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CHUVA CHOVEU MATERIAL DIGITAL DE APOIO AO PROFESSOR Categoria 4 (do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental) volume 2 Apresentação Subsídios pré e pós-leitura Sugestões de atividades Referências

Transcript of Material digital de apoio ao professor · Na opinião de giasson ... a leitura: 1. o leitor,...

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chuva choveu

Material digital de apoio ao professor

Categoria 4 (do 1º ao 3º ano do ensino fundamental)

volume 2

• apresentação

• Subsídios pré e pós-leitura

• Sugestões de atividades

• Referências

© 2018 - RhJ LIvRoS Ltda.

Material digital de apoio ao professor

(voluMe 2)

Editor

rafael Borges de andrade

CoordEnação pEdagógiCa

Maria Zoé rios fonseca de andrade

lílian de oliveira

Colaboradora

Maria da graça rios

ilustraçõEs

Mirella spinelli

Capa E projEto gráfiCo

Mário vinícius silva

diagramação

dilma dilex

rEvisão

lílian de oliveira

tânia pimentel

flávio Mota

este material de apoio ao professor foi concebido com base

na Chuva choveu, da autora Maria da graça rios,

com ilustrações de santiago régis.

todos os direitos reservados à:

rHJ livros ltda.

rua Helium, nº 119 – Nova floresta

Belo Horizonte/Mg – Cep: 31140-280

telefone: (31) 3334 1566

[email protected]

www.rhjlivros.com.br

facebook.com/editorarhj

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Sumário

apresentação 4

subsídios pré e pós-leitura 5

sugestões de atividades 10

pré-leitura 13

pós-leitura 21

referências 25

4

ApreSentAção

a editora rHJ, em consonância com sua linha editorial voltada para pro-

jetos de publicação de literatura infantil, infantojuvenil e obras de orientação

pedagógica, apresenta este material digital de apoio ao professor.

atendendo aos preceitos, indicações de competências e habilidades

a serem desenvolvidas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular

(BNCC), trazemos uma proposta reflexiva e direcionada para o trabalho com o

livro literário Chuva choveu, de Maria da graça rios e ilustrações de santiago

régis, no âmbito do pNld 2018 para estudantes do 1º ao 3º ano do ensino

fundamental, com os temas o mundo natural e social, família, amigos e es-

cola.

ao longo deste conteúdo, apresentamos uma discussão acerca dos fun-

damentos da BNCC e seus temas transversais, assim como algumas reflexões

de teóricos e pensadores que transitam pelos espaços da educação. as con-

siderações abordadas no decorrer deste material digital foram traçadas com a

intenção de provocar o pensamento crítico com base na leitura e no contato

com o livro literário, desvendando as muitas possibilidades que surgem do

trabalho com as áreas do conhecimento. Balizado pelas propostas da BNCC

e, sobretudo, entendendo a literatura como uma expressão artística capaz de

despertar sentimentos e sensações, este material oferece ainda sugestões de

atividades aos professores, considerando as diferentes realidades e as múlti-

plas características das regiões do país.

as orientações e sugestões de atividades apoiadas na leitura do livro

Chuva choveu não têm o propósito de explorá-lo de maneira superficial, mas

sim de sensibilizar o olhar do leitor para a pluralidade de ideias e conceitos

contidos no texto literário, contextualizando o fazer pedagógico com os sen-

tidos e com o encantamento que a literatura pode desencadear.

esperamos que este material possa contribuir com a formação cidadã

de leitores e tornar aprazíveis os momentos de interação entre os estudantes

e os professores da educação Básica em todo o Brasil.

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SubSídioS pré e póS-leiturA

Quem primeiro percebe são os poetas. isso se deve ao fato de que os seus

olhos são diferentes. por isso eles veem as coisas ao revés. poesia são as coisas vistas

ao contrário. Não é coisa de pensamento, é coisa da visão. Quando as pessoas, ao

ouvir um poema, dizem que não entenderam e pedem explicações, é porque elas

puseram o poema no lugar errado, no lugar onde moram os pensamentos. Mas

um poema não é para ser pensado na cabeça. É para ser visto com os olhos.

rubem alves. deus menino.1

ler vem do verbo latino legere, que significa “colher”. No entanto, muito

mais do que colher informação de conteúdos transmitidos por meio de um

texto, um leitor deve tanto alcançar o sentido e a compreensão da mensa-

gem quanto atribuir novos sentidos a ele. por isso, em sala de aula, o papel do

professor é estimular não apenas que o aluno leia, mas também – e sobretu-

do – que ele seja capaz de extrair a informação contida num texto, em seus

diferentes suportes.

No caso da poesia infantil, esse tipo de linguagem estabelece uma ponte

entre a criança e o mundo.

o mergulho no texto poético costuma ser mais intenso que o mergulho

no texto em prosa, em que a criança faz um pacto de faz de conta com o

narrador. o poema, extremamente sintético, apresenta condensadas as

emoções e as ideias, projetadas em imagens associativas.

[...]

Nos primeiros anos, segundo inúmeros estudos de que se tem notícia, a

criança é extremamente sensível aos jogos verbais, aos ritmos diferen-

ciados, às cadências e às particularidades sonoras das palavras. ela per-

cebe esses aspectos específicos da estrutura do texto poético, que são

aparentemente formais, mas deixam ver o que se lê (sorreNti, 2007,

p. 14-15).

1. disponível em: <http://institutorubemalves.org.br/wp-content/

uploads/2015/09/o-deus-menino.pdf>. acesso em: 20 abr. 2018.

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Na opinião de giasson (1990, p. 21), são três as variáveis que envolvem

a leitura:

1. o leitor, variável mais complexa do modelo de compreensão, compre-

ende as estruturas do sujeito bem como os processos de leitura que ele

utiliza;

2. o texto: constitui o material a ler e que pode ser considerado sob três

aspectos principais: a intenção do autor, a estrutura do texto e o seu

conteúdo;

3. o contexto: compreende os elementos que não fazem parte do texto

e que não dizem respeito, de forma direta, às estruturas ou processos de

leitura. segundo a autora, podemos distinguir três contextos: o contexto

psicológico (intenção de leitura, interesse pelo texto...), o contexto social

(as intervenções dos professores, dos colegas...) e o contexto físico (o

tempo disponível, o barulho...).

de acordo com a BNCC, a leitura

é tomada em um sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao

texto escrito, mas também a imagens estáticas (foto, pintura, desenho,

esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao

som (música), que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais.

o tratamento das práticas leitoras compreende dimensões inter-relacio-

nadas às práticas de uso e reflexão [...] (Brasil, 2017, p. 70).

definida como um dos eixos da BNCC, a leitura

compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa

do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemi-

óticos e de sua interpretação, sendo exemplos as leituras para: fruição

estética de textos e obras literárias; pesquisa e embasamento de traba-

lhos escolares e acadêmicos; realização de procedimentos; conheci-

mento, discussão e debate sobre temas sociais relevantes; sustentar a

reivindicação de algo no contexto de atuação da vida pública; ter mais

conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais,

dentre outras possibilidades (Brasil, 2017, p. 69).

para auxiliar o trabalho em sala de aula e potencializar as aprendizagens

de modo contextualizado e significativo para os estudantes, a BNCC estabe-

lece que sejam apresentadas situações de leitura organizadas em pré-leitura,

leitura e pós-leitura. Considera-se que tal arranjo metodológico proporciona

um (re)dimensionamento das práticas e competências leitoras já existentes no

aluno.

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É através da leitura que se tem acesso aos significados da cultura em que

vive, estabelecendo relações entre as informações e construindo senti-

do para si e para o mundo. a escola, um dos lugares de construção dos

saberes sociais, precisa considerar a diversidade de significados sociais e

culturais que as crianças compartilham (peripolli, 2003, p. 213).

assim, o objetivo das atividades de pré-leitura deve ser o de estimular

que os alunos acessem seus conhecimentos prévios sobre o assunto/tema

que será lido. tais atividades “direcionam seus pensamentos, criam expectati-

vas para a leitura, estimulam seu interesse, aguçam a sua curiosidade e, acima

de tudo, proporcionam uma atividade intelectual desde o início do processo

[de leitura]” (taglieBer; pereira, 1997, p. 75).

deve-se construir um ambiente favorável para a leitura. se possível, para

esse segmento, lançar mão de uma cantiga de roda ou brincadeira que faça

ambientação do livro – no caso desta obra, algo que remeta a jogos e brin-

cadeiras tradicionais. após, é importante estimular a interação do aluno com

o livro, solicitando que folheie as páginas antes de iniciar a história e que leia

os elementos paratextuais, como quarta capa e orelha. É nesse momento que

se deve explorar com a turma quem é o autor, o que faz o ilustrador, como e

quem produz o livro e as informações da quarta capa. também é hora de ve-

rificar a expectativa da criança em relação ao livro, perguntando de que cada

uma acha que trata a história que será lida, sempre abrindo espaço para a

discussão. somente após a explanação delas sobre o que pensam, o professor

deve ler a resenha do livro, garantindo, desse modo, que as ideias das crianças

não serão afetadas de antemão.

É chegada a melhor hora, da leitura do livro. Mas antes o professor deve

estabelecer algumas regras de como os estudantes se portarão durante a lei-

tura do texto, se haverá pausa protocolar pelo professor ou não, entre outras

estratégias.

ela deve ser preparada previamente, atentando-se para a entonação, a

expressividade e a melodia do texto. uma leitura benfeita prende a atenção

será durante a leitura propriamente que o leitor procederá à

construção dos sentidos do texto.

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dos alunos e garante o envolvimento deles com a obra. além disso, colabo-

ra com seu letramento e alfabetização, uma vez que ajuda a compreender a

função da pontuação, de que modo cada palavra é pronunciada etc. interrom-

per a leitura em alguns momentos é importante para permitir que os alunos

elaborem suas próprias inferências e constatem a veracidade das hipóteses

levantadas na pré-leitura, revendo-as, se necessário.

também devem distinguir “o essencial do acessório; diferencia(r) o que

se mostra claro daquilo que se revela indeterminado; pode(r), em alguns casos,

apreender as analogias relevantes no contexto, etc. decorrente dos seus ob-

jetivos, o leitor pode proceder ao levantamento de notas, procurar, de forma

seletiva. Nessa perspectiva:

Na orientação do processo de leitura, enquanto processo discursivo, a

ativação dos conhecimentos prévios do aluno-leitor, contemplada du-

rante a fase inicial do processo, etapa de pré-leitura, torna-se impres-

cindível para que inferências, antecipações, levantamentos de hipóteses

e outras estratégias cognitivas que auxiliem nos percursos do processo

sejam realizados, de forma reflexiva, levando à autonomia do leitor, a fim

de que se possa obter sentido(s) durante a leitura e não desanimar frente

a textos que tragam maior complexidade (teiXeira, 2009).

em seguida a essa primeira leitura do professor, deve-se estimular que

os próprios alunos leiam em voz alta. pode-se fazer um combinado de quem

vai representar cada personagem ou estipular outra dinâmica mais apropriada

para a turma. a seguir, é hora de compreender de que trata o texto lido. após

decifrada a última palavra de um texto, deve-se verificar o que foi compreen-

dido e dar sentido a isso. os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamen-

tal precisam que o professor ofereça estratégias e procedimentos a fim de que,

ao ser lido, o texto possa fazer sentido.

Nessa etapa de pós-leitura, portanto, é importante lançar mão de di-

versas estratégias para auxiliar os alunos a se tornarem cada vez mais leitores

proficientes.

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a vivência em leitura com base em práticas situadas, envolvendo o con-

tato com gêneros escritos e multimodais variados, de importância para a vida

escolar, social e cultural dos estudantes, bem como as perspectivas de análise

e problematização com base nessas leituras colaboram para o desenvolvimen-

to da leitura crítica e para a construção de um percurso criativo e autônomo

de fruição do texto literário e de aprendizagem da língua.

as atividades de pós-leitura devem, portanto, provocar o aluno. e um

modo interessante de fazer isso é combinar com a turma a construção, ao lon-

go das aulas, de um mural com todas as produções feitas em sala sobre o livro.

essa é uma ótima maneira de apresentar à comunidade escolar as produções

dos alunos e avaliar o trabalho desenvolvido.

leitor proficiente é aquele que não só decodifica as palavras que

compõem o texto escrito, mas também constrói sentidos de acordo

com as condições de funcionamento do gênero em foco, mobilizando,

para isso, um conjunto de saberes (sobre a língua, outros textos, o gê-

nero textual, o assunto focalizado, o autor do texto, ...

glossário Ceale | verbete leitor proficiente

disponível em: <ceale.fae.ufmg.br/app/we-

broot/glossarioceale/verbetes/leitor-proficiente>

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SugeStõeS de AtividAdeS

a obra Chuva choveu, de Maria da graça rios, é um livro de poemas que

traz uma abordagem altamente rítmica, sonora e estética. retrata o mundo

dos brinquedos e das brincadeiras tradicionais da cultura infantil com graça e

leveza.

estas sugestões foram elaboradas de maneira a contribuir para o traba-

lho do professor em sala de aula com a obra e estão fundamentadas pela Base

Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017) na área de linguagens e de seus

componentes curriculares e referenciados pelo componente curricular língua

portuguesa.

o componente curricular língua portuguesa está organizado em torno

de 10 competências, das quais abordaremos apenas as de número 8, 9 e 10, a

saber:

8. selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objeti-

vos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entreteni-

mento, pesquisa, trabalho etc.).

9. envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desen-

volvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e ou-

tras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimen-

sões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial

transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e

ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos

processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o

mundo e realizar diferentes projetos autorais (Brasil, 2017, p. 85).

habILIdadeS de Língua PoRtugueSa deStacadaS PaRa aS atIvIdadeS

campos: vida cotidiana, artístico-literário

obJetoS de conhecImento:

Estratégia de leitura - escuta atenta

Formação do leitor literário

Apreciação estética/estilo

Reconstrução das condições de produção e recepção de textos

Utilização de tecnologia digital

Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula

Leitura colaborativa e autônoma

Apreciação estética/estilo

Formação do leitor literário/leitura multissemiótica

Construção do sistema alfabético

Compreensão em leitura escrita

Escrita compartilhada (continua)

habILIdadeS

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições anteci-padoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhe-cimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o su-porte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências reali-zadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF02LP20) Escrever listas de nomes ou de objetos, associando, quando pertinente, texto verbal e visual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfi-co-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas per-tinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apre-sentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultu-ral, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais. Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica.

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF01LP09) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

(EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.

(EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais.

(EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do profes-sor, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, entre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.

(EF12LP05) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do pro-fessor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados (letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário, considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto;

(EF02LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.

(EF12LP18) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição.

(EF12LP19) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de palavras, pala-vras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e associações.

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pré-leiturA

atividade 1: roda de conversa

duração: aproximadamente 60 minutos

organize os estudantes em círculo e apresente o livro para a turma. faça

uma leitura protocolada dos elementos da capa e contracapa, dos paratextos e

das ilustrações. Motive os estudantes a contar suas expectativas acerca do livro.

Roteiro de perguntas e sondagens para a roda de conversa

1 - Com base na exposição das imagens da capa e da contracapa, per-

gunte aos estudantes do que eles imaginam que trata o livro.

2 - solicite dos estudantes que identifiquem na capa:

• título do livro;

• nome da autora;

• nome do ilustrador;

• logomarca e nome da editora.

3 - solicite aos estudantes que identifiquem na capa, na segunda capa,

nas orelhas do livro e na quarta capa outros textos e os elementos gráficos.

fale desses elementos para os estudantes, explicando que fazem parte do livro

para trazer mais informações ao leitor.

4 - leia, na última página, a biografia da autora e do ilustrador. Converse

com os estudantes e certifique-se de que eles compreendem que uma bio-

grafia é um texto que trata da vida de alguém, no caso, dos criadores do livro.

5 - fale sobre a trajetória profissional da autora, conforme dados que se

encontram no primeiro volume deste material digital.

6 - os textos poéticos foram editados em caixa-alta. explique para as

crianças o que é fonte tipográfica. se for possível, mostre a diferença das fon-

tes em um computador. pergunte para a elas:

a) por que vocês acreditam que o livro foi impresso em fonte com cai-

xa-alta?

b) seria mais difícil ler o texto se ele estivesse em caixa-baixa (letras

minúsculas)?

c) você conhece a diferença entre letras maiúsculas e letras minúsculas?

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7 - peça aos estudantes que observem nas ilustrações quais são as cores

e os tons utilizados em algumas páginas. pergunte a eles:

a) Qual cor o ilustrador utiliza quando pinta a página?

b) Que cor você usaria para colorir uma página?

8 - use a explicação abaixo para que os estudantes compreendam a

técnica de aquarela, que é utilizada por santiago régis para ilustrar o livro.

a aquarela é uma técnica de pintura em que os pigmentos são geral-

mente dissolvidos em água ou são utilizados suspensos sobre o suporte.

estima-se que a técnica tenha surgido há cerca de 2.000 anos, na China,

simultânea ao surgimento do papel e dos pincéis de pelos de coelhos.

os principais suportes utilizados na aquarela são o papel com alta gra-

magem – densidade de papel –, casca de árvore, plástico, couro, tecido,

papiro e a própria tela.1

9 - após explicar a técnica, motive os estudantes a percorrer as páginas

do livro e proceder à fruição das pinturas de régis.

10 - sonde entre os estudantes quais são suas brincadeiras favoritas.

esse é o momento de conversar sobre a diferença entre jogos eletrônicos e

jogos “analógicos”, ou seja, jogos de tabuleiro tais como o jogo de dama, ou

xadrez, ou até o jogo da velha. investigue também as brincadeiras tradicionais

que as crianças mais conhecem. os alunos devem ser orientados a perceber

as diferenças entre eles. evite, no entanto, juízos de valor em relação a um ou

outro.

11 - envie, como atividade para casa, uma pequena entrevista para ser

realizada com os pais ou responsáveis. Com o exercício da entrevista, o es-

tudante deve ser capaz de perceber a diversidade das brincadeiras realizadas

por seus pais e familiares quando eram crianças e as diferenças entre elas e as

brincadeiras de hoje.

a atividade pode ser realizada por estudantes do 1º, 2º ou 3º ano. No

entanto, os alunos que ainda não são capazes de efetuar o registro sozinhos

devem ser orientados a pedir a ajuda dos pais como escribas. a atividade será

importante para que os estudantes possam antecipar alguns sentidos de brin-

quedo e brincadeira apresentados no livro.

1 disponível em: <https://www.infoescola.com/pintura/aquarela/>.

objetos de conhecimento: Estratégia de leituraImagens analíticas em textos

habILIdadeS

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposi-ções antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto) apoiando--se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio, etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de tex-tos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF02LP20) Escrever listas de nomes ou de objetos, associando, quando pertinen-tes, texto verbal e visual, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

esCola:

NoMe do aluNo:

professor: data: ______/______/_______

entRevISta

1 - perguNte para o papai ou para a MaMÃe. depois, registre Nos

espaÇos aBaiXo as respostas. eles podeM aJudar voCÊ CoM o

registro.

a) Quais eraM as BriNCadeiras Que voCÊs BriNCavaM QuaNdo

CriaNÇas?

B) essas BriNCadeiras aiNda eXisteM?

C) voCÊs podiaM BriNCar Na rua? HoJe isso aiNda É possÍvel?

2 - aBaiXo estÃo esCritas alguMas BriNCadeiras aNtigas.

loCaliZe-as No CaÇa-palavras.

BatatiNHa - BilBoQuÊ - CariCa - diaBolÔ

MaCaCo - Mates - piCHorra

e H B i l B o Q u Ê

C a r i C a t J Q r

Z o N M a t e s M a

C p i C H o r r a d

d i a B o l Ô M C p

B a t a t i N H a a

u N r e B o N i C r

B e r i N B o B o N

atividade 2: exploração da roda de conversa

duração: aproximadamente 180 minutos

1ª aula - 60 minutos

agora é hora de você avançar com os estudantes nas sondagens que

foram feitas durante a roda de conversa.

1. Converse sobre a entrevista que eles realizaram com os pais. ajude-os

a relatar suas descobertas e ouvir as descobertas dos colegas.

2. oriente os estudantes a percorrer as ilustrações do livro novamente.

pergunte se, observando as ilustrações ao longo do livro, é possível descobrir

quais brincadeiras elas retratam. estimule-os a listar suas descobertas. eles de-

vem ser motivados a perceber que as ilustrações representam dois grupos: um

de brinquedos e outro de brincadeiras.

3 - liste, Na taBela aBaiXo, NoMes de BriNQuedos e de BriNCa-

deiras apreseNtados No livro Chuva Choveu.

bRInQuedoS bRIncadeIRaS

CoMplete CoM outras BriNCadeiras e BriNQuedos Que voCÊ Co-

NHeCe.

bRInQuedoS bRIncadeIRaS

eixos: Leitura e Vida cotidiana

obJeto de conhecImento

Estratégia de leitura

habILIdade

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposi-ções antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto) apoiando--se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio, etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de tex-tos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

esCola:

NoMe do aluNo:

professor: data: ______/______/_______

1 - leia ateNtaMeNte a lista aBaiXo e depois respoNda ao Que se pede.

bRInQuedoS bRIncadeIRaS

MarioNete aMareliNHa

pipa piNgue-poNgue

ioiÔ Jogo da velHa

patiNs QueBra-pote

peteCa CaBra-Cega

faNtoCHe Corrida do saCo

BoNeCa CaNtigas de palMas

Corda parleNdas

Bola

CiNCo Marias

a) CoM Quais dos BriNQuedos/BriNCadeiras aCiMa voCÊ JÁ BriNCou?

B) esCreva aBaiXo orieNtaÇões de CoMo BriNCar de aMareliNHa.

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PÓS-LeItuRa

duração: 120 minutos

1ª aula: aproximadamente 60 minutos

agora é hora de explorar as características do gênero. sonde com os es-

tudantes os conhecimentos prévios acerca do que eles já sabem sobre poesia

e poema. leia o livro Chuva choveu, de Maria da graça rios, para eles. para

melhor compreensão das atividades que se seguem, é importante que você

leia todos os poemas do livro. Nas classes em que a maioria dos estudantes

estiver alfabetizada, essa leitura pode ser feita pelos próprios estudantes, em

voz alta.

o texto abaixo é um subsídio para suas explicações acerca de poesia nas

atividades que virão a seguir.

o poema

Num poema o verso está representado em cada linha separa-

da. são apresentados com uma ou mais palavras que seguem um

tipo de verso.

podem-se destacar quatro tipos:

- o verso métrico (sílabas breves ou longas);

- o verso silábico (segundo o número de sílabas);

- o verso rítmico (segundo a acentuação ou o som);

- os versos livres ou irregulares (sem padrão definido).

É importante observar que as sílabas poéticas são diferentes

das sílabas gramaticais, obedecendo, especificamente, à musicali-

dade do texto, uma vez que os poemas podem ser escritos para

serem recitados. No poema “Quem brinca com fogo…”, a autora

optou por utilizar abundantemente rimas, talvez para representar a

ludicidade da temática do livro.

eixo: Leitura e escrita

obJetoS de conhecImento

Campo da vida cotidiana, campo artístico-literário

habILIdade

(EF12LP19) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de pala-vras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e asso-ciações.

oRIentaçÕeS PaRa o PRofeSSoR

Apoie os estudantes na realização da atividade, lendo e mediando suas dúvidas. Oriente-os a observar a forma do poema e sua estrutura. Coloque em evidência a posição que esses versos ocupam nas estrofes e motive-os a perceber que o fato de ocuparem o terceiro verso torna a poesia mais sonora e ritmada.Motive-os ainda a perceber que o verso se refere ao fato de a personagem do poe-ma, o menino, ter feito xixi na cama. Converse com os estudantes sobre isso, sonde suas práticas e tente levá-los a identificar o efeito de humor que provoca a ideia de uma goteira de urina, e não de chuva. Explique que uma expressão é aquela que surge nas ruas, nas novelas, nas propa-gandas, nos programas de TV e por sua criatividade e comunicação fácil se espalha de boca a boca rapidamente.Motive os estudantes a perceber a relação de intertextualidade entre o poema e a expressão popular.Solicite aos estudantes, como atividade para casa, que tragam alguns brinquedos citados na lista da atividade para a próxima aula.

eixo: Educação literária

obJetoS de conhecImento

Elementos constitutivos do discurso poético em versos: estratos fônico e semân-tico.

habILIdade

(EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metá-foras, em textos versificados.

1 - leia o poeMa “Quem bRInca com fogo…”, loCaliZado Na pÁgiNa

26 do livro.

1 - agora respoNda:

a) Qual o tÍtulo do poeMa?

B) QuaNtos versos teM o poeMa?

C) QuaNtas estrofes teM o poeMa?

2 - vaMos CoNtar as sÍlaBas dos versos?

PeRGuNTa ao MeNINo QuaNtas sÍlaBas?

PeRGuNTa À MÃe DeLe QuaNtas sÍlaBas?

3-leia os versos aBaiXo:

CHuva CHoveu

goteira piNgou

perguNta À MÃe dele

se a CaMa MolHou

o verso “a CaMa MolHou” refere-se a Qual eveNto?

24

2ª aula - 60 minutos

declamação

agora que os estudantes já estudaram algumas características do po-

ema, escolha quatro poemas do livro para serem declamados por eles.

pergunte quem gostaria de participar.

oriente os demais colegas a respeitar aqueles que estão declamando.

aproveite o momento para ajudar os tímidos.

É muito importante que os alunos escolhidos façam a leitura silenciosa

do poema antes de declamarem para a turma, pois uma boa declama-

ção depende do entendimento de todo o poema.

a apresentação pode ser executada para a turma, para outra turma ou

para toda a escola.

eixo: Educação literária

obJetoS de conhecImento

Elementos constitutivos do discurso narrativo ficcional em prosa e versos: estrutura da narrativa e recursos expressivos

Elementos constitutivos do discurso poético em versos: estratos fônico e semântico

Elementos constitutivos do discurso dramático em prosa e versos: função e organização

habILIdadeS

(EF02LP42) Identificar recursos rítmicos e sonoros e o efeito de sentido de metáfo-ras, em textos versificados.

(EF02LP46) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas e poemas, além de cantar músi-cas e canções, com ritmo, melodia e sonoridade, observando as rimas.

25

referênciAS

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