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    MATERIAL PEDAGGICO

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    Nesta exposio o espao abordado de diversas maneiras, tantoem sua forma mais literal, sua ocupao fsica, como de umaforma conceitual ou metafrica.

    Veremos desde o espao real a sua representao virtual, do espaontimo ao espao urbano, do universo psicolgico ao territrio social,da reconstruo ficcional ao documento do real, do cheio ao vazio,do slido ao etreo, da presena material ao jogo da imaginao.

    Partindo doSalto no Vazio, de Yves Klein, metfora do fazer artsticopor excelncia, deste jogar-se de corpo inteiro numa ao de risco,e tendo como axisa representao museolgica de um meteorito deMichel Zzimo, esta mostra, atravs de diferentes mdias, oferece ummergulho em tudo aquilo que pode gerar um trabalho artstico quese oferea ao espectador como espao de reflexo.

    FUNDAO VERA CHAVES BARCELLOS

    Um salto no vazio, 1960. Yves Klein Archives

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    UM SALTONA QUALIDADEDA EDUCAO

    COM ARTEMARIA MARGARITA SANTI DE KREMERArtista Plstica, professora, pesquisadora em Arte, e consultora para projetos culturais e pedaggicos

    O nosso desafio fazer com que todos os que passem pela Sala dos Pomares possam enxergar a suacidade, e a si prprios, o espao que ocupam ou querem ocupar, por vrios ngulos, passando a ter umolhar tanto crtico quanto contemplativo do lugar em que vivem ou em que desejam viver. A nossa funoprimordial fazer com que, a partir das obras expostas, possamos realizar um trabalho pedaggico

    instigante, oferecendo aos nossos estudantes uma nova perspectiva sobre o espao, para que se tornemsujeitos do olhar e do habitar consciente.

    Apresentamos seis lminas com obras presentes na exposio, palavras-chave e propostas de atividades como intuito de estimular os professores e alunos a outras leituras possveis.

    Desejamos aprofundar os processos de avaliao em Ar te/Educao dos grupos de estudantes e professoresparticipantes. Segundo o artigo Avaliao: da teoria prtica, de Doug Boughton (2010, p. 382) umaavaliao somatria usada para determinar o acesso de estudantes a mais longnquas oportunidadeseducacionais. J a avaliao diagnstico, auxilia os professores a decidir sobre atividades conduzidascomo parte da rotina diria de ensinar, com o propsito de auxiliar nas dificuldades e identificar aspotencialidades dos estudantes; e a avaliao formadora, que ajudar os estudantes a se autocriticareme a analisarem seu prprio desempenho.

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    GLOSSRIO

    CENOGRAFIA a arte e cincia de projetar e executar a instalao de cenrios para espetculos teatrais oucinematogrficos. Alguns autores confundem com um segmento da arquitetura. Entretanto, a arquitetura cnica ou arquiteturacenogrfica se ocupa mais especificamente da gerao dos cenrios arquitetnicos internos ou externos. A cenografia parteimportante do espetculo, pois conta a poca em que se passa a histria e conta o local em que se passa a histria; assim,pelo cenrio podemos identificar a personalidade dos personagens.

    DESIGNGRFICO uma forma de se comunicar visualmente um conceito, uma ideia, atravs de tcnicas formais. Podemosainda consider-lo como um meio de estruturar e dar forma comunicao impressa, em que, no geral, se trabalha orelacionamento entre imagem e texto. No sculo 21, a participao do designgrfico se expandiu para os meios digitais, sendoutilizado na criao desites, portais eletrnicos,softwarese diversas outras reas relacionadas ao designdigital.

    ESPAO ABANDONADO Lugar desabitado que fica merc do tempo.

    ESPAOS NTIMOS Lugares de carter ntimo, secreto. Ligados intimidade. Onde se vive na intimidade de algum, entrentimos; no recesso do seu lar.

    ESPAO PBLICO aquele que de uso comum e posse coletiva (pertence ao poder pblico).

    ESPAO VAZIO Lugar que nada contm. Assemelha-se com o termo vazio urbano que consiste em espaos no construdos eno qualificados como reas livres no interior do permetro urbano de uma cidade.

    FORMA Conjunto dos limites exteriores de um objeto ou de um corpo que lhe confere um feitio, uma configurao ou umadeterminada aparncia; figura, formato.

    INTERVENO URBANA o termo utilizado para designar os movimentos artsticos relacionados s intervenes visuaisrealizadas em espaos pblicos. Pode ser considerada uma vertente da arte urbana, ambiental ou pblica, direcionada ainterferir sobre uma dada situao para promover alguma transformao ou reao, no plano fsico, intelectual ou sensorial.Trabalhos de interveno podem ocorrer em reas externas ou no interior de edifcios.

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    LAR uma forma especial de se referir casa ou aos assuntos relacionados a ela, como a convivncia com a famlia e osvizinhos. Lar pode ter uma conotao sentimental ou carinhosa. Existe uma expresso popular que diz: lar, doce lar.

    MALHA URBANA rea ocupada por vias e construes. A mesma malha urbana pode englobar vrias cidades.

    MEMRIAS A memria (do latim memoria) a faculdade psquica atravs da qual se consegue reter e (re)lembrar o passado.A palavra tambm permite referir-se lembrana/recordao que se tem de algo que j tenha ocorrido, e exposio de fatos,dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.

    MENSAGEM POLTICA Mensagens de cunho poltico na arte so comuns h muito tempo, mas dependem de cada discurso ede cada posicionamento pessoal dos artistas. So mais recorrentes em momentos de crise socioeconmica.

    METAFSICA A palavra metafsica de origem grega e significa meta:depois de, alm de; e fsica/physis:natureza ou fsico;

    trata-se de um ramo da filosofia que se ocupa em estudar a essncia do mundo. Pode ser definida como o estudo do ser ou darealidade e se destina a buscar respostas para perguntas to complexas como essas: O que realidade? O que a vida? O que natural? O que sobrenatural? O que nos faz essencialmente humanos?

    METEORITO Meteoritos so fragmentos de corpos extraterrestres (asteroides, cometas, planetas) que sobrevivem entradada atmosfera terrestre, conseguindo atingir o solo. Existem, basicamente, trs tipos de meteoritos: rochosos ou ptreos comoseu prprio nome diz, so formados por materiais rochosos, como pedras; metlicos ou siderlitos formados basicamentepor ligas metlicas como ferro/nquel; e os meteoritos classificados como siderlitos (ou mistos), formados por umacomposio mista de rocha e metal.

    OBJETO Do latim:obiectum, significa atirado adiante.Assim, a etimologia da palavra conduz ao que posto diante.O correspondente alemoGegenstandapresenta a mesma significao o que est diante, em frente. Desta forma, aterminologia filosfica rigorosa percebe uma relao a algum, em face de quem o objetose encontra e no como uso

    comum, como simples sinnimo de coisa.

    OCUPAO Ao de ocupar por certo perodo de tempo um espao sem necessariamente ser seu proprietrio. Muitas vezes,os lugares no eram utilizados antes de serem ocupados. Em alguns casos, manifestantes ocupam espaos pblicos para pedirmudanas ao governo.

    PANORAMA Uma imagem, geralmente grande e horizontal, que nos mostra uma regio extensa, como uma cidade com seusprdios, vias e natureza. a representao em um plano, atravs de um desenho, da geografia de uma regio. Por extenso,pode ser utilizado tambm para se referir posio e forma dos relevos de uma regio.

    PERFORMANCE Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da msica. Nesse sentido, aperformanceliga-se ao happening(os dois termos aparecem em diversas ocasies como sinnimos), sendo que neste o espectador participada cena proposta pelo artista, enquanto naperformance, de modo geral, no h participao do pblico.

    PERSPECTIVA Modo de representao tridimensional; tcnica que ocasiona uma iluso tridimensional dos objetos sobre umasuperfcie plana. O produto desenvolvido a partir dessa tcnica. Tudo o que se consegue ver ao longe; aquilo que os olhosalcanam desde um certo lugar; panorama. Aquilo que se percebe externamente; aparncia. Modo como se concebe ou seanalisa uma situao especfica; ponto de vista.

    REPRESENTAO MUSEOLGICA Formato de apresentao de um objeto/obra em um espao expositivo museu. Emalguns museus de arte, comum a obra ficar protegida por limitaes quanto aproximao, por redomas para evitar otoque dos visitantes e comum tambm haver reas de circulao restritas. Em museus de cincias naturais comum arepresentao dos dioramas ( um modo de apresentao artstica, de maneira muito realista, de cenas da vida real paraexposio com finalidades de instruo ou entretenimento).

    TABELA PERIDICA a disposio sistemtica dos elementos, na forma de uma tabela, em funo de suas propriedades. muito til para prever as caractersticas e propriedades dos elementos qumicos. Permite, por exemplo, prever o comportamentode tomos e das molculas deles formadas, ou entender por que certos tomos so extremamente reativos enquanto outros sopraticamente inertes. Permite prever propriedades como eletronegatividade, raio inico e energia de ionizao.

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    LIVROSBOUGHTON, Doug.Avaliao: da teoria prtica.Traduo de Ana Helena Rizzi Cintra. In Arte/Educao contempornea:

    consonncias internacionais / Ana Mae Barbosa (org.) 3 ed. So Paulo: Cortez, 2010.

    SITES

    Anna Bella Geiger:http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa296/Anna-Bella-Geiger

    Angelo Venosa:http://www.angelovenosa.com/

    Claudio Goulart:http://www.artzone.nl/Daniel Santiago:http://www.daniel-santiago.com/

    Nelson Goto:http://www.gestual.com.br/arq/expo_nelson2.htm e http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.

    do?id=K4868355Y2

    Regina Vater:http://www.imediata.com/sambaqui/regina_vater/bioRV.html#bioport

    Michel Zzimo:http://www.michelzozimo.com/meteorito.html e http://www.pipa.org.br/pag/michel-zozimo/

    Regina Silveira:http://www.reginasilveira.com/

    Rochelle Costi: http://www.sp-arte.com/artistas/rochelle-costi/

    Mario Rhnelt:http://www.studioclio.com.br/docentes/18012/mario-roehnelt

    Clovis Dariano:http://www.ufrgs.br/acervoartes/artistas/d/dariano-clovis

    Pedro Escosteguy: http://taislc.blogspot.com.br/2009/06/pedro-escosteguy-obra-de-vanguarda.html

    Vera Chaves Barcellos:http://fvcb.com.br/?page_id=13

    OUTRAS REFERNCIAS

    http://www.infoescola.com

    http://www.itaucultural.org.br

    OUTROS MATERIAIS

    Material didtico do MAR Museu de Arte do Rio. Livro do Professor / Escola do olhar. Desenvolvido pelo Programa Educativo do

    MAR Museu de Arte do Rio. Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio, 2013.

    Material didtico do MAR Museu de Arte do Rio. Rio de Imagens Uma Paisagem em Construo. Livro do Aluno/ Escola do

    olhar. Desenvolvido pelo Programa Educativo do MAR Museu de Arte do Rio. Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio, 2013.

    Material didtico do MAR Museu de Arte do Rio. Rio de Imagens O Abrigo e o Terreno. Arte e Sociedade no Brasil I. Livro do Aluno/

    Escola do olhar. Desenvolvido pelo Programa Educativo do MAR Museu de Arte do Rio. Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio, 2013.

    REFERNCIAS

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    O ESPAO NTIMOPALAVRAS-CHAVEespaos ntimos memrias espaos abandonados ocupao

    PROPOSTA DE ATIVIDADEA partir da apreciao e leitura de imagem das obras de Rochelle Costi, Regina Vater e Vera ChavesBarcellos, proponha aos alunos fotografar /desenhar seu quarto, pensando na ideia O que seu quarto dizsobre voc?. Pea que eles tragam estas imagens impressas e troque entre eles, de forma que eles nosaibam quem o dono da fotografia. Faa um crculo com as classes. Com a foto de um quarto em mos,os alunos tero que descrever o que h na imagem, quais os detalhes e as caractersticas de um espaontimo que revelem pistas de quem o habita. Podero criar narrativas descritivas destes espaos. Para finalizarexponha as fotografias e as histrias para outras turmas da escola.

    ROCHELLE COSTI (Caxias do Sul/RS, 1961)Vive e trabalha em So Paulo desde 1988. Formou-se emComunicao Social pela PUC/RS, Porto Alegre, em 1981. Em Belo Horizonte, frequentou atelis de artena Escola Guignard e processos fotogrficos do sculo XIX na Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Em 1983, realizou a mostra individual Tentativa de Voo,no MARGS. Viveu em Londres, entre 1991e 1992, perodo em que estudou naSaint Martin School of Arte na Camera Work.Participou da 24 BienalInternacional de So Paulo,em 1998, e das 6 e 7 Bienais de Havana,em 1997 e 1999, entre outras

    mostras internacionais. Em 1997, recebeu o Prmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundao Nacional de ArteFunartee, trs anos depois, a Bolsa de Artes da Fundao Vitae.Com a exposio Disponha: FotografiaContempornea Brasileira na Coleo Inhotimexps na 32 Galleryde Londres em 2007. Em 2009, participouda Bienal de Cuenca no Equador. Em 2010, apresentou a exposio individual Desvios,no Espao InstitutoCervantes, So Paulo e a exposio Pele, pelo Projeto Parede, do MAM Museu de Arte Moderna de SoPaulo. Em 2012, exps na Galeria da Escola Guignard UEMG, Belo Horizonte, na ArcoMadridem Madri ena Casa da Imagem, So Paulo. Em 2013, expe na Luciana Brito Galeria, em So Paulo, alm do MAC USP,So Paulo e no Museu de Arte do Rio MAR, Rio de Janeiro. No mesmo ano tambm participou do FotoBienal

    MASP/PIRELLI,So Paulo.

    ROCHELLE COSTIQuartos So Paulo (10), 1998

    Fotografia C- print,Coleo da artista Cortesia Luciana Brito Galeria

    VER A CHAVES BARCELLOSDormitrio desativado de um internato,

    incio dos anos 70FotografiaColeo da artista

    REGINA VATERDa srie Camas around the world,

    1974/1975Fotografia, 21 imagensColeo da artista

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    O ESPAO PBLICO E URBANOPALAVRAS-CHAVEespaos pblicos interveno urbana malha urbana lar

    PROPOSTA DE ATIVIDADENas obras de Vera Chaves Barcellos, Newton Goto e Claudio Goulart, h o olhar dos artistas sobre o espaocoletivo e urbano, cada um sob um ponto de vista diferente. A partir da ideia das obras apresentadas,proponha aos alunos registrarem com desenhos, fotografias e/ou filmagens o que atrai o olhar delesem sua cidade, bairro ou entorno. Uma vez coletados estes materiais, proponha o debate acerca destesresultados, pensando o contexto em que foram produzidos e em que esto inseridos. Convide-os a pensaruma interveno urbana nas proximidades da escola, registrando o resultado desta ao. Ao final, faa umaexposio dos resultados para a comunidade, explicando todas as etapas do trabalho.

    VERA CHAVES BARCELLOS (PORTO ALEGRE/RS, 1938)Artista multimdia, desde os anos 70 vem utilizandoa fotografia e meios de reproduo da imagem. Dedicou-se gravura depois de estudos na Inglaterra eHolanda, e aprofundou seu conhecimento em tcnicas grficas e fotografia, com bolsa do British Council,no Croydon College em Londres. Em 1976, fez parte da representao do Brasil na Bienal de Veneza com otrabalho Testarte.Desde os anos 1970, tem atuado na animao cultural em Porto Alegre figurando entre osfundadores do Nervo ptico(1976-1978), do Espao N.O. (1979-1982) e tambm da galeria Obra Aberta

    (1999-2002). Em 2004, instituiu a Fundao dedicada arte contempornea que leva seu nome e a qualpreside desde ento. Realizou inmeras exposies individuais no Brasil e no exterior, tendo participado dequatro Bienais de So Paulo e exposies coletivas na Amrica Latina, Alemanha, Blgica, Coria, Frana,Holanda, Inglaterra, Japo, Estados Unidos e Austrlia. Em 2013, realizou na Fundao que leva o seu nomea exposio individual intitulada Inditos, ou quase... e em 2014, expe na Bolsa de Arte de So Paulo, nacoletiva Inveno do Horizonte.

    VER A CHAVES BARCELLOSMemrias de Barcelona,

    1977FotografiaColeo FVCB

    CLAUDIO GOULARTHome sweet Home, s/d

    Impresso a jato de tintaSrie de 3Coleo FVCB

    NEWTON GOTOCidade Vazia, 2011

    Instalao com trs mapas; cofrecontendo lbum fotogrfico e um ndiceColeo do artista

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    O ESPAO E SUA REPRESENTAOPALAVRAS-CHAVEdesigngrfico perspectiva cenografia espaos vazios

    PROPOSTA DE ATIVIDADEO artista Mario Rhnelt apropria-se dos cenrios das obras de Giotto, trazendo um novo ponto de vistasobre cada uma das cenas propostas. Angelo Venosa apresenta em sua obra um desenho virtual, no qualo mais importante a representao tridimensional. Por sua vez, Regina Silveira utiliza frequentemente aanamorfose, mtodo de deformao geomtrica que produz imagens enigmticas e estranhas, deformandoum modo de representao tridimensional. Pensando desde o desenho e a perspectiva, proponha aos seusalunos a construo de um espao cenogrfico inspirado em uma obra da histria da arte. Ao final, faauma exposio dos trabalhos.

    MRIO RHNELT (PELOTAS/RS, 1950) O artista vive e trabalha em Porto Alegre. Estudou arquitetura naUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, de 1970 a 1972. Iniciou sua vida profissional em1974 como designergrfico de capas de livros (Editora Movimento, Porto Alegre, RS). Em 1977, juntamente comos desenhistas Milton Kurtz, Julio Viega e Paulo Haeser formou o Grupo KVHR. O grupo esteve ativo de 1979 at1980 e realizou exposies de desenho na Galeria Eucatexpo (Porto Alegre, RS), no Hall da Prefeitura de Pelotas(Pelotas, RS) e na Galeria do Centro Comercial de Porto Alegre (Porto Alegre, RS). Tambm editou 13 folhetos

    impressos em offsetcom obras do grupo, distribudos em galerias de arte e atravs do circuito de arte-postal, napoca bastante ativo. Mrio Rhnelt participou ainda do Espao NO,espao cultural alternativo em Porto Alegre(RS) voltado a promoes e manifestaes culturais experimentais. L trabalhou com Vera Chaves Barcellos,Carlos Wladimirsky, Rogrio Nazari, Milton Kurtz, Ricardo Argemi, Heloisa Schneiders da Silva, entre outros. Apartir de 1983, comeou a expor individualmente. Foi premiado em diversos sales de arte, entre eles oSaloNacional, Funarte,Rio de Janeiro, em 1993 e 1995. Em 2010, trabalhou com o Grupo 3 X 4(Laura Froes, HelenaDvila, Carlos Krauz e Nelson Wilbert) no projeto 3 X 4 Vis(I)ta Mrio Rhnelte, a convite da Fundao VeraChaves Barcellos, desenvolveu a curadoria da mostra Pintura: da matria representao exposta na Sala dosPomares, Viamo, RS. Em 2014, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli dedicou-lhe uma amplamostra retrospectiva de cerca de 200 trabalhos cuja curadoria foi feita Jos Francisco Alves.

    MARIO RHNELTCenrio dO Encontro de Joaquim e Annana Ponte Dourada, srie Giot to, 2014

    Impresso digital sobre papel 100% algodoColeo do artista

    ANGELO VENOSACaixa Preta,2011Inciso sobre

    metacrilatoColeo FVCB*

    REGINA SILVEIRAIn Absentia Stretched,Desenho preparatrio 3,1994

    Colagem e desenho sobre papel milimetrado,Coleo FVCB

    OBRAS RELACIONADAS

    * Obra adquirida atravs da 5 Edio do Prmio de Artes Plsticas Marcantonio Vilaa, FUNARTE, 2012.

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    O REAL E O IMAGINADOPALAVRAS-CHAVEmeteorito representao museolgica tabela peridica (qumica)

    PROPOSTA DE ATIVIDADEQuando olhamos para Meteorito e Cadeira(2012) de Michel Zzimo, temos uma outra percepo sobrea ocupao do espao, relacionando os elementos da instalao. Proponha ao aluno a construo de doisobjetos diferentes: um objeto que exista na natureza e outro construdo que o represente, relacionando-os.Convide-os a criar uma histria sobre as possibilidades da origem dos mesmos. Faa a apresentao dosobjetos seguindo os padres de representao museolgica (ver glossrio).

    MICHEL ZZIMO (SANTA MARIA/RS, 1977) Formado em 2004, pela UFSM, vive em Porto Alegre, ondetrabalha como professor de Artes Visuais e desenvolve sua pesquisa sobre pedras, meteoritos e experimentoscientficos defasados. Desde 2008, realiza o projeto Fluxorama,que versa sobre as possibilidades poticasdas disciplinas cientficas, atravs da transposio de contedos didticos ou informativos de materiaisimpressos da segunda metade do sculo XX. Tem interesse pela fico cientfica projetada em um tempopassado, onde o deslocamento de espaos constitui matria potente. Em 2012, participou de residnciaartstica no Hangar Barcelona, recebendo o Prmio de Exposies do CCSP, Temporada de Projetos Paodas Artes, Rumos Ita Cultural 2011-2013,Exposio Futuro do Pretrito[Galeria Mendes Wood]. Em 2011, foi

    selecionado entre os 30 finalistas do Prmio Marcantonio Vilaa 2011-2012, participando da Third BiennalCodex International Book Fair & Symposium: Borders and Collaborations/ [Curadoria de Martha Hellion. TheCodex Foundation] San Francisco, Califrnia, EUA. Em 2010, publicou o livro Estratgias Expansivas da

    Arte: Publicaes de Artistas e seus Espaos Moventes,recebendo o Prmio Bolsa de Estmulo ProduoCrtica em Artes Visuais da Funarte.

    MICHEL ZZIMOMeteorito e Cadeira, 2012

    Objeto de resina, cadeira e placa de bronze sobre tablado de madeiracircunscrito por oito pistonetes de segurana e conjunto de quatro fotos.Coleo FVCB

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    ESPAO SURREAL E ESPAO FICCIONALPALAVRAS-CHAVEpanorama metafsica performance

    PROPOSTA DE ATIVIDADEQuando vemos o vdeo daperformancede Daniel Santiago, temos um senhor que caminha por uma belapaisagem praiana e que, em dado momento, entra na imensido do mar, desaparecendo. Esta obra fazreferncia, conforme sugere o ttulo, narrativa de O Velho e o Mar, livro de Ernest Hemingway, pormnos referenciando o local onde acontece aperformancede Santiago, neste caso, Recife. Na obra de ClovisDariano temos uma paisagem tambm praiana, porm vazia e com um objeto que, sem saber de suaorigem, de forma metafsica, flutua bem ao centro da imagem. Apresente aos seus alunos as obras destesartistas e proponha a criao de um vdeo daperformance, no qual aparea um objeto tridimensionalconstrudo por eles. Devem pensar na relao entre objeto|espao|performance.

    CLOVIS DARIANO (PORTO ALEGRE/RS, 1950) Iniciou sua carreira na dcada de 60. O artista estudoudesenho, pintura, gravura em metal e propaganda, mas foi em um encontro com o fotgrafo Mrio BittMonteiro, em um estdio de fotos 34 para documento de identidade, que Dariano se interessou pelafotografia. Desde o incio da sua trajetria, o artista utiliza a fotografia como meio para investigao eexperimentao, tanto do ponto de vista de quem produz a imagem, quanto daquele que a observa. Em

    1970, fundou seu prprio estdio fotogrfico e ainda na dcada de 70 participou do grupo Nervo ptico(1976/1978) ao lado de Carlos Pasquetti, Carlos Asp, Telmo Lanes, Mara Alvares e Vera Chaves Barcellos.A convivncia com outras linguagens permaneceu, mas a fotografia passou a ocupar o lugar central emsua produo artstica. Premiado diversas vezes, Dariano tem obras no Museu Francs da Fotografia, noMuseu de Artes da UFRGS, na coleo Joaquim Paiva, na Coleo Gerdau, na coleo FVCB, entre outros.Atualmente leciona no curso de Fotografia Digital Avanada da ESPM (POA) e na Universidade de Caxiasdo Sul (RS). membro da diretoria do Instituto de Fotografia e Artes Visuais de Canela e ministra oficinas epalestras sobre a fotografia e suas possibilidades artsticas em diversas universidades.

    CLOVIS DARIANODa srieObjetos Inexplicveis,2012

    Fotografia sobre papelenchanted matteColeo do artista

    DANIEL SANTIAGOO Velho Ernest Hemingway

    e o Mar Do Recife, 2012Frame vdeo-performance, loopCortesia Galeria Jaqueline Martins

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    ESPAO POLTICOPALAVRAS-CHAVEforma objeto mensagem poltica

    PROPOSTA DE ATIVIDADEComAR (Arma),1967, o artista e poeta gacho Pedro Escosteguy apresenta uma caixa contendo a palavraAR, tudo em acrlico transparente que se baseia em seu velho poema:ar do meu areu s precisorespirar.Na obra de Anna Bella Geiger temos uma imagem do mapa geral poltico com uma seta que indica oLocal da Ao n 8(1980), ao qual a artista faz referncia. Considerando que as obras acima citadas tmconotao poltica e que ambas utilizam de referncias ora visual (com um mapa poltico), ora narrativa(como o poema de Escosteguy), convide os seus alunos a pensarem aes que eles poderiam executar nacomunidade, visando um tema poltico, seja de melhorias, de conscientizao, e/ou de sensibilizao. Aps,promova um debate para avaliao destas aes.

    PEDRO ESCOSTEGUY (SANTANA DO LIVRAMENTO/RS, 1916 PORTO ALEGRE/RS, 1989) Pintor,escultor e poeta, alm de mdico, integrou o Grupo Quixote, importante movimento de renovao literria

    e agitao cultural na dcada de 1950 em Porto Alegre. Viveu no Rio de Janeiro entre 1960 e 1986, ondeestudou pintura com Antnio Dias e fez parte da exposio Nova Objetividade Brasileira, em 1967, MAM-RJ. Em 1964, participou doXIII Salo Nacional de Arte Moderna- MAM-RJ, apresentando pinturas cujottulo j mostrava sua inconformidade com o momento poltico que o pas atravessava:Jogo, Torturador ePintura Tctil. No ano seguinte, integrou a VIII Bienal de So Paulo.Dentro dos significativos movimentosde vanguarda de sua poca, Pedro Escosteguy trouxe uma valiosa contribuio terica e prtica para odesenvolvimento da vanguarda carioca que se articulou a partir da exposio Opinio 65,no MAM-RJ.Participou ainda da IX Bienal de So Paulo,em 1967, alm de outros eventos de igual importncia no eixoRio-So Paulo. Sobre ele, disse Hlio Oiticica: A primeira obra plstica propriamente dita com carterparticipante no sentido poltico foi a de Escosteguy em 1964. O artista colaborou com Parangol,de Oiticica.Recentemente a FVCB adquiriu trs obras suas: Perigo Radioativo,objeto mltiplo de acrlico, de 1966; Lunita,

    de 1968; eAR,escultura de acrlico de 1967.

    PEDRO ESCOSTEGUYAR (Arma), 1967

    AcrlicoColeo FVCB*

    ANNA BELLA GEIGERLocal da ao n8, 1980Fotogravura em metal,

    clich e serigrafiaColeo FVCB*

    OBRA RELACIONADA

    * Obra adquirida atravs da 5 Edio do Prmio de Artes Plsticas Marcantonio Vilaa, FUNARTE, 2012.

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    EXPOSIO UM SALTO NO ESPAO23 de Agosto a 29 de Novembro de 2014Organizao e Expografia:Vera Chaves BarcellosMontagem:Altemir SanhudoIdentidade Visual: Roka EstdioPrograma Educativo: Gabriela Rodrigues e Margarita Kremer

    MATERIAL EDUCATIVO UM SALTO NO ESPAOCoordenao do Projeto e Produo:Carolina BibergTextos:Gabriela Rodrigues e Margarita KremerComunicao:Andrei MouraAcervo: Thas Franco e Katherini CoelhoCentro de Documentao e Pesquisa:Fernanda Medeiros e Fernanda CamposReviso:Esther MambriniDesign: Roka EstdioImagens:Juliana Lima, Fernanda Campos, Thas Franco e Vera Chaves Barcellos

  • 7/25/2019 Material Educativo - Um salto no espao.pdf

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