo de Minas.

• Padre Gilson Aparecido Prates – vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos Milagres, em Milagre.

• Padre Clayton Bueno Mendonça – ad-ministrador paroquial da Paróquia San-ta Rita de Cássia, em Nova Resende.

• Padre Juliano Borges Lima – adminis-trador paroquial da Paróquia São Fran-cisco e Santa Clara, em Poços de Caldas.

• Padre Gledson Antônio Domingos – pároco da Paróquia São Benedito, em Passos.