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Victor Barros

Mtodo de Gaita de boca

Victor Barros(Diatnica e cromtica)

Mtodo de Gaita de boca Victor Barros -

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ndice - bloco I 1.1. A gaita de boca ou Harmnica......................................................7 1.2.O baco e como segurar seu instrumento e embocadura.............9 1.3 Princpios da musica......................................................................11 1.4 Posies da gaita...........................................................................11 2.1. a escala natural ou diatnica.........................................................10 2.2. execuo da escala natural na gaita.............................................15 2.3. sinais de alterao.......................................................................19 3.1. escala cromtica..........................................................................21 3.2. a escala cromtica e as gaitas.....................................................21 3.3. Enarmonia....................................................................................23 3.4. A escala cromtica em graus.......................................................27 4.1. A gaita de dez buracos ou diatnica............................................29 4.2. Registro geral da gaita diatnica................................................. 29 4.3. figuras de durao........................................................................31 4.4. Compasso.....................................................................................33 5.1. andamento....................................................................................37 5.2. estudo da gaita com auxilio do metrnomo..................................37 5.3. Dinmica e timbre.........................................................................39 5.4. msicas Tema da 9 sinfonia de Beethoven (transposta para um d...........41 6.1. Escalas..........................................................................................43 6.2. As diversas escalas e a gaita........................................................43 6.3. Escala maior ou jnio....................................................................45 6.4. Musica...........................................................................................47 7.1. Tonalidade.....................................................................................49 7.2. Escala chinesa...............................................................................51 7.3. escalas brasileiras.........................................................................51 7.4. Musica Xiao bai cai.....................................................................53 8.1. escala menor natural ou elio........................................................55 8.2. dicas para evoluir rapidamente......................................................55 8.3. sinais grficos.................................................................................57 8.4.msica caador de mim................................................................59 9.1. curiosidades (breve histrico sobre as gaitas)................................61 9.2. intervalos.........................................................................................61 9.3 msica noite feliz...........................................................................65

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10.1. acordes.........................................................................................67 10.2. acordes na gaita...........................................................................71 10.3. Arpejo...........................................................................................75 10.4. msica berceuse........................................................................75 11.1. graus da escala maior..................................................................77 11.2. Campo harmnico do modo maior...............................................77 11.3. Efeito vibrato na gaita...................................................................81 11.4. msica Dona Nobis Pacem parte 1...........................................81 12.1. cadncias harmnicas.................................................................83 12.2. Modos litrgicos ou eclesisticos................................................85 12.3. Execuo dos sete modos na gaita.............................................91 12.4. msicaDona nobis pacem parte 2.............................................93 13.1. Forma...........................................................................................95 13.2. staccato........................................................................................95 13.3. execuo do staccato na gaita.....................................................97 13.4. msica Dona Nobis Pacem parte 3.......................................... 99 14.1. compasso composto..................................................................101 14.2. Bending......................................................................................107 14.3. Msicas cromticas....................................................................107 14.4. Musica tears in heaven...........................................................109 15.1. contratempo, o acento deslocado...............................................111 15.2. transposio................................................................................113 15.3. inverso de intervalos..................................................................117 15.4 Msica: How great thou art...........................................................121 16.1. Inverso de acordes....................................................................123 16.2. Sinais de repetio.......................................................................123 16.3. Msica: Mais perto.......................................................................127 Caderno de exerccios.................................................................130 - 145

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Lio 1. 1.1 A gaita de boca ou Harmnica A Gaita ou Hamnica foi desenvolvida em 1857 em Trossinger. Um Bomio chamado Richter desenvolveu o modelo, como se fosse um mini rgo, s que fazemos tudo com a boca, no rgo bombeamos o ar com o p, definimos quais palhetas sero sopradas com os dedos, na gaita sopramos direto nas palhetas. Matthias Hohner com a esposa e filhos comeou a fabricar os primeiros modelos, que logo foram aceitas pelo corpo de fuzileiros navais alemes. Chegando a Amrica logo se adaptou ao canto dos escravos recm libertos. Contendo uma grande variao de afinaes as gaitas diatnicas como so chamadas podem tocar vrios estilos de msicas. Abaixo algumas afinaes especiais para gaitas de dez buracos. As gaitas com essas afinaes que saem do padro Richter, fugindo ao que chamamos de escalas diatnicas passando a ser escalas modais alteradas So: (todas estas gaitas saem de fbrica j com estes tons que fogem ao padro diatnico). Afinao country ou Jazz (pela marca Huang) A diferena esta no quinto orifcio aspirado aumentado em meio tom, isso porque algumas msicas ficam mais bem harmonizadas com a stima maior e no a Stima da dominante. Afinao Melody maker A afinao M. Maker vai mais frente que o country reafinando trs palhetas. Alm de aumentar em meio tom o orifcio cinco aspirado, criando assim a stima maior, mexe tambm no terceiro orifcio soprado aumentando em um tom, de sol passa a ser L e mexe tambm no nono buraco nove aspirado, esta a oitava do quinto buraco. Afinao Harmonic minor - Esta tem a escala menor harmnica nos orifcios quatro ao sete. Cinco palhetas so alteradas os buracos dois, cinco, oito em meio tom reduzidas, no caso da gaita de D ou C teramos um Mi bemol ou Eb soprando, e os orifcios seis e dez tambm abaixadas em meio tom no caso da gaita de D ou C trocaremos o L ou A pelo L bemol ou Ab. Todas estas afinaes por mais que facilitem no chegam nem aos ps do velho e bom padro Richter. Existem tambm gaitas diatnicas de Doze e Quatorze orifcios estas tem afinaes especiais, a Steve Baker Special, A Hohner 365, a Hering Rhythm Blues e outras mais.

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1.2 O baco e como segurar seu instrumento e embocadura. O baco. Escala italiana ou diatnica a escala que tradicionalmente conhecemos tambm chamada de escala diatnica, sendo assim temos; D, R, Mi, F, Sol, L, Si. Escala Anglo Sax ou universal - trata-se de um cdigo de cifragem utilizado na Alemanha considerando L como primeira nota, rebatizaremos o l de A e assim sucessivamente as outras notas seqenciais, vejamos abaixo. A L B Si C D D R E Mi F F G Sol

Como segurar seu instrumento. Ns Harmonicistas seguramos nosso instrumento com a mo esquerda, mesmo sendo canhoto como eu, com os nmeros virados para cima; Envolvemos com a mo direita como se fosse uma concha. Embocadura. Na verdade embocadura uma coisa bastante pessoal, no entanto, existem algumas que facilitam o aprendizado, mas muito importante que cada musicista encontre seu jeito. Embocadura a maneira como se coloca a boca na gaita ao sopra-la. Embocadura de sopro consiste em direcionar todo o ar em um s ponto, como se fosse um assobio, pode-se usar a lngua em forma de u para canalizar o sopro. Embocadura aberta os lbios no se fecham direcionado o ar em um s ponto, mas permanecem abertos. Tal embocadura utilizada para que se possa tocar acordes. Embocadura de lngua nesta embocadura, sopramos como na embocadura aberta, mas tapamos com a ponta da lngua o buraco que no queremos ouvir, ou melhor, colocamos a lngua no buraco trs enquanto tocamos o quatro.

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1.3 Princpios da msica Existem quatro princpios para que a msica seja perfeita, so eles: Altura o princpio da musica de ser Mais grave ou mais agudo. Dinmica o princpio da musica de ser mais rpido ou mais lento. Intensidade - o princpio da musica de ser mais alto mais baixo. Timbre - o princpio da musica pelo qual reconhecemos sua origem, qual instrumento esta executando a obra. O respeito a estes precipcios, principalmente quando tocarmos em conjunto, que vai definir o bom do mau msico. 1.4 Posies da gaita Primeira posio (straight harp ou Jnio) A gaita toca no tom de sua afinao, letra do baco impresso na parte da frente do seu instrumento. Ex: Gaita de D ou Gaita de C. Tocamos msicas folclricas e outras melodias simples. A Primeira tera desta escala tem dois tons de distncia, sendo assim, esta escala maior. Segunda posio (Cross Harp ou Mixoldio) A gaita toca no quinto grau escala diatnica tambm chamado de Modo Mixoldio. Ex: Uma Gaita de D ou gaita de C toca no tom de Sol ou G mixoldio. neste tom, sol, que tocamos o blues, tocamos no mixoldio alterado. A Primeira tera desta escala tem dois tons de distncia, sendo assim, esta escala maior. Terceira posio (minor key ou Drico) nesta posio que tocamos msicas de tom menor, ou seja, a altura entre a primeira tera desta escala tem apenas um tom e meio de distncia. : Ex: Uma Gaita de D ou gaita de C toca no tom de R menor ou Dm. Muito comum para blues menor, samba rock e algumas MPBs. Quarta posio (minor key ou Frgio) Nesta posio tambm tocamos numa escala menor, ou seja, a altura entre a primeira tera desta escala tem apenas um tom e meio de distncia. Ex: Uma Gaita de D ou gaita de C toca no tom de Mi menor ou Em. Boa para tocar Jazz-blues. Quinta posio (relative minor key ou Elio) Esta posio nos oferece uma escala tambm menor, ou seja, a altura entre a primeira tera desta escala tem apenas um tom e meio de distncia. Ex: Uma Gaita de D ou gaita de C toca no tom de L menor ou Am. Ainda temos dois tipos de escalas que no sero abordados neste mtodo, o lcrio que meio diminuto e o Ldio que uma escala maior, mesmo assim procure em outras bibliografias de teoria musical e tente aplicar na sua gaita.

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Lio 2. 2.1 A escala natural ou diatnica (escala italiana) Chama-se escala natural ao conjunto notas naturais no alteradas, seriam as teclas brancas do piano, so elas: D, R, Mi, F, Sol, L, Si. Em ordem crescente da mais grave para a mais aguda. Aps o Si A escala recomea ascendentemente; antes do D a srie continua descendentemente. Assim: MI F Sol L Si D R Mi F Sol L SI D R Mi F Sol. Imaginemos um intervalo linear de A, B. A B

Nesta linha temos a vibrao sonora, Ela mais grave para a esquerda e mais aguda na direita. Esta linha repete infinitamente para os dois lados sempre ficando mais grave para a esquerda e mais agudo na direita. Grave A BA B A B A B A B Agudo

O Homem vem dividindo esta linha, AB, em diversos tamanhos desde a pr-histria, No incio em Dois e trs sons nas cavernas, foi progredindo. As tribos africanas nos apresentam escalas vocais de cinco sons. Na idade mdia comeou a aparecer a escala de seis sons, e logo o aparecimento na Itlia da escala de sete sons que conhecemos. Todo o processo desde o incio at hoje, com a escala cromtica de doze sons meio complexo e foge ao proposto por este mtodo, aconselho um melhor aprofundamento atravs de livros de Histria da msica e fsica musical. Para dividir melhor esta linha AB o Homem fez Medies Megahertz, definiram o A ou L como sendo 440 vibraes Megahertz. As notas naturais guardam entre si uma certa altura entre a nota mais grave e a mais aguda. Esta distncia chama-se intervalo, cuja unidade de medida o semitom. Semitom o menor intervalo na msica ocidental. A unio de dois semitons o tom. Os intervalos entre as notas vizinhas na escala natural criam uma frmula tambm chamada de padro intervalar. L na Itlia eles perceberam que na escala de seis sons, D, R, Mi, F, Sol, L. Tinha um salto de um tom e meio at o prximo d, resolveram amolecer o d em meio tom, criando a nota chamada de Ti Mole, no italiano ou como conhecemos Si, Mole porque ela amoleceu de uma nota aguda D para uma nota grave o si mole deu origem a palavra bemol, que uma alterao que hoje podemos fazer e quase todas as notas.

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Percebeu-se que as notas tinham um certo tamanho especfico o si e o mi fisicamente tm meio tom e as outras um tom

D, R, Mi, F, Sol, L, Si, D. Tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. 2.2 execuo da escala natural na gaita. Soprar Aspirar

Primeira posio Modo jnio A maneira de executar a escala natural na gaita se chama primeira posio, na escrita musical usa-se o pentagrama.

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As notas so representadas nos espaos e nas linhas.

Para nomear as notas usam-se as claves. A clave de sol na segunda linha de baixo para cima e a clave de F na quarta linha debaixo para cima. Clave de Sol na segunda linha indica que a segunda linha de baixo para cima a nota Sol, escreve-se notas agudas e mdias nesta clave.

Clave de F na quarta linha de baixo para cima. Escreve se notas graves nesta clave.

Demais Claves

Escala natural nas claves:

Escala de D maior no pentagrama, na clave de Sol.

Escala de D maior no pentagrama, na clave de F.

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Para representar notas que esto acima ou abaixo dos limites do pentagrama usamos linhas suplementares, superiores e inferiores, isso porque a vibrao sonora fisicamente representada na diagonal e no na horizontal como vimos na aula um, ela repete infinitamente criando oitavas graves e agudas.

2.3. Sinais de alterao e valores das notas. Sustenido (#) eleva a nota em meio tom Bemol (b) abaixa a nota em meio tom Bequadro ( ) tem a funo de anular as notas anteriores (#,b)

No pentagrama as alteraes aparecem esquerda da nota. O Nome da nota alterada a juno da nota natural com o sinal de alterao utilizado, exemplo:

Nome das notas e seus valores.

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3.1. Escala cromtica Observando a estrutura, pode-se afirmar que ela possui cinco tons inteiros e dois semitons. Se cada um desses semitons fosse dividido no meio teramos mais cinco notas, assim a escala diatnica seria acrescida de mais cinco notas e passaria a chamar-se escala cromtica que contm doze notas. Notas divididas ao meio que criam novas notas.

D D# A Tom

R R#

Mi

F F#

Sol Sol# L L # Si B

Tom

Semi

Tom

Tom

Tom

Semitom

Sempre lembrando que tudo que feito em uma oitava, intervalo AB, repetido em oitavas seguintes, mais graves e mais agudas. 3.2. A escala cromtica e as gaitas A escala cromtica como conhecemos hoje foi resultante de um acochambramento entre duas notas enarmnicas, Johann Sebastian Bach foi o msico que definiu este acochambramento para ns, ser necessrio um estudo mais aprofundado sobre o assunto em outras bibliografias. Sustenido Ao comearmos e executar qualquer seqncia de notas, vindo do grave para o agudo, estamos sustentando uma determinada vibrao a sensao que temos de elevao. Grave D D# R R# Mi F F# Sol Sol# L L # Si Agudo

Sustenta o som, vai do grave ao agudo em qualquer intervalo.

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Bemol Para entender o que vem a ser bemol s precisamos de um pouco de lgica; quando vamos do grave ao agudo sustentamos, quando voltamos do agudo para o grave a sensao que temos que esta amolecendo, assim, estamos amolecendo uma determinada vibrao; ento lembrando daquele momento da histria da msica em que o d amoleceu criando o Si, ficaria mais lgico amolecer as outras notas da escala cromtica descendente, observe: Agudo Si Sib L lb Sol Solb F Mi Mib R Rb D Si Grave

Amolece o som, vai do agudo ao grave em qualquer intervalo. Como isso chegamos a concluso que Do# e Rb so a mesma coisa, so as notas chamadas de enarmnicas, a enarmonia no ser tratada neste mtodo como profundidade, peo a voc que consulte outras bibliografias durante seu estudo. 3.3. Enarmonia D# Rb Rb Mib Fa# Solb Sol# Lb Fa# Sib

Mas, nem sempre as coisas por mais complexas que possam parecer foram to simples, isto porque foi preciso acochambrar as duas J.S.Bach percebeu que as vibraes sonoras Rb e D# eram muito prximos, cerca de um coma para a esquerda em uma nota e um coma para a direita na outra. Coma como se fatissemos a vibrao sonora (A,B) em pequenas partes, chega a ser um filamento sonoro. Vrios filamentos juntos criam os semitons e os tons e assim por diante. J.S.Bach pegou a intercesso destas duas notas e criou uma nova, que tem seu nome alterado dada a ascendncia ou descendncia das escalas. Legenda: : Coma de d# diferente de Rb : Coma de Rb diferente de d# : Interseo entre Do# e Rb

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A

ssim sendo a escala cromtica ficou certinha, com certeza os msicos da poca

devem ter estranhado a diferena, talvez no tenham aproveitado como ns; hoje essa estranheza ns chamamos de SISTEMA TONAL, e nele que compomos tudo na musica ocidental, isto porque na musica oriental o intervalo sonoro (A,B) dividido de uma outra forma chegando a ter 31 notas micro tonais onde temos apenas 12. Vejamos agora a escala cromtica ascendente e descendente no pentagrama:

C

omo vimos, a escala cromtica com motivos tericos possuem duas formas de se

apresentar, uma crescente formada por sustenidos e outra decrescente formada por bemis, com isso vimos que uma mesma nota pode ser nomeada de duas formas diferentes dependendo da nota natural que lhe deu origem. Assim, um f # tambm pode ser chamado de sol bemol, um Si bemol de L sustenido e assim por diante. Na gaita diatnica nos somente temos notas naturais ficando impossvel executar algumas notas, para executar a escala cromtica numa gaita seria preciso ter uma gaita cromtica ou gaita de chave, que consiste em um instrumento afinado em do maior com a chave solta e do # com a chave apertada, assim, podemos criar quaisquer escalas acionando a chave.

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3.4. A escala cromtica em graus

D Rb R Mib Mi F Solb Sol Sol# L Sib Si D Rb R R# Mi F F# Sol Lab L Sib Si D

1 b2 2 b3 3 4 b5 5 #5 6 b7 7 8 b9 9 #9 10 11 #11 12 b13 13 b14 14 15

Primeira Segunda menor Segunda Tera menor Tera maior Quarta justa Quinta diminuta Quinta justa Quinta aumentada Sexta Stima menor Stima Oitava Nona menor Nona Nona aumentada dcima Dcima primeira Dcima primeira aumentada Dcima segunda Dcima terceira menor Dcima terceira Dcima quarta menor Dcima quarta Dcima quinta

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4.1 A gaita de dez buracos ou diatnica Na gaita diatnica temos vinte notas, mas, podemos conseguir mais doze, elevando assim para trinta e duas notas sendo que estas ultimas doze so feitas na garganta atravs de um efeito chamado Bending. A gaita diatnica fica cromtica em algumas regies, s que o cromatismo decrescente quando que na gaita de chave pe crescente, sendo assim devemos aprender a tocar as duas gaitas, a cromtica e a diatnica, comeando pela diatnica, pois j meio caminho andado ate a cromtica de chave.

4.2 Registro geral de gaita diatnica (sistema Richter) Chama-se registro ao conjunto de notas possveis de serem tocadas num instrumento. Na gaita de D temos:

V-se quadro acima que a gaita possui um registro de trs oitavas de extenso. Lembrando, oitava pe a distancia entre uma nota e sua repetio acima ou abaixo. Observe que em duas oitavas da gaita aparecem incompletas: Na primeira oitava o f e o l e na terceira oitavas falta o si. Somente a segunda oitava aparece completa sendo assim por onde devemos iniciar nossos estudos, esta oitava pe chamada de primeira posio. Registro geral da gaita no pentagrama:

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4.3 Figuras de durao

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4.4- Compasso Compasso a pulsao cclica da musica, dividindo-a em partes de durao igual ou variada. Existem trs compassos bsicos: Binrio: Compasso de dois tempos. Ternrio: Compasso de trs tempos. Quaternrio: Compasso de quatro tempos. Na escrita musical os compasso so representados por uma frao: Deve-se estabelecer uma figura como unidade de tempo para se poder ler e escrever em um determinado compasso. Tanto a unidade de tempo como tipo de compasso so representados na frmula de compasso, que uma frao onde o numerador define o tipo de compasso (binrio, ternrio, quaternrio, etc...) e o denominador a unidade de tempo, que deve ser sempre uma figura de durao respectiva. N D=

Tipo de compasso, numerador Unidade de Tempo, denominador

Ex:

2 8 3 4 4 4

=

Tipo de compasso = Binrio Unidade de tempo =

Ex: Ex:

Tipo de compasso = ternrio Unidade de tempo = = Tipo de compasso = Binrio Unidade de tempo = =

Obs: a unidade de tempo representada pelo numero de ordem da figura de durao (ver grfico da seo 4.1). A figura de durao mais utilizada como unidade de tempo semnima, o que faz com que os compasso mais usados sejam estes: 2 3 4 4 4 4 Anotaes:

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Eventualmente tambm so encontrados com uma certa freqncia os seguintes: 2 2 3 8 4 2

Como grafia alternativa para a formula de compasso, pode-se substituir o numero de ordem pela prpria figura de durao: 2, 3, 4

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5.1 Andamento Andamento a velocidade da musica. Eis os principais andamentos em ordem crescente (do mais rpidos para o mais lento):

Largo; Largheto; Adgio Lento Andante Andantino Allegro Allegreto Moderato Allegro Vivace presto

Para medir com preciso o andamento, usa-se um metrnomo, aparelho que maca a velocidade de tempo com pequenas batidas, que podem ser reguladas para o andamento mais lento ate o mais rpido. Existem metrnomos analgicos, que funcionam com pilhas ou corda. E existem metrnomos digitais com sada de udio e esses so bem teis em gravaes em estdios, num programa especial com varias pistas de gravao, gravamos o andamento com um metrnomo, depois o baterista ouvindo o metrnomo para sua parte, por fim, j sem o metrnomo os demais msicos gravam suas partes. 5.2- Estudo da gaita com auxilio do metrnomo Para se adquirir firmeza com preciso rtmica na execuo de um instrumento aconselhvel o uso do metrnomo no estudo, tanto de exerccios como de musicas, Se voc ainda no tem um, improvise um pedao de papel prezo a um ventilador de cho, ou o fim e velho mtodo de bater o p, mas tente marcar o ritmo, alguns softwares como o Encore por exemplo, que tem metrnomos embutidos.

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Anotaes:

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5.3 - Dinmica e timbre (instrumentos) Dinmica arte de graduar a intensidade sonora na execuo musical. Tal graduao indicada pelos sinais da dinmica que so os seguintes, do mais fraco para o mais forte: P P P : Pianssimo piano; P P : Pianssimo; P : Piano; M P :Mezzo piano; F : Forte; F F : Fortssimo; F F F : Fortssimo forte;

Quando quiser indicar graduao de intensidade usa-se Dim. (diminuendo) Ou o sinal > quando se quiser indicar aumento gradual de intensidade usa-se Cres. (Crescendo) ou pelo sinal ) Exemplo:

Obs: Quando temos desse se subdivide em dois, vejamos:

sendo devemos lembrar que cada tempo

Ento podemos controlar os tempos criando um show de ritmos

110 Anotaes:

111 15.2 transposio quando ns tocamos determinadas musicas em outro tom que no o original, s vezes acontece na execuo vocal. Determinadas notas, por estar em certa altura torna impossvel executar. Transpomos ento para que fique mais bem encaixado na voz do executor. Tambm nos instrumentos podemos fazer isso. Exemplos: Tom de D

Tom de R

Na gaita de 10 buracos temos, transposio automtica ao trocarmos de gaita, ou melhor, ao trocarmos de afinao, trocar de gaita, por cada gaita esta afinada no seu tom. Tom de D

112 Anotaes:

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Tom de L

Tom de F

Tom de Sol

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Anotaes:

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N

a msica erudita costumamos em vez de mudar as notas na ponta, transpomos

mudando a classe de sol ou de f, de linha (Muito pouco usado). Clave de Sol na segunda linha

Clave de Sol Na terceira Linha

15.3 Inverso de intervalos Existem dois tipos de inverso de intervalo A nota inferior sobe uma ou mais oitavas

A nota superior desce

116 Anotaes:

117

Intervalo original Unssono 2 3 4 5 6 7 8

Intervalo invertido 8 7 6 5 4 3 2 Unssono

Macete: Se voc somar o intervalo mais sua inverso o resultado ser 9.

118 Anotaes:

119 15.4 Msica: How Great Thou Art.

120 Anotaes:

121 16.1 Inverso de acordes C/ E = D com mi no baixo C/ G = D com sol no baixo Quando invertemos acordes mudamos a seqncia da disposio das notas. Existem trs tipos de inverso (para trades) Exemplo: Na gaita muito fcil inverter os acordes, observe:

Se voc soprar 1 2 3 temos D = C Se soprar 2 3 4 C/ E Se soprar 3 4 5 C/ G

16.2 Sinais de repetio

A

s repeties de notas em compassos podem ser abreviadas. Esta forma de abreviar

muito usado na musica manuscrita, porm para musica impressa no fica legal. Exemplo Notas

Se os valores forem semnimas abreviaremos com mnimos e se for com mnimos, com semibreve.

122 Anotaes:

123 Exemplo 2 - Compassos G7 % C7 %

Ou, Quando um trecho com muitos compassos, se repete. G7 C7 G7 D7

Para repetir uma musica desde o inicio coloca-se no fim ou a expresso DA CAPO = Do Comeo

Quando a repetio no do inicio, e sim, do meio, ou de outro ponto da musica, coloca-se neste ponto o sinal ou e escreve-se no fim da musica Dal Segno ou Dal ou dal

124 Anotaes:

125 16.3 Msica: Mais perto

126 Anotaes:

127 Anotaes:

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Caderno de Exerccios

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Cascavel Paran - Brasil 2007

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