Melhorias Nos Hospitais - PRONTO

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Melhorias nos Hospitais: Cuidado Humanizado Historicamente, o hospital era um local basicamente destinava ao abrigo de pobres e doentes que não tinham condições de tratamento domiciliar, e procuravam as instituições para receber o devido cuidado ou o último sacramento e morrer. O atendimento era frequentemente prestado por religiosas e leigas, que buscavam sua própria salvação (MARTIN, 2003). Segundo Martin (2003), até o século XVIII, os hospitais estiveram sob péssimas condições, devido à predominância de doenças infecto-contagiosa e pela falta de contingente qualificado para cuidar dos doentes. Os ricos eram tratados em suas próprias casas, enquanto que os de classe social mais humilde, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de experiência que resultaria em maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia. Florence é personagem marcante na elevação do significado da atividade de Enfermagem, pois é ela que durante cerca de cinco décadas, lutou pelo reconhecimento da profissão, resultando em um trabalho de elevado prestígio para a atividade de Enfermagem (MARTIN, 2003). Os profissionais de enfermagem acumulam grandes responsabilidades, desde a realização da supervisão da equipe de enfermagem de uma unidade, até a realização do processo administrativo. Nenhuma tecnologia pode substituir o trabalho

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Melhorias nos Hospitais Cuidados Humanizado

Melhorias nos Hospitais: Cuidado HumanizadoHistoricamente, o hospital era um local basicamente destinava ao abrigo de pobres e doentes que no tinham condies de tratamento domiciliar, e procuravam as instituies para receber o devido cuidado ou o ltimo sacramento e morrer. O atendimento era frequentemente prestado por religiosas e leigas, que buscavam sua prpria salvao (MARTIN, 2003).

Segundo Martin (2003), at o sculo XVIII, os hospitais estiveram sob pssimas condies, devido predominncia de doenas infecto-contagiosa e pela falta de contingente qualificado para cuidar dos doentes. Os ricos eram tratados em suas prprias casas, enquanto que os de classe social mais humilde, alm de no terem esta alternativa, tornavam-se objeto de experincia que resultaria em maior conhecimento sobre as doenas em benefcio da classe abastada.

neste cenrio que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale convidada pelo Ministro da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Crimia. Florence personagem marcante na elevao do significado da atividade de Enfermagem, pois ela que durante cerca de cinco dcadas, lutou pelo reconhecimento da profisso, resultando em um trabalho de elevado prestgio para a atividade de Enfermagem (MARTIN, 2003).

Os profissionais de enfermagem acumulam grandes responsabilidades, desde a realizao da superviso da equipe de enfermagem de uma unidade, at a realizao do processo administrativo. Nenhuma tecnologia pode substituir o trabalho do profissional, pois de responsabilidade da enfermagem o cuidado, que objetiva a ateno de enfermagem ao cuidar, e oferecer condies para que o paciente consiga enfrentar mudanas no seu cotidiano, alm de contribuir para uma transio saudvel, considerando-o como um ser integral com mltiplas necessidades e potencialidades.

Cuidado este que abrange muito mais que uma tcnica ou momento de ateno, de zelo, uma atitude de ocupao, preocupao, de responsabilizao e de envolvimento afetivo com o outro. Esta conscincia necessria para interagir com a pessoa hospitalizada, onde no se deve considerar apenas nmeros ou patologias a ser tratada, mas sim, um ser humano, que necessita de cuidado, e acolhimento, pois trata-se de uma relao humanizada, acolhedora, que os trabalhadores e os servios, como um todo, tm que estabelecer com os diferentes tipos de usurios que a eles procuram. (CAMPOS, 1994; SENNA, 2000).

Nas rotinas hospitalares, muitas vezes a enfermagem presta assistncia, mas no est realmente cuidando de seus usurios. O significado do cuidar alm de tudo, estar preocupado com o paciente, mais que um momento de ateno, Cuidar um verbo que se refere ao de assistir, ajudar ou facilitar ao outro indivduo, com necessidades evidentes ou que podem ser antecipadas, que levam a melhorar ou aperfeioar uma condio humana ou modo de vida. (CROSSETTI, 2000).

De acordo com Baggio (2006) o cuidado est vinculado ao cuidar tambm com ao de preveno. A preocupao da equipe de enfermagem necessita abranger no apenas o biolgico, mas a totalidade que permeia o cuidado holstico. Onde o profissional no pode limitar sua ateno apenas ao atendimento daquilo que visvel no corpo, mas ampliar a sua viso para o todo. (COSTENARO, LACERDA, 2001).Ainda Baggio (2006) apud Silva & Gimenes (2000), enfatiza que, preciso perceber o 'outro' como ele se apresenta, nos seus gestos e falas, na sua dor e limitao, pois, por trs de cada situao fsica de doena, h uma histria de vida que pode ser percebida em muitos detalhes. Seguramente, o corpo fsico revela muitas informaes saudveis e doentias armazenadas.

O cuidado imprescindvel em todas as situaes de enfermidades, incapacidade e no processo de morrer. No se limita apenas a uma tarefa a ser realizada e sim a um momento de se relacionar com o paciente, comeando com tarefas tcnicas, at seu conforto, mostrando a sua importncia para a recuperao e elevao da auto-estima.

Perceber que o cuidado, assim como a msica, tem vrios tons que fazem com que seja compreendido/ouvido/percebido de formas diferentes e torn-lo parte do cotidiano do fazer do enfermeiro poder ser o incio para uma mudana de postura e, uma melhor qualidade da assistncia. (ESPIRITO SANTO, 2000)

O enfermeiro no ambiente hospitalar tem a funo de informar e orientar o paciente e seus familiares a respeito de seu tratamento e procedimentos realizados, de uma maneira acolhedora, estabelecendo a relao de apoio e amor com o prximo. Os procedimentos realizados com os pacientes fazem parte das rotinas hospitalares no sentido de promover o restabelecimento fsico e emocional. Onde para a equipe de enfermagem, os procedimentos podem parecer simples, mas para os pacientes algumas vezes tornam-se ameaadores, sendo assim, antes de cada procedimento, por mais simples que parea, a equipe deve esclarecer de forma clara o que ser realizado.

O ambiente hospitalar possuidor de caractersticas muitas vezes, sombrias e tristes que deixam as pessoas vulnerveis, onde, os enfermos so submetidas a procedimentos, exames, manipulaes que desgastam a si prprios, familiares, amigos e, at mesmo a prpria equipe que presta os cuidados, evidenciando assim a hospitalizao como causa de medo, sofrimento e solido, e nesse momento que a equipe de enfermagem deve perceber essa situao e organizar alternativas para minimizar o sofrimento, contribuindo assim, para uma melhor adaptao ao tratamento.

O exerccio do cuidado pelo profissional de enfermagem fundamentado principalmente pelo cuidar do outro, toda ao da assistncia est voltada para o paciente, uma vez que, o cuidar do outro, causa para o cuidador sentimentos de prazer e satisfao atravs das trocas mtuas de conhecimentos e sentimentos, ao cuidar do outro o enfermeiro est tambm cuidando de si mesmo. Diante deste cuidado o enfermeiro deve manter uma relao emptica com os aspectos fsicos e, sobretudo o emocional do paciente, de modo a resguardar a dignidade de ser humano, isto que a dor manifestada pela clientela sensibiliza o profissional, que busca em suas aes o alvio, atravs de aes inseridas na prxis do cuidar.

Relao est desenvolvida a partir da capacidade de colocar-se no lugar do outro, seja em situaes gratificantes ou de frustrao, os seres humanos so nicos que possuem histrias de vida particular a si, por isso, nem sempre ser possvel perceber do mesmo modo. No entanto, a empatia pode ser compreendida de maneira semelhante, mais prximo, do que o outro possa perceber. (BAGGIO, 2006).Desta forma o cuidado de enfermagem sublinhado como imprescindvel na assistncia, desta forma, a aproximao entre o cuidador e o ser cuidado possui finalidades teraputicas que visam melhor recuperao e a re-insero social.

REFERNCIAS:SENNA, R. R. de et al. O ser cuidador na internao domiciliar em Betim/M.G. Revista Brasileira de Enfermagem. Braslia, v.53, n.4, p.545, 2000.

CAMPOS, G. W. S. Inventando a mudana na sade. So Paulo: Hucitec, 1994.

CROSSETTI, M. G. O. Aes de cuidar na enfermagem de natureza propedutica e teraputica e suas interfaces com os atos de outros profissionais. Revista Gacha de Enfermagem. Porto Alegre, v.21, n.44 67, jan. 2000.

BAGGIO, M. A..O significado de cuidado para profissionais da equipe de enfermagem. Revista Eletrnica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 09 16, 2006. Disponvel em http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/original_01.htm.

COSTENARO, R.G.S.; LACERDA, M.R. Quem cuida de quem cuida? Santa Maria: Unifra, 2001.

ESPIRITO SANTO, F. H. de et al. Revista Brasileira de Enfermagem. Braslia, v.53, n.1, 2000.

FACULDADE ANHANGUERA DE PELOTAS

GRADUAO EM ENFERMAGEM

HUMANIZAO NA ASSISTNCIAATIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADADPINE NEVES DA SILVA RA: 2143229690CRISTINE SOUZA RA: 1596839140LAURA ROCHA FRANA RA: 3242563827MELISSA ROCHA RA: 1091135729ROGRIO GONALVES RA: 5120262469PELOTAS, JUNHO DE 2015.