MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf ·...

98
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL MARCELO PIMENTA ESTUDO DOS PARASITOS OPORTUNISTAS ENTÉRICOS NAS DOENÇAS REUMATOLÓGICAS COM ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°. Marco Túlio Antônio Garcia-Zapata, MD, Phd. Goiânia-GO, 2005.

Transcript of MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf ·...

Page 1: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

TROPICAL

MARCELO PIMENTA

ESTUDO DOS PARASITOS OPORTUNISTASENTÉRICOS NAS DOENÇAS REUMATOLÓGICAS COMESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO,BRASIL.

Orientador:Prof°. Dr°. Marco Túlio Antônio Garcia-Zapata, MD, Phd.

Goiânia-GO, 2005.

Page 2: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

Page 3: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSINSTITUTO DE PATOLOGIA

TROPICAL & SAÚDE PÚBLICAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

MEDICINA TROPICAL

MARCELO PIMENTA

ESTUDO DOS PARASITOS OPORTUNISTASENTÉRICOS NAS DOENÇAS REUMATOLÓGICAS COMESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-

GO, BRASIL.

Orientador: Prof°. Dr°. Marco Túlio Antônio Garcia-Zapata, MD, PhD.

Dissertação apresentada ao curso de Pós- graduação do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, para obtenção do título de Mestre em Medicina Tropical, área de concentração em Doença Infecto-Parasitária.

Goiânia-GO, 2005

2

Page 4: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

DEDICO

A minha esposa, Mirian, como retribuição da sua dedicação e apoio.

Ao meu filho, Daniel, pela sua compreensão mesmo sendo ainda criança.

Aos meus pais, William e Maria Ivone, aosquais devo minha formação como pessoa.

3

Page 5: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

"São dois os mais fortes guerreiros: o tempo e a paciência".(Leon Tolstói)

4

Page 6: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

AGRADECIMENTOS

Este trabalho somente foi possível graças ao apoio e auxílio de muitas pessoas e

instituições, as quais quero sinceramente agradecer.

Agradeço ao Prof. Marco Túlio A Garcia-Zapata, pela sua orientação segura e

sempre presente, pelo seu entusiasmo e dedicação, voltados a causa pública e ao

ideário científico, e por todos os seus ensinamentos.

Ao Prof. Nilsio Antônio da Silva(HC/FM-UFG) e Prof. Antônio Carlos

Ximenes(Reumatologia/HGG/SUS), que em todos os momentos, desde o inicio de

minha especialização até a conclusão deste estudo, sempre me apoiaram ensinando-me

a respeitar e a me dedicar ao paciente.

A todos meus mestres que contribuíram na minha formação e realização dos

meus créditos e êxitos, em especial ao professor Joaquim Caetano(IPTSP/UFG).

À CPGMTT/IPTSP em nome da sua coordenadora Profª: Regina Bringel.

À UNIEVANGELICA em nome da Profª:Helena Melazzo pelo auxílio e

amizade.

À Reumatologia/HGG em nome do sua chefe Fabia Mara Gonçalves Prates de

Oliveira.

Ao laboratório do NUPEREME e equipe de técnicos, pós-graduandos e

estagiários, que contribuíram na avaliação clínica e laboratorial dos pacientes

reumatológicos de forma especial a Edson Sidião e Rachel Miranda Portela.

Aos(as) colegas médicos (as), amigos (as) do HGG e HC, Eleuza Fleury Taveira,

, Rafael Fernandes Navarrete, Bruno Nazeozeno Ribeiro, Glaydson Jerônimo pela

ajuda na seleção dos pacientes, e pelo apoio.

Aos colegas de Mestrado, pelo incentivo e amizade dedicados.

5

Page 7: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

As enfermeiras do ambulatório do Hospital Geral de Goiânia pelo apoio no

atendimento aos pacientes.

A Rachel Prudente Pereira, Leovânia Pereira de Morais e Rogério Otavio Diniz

pelo apoio, ajuda a digitação.

A Eliana Alves da Silva pela colaboração no transporte das amostras fecais do

HGG ao laboratório do IPTSP/UFG.

Ao José Clementino (Zezinho), secretário do Programa de Mestrado em

Medicina Tropical por sua atenção e presteza.

As amigas Danielle Dutra e Elvysline Peixoto Costa pela amizade e incentivo.

Ao Prof. Nilsio Antônio da Silva, ao Prof. Antônio Carlos Ximenes, a Profª:

Joana D' Arc Aparecida Herzog Soares (IPTSP/UFG) por suas valiosas sugestões no

exame de qualificação.

Aos pacientes, que gentilmente entenderam minhas propostas e participaram

desse estudo.

As demais pessoas que, direta ou indiretamente, colaboram para a realização

dessa dissertação.

6

Page 8: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

LISTAS DE ABREVIATURAS

AIDS ACQUIRED IMMUNE DEFICIENCY SYNDROMEAR ARTRITE REUMATÓIDECEP COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISACPD CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOSEFP ELETROFORESE PROTEÍNAS SERICASEPF EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZESGO GOIÁSHC HOSPITAL DAS CLÍNICASHGG HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIAHIV HUMAN IMMUNE DEFICIENCY VÍRUSIPTSP INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE

PÚBLICALES LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOPI PERÍODO DE IMUNODEPRESSÃOSANEAGO

SISTEMA DE SANEAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DEGOIÁS

SNC SISTEMA NERVOSO CENTRALSPSS STATISTICAL PACKAGE FOR THE SOCIAL SCIENCESSUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDETGI TRATO GASTRO-INTESTINALTGU TRATO GÊNITO- URINÁRIOTR TRATO RESPIRATÓRIOUFG UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSVHS VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃOVIH VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

7

Page 9: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

NOMENCLATURA

Blastocystis hominis (Alexieff, 1911)

Cyclospora cayetanensis (Eimer, 1870)

Cryptosporidium parvum (Tyzzer, 1907)

Enterocytozoon bieneusi (Visvesvara, 1996)

Encephalitozoon intestinalis (Orenstein, 1992)

Isospora belli (Woodcock, 1915)

8

Page 10: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ..........................................................................................................

III

AGRADECIMENTOS...............................................................................................

V

LISTA DEABREVIATURAS..................................................................................

VII

NOMENCLATURA...................................................................................................

VIII

RESUMO ........................................................ ................................................................................... 04ABSTRACT.................................................... ..................................................................................... 05APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVAArtigo 1- Ocorrência de doenças infecto-parasitárias nos pacientes reumatológicos, em hospitais de referência de Goiânia-GO, Brasil: Estudo retrospectivo (1998 a 2003). 06Resumo ..................................................................................................................................................

07

Palavras-chave.......................................................................................................................................

07

1-Introdução. .......................................................................................................................................

08

2- Casuística e métodos.................................................................................................................. 093- Resultados........................................................................................................................................ 104- Discussão.......................................................................................................................................... 12Abstract ................................................................................................................................................ 14Key-word................................................................................................................................................ 145-Referências bibliográficas............................................................................................................. 15Artigo 2- Ocorrência de parasitoses oportunistas entéricas nos pacientes reumatológicos no Hospital Geral de Goiânia-GO, Brasil: Estudo prospectivo (2003 a 2005).

20Resumo.................................................................................................................................................. 21Palavras-chave .................................................................................................................................... 211 – Introdução....................................................................................................................................... 212 - Casuística e métodos. .................................................................................................................. 242.1 - Área e local de estudo................................................................................................................. 242.2 - Grupos de estudo.......................................................................................................................... 242.3 -Procedimentos................................................................................................................................

25

a)Critérios de inclusão eexclusão..........................................................................................................

25

b)Avaliação clínico-epidemiológico.................................................................................................... 25c) Laboratoriais........................................................................................................................................ 272.4 - Análiseestatística...........................................................................................................................

29

2.5 - Aspectos éticos.............................................................................................................................. 293 - Resultados....................................................................................................................................... 293.1- População e grupos de estudos.................................................................................................... 293.2 -Aspectos clínicos........................................................................................................................... 303.3 - Aspectos relativos à terapia utilizada ( imunodepressora ou não)......................................... 323.4 - Aspectosepidemiológicos............................................................................................................

34

3.5 - Aspectos laboratoriais.................................................................................................................. 353.5.1 - Gerais........................................................................................................................................... 353.5.2 - Parasitológico.............................................................................................................................. 374-Discussão........................................................................................................................................... 39

9

Page 11: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Abstract............................................................................................................................................. 43Key- words............................................................................................................................................ 435-Referências bibliográficas............................................................................................................. 44CONCLUSÕES................................................................... 47CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES 48ANEXOS........................................................................................................................................... 49ANEXO I - Produção científica desenvolvida durante o curso de pós-graduação........ 50 Artigos científicos submetidos, e a ser enviado a publicação.................................. 51 Trabalhos apresentados em congressos e/ou reuniões científicas......................... 52ANEXO II - Aspecto ético 54 Aceite do comitê de ética.. ......................................................................................... 00 Termo de consentimento livre e esclarecido............................................................ 55 Informações ao paciente........................................................................................... 56ANEXO III-Fichas de avaliação...................................................................................................... 57 Ficha de seleção............................................................................................................ 58 Ficha de consulta 1 2 3................................................................................................ 61

Resultado deexames............ .......................................................................................

63

Questionário de condições sanitárias e de higiene.............................................. 65ANEXO IV- Normas de publicação................................................................................................ 67 a) Revista da Sociedade Brasileira de Reumatologia................................................. 68 b) Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical........................................ 70ANEXO V - Pranchas coloridas dos coccídios, microsporídios intestinais

e blastocystishominis.......................................................................................................

73

ANEXO VI –Glossário.....................................................................................................................

79

Glossário......................................................................................................................

80

ANEXO VII - Classificação dos protozoários........................................................................... 81

10

Page 12: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

As doenças reumatológicas compreendem uma variedade de entidades distintas,

e sua história inicia-se bem antes do acometimento humano, através das descrições

por paleontologistas em fósseis de reptéis pré-históricos, com lesões artropáticas.

Hipócrates descreveu os primeiros quadros de reumatismos que foram as

tentativas iniciais para diferenciar as doenças reumatológicas. Posteriormente

Dióscorides usa o termo reumatismo referindo-se a este conjunto de doenças com

envolvimento no sistema musculesquelético. Outros acontecimentos foram ocorrendo

na evolução da medicina, permitindo uma descrição mais precisa das doenças

reumatológicas e melhorando a sua classificação e empregando tratamentos mais

adequados.

A partir de 1930 a reumatologia teve grandes conquistas através de um maior

conhecimento básico sobre sua etiopatogenia, sendo que hoje as enfermidades

reumatológicas apresentam uma alta prevalência na população, mas apesar da sua

importância na sociedade, com altos custos econômicos, elas têm sido menosprezadas,

tanto por uma atitude cultural dos doentes, quanto por uma postura incorreta dos

profissionais de saúde.

Nas últimas décadas com os avanços tecnólogicos na medicina, principalmente

no tratamento, houve aumento do número de pacientes que sobrevivem a doenças,

que antes eram rapidamente fatais. Apesar destas conquistas, as afecções

11

Page 13: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

reumatológicas permanecem como um significante problema médico social,

constituindo importante causa de morbidade e mortalidade nos pacientes pelo

envolvimento musculoesquelético. A partir da descoberta das medicações que

bloqueiam o fator de necrose tumoral esses pacientes passam a apresentar uma grande

melhora no controle principalmente da artrite reumatóide, porém ficaram mais

vulneráveis a infecções.

Neste sentido infecções oportunistas podem ocorrer na evolução da doença e

como conseqüência do seu tratamento. O acometimento pelos microrganismos

oportunistas é muito variável incluindo inúmeros agentes etiológicos e amplo espectro

clínico.

Desta forma, doenças parasitárias oportunistas, como Isospora belli,

Cryptosporidium parvum, Cyclospora cayetanensis e Microsporídios, ( principalmente o

Enterocytozoon bieneusi e Encephalitozoon intestinalis), assumem uma crescente importância

neste grupo de indivíduos, fortemente assinaladas principalmente em situações de

imunodepressão.

Neste contexto, em 1998, iniciou-se um projeto integrado de pesquisa,

coordenado pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública-IPTSP da

Univesidade Federal de Goiás-UFG, com a participação de várias instituições,

denominado "Estudo Clínico-Epidemiológico & Laboratorial das infecções porAgentes Entéricos Oportunistas em pacientes Imunodeprimidos", visando

estabelecer um Centro de Referência Estadual para o ensino e pesquisa das infecções

por agentes etiológicos entéricos oportunistas, servindo de apoio a rede do Sistema

Único de Saúde-SUS do estado de Goiás.

Assim, o presente trabalho visou:

1-Objetivo geral: detctar clínica e laboratorialmente a presença de agentes

oportunistas entéricos em amostras fecais de pacientes com doenças auto-imunes

submetidos à terapia com imunodepressores no Hospital Geral de Goiânia- HGG;

12

Page 14: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

2-Objetivos específicos: estudar a freqüência do Cryptosporidium sp, Isospora belli,

Cyclospora sp, Enterocytozoon bieneusi, Encephalitozoon intestinalis e Blastocystis hominis nas

fezes de pacientes portadores de doenças auto-imunes reumatológicas em uso de

corticoesteróides e outros imunodepressores e avaliar a possível correlação intrínseca

que possa existir.

13

Page 15: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

As seguintes premissas justificam o presente estudo:

1- Ausência de dados na literatura médica, sobre prevalência e/ou incidência desse

tipo de infecção em Goiânia-GO; particularmente nas doenças auto-imunes;

2- Carência de informações para os profissionais da saúde sobre a importância desses

parasitos, bem como no referente ao diagnóstico clínico, epidemiológicos e

laboratorial.

A presente dissertação é apresentada sob a forma de dois artigos:

1- Ocorrência de doenças infecto-parasitárias nos pacientes reumatológicos, em

hospitais de referência de Goiânia-GO, Brasil: Estudo retrospectivo(1998 a 2003);

2- Ocorrência de parasitoses oportunistas entéricas nos pacientes reumatológicos no

Hospital Geral de Goiânia-GO, Brasil: Estudo prospectivo (2003 a 2005).

14

Page 16: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

RESUMO

As doenças reumatológicas acometem a humanidade desde o princípio. Com o

surgimento da Aids em 1982, algumas infecções que tinham importância apenas na

medicina veterinária passam também acometer a raça humana, principalmente em

indivíduos imunodeprimidos. Entre essas infecções oportunistas destacam-se as

protozooses entéricas, como as coccidioses, microsporidioses e blastocistoses. O

presente estudo visou correlacionar clínica e laboratorialmente os agentes oportunistas

entéricos e estudar a freqüência do Cryptosporidium sp, Isospora belli, Cyclospora sp,

Enterocytozoon bieneusi, Encephalitozoon intestinalis e Blastocystis hominis nas fezes de

pacientes portadores de doenças auto-imunes reumatológicas em uso de

corticoesteróides e outros imunodepressores, através da elaboração de dois artigos. No

primeiro, avaliou-se retrospectivamente a percepção dos médicos sobre a pesquisa de

germes oportunistas em amostras fecais nos prontuários do Hospital das Clínicas da

UFG e Hospital Geral de Goiânia-HGG, e no segundo artigo, analisou-se no HGG os

exames fecais de pacientes com doenças reumatológicas em uso de corticoesteróide e

imunodepressores, comparados a indivíduos aparentemente saudáveis. No estudo

retrospectivo, os médicos não solicitaram rotineiramente exames para pesquisa de

agentes oportunistas entéricos. Na avaliação do estudo prospectivo, observou-se a

ocorrência de parasitos oportunistas entéricos, sendo o Blastocystis hominis o mais

freqüente, todavia sem manifestações clínicas.

Palavras-chaves: doenças reumatológicas, tratamento, parasitoses oportunistas,

imunodepressão.

15

Page 17: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Abstract - The rheumatology diseases attack the humanity from the beginning.

With the appearance of Aids in 1982, some infections that had importance just in the

veterinary medicine they also pass to attack the human race, mainly in individuals

imunodepressed. Among those infections opportunist they stand out the protozooses

intestinal, as the coccidioses, microsporidioses and blastocistoses. The study present

sought to correlate clinic and laboratory the agents enteric opportunist and to study the

frequency of the Cryptosporidium sp, Isospora belli, Cyclospora sp, Enterocytozoon bieneusi,

Encephalitozoon intestinalis and Blastocystis hominis in the feces of patient bearers of

diseases auto-immune rheumatology in corticosteroids use and other imunodepressed,

through the elaboration of two goods. In the first, it was evaluated the doctors'

perception in retrospect on the opportunist germs research in fecal samples in the

promptbooks of the Clinic Hospital of UFG and General Hospital of Goiânia-HGG,

and in the second article, it was analyzed in HGG the patient fecal exams with

rheumatology diseases in corticosteroids use and imunodepressed, compared to

individuals seemingly healthy. In the retrospective study, the doctors didn't request

routine intestinal parasite opportunist examination research. In the evaluation of the

prospective study, the occurrence of parasites intestinal opportunist was observed,

being the Blastocystis hominis the most frequent, though without clinical manifestations.

key word: rheumatology diseases, treatment, parasitoses opportunists,imunossuppressive.

16

Page 18: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ARTIGO 1OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS

NOS PACIENTES REUMATOLÓGICOS, EM HOSPITAIS DEREFERÊNCIAS DE GOIÂNIA-GO, BRASIL: ESTUDO

RETROSPECTIVO(1998 A 2003).

Artigo submetido à Revista Brasileira de Reumátologia (Anexo IV).

17

Page 19: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ocorrência de doenças infecto-parasitárias nos pacientesreumatológicos, em hospitais de referência de Goiânia-GO, Brasil:

Estudo retrospectivo(1998 a 2003).

Resumo- Neste trabalho, realizado no período de 1998 a 2003, avaliou-se

retrospectivamente as intercorrências infecciosas, com especial enfoque às entéricas

nos pacientes portadores de doenças reumatológicas submetidos à terapia

imunodepressora, atendidos na rede SUS no município de Goiânia. Foram estudados

100 pacientes, 50 prontuários do Hospital das Clínicas da UFG e 50 prontuários do

Hospital Geral de Goiânia com doenças reumatológicas auto-imunes. Houve relatos de

164 intercorrências infecciosas em 72 pacientes (média de 2,28 infecções por paciente),

55,5% com agente etiológico identificado e 44,5% sem agente etiológico identificado.

O exame parasitológico de fezes foi realizado em 28 pacientes, com 11 resultados

positivos, sendo a Giardia Lamblia o patógeno mais encontrado. A pesquisa de germes

oportunistas entéricos nos pacientes com doenças reumatológicas submetidos à terapia

imunodepressora, todavia não foi solicitada rotineiramente. O resultado obtido

demonstra a importância das infecções entre os pacientes com doenças reumatológicas

em tratamento mesmo sem a preocupação em solicitar, de rotina, os exames para

germes entéricos oportunistas.

Palavras-chave - infecções, parasitoses intestinais, reumatologia , tratamento.

18

Page 20: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

1- Introdução

A sobrevida dos pacientes com doenças reumatológicas tem aumentado bastante

nos últimos anos o que se deve, na maior parte, a avanços na terapêutica

imunodepressora1,2,3, que também é fator responsável por tornar esta população

específica4, vulnerável às infecções oportunistas, e que pode, muitas vezes, estar

associada à exacerbação da doença, 5,6.

A ocorrência de infecção nestes pacientes está associada à diminuição das defesas

imunológicas pela doença reumatológica como a diminuição da quimiotaxia e da

capacidade fagocítica, defeitos de opsonização, defeitos na degradação de bactérias

pelos fagócitos e anormalidades na imunidade celular e também a fatores relacionados a

complicações da doença ou da terapia com corticoesteróides e/ou imunodepressores7.

Quando se associam tais fatores tem-se um grande número de doentes crônicos que,

por necessidades inerentes à própria doença, são freqüentemente internados e,

portanto, expostos a múltiplos agentes infecciosos8,9. Este fato favorece o

desenvolvimento de infecções oportunistas, dentre elas as parasitárias. A maior

dificuldade está no reconhecimento desses quadros infecciosos, uma vez que as

manifestações clínicas, muitas vezes, são indistinguíveis da enfermidade de base, e os

efeitos da terapia imunodepressora podem mascarar os sinais e sintomas de um

processo infeccioso12.

O presente estudo procurou observar se pacientes portadores de doenças auto-

imunes em tratamento apresentam intercorrências infecciosas e sua correlação com a

19

Page 21: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

terapêutica utilizada e ainda avaliar a percepção dos médicos assistentes quanto à

ocorrência de quadros diarréicos e a sua investigação diagnóstica.

2- Casuística e métodos

Realizou-se um estudo retrospectivo de 100 pacientes atendidos eqüitativamente

em dois hospitais de referência em reumatologia, submetidos à terapia

imunodepressora.

Os prontuários foram inicialmente selecionados aleatoriamente através de uma

lista de pacientes do serviço de reumatologia de cada hospital, e caso o paciente

estivesse em uso de medicação imunodepressora, foram incluidos no estudo.

Foram analisados 50 prontuários de pacientes do Hospital das Clínicas da

Universidade Federal de Goiás – HC/UFG, no período de 01 de janeiro de 1998 a 31

de dezembro de 2002, e 50 prontuários de pacientes do Hospital Geral de Goiânia –

HGG, no período de 01 de janeiro de 2000 a 01 de março de 2003, através do

preenchimento de uma ficha padrão adequada para a informatização e viabilização do

respectivo banco de dados. Para análise das intercorrências infecciosas, as mesmas

foram divididas em dois grupos (Grupo I e II) considerando-se a confirmação de sua

etiologia.

Quanto às drogas imunodepressoras utilizadas, os pacientes foram divididos em

sete grupos (A, B, C, D, E, F, G)(Tab. 3), posteriormente estes dados foram analisados

em software Epiinfo versão 6.0.

20

Page 22: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa dos respectivos

hospitais.

3- Resultados

Dos 100 pacientes, 81 eram do sexo feminino com idade média de 33,1 anos, e

19 do sexo masculino com idade média de 39,6 anos (Tab. 1). Houve predomínio de

pacientes de raça branca 36 (72%), seguindo-se os pardos 12 (24%) e 2 negros(4%)

(não havia referências sobre o item raça nos prontuários do HGG).

Quanto ao diagnóstico reumatológico, 52 pacientes eram afetados de lúpus

eritematoso sistêmico (LES), 26 de artrite reumatóide (AR), 6 de artrite idiopática

juvenil (AIJ), 5 de esclerose sistêmica (ES), 5 tinham doença indiferenciada do tecido

conjuntivo (DITC), 2 pacientes síndrome de superposição (SSP), 2 polimiosite (PO), 1

paniculite sistêmica (PS) e 1 paciente doença de Behcet (DB). (Tab. 2).

Entre os 100 prontuários, apenas 28 não apresentaram relatos de infecções, e em

72 houveram relatos de 164 intercorrências infecciosas diversas, durante o período de

acompanhamento do paciente (média de 2,28 infecções).

Grupo I: 91 (55, %) intercorrências infecciosas com etiologia comprovada: 39

(42,9%) infecções do trato urinário (30 E.coli, 4 S.saprophyticus, 3 Proteus sp e 2 Klebsiella

sp); 26 (28,6%) infecções do trato gastro-intestinal sendo 14 (15,4%) infecções fúngicas

(10 candidíases orais e 4 esofágicas), 11 (12,1%) parasitoses intestinais (4 Giardia lamblia,

2 Strongyloides stercoralis, 1 Ascaris lumbricoides, 1 Enterobius vermiculares, 1 Ascaris lumbricoides

+ Endolimax nana, 1 Ancilostomideo + E. nana, 1 Ancilostomideo + Entamoeba

21

Page 23: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

histolytica), e 1 Herpes esofágico; 15 (16,5%) vulvovaginites (5 Cândida sp, 4 Herpes

vaginal, 4 Gardnerella vaginalis, 1 Chlamydia trachomatis e 1 Trichomonas sp); 10 (10,98%)

infecções cutâneas (5 Herpes zoster, 2 Stafilococcus aureus, 1 Ptiriase versicolor, 1 Tinea

corporis e 1 Herpes labial); 1 (1,1%) tenossinovite por Neisseria sp. (Gráfico 1).

Grupo II: 73 (44,5%) intercorrências sem etiologia comprovada: 26 (35,6%)

diarreias, 17 (23,3%) pneumonias, 16 (21,9%) infecções de vias aéreas superiores (14

amidalites, 1 otite, 1 sinusite), 8 (11,0%) infecções de pele (5 compatíveis com

escabiose, 3 com erisipela), 4 (5,5%) septicemias, 1 (1,4%) pielonefrite( Gráfico 2).

O exame parasitológico de fezes (EPF) foi realizado em apenas 28 pacientes

independente da ocorrência de diarréia, sendo o resultado positivo em 11, como citados

anteriormente. Nos pacientes que apresentavam EPF positivo, observou-se que o

hemograma apresentava leucopenia em 9 (81,8%) pacientes e eosinofilia em 2 (18,2%).

Todos os 100 pacientes faziam tratamento com associação de várias drogas

imunodepressoras (Tab. 3). A terapêutica instituída para cada paciente, foi

correlacionada com a ocorrência de quadros infecciosos (Gráfico 3).

Comparando-se os dados dos pacientes com EPF positivo ou negativo, não se

verificaram diferenças significativas quanto à doença de base ou quanto ao tipo de

medicação utilizada. Quando se procurou correlacionar a ocorrência de infecções com a

doença reumatológica e/ou tratamento imunodepressor, poucos dados foram

estatisticamente significativos: todavia os pacientes que fizeram tratamentos D e E

apresentaram ocorrência infecciosa.

22

Page 24: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

4- Discussão

Nesta amostra houve predomínio do sexo feminino e o diagnóstico reumatológico

mais freqüente foi LES, ocorrendo também nessas pacientes a maior incidência de

infecções, dados em consenso com a literatura. Durante o período de

acompanhamento, 72 pacientes apresentaram alguma intercorrência infecciosa. Quanto

os sítios de infecções, os resultados foram concordantes com os da literatura, que

apontam como mais freqüentes trato gênito-urinário (TGU) trato respiratório (TR)3. Na

amostra ocorreram 55 infecções do TGU (33,5% do total de infecções) e 33 do TR

(20,1%). Entre as infecções com etiologia comprovada os microrganismos mais

encontrados foram C. albicans, E. coli e Herpes zoster. Não há dúvidas de que o uso de

corticosteróides aumenta a suscetibilidade dos pacientes às infecções quando utilizados

em doses a partir de 20 mg/dia durante 4 a 6 semanas 12. Na amostra analisada,

observaram-se maiores índices de infecção entre os pacientes que fizeram tratamento D

e E (ou seja que utilizavam corticosteróides associado a outro imunodepressor).

Estudos mais detalhados sobre a terapêutica utilizada pelos pacientes para se

conseguir identificar algumas variáveis que poderiam estar interferindo neste resultado

(p.ex. dose das medicações, regularidade do tratamento, tempo de uso dessas drogas),

são todavia necessários.

Observaram-se 11 pacientes com parasitose intestinal e 26 com diarréia sem

avaliação laboratorial. Deve-se considerar a possibilidade da diarréia estar relacionadas a

fatores não infecciosos (por exemplo a alimentação, medicamentos, a própria doença

reumatológica), mas a imunodepressão nestes pacientes torna-os vulneráveis a

23

Page 25: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

infecções parasitárias antes raramente diagnosticadas em humanos (por exemplo, os

microsporídios), ou à ocorrência de reagudização de infecção pré-existente13. Coccídeos

como a Isospora belli e o Cryptosporidium sp são agentes oportunistas caracterizados como

responsáveis por quadros de enterocolites nesses pacientes14. Ginzler et al.4 em 1978, já

descreviam a ocorrência de 384 infecções em 150 pacientes com LES, dos quais 28

com agentes oportunistas.

Em 1989, Ritchlin et al.2 mostraram que altas doses de prednisona estavam

diretamente relacionada ao desenvolvimento de doença oportunista. A esse respeito

Hellmann et al.1 em 1987 já apontavam a necessidade de investigação mais minuciosa

na busca de infecções oportunistas "ocultas".

Observou-se que os profissionais em ambos os hospitais não solicitaram de

rotina exames para pesquisa de germes oportunistas entéricos em pacientes com

doenças reumatológicas submetidos à terapia imunodepressora, o que prejudica o

diagnóstico e o adequado tratamento dessas enfermidades oportunistas, as quais

tendem a agravar o prognóstico, nesses pacientes. Além disso, resultados dos EPFs

realizados mostram baixa presença de parasitos, uma vez que os métodos

convencionais utilizados são de baixa sensibilidade, necessecitando-se assim utilizar

técnicas de maior especificidade.

Apesar dessas ressalvas o presente estudo mostra uma elevada incidência de

infecções em pacientes com doenças difusas do tecido conjuntivo submetidos à

tratamento imunodepressor. Este fato reafirma a necessidade de se avaliar, caso a caso,

os riscos e benefícios de terapêuticas agressivas nesta população e de se atentar para a

24

Page 26: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

possibilidade de presença de foco infeccioso prévio, inclusive intestinal, constituído por

protozoários de baixa patogenicidade.

Occurrence of infect-parasitic diseases in the rheumatology patients,in reference hospitals in Goiânia-GO, Brazil: Retrospective study (1998

to 2003).

Abstract - In this work, which was accomplished from 1998 to 2003, it was

retrospectively evaluated the infectious intercurrent with special focus to the enterics

in the porter patients of rheumatology diseases who were submitted to the

immunossupressive therapy and assisted in the SUS in Goiânia. One hundred

patients, fifty promptbooks of the Clinic Hospital of UFG and fifty promptbooks of

the General Hospital of Goiânia with auto-immune rheumatology diseases were

studied. There were reports of 164 infectious intercurrents in 72 patients (on average of

2,28 infections per patient), 55,5% with proven aetiology and 44,5% without proven

aetiology. The intestinal parasite examination of feces was accomplished in 28 patients,

with 11 positive results, and the Giardia Lamblia parasite was found the most. The

enteric opportunist germ research in patients who have rheumatology diseases and

were submitted to the immunossupressive therapy was not routinist requested. The

obtained result demonstrates high incidence of infections among the patients who have

rheumatology diseases and have been treated without the concern in requesting the

routine examination for opportunist enteric germs.

key word- infections, intestinal parasite, rheumatology, treatment.

25

Page 27: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

5- Referências bibliográficas

1. Hellmann D, Petri M, Whiting O: Fatal infections in systemic lupuserythematosus: the role of opportunistic organisms. Medicine 66: 341-48,1987.

2. Ritchlin C, Dobre J, Senie R et al: Opportunistic infections in patients withsystemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum 32(suppl): S115 (abst), 1989.

3. Sato E, Silva L, Andrade L et al: Incidência de infecções nos pacientes comnefrite lupica submetidos a pulsoterapia com metilprednisolona eciclofosfamida. Rev. Bras. Reum. 34(6): 303-08, 1994.

4. Ginzler E: Infections in systemic lupus erythematosus. In Dubois’ LupusErythematosus, 6th ed, Baltimore, Willians & Wilkins, 917-26, 2001.

5. Pizzo P: Fever in immunocompromised patients. New Engl. J. Med. 341:893-900, 1999.

6. Ruano Nieto AL, García-Zapata MTA: Correlación Clínico-laboratorial de lasparasitosis intestinales en pacientes inmunosuprimidos, Goiania -GO, Brasil.Rev. Fac. Ciencias Méd. 26: 27-32, 2001.

7. Len CA, Terreri MT, Hilário MO. Lúpus eritematoso sistêmico juvenil einfecção. Rev. Bras. Reum; 42(4): 218-222, 2002.

8. Herrara J, Garcia R, Iturbe B: Parasitosis en huéspedes imunosuprimidos:revisíon. Invest. Clin. 28(1): 47-59, 1987.

9. Pérez F, Sampere I, González R et al: Infección y lupus eritematoso sistemico:analisis de una serie de 145 pacientes. Rev. Clin. Esp. 193:105-09, 1993.

10. Ferreira M, Borges A: Some aspects of protozoan infections inimmunocompromised patients: a review. Mem Inst Oswaldo Cruz 97(4): 443-57,2002.

26

Page 28: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

11. Heyworth M: Parasitic diseases in immunocompromised hosts.Cryptosporidiosis, isosporiasis, and strongyloidiasis. Gastroenterol Clin NorthAm. 25(3): 691-707, 1996.

12. Rivera H: Complicaciones infecciosas de la terapia inmunosupresora enpacientes com afecciones reumatológicas. Rev. Méd. Maule 17(1):26-28, 1998.

13. García-Zapta MTA et al: Infecções por parasitas oportunistas em pacientesHIV/SIDA positivos, no Hospital Universitário de Brasília. Brasília Médica 37(1/2):14-18, 2000.

14. Lacaz C, Machado C: Oportunismo microbiano e de neoplasias na medicinacontemporânea. Rev. Fac. Ciências Med. 16-21, 84-85, 131-147, 2000.

27

Page 29: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Tabela 1: Distribuição dos pacientes reumatológicos submetidos à terapia

imunodepressora de acordo com o sexo. HC e HGG, Goiânia – GO (1998 - 2003).

Pacientes N de pacientes Idade µMulheres 81 33,1

Homens 19 39,6

Total 100 36,3

Tabela 2: Distribuição da doença reumatológica, segundo o diagnóstico nos pacientes

submetidos à terapia imunodepressora. HC e HGG, Goiânia – GO (1998 - 2003).Pacientes LES AR ARJ ES DITC SSP PO PS DB

Mulheres 51 17 3 3 3 2 - 1 1

Homens 1 9 3 2 2 - 2 - -

Total 52 26 6 5 5 2 2 1 1

28

Page 30: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Tabela 3: Grupos de pacientes reumatológicos divididos conforme a terapiaimunodepressora utilizada. HC e HGG, Goiânia – GO (1998 - 2003).

Grupos Terapêutica imunodepressora Nº de pacientes

A CVO, CEV, IVO e IEV 20B CVO, CEV e IEV 21C CVO, CEV e IVO 14D CVO, IVO e IEV 4E CVO e CEV 10F CVO e IVO 19G CVO 12

CVO: corticoesteróide via oral – prednisona; CEV: corticoesteróideendovenoso – metilprednisolona em pulsoterapia; IVO: imunodepressorvia oral – metotrexato ou azatioprina; IEV: imunodepressor endovenoso –ciclofosfamida em pulsoterapia.

39

11

0

10

20

30

40

ITU

Vulvovag

inite

Parasit

oses in

testin

ais

Herpes

labial

Micoses

superf

icais

Herpes

zoste

r

Tenoss

inovite

Gráfico 1: Sítios de infecções com etiologia comprovada em pacientes com doençasreumatológicas submetidos à terapia imunodepressora (Grupo I). HC e HGG, Goiânia– GO (1998 - 2003).

29

Page 31: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

0

5

10

15

20

25

30

Diarréia Pneumonia IVAS Infecções depele

Pielonefrite Septicemia

IVAS – infecção de vias aéreas superiores, TGI – trato gastro- intestinal, TR – trato respiratório, TGU – trato

gênito- urinário.

Gráfico 2: Sítios de infecções sem etiologia comprovada observada nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidos à terapia imunodepressora (Grupo II). HC eHGG, Goiânia – GO (1998 - 2003).

0

5

10

15

20

25

A B C D E F G

Terapia imunodepressora

Ocorrência de infecções

A CVO, CEV, IVO e IEV C CVO, IVO e IEV E CVO e CEV G CVOB CVO, CEV e IEV D CVO, IVO e IEV F CVO e IVOGráfico 3 : Distribuição do tipo de terapia imunodepressora versus ocorrência deinfecções em 100 pacientes com doenças reumatológicas. HC e HGG, Goiânia – GO(1998 - 2003).

30

Page 32: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ARTIGO 2

OCORRÊNCIA DE PARASITOSES OPORTUNISTASENTÉRICAS NOS PACIENTES REUMATOLÓGICOS NOHOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA-GO, BRASIL: ESTUDO

PROSPECTIVO (2003 A 2005).

Artigo a ser submetido à Revista Brasileira de Medicina Tropical (Anexo IV)

31

Page 33: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ocorrência de parasitoses oportunistas entéricas nos pacientesreumatologicos no Hospital Geral de Goiânia-GO, Brasil: Estudo

prospectivo (2003 a 2005).

Resumo - As parasitoses intestinais oportunistas, são doenças pouco conhecidas em

algumas especialidades médicas. Afeta principalmente populações de imunodeprimidos.

São causadas principalmente por protozoários como o Blastocystis hominis (Filo

Sarcomastigophora), diversas espécies de coccídios (Filo Apicomplexa) e os

microsporídios (Filo Microspora). Este trabalho realizado no periódo de 2003 a 2005

avaliou a freqüencia das enteroparasitoses oportunistas nos pacientes atendidos no

HGG. Foram avaliadas 148 amostras de fezes de 37 pacientes com doenças

reumatológicas submetidos à terapia imunodepressora comparados com 112 amostras

de 28 indivíduos aparentemente saudáveis do mesmo nível socio-econômico, que

constituiu o grupo controle. Os resultados obtidos assinalaram a presença de

protozoários intestinais oportunistas como: Blastocystis hominis ( 10,8/0%)e Isospora belli (

2,7/0%)nos pacientes em relação ao controle. Não observou-se relação clínico-

epidemiológico e terapêutica nos pacientes com exames positivos.

Palavras-chaves: doenças reumatológicas, tratamento, parasitoses oportunistas,

imunodepressão.

1 - Introdução

Desde os primeiros casos da Aids, descritos em 1981, observa-se a modificação

do padrão de muitas infecções, com o aparecimento de agentes etiológicos que, até

então, tinham importância, a maioria deles apenas, na medicina veterinária. Estes

agentes considerados como de caráter oportunistas, e de acometimento apenas em

condições com imunodeficiências, constituem um fator importante de agravo nessas

doenças, responsáveis pela piora das condições de saúde do paciente.¹

32

Page 34: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

São diversos os protozoários que parasitam a espécie humana e entre os

intestinais, destacam-se a coccídiose, a microsporídiose e a blastocistose, como

principiais causas de infecções parasitárias em indivíduos imunodeprimidos pelos VIH.²

Os coccídeos (Filo: Apicomplexa) intestinais são representados pelo Cryptosporidium

parvum, Cyclospora cayetanensis e Isospora belli 3,4,5 (Anexo VII).

A criptosporidiose é caracterizada como uma antropozoonose emergente

causando problemas graves e prolongados em imunodeficientes, notadamente em

aidéticos.6,7

As manifestações dessa enfermidade variam desde uma gastroenterite transitória

em imunocompetentes, até manifestações clínicas mais intensas, podendo em alguns

casos acometer sítios extra-intestinais, como o trato biliar e respiratório em pacientes

imunocomprometidos.8,9

A C. cayetenensis, reconhecido como patógeno humano em 1977, tem sido

associado a quadros de diarréia, na maioria das vezes profusas e aquosas, de curso

agudo ou crônico mesmo em indivíduos imunocompetentes, mas com muito mais

freqüencia naqueles com deficiência imunológica.10,11

Outra doença intestinal que assume importância como oportunista é a

Isosporiáse, enfermidade parasitária determinada pela Isospora belli, diagnosticada de

forma constante nos pacientes com Aids. Nestes, os sintomas intestinais são mais

graves e infecções extra-intestinais, como no pâncreas e no trato biliar, 12 podem

ocorrer.

Em relação aos microsporidios (Filo: Microspora), apesar de mais de 100 gêneros e

cerca de 1000 espécies pertencentes a este filo, há apenas cinco gêneros patogênicos

para o homem 13 (Anexo VII).

Dentre as espécies envolvidas, o Enterocytozoon bieneusi é a mais freqüentemente

encontrada, seguida da Encephalitozoon intestinalis. 14

33

Page 35: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

As duas espécies são comumente encontradas no trato gastro intestinal, podendo

ocasionar infecção disseminada, especialmente o E. intestinalis, com comprometimento

do trato-urinário, fígado, vias biliares, trato respiratório, seios paranasais, peritôneo,

musculatura estriada, rins e SNC. 15

Essas duas espécies de microsporídios têm sido responsabilizadas, entre outras

condições clínicas, por 10% a 30% de diarréias, freqüentemente prolongadas, em

pacientes com Aids. Estudos apontam uma prevalência de 7% a 50% em pessoas

infectadas pelo VIH, com contagem de células CD4 inferior a 100mm³ e diarréia

crônica. 15

O Blastocystis hominis, protozoário intestinal (Filo Sarcomastigophora) (Anexo VII), é

um parasito potencialmente patogênico, podendo determinar dor abdominal e diarréia.

A associação de B. hominis, com imunodepressão tem sido bem documentada,

determinando manifestações de diarréia em pacientes com diabetes mellitus, leucemia e

Aids. 16

A sobrevida dos pacientes com doenças reumatológicas tem aumentado nos

últimos anos, devido em grande parte, a avanços no tratamento, principalmente com

drogas imunodepressoras, que modificam a defesa imunológica do indivíduo, por

alterar os mecanismos fundamentais do crescimento da atividade mitótica, da

diferenciação da função celular. 17,18,19

Drogas como os corticoesteróides, metotrexato, azatioprina, ciclosporina e

ciclofosfamida, comumente usadas no tratamento das doenças reumatológicas

interferem nos mecanismos de defesa imunitária, propiciando o desenvolvimento de

afecções oportunistas, dentre elas as afecções parasitárias. 19

Dessa forma as infecções oportunistas permanecem como a principal causa de

morbi-mortalidade nos pacientes com doenças auto-imunes, em decorrência de

alterações imunológicas como a diminuição da quimiotaxia e da capacidade fagocítica,

de defeitos de opsonização, defeitos na degradação de bactérias pelos fagocíticos e

anormalidades na imunidade celular.19

34

Page 36: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Estudos desenvolvidos em Goiânia, mostram que a maioria desses pacientes

não tem a infecção diagnosticada. Tal fato pode estar relacionada a baixa capacidade de

suspeição médica e aos poucos laboratórios que identificam estes agentes emergentes e

re-emergentes, resultando em provável subdiagnóstico destas infecções. 20

Assim o presente estudo, preocupou-se em avaliar prospectivamente a

freqüência dos agentes entéricos oportunistas em pacientes com doenças

reumatológicas, auto-imunes, em uso de drogas imunodepressoras, em comparação

com indivíduos aparentemente saudáveis do mesmo ambiente da população do estudo.

2 - Casuística e métodos

2.1 - Área e local do estudoA área escolhida para o estudo prospectivo, caso controle, foi o município de

Goiânia, capital do Estado de Goiás, localizada no centro-oeste do Brasil, a uma

latitude 16,6786 Graus S, longitude 49,2539 Graus W e altitude de 878m, com

temperatura média de 22,15 °C e a umidade relativa do ar média de 65,2%. O local

escolhido para o estudo foi um dos ambulatórios da Divisão de reumatologia do

Hospital Geral de Goiânia - Dr Alberto Rassi -HGG, um dos principais hospitais de

referência do SUS-Ministério da Saúde, onde em 2004, foram atendidos

ambulatorialmente um total de 145.379 pacientes, sendo 7617, do setor de

reumatologia-CPD. Os exames laboratoriais foram realizados no próprio HGG e/ou

nos laboratórios da rede conveniada. Somente o processamento em análise laboratorial

das amostras coprólogicas para a identificação dos parasitos oportunistas entéricos

foram executados no laboratório do Núcleo de Pesquisa de Agentes Emergentes e Re-

emergentes de interesse sanitário (NUPEREME) do Instituto de Patologia Tropical e

Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás- IPTSP/UFG.

2.2 - Grupos de estudo No periódo compreendido de julho de 2003 a janeiro de 2005, para fins da

pesquisa, os sujeitos do estudo foram divididos em dois grupos. Um constituído por 37

pacientes ( GRUPO TESTE), e outro constituído por 28 indivíduos considerados

sadios (GRUPO CONTROLE). Ambos os grupos, foram avaliados clinicamente no

ambulatório de reumatologia do HGG e deles coletadas as respectivas amostras para o

35

Page 37: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

estudo laboratorial, totalizando 260 amostras coprológicas, 148 provenientes do grupo

teste e 112 do grupo controle.

2.3 - Procedimentosa) Critérios de inclusão e exclusãoI.- GRUPO TESTE: População de pacientes referenciados pela rede primária do SUS

do município de Goiânia-GO com diagnósticos de doenças reumatológicas auto-

imunes segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia, selecionados de

forma aleatória independente de idade, raça, sexo e religião.

II - GRUPO CONTROLE: População aparentemente saudável, parentes próximos

e/ou que conviviam com os pacientes em questão.

b) Avaliação clínica-epidemiológica Foi padronizada e através de uma ficha sistematizada para essa finalidade

(Anexo III), e preenchida após a seleção dos participantes (Fig 1).

Figura 1 – Fluxograma do estudo

36

Seleção dos pacientes

Grupo I = pacientes portadores de doenças reumatológicas

Grupo II = população aparentemente saudável do mesmo ambiente dos pacientes

Termo de consentimentolivre e esclarecido

Hemograma VHS, glicemia de jejumFunção renalFunção tireoidianaFunção hepática

Amostra de Urina

Questionário sobrecondições sanitárias e

higieneAnamnese e exame físico

Amostra de sangue

Amostra de fezes

EASCultura

Perfil lipídicoProteinogramaEletroforeseproteínas séricasFator reumatóideFator anti-nuclear

Page 38: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

O cronograma das avaliações definido pelo próprio pesquisador. No total foram

05 consultas por paciente, e 05 para os indivíduos do grupo controle, com intervalos

mensais. Todos foram examinados pelo pesquisador principal (Fig. 2) e (Fig. 3)

Figura 2– Fluxograma das consultas do grupo I

Figura 3 – Fluxograma das consultas do grupo II

37

Seleção

Consulta 1

Exames

Consulta 2 Consulta 3 Consulta 4

Exames Exames Exames

Início damedicação

imunodepressora

Consulta 3 Consulta 4

ExamesExames

Ambulatório geral de

reumatológia

Seleção

Exames

Consulta 1 Consulta 2

Exames

Page 39: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

c) Laboratoriais COLETA: A coleta das amostras fecais foi feita pelo próprio paciente em recipientes

apropriados e padronizados devidamente identificados com o nome do participante e

número do seu registro no HGG e transportados ao IPTSP-UFG por um funcionário

treinado para tal finalidade. Todas as amostras foram coletadas em recipientes plásticos

individuais: parte da amostra foi mantido in natura outra parte foi preservada em

formalina 10% uma terceira estocada em solução de bicromato de potássio a 2,5% e

uma quarta parte em solução salina a 0,9% e a quinta parte em solução azul de metileno

de Nair (Fig. 4).

No total foram coletadas 4 amostras, em dias diferentes para cada um dos

integrantes de ambos grupos do estudo, num intervalo de 30 dias. Sendo que no grupo

teste a primeira amostra foi coletada antes do início da medicação imunodepressora e

as 3 restantes, no uso dessas drogas com intervalos mensais.

TÉCNICAS LABORATORIAIS: As amostras de fezes foram analisadas através do

Exame Parasitológico de Fezes- EPF e por métodos de coloração coprológico

específico para parasitos oportunistas entéricos (Filos sarcomastigophora, apicomplexa,

microsporidium).

As amostras in natura foram processadas pelo EPF, pelas técnicas de

sedimentação espontânea em água, centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco

e pelo método de Rugai, com o objetivo de identificar ovos e larvas de helmintos,

assim como cistos e oocistos de protozoários.

As amostras conservadas em formalina a 10%, foram submetidas à concentração

pela técnica de formol-acetato de etila, com a finalidade de aumentar o número de

oocistos e esporos no material fecal, para posterior coloração específica.

Para o diagnóstico de oocisto de coccídios intestinais (I. belli, C. parvum e

C.cayetanensis) e esporos de microsporídios, foram utilizados os métodos de coloração

por microscopia óptica de fucsina-carbolica de Kinyoun e Hot-Chromotrope de Kokoskin

respectivamente.

38

Page 40: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Todos os coccídios intestinais foram submetidos à solução de bicromato de

potássio a 2,5% para favorecer a esporulação de oocistos, principalmente, de

C.cayetanensis, auxiliando, desta forma, o diagnóstico laboratorial diferencial do C.

parvum. Um recurso para apoiar o diagnóstico, principalmente em virtude das

características morfotintoriais semelhantes entre os oocistos de C. cayetanensis (8-10 um)

e C. parvum (4-6 um), assim como o tamanho diminuto dos esporos de microsporídios,

foi à análise morfométrica (Fig. 4).

Na idendificação do B. hominis, foi utilizado o método de coloração temporária

pelo azul de metileno de Nair, em que o oocistos apresenta coloração azul com

tonalidade mais escura no vacúolo e mais clara no citoplasma.

Os pacientes que apresentaram o exame coprológico positivo foram tratados

com medicamentos antiparasitários adequados.

Figura 4 - Fluxograma de procedimentos para o diagnóstico laboratorial dos enteroparasitosoportunistas.

* Confirmação da espécie por Microscopia eletrônica.

39

Amostra fecal“In natura”

Exame parasitológico

•Ovos e larvas de helmintos•Cisto, trofozoítos e oocistos de protozoários

Bicromato de potássio 2,5%

Formol-acetato de etila

Coloração fucsina-

carbolica de Kinyoun

ColoraçãoHot- Chromotrope-

Kokoskin

Esporulação deCyclospora sp.

Oocistos de coccidios

Esporos de microsporídios*

Solução de metileno de

Nair

Blastocystis hominis

AnáliseMorfometrica

DIAGNÓSTICOLABORATORIAL

Page 41: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

2.4 - Análise estatística

Foi utilizado o programa Excel-Microsoft® para criação do banco de dados e o

SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 8.0, para análise estatística das

variáveis foi realizado o Teste Qui Quadrado - X² e o Teste Exato de Fisher, com o

objetivo de testar a significância dos resultados encontrados nos grupos estudados.

2.5 - Aspectos éticos Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ensino e Pesquisa Médica e Animal do

Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi e todos os participantes foram

previamente informados sobre suas características e, estando de acordo, assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo II).

3 - Resultados

3.1- População e grupos de estudos

Constituiram o grupo I, 42 pacientes, dos quais 37 terminaram o estudo, 04

abandonaram e 01 foi a óbito devido a infecção generalizada. Constituiram o grupo II,

31 indivíduos aparentemente saudáveis sendo retirados 03 do sexo masculino, de

maneira aleatória, para a homogeneização da amostra por razões estatísticas.

O grupo I foi constituído por 37 pacientes com idade χ de 35,21 ± 11,1 anos e

o grupo II por 28 pessoas, com idade χ de 40,07 ± 13,97, sem diferença

estatisticamente significante entre os dois grupos (Fig. 5).

O sexo feminino predominou nos dois grupos. A raça parda predominou no

grupo I (54,10%), enquanto no grupo II foi a raça branca (57,10%). Quanto ao peso o

grupo I teve χ de 64,13 ± 11,52 Kg e o grupo II χ de 64,82 ± 10,92 Kg , sem

diferença estatisticamente significante entre os dois grupos (Fig. 5).

40

Page 42: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

010203040506070

Idade

(ano

s)

Femini

no

Mascu

lino

Branca

Parda

Negra

Peso (

Kg)

Grupo IGrupo II

Figura 5- Perfil populacional dos pacientes e controles (HGG-IPTSP/UFG).

3.2 -Aspectos clínicos

Quanto ao diagnóstico reumatológico (Grupo I) o lúpus eritematoso sistêmico

foi à doença mais comum (42 %), seguido pela artrite reumatóide (38 %) (Fig. 6). Dos

pacientes do grupo I, 29 tinham um diagnóstico concomitante, sendo a hipertensão

arterial sistêmica a mais freqüênte (34 %)(Fig.7). Alterações cutâneas e articulares

foram às manifestações clínicas mais freqüêntes, 27,70% e 46,20% respectivamente.

41

Page 43: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

5%

38%

42%

3%3%

3%3% 3%

Artrite psoriásica

Artrite reumatóide

LES

Doença de Still

Esclerose sistêmica

Síndrome de Sjögreen

Polimiosite

Vasculite primária

Figura 6. Diagnóstico das doenças reumatológicas (HGG-IPTSP/UFG)

Figura 7 - Diagnóstico concomitante nos pacientes com doenças reumatológicas

HGG-IPTSP/UFG).

Diarréia ocorreu em 11 indivíduos no grupo I, e nenhum desses apresentou

exame coprológico positivo; já no grupo II não se observou diarréia (Tab. 1).

42

34%

24%

14%

7%

7%

7%7%

Hipertensão arterial sistêmica

Hipotireoidismo

Diabetes mellitus tipo II

Depressão

Colelitíase

Arritmia cardiáca

Trombose venosa profunda

Page 44: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Tabela 1. Frequência de diarréia nos pacientes com doenças reumatológicas e

indivíduos aparentemente saudáveis (HGG-IPTSP/UFG).

Grupo

Diarréia I II

Pré 1°pós 2°pós 3°pós Pré 1°pós 2°pós 3°pós

n % n % n % n % n % n % n % n %

Presente - 0.0 2

5.40 4 10,8 5 13,50 - 0,0 - 0,0 - 0,0 - 0,0Ausente 37 100 35 94,60 33 89,2 32 86,50 28 100 28 100 28 100 28 100

Total 37 100 37 100 37 100 37 100 28 100 28 100 28 100 28 100

3.3 - Aspectos relativos à terapia utilizada (imunodepressora ou não)

Todos os pacientes do grupo I, usaram prednisona (Fig.8 ), e como

drogas associadas aos corticoesteróides, 75,7% dos pacientes usaram difosfato de

cloroquina 150mg/dia, 48% usaram imunodepressores (azatioprina 100mg/dia, ou

metotrexato 10mg/semanal ou ciclofosfamida 1g/mês) e 2,7% D-penicilamina

250mg/dia (Fig. 9).

0

5

10

15

20

25

até 10mg 11-20mg 21-30mg 31-40mg 41-50mg acima de51mg

Prednisona

Paci

ente

s

Figura 8-Doses de prednisona prescritas nos pacientes com doenças

reumatológicas (HGG-IPTSP/UFG)

43

Page 45: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

75,7

48

2,70

1020304050607080

Cloroquina Imunodepressores D-penicilamina

%

Figura 9-Drogas de base prescritas nos pacientes com doenças reumatológicas (HGG-

IPTSP/UFG)

3.4 - Aspectos epidemiológicos A análise das condições sanitárias e de higiene no grupo I e II não mostroudiferença estatisticamente significante (Tab.2).

Tabela 2 . Condições sanitárias e de higiene nos pacientes com doenças reumátologicase indivíduos aparentemente saudáveis (HGG-IPTSP/UFG).

GrupoVariáveis I II Total

n % n % n %Tipodemoradia

Urbana

Semi-urbana

Rural

28

03

06

75,7

8,1

16,7

26

02

00

92,9

7,1

0,0

54

05

06

83,1

7,7

9,2Presença de animais

Sim

Não

28

09

75,7

24,3

17

11

60,7

39,3

45

20

69,2

30,8Origem da água

Cisterna

MineralSANEAGO

13

01

26

35,1

2,7

70,3

04

01

23

14,3

3,6

82,1

17

02

02

26,8

3,2

70,0Tratamentodaágua

Filtro

Fervura

Nenhum

31

_

06

83,8

_

16,2

21

02

05

75,0

7,1

17,9

52

02

11

80,0

3,1

16,9Sistemadeesgoto

SANEAGO

Fossa

Nenhum

18

18

01

48,6

48,6

2,8

19

08

_

67,9

28,6

_

37

26

01

56,9

40,0

1,5Sistema derecolhimentodo lixo

Prefeitura

Nehum

35

02

94,6

5,4

26

02

92,8

7,2

61

04

93,8

6,2 Obs.: Um paciente do grupo II não informou sobre o sistema de esgoto. Teste Exato de Fisher (α 0,05)

44

Page 46: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Em relação aos cuidados dados as mãos, não houve diferença estatisticamente

significante nos grupos (Tab 3). .

Tabela 3- Cuidado dado às mãos nos pacientes com doenças reumátologicas e

indivíduos aparentemente saudáveis (HGG-IPTSP/UFG).

Grupo Cuidado dado às mãos I II Total

n % n % n %Antes dealimentar

Sempre

Ás vezes

Nunca

01

31

05

2,7 -

83,8 24

13,5 04

0,0

85,7

14,3

01

55

09

1,5

84,6

13,8Antes dopreparo dosalimentos

Sempre

Ás vezes

Nunca

33

04

-

89,2 27

10,8 01

0,0 -

96,4

3,6

0,0

60

05

-

92,3

7,7

0,0Após contatocom animal

Sempre

Ás vezes

Nunca

34

03

-

91,9 28

8,1 -

0,0 -

100

0,0

0,0

62

03

0,0

95,4

4,6

0,0Após troca defraldas

Sempre

Ás vezes

Nunca

33

03

01

89,2 28

8,1 -

2,7 -

100

0,0

0,0

61

03

01

93,8

4,6

1,5Teste Exato de Fisher (α 0,05)

Ao avaliar o tratamento dados aos alimentos antes do seu consumo, no grupo I,

43,2% faziam o uso do leite in natura e no grupo II, não houve esse tipo de consumo

(p<0,05) e nas outras variáveis não houve diferença estatisticamente significante

(Tab.4).

45

Page 47: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Tabela 4. Tratamento dado aos alimentos antes do consumo, nos portadores de

doenças reumatológicas e indivíduos aparentemente saudáveis (HGG-IPTSP/UFG).

Grupo

Tratamento I II Total

n % n % n %

Frutas eVerduras

Lava

Não lava

37

_

100

0,0

28

_

100

0,0

65

_

100

0,0

Leite*Pasteurizado

In natura

Nenhum

18

16

05

48,6

43,2

13,5

24

_

4

85,7

0,0

14,3

42

16

09

64,6

24,6

13,8

Carne

Suína

Bovina

Aves

Nenhum

09

33 20 02

24,3

89,2

54,1

5,4

14

25

12 _

50,0

89,3

42,9

0,0

23

58

32

02

35,4

89,2

49,2

3,1

Teste Exato de Fisher (α 0,05)

3.5 - Aspectos laboratoriais

3.5.1 - Gerais

Os exames laboratoriais nos grupos I e II, apresentaram diferenças

estatisticamente significantes apenas nas variáveis: eosinófilos, hemossedimentação,

função tireoidiana, perfil lipídico e eletroforese de proteínas séricas, nas outras variáveis

não houve alterações estatisticamente significantes (Tab.5 ) e (Tab.6).

46

Page 48: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Tabela 5. Avaliação dos exames laboratoriais encontrados nos pacientes com doençasreumatológicas e indivíduos aparentemente saudáveis durante o estudo (HGG-IPTSP/UFG).

Grupo

Variáveis I IIMédia DP Média DP

Hematócrito 41,83 40,64 40,51 4,81Leucócitos totais 7774,90 3642,21 6554,29 1866,67Eosinófilos* 190,86 141,19 337,54 432,60Linfócitos 2240,19 1081,86 2183,79 693,19Hemossedimentação*

35,93 24,64 16,14 9,19

Creatinina 0,82 0,17 0,80 0,13Glicemia jejum 91,36 24,65 86,75 12,78

Teste Exato de Fisher (α 0,05)

Tabela 6. Avaliação de outros exames laboratoriais nos pacientes com doençasreumatológicas e indivíduos aparentemente saudáveis durante o estudo (HGG-IPTSP/UFG).

Grupo

Variáveis I II

Normal

%

Alterado

%

Normal

%

Alterado

%

Perfil lipídico* 59,5 40,5 96,4 3,6Transaminases 94,6 5,4 100 0,0Função tireoidiana* 78,4 21,6 96,4 3,6Eletroforeseproteínas séricas*

40,5 59,5 100 0,0

Teste Exato de Fisher (α 0,05)

47

Page 49: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

3.5.2 - Parasitológico

Analisou-se 260 espécimes fecais, 148 no grupo I e 112 no grupo II. No grupo I,

nove (9) pacientes apresentaram resultados coprológicos positivos (6,1% ), 4 pacientes

com parasitos potencialmente patogênicos (Giardia lamblia, Entamoeba hystolitica/dispar,

Ascaris lumbricóides, Hymenolepis nana) e 5 com parasitos oportunistas ( Blastocystis hominis e

Isospora belli). No grupo II não houve resultado positivo (Tab. 7).

Tabela 7. Exames coprológicos dos pacientes com doenças reumatológicas e indivíduos

aparentemente saudáveis (HGG-IPTSP/UF).

Grupo

Croprológico I II

Pré 1°pós 2°pós 3°pós Pré 1°pós 2°pós 3°pós

n % n % n % n % n % n % n % n %

Positivo 5 13,5 1

2,7 - 0,0 3 8,10 - 0,0 - 0,0 - 0,0 - 0,0Negativo 32 86,5 36 97,3 37 100 34 91,9 28 100 28 100 28 100 28 100

Total 37 100 37 100 37 100 37 100 28 100 28 100 28 100 28 100

O quadro 1 reproduz a ocorrência dos enteroparasitos identificados nas amostras

de fezes examinadas no grupo I. O sexo feminino predominou (87,5%), a prednisona

até 10mg esteve presente em 66,6 %, e como droga de base, o difosfato de cloroquina

150mg foi a mais freqüente (55,5%).Não houve todavia nos pacientes com exames

positivos sintomas relacionados ao trato gastro-intestinal. O Blastocystis hominis foi o

parasito mais encontrado (36,36%), no período pré tratamento e com baixas doses de

prednisona (Fig. 10).

48

Page 50: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Quadro 1. Correlação clínico-laboratorial e terapéutica dos 9 pacientes queapresentaram exames coprológicos positivos (HGG-IPTSP/UFG). Pac. Id. Sexo Diagnóstico

reumatológicoDiagnósticolaboratorial

P. I. Diarréia MedicamentosCorticoesteróides Imunodepressores

01 59 F LES Giardia lamblia 3°mês não prednisona cloroquina5 mg/dia 150mg/dia

05 48 F Síndrome deSjögreen

Is osp or a belli pré não prednisona cloroquina 10 mg/dia 150mg/dia

06 42 F L.E.S. Bl astocyst is hom in is pré não prednisona cloroquina 5 mg/dia 150mg/dia

12 39 F Vasculite primária

Bl astocyst is hom in is 3°mês não prednisona azatioprina 10 mg/dia 100mg/dia

13 34 F A.R. Bl astocyst is hom in is pré não prednisona cloroquina 25mg/dia 150mg/dia

16 35 F L.E.S. Giardia lamblia,Entamoeba hystolítica/dispar

pré não prednisona cloroquina 25mg/dia 150mg/dia

26 59 F A.R. Ascaris lumbricóides pré não prednisona metotrexato 10 mg/dia 10 mg/semanal

32 29 F Esclerose sistêmica

Giardia lamblia, Hymen lepis nana

3°mês não prednisona d- penicilamina 5mg/dia 250 mg

35 34 M Doença de Still

Bl astocyst is hom in is 1°mês não prednisona metotrexato 17mg/dia 10mg/semanal

PI - Período imunodepressor

0

5

10

15

20

25

30

Isospora belli Blastocystishominis

Blastocystishominis

Blastocystishominis

Blastocystishominis

Pred

niso

na m

g

Fig. 10 Correlação da dosagem de prednisona, período de tratmento e parasitos oportunistas entéricos

(HGG-IPTSP/UFG).

49

Prétratamento

1°mêstratamento

3°mêstratamento

Page 51: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

4-Discussão

Com os grandes avanços terapêuticos acontecidos nos últimos anos na

reumatologia , houve um aumento na sobrevida dos pacientes. Apesar dessa melhora

no prognóstico com novos medicamentos imunodepressores nesses indivíduos,

alterações importantes nos mecanismos de defesa, resultaram em infecções

oportunistas que comprometeram a queda de mortalidade. 21,22

Após o surgimento da Aids, observou-se a modificação dos padrões de

ocorrência de muitas infecções nos pacientes acometidos, com o aparecimento de

infecções consideradas como emergentes ou re-emergentes, e entre estas entidades

encontramos os protozoários entéricos oportunistas. 1

Além do registro destes enteroparasitos oportunistas nos pacientes

imunodeprimidos, principalmente naqueles com Aids, eles podem acometer indivíduos

imunocompetentes, com manifestações clínicas menos intensas e de melhor

prognóstico. 11

Ainda assim, esses agentes não vem sendo pesquisados rotineiramente nos

pacientes reumatológicos, razão pela qual este trabalho procurou avaliar a importância

dos mesmos e o conhecimento acerca dos aspectos clínicos e laboratoriais dessas

enfermidades e a sua implicação nos indivíduos por eles infectados.

O presente trabalho foi desenvolvido em uma população constituída de

pacientes com doenças reumatológicas (grupo I) e em indivíduos aparentemente

saudáveis, parentes e/ou em convívio com os doentes (grupo II).

No estudo foram avaliados 260 amostras fecais dos participantes provenientes

do ambulatório do HGG, 148 amostras do grupo I e 112 amostras do grupo II. No

desenvolvimento do projeto da pesquisa, foi programado um maior número de

participantes, porém houve dificuldade para a seleção dos mesmos, devido ao fato que

50

Page 52: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

a maior parte dos pacientes referendados ao ambulatório do HGG, já faziam uso de

corticoesteróides e não preenchiam os critérios de inclusão.

Na amostra estudada houve um maior acometimento do sexo feminino, as

avaliações clínico-laboratoriais predominou em pacientes portadores de lúpus

eritematoso sistêmico e artrite reumatóide, doenças mais prevalentes no sexo

feminino.19

A diarréia esteve presente em 11 pacientes no período do estudo, e não foi

encontrada nos indivíduos aparentemente saudáveis. Os pacientes que evoluiram com

diarréia não apresentaram exame coprológico positivo, portanto não houve correlação

clínico-laboratorial entre as variáveis estudadas. Também deve-se considerar outras

possibilidades como causas desses quadros diarréicos que não infecciosos. Estudos de

enteroparasitoses em pacientes imunodeprimidos tem associado a diarréia com a

presença do patógeno no exame fecal; assim verificado por Cimerman23 ao estudar 200

amostras fecais, observou que 33 pacientes que apresentavam diarréia e destes 41,2%

tiveram o exame coprológico positivo. Também, Smith24 ao avaliar diarréia nos

pacientes com Aids, demonstrou que essas estavam asssociadas à parasitose em mais

de 50% dos casos.

Em relação ao tratamento instituído aos pacientes do estudo, todos estavam em

uso de corticoesteróides e na sua maioria em baixas dosagens (prednisona até 10mg,

57%), e como droga de base, o difosfato de cloroquina foi a mais freqüente;

considerada como uma medicação que atua também no sistema imune, com efeitos

sobre este, de menor intensidade.25 As avaliações laboratoriais demonstraram que os

pacientes não estavam com sua imunidade muito comprometida. Assim a população

avaliada, compreendeu um grupo de indivíduos imunocomprometidos, seja pela

doença reumatológica ou pelo tratamento, porem com nivéis menores de alterações no

seu sistema imune. Por outro lado, as pesquisas de germes oportunistas entéricos em

amostras fecais, correlaciona sua presença, bem como as suas manifestações, a um

baixo nível imunitário dos indivíduos avaliado;26,27 tal fato, não foi evidenciado nesta

amostra estudada e pesquisas dessa natureza devem ser realizadas nos pacientes com

maior comprometimento do sistema imunológico.

51

Page 53: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ao analisar o resultado do questionário sobre as condições sanitárias e de

higiene em ambos grupos não se observou diferença estatística nas variáveis estudadas,

exceto quanto ao tipo de leite consumido, em que no grupo I, 43,2% dos pacientes

ingeriram o leite in natura e no grupo II não houve esse consumo. Os pacientes com

resultados positivos nos exames coprológicos não fizeram uso desse tipo de leite. Está

bem estabelecido que as parasitoses intestinais são mais freqüentes em regiões menos

desenvolvidas, com baixas condições de saneamento básico e higiene.28

Os resultados dos exames coprológicos nos grupos estudados, demonstraram

que no grupo I, das 148 amostras fecais analisadas, encontraram 9 pacientes com

resultados positivos, 4 pacientes com parasitos potencialmente patogênicos e 5

pacientes com parasitos oportunistas. No grupo II nas 112 amostras fecais, não houve

exame positivo, o que demonstra a baixa prevalência de parasitos entéricos

oportunistas em indivíduos imunocompetente.29

Em relação aos protozoários oportunistas entéricos, o Blastocystis hominis foi o

patógeno mais encontrado. Para Miller et al. 30 em revisão realizada em 1988, o B.

hominis é um protozoário freqüentemente encontrado no trato gastro-intestinal. Sun et

al. 31 analisaram 6262 amostras fecais e encontraram esse parasito em 103 pacientes

(1,6%).

Para Babb et al. 16, o B. hominis pode, em alguns pacientes, determinar dor

abdominal e diarréia. Acreditam que o estado de saúde do indivíduo e o número de

parasitos no sistema gastro-intestinal são fatores determinantes no desenvolvimento

dos sintomas, na dependencia da interação entre o parasito e hospedeiro, portanto

pacientes submetidos à tratamento imunodepressores estão sujeitos a apresentar essa

infecção.

Além das possiveis manifestações do B. hominis no trato gastro-intestinal, esse

patógeno pode acometer o sistema musculoesquelético, causando artrite septica ou

artrite reativa.32,33

52

Page 54: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Apesar do reduzido número de participantes e estando a maioria, em uso de

baixas dosagens de drogas imunodepressoras, observou nos pacientes analisados maior

freqüência de germes oportunistas entéricos em relação aos controles. Todavia os

pacientes com os exames coprológicos positivos não apresentaram manifestações

clínicas em relação ao sistema digestivo. Estudos dessa natureza devem ser realizados

nessa população procurando pacientes com níveis maiores de imunodepressão e serem

acompanhados por um tempo mais longo, procurando correlacionar a presença desses

parasitos com as manifestações clínicas.

53

Page 55: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Occurrence of enteric opportunist parasitoses in rheumatologypatients in the General Hospital of Goiânia-GO, Brazil: Prospective

study (2003 to 2005).

Abstract - The opportunist intestinal parasitoses, are little known diseases in somemedical specialties. They mainly affect immunodepressed population. They are mainlycaused by protozoa such as the Blastocystis hominis (Phylum Sarcomastigophora), severalcoccídios species (Phylum Apicomplexa) and the microsporídios (Phylum Microspora). This work, which was accomplished from 2003 to 2005, evaluated the opportunistenteroparasitoses’ frequency in patients assisted at HGG. It was evoluated 148samples of 37 patients who have rheumatology diseases and were submitted to theimmunossupressed therapy and compared to 112 samples of 28 individuals whobelong to the same socioeconomic level looked healthy, which constituted the controlgroup. The obtained results marked the presence of opportunist intestinal protozoa as:Blastocystis hominis (10,8/0%) and Isospora belli (2,7/0%) in patients related to thecontrol. It was not observed clinical-epidemic relationship and therapeutic in patientswho have positive medical examination. key word: rheumatology diseases, treatment, parasitoses opportunists,imunossuppressive.

54

Page 56: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

5- Referências bibliográficas

1. Ashord RW, Washust DC & Reid GDF. Human Infection Wiyhcyanobacterium-like bodies. Lancet; 341: 1034, 1993.

2. Hamour AA & Mandal BK. Coccidian Parasites in patientes with AIDS:Cryptosporidiosis, Miccrosporidiosis, Isosporiasis and Cyclosporiasis. ClinInfect Dis; 3(1): 137-153, 1996.

3. Ortega YR, Sterling CR & Gilman RH. Cyclospora cayetanensis. Adv. Parasitol; 40:400-429,1998.

4. Ortega YR, Charles RS, Gilman RH et al.Cyclospora Species- A New ProtozoanPathogen Humana. N. Engl. J. Med; 328: 1. 308-12, 1993.

5. Pape JW, et al. Cyclospora Infection in Adults Infect with HIV. Ann Intern Med;121: 654-657, 1994.

6. Miller RA, Brandson MA, Morton WR. Experimental cryptosporidiosis in aprimate model. J Infect Dis; 161: 321-5, 1990.

7. Morgan UM, Xiao L et al. Variation in Cryptosporidium: towards a toxonomicrevision of the genus. Intern. J. Parasitol; 29: 1733-1751, 1999.

8. Markell EK, John DT & Krotoski WA. Markell and Voge's Medicalparasitology. W.B. Saunders Company, 8th ed, 1999.

9. Soave R. Cryptosporidiosis and isosporiasis in patients with AIDS. Infect DisClin North Am; 2: 485-93,1998.

10. Ooi WW, Zimmerman SK, Needham CA. Cyclospora species as a gastrointestinalpathogen in immunocompetent hosts. J Clin Microbiol; 33(5): 1267-9; 1995.

11. Sifuentes-Osornio J, Porras-Cortés G et al. Cyclospora cayetanensis InfectionInfection in Patientes with and Without AIDS: Biliary Disease as AnotherClinical Manifestation. Clin Infect Dis; 21: 1092-7, 1995.

12. Benator DA, French Al, Beaudet LM et al. Isospora belli infection associated withacalculous cholecystitis in patitents with AIDS. Ann Intern Med; 121: 663-4,1994.

13. Bryan RT, Weber R. Microsporidia. Emergin pathogens in immunodeficientpersons. Arch Pathol Lab Med; 117(12): 1243-5, 1993.

14. Croft SL, Willians J, McGowan. Intestinal Microsporidiosis. Sem.Gast. Dis; 8(1):45-55, 1997.

55

Page 57: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

15. Weber R, Brayan R et al. Human Microsporidial Infections. Clin Microbiol Rew;426-461, 1994.

16. Babb RR, Wegener S. Blastocystis hominis. A potential intestinal patthogen. West JMed, 151: 518-519, 1989.

17. Hellman D, Petri M, Whiting O. Fatal infections in systemic lupus erytematosus:the role of opportunistic organisms. Medicine; 66: 341-48, 1987.

18. Ritchlin C, Dobre J, Senie R et al. Opportunistic infections in patients withsystemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum; 32(suppl): S115(abst); 1989.

19. Sato E, Silva L, Andrade L et al. Incidência de infecções nos pacientes comnefrite lupica submetidos a pulsoterapia com metilprednisolona eciclofosfamida. Rev. Bras. Reum; 34(6): 303-08, 1994.

20. Botero JH, Castano A, Montoya MN et al. A prelimirary study of the prevalenceof intestinal parasites in immunocompromised patients with and withoutgastrointestinal manifestations. Rev. Inst. Med. Trop. S. Paulo, 45(4): 197-200,2003.

21. Keystone EC, Dinarello CA. Mechanism of Action of Tumor Necrosis FactorAntagonists. 32: 74, 1-2, 2005.

22. Len CA, Terreri MT, Hilário MO. Lúpus eritematoso sistêmico juvenil einfecção. Rev. Bras. Reum; 42(4): 218-222, 2002.

23. Cimerman S, Cimerman B, Lewi DS. Avaliação da relação entre parasitosesintestinais e fatores de risco para o HIV em pacientes com Aids. Rev. Soc. Bras.Med. Trop; 32(2): 181-185, 1999.

24. Smith PD. Diarréia infecciosa nos pacientes com Aids. ClínicasGastroenterológicas da América do Norte; 3: 369-384,1993.

25. Riviera HV. Complicaciones infecciosas de la terapia immunosupressora enpacientes con afecciones reumatológicas. Rev Méd. Maule; 17(1): 26-28, 1998.

26. Wolfson JS, Richter JM, Waldron MA et al. Cryptosporidioses inimmunocompetent patients. N Engl J Med; 312(20): 1278-82, 1985.

27. Heyworth MF. Parasitic diseases in immunocompromised hosts.Cryptosporidiosis, isosporiasis, and strongyloidiasis.Gastroenterol Clin NorthAm; 25(3): 691-707, 1996.

28. Karin ML, Fernando F, Firmino AF et al. Correlação entre condições desaneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado deSão Paulo. Rev. Soc. Bras. Med. Trop; 32 (5): 1-12, 1999.

56

Page 58: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

29. Wiwanitkit V. Intestinal parasitic infections in Thai HIV-infected patients withdifferent immunity status. BMC gastroenterol; 1(1): 3, 2001.

30. Miller RA, Minshew BH. Blastocystis hominis: an organism search of a disease.Rev. Infect Dis; 10: 930-938, 1988.

31. Sun T, Kate S, Tanerbaum B et al. Questionable clinical significance ofBlastocystis hominis infection. Am. J. Gastroenterology; 84: 1543- 1547, 1984.

32. Lee MG, Rawlins SC, Didier M et al. Infective arthritis due to Blastocystis hominis.Ann Rheum Dis; 49:192-193, 1990.

33. Kruger K, Kamilli I, Schattenkirchner M. Blastocystis hominis is a rarearthritogenic pathogen. A case report. Z Rheumatol; 53: 83-85, 1994.

57

Page 59: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

CONCLUSÕES

A análise dos dados neste estudo, permite as seguintes conclusões:

1. Houve uma baixa preocupação por parte dos profissionais da saúde com as

infecções oportunistas entéricas e as doenças reumatológicas no Hospital das

Clínicas e Hospital Geral de Goiânia.

2. Constatou-se nos pacientes com doenças reumatológicas em tratamento no

Hospital Geral de Goiânia, a ocorrência de parasitos oportunistas entéricos,

sendo Blastocystis hominis o mais freqüente, todavia sem manifestações entéricas.

58

Page 60: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

Partindo da premissa de que os agentes entéricos oportunistas vem

apresentando uma crescente importância na saúde pública, promovendo alterações

clínicas principalmente em imunodeprimidos, e entendendo que o desafio deve

estabelecer estratégias de controle, voltadas principalmente para os aspectos

epidemiológicos e para o diagnóstico clínico-laboratorial, recomenda-se:

1. Conscientizar os profissionais da área de saúde sobre as parasitosesintestinais oportunistas nos pacientes imunodeprimidos.

2. Em nosso meio recomenda-se ao Ministério da Saúde, a implantação, narotina dos laboratórios de saúde pública, a realização de exames paraidentificação desses patógenos, para se conhecer sua prevalência napopulação em geral.

3. Implantar e implementar programas preventivos que permitam evitar aexposição de pacientes a estes patógenos, previnindo desta maneira odesenvolvimento dessas enfermidades.

4. Aprofundar estudos para se ter um maior conhecimento acerca dosaspectos clínico-epidemiológico, diagnóstico e terapêuticos das doençasoportunistas entéricas em indivíduos com doenças rematológicas emtratamento.

59

Page 61: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXOS

60

Page 62: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO IPRODUÇÃO CIENTÍFICA DESENVOLVIDA DURANTE O

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

61

Page 63: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ARTIGOS CIENTÍFICOS SUBMETIDOS, PARA A PUBLICAÇÃO

1.A REUMATOLOGIA E SUAS INTERFACES COM AS INFECÇÕES:ASPECTOS HISTÓRICOS. Artigo submetido à Revista SociedadeBrasileira de Reumatologia.

2. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS REUMÁTICAS ESUA CORRELAÇÃO COM AS DOENÇAS INFECCIOSASOPORTUNISTAS. A ser submetido a Cadernos de Saúde Pública.

3. OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS NOS PACIENTES REUMATOLÓGICAS, EM HOSPITAIS DE

REFERÊNCIAS DE GOIÂNIA-GO, BRASIL: ESTUDORETROSPECTIVO (1998 A 2003). Artigo submetido à RevistaSociedade Brasileira de Reumatologia.

4.OCORRÊNCIA DE PARASITOSES OPORTUNISTAS ENTÉRICASNOS PACIENTES REUMATOLOGICOS, NO HOSPITAL GERAL DEGOIÂNIA-GO,BRASIL: ESTUDO PROSPECTIVO (2003 A 2005).Artigo a ser submetido à Revista Brasileira de Medicina Tropical.

62

Page 64: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

TRABALHOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS E/OU REUNIÕESCIENTÍFICAS

1. Pimenta, M; Moraes, LP; Garcia-Zapata, MTA. Perfil da Infecção Hospitalarde um Hospital Psiquiátrico no Centro Oeste Brasileiro, 1997 -2002.Trabalho apresentado na forma de pôster no XL CONGRESSO DASOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, março de 2004,Aracaju-SE.

2. Garcia-Zapata, MTA; Souza Junior, E; Ceccheto, FH; Manzi, RS; Pimenta, M; etal. Infecções intestinais por protozoários emergentes e oportunistas:Situação atual das coccídioses e microsporidioses intestinais no estado deGoiás-Brasil- 1999- 2003. Trabalho apresentado na forma de pôster XLCONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINATROPICAL, março de 2004, Aracaju-SE.

3. Garcia-Zapata, MTA; Pimenta, M; Portela, RMO; Souza Junior, E; Oliveira BO;et al. Ocorrência de infecções intestinais por protozoários oportunistasemergentes numa população de pacientes submetidos à terapiaimunodepressora, Goiânia-GO (dados preliminares). Trabalho apresentadona forma de pôster XL CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DEMEDICINA TROPICAL, março de 2004, Aracaju-SE.

4. Pimenta, M; Moraes, LP; Garcia-Zapata, MTA. Ocorrência de doença deinfecção hospitalar em doentes psiquiátricos. Trabalho apresentado naforma de pôster VII JORNADA CIENTÍFICA DA ASSOCIAÇÃO GOIANADE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, dezembrode 2004, Goiânia-GO.

5. Pimenta, M; Portela, RMO; Garcia-Zapata, MTA. Correlação clínica elaboratorial de agentes oportunistas entéricos em amostras procedentesde pacientes com doenças reumatológicas submetidos à terapia comimunodepressores. Trabalho apresentado na forma de pôster no XXXIXCONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINATROPICAL, março de 2003, Belém-PA.

6. Garcia-Zapata, MTA ;Pimenta, M; Portela, RMO; Souza Junior, E. Infecçõespor protozoários oportunistas em pacientes submetidos à terapiaimunodepressora: Proposta de avaliação racional no Hospital Geral deGoiânia-GO. Trabalho apresentado na forma de pôster no CONGRESSOBRASILEIRO DE INFECTOLÓGIA, agosto de 2003, Goiânia-GO.

7. Portela, RMO; Garcia-Zapata, MTA ;Pimenta, M. Correlação clínica elaboratorial de agentes oportunistas entéricos em amostras comimunodepressores. XXXIX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRADE MEDICINA TROPICAL.Revista da Sociedade Brasileira de MedicinaTropical Goiânia-GO, vol.36 (Suplemento I), pág.249; 2003.

63

Page 65: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

8. Garcia-Zapata, MTA ;Pimenta, M; Portela, RMO; Souza Junior, E. Infecçõespor protozoários em pacientes oportunistas em pacientes submetidos àterapia imunodepressora: Proposta de avaliação racional no HospitalGeral de Goiânia, Goiânia - GO. B.J.I.D. vol.07, (Suplemento I), pág. S81;2003.

9. Portela, RMO; Garcia-Zapata, MTA ;Pimenta, M. Intercorrências infecciosasem pacientes submetidos à terapia imunossupressora numa enfermariade reumatológia. Revista Brasileira de Rematológia, vol. 43, (Suplemento I)pág. S36; 2003.

10. Pimenta, M; Morais, LP; Garcia-Zapata, MTA. Perfil da infecção hospitalarde um Hospital Psiquiátrico no Centro-Oeste Brasileiro, 1997- 2002.Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol. 37, (Suplemento I),pág. 373; 2004.

11. Garcia-Zapata, MTA.; Souza Junior, E.; Cecchetto F.; Faria, LM.; Pimenta, M.;Nieto, LR; Barros, David AC.Infecções Intestinais por protozoáriosemergentes e oportunistas: Situação atual das coccídioses emicroscoporidioses intestinais no estado de Goiás, Brasil, 1999-2003.Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol. 37, (Suplemento I),pág. 430; 2004.

12. Garcia-Zapata, MTA ;Pimenta, M; Portela, RMO; Souza Junior, E.;Oliveira,GB; Oliveira, FB. Ocorrência de infecções intestinais por protozoáriosoportunistas emergentes numa população de pacientes submetidos àterapia imunodepressora, Goiânia-GO (Dados preliminares). Revista daSociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol. 37, (Suplemento I), pág. 370;2004.

64

Page 66: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO IIASPECTO ÉTICOS

65

Page 67: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ministério de Educação e Cultura Universidade Federal de Goiás (UFG)Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

PROJETO DE PESQUISA: Estudo Clínico-Epidemiológico e laboratorial das infecções poragentes entéricos oportunistas.

Plano de Pesquisa: Estudos dos protozoários oportunistas entéricos nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidas a terapias imunossupressoras, Goiânia, Go, Brasil.

TERMO DE CONSENTIMENTO

Nome do paciente:____________________________________________________ Prontuário: _____________________Endereço: ______________________________________________Bairro:__________Cidade: ______________________ UF__________________

_____/_____/_____

Eu (próprio paciente ou seu representante legal),____________________________, abaixo assinado (a) declaro ter sido esclarecido (a) sobre oprojeto de pesquisa supracitado a ter entendido apropriadamente as explicações que me foramdadas pelo Dr. Marcelo Pimenta, médico reumatologista do Hospital Geral de Goiânia,componente da equipe clínica desse projeto, concordo em ser submetido aos estudos laboratoriais,que forem considerados necessários para o meu diagnóstico e tratamento adequado.

Declaro ainda, ter conhecimento dos riscos e desconfortospróprios da natureza destes procedimentos, como do pleno direito que tenho assegurado de emqualquer momento desistir da continuidade do projeto de pesquisa supra, assim com que osbenefícios requeridos para meu tratamento e bem-estar prosseguirão.

Para afirmar que é verdade assino a continuação,

Nome: RG:______________________________

Testemunha:RG:End.:________________________________

66

Page 68: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ministério de Educação e Cultura Universidade Federal de Goiás (UFG)Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

PROJETO DE PESQUISA: Estudo Clínico-Epidemiológico e laboratorial das infecções poragentes entéricos oportunistas.

Plano de Pesquisa: Estudos dos protozoários oportunistas entéricos nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidas a terapias imunossupressoras, Goiânia, Go, Brasil.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

Introdução: Você está sendo convidado (a) a participar de um estudo clínico onde será analisado ocomportamento das infecções nas doenças reumáticas. Antes de decidir se aceita ou não participardeste estudo, pedimos que você leia atentamente as informações contidas neste documento e nãohesite em esclarecer com o médico quaisquer dúvidas que você tenha. Após ter lido ecompreendido o objetivo e procedimentos do estudo, será solicitado (a) a você assinar a últimapágina deste termo, caso aceite participar.

Informações e objetivo do estudo: As doenças reumáticas são muito freqüentes em nosso meio.Em seu tratamento usamos medicamentos que podem reduzir a defesa imunológica do indivíduo,tornando susceptível a infecções oportunistas, que podem acometer qualquer sistema. Objetivo doestudo é avaliar as infecções oportunistas, principalmente as relacionadas ao sistema digestivo, nospacientes em tratamento de doenças reumáticas.

Procedimento do estudo: Você irá realizar 05 consultas com o médico, Dr. (a) Marcelo Pimenta,durante 04 meses. Em sua primeira consulta você questionado (a) sobre a sua história médica,como por exemplo, quaisquer doenças que tenham ocorrido no passado, sendo tambémquestionado (a) sobre os medicamentos que você está acostumado (a) a utilizar. Será coletadomaterial para exame de sangue, urina e fezes durante o estudo. Nas consultas seguintes você seráindagado (a) sobre sua doença, uso de medicamentos e a presença ou não de infecções e coletadoos exames.

Riscos e benefícios: Você não correrá riscos nenhum para a sua saúde, uma vez que o estudo iráanalisar a presença ou não de infecções durante o tratamento reumatológico. O maior benefício éque você contribuirá nas investigações destas infecções no decorrer do tratamento comimunodepressores.

Participação voluntária e desistência: Sua participação é totalmente voluntária. Você pode serecusara participar ou mesmo interromper o estudo a qualquer momento, sem que isto afete seuscuidados médicos. Porém, se você desistir do estudo a qualquer momento, para sua própriasegurança você deverá avisar o médico poderá também retira-lo (a) do estudo, caso entenda queserá melhor para você.

Confidencialidade: Sua participação neste estudo será sempre confidencial. Seu prontuário médicoserá verificado confidencialmente e somente por profissionais médicos da pesquisa ou do comitêde Ética (CEP). Você não terá seu nome divulgado em nenhuma publicação sobre o estudo. Aoassinar este termo você permite que seu prontuário médico seja consultado.

Custos da participação: Você não terá nenhum custo pela participação neste estudo. As consultasmédicas não serão cobradas. Os medicamentos usados serão por custo do paciente.

____________________________

67

Page 69: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO IIIFICHAS DE AVALIAÇÃO

68

Page 70: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ficha de seleção

Ministério de Educação e CulturaUniversidade Federal de Goiás (UFG)Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

PROJETO DE PESQUISA: Estudo Clínico-Epidemiológico e laboratorial das infecções por

agentes entéricos oportunistas.

Plano de Pesquisa: Estudos dos protozoários oportunistas entéricos nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidas a terapias imunossupressoras, Goiânia, Go, Brasil.

Nº ficha____1- Identificação:

Nome_____________________________________________________Data de nascimento: ______________ Sexo: F M

Cor: B P N outros ___________ Tel:_______________

Data da Consulta: __________________

2- Termo de consentimento obtido: S N Data da Consulta: _______________

3- História médica geral:4-

Sim Não Desconhecido Sistema Cabeça, olhos, nariz, garganta____________________ ___________________________________________ Cardiovascular________________________________ ___________________________________________ Vascular periférico____________________________ ___________________________________________ Gastrointestinal_______________________________ ___________________________________________ Heparto biliar________________________________ ___________________________________________ Renal_______________________________________ ___________________________________________ Genitourinário________________________________ ___________________________________________ Endrócrino-metabólico_________________________ ___________________________________________ Linfático-hematológico_________________________ ___________________________________________ Músculo esquelético___________________________ ___________________________________________ Dermatológico________________________________ ___________________________________________ Neurológico__________________________________ ___________________________________________ Psiquiátrico__________________________________ ___________________________________________ Imunológico_________________________________ ___________________________________________

69

Page 71: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

5- Antecedentes/Hábitos: Sim Não Uso de álcool_________________________________ Uso de tabaco________________________________ Abuso de drogas______________________________ Esplenectomizados (a) ou cirurgias prévias_________ ___________________________________________ Tratamento de câncer _________________________ ___________________________________________

Desnutrição__________________________________ Transplante__________________________________ Diabetes tipo 1_______________________________ Diabetes tipo 2_______________________________ Gestações___________________________________ Abortos_____________________________________ Doenças reumáticas na família___________________

___________________________________________

5- Medicações prévias e concomitantes:

Medicação Dose diária Data de início Data de suspensão 1) ____________________________________________________________________ 2) ____________________________________________________________________ 3) ____________________________________________________________________ 4) ____________________________________________________________________ 5) ____________________________________________________________________ 6) ____________________________________________________________________ 7) ____________________________________________________________________ 8) ____________________________________________________________________ 9) ____________________________________________________________________ 10) ___________________________________________________________________

6- Sinais vitais: Pressão arterial (sentado) =_____/_____(mmHg) Temperatura =____(ºC) Freq. Cardíaca = ______(bpm) Peso = ______(Kg) Altura = _____(cm)

7- Exame físico: Normal Anormal Não feito Aparência Geral_____________________________

Cabeça, olhos, nariz e garganta___________________ ___________________________________________ Pescoço_____________________________________ Cardiovascular________________________________ Pulmão______________________________________ Abdômen____________________________________ Nódulos linfáticos_____________________________ Genito urinário_______________________________ Extremidades_________________________________ Neurológico__________________________________ Pele________________________________________ Músculo esquelético___________________________ Outros (especificar)____________________________

___________________________________________

70

Page 72: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

8- Diagnósticos:

• Principal: ___________________________________________________________• Concomitantes: ______________________________________________________

71

Page 73: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Ficha de consulta 1 2 3

Ministério de Educação e CulturaUniversidade Federal de Goiás (UFG)Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

PROJETO DE PESQUISA: Estudo Clínico-Epidemiológico e laboratorial das infecções poragentes entéricos oportunistas.

Plano de Pesquisa: Estudos dos protozoários oportunistas entéricos nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidas a terapias imunossupressoras, Goiânia, Go, Brasil.

Data :_________Nº ficha____Nome_________________________________________________________________

1-História médica geral:Sim Não Desconhecido Sistema Cabeça, olhos, nariz, garganta____________________ ___________________________________________ Cardiovascular________________________________ ___________________________________________ Vascular periférico____________________________ ___________________________________________ Gastrointestinal_______________________________ ___________________________________________ Heparto biliar________________________________ ___________________________________________ Renal_______________________________________ ___________________________________________ Genitourinário________________________________ ___________________________________________ Endrócrino-metabólico_________________________ ___________________________________________ Linfático-hematológico_________________________ ___________________________________________ Músculo esquelético___________________________ ___________________________________________ Dermatológico________________________________ ___________________________________________ Neurológico__________________________________ ___________________________________________ Psiquiátrico__________________________________ ___________________________________________ Imonológico_________________________________ ___________________________________________

2- Sinais vitais:

Pressão arterial (sentado) =_____/_____(mmHg) Temperatura =____(ºC) Freq. Cardíaca = ______(bpm) Peso = ______(Kg) Altura = _____(cm)

72

Page 74: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

3- Exame físico: Normal Anormal Não feito Aparência Geral_____________________________

Cabeça, olhos, nariz e garganta___________________ ___________________________________________ Pescoço_____________________________________ Cardiovascular________________________________ Pulmão______________________________________ Abdômen____________________________________ Nódulos linfáticos_____________________________ Genito urinário_______________________________ Extremidades_________________________________ Neurológico__________________________________ Pele________________________________________ Músculo esquelético___________________________ Outros (especificar)____________________________

___________________________________________

4- Medicações prévias e concomitantes:

Medicação Dose diária Data de início Data de suspensão 1) ____________________________________________________________________ 2) ____________________________________________________________________ 3) ____________________________________________________________________ 4) ____________________________________________________________________ 5) ____________________________________________________________________ 6) ____________________________________________________________________ 7) ____________________________________________________________________ 8) ____________________________________________________________________ 9) ____________________________________________________________________ 10) ___________________________________________________________________

5- Quadro diarréico: S N

73

Page 75: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Resultados de exames

Ministério de Educação e CulturaUniversidade Federal de Goiás (UFG)Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP)

PROJETO DE PESQUISA: Estudo Clínico-Epidemiológico e laboratorial das infecções poragentes entéricos oportunistas.

Plano de Pesquisa: Estudos dos protozoários oportunistas entéricos nos pacientes comdoenças reumatológicas submetidas a terapias imunossupressoras, Goiânia, Go, Brasil.

Data :_________Nº ficha____Nome_________________________________________________________________

1- Exames laboratoriais:

Screening Acomp. 1 Acomp. 2 Acomp. 3 ExtraData

1. HemogramaHmHt

VCMCHCM

LeucócitosBt/S/E/Bs/L/M

Plaquetas2. VHS3. Perfil lipídico

TotaisColesterol total

TriglicéridesHDLLDL

4. ProteinogramaProteínas totais

AlbuminaGlobulina

5. Elet. ProteínasTotais

Relação A/GAlbumina

Globulinas ∝1

Globulinas ∝2

Globulinas βGlobulinas δ

6. Uréia7. Creatinina8. TGO9. TGP10. TAP com RNI11. Ácido úrico12. Gama GT13. TSH14. T3/T415. Glicemia Jejum

74

Page 76: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Pós-prandial16. EAS17. Proteinúria 24h18. Dep.Creatinina19. Urocultura20. Fator reum.21. FAN22. Anti-Ro23. Anti-La24. Anti-Sm25. Anti-RNP26. Anti-DNA27. VDRL28. Vírus B29. Vírus C

2. Exames radiológicos/ endoscopia (data, motivo, resultado): ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

3. Exames parasitológicos de fezes:

Método Resultado Tratamento Screening ___________________________________________________________

Acomp. 1 ___________________________________________________________Acomp. 2 ___________________________________________________________Acomp. 3 ___________________________________________________________Extra ___________________________________________________________

4. Quadros diarréicos:Screening Acomp. 1 Acomp. 2 Acomp.3 Extra

SimSimData ________ _________ _________ ________ _______

75

Page 77: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSINSTITUTO DE PATOLOGIA

TROPICAL & SAÚDE PÚBLICA

Questionário de condições sanitárias e de higiene

_____________________________________________________________ Estudo Clínico-Epidemiológico & Laboratorial Das Infecções Por Agentes Entéricos Oportunistas.

Condições sanitárias de higiene1- Tipo de morada 1.a) ( ) urbana ( ) semi-urbana ( ) casa ( ) apartamento ( ) chácara/sítio

1.b) ( ) rural ( ) semi- rural ( ) chácara/sítio ( ) Fazenda

2- Tipo de piso da casa e tipo do solo:( ) cerâmica ( ) madeira ( ) pedra

( ) cimento ( ) grama ( ) terra

3- Presença de animais no domicílio: ( ) não ( ) contato com animais de vizinho ( ) Sim

Qual(is)/nº_________________________________________

Algum apresentou diarréia? ( ) sim ( ) não

Qual(is)?__________________________________________

Há quanto tempo?___________________________________

4- Abastecimento de água 4.a) Origem da água ( ) cisterna/poço ( ) SANEAGO ( ) Mineral ( ) córrego/lago/rio

4.b) Tratamento realizado antes do consumo: ( ) nenhum ( ) filtro c/ vela ( ) filtro ozônio ( ) cloro(pastilha) ( ) cerâmica ( ) filtro de carvão ativado ( ) pedra ( ) fervura

4.c)Sistema de esgoto: ( ) SANEAGO ( ) fossa ( ) privada ( ) lançado a céu aberto ( ) lançado em rio, córrego, etc. ( ) outros ________________________________________

4.d) Lixo: ( ) recolhido pela prefeitura ( ) enterrado ( ) queimado ( ) lançado em terreno baldio ( ) outros _________________________________________5- Hábitos alimentares: 5.a) Tratamento dado às frutas e verduras antes do consumo: ( ) não lava ( ) lava:

( ) c/ água ( ) c/ água e sabão

( ) c/ água sanitária( ) c/ vinagre

( ) cozimento/fervura ( ) Outros:________________________________________

76

Page 78: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

5.b) Tipo de leite consumido: ( ) nenhum ( ) pasteurizado ( ) in natura

5.c)Tratamento dado ao leite antes do consumo:

( ) nenhum ( ) pasteurizado ( )refrigeração/congelamento

5.d) Tipo de carne consumida: ( ) nenhum ( ) bovina ( ) suína ( ) aves ( ) outra: _________________________________________

5.e) Tratamento da carne: ( ) cozida ( ) frita ( ) grelhada ( ) assada ( ) congelada ( ) resfriada ( ) outro: __________________________________________

6- Origem dos alimentos consumidos (não industrializados): 6.a) Frutas e verduras: ( ) feira ( ) supermercado ( ) verdurão ( ) produção própria (horta) ( ) outra: __________________________________________

6.b) Leite: ( ) supermercado/padaria ( )”leiteiro” ( ) Fonte própria_____________

6.c) Carne: ( ) feira ( ) supermercado ( ) açougue ( )criação própria ( ) outra: __________________________________________

7- Lavagem das mãos: 7.a) Antes de alimentar-se: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

7.b) Antes do preparo dos alimentos: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

7.c) Após o uso do banheiro: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

7.d) Após o contato com animais: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca 7.e) Após troca de fraldas e/ou contato com doentes: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

77

Page 79: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO IVNORMAS DE PUBLICAÇÃO

78

Page 80: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

a)Revista da Sociedade Brasileira de Reumatologia

INSTRUÇÕES PARA AUTORES

A Revista de reumatologia, órgão oficial da Sociedade Brasileira de

Reumatologia, foi fundada em 1957 e é publicada bimestral. A revista publica artigos

originais, artigos de revisão, discussão de caso clínico, imagens, comunicações breves,

relatos de casos e cartas ao Editor. Trabalhos, notas, notícias, etc. devem ser enviados

à Secretaria Editorial – Revista Brasileira de Reumatologia – Av. Brigadeiro Luiz

Antônio, 2.466 – conj. 93 01402-000 – São Paulo – SP – Brasil. Tel./Fax: (11) 289 – E-

mail: [email protected]

Apresentação dos originais

Os originais devem ser concisos, em espaço dois com margens de cerca de

2,5cm. Devem ser enviados um original e duas cópias e disquete com texto produzido

em computadores IBM ou compatíveis. No texto não devem ser empregadas

abreviações não convencionais, gírias médicas ou redação de tipo telegráfico. A citação

de drogas e produtos farmacêuticos deve ser feita utilizando-se apenas a nomeclatura

farmacológica, sem referência ao nome comercial. Abreviações adequadas precisam ser

definidas quando citadas pela primeira vez.

Os originais devem conter: página de título, página de resumo, introdução,

material/pacientes e métodos, resultados e discussão, agradecimentos e referências.

A página de título deverá conter o título do artigo, os nomes completos dos

autores, nomes do departamento e instituição de onde se originou o trabalho e nome e

endereço do autor responsável, para correspondência.

A página de resumo deverá conter um sumário em português e inglês com os

seguintes itens: objetivo, métodos, resultados e conclusões, não excedendo 250

79

Page 81: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

palavras. Devem ser incluídas de três a cinco linhas – cerca de 100 caracteres

descrevendo a relevância do trabalho para a reumtologista.

Tabelas e ilustrações. Cada tabela deverá ser apresentada em folha individual com

cabeçalho. As legendas das ilustrações deverão ser agrupadas(s) separadas das

ilustrações deverão ser agrupadas em folha(s) separada(s). As ilustrações deverão ser

rotuladas no seu verso, com o nome do primeiro autor e numeradas em ordem que

aparecerão no texto. Se for o caso, poderão ser publicadas fotografias coloridas, mas o

autor deverá encarregar-se das despesas a elas atribuídas.

Referências. Deverão ocupar o fim do trabalho, de acordo com a ordem de citação

no texto. Neste, elas constarão em números arábicos entre parênteses (1), (2).

As abreviações dos títulos das revistas médicas deverão seguir as recomendações

da ultima edição do Index Medicus. Citar todos os autores em trabalhos com até seis

autores; acima disto, citar os três primeiros autores seguidos da expressão et al.

Exemplos de citação e referências:

Artigos de revistas1. Jamra H, Vasconcellos E, Cílio DM: Mielose aplástica. Estudos de 25 casos.

Resultado da esplenectomia em 15. Ver. Assoc. Méd. Brasil 1: 35-40, 1954.

Capítulo de livro2. Couto M,: Lições de Clínica Médicas, 2ª. Ed, Rio de Janeiro, Editora Jacintho

Ribeiro dos Santos, 1916.

Caso clínico. Apenas o relato de caso e exames necessários ao diagnóstico, sem

referências. Devem ser concisos, datilografados em espaço dois, original e uma cópia,

com disquete. Sujeitos à aprovação do corpo editorial.

Imagem. Fotografia de evento reumatologico interessante acompanhada de texto.

A imagem e texto não devem exceder uma página. Fotografia de preferência horizontal

com texto em espaço duplo com cerca de meia página (10-11 linhas no máximo).

80

Page 82: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

b)Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

NORMAS DE PUBLICAÇÕES A Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical destina-se à publicação

de trabalhos científicos relacionados às doenças tropicais.

A Revista tem periodicidade bimestral e aceitará trabalhos de pesquisadores

brasileiros ou estrangeiros desde que obedeçam às normas e que sejam aprovados

pelos relatores indicados pelos Editores.

1. Além de artigos, a revista publica comunicamos, artigos de opinião, notas

previas, relatórios técnicos, relatos de casos,cartas ao editor,fatos históricos,

resenhas bibliográficas e editoriais. Artigos de revisão e editoriais serão

publicados por solicitação do Corpo Editorial.

2. Os trabalhos devem ser originais e inéditos, digitados em espaço duplo,

deixando margem de 3cm à esquerda e remetidos em quatro vias, sendo uma a

original . Após revisão, pede-se que os trabalhos sejam enviados em disquetes,

devidamente acompanhados de uma copia impressa da versão revisada.

3. Normas para enviar trabalhos, após revisão, em meio eletrônico; obedecer aos

seguintes requisitos:

a) Podem ser utilizados disquetes MS-DOS compatíveis no formato 3½”.

Disquetes de Macintosh no formato 3½ “ também serão aceitos. Elimine dos

disquetes todos os arquivos não pertinentes ao artigo enviado. Escreva na

etiqueta do disquete: titulo do artigo, editor de texto utilizado e nomes dos

arquivos acessórios (folhas de estilo, gráficos, tabelas etc...);

b) Envie artigos compatíveis com os seguintes processadores de texto: Word para

Windows (versão 7.0 ou anterior), Word para Mac (versão 6.0 ou anterior),

81

Page 83: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

outros formatos podem ser aceitos mediante consulta previa. Nunca envie

artigos em formato ASCII (só texto/ ‘‘text only’’)

c) Ao redigir o texto, o comando de retorno de retorno de linha (‘’Enter’’)

deve ser utilizado exclusivamente no final dos parágrafos. Não adicione

espaços extras ou “tabs” ao texto para obter recuo da primeira linha ou

centralização de títulos na página. Tampouco retornos(“enters”) adicionais

para espaçar os parágrafos. Para obter estes efeitos, utiliza apenas os

comandos de formatação de parágrafo, disponíveis em todos os editores

de texto acima;

d) podem ser incluídas tabelas, desde que montadas no próprio editor de texto.

Observações e notas de rodapé devem ser, preferencialmente, colocadas após o

final do artigo, devidamente numeradas e referenciadas;

e) Ilustrações, tabelas e gráficos produzidos em outros programas e “importados”

para inclusão no texto devem ser enviados em arquivos anexos, em formatos

universais de fácil compatibilidade (TIFF, BMP, PICT, GIF etc.). Evite

formatos não padronizados (EPS, WMF etc.) e arquivos que só podem ser

abertos por programas específicos. De qualquer forma, envie sempre uma cópia

bem impressa, tabela ou ilustração para eventual reprodução.

1. Os trabalhos devem ser redigidos em português ou em inglês. A linguagem

deve ser clara e precisa, e o texto conciso normalmente não ultrapassando 12

páginas digitais para “Artigos” e 6 para “Comunicações”.

2. A seguinte seqüência deve ser observada:

a) Título original e traduzido e nome dos autores em letras maiúsculas. No rodapé,

Instituição onde foi realizado o trabalho e afiliação de cada autor,

impreterivelmente; órgão financiador e o endereço completo para

correspondência, inclusive telefone, fax e e-mail;

82

Page 84: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

b) Resumo: máximo de 150 palavras para os artigos e 50 para as comunicações e

relato de casos. Deve ser informativo e não indicativos, apresentando o objetivo

do trabalho, como foi realizado, os resultados alcançados e a conclusão. Não

usar abreviaturas ou citações bibliográficas. Citar 4 ou 5 palavras-Chaves, que

expressem com precisão o conteúdo do trabalho;

c) Abstract; inserido logo após o resumo, deve ser a tradução fiel do mesmo,

seguido pelas Key-Words.

d) Introdução: clara, objetiva, contendo informações que justifiquem o trabalho,

restringindo as citações ao necessário;

e) Material e métodos: descrição concisa, sem omitir o essencial para compreensão

e reprodução do trabalho. Métodos e técnicas já estabelecidas devem ser

referidos por citação;

f) Resultados: sempre que necessários devem ser acompanhados por tabelas,

figuras ou outras ilustrações, auto-explicativas. O conteúdo deve ser submetidos

à análise estatística. O conteúdo deve ser informativo, não interpretativo;

g) Discussão: limitar aos resultados obtidos e conter somente as referências

necessárias. O conteúdo deve ser interpretativo e s hipóteses e especulações

formuladas com base nos achados;

h) Agradecimentos: limitados ao indispensável;

i) Referências bibliográficas: digitadas em minúsculas, sem ponto entre as

abreviaturas, em espaço duplo, numeradas e ordenadas.

83

Page 85: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO VPRANCHAS COLORIDAS DOS COCCÍDIOS,

MICROSPORÍDIOS INTESTINAIS E BLASTOCYSTISHOMINIS

84

Page 86: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Isospora belli

Oocisto de Isospora belli

Esporo Nosema

Esporo Nosema

85

Page 87: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Esporos de microsporídios

Esporos de microsporídios

Esporos Encephalitozoon

Esporos Encephalitozoon

86

Page 88: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Esporos microsporídios

Esporosmicrosporidios( A-urina, B-líqüido céfaloraquidiano)

Cryptosporidium parvum

Infecção peloCryptosporidium parvumvesicula biliar (a-nãoinfectada, b-infectada

87

Page 89: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Oocisto de Cyclospora

Oocisto de Cyclospora

BLASTOCYSTIS HOMINIS

Cisto de Blastocystis hominis coradospelo Giemsa. Caso diagnosticado emGoiás (aumento 1000x).

88

Page 90: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Cisto de Blastocystis hominis coradospela coloração temporária de azul-de-

metileno de nair. Caso diagnosticado emGoiás. (aumento 1000x).

Blastocystis hominis formavacuolar

89

Page 91: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO VIGLOSSÁRIO

90

Page 92: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Glossário:

• Agente infeccioso: todo corpúsculo ou organismo, microscópio ouidentificável a vista desarmada, capaz de determinar infecção.

• Antropozoonoses: doenças transmissíveis próprias de animais, queacometem acidentalmente o homem.

• Diarréia:caracteriza-se por aumento de teor de água eliminada emconjunto com o bolo fecal, com alterações nas características doritmo intestinal, no aspecto e consistência.

• Doenças emergentes: são aqueles que não tinham significado nopassado e em determinado momento surgem como novas, poissão causadas por agentes etiológicos desconhecidos.

• Doenças oportunistas: são doenças que se desenvolvem emdecorrência de uma alteração imunitária.

• Doenças re-emergentes: são doenças que aparecem após umperíodo de controle.

• Infecção oportunista: é que se instala em indivíduos com defeitosem mecanismos de defesa antiinfecciosa, resultantes dealterações da imunidade específica ou inespecífica.

• Parasito(a): constitui termo sinônimo de agente infeccioso,aplicando-se exclusivamente aos seres vivos do reino animal.

91

Page 93: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

ANEXO VIICLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS

92

Page 94: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Protozoários:Filo apicomplexa REINO Protista

SUB-REINO ProtozoaFILOS SUBFILOS ORDENS FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES

Eucoccidiida Eime ria E.tenella,E.perf o ra n s, E.bru n e tt

Eim er iida e Is ospor a I.belli , I.natalen s is

Cy cl os p o ra C.cayet anensis

CLASSESporozoa

Apicomplexa(“c o m p le xoap ical ”)

Sarc oc ys tia daeSarcocys tis S.h om in is,

S.sui h o m inis

SUBCLASSE Tox oplas m a T. go n di iCoccidia

Cry p tos p o rid id ae Cry pt os p o rid iu m C. parv u mP.falcip ar um ,P v iv ax,

Plas m o di ida e Plas m o d im P.mala rie ;P .ovale

PiroplasmidaBa b esiae Bab es ia B. mic ro ti,

B bov is, B.dive rge n s

93

Page 95: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Protozoários: Filo- Microspora REINO Protista

SUB-REINO ProtozoaFILOS SUBFILOS ORDENS FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES

Enterocytozoonida Enterocytozoon E. bieneusie

Glugeidae Encephalitozoon E.cuniculi,E.intestinalis,E. hellen

- MicrosporidaMicrospora Nesematidae Nosema N. conori, N.

ocularum(esporos) - Vitaforma V. corneae

Pleistophoridae Pleistophora Pleistophorasp

- Brachiola B.vesicularum,B. conori

- Microsporidium M.ceylonensis,M.africanum

- Trachipleistophora T. hominis,T. anthropo-pophthera

94

Page 96: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Protozoários:Filo-Sarcomastigophora REINO Protista

SUB-REINO ProtozoaFILOS SUBFILOS ORDENS FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES

T. cruz i, T r ang e li, Tryp anos o m a T gam b iens e, T.

Kinetoplastida Tr y pa n os o m a- rho d esi e n s etid ae

Lei shm an ia L. brasi li e ns es , L. Mastigopho chan gas iphora Diplonadida

ReHe xam iti d ae Giárdia G. lamb lia

(flagelos) tortamonadida - Ch ilo mast ix C. mes n il i

Tr ic ho m on as T. v ag in al is, T. t e n asTr ic ho ma nad id ae Tr itri cho mo na

sT. f oetus

Trichomonadi- Pe ntatricham o-

P. ho m in is

Sarcomas- da nastigophora Die n tam o eba D. fr agi lis

End am on ad ida e Ent amo eba E. hist o ly ti ca, E. dísp ar , E gi n g ivalis

Amoebida E. hart ma nn i, E.co-li

Sarcodina Ac ant ha mo eb id ae Ac ant ha mo eba A. culber tso n i(pseudópodes) Blast ocist id ae Bl asto cystis B. ho m ini s

Leptomixida - Balam u thia B. ma n dr il lar is

Schizopyrenida Sc h izo p y re n idade Negl e ria N. fowler i

95

Page 97: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Page 98: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTOS UNIVERSIDADE …livros01.livrosgratis.com.br/cp002191.pdf · ESPECIAL ÊNFASE NOS PROTOZOÁRIOS, GOIÂNIA-GO, BRASIL. Orientador: Prof°. Dr°.

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo