método para avaliação de projetos de habitação social

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE E FUNCIONALIDADE KÁTIA ALVES BARCELOS CUIABÁ, MT FEVEREIRO, 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL

MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE

E FUNCIONALIDADE

KÁTIA ALVES BARCELOS

CUIABÁ, MT FEVEREIRO, 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL

MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE

E FUNCIONALIDADE

KÁTIA ALVES BARCELOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, como um requisito, à obtenção do título de Mestre em Engenharia de Edificações e Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão

CUIABÁ, MT FEVEREIRO, 2011

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Carlos Henrique T. de Freitas. CRB-1: 2.234.

Permitida a reprodução parcial ou total desde que citada a fonte.

B242m Barcelos, Kátia Alves.

Método para avaliação de projetos de habitação social : mobiliamento, espaciosidade e funcionalidade / Kátia Alves Barcelos. – 2011.

263 f. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Orientador: Douglas Queiroz Brandão. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de

Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental, 2011.

Bibliografia: f. 187-193. 1. Habitação popular. 2. Qualidade habitacional - Avaliação. 3. Custo

habitacional. 4. Projetos habitacionais. 5. Programa de Arrendamento Familiar. I. Título.

CDU 728.05(817.2)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE E FUNCIONALIDADE

KÁTIA ALVES BARCELOS

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho àqueles que necessitam de uma habitação de interesse social de qualidade, que proporcione as condições dignas de moradia que todo ser humano deve ter, esperando sensibilizar projetistas e construtores em direção a esse ideal.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, sempre em primeiro lugar.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Douglas, pela paciência e por confiar e compartilhar

comigo seus conhecimentos técnicos e de vida.

Ao meu esposo, Leon, que está sempre ao meu lado.

Aos meus filhos que são minha fonte de inspiração e vida.

Aos meus pais, Longuinho e Geralda, e aos irmãos, Kênia, Keydson que estão sempre

presentes nos momentos bons e ruins. Ao meu querido irmão Kleber (in memoriam), que por

sua felicidade por eu ter ingressado neste curso, não me permitiu abandoná-lo, naquele

momento difícil, quando de sua partida.

A Nenê, que me ajuda em todas as tarefas do dia a dia.

Aos colegas da Caixa Econômica Federal, que além do apoio técnico e muitas vezes

executivo, compreenderam a minha ocasional ausência.

A todos os colegas e professores do Mestrado, que em vários momentos e de várias

formas me ajudaram.

À aqueles que me disseram “não”, pois me motivaram a buscar um “sim”.

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RESUMO

Este trabalho discute como analisar e selecionar projetos para habitação de interesse social, tecnicamente viáveis, equacionando as especificações dos programas habitacionais, a qualidade do espaço e os recursos disponíveis. Através da adaptação de um método internacional de avaliação da qualidade habitacional, foi analisada a produção de moradias dentro do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) em Cuiabá e Várzea Grande, ambas em Mato Grosso. O método está focado na habitação e adotou parâmetros baseados em norma e estudos nacionais e internacionais sobre o tema. O resultado são seis grupos de projetos que tem características de qualidade, custo e área que proporcionam a identificação de projetos com maior qualidade, oferecida por arranjos espaciais adequados a custos viáveis. Nestes grupos em três deles foi encontrada a qualidade recomendável, conforme o método, para habitação. Esta pesquisa mostra que o custo não cresce na mesma proporção da área, sendo viável o aumento desta sem tornar o projeto inviável financeiramente. E ainda, o arranjo inadequado do espaço poderá comprometer a qualidade independentemente da área.

Palavras-chave: Habitação popular. Desempenho. Custo.

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ABSTRACT

This paper discusses how to analyze and select projects for public housing, that are technically sound, meeting the specifications of the housing programs, achieving adequate space with the uses of available resources. Through the adaptation of an international method to assess housing quality, the production of houses was analyzed within the Income Residential Program in Cuiaba and Varzea Grande, both located in Mato Grosso. This method focuses on housing, and adopted parameters based on both national and international studies about the subject. The results yielded six group projects with the highest quality, cost and area that allow for the identification of projects with the highest quality, offered by adequate spatial and reasonable costs. Based on these results, there were three that were recommended due to housing quality, according to the method. This research shows that costs do not go up in the same proportion of the area, keeping in mind that, the project will be able to be accomplished from a financial standpoint. Furthermore, the inadequate arrangement of the space might compromise the quality regardless of the area.

Keywords: Public housing/dwelling. Performance. Cost.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Cortiço ................................................................................................................................... 26 Figura 2 - Cortiço e a privacidade .......................................................................................................... 26 Figura 3 - Casa Econômica tipo 3. ......................................................................................................... 27 Figura 4 - Vila economizadora ............................................................................................................... 27 Figura 5 - Apartamento área mínima - IAP ............................................................................................ 29 Figura 6 - Fachada do Conjunto Realengo ............................................................................................. 29 Figura 7 - Casa de 2 quartos (Área =43 m², Anil, nov./73 a fev./76, São Luís/MA, COHAB/MA) ...... 30 Figura 8 - Casa de 2 e 3 Q (Parque Ipê Anil, out./67 a jul./70, Joinville/SC, COHAB/SC) .................. 31 Figura 9 - Apartamento, PAR, Canoas/RS. ............................................................................................ 33 Figura 10 - Casa, PAR, João Pessoa/PA ................................................................................................ 33 Figura 11 - Fachada de casa cuiabana .................................................................................................... 42 Figura 12 - Varanda da casa cuiabana .................................................................................................... 43 Figura 13 - Quintal de casa Cuiabana .................................................................................................... 43 Figura 14 - Casa simples Rua Prof. João Félix, Cuiabá/MT .................................................................. 43 Figura 15 - Planta de uma casa cuiabana ............................................................................................... 44 Figura 16 - Casa cuiabana antiga ........................................................................................................... 44 Figura 17 - Conjunto Habitacional Popular, na década de 60. ............................................................... 45 Figura 18 - Croqui da planta original da casa, sem escala ..................................................................... 45 Figura 19 - Fachada da unidade nos dias atuais. .................................................................................... 45 Figura 20 - Planta Baixa, A=25,18 m² (MT.8.I.2.30, CPA 1 e 2/Cuiabá). ............................................. 50 Figura 21 - Planta Baixa, A. útil = 54,57 m² (MT.26.I.2.60 Tijucal/Cuiabá). ....................................... 50 Figura 22 - Plantas Baixas (Grande Terceiro/Cuiabá, CPA/Cuiabá e COHAB Rio

Vermelho/Rondonópolis). ................................................................................................. 51 Figura 23 - Planta de 39,64 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 24 - Planta de 31,98 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 25 - Planta de 24,12 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 26 - Cozinha Mínima .................................................................................................................. 63 Figura 27 - Modelos de espaços de dormir. ........................................................................................... 67 Figura 28 - Potencial de influência no custo final de um empreendimento de edifício e suas fases. ..... 83 Figura 29 - Análise da circulação ........................................................................................................... 86 Figura 30 - Análise das superfícies livres (cinza). ................................................................................. 86 Figura 31 - Análise das semelhanças entre os elementos da planta. ...................................................... 87 Figura 32 - Exemplo de avaliação através de função de transformação ................................................ 91 Figura 33 - Modelo do Método de Martins. ........................................................................................... 94 Figura 34 - Dendograma do método CHAID ......................................................................................... 96 Figura 35 - Os três primeiros níveis da árvore de pontos de vista ....................................................... 104 Figura 36 - O terceiro, quarto e quinto nível da árvore de pontos de vista da habitação ..................... 106 Figura 37 - Planta levantada (planta 1). ............................................................................................... 110 Figura 38 – Plantas 33 e 34 ocorrem com maior frequência nos empreendimentos PAR. .................. 112 Figura 39 - Planta 1 - Padronizada ....................................................................................................... 114 Figura 40- Grafos justificados de maior ocorrência nas plantas analisadas. ........................................ 116 Figura 41 - Recorte na árvore de ponto de vista. .................................................................................. 118 Figura 42 - Grupo 1, Planta 13 ............................................................................................................. 173 Figura 43 - Grupo 2, Planta 8 ............................................................................................................... 174 Figura 44 - Grupo 3, Planta 5 ............................................................................................................... 175 Figura 45 - Grupo 4, planta 29 ............................................................................................................. 176 Figura 46 - Grupo 5, Planta 35 ............................................................................................................. 177 Figura 47 - Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5 .............................................................................. 177 Figura 48 - Grupo 6, planta 27 ............................................................................................................. 178 Figura 49 - Grafo IX, maior ocorrência no Grupo 6 ............................................................................ 178 Figura 50 - Topologias das plantas 1 a 6 .............................................................................................. 225 Figura 51 - Topologias das plantas 7 a 11 ............................................................................................ 226

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Figura 52 - Topologias das plantas 12 a 17 .......................................................................................... 227 Figura 53 - Topologias das plantas 18 a 23 .......................................................................................... 228 Figura 54 - Topologias das plantas 24 a 29 .......................................................................................... 229 Figura 55 - Topologias das plantas 28 a 36 .......................................................................................... 230 Figura 56 - Esquema das características topológicas das Plantas de cinco cômodos. .......................... 231 Figura 57 - Esquema das características topológicas das Plantas de seis cômodos. ............................ 231 Figura 58 - Esquema das características topológicas das Plantas de sete cômodos. ............................ 232

Gráfico 1 - Déficit habitacional urbano, por faixa de renda ................................................................... 17 Gráfico 2 - Demanda de domicílios em Cuiabá ..................................................................................... 19 Gráfico 3 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1996). ................................. 47 Gráfico 4 - Unidades Habitacionais entregue, por ano, COHAB/MT, de 1966 a 1996. ........................ 47 Gráfico 5 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1983). ................................. 48 Gráfico 6 - Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949- out./2010). ............................... 53 Gráfico 7 - Unidades Habitacionais recursos FGTS, FAT, OGU e FAR, 1995-2010. .......................... 54 Gráfico 8 - Participação dos recursos na habitação de MT (1995-2010) ............................................... 55 Gráfico 9 - Média de unidades habitacionais por empreendimento PAR, por ano, em MT. ................. 56 Gráfico 10 - Unidades habitacionais, executadas pelo Governo do Estado ........................................... 57 Gráfico 11 - Demonstrativo dos Programas Habitacionais do MT. ....................................................... 57 Gráfico 12 - Variação das áreas em habitações proletárias. ................................................................... 68 Gráfico 13 - metro quadrado por pessoa. ............................................................................................... 69 Gráfico 14 - Exigências de países europeus e entidades (m²/pessoa). ................................................... 69 Gráfico 15 - Rubricas do Método Qualitel ............................................................................................. 88 Gráfico 16- Número de Cômodos, Profundidade e Frequência. .......................................................... 117 Gráfico 17 - Reta e equação da reta formada pelos critérios de avaliação programa de espaços. ....... 121 Gráfico 18 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Cozinha (Questionário 3). ......................... 122 Gráfico 19 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Quartos (Questionário 3). .......................... 124 Gráfico 20 - Equações de reta dos critérios de avaliação, área útil: Quartos ....................................... 125 Gráfico 21 - Equações de reta dimensionamento mínimo, quartos ..................................................... 127 Gráfico 22 - Equações de reta dos critérios de avaliação, funcionalidade ........................................... 133 Gráfico 23 - Gráfico qualidade, custos e área dos projetos analisados. ............................................... 167 Gráfico 24 - Classificação dos projetos em grupos (qualidade, custo e área) ...................................... 171 Gráfico 25- Classificação dos projetos em grupos ............................................................................... 172 Gráfico 26 - Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008. .......................................................... 179 Gráfico 27 - Respostas por formação profissional. .............................................................................. 238 Mapa 1 - Déficit habitacional total, por estado em 2007. ...................................................................... 18 Mapa 2 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. ......................................... 200 Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais ................................................................................... 35 Quadro 2 - Especificações determinadas para o PAR ............................................................................ 37 Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007) .................. 72 Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima ............................................... 74 Quadro 5 - Lista critérios de avaliação do Método SEL ........................................................................ 90 Quadro 6 - Os seis Bs da qualidade habitacional definidos por Martins (1995). ................................... 92 Quadro 7- Atribuição de Notas ............................................................................................................ 102 Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR .................................................. 111 Quadro 9 - Padronização dos projetos levantados ................................................................................ 114 Quadro 10- Questões sobre funcionalidade.......................................................................................... 161 Quadro 11 - Grupo segundo a qualidade, o custo e a área ................................................................... 170 Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. ................................................................... 204 Quadro 13 - Critério de pontuação do questionário de validação. ....................................................... 234 Quadro 14 - Projetos ............................................................................................................................ 257 Quadro 15 - Dimensões dos cômodos .................................................................................................. 257 Quadro 16 - Características gerais do projeto ...................................................................................... 258

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Quadro 17 - Especificação de pintura .................................................................................................. 259 Quadro 18 - Especificações sobre louças e metais ............................................................................... 259 Quadro 19 - Solicitações sobre instalações elétricas e telefônicas ....................................................... 259 Quadro 20 - Solicitações complementares ao projeto (cont.) .............................................................. 260 Quadro 21 - Tecnologias inovadores no sistema construtivo ............................................................... 260 Quadro 22 - Sustentabilidade da unidade habitacional. ....................................................................... 260 Quadro 23 - Solicitações sobre a infraestrutura ................................................................................... 261 Quadro 24 - Solicitações sobre acessibilidade ..................................................................................... 261

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Proporção de domicílios estimados e projetados, por categoria de tamanho do domicílio, segundo o período e grande região. Brasil, 2008 a 2023 ................................................... 19

Tabela 2 - Evolução Dimensional do Código Sanitário (SP) ................................................................. 62 Tabela 3 - Área Mínima para habitação (m²) ......................................................................................... 66 Tabela 4 - Área mínima, regular, recomendável .................................................................................... 67 Tabela 5 - Área mínima, recomendável e ótima .................................................................................... 68 Tabela 6 - Paredes e as formas geométricas de plantas de edifícios. ..................................................... 70 Tabela 7 - Pontuação para o atributo potencial de conversão do cômodo. ............................................ 97 Tabela 8 - Intervalos de funcionalidade ................................................................................................. 98 Tabela 9 - Ponderação da Metodologia de Avaliação para o Produto Habitacional ............................ 100 Tabela 10 - Recomendações de área para unidades do PAR. ............................................................... 101 Tabela 11 - Repetições de plantas nos empreendimentos PAR (2000-2008). ..................................... 111 Tabela 12- Questões quanto ao atendimento à NBR 15.575:1, item 16. .............................................. 119 Tabela 13 - Questões relativas ao programa de espaços. ..................................................................... 120 Tabela 14 - Critérios de Avaliação para Programa de espaços (Questionário 2). ................................ 121 Tabela 15 - Valores de referência para a extensão da bancada da cozinha .......................................... 122 Tabela 16 - Programa de equipamentos ............................................................................................... 123 Tabela 17 - Valores de referência para índice de guarda roupas por habitante. ................................... 123 Tabela 18 - Valores de referência para área útil dos quartos ............................................................... 125 Tabela 19 - Equações de reta para área mínima (questionário 5). ........................................................ 126 Tabela 20 - Área útil ............................................................................................................................ 126 Tabela 21- Valores de referência para dimensionamento: quartos. ..................................................... 127 Tabela 22 - Equações de reta para dimensionamento mínimo (questionário 6). .................................. 128 Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos .......................................................................... 128 Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade ........................................................................................ 131 Tabela 25- Valores de referência para funcionalidade ......................................................................... 133 Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6). .................................................................... 134 Tabela 27 - Análise da Qualidade. ....................................................................................................... 136 Tabela 28 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 1 a 12) .......................................................... 139 Tabela 29 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 13 a 24) ........................................................ 140 Tabela 30 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 25 a 36) ........................................................ 141 Tabela 31 - Análise de espaços (plantas de 1 a 12) .............................................................................. 142 Tabela 32 - Análise de espaços (plantas de 13 a 24) ............................................................................ 143 Tabela 33 - Análise de espaços (plantas de 25 a 36) ............................................................................ 144 Tabela 34 – Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 1 a 9) ................. 145 Tabela 35 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 10 a 18) .............. 146 Tabela 36 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 19 a 27) .............. 147 Tabela 37 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 28 a 36) .............. 148 Tabela 38 - Área mínima por cômodos (plantas 1 a 9) ........................................................................ 149 Tabela 39 - Área mínima por cômodos (plantas 10 a 18) .................................................................... 150 Tabela 40 - Área mínima por cômodos (plantas 19 a 27) .................................................................... 151 Tabela 41 - Área mínima por cômodos (plantas 28 a 36) .................................................................... 152 Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9) ................................................ 153 Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18) ............................................ 155 Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27) ............................................ 157 Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36) ............................................ 159 Tabela 46 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 1 a 18) .................................................. 163 Tabela 47 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 19 a 36) ................................................ 164 Tabela 48 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 1 a 18) ................................................... 165 Tabela 49 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 19 a 36) ................................................. 165 Tabela 50 - Resultados do índice de qualidade e dos custos de cada projeto....................................... 166

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Tabela 51 - Ocorrência das topologias no gráfico da qualidade .......................................................... 168 Tabela 52- Evolução da qualidade, custo e área .................................................................................. 169 Tabela 53 - Dimensões de mobiliário .................................................................................................. 195 Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. ..................................... 201 Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) ........ 209 Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) ...... 214 Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) ...... 219 Tabela 58 - Resultado da validação do questionário 1, realizada com 24 profissionais. ..................... 234 Tabela 59 - Resultado da validação do questionário 2, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 60 - Resultado da validação do questionário 3, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 61 - Resultado da validação do questionário 4, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 62 - Resultado da validação do questionário 5, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 63 - Resultado da validação do questionário 6, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 64 - Resultado da validação do questionário 7, realizada com 24 profissionais ...................... 236 Tabela 65 - Resultado da validação do questionário 8, realizada com 24 profissionais ...................... 237 Tabela 66 - Paredes Mobiliáveis (plantas 1 a 12) ................................................................................ 254 Tabela 67 - Paredes Mobiliáveis (plantas 13 a 24) .............................................................................. 254 Tabela 68 - Paredes Mobiliáveis (plantas 25 a 36) .............................................................................. 255

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................................ 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................. 8 LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... 11 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15 1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL ........................................................................................... 24 1.1 HABITAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO SÉCULO XX. .......................................................... 25 1.2 HABITAÇÃO SOCIAL NOS DIAS ATUAIS ......................................................................... 33 1.2.1 Programa de Arrendamento Residencial (PAR) ........................................................................ 37 1.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida .......................................................................................... 38 2 HABITAÇÃO POPULAR em CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE ....... ........................................ 40 2.1 VÁRZEA GRANDE ................................................................................................................. 40 2.2 CUIABÁ .................................................................................................................................... 41 2.3 HABITAÇÃO EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE .............................................................. 42 2.3.1 Banco Nacional de Habitação e a COHAB/MT ........................................................................ 46 2.3.2 Pós COHAB/MT ....................................................................................................................... 52 3 DIMENSÕES E FUNÇÕES DA HABITAÇÃO ........................................................................... 60 3.1 DIMENSÕES MÍNIMAS ......................................................................................................... 61 3.2 FUNÇÕES DA HABITAÇÃO E MOBILIAMENTO .............................................................. 71 3.2.1 Redução da área das unidades habitacionais ............................................................................. 80 4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HABITACIONAL .... ................................. 82 4.1 MÉTODO KLEIN ..................................................................................................................... 85 4.2 MÉTODO QUALITEL ............................................................................................................. 88 4.3 MÉTODO SEL .......................................................................................................................... 89 4.4 MÉTODO MARTINS ............................................................................................................... 91 4.5 MÉTODO BRANDÃO ............................................................................................................. 95 4.6 MÉTODO LEITE ...................................................................................................................... 98 4.7 MÉTODO PALERMO .............................................................................................................. 99 4.8 MÉTODO BUZZAR E FABRÍCIO ........................................................................................ 100 4.9 MÉTODO PEDRO .................................................................................................................. 102 4.9.1 Critérios de avaliação do Método Pedro ................................................................................. 103 5 MÉTODO PROPOSTO E APLICAÇÃO ................................................................................... 109 5.1 COLETA DE DADOS DAS UNIDADES .............................................................................. 110 5.2 PADRONIZAÇÃO DOS DADOS .......................................................................................... 113 5.3 TIPIFICAÇÃO PRELIMINAR ............................................................................................... 115 5.4 ANÁLISE DO ESPAÇO INTERNO DOS CÔMODOS. ....................................................... 117 5.4.1 Atendimento à NBR 15.575:1 ................................................................................................. 119 5.4.2 Programa de espaços ............................................................................................................... 120 5.4.3 Programa de equipamentos ..................................................................................................... 122 5.4.4 Extensão de parede mobiliável ................................................................................................ 124 5.4.5 Área útil ................................................................................................................................... 125 5.4.6 Dimensionamento mínimo ...................................................................................................... 127 5.4.7 Funcionalidade ........................................................................................................................ 130 5.4.8 Pontuação Final ....................................................................................................................... 136 5.5 CUSTO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ......................................................... 136 5.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................ 138 5.6.1 Qualidade, Custo e Área .......................................................................................................... 169 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................. 180 6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 180 6.1.1 Métodos de Avaliação da Qualidade da Habitação ................................................................. 181 6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................... 186 Apêndice A - PESQUISA DIMENSÕES DO MOBILIÁRIO ........................................................ 194

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14

Apêndice B - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTO S PAR ........................ 199 Apêndice C - QUANTIFICAÇÃO E CUSTOS UNITÁRIOS ........................................................ 203 Apêndice D - TOPOLOGIAS ............................................................................................................ 224 Apêndice E - RESULTADO DA VALIDAÇÃO POR PROFISSIONA IS .................................... 233 Apêndice F - PLANTAS PADRONIZADAS ................................................................................... 239 Apêndice G - PAREDES MOBILIÁVEIS ....................................................................................... 253 Anexo A - ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PMCMV .................................................................... 256 Anexo B – PLANTAS COHAB/MT ................................................................................................. 262

Page 16: método para avaliação de projetos de habitação social

15

INTRODUÇÃO

MOTIVAÇÃO PARA A PESQUISA

Com o ingresso da autora, em 2007, no quadro de arquitetos da Caixa Econômica

Federal (CAIXA) em Mato Grosso, esta iniciou suas atribuições profissionais na análise de

projetos de unidades habitacionais de interesse social tanto de empreendimentos com recursos

do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), quanto de empreendimentos do

Programa de Arrendamento Residencial (PAR), cujos recursos provêm do Fundo de

Arrendamento Residencial (FAR). As maiores ocorrências de análises foram de

empreendimentos PAR.

Durante o trabalho de análise é natural que ocorram as interações sobre os projetos das

unidades habitacionais. Neste momento, o profissional da Caixa deve orientar as construtoras

quanto à necessidade de atender as diretrizes do Programa, quanto às especificações de

materiais, espaços, programa de necessidades e recursos disponíveis. As construtoras,

defendendo suas necessidades operacionais e financeiras, oferecem propostas as quais são

muitas vezes deficientes quanto à qualidade dos espaços disponibilizados aos usuários finais,

os arrendatários.

Neste embate técnico, é frequente que o profissional analista da Caixa não consiga

reverter certos problemas de projeto, já que há um profissional com Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e muitas vezes os projetos já estão aprovados nas

prefeituras, dificultando as alterações sugeridas. Para o PAR, havia poucos parâmetros para a

análise como será visto mais a frente nas especificações do programa.

Page 17: método para avaliação de projetos de habitação social

16

CONTEXTO DA PESQUISA

Em fevereiro de 2001, a Lei 10.188 substituiu a Medida Provisória n. 1.823-1, de 27

de maio de 1999, com a qual o Governo Federal criou o Programa de Arrendamento

Residencial (PAR) com o objetivo de construir unidades habitacionais para pessoas com

renda de 3 a 10 salários mínimos na forma de arrendamento. Neste sistema, o arrendatário

paga uma parcela do arrendamento por 15 anos e, após este período, o imóvel, que é

patrimônio do FAR e de propriedade fiduciária da Caixa Econômica Federal (CAIXA),

poderá ser adquirido (BRASIL, 2001).

No início do programa em Mato Grosso, até 2002, foram construídos condomínios

residenciais com média inferior a 200 unidades habitacionais, os quais, devido a este

tamanho, puderam ser inseridos nos vazios da malha urbana. Nestes condomínios foi

executada toda a infraestrutura: rede de água, de esgoto, energia, drenagem e pavimentação.

As casas foram construídas com especificações próprias do programa, consideradas de padrão

baixo, conforme as indicações da NBR 12721 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS, 2006). Até então, as áreas destas habitações situavam-se, normalmente, entre 45

e 50 m².

Através de uma parceria com o Governo do Estado, a partir de 2003, a infraestrutura

passa a ser aportada como contrapartida. Assim a implantação que antes era na forma de

condomínio, de propriedade do FAR, passa a ser loteamento, onde somente as unidades e seus

lotes são de propriedade do fundo.

Infelizmente, esse aporte de recurso fomentou o aumento do tamanho dos conjuntos

habitacionais em 400%, os quais passaram a ter a média superior a 200 unidades

habitacionais, chegando, em 2007, a uma média próxima a 400 unidades. Em uma mesma

região foram construídas mais de 1300 unidades (Residenciais Buritis, Wantuil de Freitas e

Ilza Picolli), de acordo com dados levantados na Regional de Sustentação ao Negócio

Governo (RSNGOV/CB), anteriormente denominada Gerência de Desenvolvimento Urbano

(GIDUR/CB), setor na Caixa responsável pela análise dos processos dos empreendimentos

habitacionais.

Foi criada por meio da Portaria nº 231, de 4 de junho de 2004, mais uma especificação

para as unidades habitacionais do PAR, que foi denominada mínima, com redução de

acabamentos e área menor. Esta nova especificação visa a redução do valor da unidade para

Page 18: método para avaliação de projetos de habitação social

17

que famílias com renda até quatro salários pudessem fazer o arrendamento (CAIXA

ECONÔMICA FEDERAL, 2008). A referida portaria traz em seu texto, no item 7.1

(BRASIL, 2004):

Para os projetos com a especificação técnica mínima e a destinação das unidades para famílias com renda até quatro salários mínimos, a taxa de arrendamento será fixada em 0,5% do valor de aquisição das unidades habitacionais.

Tendo como justificativa esta nova especificação, no decorrer do período entre as

primeiras implantações do PAR em Mato Grosso e o ano de 2008, com a utilização da

especificação mínima, a unidade habitacional perdeu qualitativa e quantitativamente, espaço e

acabamento. O acabamento pode ser resolvido após a construção, porém a espaço torna-se

mais complexo, pois depende de um projeto bem desenvolvido, no início, na fase de

concepção.

PROBLEMA DA PESQUISA

O déficit habitacional no Brasil em 2006 era de mais de 6,5 milhões de moradias e

atinge, principalmente, a população com renda até três salários, representando 90,7% deste

total. Somado à faixa de três a cinco salários mínimos, as duas faixas representam 96,20% do

total do déficit calculado (Gráfico 1). Por estes números, justifica-se os programas

habitacionais do Governo Federal, tais como o PAR e o Programa Minha Casa Minha Vida1,

que são direcionados a estas faixas de renda.

Gráfico 1 - Déficit habitacional urbano, por faixa de renda

1 Programa do Governo Federal para provimento de habitação com subsídios progressivos que atende famílias de 0 a 10 salários mínimos (vide 1.2.2).

91%

5% 3% 1%

Até 3 salários mínimos mais de 3 até 5 salários mínimos

mais de 5 até 10 salários mínimos

mais de 10 salários mínimos

Déficit Habitacional Urbano (1), segundo faixas de renda média familiar mensal - Brasil 2006

Page 19: método para avaliação de projetos de habitação social

18

Fonte: Elaborado a partir de IBGE2 (2006, apud Ministério da Cidades 2008b)

Em Mato Grosso o déficit em 2007 era de 86.679 unidades habitacionais (Mapa 1),

segundo o Ministério das Cidades (BRASIL, 2008b). Entretanto, em 2009, foram liberados,

pelo Programa Minha Casa Minha Vida, para renda de 0 a 10 salários, recursos suficientes

para a produção de 13.390 unidades habitacionais que, segundo o Governo Federal,

representava 10% do déficit do estado. Já foram contratados, até maio de 2010, 135,6% acima

desta meta em todo o estado de Mato Grosso (BRASIL, 2010b).

Mapa 1 - Déficit habitacional total, por estado em 2007.

Fonte: (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2007, BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2008b, p. 26)

A preocupação em suprir a demanda é grande, haja vista a demanda futura de

domicílios, para Cuiabá, que pode ser observada no Gráfico 2 e o tamanho dos domicílios que

serão demandados na Tabela 1.

2 IBGE (RJ), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - 2005 microdados. [Rio de Janeiro, 2006]. CD-ROM.

Page 20: método para avaliação de projetos de habitação social

19

Gráfico 2 - Demanda de domicílios em Cuiabá

Fonte: Elaborado baseado em Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009).

Tabela 1 - Proporção de domicílios estimados e projetados, por categoria de tamanho do domicílio, segundo o período e grande região. Brasil, 2008 a 2023

Fonte: Elaborado a partir de Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)

A política para combater o déficit habitacional associada à sistemática de restrição de

custos levou à redução da área da habitação de interesse social, visando a construção de mais

unidades. Esta redução é comentada por Leite (2006, p. 81):

Em especial as habitações de interesse social notadamente são caracterizadas pela tendência pronunciada de sua miniaturização quanto ao espaço habitável justificada pelo viés econômico em detrimento do desempenho técnico, social, humano e funcional.

A questão não se resume apenas à redução da área da unidade habitacional, pois

fatores importantes como a qualidade do espaço projetado, o arranjo espacial e a capacidade

de mobiliar também são comprometidos. Palermo (2009, p. 18-19) explica que:

A rigidez e excessiva padronização dos projetos, apesar de aparentemente buscar a viabilidade econômica, têm resultado em espaços de difícil

140.766147.143

154.792163.333

172.161180.582

187.975194.130

199.012202.884

206.092208.957

211.699214.475

217.265220.005

222.615224.975

226.964228.521229.599

200320042005200620072008200920102011201220132014201520162017201820192020202120222023

An

o

Projeção da demanda de domicílios, Cuiabá-MT, 2003-2023.

Período Valores relativos

Total Grande região Unipessoais Dois moradores

Três/quatro moradores

Cinco moradores ou mais.

2008

Norte 8,8% 16,0% 45,8% 29,4% 100% Nordeste 10,2% 17,7% 44,9% 27,3% 100% Sudeste 11,8% 22,0% 49,2% 16,9% 100%

Sul 11,5% 23,8% 49,8% 14,9% 100% Centro-Oeste 11,7% 20,5% 49,2% 18,7% 100%

2009

Norte 13,1% 20,9% 45,0% 21,0% 100% Nordeste 14,9% 22,8% 43,7% 18,6% 100% Sudeste 17,2% 28,5% 44,0% 10,3% 100%

Sul 16,7% 30,5% 43,8% 8,9% 100% Centro-Oeste 17,1% 26,1% 44,8% 11,9% 100%

Page 21: método para avaliação de projetos de habitação social

20

apropriação. A qualidade precária e muitas vezes inadequada ao contexto dos locais de implantação.

[...] interferindo de imediato em três condições:

Liquidez financeira: [...] o mutuário tende a empreender tão cedo quanto possível mudanças na edificação, ações que oneram o orçamento familiar [...].

Estabilidade construtiva: [...] reformas e ampliações sejam empreendidas por profissionais não qualificados, com grave risco construtivo e estrutural, repercutindo sobre a segurança física da família.

Estrutura de funcionamento da moradia: reformas não previstas em projeto, além do impacto construtivo, atingem também a saúde da família [...] confinamento de banheiros e dormitórios, sobrecargas na rede elétrica e no esgotamento sanitário.

Como o usuário das habitações de interesse social, em especial com renda inferior a 6

salários mínimos, não tem como interferir no processo de projeto e execução de sua

habitação, destaca-se o papel do analista de projetos (Caixa, prefeituras e outros órgãos) que

intervirá por ele, buscando atender a necessidades essenciais estabelecidas nas normas

técnicas brasileiras e por autores de atestada experiência, estudiosos deste tema, visando a

qualidade da moradia.

QUESTÕES E OBJETIVOS DA PESQUISA

A questão principal desta pesquisa é: Como analisar e selecionar projetos para HIS,

tecnicamente viáveis, equacionando as especificações dos programas, a qualidade do espaço e

os recursos disponíveis?

Para responder a questão principal é necessário responder às seguintes questões

secundárias:

Como estabelecer procedimentos que possibilitem ao analista de projetos de habitação

de interesse social (prefeituras, agências de habitação, órgãos financiadores) classificá-los

objetivamente quanto a qualidade do arranjo espacial interno, relacionando com o seu custo

de produção?

Como definir as variáveis mais importantes para a análise de viabilidade técnica

qualitativa do espaço interno?

Que parâmetros podem ser adotados ao realizar as análises por meio das variáveis

identificadas?

Page 22: método para avaliação de projetos de habitação social

21

A qualidade das unidades do PAR está aquém do necessário para o desempenho das

atividades domésticas?

Como a qualidade das moradias do PAR se comportou ao longo do tempo?

Quais fatores caracterizam maior ou menor qualidade de uma unidade habitacional?

Objetivo Geral

Desenvolver um método para avaliação de projetos de habitação quanto ao

mobiliamento, a funcionalidade e o arranjo espacial, com critérios observáveis durante a

análise documental das plantas.

Objetivos específicos

Analisar métodos nacionais e internacionais de avaliação da qualidade habitacional

existentes.

Propor um conjunto de variáveis e parâmetros para a análise de projetos de HIS,

quanto à qualidade de projetos.

Aplicar os critérios definidos e analisar as variáveis propostas neste estudo às plantas

usadas para empreendimentos PAR, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, ambas em Mato

Grosso, dentro do período de execução do programa no estado.

Verificar os resultados obtidos e refutar ou confirmar a hipótese de que um projeto de

qualidade tem um custo inviável para habitações de interesse social.

Estabelecer critérios de classificação dos projetos estudados, quanto a qualidade do

espaço interno e os custos para produção das unidades.

DELIMITAÇÕES DE PESQUISA

Para alcançar os objetivos propostos foram estudadas todas as plantas de unidades

habitacionais dos empreendimentos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR)

Page 23: método para avaliação de projetos de habitação social

22

construídos nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande (região de Cuiabá) no período de 2000 a

2008. As duas cidades são as que, desde o início do programa, receberam empreendimentos

do PAR. O período do estudo refere-se ao tempo em que ocorreram as contratações no

Estado.

Em Mato Grosso não foram edificados empreendimentos verticalizados, apenas um

contrato tem unidades do tipo sobrado. As unidades são do tipo unifamiliares com dois

dormitórios, sala, cozinha, banheiro, em alguns casos área de serviço e varanda. A pesquisa

foi realizada nos arquivos da Regional de Sustentação ao Negócio Governo (RSNGOV/CB),

da CAIXA e na Prefeitura Municipal de Cuiabá e Várzea Grande. Atualmente o PAR está

suspenso, e a provisão de habitação está sendo atendida pelo Programa Minha Casa Minha

Vida (PMCMV).

O estudo se refere às dimensões internas dos cômodos. Não são abordados, neste

estudo, aspectos como diversificação e comparação de sistemas construtivos, análise de

variáveis de conforto lumínico, ou conforto sonoro, ou conforto térmico, nem mesmo valores

estéticos. Outros importantes aspectos como acesso-comunicabilidade, personalização da

habitação e as opiniões dos usuários (pós ocupação) também não serão estudados. Os aspectos

do entorno (equipamentos comunitários, transporte, lazer e ligações com a cidade) e

infraestrutura (redes de água, energia, esgoto, drenagem e pavimentação), apesar de sua

grande importância não foram considerados neste trabalho, pois seria necessário avaliar cada

empreendimento como um todo o que seria inviável neste momento. Pretende-se avaliar

apenas a adequação espaço-funcional da habitação, apresentada em sua forma documental, ou

seja, em projeto.

ESTRUTURA DO TRABALHO

No primeiro capítulo há um breve relato histórico sobre as habitações brasileiras a

partir do século XX, mostrando as ações do Estado (Federal, Estadual e Municipal) com

relação às questões habitacionais no decorrer de décadas. São abordadas as questões de

criação do BNH e da COHAB/MT e de suas extinções e, os programas habitacionais

disponíveis para o atendimento da demanda habitacional no Brasil atualmente.

Os principais aspectos históricos de Cuiabá e Várzea Grande são registrados no

segundo capítulo, bem como um breve relato sobre a habitação nesta duas cidades e a atuação

Page 24: método para avaliação de projetos de habitação social

23

do BNH e da Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso (COHAB/MT) e,

finalmente, as realizações após a extinção da Companhia.

O terceiro capítulo traz os estudos realizados sobre qualidade e sobre as dimensões da

habitação de interesse social e parâmetros dimensionais que podem ser utilizados na análise

de projetos.

Vários métodos de avaliação da habitação e seus pontos convergentes e divergentes

são descritos no quarto capítulo. Destaque para os métodos de Buzzar e Fabrício, de Pedro e

de Palermo.

O método proposto, sua aplicação e os resultados obtidos são tratados no quinto

capítulo.

As considerações finais e sugestões para trabalhos futuros são apresentados no sexto e

último capítulo.

Page 25: método para avaliação de projetos de habitação social

24

1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL

A casa tem vários significados, lugar de defesa, abrigo das intempéries, abrigo,

proteção. Segundo Correia (2004, p. 47), “ao longo da história, outros significados foram

sendo incorporados à casa. Na segunda metade do século XIX e na primeira do XX, o

conceito de casa como alojamento foi alvo de críticas profundas. Suas condições sanitárias

foram questionadas e seu papel na reprodução da família e na produtividade do trabalho foi

discutido.”

A habitação no Brasil inicialmente sofreu grande influência da cultura dos portugueses

e em algumas partes do país também dos espanhóis. A influência moura sobre estes últimos

também refletiu em nossas moradias, com suas treliças e balcões (muxarabiês) (LEITE, 2006;

BRANDÃO H., 2007; VERÍSSIMO E BITTAR, 1999). O português foi para Veríssimo e

Bittar (1999, p. 17-19) um harmonizador da influências sobre a moradia no Brasil:

Com o índio, aprendeu que cozinhar nos trópicos é uma tarefa a ser feita ao lado de fora; numa varanda ou num puxado ao lado da casa. A solução para o escoamento das grandes chuvas ele copia da experiência apreendida no Oriente, trazendo dessas regiões as inflexões dos telhados e dos beirais alongados com desenhos graciosos. De Portugal traz as paredes caiadas e os portais coloridos, tão comuns nas paisagens do Minho, do Alentejo e do Algave.

As casas da população mais pobre eram construídas em taipa (estrutura de madeira e

barro) ou adobe (massa de barro, esterco e grama), normalmente construída nas zonas rurais,

dadas as características agrárias da nossa economia até ao século XX (AQUINO, 2009, p. 54-

57).

Todas estas influências serão transformadas no século XX, através da industrialização

do Brasil, a atuação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP) e a interferência do

Estado na produção habitacional a partir de 1946 até os dias atuais.

Page 26: método para avaliação de projetos de habitação social

25

1.1 HABITAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO SÉCULO XX.

No início do século XX, a industrialização, destacadamente em São Paulo, gerou uma

grande demanda por moradias, principalmente por pessoas vindas da zona rural. As fábricas

instaladas longe dos centros forçaram os seus trabalhadores a buscarem formas de residirem

nas proximidades, tendo como alternativa as habitações coletivas e lotadas, os cortiços

(Figura 1 e Figura 2).

Correia (2004), Folz (2003) e Bonduki (2004) relatam os comentários das autoridades

sobre os cortiços, que destacavam as precárias condições de saneamento e alto adensamento

nos cômodos. Cada família se instalava em um conjunto de sala e quarto sem janelas (alcova),

independente do número de pessoas; o banheiro era coletivo e em alguns casos a área da

cozinha também. Motta3 (1894 apud BONDUKI, 2004, p. 24) descreve:

Raramente cada casinha tem mais de 3 m de largura, 5 a 6 m de fundo e altura de 3 m a 3,5 m, com uma capacidade para quatro pessoas quando muito. [...] O cômodo de dormir, aposento que ocupa o centro da construção, não tem luz nem ventilação nem capacidade para a gente que o ocupa à noite.

As péssimas condições em que viviam os trabalhadores a proliferação de doenças que

atingiram também as classes mais abastadas foram alvo de intensas críticas por parte de

médicos e engenheiros, na Europa e no Brasil. Estes profissionais defendiam uma moradia

mais salubre, com técnicas construtivas que eliminassem a umidade e promovessem o

saneamento. Finalmente deveria ter um custo baixo para ser acessível aos trabalhadores

(CORREIA, 2004; BONDUKI, 2004; CORTÉS, 2008). Então a habitação econômica deveria

ser:

[...] suficientemente pequena para que nenhum ‘estranho’ possa morar e, contudo, bastante grande para que os pais possam dispor de um espaço separado dos filhos e que tenham a possibilidade de vigiá-los em suas ocupações sem serem observados na sua intimidade. (Donzelot4, 1986 apud CORREIA, 2004, p. 31).

A nova disposição interna dos cômodos deveria garantir a moral e evitar a

promiscuidade: sala, cozinha e quartos para cada sexo (CORREIA, 2004, p. 29).

3 MOTTA, Cesário. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Presidente do Estado pelo Secretário d´Estado dos Negócios do Interior . São Paulo: Tipographia Vanordem & Comp., 1894. 4 DANZELOT, J. A polícia das famílias. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

Page 27: método para avaliação de projetos de habitação social

26

Figura 1 - Cortiço

Fonte: (ARAGÃO5 apud TREVISAN 2006)

Figura 2 - Cortiço e a privacidade

Fonte: (Valladares6, 1982 apud FOLZ, 2003, p. 18)

A questão habitacional passou a ser controlada pelo setor industrial que produziu vilas

para moradia dos seus trabalhadores (Figura 3). Segundo Blay7 (1980 apud Bonduki 2004, p.

47) as vilas acabavam por difundir os:

[...] padrões de comportamento adequados, na óptica capitalista do desempenho do trabalho livre. Os padrões de honra exaltados, as regras de moral burguesa e as normas de vida transmitidas pela burguesia ao operariado constituíam parcela da ideologia a ser difundida aos subordinados [...].”

5 ARAGÃO, Solange Moura Lima de. Da persistência do ecletismo nas vilas paulistanas. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2000. 6 VALLADARES, L. do P. (Org.). Repensando a habitação no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 7 BLAY, Eva. Dormitórios e vilas operárias. In: Habitação em questão. Rio de janeiro: Zahar, 1980.

Page 28: método para avaliação de projetos de habitação social

27

Figura 3 - Casa Econômica tipo 3.

Fonte: (Magro8, 1931 apud CORREIA, 2004, p. 40)

Figura 4 - Vila economizadora

Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 67)

Os conjuntos de habitações para o operariado eram denominados Vilas

Economizadoras. Leite (2006) citando Carpintéro9 (1997), informa que as Casas Econômicas

(Figura 4) da Vila Economizadora “recebiam o estudo cuidadoso do mobiliário adequado para

este tipo de residência”. O mobiliário era pensado para atender as necessidades dos moradores

de forma racional e econômica.

Depois os sindicatos dos trabalhadores, utilizando recursos de pensões, financiaram a

construção de residências para seus associados. Vários autores (DAMÉ, 2008; BONDUKI,

2004; LEITE, 2006) apresentam que os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP) foram

criados na década de 30 e financiaram moradias para seus associados. Leite (2006) informa

que foram entregues, em 1938, 80 casas denominadas higiênicas, mobiliadas e padronizadas.

Segundo Carpintéro10 (1997 apud Leite) os móveis que compunham a unidade eram:

Uma mesa, seis cadeiras e buffet, para sala de jantar; cama, mesinha de cabeceira, duas cadeiras, um camiseiro e um guarda-roupa de duas portas com espelho, para o quarto de casal; duas camas, mesinha de cabeceira,

8 MAGRO, Bruno Simões. Habitação econômica: In: CONGRESSO DE HABITAÇÃO, I., São Paulo. Annaes... São Paulo: Publicação Official, Instituto de Engenharia, Divisão de Architectura, 1931. p.55-80. 9 CARPINTÉRO, Marisa Varanda Teixeira. A construção de um sonho: os engenheiros-arquitetos e a formação da política habitacional no Brasil (São Paulo 1917-1940). Campinas: UNICAMP, 1997. 10 Ibid., p. 137

Page 29: método para avaliação de projetos de habitação social

28

cadeira e guarda-roupa com uma porta e espelho para o quarto de solteiro. Os banheiros serão dotados de um armário embutido. A cozinha terá prateleiras e um filtro. Os móveis foram construídos com peroba rosa e canela, com as esquadrias internas em cedro [...]

Conforme Palermo et al. (2007), essas residências possuíam áreas molhadas inseridas

no corpo da casa e uma varanda na frente, para que os moradores estabelecessem relações de

vizinhança, utilizando este espaço como transição da casa (privado) para rua (público).

Leite (2006) informa que foram construídas 47.789 moradias, “representando números

modestos, porém evidenciam uma nova forma de atuação do Estado: a interferência direta na

produção de habitação”. Esta interferência se concretizou com a imposição do Código de

Posturas.

No governo de Getúlio Vargas (1937-1945) as habitações coletivas foram vistas como

desagregadoras da família. Assim, segundo Bonduki (2004, p. 86): “a habitação operária

torna-se, portanto, área crucial para a manutenção da ordem econômica, política e social”.

Segundo Palermo (2007) e Bonduki (2004), por incentivo do Estado a aquisição da casa

própria significava o progresso material do morador. Palermo (2007) ainda completa que o

Estado tinha como objetivo eliminar a habitação coletiva, propiciando um ambiente salubre e

que, para minimizar os custos, propõe a redução de adornos e adoção de dimensões mínimas.

Correia (2004, p. 85) coloca que entre as décadas de 1930 e 1940, arquitetos e

engenheiros aqui no Brasil difundiram “as concepções de racionalização da habitação que

foram postuladas nos primeiros CIAMs”. O autor destaca, dentro deste contexto, a atuação

dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IPAs), particularmente dos Industriários.

O Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT), formado por empresários

e engenheiros “de viés positivista” (BONDUKI, 2004, p. 73), difundiu as ideias e práticas

tayloristas na organização da habitação, relacionadas à “construção, ao projeto e arranjo

interno da casa e à reorganização das tarefas domésticas, de modo a aumentar a eficiência no

âmbito dos diferentes aspectos associados à habitação” Correia (2004, p. 87). Plantas com

dimensões racionalizadas, reduzidas para o mínimo necessário são a representação do

funcionalismo (Figura 5 e Figura 6), trazido pelo movimento modernista.

Page 30: método para avaliação de projetos de habitação social

29

Figura 5 - Apartamento área mínima - IAP11

Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 181)

Figura 6 - Fachada do Conjunto Realengo

Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 181)

No mesmo período, os conceitos de funcionalidade e racionalização estavam sendo

introduzidos por Le Coubusier como forma de reduzir o déficit habitacional na Europa do

pós-guerra.

A crise de habitação, no Brasil, no pós-guerra foi ocasionada por vários fatores como a

especulação imobiliária e o congelamento dos aluguéis. Este último provocou o desinteresse

na produção de novos imóveis para locação e um grande volume de despejos. Este

desinteresse somado ao avanço do Partido Comunista, fez com que o Governo Dutra

priorizasse a habitação social (GITAHY E PEREIRA, 2002, p. 124). Segundo Bonduki

(2004), Gitahy e Pereira (2002) e Damé (2008), em 1946, foi criada a Fundação Casa Popular,

primeiro órgão federal criado para atender as demandas habitacionais, que buscava priorizar a

população que não era servida pelos IAPs. A fundação executou 16741 moradias até ser

substituída pelo BNH (FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985).

Cunha, Arruda e Medeiros (2007) explicam que o BNH foi criado, em 1964, com o

objetivo de construir casas para a população de baixa renda, entretanto, segundo estes autores,

com uma arquitetura que era “padronizada e desqualificada” (Figura 7 e Figura 8).

11 Conjunto Residencial Realengo, 2344 unidades, Arq. Carlos F. Ferreira, Rio de janeiro, décadas de 30 e 40.

Page 31: método para avaliação de projetos de habitação social

30

Figura 7 - Casa de 2 quartos (Área =43 m², Anil, nov./73 a fev./76, São Luís/MA, COHAB/MA)

Fonte: (BANCO NACIONAL DE HABITAÇÃO, 1979, p. 37)

Segundo o próprio Banco Nacional de Habitação (BNH) (1979, p. 7), sobre sua

criação:

O Congresso, em 21 de agosto de 1964, aprovou a lei proposta pelo Executivo [Presidente Castelo Branco], criando o Sistema Financeiro de Habitação, tendo o Banco Nacional de Habitação como seu órgão central.

Essa lei tinha por objetivo acelerar a atividade da construção civil, dada sua elevada participação na geração de rendas internas, sem pressões na balança comercial, e grande capacidade de ocupação de mão-de-obra. Destinava-se também a gerar condições que propiciassem uma ampliação na oferta de novas moradias, com prioridade de atendimento às famílias de menor renda.

Sobre esta declaração do BNH, pode-se verificar que está alinhado com os objetivos

do atual Programa Minha Casa Minha Vida, também do governo federal.

Cria-se, então, com o BNH, a diferenciação entre o que se obtinha através do governo

e o que as pessoas com recursos podiam ter, ou seja, para estas últimas, casas personalizadas

executadas por profissionais ao gosto do cliente. Sobre este período, comenta Palermo (2007),

houve uma deturpação do conceito de casa mínima, visando somente à redução de custos.

Ainda neste período, foi criado o sistema financeiro para a captação de recursos para

fins habitacionais: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Sistema Brasileiro

de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Page 32: método para avaliação de projetos de habitação social

31

Figura 8 - Casa de 2 e 3 Q (Parque Ipê Anil, out./67 a jul./70, Joinville/SC, COHAB/SC)

Fonte: (BANCO NACIONAL DE HABITAÇÃO, 1979, p. 205)

Estão entre as críticas ao BNH: a forte centralização e padronização das soluções

arquitetônicas dos projetos; a mais grave, que é a falta de atendimento às populações de baixa

renda; a falta de articulação entre a execução das casas e a infraestrutura; a construção de

grandes conjuntos habitacionais distantes do centro das cidades, propiciando a especulação

imobiliária e gerando, para os municípios, altos custos para provimento de infraestrutura.

As parcelas fixas dos financiamentos feitos junto ao BNH tornaram-se insignificantes

devido à alta inflação, provocando o colapso financeiro do Banco (CUNHA, ARRUDA e

Page 33: método para avaliação de projetos de habitação social

32

MEDEIROS, 2007). Com a sua extinção, pelo Governo Sarney (1985-1990), em 1986, suas

atribuições passaram a ser exercidas pela Caixa Econômica Federal (CAIXA), mas com a área

de habitação vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU).

Segundo Reis (2008, p. 51), no Governo Collor (1990-1992) houve mudanças no

Sistema Financeiro de Habitação (SFH), como a facilitação para quitar imóveis e alterações

nas correções das prestações. O Governo Federal implantou o Plano de Ação Imediata para a

Habitação (PAIH), que alcançou somente 85,71% da meta, e ainda com custo médio unitário

bem superior ao previsto, “além de os percentuais de alocação de recursos não terem sido, por

motivos eleitoreiros, seguidos, como determinava o Conselho Curador do FGTS”. Além da

irresponsabilidade na gestão dos recursos do FGTS, não havia vínculo dos programas

habitacionais com o saneamento e a infraestrutura urbana.

Os autores Cunha, Arruda e Medeiros (2007) explicam que as restrições de recursos

do Orçamento Geral da União (OGU) e a suspensão dos recursos do FGTS para habitação

provocaram a iniciativa dos governos locais e proporcionou-lhes mais autonomia na questão

habitacional. Como consequência, houve um processo de descentralização e municipalização

das políticas habitacionais. Sem os recursos federais, as administrações municipais buscaram

recursos em organismos internacionais de fomento para a realização das suas próprias

políticas habitacionais. Para o Ministério das Cidades (2004, p. 11):

Esse processo ressalta a potencialidade da gestão municipal em ampliar a eficácia, a eficiência e a democratização das políticas. A gestão municipal teria, ainda, a virtude de ser o nível de governo que permitiria uma maior integração entre as políticas de provisão de moradias e as políticas fundiária e de controle do uso e ocupação do solo, o que ampliaria mais suas possibilidades de eficácia/eficiência. No entanto, a ideologia munici-palista que passa a dominar importantes setores intelectuais e políticos, de certa forma, ajudou a desviar o foco do processo de desarticulação institucional que caracterizou o setor habitacional nesse período.

De fato, o que ocorreu no setor habitacional foi mais fruto de uma descentralização por ausência, sem uma repartição clara e institucionalizada de competências e responsabilidades, sem que o Governo Federal definisse incentivos e alocasse recursos significativos para que os governos dos estados e municípios pudessem oferecer programas habitacionais de fôlego para enfrentar o problema.

No Governo Itamar Franco (1992-1994), os governos municipais e estaduais

compartilhavam financeiramente a execução das moradias, através de suas contrapartidas nos

empreendimentos (REIS, 2008).

Page 34: método para avaliação de projetos de habitação social

33

Durante o Governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), foi feito um diagnóstico

sobre a gestão de políticas habitacionais, onde foram detectados os seguintes pontos sobre o

setor habitacional (SANTOS12, 1999 apud REIS, 2008, p. 51):

[...] esgotado, em virtude das crescentes dificuldades com a captação líquida das suas fontes de recursos (notadamente o FGTS); regressivo, por ter beneficiado principalmente as camadas de renda média e alta, com elevados subsídios implícitos pagos com recursos do erário; e insuficiente, porque, durante trinta anos o SFH produziu apenas 5,6 milhões do total de 31,6 milhões de novas moradias produzidas no país.

Após este diagnóstico foram criados dois programas, Pró-Moradia e Habitar-Brasil, e

depois o Habitar-Brasil-BID (HBB). O objetivo destes programas era o atendimento da

população com faixa de renda até três salários mínimos, em assentamentos precários e áreas

degradadas; foi criado também o Programa de Arrendamento Residencial considerado por

Reis (2008): “um plano habitacional com forte viés capitalista, mas com evidente inspiração

francesa na experiência de locação social da moradia [...].”

Figura 9 - Apartamento, PAR, Canoas/RS.

Fonte: (TILLMANN, 2008, p. 75)

Figura 10 - Casa, PAR, João Pessoa/PA

Fonte: (BONATES, 2007, p. 223)

1.2 HABITAÇÃO SOCIAL NOS DIAS ATUAIS

Durante o Governo Lula (2003-2006), inicia-se com o Ministério das Cidades o

processo para a criação da Política Nacional de Habitacional para o Brasil. Essa nova política

está inserida na concepção de Desenvolvimento Urbano defendida pelo Estatuto das Cidades,

com ações integradas para prover os cidadãos de habitação, saneamento, mobilidade e 12 SANTOS, Cláudio Hamilton M. Políticas federais de habitação no Brasil: 1964/1998. TEXTO PARA DISCUSSÃO Nº 654. Ministério da Fazenda. Secretaria de Estado de Planejamento e Avaliação. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília, jul. 1999.

Page 35: método para avaliação de projetos de habitação social

34

transporte coletivo, infraestrutura, equipamentos de lazer e convívio social (REIS, 2008;

CUNHA, ARRUDA e MEDEIROS, 2007).

A Política Nacional de Habitação (PNH) é executada através dos programas

habitacionais, os quais provêm a habitação de interesse social. Para o Ministério das Cidades

(BRASIL, 2008a):

Habitação de interesse social é aquela voltada para a população de baixa renda (famílias com renda até cinco salários mínimos) que busca viabilizar para este segmento o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e sustentável através de programas de investimentos e subsídios. [...] alterações na política de habitação foram possíveis a partir da criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).

O Governo Federal é o responsável pela implementação das estratégias e ações que

são orientadas pela Política Nacional de Habitação, aprovada em 2004 pelo Conselho das

Cidades.

Os programas para habitação de interesse social são vários e estão inseridos nas linhas

de ação que direcionam os recursos do Orçamento Geral da União (OGU), do Fundo Nacional

de Habitação de Interesse Social (FNHIS), do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

(FGTS), do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e do Fundo de Desenvolvimento

Social (FDS).

Destes programas os que têm origem de recursos do OGU e do FNHIS são oferecidos

na forma de repasse, ou seja, recursos não onerosos. Assim, são liberados conforme o

andamento das obras, e não são devolvidos aos cofres do Governo Federal, entretanto devem

ser adequadamente administrados. O aporte de contrapartida pelo proponente (estado ou

município) é obrigatório.

O Ministério das Cidades atua nos programas habitacionais como o Gestor das

aplicações dos recursos que atendem a cada programa e tem a responsabilidade de

implementar, monitorar e avaliar os programas. A Caixa Econômica Federal é o agente

Operador e deve acompanhar e controlar os financiamentos (FGTS, SBPE, FAR, FAT) e

repasses (OGU, FNHIS).

No Quadro 1, tem-se um panorama dos programas habitacionais disponíveis

atualmente, localizando-os dentro dos eixos ou linhas de ação da Política Nacional de

Habitação (PNH), as ações e modalidades de cada programa e as fontes de recursos.

Page 36: método para avaliação de projetos de habitação social

35

EIXO DA POLÍTICA

PROGRAMA AÇÃO OU MODALIDADES FONTE DE RECURSOS

1. I

nte

gra

ção

urb

ana

de

asse

nta

men

tos 1.1. Urbanização,

regularização e integração de assentamentos precários

1.1.1 Melhoria das condições de habitabilidade de assentamentos precários.

OGU / FNHIS (PAC)

1.2. Programa de atendimento habitacional através do setor público

(Pró-Moradia)

1.2.1. Urbanização e regularização de assentamentos precários.

FGTS (PAC)

1.3. Projetos Multissetoriais Integrados

1.3.1. Urbanização e regularização de assentamentos precários.

FAT (PAC)

1.4. Programa Prioritário de Investimentos (PPI)

1.4.1. Apoio à melhoria das condições de habitabilidade de assentamentos precários, com

produção e/ou aquisição de unidades habitacionais.

OGU (PAC)

1.5. Habitar Brasil / BID (HBB)

1.51. Diversas13 OGU

1.6. Programa Habitação de Interesse Social

1.6.1. Prestação de serviços de assistência técnica

OGU / FNHIS (PAC)

2. P

rovi

são

hab

itaci

on

al

2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida

2.1.1. Produção de unidades habitacionais em municípios com população acima de 100.000

habitantes e/ou integrantes de Região Metropolitana (RM). Renda familiar: 0 a 3

salários mínimos.

FAR

2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida

2.1.2. Produção ou aquisição de unidades habitacionais urbanas em municípios com

população acima de 50.000 habitantes Renda familiar: 0 a 10 salário-mínimo

OGU / FNHIS

2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida

2.1.3. Produção ou aquisição de unidades habitacionais em municípios abaixo de 50.000

habitantes e não integrante de RM. Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos.

OGU (oferta pública de recursos)

2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida

2.1.4. Requalificação de imóveis, aquisição de terreno e produção de unidades habitacionais por entidades privadas sem fins lucrativos.

Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos

FDS

2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida

2.1.5. Produção de unidades habitacionais rurais Renda familiar: 0 a R$ 58.000,00 anuais.

OGU / FNHIS

2. P

rovi

são

hab

itaci

on

al

Pro

visã

o h

abita

cio

nal

(co

nt.)

2.2. Programa Crédito Solidário

2.2.1. Requalificação de imóveis, aquisição de terreno e produção de unidades habitacionais por entidades privadas sem fins lucrativos.

Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos.

FDS

2.3. Ação de Apoio à Produção Social da

Moradia

2.3.1. Produção ou aquisição de unidades habitacionais, de lotes urbanizados, e

requalificação de imóveis por entidades privadas sem fins lucrativos. Renda familiar: 0

a 3 salários mínimos.

OGU / FNHIS

2.4. Programa de subsídio à habitação de interesse

social (PSH)

2.4.1. Produção ou aquisição de unidades habitacionais. Renda familiar: 0 a R$ 1.140,00.

OGU (oferta pública de recursos)

Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais

13 Consultar no sítio do Ministério das Cidades http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/programas-e-acoes/hbb/biblioteca

Page 37: método para avaliação de projetos de habitação social

36

EIXO DA POLÍTICA

PROGRAMA AÇÃO OU MODALIDADES FONTE DE RECURSOS

3. P

rogr

ama

de

aten

dim

ento

ha

bita

cio

nal

atr

avés

do

set

or

púb

lico

(P

ró-M

orad

ia)

- fin

anci

amen

to

3.1. Produção de conjuntos habitacionais.

3.1.1. Produção de conjuntos habitacionais. FGTS

3.2. Programa de Habitação de Interesse

Social

3.2.1. Prestação de serviços de assistência técnica.

OGU / FNHIS (PAC)

3.3. Carta de crédito individual

(financiamento)

3.3.1. Aquisição de unidade habitacional nova ou usada.

FGTS / FDS

3.4.1. Aquisição de lote urbanizado.

3.4. Carta de Crédito Associativo

3.4.2. Aquisição de material de construção.

3.4.3. Construção de unidade habitacional.

3.5.1. Reforma ou melhoria de unidade

habitacional.

3.5. Carta de Crédito Associativo

3.5.2. Aquisição ou construção de unidades habitacionais.

3.5.3. Reabilitação urbana.

3.5.4. Produção de lotes urbanizados.

4. Desenvolvi-mento

Institucional

4.1. Programa de Habitação de Interesse

Social

4.1.1. Apoio à elaboração de Planos Locais de Habitação de Interesse Social.

OGU / FNHIS

Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais (cont.) Fonte: (BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010c, p. 124-125)

A apenas dois programas estabelecem as especificações mínimas de área e

acabamentos, são eles, o Programa de Arrendamento Residencial e o Minha Casa Minha

Vida. Este último somente para unidades construídas com recursos do FAR, que atendem

famílias com renda de zero a três salários mínimos.

O acesso aos recursos, do tipo repasse (OGU/FNHIS), é possível através de emendas

parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo que o município aguarda a

comunicação do Ministério das Cidades e da Caixa, quanto à disponibilização. Outro caminho

é o município preparar uma consulta prévia ao Ministério das Cidades14 e aguardar o processo

de seleção pública.

Conforme a legislação nacional, Lei 8.036/90 (BRASIL, 1990a) os programas de

aplicação do FGTS são regidos pelo Conselho Curador, o qual aprova as taxas de juros,

valores de contrapartida, prazos de amortização entre outros parâmetros para um período de

quatro anos.

14 Modelos e prazos no sítio do Ministério das Cidades WWW.cidades.gov.br

Page 38: método para avaliação de projetos de habitação social

37

A Caixa informa que recursos onerosos (FGTS, FAR e SBPE), ou seja,

financiamentos, são obtidos conforme a capacidade de contrair dívidas do estado, município,

pessoa física ou jurídica pleiteante (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2010a).

1.2.1 Programa de Arrendamento Residencial (PAR)

Segundo a Caixa e o Ministério das Cidades, o programa visa atender à demanda por

habitação para população que ganha até R$ 1.800,00, na forma de arrendamento residencial

por 15 anos, com opção de compra, a partir do 5º ano à vista, inclusive com o uso do FGTS,

ou se o arrendatário quiser, poderá renovar o arrendamento ou devolver o imóvel.

Os recursos do FAR são compostos por empréstimos junto ao FGTS, e por recursos do

Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social - FAS, Fundo de Investimento Social -

FINSOCIAL, Fundo de Desenvolvimento Social - FDS e Programa de Difusão de Tecnologia

para a Construção de Habitação de Baixo Custo (PROTECH), não onerosos. Exceto o FGTS,

os demais fundos estão extintos, permanecendo no lugar o FAR.

Através deste programa são adquiridos empreendimentos concluídos, ou em planta,

em construção ou para reforma, que depois de terminados são arrendados para pessoas físicas

cadastradas pelas prefeituras e selecionadas pela Caixa após análise cadastral e capacidade de

pagamento do arrendamento.

Padrão Mínima Tipologia mínima

2 Quartos, sala, cozinha e banheiro, exceto recuperação de empreendimentos que se

submeterão análise

2 Quartos, sala, cozinha e banheiro, exceto recuperação de empreendimentos que se

submeterão análise Área útil mínima

37 m² (não computadas área de serviço e varanda), exceto para recuperação de

empreendimentos.

35 m² (não computadas área de serviço e varanda)

Especificações Piso cerâmico ou ardósia;

Azulejo nas paredes molhadas do box, pia, lavatório e tanque;

Porta completa nos quartos, sala, cozinha e banheiro;

Pintura externa, acrílica ou textura acrílica, Pintura interna PVA.

Cobertura em telha cerâmica, laje de teto nos banheiros e forro nos demais cômodos; Calçada de proteção em todo o perímetro da

edificação.

Piso cimentado queimado liso. Barra lisa (0,60 cm de altura) na pia e tanque. Barra lisa: altura mínima de 1,50 m em todas

as paredes do banheiro; Porta completa, em madeira, com pintura

sintética, em todos os cômodos. Cobertura em telha cerâmica.

Laje no banheiro, sem forro nos demais cômodos.

Revestimento interno: chapisco, reboco e pintura a cal (se aceita látex PVA)

Revestimento externo: chapisco, reboco e pintura acrílica.

Quadro 2 - Especificações determinadas para o PAR

Fonte: Elaborado a partir de Caixa Econômica Federal (2008)

Page 39: método para avaliação de projetos de habitação social

38

Os empreendimentos são ofertados por construtoras dentro de um dos dois padrões

(Quadro 2) e, havendo viabilidade técnica e econômica, são contratados pela Caixa e passam

a ser propriedade exclusiva e integrante do patrimônio do FAR. Empresas administradoras,

contratadas pela Caixa fazem o atendimento, operacionalização da seleção, contratação,

cobrança e substituição dos arrendatários.

1.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida

O Governo Federal, no segundo mandato do Presidente Lula (a partir de 2007),

implantou o mais novo programa de habitação, Programa Minha Casa, Minha Vida

(PMCMV), dentro do eixo de provisão habitacional. Neste novo plano são contempladas

famílias com renda até três salários mínimos, as quais estiveram fora de todos os programas

para habitação anteriores. É previsto, também, o atendimento de famílias que possuem renda

familiar acima de três até dez salários mínimos. Os recursos são provenientes do

OGU/FNHIS, do FAR e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

O programa foi criado em março de 2009, com os objetivos de construir 1 milhão de

casas (para pessoas com renda de 0 a 10 salários mínimos) e gerar emprego e renda com

investimentos na construção civil. Abrange as regiões metropolitanas e municípios com mais

de 100 mil habitantes (recursos do FAR). Dependendo do déficit poderá atender municípios

de 50 a 100 mil habitantes, com recursos do FNHIS e abaixo de 50 mil com recursos do OGU

(CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b).

Os subsídios dividem-se em três faixas, sendo elas: de 0 a 3 salários mínimos com

subsídio total e com isenção do seguro; de 3 a 6 salários mínimos, subsídio parcial com

redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor; e de 6 a 10 salários mínimos,

com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor (CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL, 2009b).

Na modalidade para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos, o PMCMV é muito

semelhante ao PAR. O Governo Federal disponibiliza um valor por casa ou apartamento, no

caso de Mato Grosso são R$ 42.000,00 para apartamento e R$ 39.000,00 para casa, sendo que

está incluso neste valor a infraestrutura necessária a ser executada (até julho de 2010). Os

estados e municípios cadastram a demanda e indicam as famílias para aceso ao programa. As

empresas construtoras apresentam seus projetos à Caixa. Os empreendimentos poderão contar

Page 40: método para avaliação de projetos de habitação social

39

com parcerias dos estados, municípios ou entidades organizadoras. A Caixa faz a análise dos

empreendimentos, contrata a obra, acompanha a execução, libera os recursos conforme o

cronograma e os serviços executados e, ao final, realiza a comercialização (CAIXA

ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). No caso do PAR ao invés de comercialização faz-se o

arrendamento.

Para cada estado, foi liberado um número de unidades a serem subsidiadas conforme o

déficit habitacional e a contrapartida do estado. No caso de Mato Grosso, foram previstas

inicialmente 13.390 unidades habitacionais, o que representa 1,3% do total de 1 milhão

(CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). Já foram contratados até junho de 2010, o

percentual de 135,6% acima desta meta em todo o estado Mato Grosso (BRASIL, 2010b).

Os empreendimentos devem possuir unidades habitacionais com especificações

(Apêndice C) determinadas pelo Ministério das Cidades, podendo o empreendedor optar entre

duas tipologias. A primeira tipologia, apartamento, deve possuir área útil (interna sem contar

áreas de paredes) de 37 m². A casa, segunda tipologia, deve ter área útil de 32 m² (não

computada área de serviço). Ambas têm a seguinte compartimentação: sala, um quarto para

casal, um quarto para duas pessoas, cozinha, circulação, banheiro e área de serviço, sendo que

esta última poderá ser externa na casa (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). Pode-se

verificar que a compartimentação é idêntica do programa PAR.

Nas especificações do Ministério, deve-se ressaltar as novas exigências quanto: ao

mobiliário mínimo, ao atendimento das NBR 15.575 e NBR 9.050 (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), a execução das redes de infraestrutura, e

ainda são solicitados itens de sustentabilidade, acessibilidade e são aceitas inovações

tecnológicas, desde que homologadas pela Caixa Econômica Federal.

Apenas os Programas de Arrendamento Residencial (suspenso) e seu atual sucessor

Programa Minha Casa Minha Vida apresentam especificações mínimas para as unidades

habitacionais, indicando inclusive suas tipologias. Na maioria dos programas, a especificação

da unidade habitacional está atrelada aos recursos financeiros disponíveis e, outros,

normalmente onerosos (financiamentos) seguem a dinâmica do mercado imobiliário.

Page 41: método para avaliação de projetos de habitação social

40

2 HABITAÇÃO POPULAR EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

Cuiabá e Várzea Grande são duas cidades cujas áreas urbanas são divididas apenas

pelo rio que as divide, o Rio Cuiabá. Desde a Lei complementar Estadual nº 83/2001, foi

criado o Aglomerado Urbano, o primeiro de Mato Grosso, do qual fazem parte as duas

cidades (VILARINHO NETO, 2009, p. 107).

2.1 VÁRZEA GRANDE

Com a Guerra do Paraguai, na segunda metade do século XIX, no porto geral o

acampamento militar Couto Magalhães deu origem a um bairro popular. Um novo núcleo

urbano se formou em frente ao Porto na margem direita do Rio Cuiabá, a partir das

instalações militares de uma acampamento e de uma prisão. Este povoado hoje é denominado

Várzea Grande e foi fundado em 15 de maio de 1867, desmembrado de Cuiabá em 23 de

setembro de 1948.

Segundo Vilarinho Neto (2009, p. 107) em 1874 foi inaugurada a primeira balsa para a

travessia do Rio Cuiabá, qual ajudou a consolidar o povoado e, em 1942 foi construída a

primeira ponte de concreto sobre este rio, a pedido do interventor Julio Müller. O autor

continua que em 1970, Várzea Grande deixa de ser uma “cidade dormitório” e torna-se a

“Capital Industrial de Mato Grosso”, com o que ele discorda, dizendo que é mais uma “cidade

comerciária”. Está em Várzea Grande o aeroporto que atende a Cuiabá.

Não se verifica em Várzea Grande o “processo de crescimento vertical, tal como vem

acontecendo em Cuiabá” (VILARINHO NETO, 2009). Ainda conforme o autor, no setor sul

ficam as residências de melhor padrão, já as residências populares estão em quase toda a área

urbana da cidade e mais precárias nos bairros Jardim Eldorado, São Cristóvão e Morada do

Sol. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (2009) a população estimada

para 2009 é de 240.038 e área de 938 km². Suas coordenadas são 15°38'52.06" (S) e 56°

7'59.47" (W).

Page 42: método para avaliação de projetos de habitação social

41

2.2 CUIABÁ

Vários autores apresentam as características físicas de Cuiabá, tais como Aquino

(2009, p. 109); Romancini (2005, p. 31); Durante, Nogueira e Sanches (2006, p. 25) e Duarte

(1995): uma cidade que se localiza na porção centro-sul do estado de MT, com altitude média

165 m. Encontra-se no centro geodésico da América do Sul, com coordenadas 15º35’56” (S) e

56°06’01” (W). Possui, segundo o IBGE (2009), área de 3.538,17 km2 e população estimada

para 2009 de 550.562 habitantes.

Cuiabá possui quatro distritos: Cuiabá (sede); Coxipó da Ponte, Nossa Senhora da

Guia e Coxipó do Ouro. É separada da cidade de Várzea Grande apenas pelo Rio Cuiabá. A

cidade está na microrregião Cuiabá, formada pelos municípios de Chapada dos Guimarães,

Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande

(CUIABÁ, 2010).

Campelo Jr. et al.15 (1991, p. 548, apud DUARTE 1995) informa que a direção

predominante dos ventos é norte (N) e noroeste (NO), na maior parte do ano e sul (S) no

inverno, com velocidade baixa, mas com picos de velocidade de curta duração.

O Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá (IPDU) (2010)

apresenta como média das temperaturas máximas, entre 1970 e 2007 a temperatura de 32,8° C

e a média das temperaturas mínimas 21,5° e, acrescenta que o clima é tropical continental,

com um período chuvoso (oito meses) e outro seco (quatro meses, maio a agosto de cada

ano).

Vários autores (AQUINO, 2009; ROMANCINI, 2005; CASTOR, 2007; CUIABÁ,

2010; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009; DUARTE,

1995) relatam que a história de Cuiabá iniciou com as bandeiras que procuravam índios para o

trabalho nas lavouras, e nesta busca encontram ouro e diamantes no interior do país. Pascoal

Moreira Cabral, informado por Antônio Pires de Campos, veio em busca de índios e

encontrou ouro no hoje denominado Rio Coxipó. Em 8 de abril de 1719, foi fundado o arraial

de Forquilha, com Pascoal Moreira Cabral como guarda-mor regente. Miguel Sutil de

Oliveira, João Francisco Barbado e outros, conduzidos pelos índios encontram maiores

quantidades de ouro nas proximidades no morro do Rosário, onde hoje está a Igreja do

15 CAMPELO Jr. et al. Caracterização Macroclimática de Cuiabá. In: 3º Encontro Nacional de Estudos sobre o Meio Ambiente. Londrina 1991. Anais. Londrina, V. 1, Comunicações, p.542-552.

Page 43: método para avaliação de projetos de habitação social

42

Rosário, local onde se consolidou o povoado e em 1727 erigido em Vila de Nosso Senhor

Bom Jesus de Cuiabá.

Em 9 de maio de 1748, foi criada a Capitania de Mato Grosso, com Dom Antônio

Rolim de Mouras Tavares como governador. Cuiabá passa a cidade em 17 de setembro de

1818 e passa a capital em 1836. Em meado do século XIX, os povoados do Porto e de Cuiabá

se ligaram somando 10.000 habitantes.

Várias casas foram erguidas no Largo da Conceição, onde em 1871 foi construído um

chafariz. A localidade do Coxipó se integrou à cidade no final do século XIX, se consolidando

em 1940 com a abertura da estrada para Campo Grande.

2.3 HABITAÇÃO EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

A descrição da casa cuiabana antiga (região de Cuiabá e Várzea Grande) é dada por

Freire (1997, p. 81), que destaca o despojamento e a simplicidade mesmo das residências dos

mais abastados:

As dimensões do espaço interior marcavam o status do proprietário. Embora conservando em sua fisionomia traços da casa paulista em que se inspirou, a casa cuiabana traz a novidade de pé-direito alto, diferenciando-se das casas do século XVIII do beco do Candeeiro, das ruas de Baixo e do Meio. Implantada diretamente sobre o alinhamento da via pública, tem a fachada simples, marcada pelos janelões [Figura 11] [...]. A varanda, inicialmente fechada e mais tarde aberta para o quintal, tornou-se um dos traços marcantes da casa cuiabana [Figura 12].

[...] O espaço do lote urbano, na direção da rua para o fundo do quintal [Figura 13], obedecia a um certo padrão. [...] corpo da casa, varanda e cozinha, pequeno pátio interno onde se localizava o poço, forno, plantas ornamentais, plantas medicinais, horta e árvores frutíferas.

Figura 11 - Fachada de casa cuiabana

Fonte: (AGUIAR, 2004)

Page 44: método para avaliação de projetos de habitação social

43

Figura 12 - Varanda da casa cuiabana

Fonte: (RODRIGUES, 2004a)

Figura 13 - Quintal de casa Cuiabana

Fonte: (RODRIGUES, 2004b)

Os mais pobres também seguiam este esquema, porém em proporções reduzidas de

área, com mobiliário de fabricação local, sem vidraças e com pé-direito menor.

Figura 14 - Casa simples Rua Prof. João Félix, Cuiabá/MT

Fonte: Acervo pessoal (13/10/2010)

Page 45: método para avaliação de projetos de habitação social

livro de Ludmila Brandão

desenvolver em ritmo mais lento

interventor Júlio

Avenida Getúlio Vargas,

como o Grande Hotel, o Cine Teatro,

Mato Grosso

comenta

em ritmo

no hoje denominado Bairro Popular.

a nº 11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t

Um croqui pode ser observado na

livro de Ludmila Brandão

Figura 15

Fonte: Desenho de Ademar Poppi

Cuiabá, devido

desenvolver em ritmo mais lento

interventor Júlio

Avenida Getúlio Vargas,

como o Grande Hotel, o Cine Teatro,

Mato Grosso e o Quartel

comenta que:

Freire complet

em ritmo de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç

no hoje denominado Bairro Popular.

11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t

Um croqui pode ser observado na

livro de Ludmila Brandão.

15 - Planta de uma casa cuiabana

Fonte: Desenho de Ademar Poppi L., 2008

Cuiabá, devido a redução da navegação e a escassez de estradas

desenvolver em ritmo mais lento

interventor Júlio Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

Avenida Getúlio Vargas, onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

como o Grande Hotel, o Cine Teatro,

o Quartel (SÁ, 1980; FREIRE, 1997

Para estimular a ocupaçfacilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais sofisticadas.

Freire completa que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç

no hoje denominado Bairro Popular.

11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t

Um croqui pode ser observado na

. Na Figura 16

Planta de uma casa cuiabana

Fonte: Desenho de Ademar Poppi (BRANDÃO L., 2008)

a redução da navegação e a escassez de estradas

desenvolver em ritmo mais lento. Em 1940, O

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

como o Grande Hotel, o Cine Teatro,

SÁ, 1980; FREIRE, 1997

Para estimular a ocupaçfacilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais sofisticadas.

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç

no hoje denominado Bairro Popular. Relacionadas a estas casas, e

11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t

Um croqui pode ser observado na Figura

16 tem-se um outro croqui das casas cuiabanas antigas

Planta de uma casa cuiabana

BRANDÃO

a redução da navegação e a escassez de estradas

Em 1940, O

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

como o Grande Hotel, o Cine Teatro, o Tribunal,

SÁ, 1980; FREIRE, 1997

Para estimular a ocupação da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç

Relacionadas a estas casas, e

11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t

Figura 15, feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no

se um outro croqui das casas cuiabanas antigas

Figura

Fonte:

a redução da navegação e a escassez de estradas

Em 1940, O governo

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

Tribunal, a Secretaria

SÁ, 1980; FREIRE, 1997). Sobre este período

ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç

Relacionadas a estas casas, e

11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de terrenos à Fundação Casa Popular, órgão

feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no

se um outro croqui das casas cuiabanas antigas

Figura 16 - Casa cuiabana antiga

onte: (PÓVOAS, 1980, p. 55

a redução da navegação e a escassez de estradas

de Getúlio Vargas, através do

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

Secretaria-geral, o

Sobre este período

ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais e técnicas construtivas mais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

de crescimento vegetativo”, interrompido pela construção das 104 casas populares,

Relacionadas a estas casas, em 1948, surgem duas Leis,

errenos à Fundação Casa Popular, órgão

feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no

se um outro croqui das casas cuiabanas antigas

Casa cuiabana antiga

PÓVOAS, 1980, p. 55)

a redução da navegação e a escassez de estradas, passou a se

de Getúlio Vargas, através do

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

o Colégio Estadual de

Sobre este período Freire (1997, p. 120

ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de

e técnicas construtivas mais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

ão das 104 casas populares,

m 1948, surgem duas Leis,

errenos à Fundação Casa Popular, órgão

44

feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no

se um outro croqui das casas cuiabanas antigas.

Casa cuiabana antiga

, passou a se

de Getúlio Vargas, através do

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

Colégio Estadual de

1997, p. 120)

ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas], o governo facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de

e técnicas construtivas mais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

ão das 104 casas populares,

m 1948, surgem duas Leis,

errenos à Fundação Casa Popular, órgão

44

feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no

, passou a se

de Getúlio Vargas, através do

Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de

onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital

Colégio Estadual de

)

, o governo facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de

e técnicas construtivas mais

a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra

ão das 104 casas populares,

m 1948, surgem duas Leis,

errenos à Fundação Casa Popular, órgão

Page 46: método para avaliação de projetos de habitação social

45

federal responsável pela construção e a segunda desapropriou vários terrenos nas

proximidades da Avenida Getúlio Vargas que foram doados à Fundação da Casa Popular.

O bairro popular possuía unidades de dois, três e quatro quartos, segundo o projeto

assinado pelo Engenheiro, da Construtora Comércio Ltda, Sr. José Garcia Netto.

Castor (2007) descreve o primeiro bairro de habitação popular (Figura 17) de Cuiabá

como uma resposta do poder público, no caso do cuiabano, presidente Eurico Gaspar Dutra,

aos problemas de saúde pública:

[...] Trata-se de 128 casas construídas em 1949 por intermédio da “Fundação da Casa Popular”, 56 delas na cidade de Corumbá, 72 em Cuiabá [FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985, p. 71]. Casas térreas com alvenaria de tijolos cerâmicos, telhas de barro e esquadrias de madeira foram dispostas isoladamente no interior de pequenos lotes, de modo a favorecer a iluminação e a ventilação natural dos cômodos. Malgrado seu aspecto neocolonial, tal solução urbanística rompia com o padrão das antigas moradias cuiabanas, estas sim de origem genuinamente colonial, que não contavam com recuos laterais nem frontais.

Figura 17 - Conjunto Habitacional Popular, na década de 60.

Fonte: A Gazeta (apud BRANDÃO, PORTOCARRERO, et al., 2010).

Figura 18 - Croqui da planta original da

casa, sem escala

Fonte: Acervo GHA. (apud BRANDÃO, PORTOCARRERO, et al., 2010).

Figura 19 - Fachada da unidade nos dias atuais.

Fonte: Acervo pessoal (11/10/2010).

Page 47: método para avaliação de projetos de habitação social

46

Nas Figura 17 e na Figura 18, pode-se observar o estilo das moradias do novo bairro,

em lotes com afastamentos frontal e laterais. Na Figura 19, temos a fachada de uma das

poucas unidades do bairro que se mantém quase inalteradas, as esquadrias não são as

originais, mas a telhas, a varanda, os afastamentos são como construídos inicialmente. Em

contraste com as casas existentes, segundo Freire (1997, p. 46):

A arquitetura das primeiras casas segue o padrão paulista do século XVIII. O padrão de arquitetura bandeirista paulista assume em Cuiabá algumas características particulares, semelhantes às registradas em Vila Boa de Goiás.

As casas são implantadas sobre o alinhamento das ruas e limites laterais do terreno, umas coladas às outras.

A partir de 1960, com a construção de Brasília e o consequente estímulo de

crescimento do Centro-Oeste brasileiro. Começam os primeiros fluxos migratórios frutos da

política do governo federal de ocupação da Amazônia. Com a pressão das imigrações para as

áreas urbanas, o governo estadual se vê compelido a atender a população de baixa renda com

uma política habitacional, que culminará com a criação da COHAB/MT (FREIRE, 1997;

AQUINO, 2009).

2.3.1 Banco Nacional de Habitação e a COHAB/MT

Como já foi dito, em 1964 o Governo Federal cria o BNH, no ano seguinte o

governador Fernando Correa da Costa cria a Companhia de Habitação do Estado de Mato

Grosso (COHAB/MT) que, seguindo as diretrizes daquele banco, conduziu a política

habitacional em Mato Grosso. Sobre a instituição Aquino (2009, p. 117-118) expõe:

A COHAB-MT foi uma sociedade de economia mista por ações, criada pela Lei Estadual n° 2.406, de 28 de junho de 1965 [...].

A Companhia integrava o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) [...] podia, na forma prevista, alienar, doar, onerar, arrendar ou permutar bens de sua propriedade, desde que essas ações representassem o exercício de suas atividades operacionais regulares.

[...]

De 1965, ano de sua criação, a 1995, quando foi extinta, a COHAB-MT implantou 140 conjuntos habitacionais e assentou mais de 46 mil famílias em todo o Estado.

Page 48: método para avaliação de projetos de habitação social

47

Observa-se pelo Gráfico 3, que Cuiabá recebeu o maior número de habitações, seguido

de longe por Várzea Grande e Rondonópolis. Outras cidades16 do estado também foram

atendidas com unidades habitacionais através da COHAB/MT.

Gráfico 3 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1996).

Fonte: Elaborado com base em Aquino (2009, p. 121-2)

O ápice do número de unidades entregues foi em 1979, com outro período de intensa

produção de 1982 a 1988, retomando somente em 1991, já em 1996, foram entregues as

últimas unidades (Gráfico 4).

Gráfico 4 - Unidades Habitacionais entregue, por ano, COHAB/MT, de 1966 a 1996.

Fonte: Elaborado com base em Aquino (2009, p. 121-122).

Há divergência quanto ao número de unidades entregues pela COHAB/MT, de 1966 a

1983, entre os autores Aquino (2009) e FINEP (1985), consultados para a confecção do

16 General Carneiro; Araguainha; Itiquira; Nobres; Araputanga; Porto dos Gaúchos; Tesouro; Canarana; Sinop; Primavera do Leste; Dom Aquino; Santo Antonio do Leveger; Cáceres; Alto Garças; Alto Paraguai; Alto Araguaia; Nova Xavantina; Guiratinga; Nortelândia; Mirassol D´Oeste; Arenápolis; Água Boa; Diamantino; Barra do Bugres; Jaciara; Poxoréu; Pedra Preta; Poconé; Tangará da Serra; Rosário Oeste; Chapada dos Guimarães; Barra do Garças.

Demais Cidades Rondonópolis Várzea Grande Cuiabá

Unidades Habitacionais 6807 4107 4319 22461

0

5000

10000

15000

20000

25000

un

idad

es

Hab

itac

ion

ais

Cohab/MT unidades por cidades 1966-1996

1966 1969 1970 1971 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1987 1988 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

Unidade Habitacionais 365 1553 2016 463 1447 129 7254 1152 861 4828 1880 1864 6171 3851 262 3498 100

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Un

idad

es

hab

itac

ion

ais

Habitação por Ano Cohab/MT - 1966 a 1996

Page 49: método para avaliação de projetos de habitação social

48

Gráfico 4 e Gráfico 5. O primeiro considera várias outras cidades de Mato Grosso que não

foram levantadas pelo estudo do segundo e este acrescenta em seu levantamento os imóveis

da PLANOESTE (Planejamento e Coordenação de Projetos Habitacionais Ltda), que

totalizam 3311 unidades entregues entre 1977 e 1983.

Gráfico 5 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1983).

Fonte: Elaborado com base em FINEP (1985).

Castor (2007, p. 255), comentando sobre os conjuntos habitacionais construídos pela

COHAB/MT:

[...] casas térreas e isoladas com 15 a 60 m² de área construída, com plantas convencionais [BNH] com um, dois ou três quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviços, [...] tudo organizado em cômodos mínimos, casas impessoais e conjuntos periféricos monótonos e desprovidos de identidade”.

O autor acrescenta que os primeiros conjuntos da COHAB/MT foram o Cidade Verde

(1966) ou Cohab Velha como os moradores o chamam, e Nova Cuiabá (1969), ambos em

Cuiabá, com respectivamente 365 e 443 unidades, provavelmente, segundo o autor, em

“resposta aos surtos de loteamentos clandestinos da década de sessenta”.

Ele destaca também o conjunto habitacional que foi criado para atender aos servidores

públicos da nova região do Centro Político Administrativo (CPA), com o mesmo nome CPA-I

(CASTOR, 2007, p. 257):

Foram disponibilizados pela COHAB-MT seis modelos de residências térreas e isoladas, variando de 30 a 61 m² embora o projeto original previsse um sistema mais complexo de habitações modulares. O objetivo era dotá-las de maior flexibilidade interna e possibilidades de ampliação racionalizada. A lógica desse sistema conduziu à definição de um lote especialmente proporcionado para favorecê-lo. Ao invés de adotar as medidas habituais de 10 ou 12 m por 25 m, a equipe do CPA preferiu

1966 1968 1969 1970 1972 1973 1974 1971 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983

COHAB/MT (1966-1983) (FINEP, 1983) 365 220 589 104 110 944 2937 944 1934 3872 260 7510

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Un

idad

es

hab

itac

ion

ais

habitação por ano Cohab/MT - 1966 a 1983

Page 50: método para avaliação de projetos de habitação social

49

trabalhar com 14 m de frente por 20 m de profundidade. Descentralizada em relação ao lote, a casa original exibia telhado de uma única água para permitir o acréscimo lateral de módulos sem desmonte da cobertura. A proposta das casas acabou descartada pelos técnicos da COHAB/MT, mas o plano urbanístico, incluindo as medidas dos lotes, felizmente não.

A trajetória da COHAB/MT seguiu passos tortuosos até que foi extinta pela Lei 6.763,

em 1996. O professor Aquino (2009, p. 139-140) descreve as três fases que caracterizaram a

existência da Companhia:

Historicamente, existiram três fases no processo administrativo da COHAB-MT. A primeira delas se caracterizou pela produção, comercialização e legalização dos Conjuntos Habitacionais edificados pela COHAB-MT, tendo e verificado, até o início da década de 1980, o pleno cumprimento das etapas contratuais, ou seja, a aquisição do terreno, a construção dos imóveis, a infraestrutura do lugar, a regularização da propriedade (registro do loteamento) e as averbações com o respectivo “habite-se”.

[...]

A segunda fase, que ser estendeu da década de 1980 até o período desativação do BNH (1985) e da assunção dos financiamentos habitacionais pela CEF, a COHAB-MT deixou de cumprir o que era previsto nos contratos de produção de moradias.

[...]

A terceira fase culminou com o processo de extinção da COHAB-MT nos termos da Lei Estadual nº 6.763/96, cujos fatores principais [...] foram herdados do passado e levaram o governo a tomar essa decisão.

Dentre eles, destacam-se os seguintes:

Exaurimento dos recursos do FGTS e do SFH para habitação;

Inclusão dos custos de infraestrutura nos financiamentos, elevando o valor das prestações;

Aumento do índice de inadimplência;

Aumento da taxa de juros;

Falta de uma política habitacional no Estado que permitisse a continuidade dos programas. (AQUINO, 2009, p. 139-140)

Com base nas informações dos projetos citados por Freire (1997, p. 247-282), buscou-

se nos arquivos da Prefeitura de Cuiabá alguns projetos das unidades habitacionais (Figura 20

a Figura 22 e Anexo B).

Page 51: método para avaliação de projetos de habitação social

50

Figura 20 - Planta Baixa, A=25,18 m² (MT.8.I.2.30, CPA 1 e 2/Cuiabá).

Fonte: Desenho com base em COHAB/MT (1979).

Figura 21 - Planta Baixa, A. útil = 54,57 m² (MT.26.I.2.60 Tijucal/Cuiabá).

Fonte: Desenho com base em COHAB/MT (1980c)

Page 52: método para avaliação de projetos de habitação social

51

Figura 22 - Plantas Baixas (Grande Terceiro/Cuiabá, CPA/Cuiabá e COHAB Rio Vermelho/Rondonópolis).

Fonte: Desenhos com base em COHAB/MT (1970).

O último residencial entregue pela COHAB foi o Cristalino, na cidade de Água Boa,

com 100 unidades (AQUINO, 2009).

Page 53: método para avaliação de projetos de habitação social

52

2.3.2 Pós COHAB/MT

Com a extinção da COHAB/MT, as habitações passaram a ser supridas pelos

programas disponíveis na Caixa ou com recursos dos próprios interessados.

No Gráfico 6, pode-se observar a linha histórica da habitação popular (0 a 10 salários

de acordo com cada programa) em Mato Grosso. Há interrupções de fornecimento de

habitação de 1992 a 1999, com exceção em 1996, com fornecimento de 100 unidades

entregues pela COHAB/MT.

Em, 2003 surge a Secretaria de Estado de Infraestrutura (SINFRA/MT) como gestora

da questão habitacional, aumentando sensivelmente o número de unidades custeadas pelo

governo de estado.

A partir de 1995 (Gráfico 7) iniciam-se as contratações dentro de vários outros

programas habitacionais federais executadas em Mato Grosso. Em 1995, registrou-se apenas

duas unidades dentro do FGTS e 5 unidades através da Carta de crédito Individual Imóvel do

SBPE. No ano seguinte houve um sensível aumento chegando a 1087 unidades, destas apenas

43 unidades foram com recursos do SBPE, por pessoas físicas ou construtoras, 672 operações

(compra de imóveis novos, usados, construção em terreno próprio, e carta de crédito) com

FGTS e 372 com recursos do OGU, no Programa Habitar Brasil.

O programa Habitar Brasil teve de 1996 a 1999 (época em que foi trabalhado em Mato

Grosso) um total de 2682 contratações, sendo o único programa com recursos do OGU até

então.

Page 54: método para avaliação de projetos de habitação social

Fonte: Elaborado baseado em

1949

FCP 128

COHAB/MT

PAR (MT)

MCMV (MT)

OUTROS GOV. MT

0500

100015002000250030003500400045005000550060006500700075008000850090009500

100001050011000115001200012500130001350014000145001500015500

Un

idad

es

hab

itac

ion

ais

Fonte: Elaborado baseado em AQUINO, 2009

1949 1966 1969 1970 1971 1977

128

365 1553 2016 463 1447

Gráfico 6 - Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949

AQUINO, 2009; FINANCIADORA DE

1977 1978 1979 1980 1981

1447 129 7254 1152 861

Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)

Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949

FINANCIADORA DE

1981 1982 1983 1984 1987 1988

861 4828 1880 1864 6171 3851

Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)

Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949

FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985

1988 1990 1991 1992 1993

3851 262 3498

Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)

Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949- out

ESTUDOS E PROJETOS, 1985; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).

1993 1994 1995 1996 1997 1998

100

Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)

out./2010).

; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).

1998 1999 2000 2001 2002

1231 123 558

; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).

2003 2004 2005 2006 2007

1871 1816 1412 2514 2036

7.22 14.6 631 1.74 4.30

53

; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).

2007 2008 2009out/2010

2036 3699 488 0

5374 1287

4.30 5.34

Page 55: método para avaliação de projetos de habitação social

54

Gráfico 7 - Unidades Habitacionais recursos FGTS, FAT, OGU e FAR, 1995-2010.

Fonte: Elaborado a partir de levantamento na RSNGOV/CB (out./2010).

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Programas FGTS/FAT/OGU 2 1044 3756 3712 1655 4093 5078 3527 6412 3383 3152 3554 4491 6656 5527 4292

PAR - FAR 0 0 0 0 0 1231 123 558 1871 1816 1412 2514 2036 3699 488 0

PMCMV - FAR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5374 1287

TODOS, EXCETO SBPE 2 1044 3756 3712 1655 5324 5201 4085 8283 5199 4564 6068 6527 10355 11389 5579

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Un

idad

es

Hab

itac

ion

ais

Habitação em Mato Grosso de 1995 -2010

Page 56: método para avaliação de projetos de habitação social

55

Ainda analisando o Gráfico 7, observar-se que o PAR, em 2000, representou

inicialmente 23% das unidades habitacionais que passaram pela Caixa, chegando a 36% em

2008. O programa PAR foi substituído pelo PMCMV o qual alcançou 47% das unidades

habitacionais contratadas em 2009 e já está em 23% em outubro de 2010.

No Gráfico 8, verifica-se a expressiva margem dos recursos FAR para a política

habitacional de Mato Grosso. É importante ressaltar que dentro dos recursos FGTS e SBPE

estão variadas modalidades como: compra de imóveis novos e usados, material de construção,

crédito a construtoras e outros, enquanto o PAR é apenas para execução de unidades novas.

Gráfico 8 - Participação dos recursos na habitação de MT (1995-2010)

Fonte: Elaborado a partir de levantamento na RSNGOV/CB (out./2010)

De 2000, início do programa PAR em Mato Grosso, até 2002, foram construídos

condomínios residenciais com média inferior a 200 unidades habitacionais (Gráfico 9), o

tamanho reduzido daqueles empreendimentos propiciou uma maior ocupação de vazios da

malha urbana, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande, os primeiros municípios a receber

as unidades. Nestes condomínios foi executada toda a infraestrutura: rede de água, de esgoto,

energia e drenagem e pavimentação. As casas foram construídas com padrão baixo, conforme

a NBR 12721 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006), com

especificações próprias do programa. Até então, as áreas destas habitações situavam-se,

normalmente, entre 45 e 50 m² com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço

externa ou interna.

FGTS52,12%

CAIXA/SBPE16,84%FAT

0,34%

OGU8,18%

FAR22,52%

Fonte de recursos para habitação em MT

Page 57: método para avaliação de projetos de habitação social

56

Gráfico 9 - Média de unidades habitacionais por empreendimento PAR, por ano, em MT.

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados na RSNGOV/CB.

A partir de 2003, o Governo Estadual, através da SINFRA/MT, entra como parceiro

do PAR e assim a infraestrutura passa a ser aportada como contrapartida. A implantação que

antes era na forma de condomínio, de propriedade do FAR, passa a ser loteamento, e

consequentemente apenas as unidades habitacionais e seus respectivos lotes são de

propriedade do FAR. A parceria gerou um incremento substancial de unidades habitacionais

por empreendimento (Gráfico 9). As plantas das casas usadas nos empreendimentos PAR em

Mato Grosso são variadas, sempre unidades isoladas e serão estudadas mais a frente. Outra

importante fonte de recursos estadual foi o FETHAB17, com o qual o governo estadual

realizou mais de 9.000 moradias.

Observa-se nos gráficos (Gráfico 10 e Gráfico 11), que foram diversos os programas

utilizados para atender a demanda da questão habitacional no estado. Passos decisivos

iniciaram-se no ano de 2003 e o número de unidades mais que dobrou em 2004. Em 2005,

devido à crise agroindustrial do ano anterior, os investimentos foram tímidos, mas a partir de

2006 foram sendo incrementados, chegando em 2008 a mais de 9.000 unidades habitacionais

em todos os programas estaduais.

17 O Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) foi criado pela lei 7882 de 30/12/02, com o objetivo de financiar o planejamento, execução, acompanhamento, bem como a avaliação dos serviços nos setores de transporte e habitação em todo o Estado de Mato Grosso. O imposto é cobrado sobre o valor do óleo diesel, frete, produção agrícola e pecuária mato-grossense. Atualmente, são destinados cerca de 30% para a construção de casas populares e 70% para obras nas rodovias estaduais. A arrecadação é administrada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e supervisionada pelo Conselho do Fethab, que tem em sua formação secretários de diversas pastas, além de representantes dos sindicatos e entidades da classe. Entre as atribuições do conselho está a formatação de políticas para a aplicação do recurso e a apreciação da prestação de contas MATO GROSSO, 2009b.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Média por conjunto 153,88 123,00 155,00 207,89 206,40 282,40 359,14 407,20 411,00 488,00

Conjuntos Habitacionais 8 1 2 9 10 5 7 5 9 1

-

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00 U

nid

ade

s

Média de unidades por conjunto do PAR em MT (2000 a 2009)

Page 58: método para avaliação de projetos de habitação social

57

Gráfico 10 - Unidades habitacionais, executadas pelo Governo do Estado

Fonte: Elaborado com base em dados do governo estadual (MATO GROSSO, 2009b).

Gráfico 11 - Demonstrativo dos Programas Habitacionais do MT.

Fonte: Elaborado com base em dados do governo estadual (MATO GROSSO, 2009b).

De 1995 a 2003, as ações do governo estadual sobre a habitação não foram muito

expressivas. Através da SINFRA/MT, a partir de 2003, o Governo do Estado desenvolveu

basicamente três tipos de planta para executar sua política habitacional.

Os projetos foram executados nos municípios para os quais o governo do estado

aplicou recursos em conjunto com o FGTS e Caixa, dentro do programa Garantia Caução.

Estes recursos foram distribuídos conforme o tamanho da população do município, sendo que

os maiores puderam executar plantas também maiores. Municípios menores, com menos

recursos executaram as plantas com menor área construída e acabamento mínimo.

Os principais projetos são com área total de 39,64 m², 31,98 m² e 24,12 m². Para o

provimento de habitação de interesse social com recursos do FNHIS foram utilizados os dois

projetos de maior área construída.

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Total 7.930 17.657 2.223 3.763 6.793 9.246

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

Un

ida

de

s h

ab

ita

cio

na

is c

on

stru

ídas

Habitações construídas com a participação do Governo de MT.

LIONS CASA FACIL FNHIS MEU TETOMORAR

MELHOR/ PROSOL

BMCincra/

intermatTô Feliz FETHAB PAR

TOTAL 64 1.632 1.760 1.853 1.866 4.896 5.898 6.243 9.701 13.699

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Títu

lo d

o E

ixo

Programas do Governo de MT - 2003 a 2008

Page 59: método para avaliação de projetos de habitação social

58

A unidade de 39,64 m² possui sala/cozinha, dois quartos, banheiro, área de serviço

(aberta e coberta) e varanda frontal (Figura 23).

Figura 23 - Planta de 39,64 m² do Governo do Estado

Fonte: (MOYSES, 2010)

Figura 24 - Planta de 31,98 m² do Governo do Estado

Fonte: (AMORIM, 2006b)

Figura 25 - Planta de 24,12 m² do Governo do Estado

Fonte: (AMORIM, 2006a)

A segunda unidade com 31,98 m² (denominada “unidade de 32 m²”) possui

sala/cozinha, dois quartos, um banheiro, e não tem área de serviço, apenas com as instalações

hidrossanitárias para o tanque (Figura 24).

Page 60: método para avaliação de projetos de habitação social

59

A mais usada no programa garantia caução com recursos do FGTS, Caixa, Governo de

Estado e Prefeituras foi a casa que possui apenas 24,12 m², composta por sala/cozinha, um

quarto, banheiro e sem área de serviço, somente com a instalação hidrossanitária para o

tanque (Figura 25).

O tamanho reduzido da planta de um quarto, é justificado pelo estado devido ao

pequeno recurso disponível cerca de 10.000 reais, com os quais a Caixa disponibiliza 2/3 do

valor através do FGTS garantia caução, o Governo do Estado aporta mais 1/3 do valor como

caução, no lugar dos beneficiários e, as prefeituras são responsáveis pelo terreno, a

regularização fundiária e a infraestrutura urbana (água, esgoto, pavimentação primária e

drenagem profunda e superficial se for o caso). Os municípios maiores puderam executar a

unidade de 31,98 m², pois há disponibilidade de mais recursos, cerca de 15.000 reais.

Page 61: método para avaliação de projetos de habitação social

60

3 DIMENSÕES E FUNÇÕES DA HABITAÇÃO

A discussão sobre área mínima de uma edificação se estende há quase um século. Os

estudos partem das definições espaciais, das disposições do mobiliário até as atuais discussões

sobre a psicologia ambiental. Folz (2008, p. 103) acrescenta que, mesmo tendo em vista as

exigências psicossomáticas e as exigências quanto às dimensões para a execução das tarefas

domésticas, “tem se adotado normas ultrapassadas como referência para habitação de

interesse social, [...], com áreas abaixo do mínimo, definido em vários estudos”, tais normas

não consideram as especificidades regionais e não propiciam a adequação às novas

configurações familiares.

Para Panero e Zelnik (2001, p. 38) a antropometria aplicada pode ser usada como uma

ferramenta no processo de projeto, se aproveitada de forma adequada e considerando a ampla

gama de “configurações humanas que influenciam o processo”. Eles ainda destacam os

estudos de Edward Hall e concordam que:

Ao acomodar o corpo ao ambiente, os fatores aí envolvidos não podem se limitar às medidas e distâncias, no sentido absoluto de significado destes termos. Distância, e por extensão, área e espaço livre, geralmente têm outras conotações mais sutis e sofisticadas.

Edward Hall (2005, p. 145-155), estudioso dos sentidos e sua relação com o espaço

declara que as distâncias são dinâmicas e variam de indivíduo para indivíduo, dependem de

aspectos culturais, étnicos, além das personalidades situacionais que cada indivíduo poderá

assumir, são as dimensões ocultas.

Este autor definiu as distâncias comuns para um grupo de amostragem americano: a.1)

distância íntima (fase próxima), “do amor e da luta corpo a corpo, da atitude confortadora e

protetora”; a.2) distância íntima (fase remota: de 15 cm a 45 cm) “a voz é usada mas

normalmente é mantida num nível baixo”; b.1) distância pessoal (fase próxima de 45 cm a 75

cm) possibilidade de toque com as extremidades do corpo; b.2) distância pessoal (fase remota:

de 75 a 120 cm) “manter alguém à distância de um braço estendido é uma forma de expressar

a fase remota da distância pessoal”; c.1) distância social (fase próxima de 1,20 m a 2,10 m)

“transações impessoais ocorrem a essa distância”; c.2) distância social (fase remota: 2,10 m a

Page 62: método para avaliação de projetos de habitação social

61

3,60 m) “tem uma característica mais formal do que se ocorresse na fase próxima”; d.1)

distância pública (fase próxima: 3,60 m a 7,5 m) “uma pessoa alerta pode adotar medidas

evasivas ou defensivas se for ameaçada”; d.2) distância pública (fase remota: a partir de 7,5

m) há perda de detalhes da voz e da expressão facial.

Certamente a cultura brasileira não terá como referências as mesmas distâncias

informadas no estudo de Hall, mas fica evidente que o ser humano precisa de espaço

adequado para se relacionar em diversas situações, inclusive em sua casa.

Hall (2005, p. 214) comentando sobre a erradicação de cortiços e renovação urbana

em Boston (EUA) e suas implicações, destaca que “as dimensões dos espaços habitacionais

conseguiram de algum modo passar, sem que se percebesse, do tamanho que mal chegava a

ser suficiente para o totalmente insuficiente” motivado por vários aspectos entre eles o

econômico.

No conjunto Cidade de Deus no Rio de Janeiro, utilizado para receber as famílias

removidas de favelas, após alguns anos da implantação, ocorreu uma grande rotatividade para

a qual Valladares (1978, p. 87) apresenta quatro motivos: “a) o preço da habitação, nem

sempre acessível [...]; b) as despesas adicionais e obrigatórias [...]; c) o custo de transporte”,

devido a distância entre a casa e o local de trabalho; e “d) ainda o tamanho e qualidade das

habitações oferecidas, que implicavam, quase sempre, ampliações e reformas nem sempre

passíveis de serem assumidas pelos residentes”. Assim, destaca-se como nos Estados Unidos

os problemas com a unidade habitacional, que podem contribuir, aqui, para o abandono da

habitação e lá, para o descontentamento da população.

3.1 DIMENSÕES MÍNIMAS

No Brasil, em 1931, no Primeiro Congresso de Habitação, iniciaram-se as discussões

sobre a disposição dos móveis e como esta disposição determinaria o tamanho necessário para

os cômodos. Os estudiosos deste congresso defendiam que era necessário desenhar os móveis

essenciais, em suas dimensões reais, de custo acessível aos inquilinos, para depois definir

onde seriam distribuídas as aberturas de portas e janelas. Preconizavam também a utilização

Page 63: método para avaliação de projetos de habitação social

62

de móveis embutidos e aproveitamento de espaços ociosos (MAGRO18, 1931 apud FOLZ,

2008).

Para Rubens Porto19 (1938 apud BONDUKI, 2004), os móveis deveriam ser entregues

junto com a habitação, o que teria algumas vantagens. Dentre elas, ele destaca, a compra em

volume, que reduziria os custos e a adequação ao projeto, evitando-se distorções com móveis

inadequados comprados pelos próprios moradores no varejo. Atualmente volta à tona esta

discussão com o projeto do Senado de inclusão dos móveis nos financiamentos habitacionais,

mas as construtoras discordam (PROJETO..., 2010).

As dimensões e o programa ideal da casa popular foram discutidos por vários

estudiosos dos quais Correia (2004) destaca: Andrade Sobrinho20 (1942) com sua casa de sete

peças sendo, três quartos (casal, meninos e meninas), sala, cozinha, banheiro e varanda; e

Vieitas21 (1943) que sugere a abolição da saleta de entrada, a junção da sala de visitas e estar,

a redução do corredor e quartos pequenos para apenas dormir e vestir, defendia também a

cozinha americana, com armários excluindo-se a dispensa.

Na Tabela 2 é mostrada a evolução dimensional, determinada pelo Código Sanitário,

no estado de São Paulo, entre os anos de 1894 a 1978. Observa-se que o pé-direito foi

reduzido quase que pela metade. Quanto à área, a cozinha foi a que mais diminuiu,

provavelmente pelo advento dos equipamentos e utensílios.

Tabela 2 - Evolução Dimensional do Código Sanitário (SP)

PÉ-DIREITO (m) ÁREA MÍNIMA (m²) Ano Cozinha Sala Dormitório Banheiro Cozinha Sala Dormitório Banheiro

1894 4 4 4 4 0 0 3,5 0 1911 3,7 3,7 3,7 3,6 0 0 0 0 1918 2,5 3 3 3 10 0 0 1,2** ou 2* 1951 2,5 2,5 2,7 2,5 6 8 10 1,2** ou 3*** 1970 2,5 2,5 2,7 2,5 4 8 12 3 1975 2,5 2,5 2,7 2,5 4 8 12 3 1978 2,5 2,7 2,7 2,5 4 8 8 2,5

*Latrina externa; ** Latrina interna; *** Banheiro e latrina; Fonte: Adaptado de : Boueri22 (1989 apud FOLZ, 2008 p. 112).

18MAGRO, Bruno Simões. Habitação econômica: In: CONGRESSO DE HABITAÇÃO, I., São Paulo. Annaes... São Paulo: Publicação Official, Instituto de Engenharia, Divisão de Architectura, 1931. p.55-80.. 19 PORTO, Rubens. O problema das casas operárias e os Institutos e Caixas de pensões. Rio de janeiro. s/e, 1938. 20 ANDRADE SOBRINHO, J. M. A casa das sete peças. Revista de organização Científica, ano XI, n. 125, p.13, maio 1942. 21 VIEITAS, R. A planificação da casa econômica. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, ano VII, p. 129-136, mar.-abr. 1943. 22 BOUERI, Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento da habitação. 1989. 368p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 1989.

Page 64: método para avaliação de projetos de habitação social

63

O dormitório, inicialmente muito pequeno, torna-se maior, mas, posteriormente tem

sua área reduzida. O banheiro, em princípio, não apresenta área definida, porém, a partir de

1918, são apresentadas as áreas para latrinas internas, culminando na área de 2,5 m² para este

cômodo.

Mudanças de ordem econômica e social, a mulher entrando no mercado de trabalho e a

ausência de empregados domésticos, propiciam o surgimento, na Alemanha, de habitações de

dimensões reduzidas (mínimo necessário para a existência). A cozinha (Figura 26) fica

integrada aos ambientes de estar e refeições, tornando-se o centro do espaço doméstico

(TRAMONTANO, 1993a23, 1993b24 apud BRANDÃO, 2002, p. 54-55).

Figura 26 - Cozinha Mínima25

Fonte: (GYMPEL26, 2000, p. 91 apud BRANDÃO, 2002, p. 55)

As habitações sociais na Alemanha, dos dias de hoje, estão centradas na família, sendo

que habitações para solteiros ou portadores de necessidades especiais são consideradas formas

especiais. Sobre as habitações sociais familiares Silva A. (2007) coloca que:

As normas e leis da política alemã de construção de habitações sociais objetivam a família em sua essência. [...] A técnica excessiva e a busca pela eficiência estabeleceram critérios quantitativos para a definição do espaço habitacional na Alemanha, o que muitas vezes é desfavorável à qualidade dos seus ambientes.

23 TRAMONTANO, Marcelo. Habitação contemporânea, riscos preliminares. Texto técnico. São Carlos: EESC/ USP, jul. 1995a, 70p. 24 TRAMONTANO, Marcelo. Habitação moderna: a construção de um conceito. Texto técnico. São Carlos: EESC/USP, ago. 1993b, 72p. 25 Cozinha de Frankfurt, Alemanha, por volta de 1925; projeto da arquiteta Grete Schütte-Lihotzky com o conceito do mínimo para funcionar, em área de apenas 6,5 m2, com abertura para a sala de estar – o protótipo de todas as cozinhas modernas (Fonte: GYMPEL, 2000, p. 91).

26 GYMPEL, Jan. História da Arquitectura : da Antiguidade aos nossos dias. Colônia, Alemanha: Könemann, 2000, 120p.

Page 65: método para avaliação de projetos de habitação social

64

1.2. A função e o significado dos ambientes [...]

O setor social:

O ideal de moradia alemã se materializa em “três cômodos cozinha-banheiro-aquecimento central”, da qual o melhor decorado e maior ambiente é a sala (das Wohnzimmer), centro da família, oportunamente também sala de visitas. Acima de tudo, a sala é um espaço para o tempo livre.

A sala sinaliza a hierarquia das pessoas e dos usos na moradia moderna. Para a norma DIN 18011, a área mínima para quatro pessoas deve ser de 18,0 a 20,0 m² [...].

Em contraposição à sala estão os demais ambientes: dormitórios, cozinha, quartos das crianças e banheiro, que por suas dimensões, decoração e localização dentro da moradia só podem ser usados de modo monofuncional.

O setor íntimo: [...]

Para efeito da norma, o dormitório do casal deve ter espaço para duas camas, dois criados-mudos, um guarda-roupa e uma peça mobiliária adicional, por exemplo, uma penteadeira ou máquina de costura. Se na residência não existe um quarto para o bebê, é permitida também a colocação de um bercinho [HÄUßERMANN & SIEBEL27, 1996, p.16 apud Silva A.]. A norma DIN 18011 recomenda, para este ambiente, dimensões mínimas de 3,50 m x 3,50 m.

O dormitório dos filhos (das Kinderzimmer) deve ter dimensões suficientes para uma grande variação na disposição dos móveis, assim como para múltiplos usos. Desta maneira, este ambiente poderá acompanhar as diversas fases do crescimento das crianças e jovens. As medidas mínimas recomendadas pela norma DIN 18011 são 3,50 x 3,25 m ou 3,0 m x 4,0 m (entre 11,0 e 12,0 m2) [...].

O banheiro (das Badezimmer) geralmente contém uma banheira, uma pia e um vaso sanitário. Em alguns casos, pode conter ainda um espaço para ducha e máquina de lavar-roupa, numa área mínima recomendada varia entre 4,8 e 5,0 m².

O setor de serviços:

Na moradia alemã em geral, a cozinha (die Küche) é puramente um espaço de trabalho, da qual a planta baixa e a orientação são sempre racionalizadas, de maneira a facilitar o trabalho de casa. [...] Suas dimensões devem variar, segundo a DIN 18022, de acordo com o número de usuários da moradia, com valores mínimos de 2,50 m x 3,50 m.

O armário ou depósito (der Abstellraum) é um pequeno ambiente destinado à colocação de eletrodomésticos e materiais de limpeza. Sua área perfaz normalmente cerca de 1,0 a 1,5 m².

27 HÄUßERMANN, Hartmut & SIEBEL, Walter. Soziologie des Wohnens: eine Enführung in Wandel und Ausdiffrenzierung des Wohnens. München: Juventa Verlag, 1996, p. 16.

Page 66: método para avaliação de projetos de habitação social

65

O texto mostra a relação dos alemães com a habitação e como eles utilizam seus

espaços. Há uma previsão de novos usos para a habitação de forma que elas se adapte as

novas fases da família no decorrer do tempo.

Segundo Folz (2008), há vários estudos sobre a utilização de índices de densidade

habitacional: número de pessoas por domicílio, metro quadrado por pessoa ou pessoas por

cômodo, mas, para este autor, o melhor é analisar estes índices em conjunto evitando

distorções.

O espaço físico para Portas28 (1969 apud FOLZ, 2008) depende das atividades a serem

desenvolvidas. E estas são influenciadas pelas características antropométricas e mecânicas das

ações, não sendo o espaço mínimo apenas a somatória das áreas necessárias para cada função.

E ainda, o espaço depende também do grau de privacidade e da compartimentação para

estabelecer esta privacidade. Além disso, a habitação tem para os moradores um valor que

está ligado ao condicionamento sociocultural e a questões emocionais mais complexas.

Folz apresenta dois autores que estudaram mais especificamente a habitação com área

mínima. O primeiro, Silva29 trabalhou com as seguintes etapas para seu estudo dos fatores

geométricos da habitação de interesse social (FOLZ, 2008, p. 115):

[...] elaboração de uma listagem das atividades normalmente exercidas no âmbito domiciliar; inventário do equipamento doméstico convencional; definição objetiva dos critérios adotados na articulação dos equipamentos com os usuários, com o espaço e entre si; e, formulação de hipóteses de articulação dos equipamentos e espaços segundo os critérios definidos, em busca dos padrões de otimização econômica e funcional.

Os aspectos antropométricos e as relações entre os espaços e as atividades domésticas

são estudos desenvolvidos, por Boueri30 (1989, apud FOLZ 2008), que desenvolveu o Padrão

Antropométrico de Dimensionamento da Habitação a partir da análise conjunta dos cômodos,

atividades, mobiliário, equipamentos da habitação e posições do corpo durante as atividades

domésticas.

Uma síntese de considerações sobre áreas mínimas é exposta na Tabela 3 tomada

como referência uma habitação com dois quartos. Os valores apresentados foram

estabelecidos em vários estudos brasileiros e estrangeiros.

28 PORTAS, Nuno. Funções e exigências de áreas da habitação. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1969. 29 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6) 30 BOUERI, Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento da habitação. 1989. 368p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 1989.

Page 67: método para avaliação de projetos de habitação social

66

Tabela 3 - Área Mínima para habitação (m²)31

Estudo 1º

Quarto 2º

Quarto Sala Cozinha Banho

Área Serviço

Área Total

Código Sanitário (1978) 8,00 6,00 8,00 4,00 2,00 - 28,00

Silva (1982) 7,75 7,80 10,50 3,57 2,40 2,10 34,12

IPT (1987) 9,00 8,00 12,00 10,00 2,50 1,50 43,00

Boueri (1989) 14,00 12,00 15,00 7,20 4,20 5,40 57,80

Voordt (1990) 13,34 10,56 25,52 6,84 5,71 - 61,97

CDHU- Piratininga (1996) 8,12 6,94 16,73 9,05 2,88 1,96 45,68

CDHU - Brasilândia (1996) 13,18 13,18 13,18 8,44 2,81 1,63 52,42

CDHU Básico (1998) 8,18 8,18 11,78 4,87 3,04 1,82 37,87

Espanha (Instituto Nacional De Consumo) (1998)

12,00 7,00 15,00 6,00 - - 40,00

Projeto Cingapura PMSP(1998) 8,44 7,79 12,16 6,88 3,59 2,50 41,36

Portugal (1998) 10,50 9,00 13,00 6,00 3,50 3,50 45,50

Pedro (2002a) 10,50 9,00 14,00 5,00 2,50 2,00 43,00

Buzzar E Fabrício (2007) 8,00 7,00 10,00 5,50 2,50 2,00 35,00

CDHU (2008) 9,00 8,00 12,50 5,00 2,80 2,80 40,10

Média (M²) 10,00 8,60 13,53 6,31 2,89 1,94 43,27

Mediana da Área Mínima (M²) 9,00 8,00 12,75 6,00 2,81 1,98 40,54

Fonte: elaborado pela autora com base em: São Paulo32(2000 apud FOLZ, 2008); Silva (1982 apud FOLZ, 2008);Boueri (1989 apud FOLZ, 2008); IPT33 (1998, apud FOLZ, 2008); (PEDRO, 2002b, p. 61)34, (BUZZAR e

FABRÍCIO, 2007); (COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO, 2008, p. 126); (ROMÉRO e ORNSTEIN, 2003, p. 59)

Silva35 (1982, apud FOLZ, 2008), que definiu uma das menores áreas mostradas,

apresentou algumas hipóteses, e através delas propôs o aumento das áreas gradativamente.

Discutiu as novas possibilidades de organização do espaço, enfatizando que apenas o arranjo

geométrico, com o mobiliário e os equipamentos não propicia a funcionalidade para a

habitação de interesse social.

31 Legenda: Dormitório (Dorm.); cozinha (Coz.); Banheiro (Bn); Área de Servico (A.S.) 32 SÃO PAULO (Estado). Código Sanitário do Estado de São Paulo: Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998 – Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978 (Regulamento da promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria do Estado da Saúde) – Normas técnicas e legislação complementar. 3ª Ed. Bauru: EDIPRO, 2000. (Série Legislação) 33 IPT – Instituto de pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A. Manual de tipologias de projeto e de racionalização das intervenções por ajuda-mútua. São Paulo: IPT, 1998. 34 Tipologia de referência T2/4 (2 - número de quartos e 4 – número de habitantes), unidade com sala/copa, cozinha, área de serviço, quarto de casal e quarto duplo. Para a função Higiene pessoal, foi desconsiderada a principal e adotada a segunda: para um vaso sanitário, lavatório e chuveiro (2,50 m²), mais usual no Brasil. 35 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6)

Page 68: método para avaliação de projetos de habitação social

67

Os autores Buzzar e Fabrício (2006) estabeleceram suas referências de área para

habitação do tipo PAR, para o relatório do FINEP (Tabela 4);

Tabela 4 - Área mínima, regular, recomendável

Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)

No relatório de Informação Técnica Arquitectura (ITA 5), Pedro (2002b), do

Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Portugal, apresenta seus parâmetros para área

mínima, recomendável e ótima (Tabela 5) para várias tipologias. No mesmo trabalho estão

propostos o mobiliário para várias situações e tipologias.

É importante frisar que Pedro (2002b) para determinar a área mínima fez vários

modelos de espaços utilizando o mobiliário mínimo, estabelecido pelo seu estudo, como

gabarito para as dimensões. Diferentemente da nossa norma, este autor considera como

mobiliário mínimo de um quarto de casal, um berço, além de cama de casal, guarda-roupa e

os criados (Figura 27).

Figura 27 - Modelos de espaços de dormir.

Fonte: (PEDRO, 2002a, p. 27)

Unidade de 2 quartos (casal e duplo)

Ambiente Mínima Regular Recomendável

Dormitórios (soma) 15,00 16,00 17,50 Sala e copa conjugada 10,00 11,50 12,50 Cozinha 5,50 6,00 6,50 Banheiro 2,50 3,00 3,50 Area de serviços 2,00 2,90 3,50

Área resultante 35,00 39,40 43,50

área (m²)

Page 69: método para avaliação de projetos de habitação social

68

Tabela 5 - Área mínima, recomendável e ótima

Fonte: Elaborado com base em Pedro (2002b, p. 58-60).

Para o caso brasileiro, Palermo (2009, p. 38) apresenta em seu trabalho, uma tabela

com a relação de área por pessoa no período do século XIX até hoje (Gráfico 12 e Gráfico

13). Sobre os gráficos, deve-se comentar que Palermo considera que no período do BNH

houve uma expressiva redução, destacando-se a cozinha e os quartos. A recuperação da área

dos cômodos que surge após o BNH, ainda conforme o autor, é reflexo da descentralização da

produção de habitação, que ficou a cargo das secretarias municipais.

Gráfico 12 - Variação das áreas em habitações proletárias.

Fonte: elaborado pelo autor com base em GHab36 (2008, apud PALERMO, 2009)

36 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Unidade de 2 quartos (casal e duplo)

Ambiente Mínimo Recomendável Ótimo

Quarto de Casal 10,50 11,50 12,00 Quarto duplo 9,00 10,00 11,00 Quartos (soma) 19,50 21,50 23,00 Sala (sala e copa) 14,00 18,00 21,00 Cozinha, marquise e despensa 5,00 6,00 6,50 Banheiro 2,50 2,50 3,00 área serviço (lavagem e secagem) 2,00 3,00 3,50

Área resultante 43,00 51,00 57,00

área (m²)

do Século XIX aos 1920

dos anos 1930 aos anos 1960

dos anos 1960 aos anos 1980

dos anos 1980 aos dias atuais

Sala 1 14 10,9 10,4 12,5

Cozinha 7,8 5,6 4,8 7,5

Banheiro 3,1 3,6 1,8 2,3

Dormitório 1 12,5 12 7,2 8,5

Dormitório 2 10,8 8,6 6,6 7,2

Área de serviço 0 4 0 2,2

Varanda frontal 10,9 4,2 2,7 3,4

Abrigo porta 1,7 1,3 0 1

Circulação 4,6 1 1,2 1,3

02468

10121416

Área por cômodo

Page 70: método para avaliação de projetos de habitação social

69

Gráfico 13 - metro quadrado por pessoa.

Fonte: elaborado pelo autor com base em GHab (2008, apud PALERMO, 2009)

Rosso (1980, p. 138) trata sobre otimização econômica do produto (edificação), e,

apresenta dois parâmetros considerados pelo autor como “válidos para avaliar a efetividade

funcional e econômica da edificação”. São eles a razão da habitabilidade37 e o índice de

utilização38. O autor cita ainda as definições de área útil por pessoa de Blachère39 que, para

uma qualidade de vida regular, seria 14 m² de área útil por pessoas, e, para uma qualidade de

vida média, seria de 18 m² por pessoas. Rosso apresenta também os estudos de Chombart de

Lauwe: consideram que 8 m² de área útil por pessoa pode causar graves consequências à

saúde. Acrescentou-se aos levantamentos apresentados por Rosso os estudos de Pedro (2002b,

p. 62), que mostra os referenciais de área mínima por habitante para lotação de dois a oito

pessoas por unidade habitacional, em Portugal.

Gráfico 14 - Exigências de países europeus e entidades40 (m²/pessoa).

Fonte: Elaborado baseado em Rosso (1980) e Pedro (2002b, p. 62).

37 Razão da habitabilidade é a relação entre área habitável e área construída ou a total. Sendo que área habitável é a soma das áreas construídas de repouso, alimentação e estar e no caso de uma edificação é a soma das áreas utilizáveis para as funções e atividades essenciais. Área construída é a que inclui as espessuras das paredes até os eixos nas comuns e divisórias e até a face externa, nas perimetrais. Área total é a área global de uma unidade incluindo a sua área construída e a parcela de área comum que lhe cabe (ROSSO, 1980, p. 137-138). 38 Índice de utilização é a razão entre área útil e a construída. Sendo que área útil é a área líquida entre paredes, elementos estruturais e vêdos e que corresponde em geral ao piso (ROSSO, 1980, p. 137-138). 39 BLACHÈRE, Gerard. Savoir Bâtir . Paris. Editora Eyrolles, 1966. 40 BID [não mensionado] e UIOF - Urban Infrastructure Opportunities Fund

1614,3

9,4 9,6

do Século XIX aos 1920

dos anos 1930 aos anos 1960

dos anos 1960 aos anos 1980

dos anos 1980 aos dias atuais

dois pessoas três pessoas quatro pessoas cinco pessoas seis pessoas sete pessoas oito pessoas

França 17 14,6 11 10,6 8,8 9 7,8

Holanda 16 12 10 9,2 8,2 7,7 7,5

Dinamarca 19,5 15,3 12,5 11,2 10 0 0

BID 10,5 10,2 9,7 9,6 0 0

UIOF 16,6 13,7 13,4 12,3 12 11,4

Pedro (2002) 21 16,67 14,5 13,6 14,2 13,27 13,06

0

5

10

15

20

25

m²/

ha

b.

Área mínima por habitante

Page 71: método para avaliação de projetos de habitação social

70

Importante ressaltar o estudo feito por Mascaró (2006, p. 43) que mostra que os planos

verticais representam 44,84% dos custos em edificações habitacionais, e por isso ao reduzir

em 10% a área do plano horizontal isso refletirá em apenas 4,7% de redução no custo total, ou

seja, menos da metade do percentual de redução da área. Este autor elaborou uma tabela onde

ele mostra que, com a mesma área, a forma da edificação influenciará no perímetro e,

consequentemente, nos custos (Tabela 6).

Tabela 6 - Paredes e as formas geométricas de plantas de edifícios.

FORMA DA PLANTA

ÁREA (m²) PERÍMETRO (m)

Relações

Perímetro área

Lado maior Lado menor

Circular 100 35,44 0,35 - Quadrada 10 x 10 100 40,00 0,40 1

Retangular

5 x 20 100 50,00 0,50 4 4 x 25 100 58,00 0,58 6,25 2 x 50 100 104,00 1,04 25 1 x 100 100 202,00 2,02 100

Fonte: Mascaró (2006, p. 49)

Por meio desta tabela é possível observar como a forma, para uma mesma área,

influencia na quantidade linear de paredes para percorrer o seu perímetro. A forma mais

eficiente é a circular, porém de construção mais difícil. A quadrada, que também é eficiente,

torna-se mais adequada para se executar na maioria das situações (ROSSO, 1980;

MASCARÓ, 2006). Mas para Frederick (2009, p. 47) as construções quadradas “podem ser

mais difíceis de organizar”, pois o quadrado “não sugere movimento de forma natural” e

completa que “salas internas em um edifício quadrado podem ficar distantes da luz e da

ventilação natural”, para o autor os formatos não quadrados “acomodam padrões de

movimento, agregação e habitação de forma mais natural”. Assim, a qualidade do projeto, a

escolha adequada de formas e soluções, influencia na redução de custos e no atendimento das

necessidades das pessoas.

Folz (2008, p. 121) considera que, para entender melhor as relações das pessoas com a

moradia, suas necessidades, seus anseios e suas avaliações do ambiente construído, a figura

do cientista social é muito importante e objetiva “traduzir as necessidades específicas das

pessoas e fornecer informações que orientem o arquiteto e o designer na definição de espaços

e objetos que comporão a habitação".

Page 72: método para avaliação de projetos de habitação social

71

A NBR 15.575:1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010)

esclarece que “não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a

competência de formatar os ambientes segundo o mobiliário previsto”.

3.2 FUNÇÕES DA HABITAÇÃO E MOBILIAMENTO

Segundo Martins (1999) o mobiliamento “está relacionado diretamente à questão do

dimensionamento e utilização dos espaços, e a interface entre o corpo humano e os objetos

físicos do ambiente”. Ele cita Portas (1969)41, Deilman (1973)42, Silva (1982) 43e Heath

(1991), que consideram que o dimensionamento do ambiente deve ser em função do espaço

para a acomodação do mobiliário, equipamentos e circulação. Boueri (2008, p. 6) ressalta a

importância da ergonomia no projeto da habitação, que segundo ele “deve ocorrer desde sua

concepção. Ela fundamenta o processo de decisão do projeto, principalmente quanto às

questões dimensionais, e aprimora a qualidade da habitação”.

Palermo (2009, p. 57-58) definiu as atividades inerentes para atender as necessidades

humanas baseada nos estudos de Silva (1982)44 e Pereira (2007)45. Acrescenta-se os estudos

de Damé (2008), que elaborou uma tabela relacionando estas atividades com os cômodos que

poderiam abrigá-las.

No trabalho de Palermo (2009) as funções são denominadas necessidades humanas e,

sistema de atividades é chamado de atividades inerentes. No Quadro 3 faz-se um paralelo dos

trabalhos de Barbosa e Palermo.

Pode-se observar, que há bastante convergência entre os autores, não ficando dúvidas

quanto as atividades exercidas para atender as necessidades humanas. Em ambos os casos

destaca-se a presença da atividade de trabalho e estudo e ainda, que o ambiente mais

prejudicado quanto ao número de equipamentos e as atividades a ele relacionadas é a área de

serviço.

41 PORTAS, Nuno. Funções e exigências de áreas da habitação. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1969. 42 DEILMAN, Hárold; KIRSCHENMANN, Jorg. C; PFEIFFER, Herbert. El habitat. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 1973, 176p. 43 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6) 44 Ibid. 45 PEREIRA, Gabriela Morais. Acessibilidade espacial na habitação popular: um instrumento para avaliação de projetos. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

Page 73: método para avaliação de projetos de habitação social

72

Necessidades Humanas Silva e Pereira (apud Palermo 2009) Funções e sistemas de atividades J.J.Boueri e

J.B. Pedro46 (apud Barbosa, 2007) Necessidades

Humanas Atividades Inerentes Funções Sistema de Atividade

Repouso

Alojar hospede

Repouso Pessoal

Convalescer

Convalescer ou tratar enfermos Dormir (descanso de casal;

individual e duplo; descanso de crianças

Descansar, ler concentrado Permanência em reservado Dormir

Dormir, repousar

Convívio familiar

Atender ao telefone

Estar e Lazer

Estar passivo Conversar e receber visitas Receber visitas

Fazer refeições coletivamente Recreio de crianças Ver televisão Diversão de jovens e adultos.

Lazer em família Eventos sociais em grupo

Estar em ambiente externo

privado

Receber em ambiente externo

privado

Lazer em ambiente externo

privado

Alimentação

Eliminar resíduos e armazenar recicláveis

Refeições Correntes

Refeições correntes; formais; diversas e estar à mesa.

Guardar alimentos secos e frios Preparação

das refeições

Tratamento de Resíduos Guardar utensílios de cozinha Arrumação de louças e utensílios

Lavar e secar utensílios de cozinha Preparação de alimentos Preparar alimentos e refeições Preparação de alimentos

Higiene Pessoal

Atender às necessidades fisiológicas

Higiene Pessoal

Lavagens Corporais Banhar-se Funções vitais Barbear-se Cuidados pessoais

Escovar os dentes Lavar rosto e mãos

Pentear-se Vestir-se

Desenvolvimento Intelectual

Estudar

Estudo e trabalho

Estudo de jovens Realizar tarefas escolares Estudo de adultos

Realizar trabalhos manuais Trabalho de adultos

Atividade de trabalho e renda

Realizar trabalhos manuais de baixo impacto.

Realizar trabalhos manuais de médio impacto.

Manejo com a roupa

Lavar roupa na máquina

Tratamento de roupas

Lavar as roupas Reunir e triar roupa suja Secar as roupas

Secar roupa abrigado chuva Passar as roupas Secar roupa ao sol Costurar as roupas

Triar e passar a roupa limpa Cuidar de calçados Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007)

46 Notas de aulas.

Page 74: método para avaliação de projetos de habitação social

73

Necessidades Humanas Silva e Pereira (apud Palermo 2009) Funções e sistemas de atividades J.J.Boueri e

J.B. Pedro47 (apud Barbosa, 2007) Necessidades

Humanas Atividades Inerentes Funções Sistema de Atividade

Manutenção Doméstica

Efetuar limpeza doméstica

Manutenção e Arrumação

(gestão doméstica)

Limpeza Efetuar pequenos reparos Arrumação geral

Manutenção geral Controle ambiental Vigilância e segurança

Tratamento de resíduos

domésticos

Cuidado com animais

domésticos

Guarda de pertences diversos

Ferramentas leves

Circulação

Entrada e Saída Guardar objetos pessoais diversos Comunicação e separação

Guardar roupa pessoal Material de manutenção doméstica

Material escolar Estacionamento

Uso do veículo Objetos pessoais diversos Manutenção do veículo. Roupa de mesa e cozinha Roupa de cama e banho

Roupas e calçados Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007) (cont.) Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Palermo (2009, p. 57-58) e Barbosa (2007, p. 169-170)

Barbosa (2007), citando Kenchian48 (2005), diz que o conceito de morar determina as

funções e não o espaço físico previsto para suas atividades. Segundo o autor as funções e as

atividades necessárias ao funcionamento da moradia são o que determinarão o espaço, e

continua: “as funções são classificadas a partir das atividades a estas relacionadas, enquanto

que o sistema de atividades é classificado a partir do usuário autor das atividades”. Com a

análise da tarefa indica-se o mobiliário e equipamento para o desempenho das atividades, e ao

organizá-los procede-se o dimensionamento dos ambientes.

Para analisar a funcionalidade de uma HIS é importante definir os equipamentos

mínimos necessários para qualificar os ambientes. A seguir é apresentado o trabalho de

Palermo e Damé em comparação com a NBR 15.575:1, que subsidiaram a elaboração do

Quadro 4.

As habitações devem atender as necessidades das famílias que a habitam, assim os

cômodos devem possuir equipamentos e mobiliário bem como espaço para utilização, acesso

e movimentação das pessoas.

47 Notas de aulas. 48 KENCHIAN, A. Estudo de métodos e técnicas para projeto e dimensionamento dos espaços da habitação. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FAU/USP, 2005.

Page 75: método para avaliação de projetos de habitação social

74

Cômodo Mobiliário mínimo e espaços

(NBR 15.575:1) GHAB49 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)

Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).

Sala

Largura mínima sala de estar: 2,40 m. Prever espaço de

0,60 m na frente do assento para: sentar, levantar e circular. Circulação mínima de 0,75 m a

partir da borda da mesa (espaço para afastar a cadeira e

levantar).

Define a zona social [...] deve compor ambiente integrado ou contíguo à cozinha e a entrada principal da residência, definindo circulação

direta entre os diferentes cômodos para racionalizar o uso e reduzir os custos.

Dimensão mínima 2,85 Fazer refeições coletivamente.

Sala

Quantidade mínima de móveis, determinada pelo número de

habitantes da unidade. Os sofás devem prever número de

assentos no mínimo igual ao número de leitos.

Atender integralmente número de indivíduos, igual ao número de leitos (dois leitos/dormitório);

Atender, uso eventual como dormitório de visitantes ou hóspedes. Quantidade mínima: um sofá de dois ou três lugares ou sofá cama; uma poltrona. Uma mesa de canto ou centro; uma estante ou rack para TV.; mesa para 4 lugares

(unidades de 2 quartos); um balcão ou aparador

1 sofá cama (2,0 x 0,9), 1 poltrona (0,8 x 0,8), 1 mesa de centro (1,0 x 0,6), 1 estante (1,2 x

0,5); 1 mesa de refeições (1,2 x 0,8), 1

aparador (1,2 x 0,5)

Realizar tarefas escolares

Sala

Largura mínima da sala de estar/jantar e da sala de jantar (isolada): 2,40 m. Quantidade mínima: 1 mesa de 4 pessoas.

Admite-se leiaute com cabeceira de mesa encostada na parede, desde que haja espaço

suficiente para seu afastamento, quando da

utilização

Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima

49 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Page 76: método para avaliação de projetos de habitação social

75

Cômodo Mobiliário mínimo e espaços

(NBR 15.575:1) GHAB50 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)

Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).

Quarto de Casal

Circulação mínima entre o mobiliário de 0,60 m.

Quantidade mínima: 1 cama, 2 criados e 1 guarda-roupa.

Admite-se apenas 1 criado-mudo, quando o segundo

interferir na abertura de portas do guarda-roupa.

Atender a outras atividades que necessitam privacidade visual ou sonoro, além de repouso; estar localizado de modo a receber sol direto,

preferencialmente pela manhã; deve suprir espaço para guarda de roupa de cana e de banho. Faixa livre para circulação deve atender a toda a volta

da cama admitindo-se 40 cm em situação crítica e no máximo em uma das laterais.

Dimensão mínima 2,7 m.

Cama de casal (1,5 x 2,0 m); mesa de estudo (1,0 x 0,8 m); cadeira (0,5 x 0,5 m); guarda-roupa casal (1,2 x 0,6);

cômoda (1,0 x 0,5)

Guardar roupa pessoal;

Quarto de Casal

Quantidade mínima: uma cama de casal; um criado mudo; um gaveteiro, uma sapateira ou

estante; um roupeiro de quatro portas (se for de seis despensa gaveteiros, sapateiras ou estantes);

temporariamente, deve receber um berço.

Dormir

Quarto de

Solteiro

Circulação mínima entre as camas: 0,80 m, Demais

circulações: 0,60 m. Quantidade mínima: 2 camas,

1 criado e 1 guarda-roupa. Admite-se a substituição do criado-mudo por mesa de

estudo.

Atender a outras atividades que necessitam privacidade visual ou sonoro, além de repouso; estar localizado de modo a receber sol direto,

preferencialmente pela manhã; atendimento das necessidades que lhes são inerentes, relativo a

dois indivíduos, independente de faixa etária ou laços de família; deve atender as necessidades de uso de microcomputador. A faixa de circulação deve atender necessariamente a uma das laterais

de cada cama.

Dimensão mínima 2,1 m.

Guardar roupa pessoal

Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima

50 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Page 77: método para avaliação de projetos de habitação social

76

Cômodo Mobiliário mínimo e espaços

(NBR 15.575:1) GHAB51 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)

Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).

Quarto de

Solteiro

Quantidade mínima: duas camas de solteiro ou um beliche; um gaveteiro, uma sapateira ou

estante; um roupeiro de quatro portas; uma mesa de estudos.

2 camas de solteiro (2,0 x 0,8); 2 criados (0,4 x 0,4), 1 guarda-roupa

(1,2 x 0,6).

Dormir

Cozinha

Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Circulação mínima de 0,90 m frontal à pia, fogão e

geladeira.

Em nenhuma situação pode absorver funções inerentes à área de serviço. Deve atender

integralmente às necessidades espaciais inerentes ao uso dos grandes eletrodomésticos, incluindo

possibilidade de instalação de mobiliário complementar. Facilitar o atendimento de

demanda da popularização de eletrodomésticos; Garantir a guarda de alimentos e utensílios

separadamente.

Dimensão mínima 1,7 (bancada em "I")

Guardar gêneros alimentícios

Cozinha Quantidade mínima: pia, fogão e geladeira. Armário sobre a

pia e gabinete.

Quantidade mínima: Balcão com pia; geladeira duplex; fogão de quatro bocas; mesa de apoio

com uma cadeira ou banco, dois armários suspensos com quadro portas; balcão ou aparador

com três portas.

1 pia, 1 fogão (0,6 x 0,6), 1 geladeira (0,6 x

0,6) e 1 máquina de lavar louça (0,6 x 0,6).

Guardar utensílios de cozinha

Cozinha

Manter fogão e geladeira afastados, nunca de frente um para o outro ou lado a lado;

Preparar alimentos Preparar refeições

Cozinha

Botijão de gás fora da cozinha; a posição da cozinha e sua forma devem facilitar a ampliação

das unidades, quando unifamiliares

Lavar utensílios de cozinha Eliminar

resíduos

Banheiro Largura mínima do banheiro: 1,20 m. Quantidade mínima: 1

lavatório, 1 vaso e 1 box.

Deve ser projeto para evitar a necessidade de se construir mais um banheiro.

Dimensão mínima 1,3 m (lavatório, sanitário e

box). Tomar banho

Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima

51 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Page 78: método para avaliação de projetos de habitação social

77

Cômodo Mobiliário mínimo e

espaços (NBR 15.575:1)

GHAB52 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b) Atividades Essenciais

(Damé (2008) e Palermo (2009).

Banheiro

Quantidade mínima: um box (1,00 x 0,80 m); um vaso sanitário com Caixa acoplada; um lavatório de coluna ou

bancada.

Vaso sanitário (0,5 x 0,65); lavatório (0,6 x 0,55), box (0,9 x 0,9)

Atender às necessidades fisiológicas

Banheiro

Circulação livre de no mínimo 60 cm de largura, podendo sobrepor-se á área de uso do equipamento.

Lavar rosto e mãos

Banheiro

Área de aproximação e uso do comando da janela, esta sempre aberta para o exterior; sendo um para unidades de

dois quartos e dois para unidades de 3 ou mais.

Barbear-se Escovar dentes

Área de Serviço.

Circulação mínima de 0,50 m frontal ao

tanque e máquina de lavar. Quantidade

mínima: 1 tanque e 1 máquina, (tanque de no mínimo 20 litros).

Deve ser instalada em espaço contíguo à cozinha; Deve atender integralmente às necessidades inerentes á lida com a roupa e com a manutenção doméstica, incluindo acesso

e circulação; facilitar e dispor espaço para máquina de lavar; Quantidade mínima: um tanque e espaço para

máquina de lavar roupas ao lado do tanque; varal suspenso; espaço para a guarda do botijão de gás;

eventualmente deve poder receber uma tábua de passar roupas.

Dimensão mínima 1,7 m (bancada em "I").

Guardar utensílios de manutenção doméstica

Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima

52 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Page 79: método para avaliação de projetos de habitação social

78

Cômodo Mobiliário mínimo e espaços (NBR 15.575:1)

GHAB 53 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b) Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).

Área de Serviço

A janela deve ser aberta para o exterior, garantindo ventilação e insolação permanentes;

1 máquina de lavar roupa (0,6 x 0,6), varal (2,00 x 0,8); 1 armário (0,3 m largura x 0,6 m profundidade)

Reunir e triar roupa suja,

Área de Serviço

1 armário geral (1,2 x 0,6 m); 1 armário despensa (0,6 x 0,6 m); 1 armário para arrumação da casa (0,9 x 0,6 m)

Lavar roupa, Secar roupa abrigado chuva, Triar roupa limpa, Passar roupa a ferro

Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima Fonte: Elaborado em função dos trabalhos: (PALERMO, MORAES, et al., 2007; DAMÉ, 2008; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010;

PALERMO, 2009; PEDRO, 2002b)

53 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.

Page 80: método para avaliação de projetos de habitação social

79

Folz (2008) mostra em seu trabalho as dimensões encontradas no mercado para o

mobiliário, sugerido pela Caixa54 como mínimo. Palermo (2009) traz o dimensionamento do

mobiliário estabelecido por seus estudos junto ao GHab/UFSC. A Companhia de

Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) também informa

em seu manual as dimensões mínimas para o mobiliário das unidades habitacionais. Boueri

(2008) traz no final do trabalho uma tabela com as dimensões de mercado para o mobiliário

em São Paulo, comparando-os com as dimensões dos manuais da Caixa.

Para comparar com as dimensões do mobiliário mínimo estabelecido pela NBR

15.575:1, foi realizada uma nova pesquisa através dos sítios, na Internet, de grandes redes de

varejo de mobiliário e eletrodomésticos.

Inicialmente adotou-se como parâmetro para o preço máximo para o mobiliário a ser

pesquisado, um salário mínimo, que para julho de 2010 era de R$ 510,00 (quinhentos e dez

reais). Em seguida foram selecionados móveis, que dentro do parâmetro acima, são

declarados, pela empresa, os mais vendidos no sítio da loja (Casas Bahia, Ponto Frio, Novo

Mundo). Alguns itens como geladeira, mesa de 6 cadeiras, beliches, são encontrados em

valores acima do estipulado acima, desta forma o teto utilizado para estes foi de R$ 1.020,00

(hum mil e vinte reais). A lista utilizada como referência é a que se apresenta na NBR

15.575:1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010, p. 27-28).

Os valores de largura e profundidade, estipulados por cada autor e encontrados na

pesquisa no mercado varejista, podem ser comparados com os valores da NBR 15.575:1.

(Apêndice A).

As informações coletadas no mercado e apresentadas são um referencial de que o

trabalho de Folz (2008) está correto em afirmar que as dimensões do mobiliário à disposição

para a compra diferem do que é estabelecido nos manuais dos agentes financiadores (Caixa,

no caso de Folz) e ainda da NBR 15.575:1 (atualmente vigente).

Há um descompassado entre as dimensões da norma e o mercado, entretanto ela

contribui nos aspectos relacionados à orientação para o projeto adequado da habitação. A sua

adoção pelas construtores está sendo muito questionada, pois estas acreditam que é um

54 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Caderno de Orientações de Empreendimento: Manual técnico de engenharia. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL , 2002. Disponivel em: <http://www1.caixa.gov.br/download/asp/ent_hist.asp?id=17812&caminho=./_arquivos/desenvolvimento_urbano/man_tec_reg_engenh_habitacao/&nome=MANUAL__TECNICO_ENGENHARIA_SAO_PAULO.zip&categoria=90>. Acesso em: 23 maio 2009.

Page 81: método para avaliação de projetos de habitação social

80

exagero da norma as dimensões do mobiliário apresentadas, o que não se confirma. É

importante frisar que o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990b) em seu art. 39,

inciso VIII declara:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

[...] VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

Pelo exposto, e apesar das reclamações do empresário construtor, o consumidor

poderá requer a plena satisfação dos seus direitos, a ele disponibilizados pelas normas da

ABNT, inclusive em relação ao espaço interno das habitações populares.

3.2.1 Redução da área das unidades habitacionais

A redução das unidades habitacionais tem sido justificada por permitir o aumento do

número de unidades habitacionais, entretanto esta atitude ocasiona problemas principalmente

para os usuários. Sobre estas reduções adotadas na execução das unidades habitacionais,

Palermo (2009, p. 21) destaca as principais estratégias públicas que tem sido utilizadas na

atualidade para reduzir custos e aumentar a oferta:

Padronização excessiva das unidades, com projetos que ignoram as características das regiões de implantação, desconsideram o perfil sociocultural das famílias moradoras e não incorporam etapas subsequentes de construção, dificultando a adequação do edifício às necessidades familiares colocadas no tempo.

Redução da qualidade do material empregado, com o uso de materiais de baixo desempenho ou de desempenho desconhecido, sem qualquer informação acerca de sua vida útil e/ou os custos de manutenção ou reposição envolvidos.

Redução das dimensões nominais das edificações, com projetos desconsiderando o tipo, as dimensões reais e o espaço necessário à aproximação e operação dos equipamentos e peças do mobiliário doméstico disponíveis no mercado, isto sem considerar que as alternativas, ditas universais também não incorporam os atributos mínimos ao atendimento do público portador de limitação física.

A padronização é um fato que muitas vezes tem como objetivo reduzir custos de mão

de obra e material, entretanto isto não tem sido revertido em benefícios para a própria

unidade, pois os recursos economizados transformam-se em mais lucros para as construtoras.

Page 82: método para avaliação de projetos de habitação social

81

Quanto a qualidade do material, este não poderia diferir do empregado em qualquer

outra obra, pois a planilha de custos para aquisição do Governo Federal é baseado nos custos

unitários dispostos na tabela SINAPI55, onde as técnicas e materiais especificados estão dentro

das normas, desta forma, é necessária a fiscalização dos técnicos responsáveis, para que sejam

empregados os materiais originalmente orçados.

As dimensões constituem o ponto onde mais a habitação de interesse social perdeu

qualidade, comprometendo a principalmente a funcionalidade.

55 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

Page 83: método para avaliação de projetos de habitação social

82

4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HABITACIONAL

A qualidade sob o ponto de vista empresarial, inicialmente era um diferencial, mais

tarde o próprio mercado tornou este atributo indispensável e não necessariamente os custos

deveriam ser altos para alcançá-lo. Brandão citando SLACK56 comenta:

[...] qualidade passa a ser um critério consolidado, necessário à competição e não mais um critério diferenciador entre os concorrentes. SLACK descreve que de 1975 a 1985 as empresas de manufatura descobriram que qualidade e eficiência de custos não eram objetivos conflitantes [...] (BRANDÃO, 2002, p. 75).

Em habitação de interesse social é sempre usada a justificativa de que a falta de

qualidade, principalmente do espaço, é motivada pela escassez de recursos. Brandão traz as

considerações de outros autores sobre a qualidade dos espaços para habitação de interesse

social:

No âmbito da moradia de interesse social, SOUZA, SANTOS e BURSZTYN57 (2000) questionam a qualidade dos espaços domésticos, ao enfocar a questão dos direitos universais de acessibilidade, educação e lazer. Segundo estes autores, as atividades de brincar (para as crianças) e, ler e estudar, três das mais elementares e fundamentais atividades humanas, não encontram os seus ambientes adequados no interior da moradia, ressaltando que a habitação social é projetada para os adultos em detrimento das crianças e adolescentes. BRANDÃO, 2002, p. 158:

Conforme o Caderno de Orientações de Empreendimento (COE), da Caixa Econômica

Federal (2002, p. 11) “a elaboração do projeto é a forma mais eficaz e barata de identificar

problemas, antecipar e aperfeiçoar as soluções a serem adotadas”.

56 SLACK, Nigel. Vantagem competitiva: atingindo competitividade nas operações industriais. São Paulo, Atlas, 1993. 198p. 57 SOUZA, Ubiratan S. R. de; SANTOS, Mauro; BURSZTYN, Ivani. A legislação e a qualidade do ambiente construído: parâmetros de acessibilidade ao meio físico como direito universal. In: ENTAC 2000 – VIII Encontro da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, Salvador, 25 a 28 de Abril, 2000. Anais... Salvador: UEFS, UFBA, UNEB, UPE, UNIFOR, ANTAC, 2000. 8p. CD-ROM.

Page 84: método para avaliação de projetos de habitação social

83

Figura 28 - Potencial de influência no custo final de um empreendimento de edifício e suas fases.

Fonte: Constrution Industry Institute 58 (1987) apud Melhado (2005, p. 14).

A antecipação de problemas no projeto proporcionará uma execução de obra mais

rápida e eficiente, reduzindo os custos. E ainda, para o usuário, evitará que este tenha que

fazer reformas e ampliações logo que adentra o seu imóvel, principalmente em se tratando de

habitação de interesse social, em que o morador não tem recursos disponíveis para este fim.

Sobre a qualidade do projeto Melhado (2005, p. 14) explica:

[...] percebe-se que o processo de projeto vem se destacando como elo fundamental da cadeia produtiva. [...] influi diretamente nos resultados econômicos dos empreendimentos e interfere na eficiência de seus processos, como informação de apoio a produção.

[...]

Na defesa deste ponto de vista, podem-se citar as considerações feitas pelo grupo do Constrution Industry Institute - CII acerca da importância das fases iniciais do empreendimento: nestas primeiras fases, as decisões tomadas são as que têm maior capacidade de influenciar o custo final [Figura 28].

[...]

Na prática, porém, muitas vezes o projeto de um edifício é entendido como um ônus que o empreendedor deve ter antes do início da obra e, portanto, encarado como uma despesa a ser minimizada o máximo possível, já que, antes de aprovar o projeto junto aos órgão competentes, os recursos financeiros necessários e suficientes para executar o empreendimento não estão disponíveis.

58 CONSTRUTION INDUSTRY INSTITUTE. Constructability : a primer. 2 ed. Austin: 1987. (CII publication, n. 3-1)

Page 85: método para avaliação de projetos de habitação social

84

Qualidade está relacionada a muitos aspectos subjetivos. Porém há vários estudos que

estabelecem os critérios que proporcionam qualidade para um bem, serviço ou produto. A

qualidade residencial é definida por Pedro (2000, p. 9). como:

[...] a adequação da habitação e da sua envolvente às necessidades imediatas e previsíveis dos moradores, compatibilizando as necessidades individuais com as da sociedade, e incentivando a introdução ponderada de inovações que conduzam ao desenvolvimento.

Assim pode-se dizer que a qualidade está ligada ao atendimento satisfatório das

necessidades e atividades dos seus usuários, atendendo as condições de segurança e de

conforto (PALERMO, 2009) e a higiene, esta última adicionada por (ROSSO, 1980), que

completa que, “segurança e higiene são requisitos objetivos e conforto é subjetivo”.

O conceito de qualidade depende dos agentes e seus interesses. Estes interesses podem

variar com o tempo e em muitos casos com o uso da habitação. Sobre isso comentam

Fabrício, Ornstein e Melhado (2010, p. 6-7):

Com o tempo e a vivência na edificação, outros aspectos ganham relevância e estão mais atrelados ao desempenho das construções. Aspectos relacionados à manutenibilidade e à habitabilidade, flexibilidade funcional ou mesmo à adaptabilidade espacial e/ou tecnológica a novos modos de uso e função do edifício, com base no ciclo de vida familiar, podem não ser considerados adequadamente no momento da compra do imóvel, por negligência, falta de parâmetros ou de capacidade técnica de julgamento por parte dos clientes, mas ao longo do tempo de uso de vivência no ambiente construído, assumem papel relevante na avaliação que os usuários farão do edifício.

O usuário de habitação de interesse social se enquadra na descrição acima, porque em

geral não pode escolher sua habitação e/ou suas características. Esta situação do usuário

aumenta a responsabilidade do analista sobre a qualidade dos projetos.

As dimensões ou requisitos de qualidade são extensos, não estão ligados apenas a

moradia, mas também ao seu entorno, sua vizinhança, a proximidade com familiares,

equipamentos urbanos (escola, creche, hospital, lazer) e ao transporte individual ou coletivo.

Alguns requisitos são em sua maioria subjetivos como a estética, o conforto térmico, acústico,

lumínico e as impressões pessoais sobre o espaço.

São vários os métodos que se propõem a verificar a qualidade de projetos, alguns

verificam um leque grande de requistos que podem indicar qualidade.

Page 86: método para avaliação de projetos de habitação social

85

4.1 MÉTODO KLEIN

No ano de 1929, na Alemanha, ocorreu o 2º Congresso Internacional de Arquitetura

Moderna (CIAM), cuja discussão principal era o estabelecimento das áreas mínimas

habitacionais aceitáveis para viver, correlacionando o espaço físico, o mobiliário, o modo de

vida, a racionalização da produção e as atividades que seriam desenvolvidas neste espaço.

Conforme Folz (2008), “dentro da temática de metodologias ‘racionais’ de projeto [...]

encontram-se os estudos de Alexander Klein”, de um método (publicado em 1928) que

objetivava avaliar os problemas funcionais e econômicos das habitações, e era composto por

três ações. A primeira ação consistia na aplicação de um questionário, cujas informações

dimensionais sobre a habitação resultaria em uma pontuação. Os projetos com maiores

pontuações passariam para a próxima ação onde seriam confrontadas as diversas soluções em

planta com o mesmo número de itens de mobiliário e seriam examinados quanto às suas

condições de higiene, economia e configuração espacial. A terceira ação consistia-se de um

método gráfico que permitia verificar: “a relação das circulações e a disposição das zonas de

passagem, a concentração das superfícies livres de mobiliário, as analogias geométricas e as

relações entre os elementos que compõem a planta” Klein59 apud Folz (2008, p. 106).

Pedro (2000, p. 59) avalia as considerações de Klein sobre habitação mínima:

No seu estudo, o autor considera que a definição da habitação mínima não deveria significar um empobrecimento nas condições de habitabilidade, mas sim uma procura da redução da habitação à superfície mínima que permitisse manter ou mesmo aumentar o grau de satisfação das necessidades dos moradores.

Para Klein (1980, p. 125) as propriedades mais importantes da planta, de moradias

pequenas, são: 1. a circulação e as zonas de passagem devem ser simples, visando menos

desgastes físicos (Figura 29); 2. a concentração de superfície livre depois de colocado o

mobiliário, propriedade que se relaciona com a comodidade, a amplitude e a possibilidade de

acrescentar móveis (Figura 30); 3. a semelhança geométrica e interdependências dos

elementos que compõem a planta, afetando a impressão percebidas pelos usuários, consciente

e inconscientemente (Figura 31).

Sobre estas propriedades, Klein (1980, p. 128) ainda esclarece:

59 KLEIN, Alexander. Vivenda Mínima: 1906-1957. Trad. R. Bernet, J. Conil e M. Usandizaga. Barcelona: Gustavo Gilli, 1980. p.88-100. (O autor desta dissertação não teve acesso a obra completa, somente o capítulo 7).

Page 87: método para avaliação de projetos de habitação social

86

Con estas tres representaciones puede ‘medirse’ la capacidad de utilización práctica de uma planta aun antes de su ejecución.

Así, las circulaciones con muchos giros exigen un gasto suplementario de energia física, necesitando aumentar y disminuir constantemente la velocidad del paso y mover el cuerpo hacia un lado u otro.

La falta de superfícies libres amplias, bien iluminadas y no utilizadas como zonas de paso, de medidas suficientes para el uso a que se destinen, reduce las áreas de estar para a família y sobre todo para lós niños. Todo ello conduce a una mala distribuición de los muebles, a una vida más difícil y, finalmente, a un innecesario gasto de energías.

Con ordenaciones caprichosas de los elementos de planta hay que temer la aparición de cansancio psíquico [...]. El cansancio crece con la superposición de los elementos.

Los valores limite en la utilización e las tres mediciones propuestas se obtienen empíricamente con la comparación de numerosas plantas del mismo tipo y tamaño.

Figura 29 - Análise da circulação

Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)

Figura 30 - Análise das superfícies livres (cinza).

Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)

Page 88: método para avaliação de projetos de habitação social

87

Figura 31 - Análise das semelhanças entre os elementos da planta.

Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)

Os conceitos apresentados por Klein podem ainda hoje ser utilizados nas análises de

projetos de habitações pequenas. Outros oito princípios de Klein são comentados por Folz

(2008, p. 107-108):

Princípio 1: Obter uma máxima amplitude dos espaços estabelecendo uma relação visual entre eles, com o objetivo de diminuir na medida do possível a sensação de opressão dos ambientes.

Principio 2: Estabelecer uma estreita relação entre a habitação e o entorno, utilizando para isto amplas portas de correr e distribuindo as janelas de modo que permitam aproximar o exterior e possibilitem a visão do mesmo.

Princípio 3: Organizar os espaços de circulação de tal modo que depois da colocação do mobiliário necessário as superfícies livres restantes sejam amplas concentradas e contínuas.

Princípio 4: Facilitar para os pais o controle visual dos filhos, além de elevar o sentimento de vida em comum entre os membros da família.

Princípio 5: Aproveitar ao máximo a insolação e tentar conseguir uma iluminação natural em toda a habitação.

Princípio 6: Aumentar o volume de ar dos dormitórios, importante especialmente à noite, mediante a utilização de portas de correr que permitem incorporar aos dormitórios o volume de ar da sala de estar.

Princípio 7: Evitar os inconvenientes de uma cozinha fechada (dificuldade de vigiar os filhos da cozinha, impossibilidade de acompanhar o processo de cocção dos alimentos a partir da mesa de refeições, e trajeto desnecessário entre cozinha mesa). Para isto sugere-se uma porta de vidro, uma correta distribuição da cozinha e uma adequada disposição da mesa de refeições.

Princípio 8: Conceber especial atenção ao sistema de calefação que seja particularmente simples e econômico. 1) para dias não muito frios - o fogão da cozinha. 2) para dias frios - estufa na sala de estar que aquece também os dormitórios. 3) para dias muito frios - calefação adicional que pode ser utilizada eventualmente.

As observações de Klein são bastante específicas para as regiões do hemisfério norte,

mas sua contribuição está na racionalização e no “cientificismo” da arquitetura para habitação

(FOLZ, 2008).

Page 89: método para avaliação de projetos de habitação social

88

4.2 MÉTODO QUALITEL

O Método Qualitel desenvolvido pela Association Qualitel, segundo Costa (1995, p.

56) foi introduzido na França, em 1974, como sistema de informação sobre as qualidades

construtivas de uma habitação, que serve para: o consumidor, facilitando a tomada de decisão

para a compra; para os projetistas na avaliação das soluções de projeto; e para a promoção

comercial do produto habitação.

O foco deste método é a avaliação tecnológico construtiva, com o que Costa (1995, p.

57) chama de “Rubricas relativas a qualidade funcional e incidência de custos de exploração e

manutenção”. Este foco é reafirmado por (COSTA, SOUSA, et al., 2007) que destaca as

preocupações do método:

Abordando os domínios tecnológico-construtivos, as principais preocupações do Método Qualitel centram-se no conforto acústico, no conforto térmico e desempenho energético, na qualidade dos equipamentos, na ventilação, na acessibilidade e na perenidade e controlo de custos. Ou seja, a principal preocupação da Qualitel é o conforto do utilizador e o desenvolvimento sustentado, não sendo avaliadas, por exemplo, questões ligadas a aspectos de segurança estrutural ou de eficiência na utilização de espaços.

Gráfico 15 - Rubricas do Método Qualitel

Fonte: (COSTA, 1995, p. 58)

Page 90: método para avaliação de projetos de habitação social

89

Como se observa no texto acima as questões relacionadas a eficiência na utilização de

espaço não são avaliadas, sendo este método inadequado para este fim (Gráfico 15).

A escala de avaliação parte do 1 - insuficiente, 2 - média, 3 - boa, 4 - muito boa, e 5 -

excelente. Cada uma destas notas é determinada pela satisfação ou não de determinadas

condições descritas juntamente com a pontuação.

Pedro comenta o Método Qualitel (2000, p. 65):

Este método tem uma vocação essencialmente informativa, pelo que os resultados são apresentados sob a forma de um relatório simples e claro, que contém um perfil de qualidade e um texto descritivo, o que permite realizar uma valorização relativa dos vários pontos de vista de acordo com as preferências e objectivos de cada utente [usuário].

A nota global da rubrica será a menor nota obtida em qualquer sub-rubrica. O

resultado final será a apresentação das notas de cada rubrica, permitindo que sejam fornecidas

as informações para que o consumidor tome as suas decisões.

4.3 MÉTODO SEL

O método suíço Systém d´Évaluation de Logements - SEL (Sistema de Avaliação de

Habitações) apresentado em 1975, baseados em estudos realizados desde 1960 classifica “os

produtos face à capacidade de satisfação das funções de uso (utilidade)” Sousa (1994, p. 6).

A aplicação é realizada ainda quando não há ocupação, com parâmetros de utilização

que privilegiam longos períodos de utilização. Este método, ainda segundo este autor, é

flexível e adaptável.

Segundo Costa (1995), o Método SEL seguiu a sistemática de “hierarquia de

objetivos”, onde parte-se de uma noção básica abrangente, que ele define como “elevada

habitabilidade” e a subdivide em noções cada vez mais específicas até alcançar “noções

elementares possíveis de quantificar a partir do projecto”. Chegou-se a 270 critérios de

avaliação, destes foram selecionados 66 critérios (Quadro 5), chamados por Pedro (2000) de

pontos de vista:

Os critérios de ponderação dos pontos de vista foram definidos por uma comissão composta por três especialistas em diferentes temas relacionados com a qualidade da habitação, e por quatro utentes com diferentes idades e

Page 91: método para avaliação de projetos de habitação social

90

proveniências. Os critérios de ponderação definidos pela comissão permitem calcular o valor de desempenho global de uma determinada habitação, e foram utilizados também para seleccionar, dos 270 pontos de vista elementares iniciais, os 75 pontos de vista que integraram a primeira versão do Método SEL, tendo sido excluídos os que tinham ponderações pouco significativas, bem como aqueles cujo procedimento de avaliação se revelou difícil de estabelecer.

Quadro 5 - Lista critérios de avaliação do Método SEL

Fonte: (COSTA, 1995, p. 64)

Page 92: método para avaliação de projetos de habitação social

91

No Método SEL a avaliação consiste de um valor inteiro de 0 a 4 conforme o grau de

satisfação sendo o mínimo 0, não satisfação das exigência mínimas regulamentares) e o

máximo 4, satisfação completa do objetivo (COSTA, 1995; PEDRO, 2000; SOUSA, 1994).

Figura 32 - Exemplo de avaliação através de função de transformação

Fonte: (COSTA, 1995, p. 66)

As notas são atribuídas por dois processos (SOUSA, 1994; COSTA, 1995): com

auxílio de funções de transformação e com a utilização de listas escalonadas de exigências

(Figura 32).

4.4 MÉTODO MARTINS

Martins (1999) busca em seu método encontrar o índice de qualidade geométrica e

nominal e custo/qualidade. A amostra de seu trabalho são apartamentos de dois, três e quatro

quartos. Citando seu trabalho de 199560 o autor esclarece o que denomina cubo da qualidade,

uma analogia com o processo fotográfico, e os seis Bs da qualidade (Quadro 6) (MARTINS,

1999, p. 1):

A imagem (condensada pelos desejos e necessidades que o ser humano requer para sua habitação) é captada pela lente da câmera (projetista), que

60 MARTINS, Daniel Neves. A qualidade de projetos e os 6 Bs. Jornal Via de Acesso. Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá – AEAM, Maringa, p.6. fev. 1995.

Page 93: método para avaliação de projetos de habitação social

92

a projeta e grava no negativo (projeto arquitetônico), o qual é convertido pelo seu processamento em uma fotografia (construção da habitação).

ATRIBUTO IMAGEM (Desejos e

necessidades)

PROCESSAMENTO (técnico, financeiro,

temporal e sensorial)

(BOM)

TÉCNICO

Que tenha todas as qualidades

adequadas á sua natureza ou

função;

Que funcione bem;

Digno de crédito, seguro

garantido;

Adequado, apropriado;

Bem distribuído;

Com espaço suficiente;

Segurança estrutural, ao fogo, à utilização;

Durabilidade;

Estanqueidade;

Conforto térmico e acústico;

Facilidade de manutenção;

Garantia do produto;

Otimização dos espaços;

Distribuição espacial eficiente;

Resposta às exigências funcionais.

(BONITO)

ESTÉTICO

Que seja agradável aos

sentidos;

Forma;

Estilo;

Cores;

Textura.

(BARATO)

ECONÔMICO

Que custe um preço baixo,

módico;

Facilidade na aquisição

Relação custo-benefício;

Custo de aquisição;

Custo de manutenção;

Condições de pagamento;

Lucratividade.

(BREVE)

TEMPORAL Em pouco tempo

Rapidez na execução;

Equacionamento da variável tempo.

(BACANA)

EXCELÊNCIA

Superioridade;

Que representa o status social e

econômico

Localização;

Originalidade;

Privilégios: equipamentos, infraestrutura de lazer,

esporte e serviços, proteção e segurança pessoal.

Flexibilidade;

Requintes: grife, luxo.

(BRILHANTE)

ENCANTAMENTO

Envolvente, cativante,

fascinante, magnífico

Conforto visual, solar, háptico [tato]

Vista maravilhosa;

Harmonização;

Energização.

Quadro 6 - Os seis Bs da qualidade habitacional definidos por Martins (1995).

Fonte: (MARTINS, 1999, p. 2)

Com esta analogia pretende destacar a importância do projeto para a materialização

dos desejos dos usuários da habitação. O método desenvolvido por este autor é um modelo

matemático de análise, avaliação e otimização do arranjo físico de apartamentos.

Page 94: método para avaliação de projetos de habitação social

93

Através de variáveis qualificadoras do arranjo físico (área, paredes e conexões) busca-

se o índice de qualidade geométrica que é a relação entre o índice de qualidade do projeto

avaliado e o índice de qualidade do projeto alvo. O custo também é avaliado neste método.

Resumidamente, é realizado o cálculo de oito parâmetros geométricos (MARTINS, 1999, p.

54-98) (parede externa - PE, parede interna incidente - PV, área útil - AU, perímetro externo -

CE , perímetro mobiliável - CM, perímetro ampliável - CA, conexão portas e vãos - CP,

conexão janelas - CJ). Os resultados comparados com a área útil - AA de um projeto alvo. A

partir desta interação são obtidos índices de exteriorização - IEX, de mobiliamento - IMB, de

amplidão - IGR, de acesso-comunicabilidade - IPA, de comunicabilidade - IJA e de

espaciosidade - IE. Os índices de mobiliamento, amplidão, acesso-comunicabilidade,

comunicabilidade darão origem ao índice de qualificação da configuração interna - IKI. Este

último índice, juntamente com o índice de exteriorização darão origem ao índice de

qualificação da configuração - IKC. O IKC com o índice de espaciosidade - IE em uma

equação, originará o índice de qualificação da configuração espacial - IKA. As variáveis do

projeto alvo - VA com o IKA em uma equação resultarão no índice de qualidade geométrica -

IQG. Este último índice relacionado com a área do projeto alvo resultará na Área nominal -

AN. Completando a análise geométrica, a relação entre Área Nominal - AN e a área útil do

projeto avaliado - AU, resulta no índice de qualidade nominal - IQN.

A constante de custo - KC, a Parede externa - PE e a parede interna incidente - PV, do

projeto avaliado, em uma equação formarão o índice de custo geométrico - ICG. Finalmente a

relação entre o ICG e o IQN, resultarão no índice de custo/qualidade - ICQ. O modelo pode

ser observado no esquema da Figura 33.

O método de Martins tem como público-alvo preferencialmente os projetistas de

arquitetura, é um método árduo quanto a sua aplicabilidade, visto que são necessários vários

levantamentos de variáveis qualificadoras (área, perímetros, vãos, conexões) e o cálculo de

equações para se chegar ao índice de custo/qualidade.

Page 95: método para avaliação de projetos de habitação social

94

Figura 33 - Modelo do Método de Martins.

Fonte: (MARTINS, 1999, p. 41)

Page 96: método para avaliação de projetos de habitação social

95

4.5 MÉTODO BRANDÃO

O Método de Brandão busca determinar o potencial de flexibilização espacial de um

projeto. A amostra utilizada foi de apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 2037

casos (BRANDÃO, 2002).

Para o estudo foram selecionadas variáveis: 1. Relacionadas à quantidade de cômodos

(número de quartos, de leitos, de peças do setor social e outras); 2. que indicam a existência

de cômodos específicos (existências de lavabos, sacada, closet e outros); 3. relacionadas ao

tamanho do apartamento (área total, área do setor íntimo e outras); 4. De relação entre área e

perímetro (índice de compacidade); 5. Relativas a exteriorização (perímetro confinado,

confinamento, índice de exteriorização); 6. Relativas às áreas dos setores (área do setor de

serviços, área do setor íntimo em relação à área total; 7. Relativas ao conforto espacial

(relação entre área e numero de peças, relação entre área íntima e número de leitos e outras);

8. relativas à estrutura topológica (acesso ao apartamento, ligação entre setores social e

íntimo, ligação entre setores social e de serviço e ligação entre setores íntimo e de serviço); 9.

Relativas à forma geométrica (forma geométrica do setor íntimo, forma da cozinha, espaço

para mesa de refeições na cozinha; 10. Relativas aos banheiros do setor íntimo.

Com os dados das variáveis o autor tipificou as plantas através da identificação

primeiramente do número banheiros, que segundo o autor “é o atributo que melhor explica o

tamanho ou porte do apartamento” (BRANDÃO, 2002, p. 224), em seguida número de

quartos, indicação do número de suítes, existência ou não de dependência de empregada.

Através de um trabalho estatístico foram estabelecidas as relações entre a área do

apartamento e as variáveis levantadas (Figura 34).

Page 97: método para avaliação de projetos de habitação social

96

Figura 34 - Dendograma do método CHAID

Fonte: (BRANDÃO, 2002, p. 244)

Page 98: método para avaliação de projetos de habitação social

97

Conforme seu objetivo o autor determinou uma equação (fi=(C+J+W)/A*10) para a

funcionalidade inicial (fi) de cada apartamento, conforme a soma da pontuação do atributo

potencial de conversão do cômodo (C) (Tabela 7), a soma das divisórias que permitem junção

e das projeções de desmembramento (J), do número de acessos adicionais dos banheiros (W)

e da área total do apartamento (A).

Tabela 7 - Pontuação para o atributo potencial de conversão do cômodo.

Fonte: (BRANDÃO, 2002, p. 257)

A flexibilidade inicial foi estabelecida em três categorias: potencial alto para valores

obtidos de fi até 0,7, potencial médio para fi maior que 0,7 a 1,1 e alto para fi maior que 1,1.

Os resultados obtidos para a flexibilidade inicial foram cruzados com todas as variáveis

inicialmente levantadas, visando estabelecer relações entre esta e aquelas.

Nesta interação quando foi confrontada a flexibilidade inicial com o formato do

apartamento o autor encontrou 100% do potencial de flexibilidade inicial alto na forma

geométrica onde “há três interfaces: os três setores [íntimo, social e serviço] possuem

interfaces entre si” (BRANDÃO, 2002, p. 207). Esta configuração “segue tradicionalmente a

tripartição setorial da habitação burguesa do século dezenove” (BRANDÃO, 2002, p. 207).

Este método não trata da funcionalidade, nem da acessibilidade e não parametriza

valores e ou escalona (pontua) as categorias dos atributos, apenas os expõe, para compará-los

com o potencial de flexibilidade inicial.

Page 99: método para avaliação de projetos de habitação social

98

4.6 MÉTODO LEITE

Leite coloca que seu método atende as premissas de Babbie61 (1992, apud LEITE,

2006, p. 109) e Zikmund62 (1994, apud LEITE, 2006, p. 109) os quais defendem que “os

termos utilizados para ordenar a escala não podem ser ambíguos para caracterizar

perfeitamente a relação entre conceito e escala numérica”. As escalas e conceitos adotados

pelo autor estão descritos na Tabela 8.

Tabela 8 - Intervalos de funcionalidade

Escala Conceitual

FUNCIONALIDADE Extremamente

Inadequado Muito

Precariamente Adequado

Precariamente Adequado

Parcialmente Adequado

Plenamente Adequado Ou

Atende

Atende Mais Que Plena-

mente EXTRE-

MANENTE PRECÁRIO

MUITO PRECÁRIO

PRECÁRIO PARCIAL ATENDE SUPERA

Escala Numérica

20 40 60 80 100 120

Fonte: (LEITE, 2006, p. 110)

Observa-se que são apresentados seis níveis que caracterizam os resultados da análise

da habitação, mas na obra do autor, não fica clara a forma de aplicação do método. Entretanto

Szücs e Costa (2006) comentam, através de outro trabalho de Leite63 (2003 apud SZÜCS e

COSTA, 2006):

No método de referência (LEITE, 2003), a habitação é decomposta em compartimentos, cada qual passando por uma primeira análise individual. A partir do levantamento de quesitos de funcionalidade de cada ambiente se obtém uma listagem de indicadores quantitativos e qualitativos. Os primeiros estão relacionados com o número de equipamentos mínimos ou adicionais necessários para a qualificação do uso do ambiente, os últimos tratam das variáveis do arranjo desses equipamentos. Após a avaliação e somatório desses quesitos, se obtém um índice de funcionalidade do ambiente. Então, todos os índices são somados novamente e se obtém o índice de funcionalidade da habitação. Percebe-se, portanto, que os quesitos quantitativos se sobressaem aos quantitativos [qualitativos, correção nossa].

Este método pode ser usado tanto na fase de projeto, possibilitando a sua correção

antes da execução, como também poderá ser adotada na Avaliação Pós Ocupação (APO).

61 BABBIE, Earl. The Practice of social research. 6th edition, California: Wadsworth, 1992. 62 ZIKMUND, W. G. Business research methods. Fort Worth: DrydenPress, 1994. 63 LEITE, L. C. R. Habitação de interesse social: metodologia para análise da funcionalidade: Estudo de caso do Projeto Chico Mendes - Florianópolis/SC, Florianópolis, 2003, Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.

Page 100: método para avaliação de projetos de habitação social

99

4.7 MÉTODO PALERMO

Em seu trabalho Palermo (PALERMO, 2009, p. 77-78) apresenta seu método de

avaliação de projetos para habitação de interesse social, baseadas nos seguintes princípios:

Os ajustes tiveram como referência as dificuldades identificadas e explicitadas nos projetos originais.

Moradia sem área de serviço configurada e protegida não atende às necessidades de manutenção, manejo com a roupa da casa e expurgo do lixo, inviabilizando a habitação.

Com foco na funcionalidade, apenas as questões específicas foram tratadas.

Para facilitar a instalação, o uso e a manutenção da moradia, as avaliações consideraram um afastamento aproximado de 2 cm entre as peças do mobiliário nos ambientes secos e 5 cm na cozinha, resguardando a necessidade de deslocamento de peças para a limpeza e manutenção.

Os ajustes introduzidos buscaram respeitar o quanto possível a estrutura organizacional do projeto original, incluindo eventuais estratégias de ampliação.

Os ajustes procuraram o mínimo impacto sobre a área construída original; porém, quando necessário, acréscimos ou reduções

Sempre que oportuno e naqueles projetos em não estão claras as alternativas de flexibilidade, os ajustes procuraram introduzir tais alternativas, explicitando como pode ser atendido este quesito.

Levando em conta que, em edificação de área reduzida, o núcleo cozinha/banheiro/área de serviço tem custo mais oneroso por m², alcançando mais da metade do custo global do edifício, três estratégias foram ainda consideradas:

Sempre que possível as três peças passam a ser servidas por uma única descida de água;

Sempre que possível o banheiro passa a ser compartimentado, reduzindo a necessidade de construção de mais um banheiro; e,

As soluções de banheiro passaram a incluir necessariamente vaso sanitário com caixa acoplada, beneficiando a redução do consumo de água.

Como se pode observar os oito princípios abordados podem melhorar

substancialmente a qualidade da habitação. O uso de bacia sanitária com caixa acoplada é

também uma recomendação de sustentabilidade de John e Tadeu64 (2010), entretanto deve-se

verificar seus impactos nos custos da produção da moradia, a fim de obtermos respaldo junto

aos órgãos responsáveis pela política habitacional brasileira. Estes autores recomendam para a

sustentabilidade das construções de habitações a coordenação modular, considerada uma

forma de redução de custos.

64http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_ambiental/Guia_Selo_Casa_Azul_CAIXA.pdf

Page 101: método para avaliação de projetos de habitação social

100

4.8 MÉTODO BUZZAR E FABRÍCIO

Metodologia foi desenvolvida dentro de uma das Redes Coorperativas de Pesquisa do

Programa de Tecnologia da Habitação (Habitare) da Agência de Fomento Financiadora de

Estudos e Projetos (FINEP) entre 2006 e 2007. Baseada em conhecimentos e experiências de

pesquisadores, não envolvidos com as instituições que financiam (Caixa) ou produzem os

empreendimentos habitacionais (construtoras). Em seu relatório Buzzar e Fabrício (2006)

esclarecem que a:

[...] Metodologia define-se com um perfil “quantitativo”, que reproduz os mesmos indicadores de avaliação para o conjunto dos empreendimentos, de forma a garantir uma análise equilibrada e homogênea do programa. [...] implica em tratar as questões qualitativas que envolvem o programa e os empreendimentos com parâmetros claros e estruturados para um conjunto abstrato de empreendimentos e beneficiários.

Tabela 9 - Ponderação da Metodologia de Avaliação para o Produto Habitacional

* Sem nota / ** Fator de multiplicação

Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)

INDICADORES PESOS INDICADORES SIMPLES PESOSAcessibilidade e oferta de infraestrutura e serviços urbanos 80Acessibilidade ao comércio e aos serviços 20Acessibilidade arquitetônica *Padrão do empreendimentos *Patologias e problemas projetuais/construtivos 1**implantação urbana 1**Subtotal 100Conforto ergométrico 35Acessibilidade 5Conforto ambienta da unidade habitacional 40Salubridade 20Subtotal 100Patologias 80Racionalização do produto *Padrão da construção 20Subtotal 100Diversidade tipológica 50Otimização das áreas 50Subtotal 100do conforto da UH 20do tamanho da UH 20da construção 20Quanto a localização da moradia 20dos serviços urbanos/equipamentos sociais 20Subtotal 100

Total 100

4. ESPACIALIDADE 5

5. AVALIAÇÃO DA MORADIA PELO USUÁRIO

25

1. HABILIDADE URBANA (HU)

3. CONSTRUTIBILIDADE

2. HABITABILIDADE DA UNIDADE HABITACIONAL

20

25

25

Page 102: método para avaliação de projetos de habitação social

101

A nota final da avaliação do produto habitacional é resultado de notas ponderadas de

cinco indicadores: Habitabilidade Urbana; Habitabilidade da Unidade Habitacional;

Construtibilidade; Espacialidade e Avaliação da Moradia pelo Usuário. As notas destes

resulta de ponderações (Tabela 9) e cálculos matemáticos de indicadores simples, variáveis

compostas e/ou variáveis que são parametrizados.

Segundo os pesquisadores Buzzar e Fabrício (2007, p. 230), os critérios de

parametrização podem ser:

Critérios estabelecidos pelos próprios programas;

Critérios definidos “tecnicamente”, como as normas técnicas estabelecidas por associações técnicas (como a ABNT); os padrões internacionais criados por entidades como a Organização Mundial da Saúde; normas criadas pela legislação;

Critérios comparativos, como por exemplo os estabelecidos na relação com outros países e os definidos na relação custo/beneficio vis-à-vis com outras possibilidades de investimento correlato;

Critérios empíricos ou estatísticos, como os endógenos ou os estabelecidos por padrões estatísticos, correlações etc.

Critérios subjetivos definidos pela opinião dos moradores, técnicos ou mesmo pelo bom senso.

A equipe de pesquisadores consolidou através deste trabalho, a parametrização

necessária para a operacionalização da metodologia, deixando-a aberta para aperfeiçoamento

proporcionado por novos estudos.

Dos parâmetros estabelecidos pela metodologia Buzzar e Fabrício, destacam-se, para

este trabalho, os relacionados à habitabilidade da unidade habitacional, mais especificamente

ao conforto ergométrico, quanto às recomendações de área (Tabela 10 e Tabela 4, no item

3.1).

Tabela 10 - Recomendações de área para unidades do PAR.

Fonte: Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)

Ambiente Área

mínima (m2)

Área regular

(m2)

Área recomendável

(m2) Dormitório (unid. c/ 1 dormitório) 8 9,5 12,0

Dormitório (unid.c/ 2 dormitórios) (Soma das áreas) 15 16 17,5 Dormitório (unid. c/ 3 dormitórios) (Soma das áreas) 22,0 24,0 26,0

Sala 6,0 7 8,5 Copa 6,0 6,5 8,0

Sala e copa conjugada 10,0 11,5 12,5 Banheiro 2,5 3,0 3,5 Cozinha 5,5 6,0 6,5

Área de serviço 2,0 2,9 3,5

Page 103: método para avaliação de projetos de habitação social

102

A metodologia para o FINEP é extensa, pois pretende avaliar o programa habitacional

de forma completa, similar aos métodos SEL, Qualitel e de Pedro, o qual será abordado a

seguir. São levantadas diversas variáveis (dimensões dos comodos, pé-direito, acabamentos,

variáveis relacionadas ao conforto ambiental, relacionadas a infraestrtutrura, entre outras)

para as quais são atribuidas notas, conforme os critérios e parâmetros de avaliação. Esta

atribuição pode ser observada no exemplo do Quadro 7 para a área do ambiente dormitório,

no caso para unidades com dois quartos.

Ambiente Faixas de área do ambiente (m²) notas atribuídas

Dormitório (unidade c/ 2 dormitórios)

(soma das áreas)

VTAAQ265< 15,0 15,0 ≤ VTAAQ2<16,0 16,0 ≤ VTAAQ2<17,5

VTAAQ2 ≥ 17,5

nota VANAQ266 =0 nota VANAQ2 =50 nota VANAQ2 =70 nota VANAQ2 =100

Quadro 7- Atribuição de Notas

Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)

Os autores atribuem notas dentro de faixas que iniciam em 0 quando o critério não

atende ao mínimo, até 50 quanto for maior ou igual que ao mínimo e menor que o regular.

Recebe nota 70 quando o critério em avaliação for maior ou igual ao regular e menor que o

recomendável e finalmente recebe nota 100 se é maior ou igual ao recomendável.

4.9 MÉTODO PEDRO

O programa de qualidade arquitetônica habitacional, chamado por Pedro (2000),

apenas de Programa Habitacional (PH), divide-se, segundo o autor, em três partes: dados de

programa, exigências de qualidade e modelos exemplificados.

No primeiro deles, dados de programa, estão: a identificação dos usuários (utentes), a

classificação de espaços do habitat residencial (segundo hierarquia de espaços, escalas ou

níveis físicos), a classificação de funções de uso do habitat residencial e a definição de

tipologias e tipos. A satisfação dos usuários é assegurada pelas exigências de qualidade. Os

modelos são exemplos de aplicação das exigências de qualidade.

Este autor informa que os métodos de análise e avaliação servem como apoio a tomada

de decisão, por parte dos atores do processo. E ainda, que os métodos de avaliação 65 VTAAQ2 = FUAAQ1 + FUAAQ2 (FUAAQ1 - área útil do quarto 1; FUAAQ2 - área útil do quarto 2) 66 VANAQ2 - nota para Σ das áreas do QUARTO2 com QUARTO1 versus área mínima; área regular e área recomendável.

Page 104: método para avaliação de projetos de habitação social

103

multicritério são os que podem atender melhor às avaliações mais complexas, nas quais deve-

se definir objetivo geral e em seguida objetivos parciais, os quais devem ser ponderados e ao

término chega-se a um resultado de síntese.

Pedro (2000, p. 49) apresenta os seguintes elementos para um método de avaliação

multicritério:

a) Árvore de pontos de vista;

b) Pontos de vista elementares;

c) Descritores;

d) Critérios de avaliação;

e) Critérios de ponderação;

f) Método de síntese de resultados;

g) Forma de apresentação de resultados;

h) Gráfico de análise de resultados.

4.9.1 Critérios de avaliação do Método Pedro

O método de avaliação desenvolvido por Pedro (2000, p. 104) apresenta uma escala de

valores, que ele denomina descritores, sendo eles:

Nulo (valor 0) A solução não satisfaz as necessidades elementares da vida quotidiana dos utentes [usuários], o que pode concorrer para os prejudicar pessoalmente e para restringir o seu modo de vida.

Mínimo (valor 1) A solução tem um desempenho que satisfaz as necessidades elementares de vida quotidiana dos utentes; este nível é definido pelos regulamentos e normas nacionais aplicáveis, e pela boa prática da construção e do projecto nos aspectos em que esta documentação é omissa.

Recomendável (valor 2) A solução tem um desempenho que confere um maior grau de qualidade que o nível mínimo, o que permite suportar melhor diferentes modos de uso, a evolução previsível das necessidades dos utentes durante o período de vida útil dos edifícios, e o uso eventual por utentes condicionados de mobilidade.

Óptimo (valor 3) A solução tem um desempenho que responde integralmente às necessidades dos utentes, e permite o uso permanente por utentes condicionantes de mobilidade após pequenas adaptações.

Em seu trabalho Pedro (2000, p. 101-102) utiliza dois critérios de avaliação. O

primeiro é a escala de pontos, fazendo uma correlação entre a pontuação obtida nos

Page 105: método para avaliação de projetos de habitação social

104

indicadores de avaliação (dicotômicos: sim ou não; verdadeiro ou falso) e a escala de valores

(descritores) citada acima. E a média ponderada para indicadores do tipo nominal ou ordinal.

Figura 35 - Os três primeiros níveis da árvore de pontos de vista

Fonte: (PEDRO, 2000).

Os critérios acima se aplicam a árvore de pontos de vista (Figura 35 e Figura 36) que

possui cinco níveis ou hierarquia:

• Níveis físicos - traduzem as entidades físicas. Exemplo: Habitação e edifício.

• Grupos de qualidade - representam os grandes vetores de qualidade

arquitetônica. Exemplo: conforto ambiental, segurança, personalização e

outros.

Page 106: método para avaliação de projetos de habitação social

105

• Qualidades - são organizadas em função das exigências do usuário. Exemplo:

Conforto visual, funcionalidade, privacidade.

• Indicadores de qualidade - permitem a medição do desempenho da solução

com significativo grau de autonomia. Exemplo: dentro do grupo de qualidade

conforto ambiental, tem-se a qualidade conforto visual e para ela tem-se o

indicador iluminação natural.

• Elemento de avaliação é o que se pode quantificar por medição ou observação.

Exemplo: dentro de iluminação natural, tem-se o índice de dimensão de vãos

de janela da cozinha.

Para este estudo serão observadas as qualidades: capacidade, espaciosidade e

funcionalidade, definidas por Pedro (2002b):

Capacidade - espaços funcionais.

As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de programas de espaços funcionais capazes de comportarem o equipamento, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes [usuários] determinado pela sua lotação. (PEDRO, 2002b, p. 53).

[...]

Espaciosidade - Área

As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de espaços com áreas capazes de comportarem os equipamentos, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes determinado pela sua lotação. (PEDRO, 2002b, p. 55).

[...]

Espaciosidade - Dimensão

As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de espaços com dimensões capazes de comportarem os equipamentos, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes determinado pela sua lotação. . (PEDRO, 2002b, p. 65).

[...]

Funcionalidade

As habitações devem ser concebidas de modo a propiciarem aos utentes adequadas condições no desenvolvimento das funções de uso da habitação. (PEDRO, 2002b, p. 68).

Na Figura 36, dentro da qualidade Capacidade são avaliados: o programa de espaços,

programa de equipamentos e a extensão de paredes mobiliáveis.

Page 107: método para avaliação de projetos de habitação social

106

Figura 36 - O terceiro, quarto e quinto nível da árvore de pontos de vista da habitação

Fonte: (PEDRO, 2000, p. 104).

O programa de espaços deve comportar a adequada utilização pelos usuários previstos

para a habitação. O programa de equipamentos são os equipamentos fixos que possibilitam a

utilização adequada da habitação. Paredes mobiliáveis são, para o autor deste método, paredes

planas com altura de no mínimo 2,00 metros, que podem ser mobiliadas pelo menos 60 cm de

Page 108: método para avaliação de projetos de habitação social

107

profundidade e 60 cm de extensão. As paredes com janelas, com peitoril de pelo menos 90

cm, são consideradas a metade da sua extensão.

Para a qualidade Espaciosidade são analisadas as áreas, as dimensões e o pé-direito.

As áreas devem comportar o mobiliário, os equipamentos e a circulação para a utilização da

habitação. Quando a sala tiver circulação obrigatória esta deve ser excluída da área útil do

cômodo e inserida na área de circulação, utilizando a largura de 80 cm em toda a extensão do

percurso. A dimensão útil é igual ao diâmetro do maior círculo que pode ser inscrito no

cômodo. O pé-direito é definido como a distância do piso ao teto ou média aritmética das

várias distâncias, se for o caso.

A qualidade Funcionalidade é avaliada segundo vários aspectos como: conflitos de

circulação, possibilidades de vários leiautes, existência ou não de espaço para a realização das

atividades, entre outras (PEDRO, 2000, p. 145-146).

O autor enfatiza que seu trabalho está fundamentado nos estudos de vários professores

do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC, Lisboa/Portugal).

Os estudos de Pedro também foram utilizados por Barbosa (2007). Este autor

apresenta o trabalho conjunto de Boueri e Pedro67 que estabeleceram as funções da habitação

e seus respectivos sistemas de atividades, que podem ser observados no item 3.2 que trata das

funções da habitação.

Os métodos apresentados tem em comum a busca por requisitos que indiquem a

qualidade em suas várias dimensões.

Klein (1980) foca seus estudos nos percursos dentro da planta, na disponibilidade de

áreas livres para propiciar a sensação de amplitude e plantas com cômodos mais semelhantes

em tamanho e forma.

As questões relacionadas a utilização de espaços não são avaliadas no método

Qualitel, sendo este de cunho tecnológico construtivo. Ao contrário do anterior o método

SEL classifica as plantas quanto ao atendimento das funções da habitação, tratando as

questões do mobiliar, comunicações, possibilidades de transformações, das funções da

habitação, das possibilidades de escolha, da circulação externa, dos equipamentos do edifício,

67 Segundo Barbosa (2007, p. 168): “[...] é o resultado do trabalho realizado neste levantamento, e, que contou também com a colaboração do aprendizado das aulas [...] ministradas pelo profº Dr. J. Boueri e J. Pedro, como professor visitante.”

Page 109: método para avaliação de projetos de habitação social

108

da possibilidades de laser e dos equipamentos público. Este método dá origem a vários outros,

que se seguiram.

Martins (1999) busca a qualidade geométrica correlacionada ao custo, através de

variáveis quantitativas que compõem novas equações e destas outras até obter o índice de

custo e qualidade. Brandão (2002) também trata de variáveis quantitativas, mas para verificar

a flexibilidade.

Tratando da funcionalidade, Leite (2006) não deixa claro os procedimentos do seu

método. Palermo (2009), não explicita os procedimentos, porém indica parâmetros de

qualidade, principalmente quanto ao mobiliário e as questões sobre a funcionalidade da

habitação.

Buzzar e Fabrício (2007) com seu método também estão preocupados com as várias

dimensões da qualidade, da urbana à opinião do morador. Como estes autores, Pedro (2000),

avalia desde os aspectos da implantação da habitação, ou seja, seu entorno até as questões

relacionadas a estética e personalização da moradia. Seu método é bem detalhado, flexível e

adaptável as variações regionais.

Page 110: método para avaliação de projetos de habitação social

109

5 MÉTODO PROPOSTO E APLICAÇÃO

Como já foi descrito, este trabalho trata de unidades habitacionais de dois quartos,

construídos dentro do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), com recursos do FAR.

O programa PAR é operacionalizado pela Caixa Econômica Federal e as empresas

construtoras apresentam suas propostas de empreendimentos ao banco para execução dos

conjuntos habitacionais e este as analisa e escolhe as que possuem melhor viabilidade técnica

e financeira.

Junto à CAIXA e as Prefeituras Municipais, elaborou-se uma lista com todos os

conjuntos habitacionais PAR executados e em execução nas cidades de Cuiabá e Várzea

Grande, de 2000 a 2008. As informações constantes desta lista são: nome do

empreendimento, cidade de localização, número total de unidades habitacionais e ano de

assinatura do contrato (Apêndice B).

Os dados coletados foram submetidos a uma padronização, que consiste em

estabelecer especificações iguais para todos os projetos e o redesenho padronizado. Após as

fases de coleta e padronização os projetos foram submetidos a uma tipificação preliminar

através de mapas convexos e grafos justificados.

Para o método proposto para análise dos cômodos foi criado o primeiro questionário,

com o qual se verifica se o projeto em análise atende à NBR 15.575:1. Na sequência cada

projeto foi submetido a outros sete questionários originados do Método de Pedro (2000),

porém adaptados para realidade brasileira. Os questionários estão concentrados na habitação

e sua adequação espaço-funcional, onde são verificados: a capacidade, espaciosidade e

funcionalidade.

Os parâmetros dimensionais e as questões relacionadas a funcionalidade foram obtidas

de estudos e normas brasileiras e quando possível usados os de Pedro (2000). O peso de cada

questão é estabelecido por Pedro, mas foram pesquisadas as opiniões de técnicos brasileiros e

estas foram adotadas neste método proposto. Cada projeto foi submetido aos questionários e

obteve-se uma pontuação final.

Page 111: método para avaliação de projetos de habitação social

110

O custo de cada projeto foi levantado com as especificações da padronização.

Finalmente, foram lançadas no gráfico a pontuação final (indicadores de adequação espaço-

funcional), o custo e a área útil (espaço interno de cada cômodo sem as paredes) dos projetos

em análise. A descrição detalhada vem a seguir.

5.1 COLETA DE DADOS DAS UNIDADES

A partir da lista de empreendimentos, foram coletadas as coordenadas geográficas e

registrados os pontos de localização no mapa das duas cidades do estudo. Foi, então iniciada a

coleta das plantas baixas das unidades habitacionais de cada empreendimento. Os dados

foram inicialmente coletados na RSNGOV/CB e também na Prefeitura Municipal de Cuiabá e

Várzea Grande (vide exemplo à Figura 37).

Figura 37 - Planta levantada (planta 1).

Fonte: (CAIXA RSNGOV/CB, 2000, apud BARCELOS, 2010)

O procedimento de fotocópia das plantas foi substituído pela utilização de uma

máquina fotográfica com 12.2 mega pixels, para facilitar a obtenção. Todas as fotos foram

Page 112: método para avaliação de projetos de habitação social

111

tiradas com padrão da máquina: 12 M: 4000 x 3000 pixels, qualidade superfina. Em alguns

casos a planta se repetia em mais de um empreendimento (Tabela 11).

Tabela 11 - Repetições de plantas nos empreendimentos PAR (2000-2008).

Plantas Número de repetições nos empreendimentos PAR

Planta 04; Planta 08; Planta 09; Planta 11; Planta 14; Planta 15; Planta 17; Planta 24; Planta 27; Planta 29; Planta 30; Planta 31;

Planta 36;

1

Planta 01; Planta 02; Planta 06; Planta 07; Planta 12; Planta 13; Planta 18; Planta 19; Planta 20; Planta 21; Planta 23; Planta 25;

Planta 28; Planta 35;

2

Planta 05; Planta 10; Planta 32; 3 Planta 03; Planta 16; Planta 22; Planta 26; 4

Planta 33; Planta 34; 5

No Quadro 8 temos o número da planta (exemplo, planta 1=P1) e em quais

empreendimentos ela foi executada.

Nº Empreendimento P1 Residencial Jardim Vitória "A" Residencial Karla Renata P2 Residencial Jardim Vitória "B" Residencial Lucimar Campos P3 Residencial

Coxiponês Residencial Morada

do Faval Residencial Santo

Antônio Residencial Jardim

Antarctica P4 Residencial Morro de Santo Antônio P5 Condomínio Residencial

Paschoal M. Cabral Condomínio Flor do Cerrado Condomínio Eng. Miguel

Leão Lanna P6 Condomínio Recanto Condomínio Jardim Botânico P7 Condomínio Recanto Condomínio Jardim Botânico P8 Condomínio Ipê Amarelo P9 Condomínio Flor do Cerrado P10 Residencial Marechal Rondon Residencial Altos do São Gonçalo Residencial Maria de Lurdes P11 Residencial Acácia do Coxipó P12 Condomínio Domingos Sávio B. Lima Jr. Residencial Paulo Leite da Silva P13 Residencial Ilza Therezinha Picolli Pagot Residencial Buritis - 1ª Etapa P14 Residencial Buritis - 1ª Etapa P15 Residencial Claudio Marchetti P16 Residencial Wantuil

de Freitas Residencial Salvador

Costa Marques Residencial Belita

Costa Marques Residencial Claudio

Marchetti P17 Residencial Claudio Marchetti P18 Condomínio Elias Domingos Condomínio Athaíde Monteiro da Silva

P19 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P20 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P21 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P22 Residencial Ataíde

Ferreira da Silva Residencial Alice

Gonçalves de Campos Residencial Renato

José dos Santos Residencial Esperança

P23 Residencial Mirante de Cuiabá Residencial Despraiado Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR

Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB

Page 113: método para avaliação de projetos de habitação social

112

Nº Empreendimento P24 Residencial Topázio P25 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª Etapa Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª Etapa P26 Residencial Aurília

Salies Curvo - 1ª Etapa

Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª

Etapa

Residencial Noise Curvo de Arruda - 1ª

Etapa

Residencial Noise Curvo de Arruda - 2ª Etapa

P27 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª Etapa P28 Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª Etapa Residencial Pádova P29 Condomínio Jardim das Acácias P30 Residencial Ilza Therezinha Picolli Pagot P31 Residencial Wantuil de Freitas P32 Residencial Salvador Costa

Marques Residencial Deputado. Milton

Figueiredo Residencial Belita Costa

Marques P33 Residencial Salvador

Costa Marques Residencial

Avelino Lima Barros

Residencial Secretário Clóves Vetoratto

Residencial Deputado.

Milton Figueiredo

Residencial Belita Costa

Marques

P34 Residencial Salvador Costa Marques

Residencial Avelino Lima

Barros

Residencial Secretário Clóves Vetoratto

Residencial Deputado

Milton Figueiredo

Residencial Belita Costa

Marques

P35 Residencial Júlio Domingos de Campos - 1ª Etapa

Residencial Júlio Domingos de Campos - 2ª Etapa

P36 Residencial Júlio Domingos de Campos - 1ª Etapa

Residencial Júlio Domingos de Campos - 2ª Etapa

Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR (cont.)

Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB

.

Figura 38 – Plantas 33 e 34 ocorrem com maior frequência nos empreendimentos PAR.

Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB.

Page 114: método para avaliação de projetos de habitação social

113

Observa-se que as plantas se repetem pois são aproveitadas pelas empresas que as

produziram em outros empreendimentos (Figura 38). Este procedimento está vinculado a

fatores como: suposta rapidez para aprovar os projetos nas instituições financeiras e no poder

público, visto que a planta já foi analisada e aprovada anteriormente, facilidade para

quantificar e orçar e redução de custo com novos projetos.

Os motivos elencados são prejudiciais para a qualidade do projeto, pois,

comprometem a evolução de uma planta, que poderia ocorrer através de novos estudos do

projetista. E ainda, não se justifica financeiramente, pois há recursos para projetos disponíveis

nos contratos com as instituições financeiras.

Planta, neste trabalho, refere-se à planta arquitetônica de cada unidade habitacional,

que possui medidas diferentes para os cômodos de mesma função predeterminada no projeto

coletado, mesmo que estes cômodos possuam disposições iguais em outras plantas, pois o

interesse está no espaço interno disponibilizado em cada tipo de casa.

5.2 PADRONIZAÇÃO DOS DADOS

As plantas coletadas fazem parte de um relatório de levantamento, estas foram

numeradas e a elas foi anexada uma planilha com as informações sobre os empreendimentos,

incluindo nome do empreendimento, ano de contratação, construtora, coordenadas

geográficas, cidade, tipo de implantação (condomínio ou loteamento), investimento e área do

terreno. Em seguida, os projetos foram redesenhados em sistema CAD de forma padronizada

(Quadro 9) quanto à espessura de parede, modelos e materiais de janelas e portas, sistema

construtivo, cobertura, louças, pias e tanques. Isto para que, ao aferir o custo da unidade

habitacional, este reflita tão-somente as dimensões dos cômodos sem a interferência nos

custos por diferentes acabamentos, peças e sistemas construtivos.

Page 115: método para avaliação de projetos de habitação social

Alvenaria (com função

Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha)Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)

Portas externas (cozinha e

Louças e metais iguais para

Calçadas

Fonte:

quantificação

Item Alvenaria (com função

estrutural)Pé-direito

Laje do banheiroForro

Cobertura

Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha)Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)

Portas externas (cozinha e sala)

Portas internas

Fundações (radier

Louças e metais iguais para todos os projetos

Beiral Calçadas (próprio

Fonte: Elaborado com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações

Os projetos foram

quantificação, co

Alvenaria (com função

estrutural) direito

Laje do banheiro

Cobertura

Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha) Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)

Portas externas (cozinha e

Portas internas

radier)

Louças e metais iguais para todos os projetos

(próprio radier)

Quadro

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações

Os projetos foram

como mostra o exemplo da

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

0,12 m (largura

1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e

somente com vidro para cozinha e sala

0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m

De acordo com o projeto espessura 0,08 m.

Pia da cozinhalitros, lavatório sem coluna;

Quadro 9 - Padronização dos projetos

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida

Os projetos foram redesenhados,

mo mostra o exemplo da

Figura

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

Dimensões

0,12 m (largura, acabada incluído reboco

2,70 m0,08 m

Inclinação 35%

1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e

somente com vidro para cozinha e sala

0,60 X 0,40 m

0,80 x 2,10 mVeneziana

0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m

Veneziana

De acordo com o projeto espessura 0,08 m.

ia da cozinha com 1,20 litros, lavatório sem coluna;

Caixa acoplada0,50 m de largura0,50 m de largura

Padronização dos projetos

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida

redesenhados, cotados e impressos

mo mostra o exemplo da Figura

Figura 39 - Planta 1

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

Dimensões

, acabada incluído reboco

2,70 m 0,08 m

Inclinação 35%

1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e

somente com vidro para cozinha e sala

0,60 X 0,40 m

0,80 x 2,10 m Veneziana

0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m

Veneziana

De acordo com o projeto espessura 0,08 m.

0 x 0,55 m, tanque de 2litros, lavatório sem coluna; vaso sanitário com

acoplada m de largura

0,50 m de largura Padronização dos projetos levantados

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida (Anexo

ados e impressos

Figura 39.

1 - Padronizada

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

, acabada incluído reboco)

1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,1 m de altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e

somente com vidro para cozinha e sala

0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m, todas).

De acordo com o projeto espessura 0,08 m.

, tanque de 20 vaso sanitário com

levantados

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Anexo A).

ados e impressos na escal

Padronizada

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

MateriaiTijolo furado 8 furos

(10 x 20

Concreto armadoPVC

Telha cerâmicaestrutura em

Ferro

Concreto armado com tela

Louça branca

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações

na escala 1/50, para posterior

Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.

114

Materiais Tijolo furado 8 furos

x 20 cm)

Concreto armado PVC

Telha cerâmica plan; estrutura em madeira

Ferro

Concreto armado com tela

Louça branca

com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações em vigor do

, para posterior

114

em vigor do

, para posterior

Page 116: método para avaliação de projetos de habitação social

115

Definidas as especificações dos serviços, procedeu-se a quantificação através de

lançamento dos dados físicos da planta em planilha eletrônica (Apêndice C). Com as

especificações dos serviços e materiais, foram escolhidos os códigos correspondentes a eles

na Tabela SINAPI (vide item 5.5).

Os dados de mercado para mobiliário, coletados para este estudo, não serão objetos de

análise, pois requerem uma pesquisa aprofundada antes de sua aplicação. Não serão

considerados os acabamentos, revestimentos, sistemas construtivos entre outros que são

inerentes aos materiais empregados, somente tratar-se-á dos espaços para acomodação dos

móveis, equipamentos e circulação.

5.3 TIPIFICAÇÃO PRELIMINAR

Os projetos foram analisados também pelo método do mapa convexo e grafo

justificado (topologia), explicado por Holanda (2003):

A decomposição revela o sistema espacial, em planta, formado por unidades de duas dimensões, circunscritas por polígonos convexos, isto é, que não podem ser cruzados por segmentos de retas em mais de dois pontos. O perímetro de um quarto retangular coincide com um espaço convexo, mas uma sala em “L” conterá pelo menos dois. [...] os espaços convexos são representados por um círculo, e as relações diretas de permeabilidade entre eles são representadas por uma linha. O próximo passo é a confecção do grafo justificado dos espaços da casa a partir do exterior: da parte inferior para a parte superior do grafo encontram-se os espaços e suas respectivas profundidades sintáticas a partir do exterior (espaço aberto ao público).

Este método também é adotado por Griz; Amorim e Loureiro (2008) na análise da casa

brasileira desde a Colônia aos dias atuais e por França (2003) no estudo das relações sociais

no espaço doméstico. A partir deste método obteve-se a profundidade (ou permeabilidade) e o

número de cômodos de cada projeto.

Os grafos justificados mostram como se dá a ligação entre os cômodos. Plantas com

formato similar podem não apresentar a mesma forma de comunicação entre as peças. Por

outro lado, plantas diferentes podem apresentar o mesmo formato de interligações. Trata-se de

uma maneira de classificar ou agrupar as plantas, outra forma de definir tipologias.

Os grafos justificados II, XI e IX (Figura 40) foram os de maior ocorrência dentro das

trinta e seis plantas estudadas. Analisando os grafos justificados resultantes, tem-se que no

Page 117: método para avaliação de projetos de habitação social

grafo

da circulação,

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

estes cômodos.

Topologia II (grafo II)

ligação direta e

grafo

caso do grafo

em ordem crescente de frequência

plantas

inter-

grafo II, há ligação direta

da circulação, entre os

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

estes cômodos.

Topologia II (grafo II)

O último grafo,

ligação direta e

grafo XI há mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço

caso do grafo II , alcançando o índice cinco.

No Gráfico

em ordem crescente de frequência

plantas estudadas

-relações entre as plantas levantadas.

ligação direta da sala

entre os quartos e

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia II (grafo II)

Figura 40- Grafos justificados de maior ocorrência

O último grafo, IX, assemelha

ligação direta e, os quartos e banheiros

mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço

, alcançando o índice cinco.

Gráfico 16, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

em ordem crescente de frequência

estudadas. O Apêndice

entre as plantas levantadas.

da sala com a

quartos e o banheiro. A profundidade é

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia XI (grafo XI)

Grafos justificados de maior ocorrência

, assemelha

os quartos e banheiros

mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço

, alcançando o índice cinco.

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

em ordem crescente de frequência de cada

Apêndice D apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

entre as plantas levantadas.

com a cozinha,

banheiro. A profundidade é

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia XI (grafo XI)

Legenda:

Grafos justificados de maior ocorrência

, assemelha-se ao grafo

os quartos e banheiros são preservados por uma circulação. Ent

mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço

, alcançando o índice cinco.

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

de cada grafo

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

entre as plantas levantadas.

, há uma preservação

banheiro. A profundidade é

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem

sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala separa-se dos demais ambientes (cozinha,

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia XI (grafo XI)

Legenda:

Grafos justificados de maior ocorrência nas plantas

grafo II, pois em ambos

são preservados por uma circulação. Ent

mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

grafo justificado

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

a preservação da privacidade, através

banheiro. A profundidade é três, com cindo cômodos

O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem-se também mais cômodos,

se dos demais ambientes (cozinha,

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia IX (grafo IX)

nas plantas analisad

pois em ambos a cozinha e a sala tem

são preservados por uma circulação. Ent

mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço. A profundidade é maior que no

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

justificado executado para cada uma das

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

da privacidade, através

três, com cindo cômodos

se também mais cômodos,

se dos demais ambientes (cozinha,

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia IX (grafo IX)

analisadas.

a cozinha e a sala tem

são preservados por uma circulação. Ent

profundidade é maior que no

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

executado para cada uma das

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

116

da privacidade, através

três, com cindo cômodos.

se também mais cômodos,

se dos demais ambientes (cozinha,

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

Topologia IX (grafo IX)

a cozinha e a sala tem

são preservados por uma circulação. Entretanto no

profundidade é maior que no

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

executado para cada uma das

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

116

da privacidade, através

se também mais cômodos,

se dos demais ambientes (cozinha,

quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a

a cozinha e a sala tem

o

profundidade é maior que no

, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,

executado para cada uma das

apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de

Page 118: método para avaliação de projetos de habitação social

117

Gráfico 16- Número de Cômodos, Profundidade e Frequência.

O grafo II apresenta nas plantas estudadas frequência de 13,89%. O grafo XI, 16,67%

e, o grafo justificado IX tem frequência de 25%.

Faz-se necessário a análise do espaço da habitação para que este propicie a plena

execução das funções da moradia. Estas são as considerações de vários autores (KLEIN,

1980; PALERMO, 2009; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010;

FOLZ, 2008; DAMÉ, 2008), e a partir das considerações destes e outros autores estudados,

foram analisados os espaços das trinta e seis plantas do Programa PAR, objeto deste estudo.

5.4 ANÁLISE DO ESPAÇO INTERNO DOS CÔMODOS.

A análise interna dos cômodos foi realizada tomando-se como referência o trabalho de

Pedro (2000), quanto ao método de avaliação. Entretanto os parâmetros usados por ele são

para a realidade de seu país, Portugal. Assim, para esta avaliação são adotados os parâmetros

estabelecidos na NBR 15.575:1 item 16 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS, 2010) e, complementarmente, Palermo (2009) e Buzzar e Fabrício (2006). Todas

as plantas analisadas estão disponíveis no Apêndice F.

Inicialmente, foi realizado um recorte na árvore de ponto de vista de Pedro

apresentado no item 4.9.1, para que fosse trabalhado apenas a adequação espaço-funcional das

unidades estudadas (Figura 41), visto que o método daquele autor é abrange outros aspectos

como o entorno, a edifício e a habitação, passando por requisitos de conforto, espaço, e

personalização.

I VI IV V VII XI.a XI.c IX.a XI.b X III VIII II XI IX

NÚMERO DE CÔMODOS 5 5 5 6 6 7 7 7 7 7 5 6 5 7 7

PROFUNDIDADE 3 5 4 5 4 6 7 6 6 6 4 5 3 6 5

FREQUÊNCIA 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 3 5 6 9

0

2

4

6

8

10

Topologia das plantas analisadas

Page 119: método para avaliação de projetos de habitação social

118

Figura 41 - Recorte na árvore de ponto de vista.

Fonte: (PEDRO, 2000, p. 104).

Assim, este estudo concentra-se:

a) No nível físico: habitação;

b) No grupo de qualidades: adequação espaço-funcional;

c) No nível de qualidades:

c.1) Capacidade: programa de espaços, programa de equipamentos e extensão

de paredes mobiliáveis.

c.2) Espaciosidade: área útil, dimensão útil e pé-direito e,

c.3) Funcionalidade: funcionalidade.

Os elementos de avaliação foram definidos em forma de questionário, como foi

elaborado no trabalho de Pedro (2000). Cada questão possui ponderações às questões,

apresentadas pelo autor quais sejam: 1 (um) quando de pouca importância, 2 (dois) para

importante e 3 (três) para muito importante.

Estas ponderações às questões, neste método proposto, foram submetidas a um grupo

de 24 profissionais para validação, sendo quinze engenheiros e arquitetos da Caixa e os

demais engenheiros e arquitetos do mercado, da prefeitura e docentes da graduação. O

procedimento de consulta foi realizado através de um formulário, e após uma explanação

sobre as questões cada profissional registrou o grau de importância de cada uma delas.

Adotou-se como resposta final a moda dos resultados, ou seja, os valores de ponderação mais

votados. O Apêndice E apresenta o formulário e os resultados obtidos. As ponderações

podem ser novamente reavaliadas conforme os objetivos de cada avaliador (Prefeitura,

usuários e ou instituições financeiras).

Page 120: método para avaliação de projetos de habitação social

119

Depois da consulta aos profissionais algumas questões foram ajustadas à realidade das

unidades habitacionais em estudo.

5.4.1 Atendimento à NBR 15.575:1

O primeiro questionário verifica se o projeto atende a NBR 15.575:1, em seu item 16.

Este questionário não se apresenta no trabalho de Pedro, já que o autor somente submete ao

seu método projetos que já estão em conformidade com norma de seu país.

Há uma questão com requisitos para cada cômodo, cada uma delas recebeu um valor

para ponderação, determinada pela consulta aos profissionais. Quando os requisitos são

atendidos para o cômodo, a resposta é 1 (um). No caso de todas as respostas verdadeiras, ao

serem multiplicadas à ponderação totalizam 20 pontos (Tabela 12).

Tabela 12- Questões quanto ao atendimento à NBR 15.575:1, item 16.

Questão Requisitos Ponderação Pontos P1 P2

Sala de estar

Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para TV

(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve ser de

2,40.

3 1 1 1

Sala de estar/jantar

Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.

3 1 1 1

Cozinha

Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m), armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e

geladeira, largura mínima de 1,5 m.

3 1 0 1

Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5

m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1

Dormitório duplo

(para duas pessoas)

Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e

as demais circulações de 0,50 m.

2 1 1 1

Banheiro

Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura

mínima de 1,1 m exceto no box.

3 1 1 1

Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade

de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m) 3 1 1 1

Total de pontos 17 20 Resultado N(0) O(3) 0 = falso/1= verdadeiro

Os projetos que alcançaram 20 pontos recebem nota final igual a 3 (ótimo), os que não

obtiveram os 20 pontos não pontuam, pois o atendimento à norma é pré-requisito para

Page 121: método para avaliação de projetos de habitação social

120

aceitação do projeto, como faz também Pedro (2000). Os reprovados devem ser readequados

pelo projetista, mas, para este estudo, mesmo estes, foram submetidos aos questionários

seguintes.

5.4.2 Programa de espaços

O segundo questionário serve para verificar o programa de espaços (Tabela 13). Em

Pedro eram sete questões sobre salas, banheiros, lavanderias, salas de refeição, dispensas,

espaços exteriores privados e estacionamentos. Para este método proposto foram escolhidas as

questões relacionadas ao tratamento de roupas (com questões adaptadas para área de

serviços), espaços exteriores privados (adaptado para varandas) e, estacionamento (sem

adaptações), as demais questões se referiam a habitações de maior porte.

Novamente as ponderações as questões foram as estabelecidas pelo grupo de

profissionais. Cada alternativa, possui requisitos que representam uma pontuação (pontos) que

inicia em mínima (1) passando por recomendável (2) até ótima (3).

Tabela 13 - Questões relativas ao programa de espaços. Questão Alternativa Ponderação Pontos P1 P2

Espaço de tratamento de

roupa

Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos 3 lados fechados)

2 3 0 0

Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2 lados abertos)

2 2 0 0

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita 2 1 1 1

Espaços exteriores privados (varanda

frontal)

Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)

2 3 0 0

Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)

2 2 0 0

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há varanda.

2 1 1 1

Estacionamento Possui dois espaços de estacionamento 3 3 0 0 Possui um espaço de estacionamento 3 2 1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita 3 1 0 0

Total de pontos obtidos (a)

10 10

Pontuação resultante (b)

1,43 1,43

Conceito (c)

R (2) R (2)

Algumas adaptações foram necessárias neste item. O espaço para tratamento de roupa

foi classificado em coberto e fechado (quando a área de serviço tem até 3 faces com paredes),

aberta (quando tem pelo menos 2 lados abertos) e a situação desfavorável quando não se

refere a nenhuma das duas opções. O espaço da varanda frontal foi inserido no item espaço

exterior privado, sendo avaliada a sua capacidade de comportar mobiliário. Definido como

Page 122: método para avaliação de projetos de habitação social

121

ótimo quando é possível dispor uma mesa para duas pessoas, recomendável quando somente

cabe uma cadeira e a mínima quando não há varanda ou não atende as duas questões

anteriores. Não houve adaptação para os espaços de estacionamento.

Ao avaliar o projeto (P1) utiliza-se o valor 1 para marcar a alternativa encontrada no

projeto. O total de pontos obtidos (a) é a soma do produto das respostas verdadeiras (igual a

1) com os pontos e a ponderação. A Tabela 14 mostra quantos pontos deve-se obter, com as

respostas as questões, para se atingir cada nível de qualidade.

Tabela 14 - Critérios de Avaliação para Programa de espaços (Questionário 2).

Ponderação Nulo Mínimo Recomendável Ótimo Espaço de tratamento de roupa 2 0 1 2 3

Espaços exteriores privados (varanda frontal)

2 0 1 2 3

Estacionamento 3 0 1 2 3 Total pontuação 0 7 14 21

A partir desta tabela é gerado o Gráfico 17 e encontrada a equação da reta, que neste

exemplo é y=0,1429x, esta equação gera a pontuação resultante (b).

Gráfico 17 - Reta e equação da reta formada pelos critérios de avaliação programa de espaços.

No exemplo da Tabela 13 temos o total de pontos obtidos, 10 (dez), e ao lançá-lo

como y na equação se obtém 1,43 que é a pontuação resultante, assim o Conceito (c), acima

de 1 (um), é classificado como recomendável (R=2).

y = 0,1429x

y = 0,1429x

y = 0,1429x

0

1

2

3

4

0 5 10 15 20 25

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Critério de Avaliação - Programa de Espaços

Page 123: método para avaliação de projetos de habitação social

122

5.4.3 Programa de equipamentos

O próximo questionário se refere programa de equipamentos (Tabela 16). No método

de Pedro para o programa de equipamentos, são quatro questões, no método proposto foram

utilizados apenas dois: bancada da cozinha (pia, fogão e geladeira) e guarda roupas

(roupeiros). Diferentemente do questionário anterior, neste é verificado se cada projeto atende

aos intervalos de valores de referência estabelecidos como mínimo, recomendável e ótimo.

Novamente a ponderação foi indicada pelo grupo de profissionais às duas questões.

A sistemática adotada é a mesma de Pedro, ou seja, são verificados: a extensão da pia

e relação de metros de guarda roupas por habitante da unidade. Entretanto os valores de

referência da norma brasileira são o ponto de partida, assim foi definido como extensão

mínima para a bancada da pia o mobiliário mínimo: pia com 1,20 m de largura, fogão de 0,55

m de largura e geladeira de 0,70 m de largura, totalizando 2,449 m. Para o mínimo, além da

norma, acrescenta-se 0,05 m como margem. Para os demais níveis, altera-se apenas a

extensão da pia, sendo que o recomendável é 1,50 m de largura e ótimo 1,80 m de largura.

Tabela 15 - Valores de referência para a extensão da bancada da cozinha

Valores de referência Escala de Pontos 3,1 3 2,80 2 2,5 1

2,449 0

Com a Tabela 15 gera-se o Gráfico 18 onde para cada nível na escala de pontos tem-se

uma equação de reta. Quando o valor de referência atinge na 3 (três) na escala este torna-se

uma constante (y=3).

Gráfico 18 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Cozinha (Questionário 3).

y = 3,3333x - 7,3333

y = 19,608x - 48,02

y = 3,3333x - 7,3333

0

1

2

3

4

2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Equações Cozinha

Page 124: método para avaliação de projetos de habitação social

123

O resultado apresentado na Tabela 16, para o projeto em avaliação (P2), é a dimensão

da bancada no projeto, ou seja, 3 metros, logo abaixo se tem a pontuação, que é resultante da

equação da reta no trecho onde está o valor da medida da bancada, assim a equação a ser

usada é y=3,3333x-7,333, como x=3, se obtém 2,667 de pontuação (Gráfico 18).

Tabela 16 - Programa de equipamentos

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P1 P2

Extensão da bancada de

cozinha - potencial (área de trabalho,

pia geladeira e fogão) metros

Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05 m)

3

3,1 3 Resultados 2,3 3

Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m +0,05

m) 2,80 2 Pontuação 0 2,667

Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05 m)

2,5 1 Norma 15575 2,449 0

Índice de dimensão de guarda-roupa –

potencial (metros/habitante)

Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4 portas (1,60 m cada) + 2 portas

para enxoval da casa)

2

1 3 Resultados 1,038 0,913

Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)

0,9 2 Pontuação 3 2,125

Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60 m, 4

portas) 0,8 1

Norma 15575 0,774 0

Pontuação resultante 1,2 2,45

Conceito

R (2) O (3)

Para os guarda-roupas foi arbitrado que o ponto de partida é a extensão mínima

estabelecida na norma brasileira, ou seja, 1,60 m para o quarto de principal e 1,50 m, para o

segundo quarto, resultando em 0,774 m por habitante (quatro pessoas por moradia de dois

quartos). A partir de então foram adotados valores: 0,80 m/hab (2 guarda-roupas de 1,60 para

ambos os quartos); 0,90 m/hab, sendo a extensão mínima (3,10 m) mais 0,5 m para a guarda

de roupa de cama, mesa e banho; e, 1,0 m/hab, considerando 3,20 m para a roupa individual e

0,8 m para o enxoval da casa.

Tabela 17 - Valores de referência para índice de guarda roupas por habitante.

Valores de referência Escala de Pontos 1 3

0,9 2 0,8 1

0,774 0

Da mesma forma que para a cozinha os valores de referência expostos na Tabela 17

geram o Gráfico 19 e para cada nível na escala de pontos tem-se uma equação de reta. A

atingir na escala valor 3 a equação torna-se uma constante (y=3).

Page 125: método para avaliação de projetos de habitação social

124

Gráfico 19 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Quartos (Questionário 3).

Para exemplificar, para a Planta 2 (P2) o valor em projeto é 0,913 metros (vide

“resultados” Tabela 16), a equação a ser usada é y=10x-7, como x=0,913 resulta em 2,125, ou

seja, maior que 2, conceito ótimo (Gráfico 19).

Após obter as duas pontuações para cozinha e quarto de cada projeto foi feita a média

ponderada, ou seja, o produto de pontuação obtida com a ponderação sugerida pelos

profissionais, dividido pela soma desta ponderação. No exemplo do P2, o resultado é 2,45,

como é maior que 2, temos conceito dentro da categoria ótimo.

5.4.4 Extensão de parede mobiliável

Parede mobiliável é um valor em metros obtido conforme as recomendações de Pedro

(2000, p. 135):

Parede plana com pelo menos 2,00 metros de altura que pode ser mobiliada em pelo menos 0,60m de profundidade numa extensão não inferior a 0,60m. As paredes condicionadas por vãos com altura de peito não inferior a 0,90m são também contabilizadas em metade da sua extensão.

Não foram encontrados parâmetros brasileiros que pudessem estabelecer valores de

referência para as situações de nulo, mínimo, recomendável e ótimo, assim, extensão de

parede mobiliável (ou perímetro mobiliável - PM), não fez parte dos questionários de

avaliação da qualidade. Entretanto, os resultados extraídos das plantas que estão disponíveis

no Apêndice G serão comparados em um gráfico com o resultado final da adequação espaço-

funcional (qualidade) obtido pelos outros questionários deste método.

y = 10x - 7

y = 38,462x - 29,769

y = 10x - 7

0

1

2

3

4

0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Equações Quartos

Page 126: método para avaliação de projetos de habitação social

125

5.4.5 Área útil

Área útil é a área líquida onde está disponível o espaço da habitação, ou seja, é a área

excluindo a área das paredes, onde pode-se acomodar o mobiliário, equipamentos e circular.

Para este item foram adotados os valores de referência do texto Indicadores nº 2

Habitabilidade da Unidade Habitacional, do relatório para a FINEP, sobre avaliação das

unidades do PAR (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006) que estão dispostos na Tabela 4 no

capítulo 3 .

Não foram utilizados os valores de Pedro, pois seus estudos consideram mais móveis,

como mínimo, que a norma brasileira. As áreas mínimas de partida foram obtidas através do

Método de Pedro, ou seja, posicionando o mobiliário mínimo, definido na norma, com a

circulação, como demonstrado pelo autor na Figura 27.

Tabela 18 - Valores de referência para área útil dos quartos

Valores de referência Escala de Pontos

17,5 3 16 2 15 1

13,7 0

A Tabela 18 mostra os valores de referência que são a soma das áreas úteis dos quartos

e a escala de pontos correspondente. Através desta tabela é construído o Gráfico 20, onde são

definidas as equações de reta para cada trecho de valores de referência.

Gráfico 20 - Equações de reta dos critérios de avaliação, área útil: Quartos

De maneira análoga são obtidas as equações de reta para os valores de referência dos

demais cômodos tais como sala e cozinha (Tabela 19).

y = 0,6667x - 8,6667

y = 0,7692x - 10,538

y = x - 14

0

1

2

3

4

12 13 14 15 16 17 18

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Equações Área Útil Quartos

Page 127: método para avaliação de projetos de habitação social

126

Tabela 19 - Equações de reta para área mínima (questionário 5).

Cômodo Intervalo Equação

Quartos recomendável ao ótimo y=0,6667x-8,6667

mínimo ao recomendável y=1x-14 nulo ao mínimo y=0,7692x-10,538

Cozinha recomendável ao ótimo y=1x-6

mínimo ao recomendável y=1x-6 nulo ao mínimo y=0,6667x-3,6667

Sala recomendável ao ótimo y=1x-9,5

mínimo ao recomendável y=0,6667x-5,6667 nulo ao mínimo y=0,7143x-6,1429

Área útil no trabalho de Pedro possui cinco questões para: quartos, cozinha e serviços,

sala, sanitários e circulação e depósitos. Para este método não foram analisados a circulação e

sanitários, pois as áreas destes cômodos são muito próximas nas várias plantas, nem

depósitos, pois estes inexistem. As ponderações são as sugeridos pelos profissionais.

Como exemplo, na Tabela 20, temos o P2, cujo o resultado (a) de área mínima para a

sala é 9,00 m², está entre nulo e mínimo, assim a equação de reta a ser usada é y=0,7143x-

6,1429. Neste caso, x= 9, então a pontuação (b) será 0,29. A pontuação resultante (c) será a

soma do produto da pontuação (b) com a ponderação, cujo valor é 1,14, como é maior que 1,

o conceito é recomendável (R=2).

Tabela 20 - Área útil

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P1 P2

Área útil de quartos

(FINEP, 2007)

Ótimo (maior que)

3

17,5 3 Resultados (a) 18,45 18,75 Recomendável (maior que) 16 2 Pontuação(b) 3,00 3,00

Mínimo (maior que) 15 1 A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

13,7 0

Área útil de cozinha e serviços

(FINEP, 2007)

Ótimo (maior que)

3

9 3 Resultados (a) 5,67 5,70 Recomendável (maior que) 8 2 Pontuação(b) 0,11 0,13

Mínimo (maior que) 7 1

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

5,5 0

Área útil de salas (FINEP,

2007) sala/copa

Ótimo (maior que)

3

12,5 3 Resultados (a) 9,45 9,00 Recomendável (maior que) 11,5 2 Pontuação(b) 0,61 0,29

Mínimo (maior que) 10 1

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

8,6 0

Pontuação resultante (c) 1,24 1,14

Conceito (d) R (2) R (2)

Page 128: método para avaliação de projetos de habitação social

127

5.4.6 Dimensionamento mínimo

Dimensão mínima é definido por Pedro como o diâmetro do maior círculo que seja

possível inscrever dentro do cômodo. Como para área útil o autor tem cinco questões para

dimensionamento mínimo e pelo mesmos motivos informados anteriormente, adotou-se

apenas três: dimensionamento mínimo dos quartos, cozinha e serviços e sala.

A norma brasileira traz dimensionamento mínimo apenas para a cozinha e a sala, os

demais cômodos não são tratados. Assim, para a utilização neste estudo partiu-se da norma,

como o mínimo, quando é o caso. Para as omissões da norma optou-se por correlacionar a

dimensão mínima ao mobiliário mínimo e/ou mobiliário adicional em suas menores

dimensões. As disposições dos móveis estão explicitadas na Tabela 23 como também as

dimensões resultantes. Estas disposições estabeleceram valores de referência para cada

intervalo na escala de pontos, em cada cômodo. Na Tabela 21, tem-se os valores de referência

para o quarto principal ou quarto 1 e no Gráfico 21 as equações de reta em cada trecho.

Tabela 21- Valores de referência para dimensionamento: quartos.

Valores de referência Escala de Pontos 3,18 3 2,68 2 2,45 1 2,4 0

Gráfico 21 - Equações de reta dimensionamento mínimo, quartos

De forma similar foram obtidas as demais equações de reta para os outros cômodos, as

quais podem ser visualizadas na Tabela 22.

y = 2x - 3,36

y = 20x - 48

y = 4,3478x - 9,6522

0

1

2

3

4

2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Equações de reta Dimensão mínima, quartos

Page 129: método para avaliação de projetos de habitação social

128

Tabela 22 - Equações de reta para dimensionamento mínimo (questionário 6).

Cômodo Intervalo Equação

Quarto 1 recomendável ao ótimo y=2x-3,36

mínimo ao recomendável y=4,3478x-9,6522 nulo ao mínimo y=20x-48

Quarto 2 recomendável ao ótimo y=2,5x-4,5

mínimo ao recomendável y=2,8571x-5,4286 nulo ao mínimo y=10x-21,5

Cozinha recomendável ao ótimo y=2,2222x-2,3333

mínimo ao recomendável y=2,5x-2,875 nulo ao mínimo y=18,182x-27,182

Sala recomendável ao ótimo y=5x-12,5

mínimo ao recomendável y=3,3333x-7,6667 nulo ao mínimo y=4,878x-11,683

Área Serviço recomendável ao ótimo y=4x-4,2

mínimo ao recomendável y=3,3333x-3,1667 nulo ao mínimo y=10x-11,5

Com a dimensão mínima obtida no primeiro quarto (resultados (a)), verifica-se a qual

intervalo ela pertence. No exemplo do P2, temos 3,00 metros que a coloca no intervalo de

recomendável a ótimo, assim a equação de reta será y=2x-3,36, como x =3, a pontuação (b) é

2,64. O mesmo procedimento é realizado para o outro quarto. Segundo o método de Pedro

deve-se tirar a média simples das pontuações dos quartos para utilizá-la com os demais

cômodos. A pontuação de cada um dos cômodos deve ser obtida. Em seguida soma-se o

produto das pontuações com as ponderações sugeridas pelos profissionais, para encontrar-se a

pontuação resultante (c), que neste exemplo é 2,26, sendo maior que 2 o conceito (d) é ótimo

(Tabela 23).

Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P1 P2

Dimensão útil de

quarto 1

Ótimo (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm circulação.)

3

3,18 3 Resultados (a) 3,00 3,00

Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm

circulação.) 2,68 2 Pontuação

(b) 2,64 2,64

Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1 mesa estudo)

2,45 1

Adotado (1 cabeceira+2 criados) 2,4 0

Dimensão útil de

quarto 2

Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro +0,60 cm circulação., + mesa

estudo)

3

3 3 Resultados 3,00 2,95

Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)

2,6 2 Pontuação 3,00 2,88

Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60 circulação)

2,25 1

(Pedro 2000) 2,15 0

Quartos

Média 2,82 2,76

Page 130: método para avaliação de projetos de habitação social

129

Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos (cont.)

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P1 P2

Dimensão útil de

cozinha

Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação. 0,85+

mesa apoio 0,6 m)

3

2,4 3 Resultados 1,80 1,90

Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação.

0,85 m+mesa apoio 0,6 m) 1,95 2 Pontuação 1,63 1,88

Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m circulação)

1,55 1

NBR 15.575 1,495 0

Dimensão útil de salas

Ótimo (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)

2

3,1 3 Resultados 3,00 3,00

Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado 0,5 m+

profundidade Sofá 0,70) 2,9 2 Pontuação 2,50 2,50

Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)

2,6 1

NBR 15.575 2,395 0

Dimensão útil da área de serviço

Ótimo (maior que)

1

1,8 3 Resultados 0,00 0,00 Recomendável (maior que) 1,55 2 Pontuação 0,00 0,00

Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior que)

1,25 1

Tanque e lavadora (NBR 15.575) 1,15 0

Pontuação resultante (c) 2,23 2,26

Conceito (d)

O (3)

O (3)

Page 131: método para avaliação de projetos de habitação social

130

5.4.7 Funcionalidade

Este questionário sofre influência dos pontos falhos levantados nos questionários

anteriores, o que poderá afetar negativamente a pontuação do projeto neste quesito.

Foram adotadas dez das onze questões de Pedro (2000), a única excluída foi a

relacionada a orientação solar, que neste método não é tratada , pois dependerá da

implantação da unidade no terreno. Para complementar foram inseridos requisitos de Palermo

(2009) para funcionalidade e também requisitos adicionais da norma brasileira (NBR 15.575).

O objetivo é verificar se a planta propicia a efetivação das funções da habitação, expostas nos

capítulos anteriores. São questões relacionadas a acréscimos de mobiliário, além do mínimo e

novas possibilidades de leiautes, e ainda, verificar se as condições de circulação e de acessos à

edificação (Tabela 24).

Como no primeiro questionário (sobre o atendimento da Norma), neste são feitas as

questões para o cômodo e caso o requisito esteja completamente atendido a planta recebe o

valor 1 (um, verdadeiro), ao contrário recebe 0 (zero, falso).

Os profissionais avaliaram o grau de importância destas questões e atribuíram a elas as

ponderações. O avaliador, a seu critério, estabelecerá quais serão os requisitos mínimos,

recomendáveis e ótimos que deverão ser atendidos para a análise da funcionalidade. As

ponderações e os critérios do avaliador podem ser alteradas conforme os objetivos da

avaliação. Para este método proposto foram adotados as ponderações e os critérios expostos

na Tabela 24.

Page 132: método para avaliação de projetos de habitação social

131

Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade

Cômodo Questão Ponderação Nulo Mínimo Rec. Ótimo

1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as

cabeceiras encostadas à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)

3 0 1 1 1

2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles (Pedro, 2000).

3 0 1 1 1

3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m.

(Pedro, 2000) 3 0 1 1 1

4 Cozinha Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de

preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR 15.575:1).

1 0 0 1 1

5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m.

(Pedro 2000) 1 0 0 0 1

6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de

outros equipamentos (fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000). 3 0 1 1 1

7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais

(Pedro, 2000). 3 0 1 1 1

8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se

sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 2 0 1 1 1

9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo (Pedro,

2000). 2 0 0 0 1

10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto .(Pedro, 2000; Palermo, 2009). 2 0 1 1 1 11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 2 0 1 1 1 12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. 3 0 1 1 1

13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado

e 0,625 m de frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009). 3 0 0 1 1

14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa

mínima de circulação e passagem de 0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 1 0 0 1 1

15 Sala de estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa

mínima de circulação e passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 1 0 0 1 1

16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa

mínima de circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009) 1 0 0 1 1

Page 133: método para avaliação de projetos de habitação social

132

Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade (cont.)

Questão Ponderação Nulo Mínimo Rec. Ótimo

17 Dormitório casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675)ou cômoda com espaço frontal 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).

3 0 1 1 1

18 Dormitório duplo

(para duas pessoas) Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço

frontal de 0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 2 0 1 1 1

19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x 1,0 m (Palermo, 2009). 3 0 0 1 1

20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda protegida do botijão de gás.(Palermo

2009) 2 0 1 1 1

21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 1 1 1 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 0 1 1 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 1 0 0 0 1 24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 3 0 1 1 1

Valores de referência

0 36 48 52

Page 134: método para avaliação de projetos de habitação social

133

Os valores de referência para cada escala de pontos é obtido pela soma do produto da

ponderação pela resposta verdadeira à questão (Tabela 25). Como nos questionários anteriores

a tabela gera as equações de reta apresentadas no Gráfico 22.

Tabela 25- Valores de referência para funcionalidade

Conceito Valores de referência

Escala de Pontos

ótimo 52 3 recomendável 48 2

mínimo 36 1 nulo 0 0

Gráfico 22 - Equações de reta dos critérios de avaliação, funcionalidade

Como exemplo o P2 (Tabela 26), cujo total (a) alcançado foi 25, assim a equação de

reta a ser utilizada é para o mínimo, ou seja, y=0,0278x, como x=25 temos como pontuação

final (b) 0,70, sendo menor que 1 o conceito (c) é Mínimo (M=1).

y = 0,25x - 10

y = 0,0278x

y = 0,0833x - 2

0

1

2

3

4

0 10 20 30 40 50 60

Esca

la d

e p

on

tos

Valores de referência

Equações Funcionalidade

Page 135: método para avaliação de projetos de habitação social

134

Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6).

Cômodo Questão Ponderação P1 P2

1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabeceiras

encostadas à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)

3 1 1

2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações

interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles (Pedro, 2000). 3 0 1

3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m. (Pedro, 2000) 3 1 1

4 Cozinha Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR

15.575:1). 1 0 0

5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m. (Pedro 2000) 1 0 1

6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de outros equipamentos

(fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000). 3 0 0

7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 3 1 0

8 Área de serviço

Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000).

2 0 0

9 Área de serviço

Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo (Pedro, 2000). 2 0 0

10 Área de serviço

Existe um espaço de secagem de roupa coberto .(Pedro, 2000; Palermo, 2009). 2 0 0

11 Área de serviço

Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 2 1 1

12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. 3 1 1

13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de

frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009). 3 0 0

14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 1 0 0

15 Sala de

estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 1 0 0

16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009) 1 0 0

17 Dormitório

casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675)ou cômoda com espaço frontal

0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 3 0 0

Page 136: método para avaliação de projetos de habitação social

135

Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6) (cont.) Cômodo Questão Ponderação P1 P2

18

Dormitório duplo

(para duas pessoas)

Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de 0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).

2 1 1

19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x 1,0 m (Palermo, 2009). 3 0 0

20 Área de serviço

Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda protegida do botijão de gás.(Palermo 2009) 2 0 1

21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 1 1 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 0 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 1 0 1 24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 3 1 1

Total (a)

21,00 25,00

Pontuação resultante (b)

0,58 0,70

Conceito (c)

M (1) M (1)

Page 137: método para avaliação de projetos de habitação social

136

5.4.8 Pontuação Final

Este questionário é a consolidação dos questionários anteriores, ele não faz parte do

método de Pedro. Entretanto, neste método proposto, serve para classificar as várias plantas e

possibilita a correlação desta pontuação final com outras variáveis (área, custo,

funcionalidade, paredes mobiliáveis) que se queira analisar.

Na pesquisa com os profissionais estes também estabeleceram relações de importância

para cada um dos questionários determinando as ponderações.

Para obter a pontuação final, foi feita a média ponderada, ou seja, a soma do produto

entre as pontuações resultantes de cada um dos questionários anteriores e a ponderação para

cada questionário, divida pela soma das ponderações. No exemplo, apresentado na Tabela 27,

a planta 2 (P2) obteve pontuação 1,79, como o valor é maior que 1, ficou com o conceito final

de recomendável (R = 2).

Tabela 27 - Análise da Qualidade.

Questionário Ponderação P1 P2 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00

Programa de espaços 3 1,43 1,43 Programa de equipamentos 2 1,20 2,45

Área útil 3 1,24 1,14 Dimensão útil 3 2,23 2,26 Funcionalidade 3 0,58 0,70

Pontuação final (qualidade)

1,11 1,79 Conceito final

R (2) R (2)

5.5 CUSTO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Os programas que se utilizam de repasses requerem que a obra seja licitada em

conformidade com a Lei 8.666/93 e com os orçamentos baseados na Lei de diretrizes

Orçamentárias (LDO) de cada ano. A LDO para o ano de 2011 determina que os custos são

baseados na tabela Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

(SINAPI) (BRASIL, 2010a):

Art. 127. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de

Page 138: método para avaliação de projetos de habitação social

137

Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

A tabela SINAPI foi criada pelo BNH no intuito de oferecer um sistema de

informações mensais sobre custos de abrangência nacional (CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL, 2010b):

O SINAPI foi implantado em 1969, pelo extinto BNH, com o objetivo de oferecer ao Governo Federal e ao próprio Setor da Construção Civil um conjunto de informações mensais sobre custos e índices da construção civil de forma sistemática e de abrangência nacional.

Em 1994 o Conselho Curador do FGTS determinou ao Agente Operador - CAIXA, a implantação de um sistema de acompanhamento de custos para fundamentar as análises dos projetos financiados com recursos daquele fundo.

Mais recentemente, a partir da edição da Lei 10.524 /2002, de 25 de Julho de 2002 (LDO 2003), o SINAPI passou a ser o indicador oficial para aferição da razoabilidade dos custos das obras públicas executadas, em especial daquelas com recursos do Orçamento Geral da União - OGU.

Os programas habitacionais como o PAR e, mais recentemente o PMCMV, também

são analisados tomando-se como referência os custos da Tabela SINAPI. Sobre os custos

apurados ainda deverá ser incluído o BDI formando o preço, que segundo (GIAMMUSSO,

1988, p. 83) “é constituído pelos custos diretos acrescidos do total das despesas indiretas e do

benefício ou lucro. [...] BDI, ou seja, Benefício e Despesa Indireta”. O BDI não foi

considerado, pois dependerá de cada empresa.

As especificações escolhidas como referência para a avaliação dos custos são as que

estão listadas no Apêndice C, as quais são as mais comumente apresentadas no estado de

Mato Grosso.

Os códigos do SINAPI estão disponíveis junto a cada especificação, sendo possível

que se possa futuramente atualizar os custos, por data e/ou inclusive por estado da federação,

bastando que se obtenha a lista SINAPI com os custos no sítio da Caixa68.

Após serem levantados os dados de todos os trinta e seis projetos que estão expressos

da Tabela 28 à Tabela 49, o resultado final da avaliação da qualidade e dos custos foram

ordenados primeiramente em ordem crescente de qualidade e, em caso de empate, ordem

crescente de custo (Tabela 50).

68 https://webp.caixa.gov.br/casa/SINAPI/pesquisa.asp

Page 139: método para avaliação de projetos de habitação social

138

Para obter um valor para lançar no Gráfico 23 com a mesma ordem de grandeza, cada

um dos resultados para qualidade foi dividido pelo menor resultado de qualidade obtido, no

caso, a planta 32. Com este raciocínio, cada um dos resultados dos custos foi dividido pelo

custo do projeto da planta 32.

5.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Na Tabela 28, Tabela 29 e Tabela 30, temos os resultados obtidos sobre o atendimento

da NBR 15.575, em seu item 16. Em 41,67% as plantas atendem à norma, mas em 47,22%,

em pelo menos um item do questionário, as plantas não atendem. E ainda, 11,11% das

plantas, não atendem em dois itens do questionário baseado na norma.

O item mesa de refeição não foi atendido em 16 plantas o que representa 44,44% do

total. O quarto 2 ficou em segundo lugar devido a falta de espaço para guarda-roupas, com o

percentual de 16,67%.

É possível observar a falta de prioridade para a mesa de refeições, onde são realizadas

diversas atividades extras como, estudar, trabalhar, costurar, fazer diversos trabalhos manuais

e reunir-se com outras pessoas. Simultaneamente, em uma única planta, as situações citadas

ocorreram apenas duas vezes no conjunto de plantas.

Da Tabela 31 a Tabela 33, temos os resultados sobre as varandas, áreas de serviços e

estacionamento. Este último está presente em todas as unidades, não coberto, na forma de

recuo frontal. Em 50% das plantas há uma pequena varanda onde cabe até uma cadeira em

44,44% das plantas não há qualquer espaço coberto na frente da unidade habitacional (uh) e,

em 5% das plantas há uma varanda onde é possível colocar uma mesa. A área de serviço está

presente em 63,88% das unidades (23 uh), sendo que destas 27,77% são cobertas e fechadas.

Em uma única planta em 52,78% dos casos há varanda e área de serviço simultaneamente.

Nenhuma das plantas analisadas apresenta interferências entre portas e mobiliário.

Todas apresentam espaço para secar roupa ao sol e plano de trabalho dos dois lados da pia

com pelo menos 40 cm.

Aproximadamente 50% não possibilita um segundo leiaute para os quartos e ainda não

há um espaço para tratamento de roupa que não se sobreponha a outros espaços.

Page 140: método para avaliação de projetos de habitação social

139

Tabela 28 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 1 a 12)

Questão Ponderação Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12

Sala de estar

Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para

TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve

ser de 2,40.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Sala de estar/jantar Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de

0,75 a partir da borda da mesa. 3 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1

Cozinha

Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m), armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e

geladeira, largura mínima de 1,5 m.

3 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5

m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0

Dormitório duplo (para duas pessoas)

Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e

as demais circulações de 0,50 m.

2 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0

Banheiro

Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura

mínima de 1,1 m exceto no box.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade

de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m) 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Total de pontos

17 20 20 20 17 17 20 18 20 17 17 15

Resultado

0 3 3 3 0 0 3 0 3 0 0 0

Page 141: método para avaliação de projetos de habitação social

140

Tabela 29 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 13 a 24)

Questão Ponderação Pontos P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24

Sala de estar

Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação,

estante para TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura

mínima da sala deve ser de 2,40.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Sala de estar/jantar

Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.

3 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0

Cozinha

Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m),

armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.

3 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro

(1,6 x 0,5 m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dormitório duplo (para duas pessoas)

Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1

roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as demais circulações de 0,50 m.

2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1

Banheiro

Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m),

circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de 1,1 m exceto no box.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com

capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Total de pontos

14 17 17 17 20 20 17 20 20 15 17 17

Resultado

0 0 0 0 3 3 0 3 3 0 0 0

Page 142: método para avaliação de projetos de habitação social

141

Tabela 30 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 25 a 36)

Questão Ponderação Pontos P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Sala de estar

Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação,

estante para TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura

mínima da sala deve ser de 2,40.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Sala de estar/jantar

Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.

3 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1

Cozinha

Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m),

armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro

(1,6 x 0,5 m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Dormitório duplo (para duas pessoas)

Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1

roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as demais circulações de 0,50

m.

2 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1

Banheiro

Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m),

circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de 1,1 m exceto no box.

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com

capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)

3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Total de pontos

20 20 20 18 20 17 17 15 17 18 20 20

Resultado

3 3 3 0 3 0 0 0 0 0 3 3

Page 143: método para avaliação de projetos de habitação social

142

Tabela 31 - Análise de espaços (plantas de 1 a 12)

Questão Alternativa Ponderação Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12

Espaço de tratamento de

roupa

Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos

3 lados fechados) 2 3

1 1

1

Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2

lados abertos) 2 2

1

1 1

1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

2 1 1 1 1 1

Espaços exteriores

privados (varanda frontal)

Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)

2 3

1

Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)

2 2

1 1 1 1 1

1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há

varanda. 2 1 1 1 1 1

Estacionamento

Possui dois espaços de estacionamento

3 3

Possui um espaço de estacionamento

3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

3 1

Total de pontos obtidos

10 10 10 10 14 16 16 14 14 18 14 14

Pontuação resultante

1,43 1,43 1,43 1,43 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 2,57 2,00 2,00

Page 144: método para avaliação de projetos de habitação social

143

Tabela 32 - Análise de espaços (plantas de 13 a 24)

Questão Alternativa Ponderação Pontos P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24

Espaço de tratamento de

roupa

Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos

3 lados fechados) 2 3

1

1 1 1

Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2

lados abertos) 2 2

1

1

1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

2 1 1

1 1 1

Espaços exteriores

privados (varanda frontal)

Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)

2 3

1

Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)

2 2

1

1 1 1 1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há

varanda. 2 1 1 1 1 1 1

Estacionamento

Possui dois espaços de estacionamento

3 3

Possui um espaço de estacionamento

3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

3 1

Total de pontos obtidos

10 12 10 10 10 14 18 14 14 16 16 16

Pontuação resultante

1,43 1,71 1,43 1,43 1,43 2,00 2,57 2,00 2,00 2,29 2,29 2,29

Page 145: método para avaliação de projetos de habitação social

144

Tabela 33 - Análise de espaços (plantas de 25 a 36)

Questão Alternativa Ponderação Pontos P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Espaço de tratamento de

roupa

Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos

3 lados fechados) 2 3 1 1 1

Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2

lados abertos) 2 2

1 1

1

1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

2 1

1 1 1 1

1

Espaços exteriores

privados (varanda frontal)

Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)

2 3

Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)

2 2

1 1 1 1

1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há

varanda. 2 1 1

1

1 1 1 1 1

Estacionamento

Possui dois espaços de estacionamento

3 3

Possui um espaço de estacionamento

3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Nenhuma das condições anteriores é satisfeita

3 1

Total de pontos obtidos

14 16 16 14 14 10 12 10 10 12 10 12

Pontuação resultante

2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,71 1,43 1,71

Page 146: método para avaliação de projetos de habitação social

145

Tabela 34 – Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 1 a 9)

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

Extensão da bancada de cozinha

- potencial (área de trabalho,

pia geladeira e fogão) metros

Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05

m) 3 3,10 3 Resultados 2,30 3,00 2,60 2,73 1,85 3,05 3,31 2,50 1,70

Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m

+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação - 2,67 1,33 1,77 - 2,83 3,00 1,00 -

Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05

m) 3 2,50 1

Norma 15575 3 2,45 0

Índice de dimensão de guarda-roupa -

potencial (metros/habitante)

Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4

portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval

da casa)

2 1,00 3 Resultados 1,04 0,91 0,84 0,88 0,80 0,89 0,78 0,40 0,88

Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)

2 0,90 2 Pontuação 3,00 2,13 1,38 1,75 1,00 1,88 0,04 - 1,75

Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60

m, 4 portas) 2 0,80 1

Norma 15575 2 0,77 0

Pontuação resultante 1,20 2,45 1,35 1,76 0,40 2,45 1,82 0,60 0,70

Conceito

R (2) O (3) R (2) R (2) M (1) O (3) R (2) M (1) M (1)

Page 147: método para avaliação de projetos de habitação social

146

Tabela 35 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 10 a 18)

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18

Extensão da bancada de cozinha

- potencial (área de trabalho,

pia geladeira e fogão) metros

Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05

m) 3 3,10 3 Resultados 2,55 3,00 1,65 1,87 2,50 2,40 2,52 2,50 1,75

Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m

+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação 1,17 2,67 - - 1,00 - 1,07 1,00 -

Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05

m) 3 2,50 1

Norma 15575 3 2,45 0

Índice de dimensão de guarda-roupa -

potencial (metros/habitante)

Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4

portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval

da casa)

2 1,00 3 Resultados 0,83 0,85 - 0,90 0,78 0,78 0,96 0,85 0,90

Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)

2 0,90 2 Pontuação 1,25 1,50 - 2,00 0,04 0,04 2,63 1,50 2,00

Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60

m, 4 portas) 2 0,80 1

Norma 15575 2 0,77 0

Pontuação resultante

1,20 2,20 - 0,80 0,62 0,02 1,69 1,20 0,80

Conceito

R (2) O (3) Zero M (1) M (1) M (1) R (2) R (2) M (1)

Page 148: método para avaliação de projetos de habitação social

147

Tabela 36 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 19 a 27)

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27

Extensão da bancada de cozinha

- potencial (área de trabalho,

pia geladeira e fogão) metros

Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05

m) 3 3,10 3 Resultados 2,55 1,95 1,68 1,80 1,75 3,16 1,91 1,64 2,05

Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m

+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação 1,17 - - - - 3,00 - - -

Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05

m) 3 2,50 1

Norma 15575 3 2,45 0

Índice de dimensão de guarda-roupa -

potencial (metros/habitante)

Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4

portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval

da casa)

2 1,00 3 Resultados 0,84 0,94 0,93 0,48 0,95 0,78 1,05 0,83 1,00

Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)

2 0,90 2 Pontuação 1,38 2,38 2,25 - 2,50 0,04 3,00 1,25 3,00

Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60

m, 4 portas) 2 0,80 1

Norma 15575 2 0,77 0

Pontuação resultante

1,25 0,95 0,90 - 1,00 1,82 1,20 0,50 1,20

Conceito

R (2) M (1) M (1) Zero M (1) R (2) R (2) M (1) R (2)

Page 149: método para avaliação de projetos de habitação social

148

Tabela 37 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 28 a 36)

Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência

Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Extensão da bancada de cozinha

- potencial (área de trabalho,

pia geladeira e fogão) metros

Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05

m) 3 3,10 3 Resultados 1,75 1,75 1,76 1,45 2,35 2,12 2,14 1,65 1,76

Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m

+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação - - - - - - - - -

Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05

m) 3 2,50 1

Norma 15575 3 2,45 0

Índice de dimensão de guarda-roupa -

potencial (metros/habitante)

Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4

portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval

da casa)

2 1,00 3 Resultados 0,48 0,95 0,90 0,90 0,40 1,00 0,50 1,05 0,99

Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)

2 0,90 2 Pontuação - 2,50 2,00 2,00 - 3,00 - 3,00 2,88

Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60

m, 4 portas) 2 0,80 1

Norma 15575 2 0,77 0

Pontuação resultante

- 1,00 0,80 0,80 - 1,20 - 1,20 1,15

Conceito

Zero M (1) M (1) M (1) Zero R (2) Zero R (2) R (2)

Page 150: método para avaliação de projetos de habitação social

149

Tabela 38 - Área mínima por cômodos (plantas 1 a 9)

Questão Parâmetros Validação Valores de referência

Pontos

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

Área útil de quartos

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

17,50 3,00 Resultados 18,45 18,75 16,12 16,00 15,99 17,06 15,96 15,56 15,83 Recomendável (maior

que) 16,00 2,00 Pontuação 3,00 3,00 2,08 2,00 1,99 2,71 1,96 1,56 1,83

Mínimo (maior que) 15,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

13,70 -

Área útil de cozinha e serviços

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

9,00 3,00 Resultados 5,67 5,70 5,07 7,23 8,53 7,62 6,09 6,72 7,31 Recomendável (maior

que) 8,00 2,00 Pontuação 0,11 0,13 - 1,23 2,53 1,62 0,39 0,81 1,31

Mínimo (maior que) 7,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

5,50 -

Área útil de salas

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007) sala/copa

Ótimo (maior que)

3

12,50 3,00 Resultados 9,45 9,00 12,01 10,73 8,90 9,60 12,02 11,78 10,97 Recomendável (maior

que) 11,50 2,00 Pontuação 0,61 0,29 2,51 1,49 0,21 0,71 2,52 2,28 1,65

Mínimo (maior que) 10,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

8,60 -

Pontuação resultante

1,24 1,14 1,53 1,57 1,58 1,68 1,62 1,55 1,60

Conceito

R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2)

Page 151: método para avaliação de projetos de habitação social

150

Tabela 39 - Área mínima por cômodos (plantas 10 a 18)

Questão Parâmetros Validação Valores de referência

Pontos

P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18

Área útil de quartos

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

17,50 3,00 Resultados 17,26 16,00 15,37 16,76 18,85 17,53 17,34 16,32 15,94 Recomendável (maior

que) 16,00 2,00 Pontuação 2,84 2,00 1,37 2,51 3,00 3,00 2,89 2,21 1,94

Mínimo (maior que) 15,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

13,70 -

Área útil de cozinha e serviços

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

9,00 3,00 Resultados 5,61 6,75 6,76 5,60 6,80 5,54 5,59 6,00 6,99 Recomendável (maior

que) 8,00 2,00 Pontuação 0,07 0,83 0,84 0,07 0,87 0,03 0,06 0,33 0,99

Mínimo (maior que) 7,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

5,50 -

Área útil de salas

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007) sala/copa

Ótimo (maior que)

3

12,50 3,00 Resultados 8,19 9,00 10,92 9,38 12,17 12,45 9,16 9,60 11,19 Recomendável (maior

que) 11,50 2,00 Pontuação - 0,29 1,61 0,56 2,67 2,95 0,40 0,71 1,79

Mínimo (maior que) 10,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

8,60 -

Pontuação resultante

0,97 1,04 1,27 1,04 2,18 1,99 1,12 1,09 1,58

Conceito

M (1)

R (2) R (2) R (2) O (3) R (2) R (2) R (2) R (2)

Page 152: método para avaliação de projetos de habitação social

151

Tabela 40 - Área mínima por cômodos (plantas 19 a 27)

Questão Parâmetros Validação Valores de referência

Pontos

P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27

Área útil de quartos

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

17,50 3,00 Resultados 17,52 19,04 17,23 17,33 17,42 16,42 17,99 17,28 18,10 Recomendável (maior

que) 16,00 2,00 Pontuação 3,00 3,00 2,82 2,89 2,95 2,28 3,00 2,85 3,00

Mínimo (maior que) 15,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

13,70 -

Área útil de cozinha e serviços

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

9,00 3,00 Resultados 5,61 5,65 6,18 6,33 6,12 8,06 6,23 6,60 7,50 Recomendável (maior

que) 8,00 2,00 Pontuação 0,07 0,10 0,45 0,55 0,41 2,06 0,49 0,73 1,50

Mínimo (maior que) 7,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

5,50 -

Área útil de salas

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007) sala/copa

Ótimo (maior que)

3

12,50 3,00 Resultados 8,45 9,42 10,58 9,21 9,28 10,02 12,82 10,93 9,81 Recomendável (maior

que) 11,50 2,00 Pontuação - 0,59 1,39 0,44 0,49 1,01 3,00 1,62 0,86

Mínimo (maior que) 10,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

8,60 -

Pontuação resultante

1,02 1,23 1,55 1,29 1,28 1,78 2,16 1,74 1,79

Conceito

R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) O (3) R (2) R (2)

Page 153: método para avaliação de projetos de habitação social

152

Tabela 41 - Área mínima por cômodos (plantas 28 a 36)

Questão Parâmetros Validação Valores de referência

Pontos

P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Área útil de quartos

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

17,50 3,00 Resultados 16,52 17,42 16,76 16,48 15,05 16,83 16,83 19,50 20,28 Recomendável (maior

que) 16,00 2,00 Pontuação 2,35 2,95 2,51 2,32 1,05 2,55 2,55 3,00 3,00

Mínimo (maior que) 15,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

13,70 -

Área útil de cozinha e serviços

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007)

Ótimo (maior que)

3

9,00 3,00 Resultados 7,28 8,94 5,85 5,76 6,76 7,25 6,55 8,61 6,77 Recomendável (maior

que) 8,00 2,00 Pontuação 1,28 2,94 0,23 0,17 0,84 1,25 0,70 2,61 0,85

Mínimo (maior que) 7,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

5,50 -

Área útil de salas

(BUZZAR; FABRÍCIO,

2007) sala/copa

Ótimo (maior que)

3

12,50 3,00 Resultados 11,49 9,28 9,55 7,85 9,58 7,25 9,67 9,87 9,55 Recomendável (maior

que) 11,50 2,00 Pontuação 1,99 0,49 0,68 - 0,70 - 0,76 0,91 0,68

Mínimo (maior que) 10,00 1,00

A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)

8,60 -

Pontuação resultante

1,87 2,12 1,14 0,83 0,86 1,27 1,34 2,17 1,51

Conceito

R (2) O (3) R (2)

M (1)

M (1)

R (2) R (2) O (3) R (2)

Page 154: método para avaliação de projetos de habitação social

153

Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

Dimensão útil de quarto 1

Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm

circulação.) 3 3,18 3

Resultados

3,00 3,00 2,60 2,73 2,65 2,75 2,35 2,80 2,76

Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+

0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 2,64 2,64 1,65 2,10 1,87 2,14 - 2,24 2,16

Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1

mesa estudo) 3 2,45 1

Adotado (1 cabeceira+2 criados)

3 2,4 0

Dimensão útil de quarto 2

Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +

mesa estudo) 3 3 3

Resultados

3,00 2,95 2,60 2,73 2,65 2,48 2,35 2,50 2,70

Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)

3 2,6 2 Pontuação 3,00 2,88 2,00 2,33 2,13 1,66 1,29 1,71 2,25

Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60

circulação) 3 2,25 1

(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 2,82 2,76 1,83 2,21 2,00 1,90 0,64 1,98 2,21

Page 155: método para avaliação de projetos de habitação social

154

Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9) (cont.)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

Dimensão útil de cozinha

Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.

0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 1,80 1,90 1,95 2,65 2,90 2,13 1,84 2,12 2,65

Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa

apoio 0,6 m)

3 1,95 2 Pontuação 1,63 1,88 2,00 3,00 3,00 2,40 1,73 2,38 3,00

Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m

circulação) 3 1,55 1

NBR 15.575 3 1,495 0

Dimensão útil de salas

Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)

2 3,1 3 Resultados 3,00 3,00 2,60 2,65 2,90 2,75 3,31 2,86 2,65

Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado

0,5 m+ profundidade Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,50 2,50 1,00 1,17 2,00 1,50 3,00 1,87 1,17

Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)

2 2,6 1

NBR 15.575 2 2,395 0

Dimensão útil da área de

serviço

Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados - - - - 1,10 1,25 1,58 1,23 1,05 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - - - 1,00 2,12 0,80 -

Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior

que) 1 1,25 1

Tanque e lavadora (NBR 15.575)

1 1,15 0

Pontuação resultante 2,23 2,26 1,58 2,05 2,08 1,88 1,43 1,96 2,05

Conceito O (3)

O (3)

R (2)

O (3)

O (3)

R (2)

R (2)

R (2)

O (3)

Page 156: método para avaliação de projetos de habitação social

155

Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18

Dimensão útil de quarto 1

Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm

circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,60 2,50 2,81 2,50 2,90 2,70 2,70 2,70 2,84

Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+

0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 1,65 1,22 2,26 1,22 2,44 2,04 2,04 2,04 2,32

Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1

mesa estudo) 3 2,45 1

Adotado (1 cabeceira+2 criados)

3 2,4 0

Dimensão útil de quarto 2

Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +

mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,55 2,50 2,60 2,50 2,60 2,50 2,55 2,40 2,60

Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)

3 2,6 2 Pontuação 1,86 1,71 2,00 1,71 2,00 1,71 1,86 1,43 2,00

Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60

circulação) 3 2,25 1

(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 1,75 1,47 2,13 1,47 2,22 1,88 1,95 1,73 2,16

Page 157: método para avaliação de projetos de habitação social

156

Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18) (cont.)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18

Dimensão útil de cozinha

Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.

0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,20 2,25 2,60 2,00 2,10 2,31 2,35 2,40 2,60

Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa

apoio 0,6 m)

3 1,95 2 Pontuação 2,56 2,67 3,00 2,11 2,33 2,74 2,86 3,00 3,00

Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m

circulação) 3 1,55 1

NBR 15.575 3 1,495 0

Dimensão útil de salas

Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)

2 3,1 3 Resultados 2,60 3,00 2,60 2,80 3,12 3,23 2,65 2,40 2,69

Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado

0,5 m+ prof. Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 1,00 2,50 1,00 1,67 3,00 3,00 2,25 1,00 2,45

Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)

2 2,6 1

NBR 15.575 2 2,395 0

Dimensão útil da área de

serviço

Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 0,80 1,00 - 0,80 0,80 - - - 1,20 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - - - - - - 0,50

Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior

que) 1 1,25 1

Tanque e lavadora (NBR 15.575)

1 1,15 0

Pontuação resultante 1,68 1,82 1,98 1,54 2,19 2,12 2,06 1,78 2,28

Conceito R (2) R (2) R (2)

R (2) O (3)

O (3)

O (3)

R (2)

O (3)

Page 158: método para avaliação de projetos de habitação social

157

Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27

Dimensão útil de quarto 1

Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm

circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,60 3,00 2,60 2,75 2,60 2,48 2,95 2,50 2,90

Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+

0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 1,65 2,64 1,65 2,14 1,65 1,13 2,54 1,22 2,44

Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1

mesa estudo) 3 2,45 1

Adotado (1 cabeceira+2 criados)

3 2,4 0

Dimensão útil de quarto 2

Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +

mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,55 2,95 2,50 2,75 2,60 2,48 2,83 2,50 2,50

Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)

3 2,6 2 Pontuação 1,86 2,88 1,71 2,38 2,00 1,66 2,58 1,71 1,71

Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60

circulação) 3 2,25 1

(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 1,75 2,76 1,68 2,26 1,83 1,39 2,56 1,47 2,08

Page 159: método para avaliação de projetos de habitação social

158

Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27) (cont.)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27

Dimensão útil de cozinha

Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.

0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,20 1,95 2,35 2,30 2,05 2,55 2,18 2,55 2,50

Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa

apoio 0,6 m)

3 1,95 2 Pontuação 2,43 1,71 2,86 2,71 2,00 3,00 2,37 3,00 3,00

Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m

circulação) 3 1,55 1

NBR 15.575 3 1,495 0

Dimensão útil de salas

Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)

2 3,1 3 Resultados 2,60 2,90 2,90 2,75 2,90 3,16 3,03 2,76 3,00

Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado

0,5 m+ profundidade Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,00 2,60 2,60 2,75 2,60 3,00 2,86 2,80 2,80

Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)

2 2,6 1

NBR 15.575 2 2,395 0

Dimensão útil da área de

serviço

Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 1,05 1,00 0,85 1,20 1,00 1,02 1,15 0,80 0,80 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - 0,50 - - - - -

Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior

que) 1 1,25 1

Tanque e lavadora (NBR 15.575)

1 1,15 0

Pontuação resultante 1,82 2,24 1,99 2,31 1,85 1,95 2,35 1,95 2,26

Conceito R (2) O (3)

R (2)

O (3)

R (2) R (2)

O (3)

R (2)

O (3)

Page 160: método para avaliação de projetos de habitação social

159

Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36)

Questão Parâmetros Pondera-ção

Valores de referência

Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Dimensão útil de quarto 1

Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm

circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,80 2,60 2,50 2,75 2,50 2,75 2,75 3,29 3,28

Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+

0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 2,24 1,65 1,22 2,14 1,22 2,14 2,14 3,00 3,00

Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1

mesa estudo) 3 2,45 1

Adotado (1 cabeceira+2 criados)

3 2,4 0

Dimensão útil de quarto 2

Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60cm circulação., +

mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,80 2,60 2,50 2,40 2,50 2,75 2,60 2,39 2,38

Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)

3 2,6 2 Pontuação 2,50 2,00 1,71 1,43 1,71 2,38 2,00 1,40 1,37

Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60

circulação) 3 2,25 1

(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 2,37 1,83 1,47 1,78 1,47 2,26 2,07 2,20 2,19

Page 161: método para avaliação de projetos de habitação social

160

Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36)

Questão Parâmetros Ponderação

Valores de referência

Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Dimensão útil de cozinha

Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.

0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,60 2,80 2,09 2,40 2,10 2,40 2,10 2,60 2,25

Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa

apoio 0,6cm)

3 1,95 2 Pontuação 3,00 3,00 2,11 3,00 2,14 3,00 2,14 3,00 2,57

Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85cm

circulação) 3 1,55 1

NBR 15.575 3 1,495 0

Dimensão útil de salas

Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)

2 3,1 3 Resultados 2,60 2,90 2,80 2,40 2,80 2,40 2,60 3,00 2,81

Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado

0,5 m+ prof. Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,00 2,60 3,00 1,00 3,00 1,00 2,00 2,80 3,05

Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)

2 2,6 1

NBR 15.575 2 2,395 0

Dimensão útil da área de

serviço

Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 1,00 1,50 - 0,42 - - 0,80 - 0,59 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - 1,83 - - - - - - -

Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior

que) 1 1,25 1

Tanque e lavadora (NBR 15.575)

1 1,15 0

Pontuação resultante 2,27 2,25 1,76 1,81 1,77 2,05 1,90 2,32 2,24

Conceito O (3)

O (3)

R (2)

R (2) R (2) O (3)

R (2)

O (3)

O (3)

Page 162: método para avaliação de projetos de habitação social

161

Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor

1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabeceiras encostadas

à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. Pedro (2000)

2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações

interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles. Pedro (2000)

3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m Pedro (2000)

4 Cozinha

Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio.

Pedro (2000); Palermo (2009); NBR 15.575:1

5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m. Pedro (2000)

6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de outros equipamentos

(fogão, pia) ou com portas de acesso. Pedro (2000)

7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais. Pedro (2000)

8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros

espaços funcionais. Pedro (2000)

9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo. Pedro (2000)

10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto.

Pedro (2000); Palermo (2009)

11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. Palermo (2009) 12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. Palermo (2009)

13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de

frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) Palermo (2009)

14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo uma mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,60 m Palermo (2009); NBR 15.575:1

15 Sala de

estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)

16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo uma parador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de

circulação e passagem de 0,90 m. Palermo (2009)

17 Dormitório casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675 m)ou cômoda com espaço frontal

0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)

18 Dormitório (para

duas pessoas) Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de

0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)

19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo da norma, espaço para box de 0,8 x 1,0 m Palermo (2009) 20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo, a possibilidade de um local para guarda protegida do botijão de gás. Palermo (2009)

Quadro 10- Questões sobre funcionalidade

Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor 21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009)

Page 163: método para avaliação de projetos de habitação social

162

Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009) 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009) 24 Geral Possibilidade de todas as portas possuírem vão livre de 0,80 m Palermo (2009)

Quadro 10- Questões sobre funcionalidade (cont.)

Page 164: método para avaliação de projetos de habitação social

163

Tabela 46 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 1 a 18)

Questão Validação Ponderação P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 2 3 3 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 6 3 3 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 7 3 3 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 8 2 2 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 9 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 2 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 11 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 14 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 15 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 16 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 17 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 18 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 19 3 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 20 2 2 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 2 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 22 2 2 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 23 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 24 3 3 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0

Total 21,00 25,00 32,00 29,00 25,00 36,00 33,00 28,00 30,00 33,00 29,00 25,00 19,00 40,00 30,00 22,00 30,00 30,00 Pontuação resultante 0,58 0,70 0,89 0,81 0,70 1,00 0,92 0,78 0,83 0,92 0,81 0,70 0,53 1,33 0,83 0,61 0,83 0,83

Conceito M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1) R(2)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

Page 165: método para avaliação de projetos de habitação social

164

Tabela 47 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 19 a 36)

Questão Validação Ponderação P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 1 3 3 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 2 3 3 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 5 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 6 3 3 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 7 3 3 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 8 2 2 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 11 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 14 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 15 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 17 3 3 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 18 2 2 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 19 3 3 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 20 2 2 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 21 2 2 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 22 2 2 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 23 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 24 3 3 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1

Total 31,00 31,00 32,00 22,00 26,00 34,00 29,00 35,00 38,00 21,00 29,00 20,00 20,00 22,00 25,00 24,00 24,00 29,00 Pontuação resultante 0,86 0,86 0,89 0,61 0,72 0,95 0,81 0,97 1,17 0,58 0,81 0,56 0,56 0,61 0,70 0,67 0,67 0,81

Conceito M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1) R(2)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

M (1)

Page 166: método para avaliação de projetos de habitação social

165

Tabela 48 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 1 a 18)

Plantas Valida-

ção P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00 3,00 3,00 - - 3,00 - 3,00 - - - - - - - 3,00 3,00 Programa de

espaços 3 1,43 1,43 1,43 1,43 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 2,57 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,43 2,00 Programa de equipamentos 2 1,20 2,45 1,35 1,76 0,40 2,45 1,82 0,60 0,70 1,20 2,20 - 0,80 0,62 0,02 1,69 1,20 0,80

Área útil 3 1,24 1,14 1,53 1,57 1,58 1,68 1,62 1,55 1,60 0,97 1,04 1,27 1,04 2,18 1,99 1,12 1,09 1,58 Dimensão útil 3 2,23 2,26 1,58 2,05 2,08 1,88 1,43 1,96 2,05 1,68 1,82 1,98 1,54 2,19 2,12 2,06 1,78 2,28 Funcionalidade 3 0,58 0,70 0,89 0,81 0,70 1,00 0,92 0,78 0,83 0,92 0,81 0,70 0,53 1,33 0,83 0,61 0,83 0,83 Pontuação final 1,11 1,79 1,65 1,77 1,17 1,50 1,85 1,18 1,75 1,23 1,26 1,05 0,90 1,38 1,13 1,12 1,58 1,80 Conceito final R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) M(1) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2)

Tabela 49 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 19 a 36)

Plantas Valida-

ção P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00 3,00 - - - 3,00 3,00 3,00 - 3,00 - - - - - 3,00 3,00 Programa de

espaços 3 2,57 2,00 2,00 2,29 2,29 2,29 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,71 1,43 1,71 Programa de equipamentos 2 1,25 0,95 0,90 - 1,00 1,82 1,20 0,50 1,20 - 1,00 0,80 0,80 - 1,20 - 1,20 1,15

Área útil 3 1,02 1,23 1,55 1,29 1,28 1,78 2,16 1,74 1,79 1,87 2,12 1,14 0,83 0,86 1,27 1,34 2,17 1,51 Dimensão útil 3 1,82 2,24 1,99 2,31 1,85 1,95 2,35 1,95 2,26 2,27 2,25 1,76 1,81 1,77 2,05 1,90 2,32 2,24 Funcionalidade 3 0,86 0,86 0,89 0,61 0,72 0,95 0,81 0,97 1,17 0,58 0,81 0,56 0,56 0,61 0,70 0,67 0,67 0,81 Pontuação final 1,25 1,76 1,77 1,15 1,20 1,44 1,96 1,81 1,99 1,19 1,91 0,96 0,96 0,82 1,10 0,99 1,83 1,77 Conceito final R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) M(1) M(1) M(1) R (2) M(1) R (2) R (2)

Page 167: método para avaliação de projetos de habitação social

166

Tabela 50 - Resultados do índice de qualidade e dos custos de cada projeto.

Projeto

Qualidade/Projeto

Referência (P32)

Custo/Projeto Referencia

(P32)

Atendimento à NBR 15.575

Custo da unidade

Pontuação Final

Qualidade Topologia

P32 1,00 1,00 Não 26.303,68 0,82 III P13 1,09 0,97 Não 25.599,26 0,90 III P30 1,16 0,98 Não 25.792,22 0,96 VI P31 1,17 1,02 Não 26.711,38 0,96 IX P34 1,20 1,06 Não 27.933,79 0,99 VIII P12 1,27 1,06 Não 27.769,55 1,05 IX P33 1,33 1,00 Não 26.235,34 1,10 IV P1 1,35 0,99 Não 26.071,16 1,11 III P16 1,36 0,97 Não 25.422,54 1,12 II P15 1,37 1,02 Não 26.782,40 1,13 II P22 1,39 1,12 Não 29.402,61 1,15 IX P5 1,42 1,09 Não 28.709,89 1,17 XI.a P8 1,43 1,28 Não 33.541,92 1,18 IX.a P28 1,44 1,10 Não 28.813,20 1,19 IX P23 1,46 1,11 Não 29.244,77 1,20 XI P10 1,49 1,08 Não 28.351,61 1,23 XI P19 1,52 1,09 Não 28.794,32 1,25 XI P11 1,53 1,06 Não 27.786,68 1,26 XI.b P14 1,68 1,08 Não 28.519,74 1,38 VIII P24 1,75 1,11 Não 29.264,78 1,44 XI P6 1,82 1,11 Não 29.130,99 1,50 XI.c P17 1,91 0,98 Sim 25.751,16 1,58 II P3 2,00 1,02 Sim 26.753,09 1,65 II P9 2,13 1,09 Sim 28.669,31 1,75 IX P20 2,13 1,11 Sim 29.117,32 1,76 IX P4 2,15 1,02 Sim 26.750,61 1,77 II P21 2,15 1,09 Sim 28.590,73 1,77 IX P36 2,15 1,08 Sim 28.471,99 1,77 VII P2 2,17 0,99 Sim 26.154,01 1,79 I P18 2,19 1,11 Sim 29.151,36 1,80 IX P26 2,20 1,11 Sim 29.266,86 1,81 X P35 2,22 1,07 Sim 28.121,31 1,83 V P7 2,24 1,11 Sim 29.133,49 1,85 XI P29 2,32 1,16 Sim 30.536,52 1,91 XI P25 2,38 1,11 Sim 29.251,56 1,96 VIII P27 2,42 1,10 Sim 28.822,15 1,99 IX

Page 168: método para avaliação de projetos de habitação social

Gráfico 2323 - Gráfico qualidadequalidade, custos e área dos projetos analisados.dos projetos analisados.dos projetos analisados.

167

Page 169: método para avaliação de projetos de habitação social

168

O Gráfico 23 é claro ao representar que os custos não acompanham a evolução da

qualidade. Mas esta afirmação necessita de uma análise detalhada de cada planta, visando

identificar os pontos positivos e negativos que influenciaram neste resultado.

Nenhuma planta alcançou pontuação final acima de 2, assim estas estão classificadas

entre os conceitos: nulo (quando não atendem a NBR 15.575), apesar de estar com pontuação

entre 0 e 1; e, recomendável, quando atende a norma e tem pontuação maior que 1 e menor ou

igual a 2.

Das 36 plantas estudadas 21 delas (58,33%) estão com o conceito de nulo, sendo que

16 unidades estão com pontuação acima de 1, chegando a 1,50, porém não atendem a NBR

15.575.

Somente 15 unidades (41,67%) do total das plantas analisadas e com pontuação final

da qualidade acima de 1,50 até 1,99 estão com conceito de recomendável (Tabela 51).

Tabela 51 - Ocorrência das topologias no gráfico da qualidade

Topologia Trecho

(0,82 a <=1,00) Trecho

(>1,00 a <=1,50) Trecho

(>1,50 a <=1,99) Total Nulo Nulo Recomendável

VI 1 0 0 1 IV 0 1 0 1

IX.a 0 1 0 1 XI.a 0 1 0 1 III 2 1 0 3

XI.b 0 1 0 1 XI.c 0 1 0 1

I 0 0 1 1 V 0 0 1 1

VII 0 0 1 1 X 0 0 1 1

VIII 1 1 1 3 II 0 2 3 5 XI 0 4 2 6 IX 1 3 5 9

Total 5 16 15 36

Oito topologias estão presentes no trecho de maior qualidade (I, V, VII, X, VIII, II, XI,

IX), demonstrando que esta variedade também é benéfica para a qualidade. Destaca-se a

topologia IX, configurada na planta que alcançou o melhor resultado final (planta 27) e ainda

representa a topologia presente em um terço das plantas com conceito recomendável.

Page 170: método para avaliação de projetos de habitação social

169

5.6.1 Qualidade, Custo e Área

As evoluções da qualidade, do custo e da área estão dispostos Tabela 52, classificados

pela qualidade. Verificar-se que, enquanto a qualidade entre os projetos evoluí a percentuais

altos (passando de 100%), a área evolui em percentuais menores, salvo as exceções da planta

8 e 29, não ultrapassando a 26%. E ainda melhor, o custo não evoluiu no mesmo percentual

da área ficando mais baixo não ultrapassando 12%.

Tabela 52- Evolução da qualidade, custo e área

Projeto % Evolução da qualidade % Evolução área % Evolução custo P32 0,0% 0,0% 0,0% P13 8,6% -0,3% -2,7% P30 16,0% -0,3% -1,9% P31 16,5% 1,6% 1,5% P34 20,4% 14,4% 6,2% P12 27,4% 17,4% 5,6% P33 33,5% -0,9% -0,3% P01 34,5% 5,8% -0,9% P16 35,9% -0,1% -3,3% P15 36,8% 9,6% 1,8% P22 39,0% 23,0% 11,8% P05 41,7% 24,7% 9,1% P08 43,2% 39,7% 27,5% P28 44,0% 23,1% 9,5% P23 45,6% 22,6% 11,2% P10 48,6% 19,2% 7,8% P19 52,2% 21,1% 9,5% P11 52,6% 12,1% 5,6% P14 67,6% 23,5% 8,4% P24 74,9% 24,3% 11,3% P06 81,5% 24,7% 10,7% P17 91,2% 0,8% -2,1% P03 99,7% 4,8% 1,7% P09 112,8% 24,0% 9,0% P20 113,3% 23,5% 10,7% P04 114,7% 5,8% 1,7% P21 114,7% 22,5% 8,7% P36 114,9% 20,5% 8,2% P02 117,5% 5,7% -0,6% P18 118,8% 22,3% 10,8% P26 120,0% 23,7% 11,3% P35 122,3% 19,1% 6,9% P07 124,0% 25,5% 10,8% P29 132,1% 34,3% 16,1% P25 137,9% 24,4% 11,2% P27 141,7% 25,9% 9,6%

Obteve-se seis grupos de plantas conforme o comportamento dos dados relativos a

qualidade, custo e área (Quadro 11). Para qualidade foi definido que a planta que não obteve

índice de qualidade (qualidade/projeto de referência (P32)) maior ou igual a 1,91 é

Page 171: método para avaliação de projetos de habitação social

170

considerada de menor qualidade, pois abaixo deste valor significa que ela não atendeu a NBR

15.575.

Grupo Característica Plantas 1 Menor qualidade, menor custo e menor área P01; P10; P11; P12; P13; P15; P16; P30;

P31; P32; P33; P34 2 Menor qualidade, maior custo e maior área P08 3 Menor qualidade, menor custo e maior área P05; P06; P14; P19; P22; P23; P24; P28 4 Maior qualidade, maior custo e maior área P29 5 Maior qualidade, menor custo e menor área P02; P03; P04; P17; P35 6 Maior qualidade, menor custo e maior área P07; P09; P18; P20; P21; P25; P26; P27;

P36 Quadro 11 - Grupo segundo a qualidade, o custo e a área

Quanto ao custo, se o seu índice (custo/custo do projeto de referência (P32)) for

superior a 1,155 é considerado custo maior, pois 0,155 representa a metade da diferença entre

o menor e o maior índice de custo.

Finalmente, para a área foi usado o mesmo procedimento do custo, mas o valor a

considerar para o índice (área/ área do projeto de referência (P32)) foi 1,205, pois a diferença

entre o menor e o maior índice de área é 0,41.

É possível observar no Gráfico 24 o perfil da qualidade em cada grupo comparado

com o custo e a área. O Gráfico 25 apresenta a qualidade dos grupos comparada com o

perímetro mobiliável, para verificar se há relação entre este e aquela. O perímetro mobiliável

acompanha a evolução da área. Associados a arranjos espaciais adequados a qualidade

aumenta.

O grupo 1, com pequeno perímetro mobiliável, pequena área e consequentemente

baixo custo, obteve os mais baixos índices de qualidade das 36 plantas analisadas. A

característica do único projeto do grupo 2 é ter área maior, porém um perímetro mobiliável

muito baixo, custo maior. Estranhamente a qualidade permaneceu baixa o que é inadmissível,

já que os recursos foram altos. A área aumenta um pouco no grupo 3 e quando o perímetro

mobiliável aumenta, isto reflete em elevação da qualidade do grupo, mas ela ainda é baixa,

pois até este grupo não foi atendida a NBR 15.575. A única planta do grupo 4 tem maior área,

maior perímetro mobiliável, maior custo, o que se espera, maior qualidade.

Page 172: método para avaliação de projetos de habitação social

Gráfico 24 -- Classificação dos projetos em grupClassificação dos projetos em grupos (os (qualidade, custo e área)e área)

171

Page 173: método para avaliação de projetos de habitação social

Gráfico 25- ClassiClassificação dos projetos em gruposficação dos projetos em grupos

172

Page 174: método para avaliação de projetos de habitação social

173

No grupo 5 a área é pequena e o custo é baixo. O perímetro mobiliável, pequeno,

sobre incremento juntamente com a área e a qualidade os acompanha. A área do grupo 6 é

maior do que do grupo 5 e pouco abaixo dos valores de área do grupo 3, o perímetro aumenta

com a área exceto na planta 36, o custo não é excessivamente alto, mas a qualidade, de forma

geral, tem maiores índices.

Para uma análise mais detalhada, de cada um dos seis grupos foi selecionada uma

planta que o representa, em alguns casos ela é única no grupo.

A planta 13, do grupo 1, representada na Figura 42, tem conflitos na circulação da

cozinha, não tem mesa para refeições, não tem varanda e nem área de serviço coberta, no item

extensão da bancada da cozinha, ela não pontuou. Diferentemente, a área dos quartos ficou

próximo do conceito ótimo, porém a área da sala no mínimo próximo do nulo e a cozinha não

alcançou o mínimo. A dimensão mínima dos cômodos ficou próximo do ótimo, exceto a área

de serviços que ficou com conceito nulo.

Figura 42 - Grupo 1, Planta 13

Todos estes apontamentos deixaram a funcionalidade deste projeto menor do que da

planta de menor qualidade do estudo (planta 32), que também está no grupo 1.

A planta 8 representa todo o grupo 2 (Figura 43). Houve um maior dispêndio de

recursos que refletiu em uma área maior, porém sem a qualidade esperada. Ocorre que trata-se

Page 175: método para avaliação de projetos de habitação social

174

de um sobrado, o único realizado dentro do programa PAR em MT. Nesta planta não

couberam todos os guarda-roupas necessários, consequentemente, ela não atendeu à norma.

Figura 43 - Grupo 2, Planta 8

Apesar de ter uma área maior, a forma dos cômodos não facilitou o mobiliamento e

nos dormitórios não é possível variar os leiautes. Um pequeno ajuste no quarto para caber o

Page 176: método para avaliação de projetos de habitação social

175

guarda-roupa elevará substancialmente a qualidade deste projeto, entretanto ele tem custo

elevado, muito acima dos demais.

O grupo 3 é composto por oito plantas, como nos grupos 1 e 2 elas não atendem a

NBR 15.575, sendo classificadas como de menor qualidade, porém este grupo difere

daqueles, pois tem menor custo e maior área. A planta a ser analisada é a número 5. O

problema observado neste projeto é a falta de espaço para a mesa de refeições na sala (Figura

44). Os nichos para os guarda-roupas restringem o leiaute dos dormitórios e a ampliação de

espaços para estes móveis.

Figura 44 - Grupo 3, Planta 5

Os pontos positivos da planta 5 são a presença de varanda e área de serviço cobertas.

A circulação, apesar de grande possibilita privacidade aos moradores.

O Grupo 4 possui apenas uma planta, a número 29 (Figura 45), cujas características

são maior qualidade, já que atende a norma, maior custo e maior área. Está é outra forma de

projetar que não inova, pois é mais evidente que se aumentando os recursos poder-se mais

facilmente abusar da área e conseguir mais qualidade.

Page 177: método para avaliação de projetos de habitação social

176

O projeto não pontuou no item bancada da cozinha, pois não possibilita o trabalho

com os três equipamentos em linha (geladeira, pia e fogão). Possui uma varanda onde se pode

colocar cadeiras para uma conversa de final de tarde e ainda área de serviço coberta, porém

aberta. As áreas e dimensões mínimas dos cômodos alcançaram, cada uma, conceito ótimo.

Figura 45 - Grupo 4, planta 29

Nos quesitos de funcionalidade, a planta 29 ficou em mínimo, principalmente pela

impossibilidade de acrescentar mobiliário opcional e pelo banheiro ser reduzido.

As características do grupo 5 são as que se procura, ou seja, qualidade, com custos

controlados e área bem aproveitada, entretanto em apenas uma das plantas tem área de

serviços e em nenhuma há varanda. Três das cinco plantas são de topologia II, que se difere

da IX apenas pela ausência dos dois cômodos citados anteriormente.

Para representar este grupo foi escolhida a planta 35, que possui apenas uma pequena

área de serviços, o que prejudicou a avaliação dos espaços. Não pontuou quanto a extensão da

Page 178: método para avaliação de projetos de habitação social

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

e dimensõ

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

reduzido o índice de funcionalidade.

se torna muito interessante pois tem

atende a NBR 15.575

Uma varanda protege a porta

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

roupas que podem ser acomodados

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

de serviço no mínimo.

deste projeto.

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

e dimensões mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Figura

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

reduzido o índice de funcionalidade.

O grupo

se torna muito interessante pois tem

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,

atende a NBR 15.575

Uma varanda protege a porta

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

roupas que podem ser acomodados

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

de serviço no mínimo.

deste projeto.

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Figura 46 - Grupo 5, Planta 35

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

reduzido o índice de funcionalidade.

O grupo 6 tem como característica

se torna muito interessante pois tem

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,

atende a NBR 15.575 e possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

Uma varanda protege a porta

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

roupas que podem ser acomodados

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

de serviço no mínimo. A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Grupo 5, Planta 35

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

reduzido o índice de funcionalidade.

tem como característica

se torna muito interessante pois tem-se economia e conforto.

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

Uma varanda protege a porta de entrada

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

roupas que podem ser acomodados, alcançando neste item o conceito ótimo

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Grupo 5, Planta 35

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

tem como características, maior qualidade, menor custo e maior área, o que

se economia e conforto.

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

de entrada das intempéries, sendo possível acomodar ca

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

, alcançando neste item o conceito ótimo

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Figura

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

maior qualidade, menor custo e maior área, o que

se economia e conforto.

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

das intempéries, sendo possível acomodar ca

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

, alcançando neste item o conceito ótimo

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda

es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.

Figura 47 - Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert

maior qualidade, menor custo e maior área, o que

Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27, a qual será analisada.

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

das intempéries, sendo possível acomodar ca

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

, alcançando neste item o conceito ótimo

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda-roupas. As áreas

Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode

acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descoberta também tornou

maior qualidade, menor custo e maior área, o que

a qual será analisada.

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

das intempéries, sendo possível acomodar ca

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda

, alcançando neste item o conceito ótimo. A área útil dos

quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recomendável e da área

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

177

roupas. As áreas

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode-se

a também tornou

maior qualidade, menor custo e maior área, o que

a qual será analisada. Ela

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

das intempéries, sendo possível acomodar cadeiras. A

pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda-

. A área útil dos

endável e da área

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

177

roupas. As áreas

A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,

se

a também tornou

maior qualidade, menor custo e maior área, o que

a

possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.

A

-

. A área útil dos

endável e da área

A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação

Page 179: método para avaliação de projetos de habitação social

21 com sua

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

varanda e área de serviços (cinco são

somente

menos área. Para escolher o grupo 5

serviços, enquanto no grupo

Figura

Outros projetos

com suas varanda

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

varanda e área de serviços (cinco são

somente uma pequena área de serviços.

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

menos área. Para escolher o grupo 5

serviços, enquanto no grupo

Figura 48 - Grupo 6

Outros projetos deste grupo se destacam

varandas e área

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

varanda e área de serviços (cinco são

uma pequena área de serviços.

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

menos área. Para escolher o grupo 5

serviços, enquanto no grupo

Grupo 6, planta 27

deste grupo se destacam

e áreas de serviço

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

varanda e área de serviços (cinco são

uma pequena área de serviços.

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

menos área. Para escolher o grupo 5

serviços, enquanto no grupo 6 estes dois cômodos estão presentes.

deste grupo se destacam quais sejam

de serviços embutidas na unidade

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

varanda e área de serviços (cinco são de topologia IX

uma pequena área de serviços.

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

menos área. Para escolher o grupo 5, o analista deverá abrir não de varandas e á

estes dois cômodos estão presentes.

Figura 49 -

quais sejam

embutidas na unidade

sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala. Neste grupo temos os melhores índices de

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.

topologia IX (Figura

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

, o analista deverá abrir não de varandas e á

estes dois cômodos estão presentes.

- Grafo IX, maior ocorrência no Grupo 6

quais sejam: o projeto 7

embutidas na unidade, o projeto 18 com sua ampla

Neste grupo temos os melhores índices de

qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto. Dos nove projetos

Figura 49)) e

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

, o analista deverá abrir não de varandas e á

estes dois cômodos estão presentes.

Grafo IX, maior ocorrência 6

o projeto 7, projeto 20 e projeto

o projeto 18 com sua ampla

Neste grupo temos os melhores índices de

Dos nove projetos

e apenas dois deles tem

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

, o analista deverá abrir não de varandas e á

178

Grafo IX, maior ocorrência

, projeto 20 e projeto

o projeto 18 com sua ampla

Neste grupo temos os melhores índices de

Dos nove projetos sete tem

apenas dois deles tem

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

, o analista deverá abrir não de varandas e área de

178

, projeto 20 e projeto

o projeto 18 com sua ampla

Neste grupo temos os melhores índices de

tem

apenas dois deles tem

Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com

rea de

Page 180: método para avaliação de projetos de habitação social

5.6.1.1

à RSNGOV/CB

do período do estudo.

2007 e alta entre

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo

-

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

1,27

5.6.1.1 Qualidade no decorrer do período

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

à RSNGOV/CB

do período do estudo.

Pode-se

2007 e alta entre

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

mar

-00

mar

-00

jul-

00

ago

-00

P03P02P01P04

1,27

Qualidade no decorrer do período

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

à RSNGOV/CB, foi confeccionado o

do período do estudo.

Gráfico

observar que

2007 e alta entre outubro de

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo

ago

-00

abr-

02

jun

-02

fev-

03

mai

-03

jul-

03

P04P05P08P29P09P18

Qualidade no decorrer do período

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

, foi confeccionado o

Gráfico 26 - Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.

que a qualidade f

outubro de 2004 e dezembro de

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo

jul-

03

de

z-0

3

de

z-0

3

mar

-04

mar

-04

ago

-04

P18P10P12P22P23P11

Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008

Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

, foi confeccionado o Gráfico 26

Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.

a qualidade foi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

dezembro de

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo

ago

-04

ou

t-0

4

ou

t-0

4

ou

t-0

4

ou

t-0

4

P11P19P20P21P06

Ano e planta

Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008

de 2000 a 2008

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

26, que mostra o percurso da qualidade dentro

Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.

oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

dezembro de 2005. No período a partir de 2007, foram

implantados em maior número as unidades de PAR mínimo,

ou

t-0

4

de

z-0

5

de

z-0

5

de

z-0

5

de

z-0

5

P06P07P26P25P27P24

Ano e planta

Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta

, que mostra o percurso da qualidade dentro

Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.

oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

No período a partir de 2007, foram

fazendo a qualidade decrescer

de

z-0

5

mar

-06

jun

-07

jun

-07

jun

-07

jun

-07

P24P28P13P30P31P16

Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008

PAR Mínimo

Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta, obtida junto

, que mostra o percurso da qualidade dentro

Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.

oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

No período a partir de 2007, foram

fazendo a qualidade decrescer

jun

-07

jul-

07

jul-

07

jul-

07

jun

-08

jun

-08

P16P32P34P33P36P35

Mínimo

179

, obtida junto

, que mostra o percurso da qualidade dentro

oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

No período a partir de 2007, foram

fazendo a qualidade decrescer. ju

n-0

8

ago

-08

ago

-08

de

z-0

8

P35P15P17P14

179

, obtida junto

, que mostra o percurso da qualidade dentro

oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de

No período a partir de 2007, foram

Page 181: método para avaliação de projetos de habitação social

180

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

A análise conclusiva do trabalho é o resgate das dificuldades e desafios encontrados

para a contextualização do tema; a análise dos resultados obtidos e as respostas as questões

inicialmente formuladas. No caminho trilhado ficam outras perguntas a serem respondidas,

outras intrigantes situações a serem estudadas pelos que virão.

6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A história da Habitação no Brasil é estudada por vários autores com foco nos

momentos históricos culturais, políticos, sociais e econômicos, entretanto, principalmente nos

estudos anteriores ao BNH, sente-se uma escassez de plantas com informações dimensionais

ou em escala, que poderiam subsidiar uma análise da casa brasileira anterior a este período.

Muitos autores criticam as unidades habitacionais, mas somente um levantamento da

forma e das dimensões da moradia brasileira poderia mostrar o que de melhor ela tem e o que

deve ser evitado.

No período pós BNH, o próprio banco se encarregou de documentar suas ações

favorecem os estudos sobre as dimensões das unidades por ele produzidas.

Maior dificuldade é encontrar informações sobre as unidades habitacionais em Mato

Grosso. O primeiro conjunto habitacional só tem a sua implantação no Arquivo Público. As

unidades do BNH também não estão documentadas de forma acessível, em muitos trabalhos

elas são apenas descritas.

É fácil o acesso às informações sobre os programas habitacionais, pois estão todas

disponíveis nos sítios do governo federal à disposição dos projetistas, prefeituras e

empresários da construção civil. Igualmente, estão disponíveis as tabelas de custos para a

composição dos orçamentos das unidades.

Page 182: método para avaliação de projetos de habitação social

181

Os dados estatísticos sobre a produção de unidades em Mato Grosso foram mais

difíceis de obter. As unidades realizadas pela Fundação Casa Popular foram conseguidas

através das documentações realizadas pelo FINEP, confrontadas com as informações de

estudos sobre habitação em Mato Grosso, realizados por autores locais. As informações sobre

a produção da COHAB/MT foram também baseadas, em primeira instância, em estudos

locais, os quais divergiam um pouco dos estudos nacionais para o estado, estes últimos

considerados em caso de omissão dos estudos locais. Foi importante a coleta de números de

unidades junto a RSNGOV/CB, pois ela tem informações de diversas fontes de recursos e

programas habitacionais. A maior dificuldade é identificar nos dados o público para a

habitação de interesse social.

6.1.1 Métodos de Avaliação da Qualidade da Habitação

Quanto a qualidade da habitação são muitos os métodos para avaliá-la. Foram

encontrados métodos de autores estrangeiros e de autores nacionais. É possível observar que

os estrangeiros possuem normas técnicas em seus países que regulamentam o projeto

oferecendo parâmetros para seus métodos, como na Alemanha, França e Portugal. Enquanto

no Brasil, ainda se está iniciando, através da criação de normas, as quais devem auxiliar na

análise da qualidade, como exemplos, a NBR 15.575 e a NBR 9050.

Métodos como os de Klein, SEL e Qualitel são citados por vários autores e todos

reconhecem as contribuições destes estudos e partem deles para desenvolver seus próprios

métodos, como no caso do Método de Pedro.

Foram registrados os métodos brasileiros de Martins, Brandão, Leite, Palermo e

Buzzar e Fabrício. Os métodos de Martins e Brandão são voltados para apartamentos. Estes

dois métodos contribuíram na apresentação de variáveis numéricas que podem explicar a

qualidade.

Leite e Palermo são métodos com escalas de qualidade mais subjetivas. Ambos

defendem que o incremento de área proporciona maior qualidade, apresentando sugestões de

alterações de área e de leiaute para alcançar a qualidade esperada para a habitação. O trabalho

de Palermo traz contribuições para este estudo com parâmetros de mobiliamento, de

funcionalidade e com dimensões de mobiliário. O Método de Buzzar e Fabrício acrescentou

parâmetros de área mínima.

Page 183: método para avaliação de projetos de habitação social

182

6.1.1.1 Como definir as variáveis mais importantes para a análise de viabilidade técnica qualitativa do espaço interno?

Este trabalho baseia-se no Método de Pedro, um método contemporâneo que está

detalhado em seus documentos o que facilita a compreensão e aplicação. Este método faz

muitas interações com variáveis numéricas de fácil acesso em projetos apresentados em planta

(extensão de bancada e de guarda-roupas, área mínima dos cômodos, paredes mobiliáveis,

dimensão mínima dos cômodos), variáveis de código alocado (espaços para varandas,

depósitos e estacionamentos) e variáveis dicotômicas (sim/não) (funcionalidade), sendo muito

prática sua aplicação, considerando que o analista possui pouco prazo para concluir suas

análises. Ao método acrescentou-se as questões sobre a NBR 15.575:1, item 16, com

respostas do tipo dicotômicas (sim/não). O Método de Pedro é completo e trata também do

entorno da habitação, o qual não foi abordado.

6.1.1.2 Que parâmetros podem ser adotados ao realizar as análises por meio das variáveis identificadas?

Foram apresentados diversos estudos sobre habitação mínima e dimensões mínimas da

habitação e o que se observa é que há muitos estudos estrangeiros, já os brasileiros estão mais

ocupados com as dimensões do mobiliário menos com os cômodos. Talvez seja difícil, para

um país tão extenso e diverso em culturas e climas, estudos que estabeleçam parâmetros

únicos.

A própria norma que estabelece as dimensões do mobiliário não está atualizada com as

dimensões encontradas no mercado, necessitando ser revista. Ela ainda não se compromete

com as dimensões dos cômodos deixando a cargo dos projetistas. Isto seria coerente não fosse

o fato da habitação de interesse social não ser acolhida de forma adequada pelos responsáveis

pela sua execução as empresas construtoras e seus respectivos projetistas.

Em outros países há abundância de dados sobre a espaciosidade, a área mínima,

dimensões mínimas, mobiliário, e outros aspectos do projeto. Os dados brasileiros estão

esparsos e não estão escalonados. Procurou-se agrupar estas informações. Para este estudo

foram usados os parâmetros dos autores mencionados (Palermo, Buzzar e Fabrício e Pedro),

Page 184: método para avaliação de projetos de habitação social

183

associados exigências da NBR 15.575 e também foram estabelecidos alguns critérios para os

casos onde não se encontrou referências consistentes.

O trabalho de Pedro, feito para as particularidades de Portugal, apresenta-se como uma

ferramenta objetiva na análise de projetos, respaldando o analista na obtenção de um resultado

pautado em critérios objetivos e claros. Foram necessárias adaptações devido às diferenças

entre aquele país e o Brasil.

Foi feito um recorte no Método de Pedro, para que fosse possível elaborar um método

apenas para a habitação. Algumas questões foram adaptadas à realidade brasileira, e os

parâmetros, sempre que possível foram os coletados na bibliografia nacional.

As ponderações às questões de Pedro não foram importadas para o método deste

trabalho, elas foram discutidas com profissionais do mercado e de instituições financiadoras

da habitação de interesse social. Estes entrevistados estabeleceram as ponderações conforme

suas convicções profissionais e possivelmente pessoais.

A esta etapa denominou-se Validação e ela poderá ser feita a critério do avaliador

(empresa, instituição ou profissional) conforme os seus objetivos e ou características

regionais, sociais ou culturais. Desta forma, pode-se adotar o método para análise de projetos

de outras épocas, outras regiões, outros tipos de habitação e com outras finalidades (corrigir,

mensurar, classificar, refutar, avaliar entre outras). Entretanto o resultado da aplicação do

método não exime o analista de fazer as considerações que forem suficientes para auxiliar na

melhoria do projeto, pois não basta dizer que o projeto está inadequado, deve-se propor

soluções para o alcance do objetivo comum, a qualidade da habitação.

6.1.1.3 Quais os fatores que propiciam a qualidade?

Ao serem classificadas em grupos, conforme a qualidade, o custo e a área, ficou claro

alguns aspectos dos projetos que proporcionam ou prejudicam a qualidade.

No grupo 1, temos pouca área o que resultou em custo baixo, porém o arranjo espacial

não promoveu qualidade ao projeto, principalmente não atendendo à norma, o que é esperado

quando temos área muito reduzida e recursos escassos.

Para o grupo 2, a decisão de uma tipologia tipo sobrado elevou o custo da habitação.

Mesmo com área maior, mas com arranjo inadequado, a qualidade do projeto ficou aquém do

Page 185: método para avaliação de projetos de habitação social

184

que se espera quando há recursos. A justificativa de escolher o sobrado como tipo de planta,

que tem maior área de circulação (escada), só poderia ser aceita para aumentar o número de

unidades em terrenos mais caros, porém bem localizados e com infraestrutura bem próxima.

Projetos mais precários estão no grupo 3, pois mesmo com área maior, não alcançaram

a qualidade requerida. Apesar destes projetos resultarem em custos menores, o projetista

deveria ter elaborado melhor os espaços da habitação.

Nos três primeiros grupos, destaca se dois principais problemas encontrados nos

projetos: pelo menos um quarto não cabe o mobiliário mínimo e não há espaço para mesa de

refeições, ambos relacionados a NBR 15.575. Uma perda, pois é à mesa que são realizadas

diversas atividades, além das refeições, como: estudar, trabalhar, costurar, executar diversos

trabalhos manuais e reunir-se com outras pessoas.

Não há inovação no grupo 4, pois com área maior, custo maior e obteve-se

consequentemente qualidade maior, ainda assim ela ficou em terceiro lugar na classificação

geral.

As características de projeto do grupo 5 são: quartos amplos, mas salas e cozinhas

mais reduzidas, sem varandas e área de serviço. Quando os quartos são maiores e a sala e

cozinha acomodam adequadamente o mobiliário mínimo se obtém um projeto que atendem

melhor as funções da habitação gerando maior qualidade. A topologia II representa 3/5 das

plantas deste grupo.

O grupo 6 como o 5 também possui quartos amplos e sala e cozinha com todo o

mobiliário mínimo. Acrescenta-se ao grupo a área de serviço coberta e a varanda. A área é

maior que do grupo anterior, o custo também, mas tudo se reverte em maior qualidade.

Neste grupo 55,55% das plantas são da topologia IX, que se assemelha à topologia do

grupo anterior, porém nesta há mais dois cômodos (área de serviço e varanda). É possível

inferir que esta topologia (IX) e sua variação (II) são estão relacionadas com o aumento da

qualidade.

O questionário que fez a verificação de atendimento à norma foi o mais significativo,

pois para este estudo ele era muito importante para a configuração da qualidade e não havia

nuances de pontuação, ou a planta atende (3 pontos) ou não atende (0). A funcionalidade

também é foi bastante significativa pois está condicionada também ao atendimento da norma.

Page 186: método para avaliação de projetos de habitação social

185

A variável perímetro mobiliável em projetos com bom arranjo espacial proporciona

maior qualidade. Observa-se que nos momentos que este valor aumentou a qualidade também

cresceu, com duas exceções (P15 e P36).

Área é uma variável que influencia, mas deve estar associada a um bom arranjo

espacial evitando-se desperdício de espaço, pois a forma inadequada pode comprometer

negativamente o atendimento à norma e decresce a funcionalidade.

6.1.1.4 A qualidade das unidades do PAR está aquém do necessário para o desempenho das atividades domésticas?

Nos projetos analisados há aqueles que têm qualidade suficiente para atender as

funções mais básicas da habitação, os do grupo 6. Mas, se for necessário abrir mão de alguns

cômodos ainda há o grupo 5, com qualidade menor que do grupo 6, porém com custo menor.

6.1.1.5 Como a qualidade das moradias do PAR se comportou ao longo do tempo?

A sazonalidade está caracterizada quando se trata da qualidade no decorrer do período

estudado. Entre outubro de 2004 e dezembro de 2005, a qualidade esteve em alta. Entretanto,

com os empreendimentos do tipo PAR mínimo, no ano de 2007 a qualidade diminui. Melhora

novamente em seu último ano com os últimos empreendimentos do tipo PAR normal.

O método adaptado e aqui adotado deve ser aprimorado principalmente nos

parâmetros de suas variáveis. Como exemplo, a análise da extensão de paredes mobiliáveis

teve que ser suspensa, pois não havia até o momento da aplicação referências seguras sobre os

parâmetros desta variável.

As questões sobre funcionalidade talvez necessitem ser triadas e/ou reformuladas de

forma a responder melhor sobre esta variável.

Há qualidade na habitação de interesse social em MT, porém ela tem que ser

priorizada. É possível projetar melhor e obter menores custos. Os projetistas precisam de uma

qualificação específica para a habitação de interesse social. Conhecer objetivos deste tipo de

habitação, suas especificações e normas, para alcançar qualidade requerida.

Page 187: método para avaliação de projetos de habitação social

186

As normas estão a disposição dos agentes executores da habitação de interesse social,

e preciso segui-las para garantir a qualidade mínima. É certo que elas precisam ser revistas e

atualizadas, mas de forma alguma ignoradas como estão sendo nos dias atuais.

O PAR tem a vantagem de ser um arredamento, que na prática é encarado pelos

arrendatários como um financiamento. As últimas unidades executadas no programa (PAR

mínimo) estão longe da qualidade das especificações do Programa Minha Casa Minha Vida.

Este último tem melhorias em relação ao primeiro, pois já consta, explicitamente, em suas

especificações atendimento às NBRs. Os empresários ainda relutam e se queixam dos custos,

deturpando o que é mínimo utilizando como máximo. Mas é possível fazer melhor com

menores custos, basta um projeto bem estudado e com as soluções adequadas que lhe

proporcionarão qualidade, os programas destinam recursos para este fim.

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Durante a execução deste trabalho, foi difícil encontrar dados históricos das dimensões

da habitação, principalmente do estado de Mato Grosso. Provavelmente as plantas estão

disponíveis nas prefeituras e poderiam ser catalogadas.

O conjunto habitacional denominado Bairro Popular é rico em tipologias (dois, três e

quatro quartos) e estas não estão registradas em plantas ou trabalhos, apesar de haver muitas

unidades em sua forma original.

Na revisão bibliográfica foram encontradas informações sobre o estilo californiano e

foi possível verificar que em Cuiabá há vários exemplares deste estilo (Av. Presidente

Marques) típico das habitações populares da década de 50.

Trabalhos futuros poderão incluir variáveis de conforto lumínico, sonoro e térmico,

bem como aspectos estéticos que possam influenciar na percepção de qualidade dos

moradores.

A ampliação deste trabalho, incluindo considerações quanto ao entorno e a

infraestrutura, podem ser realizadas com a aplicação integral do Método de Pedro adequando-

o às condições regionais.

Outros estudos poderão determinar os níveis mínimo, recomendável e ótimo para o

perímetro mobiliável.

Page 188: método para avaliação de projetos de habitação social

187

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Page 195: método para avaliação de projetos de habitação social

194

APÊNDICE A - PESQUISA DIMENSÕES DO MOBILIÁRIO

Page 196: método para avaliação de projetos de habitação social

195

Tabela 53 - Dimensões de mobiliário

Comércio varejista

(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)

Item Largura

Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

1.1 Sofá 3 lugares com

braço

1,73 0,80 1,78 0,79 2,10 0,80 1,64 0,70 1,70 0,70

1,73 0,90 1,95 0,76

1,75 0,80 2,20 1,07

2,05 0,85

1.2 Sofá 2 lugares com

braço

1,30 0,80 1,35 0,90 1,40 0,80 1,24 0,70 1,20 0,70

1,35 0,90 1,45 0,76

1,35 0,80 1,65 1,07

1,55 0,85

1.3 Poltrona com braço

0,67 0,81

0,80 0,80 0,62 0,73 0,80 0,70

0,88 0,90

0,64 0,83

0,90 0,85

1.4 Sofá 3 lugares sem

braço 1,50 0,70 2,00 0,90

1.5 Sofá 2 lugares sem

braço 1,00 0,70

1.6 Poltrona sem braço

0,50 0,70

2.1 Armário/estante TV 1,10 0,44 0,90 0,40 1,20 0,40 0,80 0,40 0,80 0,50

1,20 0,38 1,52 0,55

0,76 0,36

2.2 Mesa de canto 0,50 0,50

0,50 0,50 0,45 0,44

0,40 0,40

0,55 0,55

0,45 0,45

Page 197: método para avaliação de projetos de habitação social

196

Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)

Comércio varejista

(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)

Item Largura

Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

3.1 Mesinha de centro

0,75 0,75

0,70 0,70 0,74 0,36

0,77 0,77

0,95 0,95

0,90 0,60

4.1 Conjunto de mesa

redonda com 4 lugares

0,70 0,70 1,00 1,00 1,10 1,10

0,95 0,95

0,90 0,90

4.2 Conjunto de mesa

redonda com 6 lugares

1,00 1,00 1,50 1,50

1,20 1,20

4.3 Conjunto de mesa quadrada com 4

lugares

0,75 1,20

0,80 0,80 1,00 1,00

0,88 0,87

4.4 Conjunto de mesa quadrada com 6

lugares

0,78 1,55 1,40 0,90 0,75 1,60 1,38 0,90 1,20 1,20

0,80 1,60 1,60 0,90

4.5 Conjunto de mesa retangular com 4

lugares

0,73 1,12 1,20 0,75 0,75 1,30

1,20 0,80

0,80 0,70 1,30 0,80

0,70 0,80

0,80 1,20

5.1 Fogão 4 bocas

0,51 0,57 0,48 0,57 0,50 0,60 0,55 0,58 0,55 0,60

0,51 0,57 0,59 0,65

0,49 0,61

0,50 0,62

0,53 0,59

0,49 0,59

0,50 0,62

Page 198: método para avaliação de projetos de habitação social

197

Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)

Comércio varejista

(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)

Item Largura

Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

6.1 Geladeira simples

0,55 0,67 0,48 0,65 0,62 0,67 0,70 0,65 0,70 0,70

0,55 0,67 0,55 0,63

0,60 0,67 0,63 0,72

0,55 0,69

0,60 0,65

0,56 0,66

0,60 0,68

0,55 0,67

0,48 0,65

0,48 0,65

0,55 0,62

0,55 0,65

7.1 Cama de casal

1,40 1,97 1,40 1,90 1,50 1,95 1,98 1,45 1,40 1,90 1,50 2,00 1,52 1,99 1,59 1,98

1,46 2,04 1,40 2,30

1,54 2,13

7.2 Cama de solteiro

0,84 1,98 0,78 1,88 0,85 1,95 1,98 0,88 0,80 1,90 0,80 2,00 0,95 2,03 1,05 1,95

1,12 1,93 1,02 2,10

0,83 2,03

0,88 1,88

0,88 1,94

7.3 Beliche

0,84 1,98

0,85 1,98

8.1 Criado 0,50 0,50

0,50 0,50 0,40 0,40

8.2 Guarda-roupa

1,10 0,47 1,20 0,40 1,65 0,48 1,60 0,50

2,88 0,55

1,10 0,48

2,73 0,65

Page 199: método para avaliação de projetos de habitação social

198

Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)

Comércio varejista

(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)

Item Largura

Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

Largura Profun-didade

8.3 Mesa de estudo

0,78 0,40

1,20 0,60 0,93 0,45 0,80 0,60

0,60 0,45

0,91 0,45

0,78 0,40

0,70 0,57

8.4 Armário sob a pia 1,20 0,51

1,20 0,49 1,20 0,55

1,20 0,51

1,20 0,51

8.5 Armário suspenso 1,80 0,26

1,20 0,30

2,08 0,29

2,45 0,28

8.6 Máquina de lavar

tipo tanquinho

0,70 0,54 0,53 0,57

0,51 0,51 0,60 0,65

0,51 0,52 0,58 0,55

0,51 0,55 0,66 0,70

Fonte: Elaborado com dados do mercado e dos autores Folz (2008, p. 268), CDHU (2008), Palermo (2009, p. 63-70) e ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2010, p. 27-28), Pedro (PEDRO, 2000, p. 328).

Page 200: método para avaliação de projetos de habitação social

199

APÊNDICE B - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTO S PAR

Page 201: método para avaliação de projetos de habitação social

200

Map

a 2

- E

mp

reen

dim

ento

s P

AR

, C

uia

e V

árze

a G

rand

e,

200

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200

8.

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.

Page 202: método para avaliação de projetos de habitação social

201

Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008.

Ano Empreendimento Total de unidades

Latitude (sul) Longitude (oeste)

1 2000 Residencial Jardim Vitória "A" 129 15°32'17.15" 56°4'8.04" 2 2000 Residencial Jardim Vitória "B" 160 15°32'22.06" 56°4'1.38" 3 2000 Residencial Coxiponés 160 15°38'41.42" 56°1'4.40" 4 2000 Residencial Morada do Faval 117 15°38'32.59" 56°1'2" 5 2000 Residencial Santo Antônio 160 15°38'51.45" 56°3'8.10" 6 2000 Residencial Jardim Antarctica 180 15°34'17.59" 56°7'31" 7 2000 Residencial Morro de Santo Antônio 160 15°38'59.82" 56°3'18.12" 8 2000 Residencial Lucimar Campos 165 15°38'38.62" 56°10'2.3" 9 2001 Residencial Karla Renata 123 15°38'38.25" 56°10'5.38" 10 2002 Condomínio Ipê Amarelo 140 15°38'33.36" 56°1'59.45" 11 2002 Condomínio Paschoal Moreira Cabral 170 15°38'59.7" 55°59'39.42" 12 2003 Condomínio Flor do Cerrado 284 15°37'25.70" 56°0'33.84" 13 2003 Condomínio Jardim das Acácias 105 15°38'18.51" 56°8'4.07" 14 2003 Condomínio Elias Domingos 169 15°40'40.23" 56°7'47.00" 15 2003 Condomínio Eng. Miguel Leão Lanna 143 15°40'40.06" 56°9'1.86" 16 2003 Residencial Athaíde Monteiro da Silva 204 15°40'48.58" 56°7'50.56" 17 2003 Residencial Marechal Rondon 305 15°38'59.7" 55°59'39.42" 18 2003 Residencial Altos do São Gonçalo 344 15°39'34.96" 56°3'37.91"

19 2003 Condomínio Domingos Sávio Brandão

Lima Jr. 209 15°39'10.66" 56°3'9.83"

20 2004 Condomínio Recanto 140 15°36'30" 56°2'6.30" 21 2004 Condomínio Jardim Botânico 108 15°38'9.88" 56°3'30.81" 22 2004 Residencial Acácia do Coxipó 122 15°37' 3.71" 56°1'46.20" 23 2004 Residencial Ataíde Ferreira da Silva 121 15°39'10.69" 56°10'43.10" 24 2004 Residencial Mirante de Cuiabá 165 15°34'54.77" 56°3'34.5" 25 2004 Residencial Paulo Leite da Silva 116 15°40'45.99" 56°7'51.83" 26 2004 Residencial Maria de Lurdes 487 15°36'18.18" 56°1'54.10"

27 2004 Residencial Alice Gonçalves de

Campos 275 15°39'15.35" 56°10'43.85"

28 2004 Residencial Recanto do Salvador 362 15°36'8.06" 56°2'1.78" 29 2005 Residencial Despraiado 430 15º34'01.9" 56º05'41.2"

30 2005 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª

Etapa 236 15°38'27.98" 56°5'3.37"

31 2005 Residencial Renato José dos Santos 153 15°39'6.73" 56°10'36.49" 32 2005 Residencial Topázio 120 15º37'04" 56º1'39.90"

33 2006 Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª

Etapa 252 15°38'35.45" 56°5'2.83"

34 2006 Residencial Pádova 238 15°32'39.98" 56°2'56.01" 35 2006 Residencial Esperança 157 15°38'53.64" 56°3'31.84"

36 2007 Residencial Noise Curvo de Arruda - 1ª

Etapa 470 15°38'29.99" 56°5'4.31"

37 2007 Residencial Noise Curvo de Arruda - 2ª

Etapa 200 15°38'36.28" 56°5'11.72"

38 2007 Residencial Ilza Therezinha Picolli

Pagot 482 15º 32' 8.65" 56º 2' 6.27"

39 2007 Residencial Wantuil de Freitas 428 15º 32' 33.90" 56º 1' 56.82"

Page 203: método para avaliação de projetos de habitação social

202

Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. (cont.)

Ano Empreendimento Total de unidades

Latitude (sul) Longitude (oeste)

40 2007 Residencial Salvador Costa Marques 456 15º37`45.68" 55º59'20.49" 41 2008 Residencial Avelino Lima Barros 500 15º38`0.08" 55º59`13.25"

42 2008 Residencial Secretário Clóves

Vetoratto 264 15º36`48.64" 56º10`16.14"

43 2008 Residencial Dep. Milton Figueiredo 308 15º42`07.53" 56°07'46.48" 44 2008 Residencial Belita Costa Marques 488 15º37`39.72" 55º59`35.71" 45 2008 Residencial Claudio Marchetti 473 15º36'58.07" 56º01'16.14" 46 2008 Residencial Buritis - 1ª Etapa 486 15º 31' 56.584" 56º 2' 5.157"

47 2008 Residencial Júlio Domingos de

Campos - 1ª Etapa 500 15º 37' 4.03" 56º 10' 37.33"

48 2008 Residencial Júlio Domingos de

Campos - 2ª Etapa 180 15º 37' 4.03" 56º 10' 37.33"

Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB.

Page 204: método para avaliação de projetos de habitação social

203

APÊNDICE C - QUANTIFICAÇÃO E CUSTOS UNITÁRIOS

Page 205: método para avaliação de projetos de habitação social

204

JUNHO /2010

Código SINAPI Serviço

1 Serviços preliminares e gerais

2 Infraestrutura 2.1 Trabalhos em terra

2.1.1 74077/002 Locação convencional de obra, através de gabarito de tabuas corridas pontaletadas, com reaproveitamento de 10 vezes. 2.1.2 73617 Escavação manual material de 1ª. categoria a céu aberto profundidade ate 0,50 m c/remoção ate 1 dam.

2.2 Fundações e outros serviços 2.2.1 11770/1 Fundações em radier casas ate 2 pavimentos

2.2.2 74019/1 Escavação manual de cavas e valas em material de 1ª categoria

2.2.3 74022/030 Controle tecnológico concreto

3 Supraestrutura 3.1 74112/001 Laje maciça espessura 6 cm - fck 25 mpa incluindo forma/escoramento 3.2 68049 Cinta e contra verga em tijolo cerâmico maciço 5 x 10 x 20cm 1/2 vez 3.6 73942/001 Armação aço CA50 5.0 mm - cintas e amarrações de paredes

Custo total do item

4 Paredes e painéis 4.1 Alvenaria

4.1.1 73982/001 Alvenaria em tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 20 cm, 1/2 vez, assentado em argamassa traço 1:2:8 (cimento, cal e areia), juntas 12 mm 4.1.2 73499 Vergas de concreto armado para alvenaria com aproveitamento da madeira por 10 vezes 4.1.3 72131 Alvenaria em tijolo cerâmico maciço 5 x 10 x 20 cm 1/2 vez (espessura 10 cm), assentado com argamassa traço 1:2:8 (cimento, cal e areia)

Subtotal 4.2 Esquadrias

4.2.1 Esquadrias de ferro 4.2.1.3 73933/003 Porta de ferro, de abrir, veneziana sem bandeira sem ferragens 4.2.1.2 73984/001 Janela de correr em chapa de aço, com 04 folhas para vidro, com divisão horizontal 4.2.1.5 73984/002 Janela de correr em ferro tipo veneziana, 02 folhas, linha popular

Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.

Page 206: método para avaliação de projetos de habitação social

205

JUNHO/ 2010

Código SINAPI Serviço

4.2.1.5 6104 Janela basculante em chapa de aço 4.2.1.6 6104 Basculantes (0,60 x 1,00)

Subtotal 4.2.2 Esquadrias de madeira

4.2.2.1 73910/5 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,80 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça 73910/1 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,70 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça

4.2.2.2 73910/1 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,60 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça Subtotal

4.3 Ferragens 4.2.1.3 74068/002 Fechadura de embutir completa, para portas externas, padrão de acabamento popular

74070/3 Fechadura de embutir completa, para portas internas, padrão de acabamento popular Subtotal

4.4 Vidros 4.4.1 72116 Vidro fantasia 3 mm colocado em esquadria de ferro / madeira

Subtotal

5 Coberturas e proteções 5.1 Telhados

5.1.1 73931/003 Estrutura para telha cerâmica, em madeira aparelhada, apoiada em parede 5.1.2 73938/002 Telhas plan / romana 5.1.3 6058 Cumeeira c/emboço pigmentado

Subtotal 5.2 Impermeabilização

5.2.1 74106/001 Impermeabilização com tinta betuminosa em fundações, baldrames e muros de arrimo Subtotal

6 Revestimentos, elementos decorativos e pinturas 6.1 Revestimento interno

Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.(cont.)

Page 207: método para avaliação de projetos de habitação social

206

JUNHO/ 2010

Código SINAPI Serviço

6.1.1 74161/001 Chapisco de aderência com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 6.1.2 74201/001 Reboco paulista com argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8

Subtotal

6.2 Revestimento externo 6.2.1 74161/001 Chapisco de aderência com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 6.2.2 74201/001 Reboco paulista com argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8

Subtotal

6.3 Azulejos 6.3.1 73912/001 Piso cerâmico linha popular com rejunte e argamassa assentamento

Subtotal

6.4 Forros 6.4.1 41602 Forro de pvc 200 mm -, espessura 8 mm colocado

Subtotal 6.5 Pintura

6.5.1 74233/001 Aplicação de selador externo 6.5.2 73746/001 Textura acrílica 6.5.3 73954/002 Tinta acrílica sem massa corrida interna 2 demãos - em parede molhadas(banho, circulação e a parede da pia da cozinha) 6.5.5 73750/001 Latéx/pva sem massa corrida (interno) 2 demãos + selador -parede 6.5.6 73750/001 Latéx/pva sem massa corrida (interno) 2 demãos + selador -teto (banho) 6.5.7 73739/001 Pintura esmalte acetinado em madeira, duas demãos 6.5.8 73924/001 Pintura esmalte brilhante, duas demãos, para ferro

Subtotal

7 Pavimentação 7.2 73946/001 Piso em cerâmica esmaltada linha popular PEI-4, assentada com argamassa colante, com rejuntamento em cimento branco 7.5 73985/001 Rodapé cerâmico

Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. (cont.)

Page 208: método para avaliação de projetos de habitação social

207

JUNHO/ 2010

Código SINAPI Serviço

8 Instalações e aparelhos 8.1 Instalações elétricas

8.1.1 74054/001 Ponto de luz 8.1.2 74054/002 Ponto de tomada 8.1.3 73915/002 Ponto telefônico 8.1.4 73915/002 Ponto de TV-seco 8.1.7 74172/001 Fio # 10,0 mm² 8.1.8 72249 Cabo de cobre nú - aterramento Fio 6 mm² 8.1.9 13597 Instalação e fornecimento de padrão de entrada de energia polifásico (bifásico), poste metálico completo

8.1.10 74131/002 Quadro de distribuição ate 6 disjuntores 8.1.11 74130/001 Disjuntor Monopolar 15A 8.1.13 74130/003 Disjuntor Bipolar 30A 8.1.23 68069 Haste de terra 5/8 x 3 m

Subtotal 8.2 Instalações hidrossanitárias

8.2.1 Instalações de água fria

8.2.1.1 73959/001 Ponto de água fria PVC 3/4" - media 5,00 m de tubo de PVC roscável água fria 3/4" e 2 joelhos de PVC roscavel 90graus agua fria 3/4" - fornecimento e instalação

8.2.1.2 73735/002 reservatório 500 litros fibra de vidro fornecimento e assentamento 8.2.1.3 1857 Abertura/enchimento rasgo alvenaria p/dutos d=1/2" a 1 1/2" argamassa cimento/cal hidratada /areia 1:2:9 8.2.1.4 74176/001 Registro de gaveta ø 3/4 cromado 8.2.1.5 74184/001 Registro de gaveta ø 1" mm bruto 8.2.1.6 74058/002 Torneira de bóia ¾ com balão plástico 8.2.1.7 73975/001 Registro de pressão 3/4" cromado 8.2.1.8 73965/015 Escavação manual de valas h <= 1,50 m 8.2.1.9 72920 Reaterro compactado de valas, com o próprio material escavado

Subtotal 8.3 Instalações de esgoto sanitário

8.3.1 74165/001 Tubo PB PVC esgoto ø 40 mm incluindo conexões 8.3.2 74165/002 Tubo PVC PB esgoto ø 50 mm incluindo conexões

Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. (cont.)

Page 209: método para avaliação de projetos de habitação social

208

JUNHO/ 2010

Código SINAPI Serviço

8.3.3 74165/003 Tubo PVC PB esgoto ø 75 mm 8.3.4 74165/004 Tubo PVC PB esgoto ø 100 mm inclusive Conexões 8.3.5 74186/001 Joelho 90 PVC esgoto ø 40 mm 8.3.6 72292 Caixa sifonada com grelha redonda ø 100 mm 8.3.7 74166/001 Caixa Inspeção circular em anel de concreto ø 60 cm externo inclusive tampa calafetada 8.3.8 74225/001 Caixa de gordura circular em em PVC

8.3.10 74019/001 Escavação manual de cavas e valas material de 1ª. categoria 8.3.11 72920 Reaterro compactado de valas, com o próprio material escavado 8.3.12 1857 Rasgo/enchimento em alvenaria p/ tubulações -esgoto

Subtotal 8.4 Aparelhos

8.4.1 Louças e metais sanitários 8.4.1.1 74193/001 Vaso sanitário com caixa de descarga acoplada - louca branca 8.4.1.2 6009 Lavatório em louca branca, sem coluna padrão popular, com torneira cromada popular , sifão, válvula e engate plástico

8.4.1.3 6052 Tanque de mármore sintético 22 litros com válvula em plástico branco 1.1/4"x 1.1/2", sifão plástico tipo copo 1.1/4" e torneira de metal amarelo curta 1/2" ou 3/4" para tanque - fornecimento e instalação

8.4.1.4 6031 Banca (tampo) de mármore sintético 120 x 60 cm com cuba, válvula em plástico branco 1", sifão plástico tipo copo 1" e torneira cromada longa 1/2" ou 3/4" para pia padrão popular - fornecimento e instalação

8.4.1.5 68061 Chuveiro PVC 8.4.1.7 Suporte metálico p/ pia

Subtotal

9 Complementação da obra 9.1 9537 Limpeza piso cimentado/cerâmico 9.2 Marco de concreto ou madeira p/ divisa de lote 9.3 73859/002 Capina manual terreno (10 x 20 m excluir edificação) 9.5 73916/003 Outros (numeração das unidades)

Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.(cont.)

Page 210: método para avaliação de projetos de habitação social

209

Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12)

Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12 1 sem código vb variável 2

2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 2.1.2 73617 14,17 5,08 5,08 5,07 5,07 5,66 5,67 5,64 7,68 5,12 5,22 5,12 4,88 2.2 -

2.2.1 11770/1 m² 57,42 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 2.2.2 74019/1 m3 19,19 7,33 7,33 7,28 7,34 8,01 7,89 7,92 5,93 8,30 8,15 7,76 7,70 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

3 -

3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,15 0,14 0,15 0,14 0,14 0,15 0,17 4,05 0,15 0,16 0,15 0,13 3.2 68049 m2 59,57 8,47 8,46 8,45 8,46 9,43 9,44 9,39 12,81 8,53 8,71 8,53 8,13 3.6 73942/001 kg 6,36 4

4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 124,19 123,72 122,77 122,61 144,71 142,02 142,12 180,98 127,09 131,36 123,39 121,41 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,19 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,17 0,17 0,18 4.1.3 72131 m2 37,24 8,47 8,46 8,45 8,46 9,43 9,44 9,39 12,81 8,53 8,71 8,53 8,13

4.2

4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 1,32 1,65 2,97 2,97 1,32 2,97 2,97 3,30 2,64 2,64 3,30 2,97 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37

4.2.2 -

Page 211: método para avaliação de projetos de habitação social

210

Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12

4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - - - - - - - - - - - - 73910/1 207,38 2,00 2,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00

4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

4.3 4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

74070/3 36,66 3,00 3,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00 3,00 3,00 4,00

4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 3,27 3,60 4,92 4,92 3,27 4,92 4,92 5,25 4,59 4,59 5,25 4,92

5 -

5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 5.1.2 73938/002 m² 32,18 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 5.1.3 6058 ml 10,95 7,51 7,66 7,93 8,14 6,41 6,66 6,52 6,72 6,91 7,06 8,88 6,77

5.2

5.2.1 74106/001 m² 4,58 38,11 38,08 38,02 38,06 42,43 42,50 42,27 57,64 38,39 39,19 38,39 36,59 6 -

6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 130,73 131,44 129,71 129,76 157,19 169,13 162,54 193,35 140,02 152,50 150,36 138,19 6.1.2 74201/001 m² 11,20 130,73 131,44 129,71 129,76 157,19 169,13 162,54 193,35 140,02 152,50 150,36 138,19

6.2

6.2.1 74161/001 m² 2,56 70,31 70,31 70,15 70,63 80,41 77,06 77,60 62,10 84,94 75,28 74,20 80,62 6.2.2 74201/001 m² 11,20 70,31 70,31 70,15 70,63 80,41 77,06 77,60 62,10 84,94 75,28 74,20 80,62

6.3

6.3.1 73912/001 m² 25,13 10,23 9,78 10,29 9,78 9,87 10,29 11,34 9,96 10,05 10,74 10,59 9,42

Page 212: método para avaliação de projetos de habitação social

211

Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12

6.4 6.4.1 41602 m² 20,00 34,96 34,95 34,58 35,22 35,98 36,33 36,31 41,08 35,50 33,09 33,85 34,32

6.5

6.5.1 74233/001 m2 2,36 80,18 79,79 78,87 79,06 97,84 91,58 92,90 70,17 96,88 89,08 82,43 92,27 6.5.2 73746/001 m2 9,30 80,18 79,79 78,87 79,06 97,84 91,58 92,90 70,17 96,88 89,08 82,43 92,27 6.5.3 73954/002 m2 8,31 7,75 7,39 7,80 7,39 7,46 7,80 8,64 7,54 7,61 8,16 8,04 7,10 6.5.5 73750/001 m2 5,18 112,75 114,26 111,62 112,59 139,86 151,04 142,56 175,85 122,36 133,60 131,73 121,66 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,46 2,33 2,50 2,26 2,33 2,50 2,88 2,33 2,44 2,64 2,58 2,13 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 4,20 5,67 5,67 5,67 5,67 5,67 4,20 5,67 4,20 4,20 5,67 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,38 9,71 11,03 9,93 9,38 9,93 9,93 11,36 9,60 9,60 10,26 9,93

7 -

7.2 73946/001 m2 23,50 37,42 37,28 37,08 37,48 44,41 44,23 44,65 48,93 45,02 42,63 39,83 42,19 7.5 73985/001 m 6,47 48,42 48,68 48,04 48,06 58,22 62,64 60,20 71,61 51,86 56,48 55,69 51,18 8 -

8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 9,00 8,00 8,00 8,00 8,00 9,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 213: método para avaliação de projetos de habitação social

212

Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12

8.2 - 8.2.1 -

8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63

8.3 -

8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80

8.4

8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 214: método para avaliação de projetos de habitação social

213

Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12

8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

9

9.1 9537 m² 0,97 37,42 37,28 37,08 37,48 44,41 44,23 44,65 48,93 45,02 42,63 39,83 42,19 9.2 un 6,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 9.3 73859/002 m2 0,47 143,60 143,62 144,01 143,51 138,39 139,33 139,04 154,37 136,14 137,31 140,34 140,76 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 215: método para avaliação de projetos de habitação social

214

Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24)

Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24 1 sem código vb variável 2

2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 2.1.2 73617 14,17 4,84 5,06 4,66 4,60 4,80 5,22 5,28 5,26 5,22 5,40 5,48 5,00 2.2 -

2.2.1 11770/1 m² 57,42 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 2.2.2 74019/1 m3 19,19 6,98 8,41 7,56 6,98 7,04 8,21 8,27 8,40 8,34 8,39 8,37 8,46 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

3 -

3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,13 0,27 0,22 0,14 0,16 0,14 0,16 0,16 0,15 0,16 0,15 0,15 3.2 68049 m2 59,57 8,06 8,44 7,76 7,67 8,01 8,69 8,79 8,77 8,69 9,01 9,13 8,33 3.6 73942/001 kg 6,36 4

4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 120,18 125,03 115,99 113,65 118,70 136,01 132,49 131,52 129,16 137,08 138,60 127,56 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,18 0,17 0,17 0,17 0,18 0,18 0,17 4.1.3 72131 m2 37,24 8,06 8,44 7,76 7,67 8,01 8,69 8,79 8,77 8,69 9,01 9,13 8,33

4.2

4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 1,32 2,64 2,97 1,32 1,32 2,97 2,64 1,32 1,65 2,64 1,65 3,30 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4,95 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37

4.2.2 -

Page 216: método para avaliação de projetos de habitação social

215

Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24

4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - 3,00 3,00 - - - - - - - - - 73910/1 207,38 2,00 - - 2,00 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 2,00

4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 - - 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

4.3 4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

74070/3 36,66 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00 4,00 4,00 3,00

4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 3,27 4,59 4,92 3,27 3,27 4,92 4,59 4,10 3,60 4,59 3,60 5,25

5 -

5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 5.1.2 73938/002 m² 32,18 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 5.1.3 6058 ml 10,95 6,66 8,26 7,28 7,08 6,96 6,98 7,16 7,46 7,81 6,86 6,86 7,00

5.2

5.2.1 74106/001 m² 4,58 36,27 37,96 34,94 34,53 36,04 39,12 39,56 39,47 39,12 40,53 41,07 37,48 6 -

6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 125,93 136,59 123,55 121,88 124,07 145,42 154,22 149,85 153,55 152,28 155,41 155,36 6.1.2 74201/001 m² 11,20 125,93 136,59 123,55 121,88 124,07 145,42 154,22 149,85 153,55 152,28 155,41 155,36

6.2

6.2.1 74161/001 m² 2,56 68,69 76,90 71,66 68,36 68,80 82,62 75,82 76,25 75,71 77,06 76,90 77,22 6.2.2 74201/001 m² 11,20 68,69 76,90 71,66 68,36 68,80 82,62 75,82 76,25 75,71 77,06 76,90 77,22

6.3

6.3.1 73912/001 m² 25,13 9,48 14,58 12,24 10,14 10,68 9,84 10,74 10,77 10,44 10,32 9,99 10,44

Page 217: método para avaliação de projetos de habitação social

216

Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24

6.4 6.4.1 41602 m² 20,00 33,11 37,82 35,52 33,01 33,00 35,36 33,74 35,36 35,28 34,50 34,88 36,42

6.5

6.5.1 74233/001 m2 2,36 80,06 88,04 82,83 78,42 79,39 101,26 89,62 89,37 87,50 92,55 92,29 92,36 6.5.2 73746/001 m2 9,30 80,06 88,04 82,83 78,42 79,39 101,26 89,62 89,37 87,50 92,55 92,29 92,36 6.5.3 73954/002 m2 8,31 7,15 11,23 9,36 7,68 8,11 7,44 8,16 8,18 7,92 7,82 7,56 7,92 6.5.5 73750/001 m2 5,18 109,30 110,78 101,95 104,06 105,27 128,14 135,32 130,90 135,19 134,14 137,86 137,00 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,15 4,53 3,60 2,40 2,62 2,28 2,64 2,68 2,52 2,66 2,45 2,52 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 5,04 5,04 4,20 4,20 5,67 4,20 4,20 4,20 5,67 5,67 4,20 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,38 9,60 9,93 9,38 9,38 9,93 9,60 9,93 9,71 9,60 9,71 10,26

7 -

7.2 73946/001 m2 23,50 35,25 44,36 39,13 35,41 35,72 43,82 43,28 44,40 43,90 43,89 43,65 44,51 7.5 73985/001 m 6,47 46,64 50,59 45,76 45,14 45,95 53,86 57,12 55,50 56,87 56,40 57,56 57,54 8 -

8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 218: método para avaliação de projetos de habitação social

217

Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24

8.2 - 8.2.1 -

8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63

8.3 -

8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 23,00 24,00 25,00 26,00 27,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.9 un. 54,64 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80

8.4

8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 219: método para avaliação de projetos de habitação social

218

Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24

8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

9

9.1 9537 m² 0,97 35,25 44,36 39,13 35,41 35,72 43,82 43,28 44,40 43,90 43,89 43,65 44,51 9.2 un 6,00 14,00 15,00 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 23,00 24,00 25,00 9.3 73859/002 m2 0,47 146,32 135,29 141,83 146,33 145,85 136,88 136,42 135,40 135,88 135,45 135,65 134,90 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 220: método para avaliação de projetos de habitação social

219

Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36)

Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36 1 sem código vb variável 2

2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 2.1.2 73617 14,17 5,40 5,38 5,46 5,01 5,46 4,50 4,71 4,83 4,70 4,97 5,19 5,08 2.2 -

2.2.1 11770/1 m² 57,42 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 2.2.2 74019/1 m3 19,19 8,45 8,41 7,80 8,28 8,98 6,98 7,09 6,98 6,93 7,94 8,12 8,22 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

3 -

3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,17 0,17 0,17 0,13 0,15 0,13 0,16 0,15 0,14 0,25 0,14 0,21 3.2 68049 m2 59,57 8,99 8,96 9,10 8,35 9,09 7,49 7,86 8,05 7,83 8,28 8,66 8,46 3.6 73942/001 kg 6,36 4

4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 133,80 131,69 136,83 125,58 138,14 108,93 116,81 117,92 115,55 122,54 127,61 125,27 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,17 0,18 0,18 0,17 0,17 0,18 0,17 0,17 0,17 0,17 4.1.3 72131 m2 37,24 8,99 8,96 9,10 8,35 9,09 7,49 7,86 8,05 7,83 8,28 8,66 8,46

4.2

4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 2,97 2,97 2,97 2,97 2,97 2,64 2,97 1,32 2,64 1,32 1,32 1,32 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37

Page 221: método para avaliação de projetos de habitação social

220

Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36

4.2.2 - 4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - - - - - - - - - 1,00 - 3,00

73910/1 207,38 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 2,00 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00 - 4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 - 1,00 -

4.3

4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 74070/3 36,66 3,00 3,00 3,00 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00 3,00

4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 4,92 4,92 4,92 4,92 4,92 4,59 4,92 3,27 4,59 3,27 3,27 3,27

5 -

5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 5.1.2 73938/002 m² 32,18 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 5.1.3 6058 ml 10,95 7,72 8,27 7,71 6,76 6,86 8,06 6,96 7,38 7,13 7,88 7,97 7,96

5.2

5.2.1 74106/001 m² 4,58 40,46 40,33 40,96 37,57 40,91 33,72 35,36 36,22 35,25 37,27 38,95 38,08 6 -

6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 147,12 154,25 154,01 141,72 157,73 115,80 136,19 126,52 126,63 140,21 131,60 143,37 6.1.2 74201/001 m² 11,20 147,12 154,25 154,01 141,72 157,73 115,80 136,19 126,52 126,63 140,21 131,60 143,37

6.2

6.2.1 74161/001 m² 2,56 76,36 76,09 74,74 72,04 76,90 68,69 69,07 68,36 68,09 71,87 74,57 75,06 6.2.2 74201/001 m² 11,20 76,36 76,09 74,74 72,04 76,90 68,69 69,07 68,36 68,09 71,87 74,57 75,06

Page 222: método para avaliação de projetos de habitação social

221

Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36

6.3 6.3.1 73912/001 m² 25,13 11,04 11,04 11,04 9,54 9,99 9,39 10,68 10,44 10,14 13,44 9,84 12,84

6.4

6.4.1 41602 m² 20,00 38,36 36,15 36,78 36,49 37,77 33,39 31,17 32,73 32,63 34,86 40,18 38,69

6.5 6.5.1 74233/001 m2 2,36 88,76 86,79 88,69 84,92 92,29 76,45 79,80 77,64 77,89 82,60 85,33 86,09 6.5.2 73746/001 m2 9,30 88,76 86,79 88,69 84,92 92,29 76,45 79,80 77,64 77,89 82,60 85,33 86,09 6.5.3 73954/002 m2 8,31 8,40 8,40 8,40 7,20 7,56 7,08 8,11 7,92 7,68 10,32 7,44 9,84 6.5.5 73750/001 m2 5,18 127,68 134,81 134,57 124,98 140,18 99,33 117,40 108,16 108,81 116,45 114,32 120,69 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,81 2,81 2,81 2,16 2,45 2,10 2,62 2,52 2,40 4,20 2,40 3,56 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 4,20 4,20 5,67 5,67 4,20 4,20 5,67 4,20 4,62 4,20 5,04 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,93 9,93 9,93 9,93 9,93 9,60 9,93 9,38 9,60 9,38 9,38 8,28

7 -

7.2 73946/001 m2 23,50 44,47 44,20 44,99 44,34 48,36 35,48 35,80 35,25 35,02 40,84 42,58 43,26 7.5 73985/001 m 6,47 54,49 57,13 57,04 52,49 58,42 42,89 50,44 46,86 46,90 51,93 48,74 53,10 8 -

8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Page 223: método para avaliação de projetos de habitação social

222

Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36

8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

8.2 -

8.2.1 - 8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63

8.3 -

8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 28,00 29,00 30,00 31,00 32,00 33,00 34,00 35,00 36,00 37,00 38,00 39,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.9 un. 54,64 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80

8.4

8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 224: método para avaliação de projetos de habitação social

223

Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36

8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

9

9.1 9537 m² 0,97 44,47 44,20 44,99 44,34 48,36 35,48 35,80 35,25 35,02 40,84 42,58 43,26 9.2 un 6,00 26,00 27,00 28,00 29,00 30,00 31,00 32,00 33,00 34,00 35,00 36,00 37,00 9.3 73859/002 m2 0,47 135,00 135,33 140,00 136,31 130,94 146,32 145,50 146,27 146,67 138,90 137,52 136,80 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Page 225: método para avaliação de projetos de habitação social

224

APÊNDICE D - TOPOLOGIAS

Page 226: método para avaliação de projetos de habitação social

225

Gra

fos

Just

ifica

dos

e M

apas

Co

nvex

os

das

pla

nta

s d

as

unid

ades

hab

itaci

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000-

200

8).

Fig

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50 -

Top

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as p

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1 a

6

Page 227: método para avaliação de projetos de habitação social

226

Fig

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51 -

Top

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7 a

11

Page 228: método para avaliação de projetos de habitação social

227

Fig

ura

52

- T

op

olo

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lan

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12

a 1

7

Page 229: método para avaliação de projetos de habitação social

228

Fig

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53

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18

a 2

3

Page 230: método para avaliação de projetos de habitação social

229

Fig

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54

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9

Page 231: método para avaliação de projetos de habitação social

230

Fig

ura

55

- T

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gia

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lan

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28

a 3

6

Page 232: método para avaliação de projetos de habitação social

231

Esquemas de características topológicas das plantas das unidades habitacionais do PAR, Cuiabá e Várzea Grande (2000-2008).

Figura 56 - Esquema das características topológicas das Plantas de cinco cômodos.

Figura 57 - Esquema das características topológicas das Plantas de seis cômodos.

Page 233: método para avaliação de projetos de habitação social

232

Figura 58 - Esquema das características topológicas das Plantas de sete cômodos.

Page 234: método para avaliação de projetos de habitação social

233

APÊNDICE E - RESULTADO DA VALIDAÇÃO POR PROFISSIONA IS

Page 235: método para avaliação de projetos de habitação social

234

Pesquisa entre os Técnicos (Engenheiros e Arquitetos) sobre as ponderações dos quesitos de qualidade do método em elaboração.

Quadro de conceito e pontuação

Conceito Muito importante Importante Pouco importante

Pontuação 1 ponto 2 pontos 3 pontos Quadro 13 - Critério de pontuação do questionário de validação.

Tabela 58 - Resultado da validação do questionário 1, realizada com 24 profissionais.

1. NBR 15.575

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

1.1 Sala de estar

Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para TV

(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve ser de

2,40.

1 7 16 3

1.2 Sala de

estar/jantar Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de

0,75 a partir da borda da mesa. 4 8 12 3

1.3 Cozinha

Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7), pia (1,2 x 0,5 m), armário),

circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.

2 3 19 3

1.4 Dormitório

casal

Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5

m)), circulação mínima de 0,50 m. 0 4 19 3

1.5

Dormitório duplo

(para duas pessoa)

Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as

demais circulações de 0,50 m.

1 12 11 2

1.6 Banheiro

Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de

1,1 m exceto no box.

1 6 17 3

1.7 Área de serviço

Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)

3 6 15 3

Page 236: método para avaliação de projetos de habitação social

235

Tabela 59 - Resultado da validação do questionário 2, realizada com 24 profissionais

2. Programa de espaços

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

2.1 Espaço de tratamento de roupa 5 10 9 2 2.2 Espaços de arrumação 10 9 5 1 2.3 Espaços exteriores privados 7 11 6 2 2.4 Depósito 16 5 3 1 2.5 Estacionamento 4 8 12 3

Tabela 60 - Resultado da validação do questionário 3, realizada com 24 profissionais

3. Programa de equipamentos

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

3.1 Extensão da bancada de cozinha (área de trabalho, pia e fogão) metros 2 9 12 3 3.2 Índice de dimensão de roupeiros fixos (metros/habitante) 5 13 5 2

Tabela 61 - Resultado da validação do questionário 4, realizada com 24 profissionais

4 Extensão de paredes mobiliáveis

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

4.1 Dimensão total de paredes mobiliáveis de quartos 1 11 11 3 4.2 Dimensão total de paredes mobiliáveis de cozinha e serviços 2 7 14 3 4.3 Dimensão total de paredes mobiliáveis de salas 4 15 4 2

Tabela 62 - Resultado da validação do questionário 5, realizada com 24 profissionais

5. Área útil do cômodo

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a 5.1 Área útil de quartos 1 8 14 3 5.2 Área útil de cozinha e serviços 0 10 13 3 5.3 Área útil de salas (sala/copa) 1 10 12 3 5.4 Área útil de circulação (corredor, hall) 16 5 2 1

Tabela 63 - Resultado da validação do questionário 6, realizada com 24 profissionais

6. Dimensão útil

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

6.1 Dimensão útil de quarto casal 1 7 15 3 6.2 Dimensão útil de quarto duplo 1 10 12 3 6.3 Dimensão útil de cozinha 0 10 13 3 6.4 Dimensão útil de salas 1 12 10 2 6.5 Dimensão útil de circulação (corredor, hall) 15 4 4 1

Page 237: método para avaliação de projetos de habitação social

236

Tabela 64 - Resultado da validação do questionário 7, realizada com 24 profissionais

7. Funcionalidade

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

7.1 Dormitórios

Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabedeiras encostadas à parede, e

com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)

4 3 17 3

7.2 Cozinha

A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações

interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles. (Pedro, 2000)

2 8 14 3

7.3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma

dimensão mínima de 0,40 m. (Pedro, 2000) 8 7 9 3

7.4 Cozinha

Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam

realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR 15.575:1).

12 10 2 1

7.5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma

largura mínima de 0,20 m. (Pedro 2000) 14 6 4 1

7.6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito

com as áreas de uso de outros equipamentos (fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000).

1 5 18 3

7.7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a

outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 4 10 10 3

7.8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros espaços funcionais

(Pedro, 2000). 4 12 8 2

7.9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do

vento excessivo (Pedro, 2000). 7 14 3 2

7.10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto (Pedro, 2000;

Palermo, 2009). 7 14 3 2

7.11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 8 11 5 2

7.12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a

casa e armários fixos. 0 6 18 3

7.13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso

e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009).

1 7 16 3

7.14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de

0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 10 8 5 1

7.15 Sala de

estar/jantar

Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de circulação e

passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 13 9 2 1

7.16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão,

espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009)

10 8 4 1

7.17 Dormitório

casal

Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675 m)ou cômoda com espaço frontal 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).

6 7 11 3

7.18

Dormitório duplo

(para duas pessoas)

Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de 0,855 m. Faixa mínima

de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 2 12 10 2

7.19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x

1,0 m (Palermo, 2009). 0 8 15 3

Page 238: método para avaliação de projetos de habitação social

237

7. Funcionalidade

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

7.20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda

protegida do botijão de gás.(Palermo 2009) 4 11 9 2

7.21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário

mínimo) (Palermo, 2009) 7 14 3 2

7.22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário

mínimo) (Palermo, 2009) 9 10 5 2

7.23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário

mínimo) (Palermo, 2009) 12 9 3 1

7.24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 6 8 9 3

Tabela 65 - Resultado da validação do questionário 8, realizada com 24 profissionais

8. Avaliação geral

1 p

onto

2 p

onto

s

3 p

onto

s

Mod

a

8.1 Atendimento a NBR 15.575 0 5 19 3 8.2 Programa de espaços 4 10 10 3 8.3 Programa de equipamentos 1 15 8 2 8.4 Extensão de paredes mobiliáveis 4 10 10 3 8.5 Área útil 0 12 12 3 8.6 Dimensão útil 0 7 17 3 8.7 Funcionalidade 0 4 20 3

Page 239: método para avaliação de projetos de habitação social

238

Gráfico 27 - Respostas por formação profissional.

LEGENDA

AU – Arquiteto Urbanista

ENC – Engenheiro Civil

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 3.1 3.2 4.1 4.2 4.3 5.1 5.2 5.3 5.4 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 7.9 7.10 7.11 7.12 7.13 7.14 7.15 7.16 7.17 7.18 7.19 7.20 7.21 7.22 7.23 7.24 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7

RESPOSTAS POR FORMAÇÃO

AU (8) ENC (16)

Page 240: método para avaliação de projetos de habitação social

239

APÊNDICE F - PLANTAS PADRONIZADAS

Page 241: método para avaliação de projetos de habitação social

240

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241

Page 243: método para avaliação de projetos de habitação social

242

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244

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245

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246

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247

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248

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249

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250

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251

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252

Page 254: método para avaliação de projetos de habitação social

253

APÊNDICE G - PAREDES MOBILIÁVEIS

Page 255: método para avaliação de projetos de habitação social

254

Tabela 66 - Paredes Mobiliáveis (plantas 1 a 12)

Questão P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)

19,70

19,90

18,20

18,04

17,44

18,47

16,27

17,51

17,92

19,15

18,20

17,58

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 5,80 5,98 6,78 6,84

10,65

10,78 9,28 8,35 8,35 7,85 8,72 7,65

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,

metade do comprimento de janelas) (metros) 8,05 7,68 8,55 8,81 7,96 8,38 9,89 8,91 9,07 7,60 7,90 9,06

Tabela 67 - Paredes Mobiliáveis (plantas 13 a 24)

Questão P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)

18,78

19,60

18,78

19,08

18,40

18,00

19,30

20,10

19,10

19,00

19,20

18,56

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 5,22 8,98 4,70 5,42 5,83 8,80 7,90 6,72 7,51 9,78 8,45 9,91

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,

metade do comprimento de janelas) (metros) 8,15 6,42 6,27 7,00 7,47 9,03 7,70 7,60 8,98 8,07 8,13 8,62

Page 256: método para avaliação de projetos de habitação social

255

Tabela 68 - Paredes Mobiliáveis (plantas 25 a 36)

Questão P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)

19,44

19,22

19,60

18,40

19,20

18,80

18,47

17,44

18,64

18,64

20,36

20,50

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de

portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 8,11 8,09 9,08 8,05

10,17 3,36 5,43 6,84 6,62 7,84 6,10 2,96

Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,

metade do comprimento de janelas) (metros) 9,93 8,82 7,67 9,47 9,63 6,34 6,86 8,02 6,77 7,80 7,22 7,24

Page 257: método para avaliação de projetos de habitação social

256

ANEXO A - ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PMCMV

Page 258: método para avaliação de projetos de habitação social

257

Casa térrea Apartamento

Projeto

Projeto paradigma - Casa com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas pessoas /

cozinha / área de serviço (externa) / circulação / banheiro.

Apartamento com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas pessoas / cozinha / área de serviço /

banheiro. Quadro 14 - Projetos

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

DIMENSÕES DOS CÔMODOS - Observar as dimensões da NBR 15.575

Casa térrea Apartamento

Mobiliário mínimo

dormitório casal

1 cama (1,40 x 1,95 m); 1 criado-mudo (0,50 x 0,50); 1 guarda-roupa (1,50 x 0,55) e circulação

de 0,50 m.

1 cama (1,40 m x 1,95 m); 1 criado-mudo (0,50 m x 0,50 m); 1 guarda-

roupa (1,50 m x 0,55 m) e circulação de 0,50 m.

Mobiliário mínimo

dormitório duas pessoas

2 camas (0,80 x 1,95);1 criado (0,50 x 0,50); 1 guarda-roupa (1,50 x 0,55) e circulação de 0,80 m

entre as camas e restante com 0,50 m.

2 camas (0,80 m x 1,95 m);1 criado (0,50 m x 0,50 m); 1 guarda-roupa

(1,50 m x 0,55 m) e circulação de 0,80 m entre as camas e restante com 0,50

m.

Mobiliário mínimo cozinha

Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Quantidade mínima: pia, fogão (0,60 x 0,60 m) e geladeira

(0,70 x 0,70 m). Previsão para armário sob a pia e gabinete.

Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Quantidade mínima: pia, fogão (0,60

m x 0,60 m) e geladeira (0,70 m x 0,70 m). Previsão para armário sob a pia e

gabinete.

Sala de estar/refeições

Largura mínima sala de estar/refeições: 2,40 m. Quantidade mínima de móveis: sofás com número de assentos igual ao número de leitos, mesa para 4

pessoas e Estante/Armário TV.

Largura mínima sala de estar/refeições: 2,40 m. Quantidade

mínima de móveis: sofás com número de assentos igual ao número de leitos, mesa para 4 pessoas e Estante/Armário

TV.

Área de Serviço Quantidade mínima: 1 tanque (0,60 x 0,55 m) e 1

máquina (0,60 x 0,65 m). Quantidade mínima: 1 tanque (0,60 x 0,55 m) e 1 máquina (0,60 x 0,65 m).

Quadro 15 - Dimensões dos cômodos

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

Page 259: método para avaliação de projetos de habitação social

258

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Casa térrea Apartamento

Área útil (área interna, sem

contar áreas de paredes)

32 m² (não computada área de serviço). 37 m²

Pé direito mínimo

Observar a orientação municipal vigente ou adotar as dimensões mínimas previstas na Norma de

Desempenho quando o município não regulamentar o assunto.

Observar a orientação municipal vigente ou adotar as dimensões mínimas previstas na Norma de

Desempenho quando o município não regulamentar o assunto.

Forro Forro de madeira ou PVC. Laje regularizada com massa única

ou gesso, textura ou concreto

Cobertura Cobertura em telha cerâmica sobre estrutura de

madeira ou metálica ou outra solução com desempenho equivalente.

Cobertura em telha cerâmica ou fibrocimento (espessura mínima de 6 mm) sobre estrutura de madeira ou

metálica.

Revestimento Interno

Massa única ou gesso (exceto banheiros, cozinhas ou áreas de serviço) ou concreto regularizado para

pintura.

Massa única ou gesso (exceto banheiros, cozinhas ou áreas de

serviço) ou concreto regularizado para pintura.

Revestimento Externo

Massa única ou concreto regularizado para pintura. Massa única ou concreto regularizado

para pintura.

Revestimento Áreas Molhadas

Azulejo no box com altura mínima de 1,50 m. Barrado impermeável sobre a pia e o tanque.

Azulejo no box com altura mínima de 1,50 m. Barrado impermeável sobre a

pia e o tanque. Revestimento áreas comuns

Massa única ou gesso ou concreto regularizado para pintura.

Massa única ou gesso ou concreto regularizado para pintura.

Esquadrias e Ferragens

Portas internas, completas, em madeira. Aceitável porta metálica adequada à agressividade do meio

no acesso à casa.

Portas internas, completas, em madeira. Aceitável porta metálica no

acesso ao apartamento.

Portas banheiro Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas

para portadores de necessidades especiais

Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas para portadores

de necessidades especiais

Portas quartos Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas

para portadores de necessidades especiais

Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas para portadores

de necessidades especiais Portas externas 0,80 x 2,10 m 0,80 x 2,10 m

Janelas De alumínio para regiões litorâneas(ou meios

agressivos) e de aço para demais regiões.

De alumínio para regiões litorâneas(ou meios agressivos) e de

aço para demais regiões.

Pisos Cerâmica esmaltada em banheiro e cozinha, com rodapé. Cimentado preparado para aplicação de

cerâmica nas demais áreas.

Cerâmica esmaltada em banheiro e cozinha / área de serviço, com

rodapé. Cimentado nas demais áreas internas. Nas áreas comuns (hall) e

escadas, piso cimentado. Ampliação da UH Os projetos deverão prever a ampliação das casas.

Quadro 16 - Características gerais do projeto

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

Page 260: método para avaliação de projetos de habitação social

259

PINTURAS

Casa térrea Apartamento

Paredes internas Tinta PVA Tinta PVA Paredes áreas

molhadas Tinta acrílica Tinta acrílica

Paredes externas Tinta acrílica ou textura impermeável Tinta acrílica ou textura impermeável Tetos Tinta PVA Tinta PVA

Esquadrias Em esquadrias de aço, esmalte (2 demãos) sobre

fundo preparador (1 demão). Em esquadrias de aço, esmalte (2 demãos) sobre zarcão (1 demão).

Quadro 17 - Especificação de pintura

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

LOUÇAS E METAIS

Casa térrea Apartamento

Lavatório Louça sem coluna e torneira metálica cromada. Louça branca sem coluna e torneira

metálica cromada.

Vaso Sanitário Louça com Caixa de descarga acoplada. Louça branca com Caixa de descarga

acoplada.

Tanque Capacidade mínima de 18 litros, de concreto pré-

moldado, granilite ou mármore sintético com torneira metálica cromada.

Capacidade mínima de 18 litros, de concreto pré-moldado, granilite ou

mármore sintético com torneira metálica cromada.

Pia cozinha Bancada de 1,20 x 0,55 m com cuba de granilite ou

mármore sintético, torneira metálica cromada.

Bancada de 1,20 x 0,55 m com cuba de granilite ou mármore sintético,

torneira metálica cromada. Quadro 18 - Especificações sobre louças e metais

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS / TELEFÔNICAS

Casa térrea Apartamento

Número de pontos de

tomadas elétricas

2 na sala, 4 na cozinha, 1 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1 tomada no banheiro e mais 1

tomada para chuveiro elétrico (mesmo em caso de aquecimento solar).

2 na sala, 4 na cozinha, 2 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1

tomada no banheiro e mais 1 tomada para chuveiro elétrico (mesmo em

caso de aquecimento solar).

Número de pontos diversos

1 ponto de telefone, 1 ponto de antena e 1 ponto de interfone (em condomínios).

1 ponto de telefone, 1 de campainha, 1 ponto de antena e 1 ponto de

interfone.

Número de circuitos

Prever circuitos independentes para chuveiro (dimensionado para a potência usual do mercado

local), tomadas e iluminação.

Prever circuitos independentes para chuveiro (dimensionado para a

potência usual do mercado local), tomadas e iluminação.

Interfone Instalar sistema de interfone (em condomínios) Instalar sistema de interfone Quadro 19 - Solicitações sobre instalações elétricas e telefônicas

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

Page 261: método para avaliação de projetos de habitação social

260

DIVERSOS

Casa térrea Apartamento

Reservatório

Caixa d´água de 500 litros ou de maior capacidade quando exigido pela

concessionária local. Para reservatório elevado de água potável, em condomínio, prever instalação de no mínimo 2 bombas

de recalque com manobra simultânea.

Para reservatório elevado de água potável, em condomínio, prever instalação de no mínimo 2 bombas de recalque com manobra simultânea.

Vagas Vaga de garagem conforme definido na

legislação municipal Vaga de garagem conforme definido na

legislação municipal

Cercamento do condomínio

Alambrado com baldrame e altura mínima de 1,80 m no entorno do

condomínio.

Alambrado com baldrame e altura mínima de 1,80 m no entorno do condomínio.

Proteção da alvenaria externa

Piso em concreto de 0,50 m de largura ao redor da edificação.

Piso em concreto de 0,50 m de largura ao redor da edificação.

Calçadas Quando previstas, as calçadas deverão apresentar largura mínima de 0,80 m.

Quando previstas, as calçadas deverão apresentar largura mínima de 0,80 m.

Máquina Lavar Prever solução para máquina de lavar roupas (ponto elétrico, hidráulica e de

esgoto).

Prever solução para máquina de lavar roupas (ponto elétrico, hidráulica e de esgoto).

Equipamento de lazer / uso

comunitário

Para empreendimentos com 60 unidade habitacionais ou mais, prever 1% da soma dos custos de Infraestrutura e Edificações

para construção de equipamentos de lazer/uso comum. Priorização: centro

comunitário, quadra de esportes, praça / playground.

Para empreendimentos com 60 unidade habitacionais ou mais, prever 1% da soma dos

custos de Infraestrutura e Edificações para construção de equipamentos de lazer/uso comum. Priorização: centro comunitário, quadra de esportes, praça / playground.

Distâncias mínimas entre

blocos

Edificações até 3 pavimentos, maior ou igual a 4,50 m. Edificações de 4 a 5 pavimentos, maior

ou igual a 5,00 m. Edificações acima de 5 pavimentos, maior ou igual a 6,00 m,

Quadro 20 - Solicitações complementares ao projeto (cont.)

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

TECNOLOGIAS INOVADORAS

Casa térrea Apartamento

Aceitáveis as tecnologias inovadoras testadas e aprovadas conforme a Norma de Desempenho – NBR

15.575 e homologadas pela CAIXA.

Aceitáveis as tecnologias inovadoras testadas e aprovadas conforme a Norma de Desempenho –

NBR 15.575 e homologadas pela CAIXA.

Quadro 21 - Tecnologias inovadores no sistema construtivo

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

SUSTENTABILIDADE

Casa térrea Apartamento

Aquecimento solar nas unidades (item financiável nas regiões S, SE, CO e regiões frias do NE). Sistema

aprovado pelo INMETRO e Qualisol

Aquecimento solar nas unidades (item financiável nas regiões S, SE, CO e regiões frias do NE). Sistema

aprovado pelo INMETRO e Qualisol

Medição individualizada de água e gás (ou sistema de botijão individualizado).

Medição individualizada de água e gás.

Quadro 22 - Sustentabilidade da unidade habitacional.

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

Page 262: método para avaliação de projetos de habitação social

261

INFRAESTRUTURA (Casa Térrea e Apartamentos)

Pavimentação com guias, sarjetas e sistema de drenagem

Sistema de abastecimento de água

Solução para esgotamento sanitário

Energia elétrica e iluminação pública

Quadro 23 - Solicitações sobre a infraestrutura

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

ACESSIBILIDADE (Casa Térrea e Apartamentos)

Casa Térrea e Apartamentos

Seguir a legislação municipal e estadual sobre o tema.

Os espaços públicos devem ser acessíveis

Quadro 24 - Solicitações sobre acessibilidade

Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).

Page 263: método para avaliação de projetos de habitação social

262

ANEXO B – PLANTAS COHAB/MT

Page 264: método para avaliação de projetos de habitação social

263

Fonte: Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso, 1980a.

Fonte: Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso, 1980b.