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1 MEMORIAIS DESCRITIVOS TÉCNICOS DESCRITIVO TÉCNICO DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS E PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA ÁGUAS LINDA DE GOIÁS

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MEMORIAIS DESCRITIVOS TÉCNICOS DESCRITIVO TÉCNICO DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS E PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

ÁGUAS LINDA DE GOIÁS

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MEMORIAIS DESCRITIVOS TÉCNICOS

1. INTRODUÇÃO

Este memorial descritivo refere-se à 3ª Etapa das obras referentes ao Contrato de Repasse nº

0350.952-18/2010 da Região Santa Lúcia, que tem por objeto a execução de serviços de infraestrutura urbana. Os serviços ora propostos compreendem a execução de galerias, drenos

profundos e pavimentação asfáltica.

2. REPROGRAMAÇÃO

O Contrato de Repasse nº 0350.952-18/2010, a priori, previa sistema de esgotamento sanitário,

asfalto e sistema de drenagem para a poligonal da Região Santa Lúcia. Os serviços foram previstos para serem executados em 2 etapas. A 1ª etapa contempla a região à esquerda da

Avenida Águas Lindas e a 2ª etapa, à direita, conforme planta geral.

A 1ª etapa foi licitada e a empreiteira já executou todos os serviços de drenagem e grande

parte da pavimentação asfáltica, portanto, ainda falta executar parte dos serviços de esgoto e

pavimentação. Referente ao serviço executado, a empresa contratada pela execução já está

ciente quanto às glosas e se compromete a executar a recuperação asfáltica acrescida de uma

capa selante em toda a extensão das ruas onde houver a necessidade de corte do asfalto, sem

ônus para o município.

No decorrer do processo de execução, alguns percalços inesperados implicaram na

necessidade de alterações na proposta inicial e devida reprogramação do recurso.

Com o período chuvoso, observaram-se algumas divergências de dados que comprometeram o sistema de drenagem executado e, mediante estudos, identificou-se a necessidade de um

reforço de dreno e recuperação do asfalto existente, com previsão de drenagens mais

profundas e acréscimos de galerias para captação. Essas obras resolverão, inclusive, os

problemas de drenagem existentes na Avenida Águas Lindas. A Avenida Águas Lindas é uma

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avenida de aproximadamente 7 km de pista dupla que se funde com a rodovia que liga este

município a Santo Antônio do Descoberto. Um dimensionamento aquém das necessidades do

referido local, executado em gestões anteriores, comprometem a drenagem pluvial da região,

que atualmente dispõe apenas de canaletas abertas.

Esse mau dimensionamento gera grandes transtornos em períodos chuvosos. Portanto,

considerando os problemas atualmente enfrentados pelas populações locais e vizinhas e por

se tratar de uma avenida que interliga várias regiões que foram contempladas com outros

recursos federais (Região Camargo, Quedas do Descoberto e Camping Club), optou-se por

propor uma solução para essa área.

Na região localizada à direita da Avenida Águas Lindas, alguns entraves dificultaram a execução dos serviços de esgoto. A execução de uma Estação Elevatória na região é

tecnicamente complexa e onerosa, a topografia do terreno não favorece a execução das redes

de esgoto e a desapropriação da área, a priori, é uma grande limitação. Além disso, os

problemas com drenagem tem sido mais relevantes atualmente na região, já que em períodos

chuvosos, há que se evidenciar os problemas de erosão e acúmulo de água em algumas áreas

e residências, comprometendo, assim o bem-estar da população local. Várias ruas foram pavimentadas, nesta região, para viabilizar o acesso à linha de ônibus.

Associado a isso, em reunião, o consórcio CAESB/SANEAGO já se comprometeu a estudar a

possibilidade de executar este serviço na região. Vale ressaltar que após execução das redes

de esgoto todas as ruas poderão receber a pavimentação asfáltica, pois os serviços de galeria

de águas pluviais já foram executados.

A 3ª Etapa do Contrato de Repasse nº 0350.952-18/2010 prevê a complementação do sistema de drenagem da Região Santa Lúcia, a partir da execução de galeria referente ao Trecho 09

que garante uma maior funcionalidade ao sistema de drenagem da região Santa Lúcia,

inclusive da Avenida Águas Lindas; e execução de drenos profundos que, devido à falta de

recursos financeiros não foram executados anteriormente no Contrato de Repasse nº

0310.521-66/PAC-FNIS-09.

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As Ruas Eucalipto, Carvociro, Pau Brasil, Embuia, Sibipiruna e parte da Rua Jatobá receberão

os drenos profundos e a empreiteira e a prefeitura serão responsáveis pela recuperação

asfáltica.

As Ruas A, B, C, D, N e outras, cujos serviços de pavimentação asfáltica não foram executados

na 1ª etapa do Contrato de Repasse nº 350.952-18/2010, receberão os drenos e os serviços de

pavimentação.

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Galeria de Águas Pluviais

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3. GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS

3.1 BOCAS-DE-LOBO

As bocas-de-lobo serão construídas nas calçadas contíguas às sarjetas, próximas aos

cruzamentos e no meio dos quarteirões e em pontos baixos estratégicos com relação à coleta

de água pluvial, locais definidos e mostrados em projetos.

Sua colocação será a montante dos poços de visita. Junto à boca-de-lobo, será feito um rebaixamento, com declividade de 5% na sarjeta, para facilitar o escoamento de água para seu

interior, conforme detalhe de projeto.

Será construída em alvenaria de tijolo maciço assentados em argamassa de cimento e areia,

conforme especificações para os poços de visita.

Obs.: detalhes típicos das bocas de lobo estão anexas aos projetos básicos.

3.2 DRENOS PROFUNDOS

Os drenos profundos serão executados em tubo de concreto poroso para dreno DN 200 mm e

300 mm. O tubo poroso de concreto será assentado em uma camada de 20 cm de Brita nº 02.

Portanto, a 1ª camada do dreno profundo será composta por 1,00 m de Brita nº 02, envolto por

uma manta Bidim nº 40-10 Kn/m. Sobre essa camada, haverá 0,50 m de areia artificial ou

pedrisco e uma terceira camada de altura variável de reaterro, correspondente à diferença da

altura de escavação demonstrada na nota de serviço e a espessura das camadas acima definidas, conforme prancha PROJETO BÁSICO – REPROGRAMAÇÃO – LIGAÇÃO DRENO-PV - DETALHES.

3.3 DIMENSIONAMENTO

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3.3.1 ESCOAMENTO DA CHUVA NO TERRENO

Conforme o terreno e o projeto de urbanização, podem-se classificar a impermeabilização das áreas drenadas atribuindo às mesmas um coeficiente de impermeabilização r, equivalente ao

coeficiente C.

Assim, temos para o coeficiente de impermeabilização ou impermeabilidade:

- Zona de loteamentos e de complexos industriais com pavimentação: r = 0,80.

- Zona de loteamentos com edifícios e casas com terrenos e fábricas com grandes áreas

de terra ou gramadas: r = 0,60.

3.3.2 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DISTRIBUIÇÃO DAS CHUVAS (COLUNA 09)

Se a área acumulada for inferior a 10 ha, adota-se n = 1.

Para áreas maiores, n é igual ao inverso da área expressa em ha, elevado ao expoente 0,15,

isto é,

15,0 An 3.3.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (COLUNA 10)

Tempo de concentração – tc – é o tempo que decorre desde o início da chuva, até que toda a

bacia passe a contribuir para uma seção de uma determinada galeria. Para área urbanizada ou urbanizável, pode-se usar a tabela abaixo para considerar o tempo de concentração inicial.

Natureza da área

Declividade da sarjeta

Menor que 3% Maior igual que 3%

1 Áreas densamente construídas 10 min 7 min 2 Áreas residenciais 12 min 10 min 3 Parques, Jardins e Campos 15 min 12 min

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Para os trechos a jusante do início de cada rede o valor é de 07 min adotado, coluna 10, o

tempo de concentração para os trechos seguintes será dado pelo trecho de montante, coluna 10, mais o tempo de percurso desse trecho, coluna 26.

3.3.4 INTENSIDADE MÉDIA DAS CHUVAS PARA A FREQÜÊNCIA DE 5 ANOS (COLUNA 11)

Considerando um tempo de recorrência de T=5 anos, como é usual fazer, e utilizando a curva

intensidade-duração-frequência de Carlos (1999), equação de chuva para Cocalzinho, por se tratar da cidade mais próxima com equação.

6274,0

89748,0

14710,0

)509,19(

.2487,37 09,022,0

tc

Ti

T

Onde, como vimos, tc = duração da chuva, coluna 10, considerada como igual ao tempo de

concentração, igual ao de cada trecho, i = intensidade média (mm/min), coluna 11.

3.3.5 ESCOLHA DO COEFICIENTE DE RUNOFF OU DE “ESCOAMENTO SUPERFICIAL”, TAMBÉM CHAMADO “COEFICIENTE DE DEFLÚVIO” (COLUNA 12)

Essa grandeza, que representaremos pela letra f, depende da natureza e características da

bacia a drenar e pode ser encontrada através da fórmula abaixo.

Cálculo do coeficiente de deflúvio pelo critério de Fantoli.

O coeficiente de deflúvio, já mencionado, pode ser calculado pela fórmula de Fantoli:

3/13/1 *.043,0*. tcitcimf tc, - o tempo de concentração em minutos (Coluna 10); i – a intensidade pluviométrica média (mm/h) (Coluna 11);

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m – fator que depende dos coeficientes de impermeabilidade r, cujos valores podem ser

adotados como sendo;

r = 0,80, para áreas de zonas centrais das cidades, loteamentos e complexos industriais;

r = 0,60, para zonas residenciais, urbanas, ou loteamentos com grandes áreas de terra ou

grama;

r = 0,40, para zona suburbanas;

r = 0,25, para zona rural;

para: temos:

r = 0,80 m = 0,058

r = 0,60 m = 0,043 r = 0,40 m = 0,029

r = 0,25 m = 0,018

Foi adotado r = 0,60 e m = 0,70

Observação:

Pelas ocupações existentes e previstas pela planta de urbanismo será adotado coeficiente de

escoamento superficial igual a 0,70, pois é uma área intensamente urbanizada e sem áreas

verdes.

3.3.6 CÁLCULO DO DEFLÚVIO LOCAL Q (COLUNA 13)

O deflúvio, isto é, a água escoada, é calculado pela expressão:

nifAQ ****78,2

Onde:

2,78 é um fator numérico de conversão de unidades A – área da bacia em hectares, (Coluna 06); f – coeficiente de deflúvio (Coluna 12); i – intensidade média das chuvas (mm/h) (Cloluna 11); n – coeficiente de distribuição (Coluna 09).

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O deflúvio a escoar será dado pelo deflúvio local mais os trechos de montante.

3.3.7 DIÂMETRO E DECLIVIDADE

Depois de ter calculado a deflúvio a escorar, pode-se chegar ao diâmetro e a declividade

através da Planilha de Dimensionamento, que foi calculada com os seguintes parâmetros:

n

xIAmxRQ h2/13/2

Onde:

Am é a área molhada da seção;

Rh é o raio hidráulico;

I é a declividade do trecho;

n é o Coeficiente de Manning=0,015 para tubos de concreto;

Na tabela 1;

Área Molhada: Am = C.D2 = vQ

Fator de Condução: k = C2 n

D 3/8

= I

Q , o valor de C2 é obtido pela coluna 14, coluna 15 e

coluna 21, sendo n = 0,015. Interpola esse valor na Tabela 1 e encontra C1, que é fundamental

para o cálculo da velocidade, v, do trecho.

Para o escoamento adotou-se Y/D máx de 0,95.

3.3.8 PLANILHAS DE CÁLCULO

A seguir serão apresentadas as planilhas de dimensionamento em excel das galerias pluviais, elaboradas a partir dos cálculos mencionados neste memorial:

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Tabela 1

y/d a C1 C2 y/d a C1 C2 0,10 1,2870 0,0409 0,0065 0,51 3,1816 0,4027 0,1611 0,11 1,3523 0,0470 0,0079 0,52 3,2216 0,4127 0,1665 0,12 1,4150 0,0534 0,0095 0,53 3,2617 0,4227 0,1718 0,13 1,4755 0,0600 0,0113 0,54 3,3018 0,4327 0,1772 0,14 1,5340 0,0668 0,0131 0,55 3,3419 0,4426 0,1826 0,15 1,5908 0,0739 0,0152 0,56 3,3822 0,4526 0,1879 0,16 1,6461 0,0811 0,0173 0,57 3,4225 0,4625 0,1933 0,17 1,7000 0,0885 0,0196 0,58 3,4630 0,4724 0,1987 0,18 1,7526 0,0961 0,0220 0,59 3,5036 0,4822 0,2041 0,19 1,8041 0,1039 0,0246 0,60 3,5443 0,4920 0,2094 0,20 1,8546 0,1118 0,0273 0,61 3,5852 0,5018 0,2147 0,21 1,9041 0,1199 0,0301 0,62 3,6263 0,5115 0,2200 0,22 1,9528 0,1281 0,0331 0,63 3,6676 0,5212 0,2253 0,23 2,0007 0,1365 0,0362 0,64 3,7092 0,5308 0,2306 0,24 2,0479 0,1449 0,0394 0,65 3,7510 0,5404 0,2358 0,25 2,0944 0,1535 0,0427 0,66 3,7931 0,5499 0,2409 0,26 2,1403 0,1623 0,0461 0,67 3,8354 0,5594 0,2460 0,27 2,1856 0,1711 0,0497 0,68 3,8781 0,5687 0,2511 0,28 2,2304 0,1800 0,0534 0,69 3,9212 0,5780 0,2560 0,29 2,2747 0,1890 0,0572 0,70 3,9646 0,5872 0,2610 0,30 2,3186 0,1982 0,0610 0,71 4,0085 0,5964 0,2658 0,31 2,3620 0,2074 0,0650 0,72 4,0528 0,6054 0,2705 0,32 2,4051 0,2167 0,0691 0,73 4,0976 0,6143 0,2752 0,33 2,4478 0,2260 0,0733 0,74 4,1429 0,6231 0,2798 0,34 2,4901 0,2355 0,0776 0,75 4,1888 0,6319 0,2842 0,35 2,5322 0,2450 0,0820 0,76 4,2353 0,6405 0,2886 0,36 2,5740 0,2546 0,0864 0,77 4,2825 0,6489 0,2928 0,37 2,6155 0,2642 0,0910 0,78 4,3304 0,6573 0,2969 0,38 2,6569 0,2739 0,0956 0,79 4,3791 0,6655 0,3008 0,39 2,6980 0,2836 0,1003 0,80 4,4286 0,6736 0,3047 0,40 2,7389 0,2934 0,1050 0,81 4,4791 0,6815 0,3083 0,41 2,7796 0,3032 0,1099 0,82 4,5306 0,6893 0,3118 0,42 2,8202 0,3130 0,1148 0,83 4,5832 0,6969 0,3151 0,43 2,8607 0,3229 0,1197 0,84 4,6371 0,7043 0,3183 0,44 2,9010 0,3328 0,1248 0,85 4,6924 0,7115 0,3212 0,45 2,9413 0,3428 0,1298 0,86 4,7492 0,7186 0,3239 0,46 2,9814 0,3527 0,1349 0,87 4,8077 0,7254 0,3264 0,47 3,0215 0,3627 0,1401 0,88 4,8682 0,7320 0,3286 0,48 3,0616 0,3727 0,1453 0,89 4,9309 0,7384 0,3305 0,49 3,1016 0,3827 0,1506 0,90 4,9962 0,7445 0,3322 0,50 3,1416 0,3927 0,1558 0,91 5,0644 0,7504 0,3335

0,92 5,1362 0,7560 0,3345 0,93 5,2121 0,7612 0,3351 0,94 5,2933 0,7662 0,3353 0,95 5,3811 0,7707 0,3349 0,96 5,4778 0,7749 0,3339 0,97 5,5869 0,7785 0,3322 0,98 5,7156 0,7816 0,3294 0,99 5,8825 0,7841 0,3248 1,00 6,2832 0,7854 0,3117

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PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

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4. PAVIMENTAÇÃO URBANA COM TSD

Este memorial descritivo tem o objetivo de apresentar as especificações técnicas e o

dimensionamento da Pavimentação Asfáltica a serem instaladas na área de intervenção do

referido Projeto.

4.1 DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO

Pavimento - Sistema de camadas de espessuras finitas, assentes sobre um semi-espaço

infinito, que é o sub-leito.

Este projeto basear-se-á no Método de Dimensionamento de Pavimento Flexível do DNER/DNIT-1966/79, que tem como base o trabalho “Design of Flexible Pavements

Considering Mixed Loads and Traffic Volume”, da autoria de W. J. Turnbull, C. R. Foster e R.G.

Ahlvin, do Corpo de Engenheiros do Exército dos E.E.U.U. e conclusões obtidas na Pista Experimental da AASHTO, com as considerações pertinentes às finalidades do Programa

Asfalto Novo.

A seguir, serão apresentadas algumas considerações sobre o subleito, a fim de orientar o

projeto de pavimentação:

A espessura do pavimento a ser construído sobre o subleito será calculada de acordo com o

presente procedimento, em função do suporte (CBR ou Mini-CBR) representativo de suas

camadas, conforme demonstrado na Instrução de Projeto IP – 01 – Instrução Geotécnica.

REVESTIMENTO

BASESUB-BASEREFORÇODO SUBLEITO

PASSEIO PASSEIO

SUBLEITO

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Nos casos em que as sondagens indicarem a necessidade de substituição do subleito (solos

moles orgânicos ou turfosos), deverá ser considerado o valor do suporte do solo de

empréstimo.

Na determinação do suporte do subleito deverá ser empregado o Ensaio Normal de

Compactação de Solos (ME-7 da SIURB/PMSP) e a moldagem dos corpos de prova deverá

ser feita com a energia de compactação correspondente.

No caso de suporte CBR > 2% e de expansão ≥ 2%, deverá ser determinada em laboratório

a sobrecarga necessária para que o solo apresente expansão < 2%. O peso próprio do

pavimento projetado deverá transmitir para o subleito uma pressão igual ou maior à

determinada pelo ensaio. Portanto, a espessura da estrutura do pavimento deve ser tal que leve o pavimento a apresentar peso superior ao peso determinado no ensaio.

4.1.1 ESTUDO DO TRÁFEGO

Nesta primeira fase do trabalho composta pelos setores Águas Bonita I e Jardim América III, a

pavimentação asfáltica será executada conforme definido em planta que segue anexa. As vias

iluminadas em vermelho são as pistas consideradas como pista de via local e tráfego leve e as

vias iluminadas em azul escuro são as vias local e coletora consideradas de tráfego médio.

Para que se possa sistematizar um procedimento de dimensionamento de pavimento flexível e

utilizar o Método do DNER-DNIT/1966/79, considerar-se-á a incidência do menor número de

solicitações do eixo padrão de 8,2 t, devido ao tráfego, número N, que o ábaco de

dimensionamento permite.

Um dos fatores que influem no dimensionamento dos pavimentos flexíveis é o tráfego que

solicitará determinada via durante sua vida útil de serviço. Por este motivo é necessário determinar o número equivalente de operações de eixo padrão (N) baseado em estudos de

tráfego previsto para a via. O quadro a seguir resume os principais parâmetros de classificação

das vias obtidas da referida instrução.

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QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

FUNÇÃO PREDOMINANTE

TRÁFEGO PREVISTO

VIDA DE PROJETO

(ANOS)

VOLUME INICIAL DA FAIXA MAIS

CARREGADA N NCaracterístico

VEÍCULO LEVE

CAMINHÕES E ÔNIBUS

Via Local Leve 10 50 a 200 10 0,7x10

a 1,2x10

10

Via Local e Coletora Médio 10 401 a 1500 21 a 100

1,4x105 a

6,8x105 105

GRÁFICO 1 – ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL MÉTODO DNER-1966/79

pol0

5

10

15

20

25

30

35101 102 103 104 105 106 107

Espe

ssur

a do

Pav

imen

to

Numero de repeticoes do eixo de 18.000 lbs

2

3

4

5

678910152025 30 40

5

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4.1.2 CAPACIDADE DE SUPORTE DO SUB-LEITO (CBR)

Optou-se por adotar um valor mínimo de Índice de Suporte Califórnia – ISC/CBR do sub-leito,

de tal forma a obter as espessuras mais delgadas de pavimento, buscando economicidade. O

CBR mínimo do sub-leito adotado é de 8%.

4.1.3 DETERMINAÇÃO DO REVESTIMENTO DA SUB-BASE E DA BASE

Sejam as duas estruturas de pavimento:

Uma vez definidos os parâmetros: número N e CBR do sub-leito pode-se dimensionar o

pavimento com o auxílio do ábaco de dimensionamento e das inequações abaixo:

Cálculo da Base: R x Kr + B´ x KB´ H40 (1)

Cálculo da Sub-base: R x Kr + B´ x KB ́ + SB´ x KSB´ Hn (2)

Onde,

R = espessura do revestimento;

R

B'

SB'

MATERIAL A

MATERIAL B

SUBLEITOCBR A > CBR B

R

B'

CBR A >= 40 %SUBLEITO

BASE ( CAMADA MONOLÍTICA )

ESTRUTURA PRIMÁRIA CONVENCIONAL ESTRUTURA EQUIVALENTE

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Nota: Para dimensionamento de pavimentos flexíveis existem dimensões mínimas para o

revestimento betuminoso R (considerando K = 2,00) em função do número de operações,

conforme descrito no quadro a seguir:

QUADRO 2 – VALOR DE R EM FUNÇÃO DO NÚMERO N DE OPERAÇÕES Número de Operações (N) Revestimento Betuminoso (R)

10 ≤ N ≤ 104 Tratamentos superficiais betuminosos e outros tipos de revestimentos intermediários → R = 2,5 cm

104 ˂ N ≤ 106 Concreto betuminoso → R = 4 cm 106 ˂ N ≤ 5x106 Concreto betuminoso → R = 5 cm 5x106 ˂ N ≤ 107 Concreto betuminoso → R = 7,5 cm 107 ˂ N ≤ 5x 107 Concreto betuminoso → R = 10 cm

N > 5x 107 Concreto betuminoso → R = 12,5 cm

B´= espessura de base;

SB´= espessura de sub-base; Kr = coeficiente estrutural do revestimento;

Nota: Para as camadas de revestimento executadas com as instruções foram adotados os

coeficientes de equivalência estrutural apresentados no quadro a seguir:

QUADRO 3 – COEFICIENTES DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

CAMADA DO PAVIMENTO COEFICIENTE ESTRUTURAL (Kr)

Base ou Revestimento de Concreto Asfáltico 2,00 Base ou Revestimento de Concreto Magro/Compactado com Rolo 2,00 Base ou Revestimento de Pré-Misturado a Quente, de Graduação Densa/Binder 1,70

Base ou Revestimento de Pré-Misturado a Frio , de Graduação Densa 1,40 Base ou Revestimento Asfáltico por Penetração 1,20 Paralelepípedos 1,00 Base de Brita Graduada Simples, Macadame Hidráulico e Estabilizadas Granulometricamente 1,00

Sub-bases Granulares ou Estabilizadas com Aditivos ≤ 1,00 Reforço do Subleito ≤ 1,00 Base de Solo-Cimento ou BGTC, com resistência à compressão aos 7 dias, superior a 4,5 MPa 1,70

Base de BGTC, com resistência à compressão aos 7 dias, entre 2,8 e 4,5 MPa Base de Solo-Cimento, com resistência à compressão aos 7 dias, menor que 2,8 e maior ou igual a 2,1 MPa 1,20

Base de Solo melhorado com Cimento, com resistência à compressão aos 7 dias, menor que 2,1 MPa 1,00

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KB´ = coeficiente estrutural do material de base (solo granular);

KSB´ = coeficiente estrutural do material de sub-base (solo granular); Nota: Para solo granular o KB´ = KSB´ = 1,00

H40 = espessura necessária acima da sub-base, admitindo seu material com CBR ≥ 40%;

Hn = espessura necessária acima do subleito com CBR = n, no caso do projeto n=8%.

Para dimensionamento de pavimento em TSD N = 10

CBR subleito = 8% CBR base e sub-base = 40%

Com os valores de N=10 e os CBR’s do subleito, da sub base e da base, encontramos as espessuras H40 e H8 (em polegada), no GRÁFICO 1 – ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL. H40 = 2” x 2,54 = 5 cm H8 = 6” x 2,54 = 15 cm Cálculo da Base: R x Kr + B´ x KB´ H40

2,5 x 1,2 + B´ x 1,00 5 B´ 2 cm Cálculo da Sub-base: R x Kr + B´ x KB ́ + SB´ x KSB´ H8

2,5 x 1,2 + 2 x 1,00 + SB´ x 1,00 15 SB´ 10 cm Base + Sub-base = 2 + 10 = 12 cm Conforme normativo, sub-base e base não podem ser menores que 10 cm, portanto, para

atender os padrões de segurança, será considerada uma camada de 12 cm no

dimensionamento.

4.1.4 RECOMENDAÇÕES

a) Os materiais do subleito devem apresentar, impreterivelmente, as seguintes características:

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CBRSL 8,0%

Expansão 2,0%

GC (Grau de Compactação) 98,0% do Proctor Normal

b) Os materiais de sub-base e base devem apresentar, necessariamente, as seguintes

características:

CBRB 40,0%

Expansão 0,5%

Limite de Liquidez 30,0%

Índice de Plasticidade 9,0%

GC (Grau de Compactação) 98,0% do Proctor Intermediário

c) O lençol d´água deve ser rebaixado de pelo menos 1,50 m de profundidade em relação à

superfície do pavimento.

d) O Tratamento Superficial Duplo com capa selante e Concreto Betuminoso Usinado a Quente

deve atender às Especificações Gerais de Obras Rodoviárias da AGETOP.

e) A drenagem superficial deverá considerar uma declividade longitudinal mínima de 0,5% e

1,0% de abaulamento mínimo na plataforma acabada.

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Seções Tipo quanto à Drenagem (Detalhe de Projeto)

PASSEIO 1% < i% < 3% PASSEIO

VARIAVEL

PASSEIO PASSEIO

EIXO

VARIÁVEL

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4.1.5 TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO (TSD)

Terraplenagem, regularização do sub-leito de 20cm, compactação de base de 14 cm e capa

asfáltica (TSD com capa selante). TERRAPLENAGEM

Os serviços preliminares de limpeza das vias que serão pavimentadas, uma vez definidas e

delimitadas pela implantação topográfica, promoverá a retirada da camada vegetal, de vegetações que estejam obstruindo os trabalhos, entulhos e todo o material orgânico

porventura existente no leito da via pública;

Os serviços de regularização dos perfis longitudinal e transversal das vias serão

executados seguindo o padrão do arruamento existente, ou seja, acompanhando

preferencialmente a declividade longitudinal e transversal naturais da via, preservando o mínimo de 0,5% (ideal=1,00 cm) no sentido longitudinal e de 3,0 % no sentido transversal;

evitando assim grandes movimentos de terra ou serviços complementares, cortes, aterros,

empréstimos, etc;

A área mínima, na qual as referidas operações serão executadas em sua plenitude, será

compreendida na largura da plataforma da via acrescida de 0,30 m para cada lado, pelo comprimento da mesma;

O controle das referidas operações será feito por apreciação visual da qualidade dos

serviços, e/ou a critério da fiscalização;

Os serviços de terraplenagem só serão iniciados, após a execução da drenagem profunda, galeria de águas pluviais e esgotamento sanitário das vias, quando recomendada

tecnicamente.

Todo material do rebaixamento deve ser aproveitado em possíveis aterros. Conforme

memorial de cálculo e previsão da planilha orçamentária na pavimentação asfáltica

considerou-se para o aterro momentâneo apenas 10% do material do rebaixamento. Em análise da memória de cálculo de quantitativos e das notas de serviço de terraplanagem o

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volume de aterro aproximado não atinge nem os 10% do material do rebaixamento

previsto.

PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

Regularização do sub-leito é a denominação tradicional para as operações (cortes e aterros

até 20 cm) necessárias à obtenção de um leito “conformado” para receber um pavimento.

Pode acontecer, numa regularização do sub-leito, caso o solo seja orgânico, ou expansivo,

ou de baixa capacidade de suporte, ou seja, solo de má qualidade, a necessidade de

substituição da camada de solo. Sendo necessária, o solo substituto deverá ser analisado,

não se admitindo ISC 8,0% e expansão superior a 2%;

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A execução da regularização do sub-leito envolve basicamente as seguintes operações:

escarificação e espalhamento dos materiais, homogeneização dos materiais secos,

umedecimento ou aeração e homogeneização da umidade, compactação e acabamento;

Os equipamentos a serem utilizados nestas operações são os seguintes: motoniveladora,

grade de disco, caminhões “pipa” e rolos compactadores;

Ao executar a regularização e compactação do sub-leito será tomado o cuidado de não

atingir as tubulações de água, esgoto, telefone e fossas, bem como os tipos de moradias para não causar danos às mesmas;

O controle geométrico da regularização deve ser o mesmo da terraplenagem, sendo a área

regularizada e compactada compreendendo a largura da via acrescida de 0,30 m para cada

lado pelo comprimento da mesma, observando as declividades longitudinal e transversal de

cada via;

O controle tecnológico da regularização do sub-leito deve atender os seguintes critérios:

Para cada “pano” de até 100m de comprimento fazer um ensaio padrão de compactação

com material retirado da pista, já homogeneizado. Aproximadamente no mesmo local realizar a determinação da densidade “in situ”, calculando-se, então o Grau de

Compactação-GC;

O serviço será considerado aprovado desde que apresente um GC 100% do Proctor

Normal e umidade “in situ” variando 2% da umidade ótima de laboratório.

BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE

O pavimento será executado basicamente com uma camada de 14 cm (Base), para o

revestimento for em TSD, composta de material granular devidamente analisado, não se

admitindo material com ISC 40% e expansão 0,5%;

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Os equipamentos a serem utilizados nas operações de estabilização da base são os

seguintes: motoniveladora, grade de disco, caminhões “pipa” e rolos compactadores;

A execução da estabilização da base envolve basicamente as seguintes operações:

espalhamento dos materiais, homogeneização dos materiais secos, umedecimento ou

aeração e homogeneização da umidade, compactação e acabamento;

Ao executar a estabilização granulométrica da base será tomado o cuidado de não atingir

as tubulações de água, esgoto, telefone e fossas, bem como os tipos de moradias para não causar danos às mesmas;

O controle geométrico da base deve ser o mesmo do sub-leito, sendo a área regularizada e

compactada compreendendo a largura da via acrescida de 0,30 m para cada lado pelo

comprimento da mesma, observando as declividades longitudinal e transversal de cada via;

A espessura da camada de base compactada será de 14 cm, verificando eixo e bordos;

O controle tecnológico da base deve atender aos seguintes critérios:

a) Para cada “pano” de até 100m de comprimento fazer um ensaio padrão de

compactação com material retirado da pista, já homogeneizado. Aproximadamente no mesmo local realizar a determinação da densidade “in situ”, calculando-se, então o

Grau de Compactação-GC;

b) O serviço será considerado aprovado desde que apresente um GC 98% do Proctor

Intermediário e umidade “in situ” variando 2% da umidade ótima de laboratório e

imediatamente após a liberação a sub base deverá receber um forro de

aproximadamente 5 cm de material da base e a base devera receber a imprimação.

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IMPRIMAÇÃO

Imprimação é a operação que consiste na impregnação com asfalto da parte superior de

uma camada de base de solo granular já compactada, através da penetração de asfalto

diluído aplicado em sua superfície, objetivando conferir:

a) Uma certa coesão na parte superior da camada de solo granular, possibilitando sua

aderência com o revestimento asfáltico;

b) Um certo grau de impermeabilidade que, aliado com a coesão propiciada, possibilita

a circulação dos veículos da obra ou mesmo do tráfego existente, sob as ações de

intempéries, sem causar danos à camada imprimada;

c) Garantir a necessária aderência da base granular com o revestimento tipo asfáltico,

tratamento ou mistura.

O ligante asfáltico indicado, de um modo geral, para a imprimação é o asfalto diluído do

tipo CM-30;

A taxa de asfalto diluído a ser utilizada é de 1,2 litros/m2, devendo ser determinada

experimentalmente no canteiro da obra a taxa ideal, observando durante 24 horas aquela

taxa que é absorvida pela camada sem deixar excesso na superfície;

Os equipamentos utilizados para a execução da imprimação são os seguintes: vassoura mecânica rotativa, podendo ser manual esta operação; caminhão espargidor, espargidor

manual, para distribuição homogênea do ligante;

A execução da imprimação deve atender os seguintes procedimentos:

a) Após a perfeita conformação geométrica da camada granular, procede-se a

varredura da superfície, de modo a eliminar o pó e o material solto existente;

b) Proceder ao banho com o asfalto diluído, na taxa e temperatura compatíveis com

seu tipo, de maneira mais uniforme possível;

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c) Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la fechada

para o trânsito;

d) A fim de evitar a superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações,

deve-se colocar faixas de papel transversalmente, na pista, de modo que o início e o

término da aplicação do material asfáltico situem-se sobre essas faixas, as quais serão,

a seguir retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser

imediatamente corrigida.

O controle tecnológico da taxa de ligante aplicada na camada de base deverá ser

verificada a cada “pano” de 100 m de comprimento, correspondente ao eixo longitudinal do caminhão.

4.1.6 REVESTIMENTO – TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO COM CAPA SELANTE 4.1.6.1 CONCEITOS BÁSICOS Tratamento Superficial Simples (TSS) é um revestimento asfáltico sobre uma base

imprimada constituindo essencialmente pela sobreposição de uma camada de agregado

uniformemente distribuído sobre um banho de ligante asfáltico espargido. O envolvimento

parcial do agregado pelo ligante betuminoso processa-se por penetração invertida,

originada pela ascenção do ligante sob a ação de enérgica compressão.

Tratamento Superficial Duplo (TSD) pode ser visto como um Tratamento Superficial

Simples – TSS de agregado D1/d1 coberto com outro Tratamento Superficial Simples –

TSS de agregado D2/d2, onde D1 e D2 são os diâmetros máximos e d1 e d2 são os

diâmetros mínimos das duas faixas granulométricas de agregados que o compõe.

Capa Selante é uma camada de agregado miúdo (areia natural ou areia artificial – pó-de-

pedra) uniformemente distribuído sobre um banho de ligante betuminoso diluído (50%

emulsão + água), objetivando a selagem da superfície revestida, constituindo-se numa

terceira camada do tratamento superficial.

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Nota: Para a execução do Tratamento Superficial, a base deve apresentar a necessária

resistência à penetração das partículas de agregado, e uma superfície asfáltica (imprimada

ou com pintura de ligação) sem falhas e bem limpa.

4.1.6.2 MATERIAIS

AGREGADO

Será constituído de pedra britada;

O agregado, somente de um tipo, deve possuir partículas limpas, duras, isentas de

cobertura e torrões de argila, qualidades essas avaliadas por inspeção visual;

O desgaste por abrasão Los Angeles (determinado pelo Método DNER-ME-35/64) deve ser

inferior a 40%. Quando não houver, na região, materiais com esta qualidade, admite-se o

emprego de agregados com até 50% de desgaste;

A forma deve ser tal que o índice de forma (DNER-ME-86/64) não deve ser inferior a 0,5;

A granulometria do agregado deve obedecer a inequação d 0,5D , onde D é a malha da

peneira que passa 100% do material e d é a da peneira que passa 0%, ou seja, retém todo material;

Para o estabelecimento da classe granulométrica do agregado das camadas de tratamento

superficial, além da inequação acima, deve-se ter:

D 1 ¼” (31,8 mm) e d 3/16” (4,8 mm);

Para a relação entre diâmetros de agregado das duas camadas tem-se usualmente a regra

d1 = D2, conhecida às vezes como composição de classes granulométricas contínuas, por

exemplo:

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QUADRO 4 – CLASSES GRANULOMÉTRICAS CONTÍNUAS

Classes Granulométricas Contínuas 1a Camada 2a Camada I 1” - ½” ( 25 - 12,5 mm) ½” - ¼” ( 12,5 - 6,3 mm) II ¾” - 3/8” ( 19 - 10 mm) 3/8” - 3/16” ( 10 - 4,8 mm) III 1 1/4” - 5/8” ( 31,8 - 16 mm) 5/8” - 5/16”( 16 - 8 mm)

Nota: As classes ou faixas granulométricas que devem ser adotadas para o tratamento

superficial duplo, são as indicadas acima.

Uma pequena porosidade é benéfica, pois favorece a adesividade passiva. Entretanto, caso se desconfie de uma alta porosidade (maior que 1,0% de absorção, calculada com os dados

do DNER-ME-81/64: a = 100(Ph – Ps)/Ps) e se essa for confirmada, deve-se impedir o uso

do agregado;

A adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante e deve ser determinada com o

ligante que se vai realmente usar. Deve-se determinar a adesividade com o CAP-7 (DNER-

ME-79/63; se ela for insatisfatória deve-se usar um “dope”, na proporção mínima de 0,5% e máxima de 1,0%, em relação ao peso do CAP, repetindo-se o ensaio até se encontrar um “dope”

que no intervalo de % acima apresente satisfatório;

LIGANTE BETUMINOSO

A emulsão asfáltica catiônica RR – 2C, a base de CAP – 50/60, é o ligante ideal para os

tratamentos superficiais, apresentando ótima adesividade ativa e passiva com qualquer tipo

de agregado, enquanto o CAP-7 (CAP-150/200) deve ser necessariamente “dopado”, com pelo menos 0,5% (mínimo para uma boa homogeneização) de um melhorador de

adesividade (“dope”) eficaz, para uso com agregados eletronegativos (granito, diorito,

gnaisse, arenito, quartzito, etc.) A RR-2C para se situar na faixa de 20 – 60 Saybolt-Furol

(viscosidade), receberá um ligeiro aquecimento, da ordem de 60°C. Só é conveniente à

abertura ao tráfego após cerca de 48 horas, quando toda a água evaporou e a RR-2C

atingir sua consistência definitiva.

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Portanto, os ligantes asfálticos indicados para Tratamentos Superficiais passam a ser, pois

apenas: RR-2C;

Os ligantes betuminosos devem atender às especificações do Instituto Brasileiro do

Petróleo – IBP, quanto à viscosidade, peneiramento, teor de resíduo, ponto de fulgor, etc.

DOSAGEM DO AGREGADO E DO LIGANTE ASFÁLTICO

A “teoria” da dosagem dos Tratamentos Superficiais foi estabelecida originalmente em

1934 pelo Engenheiro neozelandês HANSON, que estabeleceu os seguintes princípios:

1. O agregado a ser usado em cada camada deve ser do tipo “uma só dimensão”;

2. Após seu espalhamento na pista o agregado possui uma porcentagem de vazios de 50%;

3. Na compressão, os agregados orientam-se se apoiando em sua “maior dimensão”

ficando com a “menor dimensão” na posição vertical, reduzindo-se a porcentagem de

vazios para 20% (a espessura da camada após a compressão é igual à média das

“menores dimensões” das partículas do agregado);

4. Para fixar o agregado, os vazios finais (20%) devem ser preenchidos, de 50 a 70% com

o ligante asfáltico, devendo o agregado ficar acima do ligante de 2,8 a 4,8 mm (3,8 mm

em média) para se garantir uma superfície rugosa.

Com base na teoria de Hanson pode-se estabelecer fórmulas que, com pequenos

ajustamentos práticos, dão valores bem aproximados para as taxas de agregado e de ligante betuminoso, para as condições médias usuais. Essas taxas devem ser sempre testadas com

experiências em verdadeira grandeza.

Sendo assim, tem-se as seguintes fórmulas práticas para as taxas de agregado “a espalhar”

Tag, de CAP-7 (CAP-150/200) TCAP e de Emulsão Asfáltica RR-2C TEA , em litro/m²,

considerando-se um melhor aproveitamento da EA em relação ao CAP de 6% no TSS e de 10% no TSD:

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Tag = K.(D + d)/2 (1)

Onde:

Tag = taxa de agregado a espalhar em litro/m²

D e d = diâmetro superior e inferior, em mm, da faixa granulométrica

K = 0,90 se d 5/8” (16 mm)

K = 0,93 se 5/8” d 3/8” (10 mm)

K = 1,00 se d 3/8” (10 mm)

Portanto,

TCAP = Tag/12 ( 2 ) e TEA = 0,94. TCAP /0,67 - TSS ( 3 )

TEA = 0,90. TCAP /0,67 - TSD ( 4 )

A regra de ouro para dosagem de um TSD continua sendo: o “máximo de ligante compatível

com os diversos fatores” (tráfego, estado da superfície, forma do agregado e clima). A taxa

ideal é aquela que provoca uma exsudação incipiente (após os primeiros meses de tráfego),

pois o ligante asfáltico é o principal responsável pela vida do Tratamento.

No estágio atual de fabricação de asfaltos no Brasil, o ligante “por excelência” para os

Tratamentos Superficiais é, sem dúvida, a Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Rápida –

RR-2C (com 67% de CAP-50/60, em peso, ou volume, desde que a densidade do CAP é

praticamente igual à da água), apresentando-se o CAP-7 (CAP-150/200) como uma

alternativa.

É importante notar que há um melhor aproveitamento do CAP emulsificado, devido a sua

menor viscosidade, em relação ao CAP aquecido que resfria violentamente ao ser espargido

na pista. No TSS – Tratamento Superficial Simples esse melhor aproveitamento é da ordem

de 6%, sendo maior no TSD – Tratamento Superficial Duplo, da ordem de 10%, devido ao

“2° banho de emulsão” sobre a “1ª camada de agregado” ter um maior rendimento

que o correspondente “2° banho de CAP”.

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Assim , se TCAP é a taxa de CAP-7 (CAP-150/200), a TEA taxa de RR-2C (com 67% de CAP

residual) correspondente será de :

TEA = 0,94.(TCAP/0,67) para o TSS, e

TEA = 0,90. TCAP /0,67 para o TSD

Logo, as dosagens de agregado e de ligante para o Tratamento Superficial Duplo – TSD é

geralmente feita como sequência de dois TSS. Assim, pode-se usar como indicação para os

estudos experimentais os mesmos procedimentos referente ao TSS.

Por exemplo, seja a classe granulométrica I do TSD

QUADRO 5 – CLASSE GRANULOMÉTRICA I DO TSD Classe I Tag (l/m²) TCAP (l/m²)

1” - ½” (25 – 12,5) (1ªcamada) 12,96 1.08 ½” - ¼” (12,5 – 6,3) (2ª camada) 9,4 0,78

Onde o total de TCAP = 2,23 l/m²

Entretanto, quando se trabalha com Emulsão Asfáltica, para se tirar partido de sua maior

fluidez, aumenta-se a taxa dos 2° banho e diminui-se da mesma quantidade do 1° banho.

No Exemplo dado, tem-se:

1° banho + 2° banho = TCAP = 1,86 l/m² TEA = 0,90. TCAP/0,67 = 2,50 l/m²

Para saber qual a taxa de cada banho, toma-se geralmente o 1° banho de EA como

42% do total e o 2° banho de EA como 58%. Assim, tem-se no

Exemplo:

1° banho TEA = 0,42. (2,50 l/m²) = 1,05 l/m²

2° banho TEA = 0,58. (2,50 l/m²) = 1,45 l/m²

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32

Total = 2,50 l/m²

Dá-se a seguir, de acordo com a experiência brasileira, como uma orientação para os

estudos experimentais, as taxas de Agregado e RR-1C, em condições não extremas de

tráfego, clima forma do agregado e estado da superfície a tratar, para as 3 combinações das

classes granulométricas I, II e III:

QUADRO 6 – TAXAS ESTIMADAS DE AGREGADO E LIGANTE BETUMINOSO RR-2C)

Taxas Estimadas de Agregado e Ligante Betuminoso (CAP-7 e RR-2C) (litro/m²)

Classes Granulométricas Agregado CAP-7 RR-2C a Espalhar

I 1” - ½” (1ª camada) 16 - 18 1,4 - 1,6 1,2 - 1,4 ½” - ¼” (2ª camada) 8 - 10 0,7 - 0,9 1,7 - 1,9

II ¾” - 3/8” (1ª camada) 12 - 14 1,0 - 1,2 0,9 - 1,1

3/8” - 3/16” (2ª camada) 6 - 8 0,5 - 0,7 1,3 - 1,5

III 1 ¼” - 5/8” (1ª camada) 20 - 22 1,7 - 1,9 1,5 - 1,7 5/8” - 5/16” (2ª camada) 11 - 13 0,9 - 1,1 2,1 - 2,3

QUADRO 7 – TAXAS ESTIMADAS DE AGREGADO E LIGANTE BETUMINOSO (RR-1C) PARA CAPA SELANTE

Taxas Estimadas de Agregado e Ligante Betuminoso (RR-2C) (litro/m²) para a Capa Selante

Classe Granulométrica Agregado RR-2C diluída em 50%

de água a Espalhar

única 4,8 - 0,075 mm 4 - 6 0,9 - 1,1 EQUIPAMENTO

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Para a execução do TSD com capa selante são necessários os seguintes equipamentos:

trator de pneus, vassouras mecânicas e manuais, caminhões espargidores e espargidor de

operação manual, distribuidores de agregados, rolos compactadores lisos e de pneus;

Todo equipamento deverá estar em perfeitas condições de uso, sendo a quantidade

condicionada ao tamanho da obra.

EXECUÇÃO

A execução do Tratamento Superficial Duplo – TSD com capa selante envolve as seguintes operações:

1. Limpeza da superfície adjacente (imprimada ou com pintura de ligação);

2. 1º espargimento do ligante asfáltico (RR- 2C) (1º banho);

3. 1ª distribuição dos agregados (1ª camada);

4. Compressão da 1ª camada;

5. 2º espargimento do ligante asfáltico (RR – 2C) (2º banho);

6. Compressão da 2ª camada;

7. 3º espargimento do ligante asfáltico (RR- 2C) (da capa selante);

8. 3ª distribuição dos agregados (da capa selante);

9. Compressão da capa selante;

10. Eliminação dos rejeitos, e 11. Liberação ao tráfego.

Limpeza da superfície

A superfície da camada subjacente deve se apresentar completamente limpa, isenta de pó,

poeira ou outros elementos. A operação de limpeza pode-se processar por equipamentos

mecânicos (vassouras rotativas ou jatos de ar comprimido) ou, em circunstâncias especiais,

mesmo por varredura manual;

Espargimento do material asfáltico

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Procedida à limpeza, o espargimento do ligante asfáltico só deverá ser processado se as

condições atmosféricas forem propícias. Recomenda-se pois, não iniciar os trabalhos antes

do nascer do sol, sendo proibido a operação quando:

1. a temperatura ambiente for inferior a 12°C para os CAPs e a 9°C para as EA;

2. em dias de chuva ou sob superfícies molhadas; se o ligante for emulsão, admite-se

a execução desde que a camada subjacente não apresente encharcada.

Quando for trabalhar em temperaturas excessivamente elevadas, serão tomados os

cuidados de se verificar a tendência de os agregados, aquecidos pelo sol, aderirem aos pneus dos rolos e dos veículos;

A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve estar compreendida entre 80°C e 50°C;

no caso da RR-2C (emulsão);

Os materiais asfálticos serão aplicados de uma só vez em toda a largura a ser trabalhada e

o espargidor, ajustado e operado de modo a distribuir o material uniformemente, pois

depósitos excessivos de material asfáltico serão prontamente eliminados;

Distribuição de agregados

A distribuição de agregados seguirá de perto a operação de espargimento do ligante betuminoso. Admitindo um espaçamento da ordem de 50 m, devendo-se ter em conta as

seguintes regras práticas:

1. a uma mesma temperatura, quanto maior a viscosidade do ligante a empregar, tanto

menor deverá ser o espargimento;

2. a uma mesma viscosidade do ligante a empregar, quanto menor a temperatura

ambiente, tanto menor deverá ser o espaçamento.

A operação de espalhamento será realizada pelo equipamento especificado e, quando necessário, para garantir uma cobertura uniforme, complementada com processo manual

adequado. Excessos de agregado serão removidos antes da compressão.

Compressão dos agregados

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Os agregados, após espalhamento, serão comprimidos o mais rápido possível. Nos trechos

em tangente, a compressão deve-se iniciar pelos bordos e progredir para o eixo e, nas

curvas, deverá progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto;

O número de passadas do rolo compressor será de no mínimo 3, sendo que cada passagem

será recoberta, na vez subseqüente, em pelo menos a metade da largura do rolo; acredita-

se que a compressão total se processa ao cabo de um número máximo de 5 coberturas

(número de passadas no mesmo ponto);

A primeira camada deverá receber individualmente apenas uma fraca compressão,

procedimento este que faculta corrigir eventuais faltas e/ou excessos. A seguir, executa-se a

camada subseqüente, analogamente à primeira, procedendo-se, contudo a compressão nos

moldes exigidos;

É fundamental que a primeira rolagem se processe imediatamente após a distribuição dos

agregados, compondo a integração do comboio de execução (espargidor de ligante –

distribuidor de agregados – rolos de compressão) a ser disposto seqüencialmente e de

forma igualmente espaçada. As passadas subseqüentes poderão ser efetuadas com maior

intervalo de tempo

Liberação ao tráfego

Emulsão Asfáltica: o tráfego só deverá ser liberado após se assegurar o desenvolvimento

completo da adesividade passiva (resistência ao arrancamento), propriedade que nesta

alternativa requer tempos maiores; esta avaliação deve ser feita no começo da obra,

estabelecendo-se, para orientação inicial, um repouso da ordem de 48 horas, o qual poderá

ser alargado ou reduzido conforme as constatações.

Nota: A capa selante será executada conforme procedimentos das camadas do tratamento

superficial.

4.1.6.3 CONTROLE TECNOLÓGICO

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EMULSÃO ASFÁLTICA

Em todo carregamento de emulsão que chegar à obra serão realizados os seguintes

ensaios:

1. Viscosidade Saybolt-Furol (Método P-MB-581);

2. Peneiração (Método P-MB-609); 3. Teor de Resíduo (% de CAP residual) – Método Expedito.

Nota: Os resultados dos ensaios devem corresponder aos constantes quando do

carregamento da emulsão no fabricante, atendendo às especificações do IBP-Instituto

Brasileiro do Petróleo.

AGREGADOS

Antes do início da britagem, caso de ocorrência de material pétreo não explorada, deverão

ser confirmados os valores de absorção, de abrasão Los Angeles e, se for o caso, de

durabilidade, através de ensaios de 3 amostras estrategicamente coletadas, para posterior

utilização da brita;

Os agregados deverão enquadrar-se nas classes granulométricas especificadas

anteriormente, apresentando boa adesividade ao ligante betuminoso e desgaste abrasão até

50%. Deverão também estar desprovidos de pó, senão deverão ser obrigatoriamente

lavados quando da utilização;

Atendidas as condições anteriores, para cada 30 m³ de agregado estocado será retirada

aleatoriamente uma amostra para o ensaio de:

1. Granulometria para verificação da classe granulométrica;

Quando houver mudança de fonte de agregado, todas as características citadas

anteriormente deverão ser checadas.

O par agregado/ligante deverá atender à viscosidade satisfatória para a execução do TSD.

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TAXAS DO LIGANTE E DO AGREGADO

Para cada “pano” de 100 m de comprimento, as taxas deverão ser determinadas pelo

tradicional processo da bandeja, pesada antes e depois do espargimento de ligante, e do

espalhamento do agregado. Como a dosagem é sempre feita em base volumétrica deve-se

determinar a massa específica do material. Para o ligante (CAP ou Emulsão) pode-se

considerar d (massa específica) = 1,0 kg/litro, e para os agregados usar uma caixa de

madeira com dimensões internas aproximadamente de 0,30 x 0,30 x 0,20 m, tendo-se então:

d = (P2 - P1)/V, onde d é a densidade solta, P2 – massa do (agregado + caixa), com a caixa cheia de partículas arrumadas a mão, e rasada o melhor possível, P1 é a massa da

caixa vazia e V o volume da mesma calculado a base de régua. O valor d adotado é a média

aritmética de pelo menos 9 resultados para a classe granulométrica em questão.

Todos os materiais aplicados, deverão obedecer as normas e especificações de DNIT e AGETOP, principalmente no que se refere as taxas de aplicação de brita e emulsão

asfáltica.

A granulometria das camadas de agregado deverão obedecer as taxas granulométricas

especificadas em normas técnicas.

A emulsão asfáltica RR - 2C, deverá obedecer as especificações do DNIT, principalmente

quanto a viscosidade e teor do BETUME. .

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4.2 MEIO FIO

4.3.1 MEIO FIO

Os meios fios serão executados em concreto, moldadas in loco através de equipamento

apropriado nas dimensões definidas nos projetos, construídos com cimento, areia e pedra

britada, devendo ter resistência de ruptura simples aos 28 dias maior ou igual que 150 kg/cm2

(15 MPA’s).

Os meios-fios sem sarjeta serão assentados sobre a capa asfáltica. As cavas para

assentamento dos meios-fios serão fortemente apiloadas com soquete manual.

4.3.2 SARJETAS

As sarjetas serão executadas em concreto, moldadas in-loco e deverão apresentar uma

resistência a compressão simples de 150 kg/cm2 aos 28 dias.

O concreto deve ser plástico para que seja convenientemente lançado na forma e facilmente

adensado e desempenado.

As sarjetas deverão ter declividade de 3% do pavimento para o meio-fio. As formas terão um

alinhamento perfeito para que não haja ondulações.