Material de vasos sob presão

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1 INTRODUCÃO 2 2 DEFINIÇÃO 2 3 APLICAÇÕES 2 4 CLASSIFICAÇÃO DOS VASOS DE PRESSÃO 3 5 DESCRIÇÃO 4 6NOÇÕES SOBRE PROJETOS DE VASOS DE PRESSÃO 12 7SELEÇÃO DE MATERIAIS DE CONFECÇÕES DOS VASOS DE PRESSÃO 14 8 RAZÕES PARA INSPEÇÃO 14 9 CAUSAS DE DETERIORAÇÃO E AVARIAS 14 10 PREPARATIVOS PARA INSPEÇÃO 18 1 RESPONSABILIDADE PELA INSPEÇÃO 21 12 TÉCNICAS DE INSPEÇÃO 21 13 REPAROS E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO 30 14 FREQÜÊNCIA E PROGRAMAÇÃO DE INSPEÇÃO 31 15 REGISTROS DE INSPEÇÃO 32 Eduardo Ferrer Santiago 1 INTRODUCÃO Os produtos químicos e petroquímicos a partir dos quais o homem obtém ener prima para a elaboração de compostos, etc., não são encontrados na naturez precisam ser consumidos ou utilizados. Para chegar às suas características produto que o homem explorou e extraiu da natureza precisa sofrer na indús processamentos, transformações e estocagem até a sua utilização. Na indúst processamento e estocagem de muitos produtos são feitos a pressões maiores que a atmosférica. Dessa maneira, são empregados recipientes fechados e co para suportar pressões no seu corpo, assim como temperaturas que extrapola Esses equipamentos, denomina dos ―vasos de pressão‖, por operarem normalmente sujeitos a pressão e/ou temperaturas elevadas, são considerados equipamentos de alto conterem grande quantidade de energia acumulada no seu interior. A faixa de variação de pressões e de temperatura de trabalho dos vasos de extensa. Existem vasos de pressão trabalhando desde o vácuo absoluto até c 4.000Kg/cm2 (~ 400Mpa), e desde próximo zero absoluto até temperaturas da 1500ºC. Os vasos de pressão podem .ter grandes dimensões e pesos, havendo mais de 60m de comprimento de outros com mais de 200t de peso. 2 DEFINIÇÃO Onome vaso de pressão designa genericamente todos os recipientes estanques tipo, dimensões, formato ou finalidade, capazes de conter um fluido pressu uma definição tão abrangente inclui-se uma enorme variedade de equipamento simples panela de pressão de cozinha até os mais sofisticados reatores nuc

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1 INTRODUCO 2 DEFINIO 3 APLICAES 4 CLASSIFICAO DOS VASOS DE PRESSO 5 DESCRIO 6NOES SOBRE PROJETOS DE VASOS DE PRESSO 8 RAZES PARA INSPEO 9 CAUSAS DE DETERIORAO E AVARIAS 10 PREPARATIVOS PARA INSPEO 1 RESPONSABILIDADE PELA INSPEO 12 TCNICAS DE INSPEO 13 REPAROS E CRITRIOS DE ACEITAO 14 FREQNCIA E PROGRAMAO DE INSPEO 15 REGISTROS DE INSPEO Eduardo Ferrer Santiago 1 INTRODUCO

2 2 2 3 4 12 14 14 18 21 21 30 31 32

7SELEO DE MATERIAIS DE CONFECES DOS VASOS DE PRESSO 14

Os produtos qumicos e petroqumicos a partir dos quais o homem obtm energia, matriaprima para a elaborao de compostos, etc., no so encontrados na natureza na forma como precisam ser consumidos ou utilizados. Para chegar s suas caractersticas de consumo, o produto que o homem explorou e extraiu da natureza precisa sofrer na indstria uma srie de processamentos, transformaes e estocagem at a sua utilizao. Na indstria, o processamento e estocagem de muitos produtos so feitos a presses maiores ou menores que a atmosfrica. Dessa maneira, so empregados recipientes fechados e com resistncia para suportar presses no seu corpo, assim como temperaturas que extrapolam o ambiente. Esses equipamentos, denominados vasos de presso, por operarem normalmente sujeitos a presso e/ou temperaturas elevadas, so considerados equipamentos de alto risco, por conterem grande quantidade de energia acumulada no seu interior. A faixa de variao de presses e de temperatura de trabalho dos vasos de presso muito extensa. Existem vasos de presso trabalhando desde o vcuo absoluto at cerca de 4.000Kg/cm2 (~ 400Mpa), e desde prximo zero absoluto at temperaturas da ordem de 1500C. Os vasos de presso podem .ter grandes dimenses e pesos, havendo alguns com mais de 60m de comprimento de outros com mais de 200t de peso. 2 DEFINIO Onome vaso de presso designa genericamente todos os recipientes estanques, de qualquer tipo, dimenses, formato ou finalidade, capazes de conter um fluido pressurizado. Dentro de uma definio to abrangente inclui-se uma enorme variedade de equipamentos, desde uma simples panela de presso de cozinha at os mais sofisticados reatores nucleares.

3 APLICAES Os vasos de presso so todos os reservatrios destinados ao armazenamento e processamento (transformaes fsicas ou qumicas) de lquidos e gases sob presso ou sujeitos a vcuo total ou parcial. Podemos tambm definir os vasos de presso como sendo todos os reservatrios, de qualquer tipo, dimenses ou finalidade, no sujeitos a chama, que contenham qualquer fluido em presso manomtrica igual ou superior a 1,02 kgf/cm2 ou submetidos presso externa. Os vasos de presso so empregados em trs condies distintas: 9 Armazenamento de gases sob presso:os gases so armazenados sob presso para que se possa ter um grande peso em um volume relativamente pequeno. 9 Acumulao intermediria de lquidos e gases: isto ocorre em sistemas onde necessria armazenagem de lquidos ou gases entre etapas de um mesmo processo ou entre processos diversos. 9 Processamento de gases e lquidos:Inmeros processos de transformao em lquidos e gases precisam ser efetuados sob presso. A construo de um vaso de presso envolve uma srie de cuidados especiais relacionados a seu projeto, fabricao, montagem e testes. Isto porque um vaso de presso representa: 9 Grande risco: Normalmente opera com grandes presses e temperaturas elevadas. 9 Alto investimento: E um equipamento de custo unitrio elevado. 9 Continuidade Operacional: Devese operar por um mximo perodo possvel em condies de segurana, sem a necessidade de parar o equipamento para manuteno, reduzindo os custos operacionais. 4 CLASSIFICAO DOS VASOS DE PRESSO Podemos fazer a seguinte classificao dos vasos de presso: 9 Vasos no sujeitos a Chama: 9 Vasos de armazenamento e de acumulao 9 Torres de destilao fracionadora, retificadora, absorvedora e etc. 9 Reatores diversos 9 Esferas de Armazenamento de gases 9 Permutadores de calor 9 Vasos sujeitos a chama 9 Caldeiras 9 Fornos 4.2 Quanto a presso de operao Os vasos podem ser classificados quanto a sua presso de operao em: Vasos atmosfricos0 a 0,5psig0 a 0, 035kg/cm20 a 0,3 ATM Vasos de baixa presso0,5 a 15psig0,033 a 1,054kg/cm20,033 a 0,1020 ATM Vasos de alta presso15 a 3000psig1,054 a 210,81kg/cm21,020 a 204,07 ATM

4.3 Quanto a posio de instalao (dimenso em relao do solo) Baseando-se na posio em que essas trs dimenses esto em relao ao solo, podemos classificar os vasos de presso como mostrado a seguir: 9 Cilndrico Vertical: DI e DE, paralelos em relao ao solo e CET, perpendicular ao solo. 9 Cilndrico inclinado: DE, Dl, CET, inclinados em relao ao solo: 9 Cilndrico horizontal: DE, DI perpendiculares ao solo e CET, paralelo ao solo. 9 Esfrico: Quando a dimenso CET no pode ser definida. O comprimento entre tangentes (CET) o comprimento total do corpo cilndrico, ou a soma dos comprimentos dos corpos cilndricos e cnicos sucessivos. As linhas de tangncia, que limitam o comprimento entre tangentes, so linhas traadas prximo a ambos os extremos do casco, na tangncia entre o corpo cilndrico e os tampos de fechamento. As figuras abaixo ilustram os tipos de vasos de presso: B) Cilndrico Vertical Modificado A) Cilndrico VerticalC) Cilndrico Inclinado D) Cilndrico Horizontal E) Cilndrico Cnico F) Esfrico 5 DESCRIO A variedade de tipos e detalhes de peas internas em vasos de presso muito grande, dependendo essencialmente do servio para o qual o vaso se destina. Todas as peas internas que devem ser desmontveis (grades, bandejas, distribuidores, defletores, extratores de nvoa, etc.) devem ser obrigatoriamente subdivididas em sees, de tal maneira que cada seo possa passar com facilidade atravs das bocas de visita dos vasos.

VASO DE PRESSO 1 - CASCO 2 - CALOTAS 2.1 - Elptica 2.2 - Torosfrica 2 3 - Esfrica 2.4 - Cnica 2.5 - Torocnica 3 - CONEXAO 3.1- Pescoo 3.2 - Flange 4 - BOCA DE VISITA 5 VIGIA

6 - JUNTAS 7 - BRAO DE CARGA 8 - TUBOS INTERNOS

8.1 - Distribuidor 8.2 - Serpentina 9 - BANDEJA 9.1 - Prato 9.1.1 - Simples 9.1.2 Perfurado 9.2 Borbulhador 9.2.1 - Campnula 9.2.2 - Colarinho 9.2.3 - Cruzeta

9.2.4 - Suporte 9.3 Vertedor

9.3.1- Centro 9.3.2 - Lateral 9.4 - Pote de retirada 9.5 Alapo 10 - PANELA

10.1- Fundo 10.2 - Vedao 10.3 - Chamin 1 - DEFLETOR 1.1- Anel 1.2 - Disco 1.3 - Saia

12 - CHAPA DE DESGASTE 13 - ANT1VORTEX 14 - ESTOJOS OU PARAFUSOS E PORCAS 15 - FILTRO 10 - ENCIIIMENTO 17 - TELA 18 - REVESTIMENTO 19 - RECOSRIMENTO 20 - POTE 21 - SEPARADOR DE GOTAS 2 BOCA DE INSPEAO 23 - GRADE a) Componentes estruturais Ocasco dos vasos de presso tem sempre o formato de uma superfcie de revoluo. Quase todos os vasos, com raras excees, tem o casco com uma das trs formas bsicas: cilndricas, cnicas e esfricas, ou combinaes dessas formas ( Figuras tipo de vasos de presso).

Tampos

So peas de fechamento dos cascos cilndricos dos vasos de presso. Os tampos podem ter vrios formatos, dos quais os mais usuais so os seguintes: semi-elpticos, toro-esfricos, cnicos, hemisfrico e planos. A escolha do tipo de tampo funo de determinados fatores, como por exemplo:

Exigncia de Servio. Dimetro.

Presso de Operao. Abaixo, as figuras ilustram os tipos mais comuns de tampos:

b)Abertura e Reforos Todos os vasos de presso tm sempre vrias aberturas com diversas finalidades. Bocais So as aberturas feitas nos vasos para: Ligao com tubulaes de entrada e sada de produto. Instalao de instrumentos, drenos e respiros. Abaixo, seguem exemplos de instalao de bocais: A) Semi-elpticoB) Toro-esfricoC) HemisfricoD) Cnico ALGUNS TIPOS DE TAMPOS PLANOS Bocas de Visita So as portas de acesso ao interior dos vasos. Na maioria dos casos as bocas de visita so construdas de modo similar a um bocal flangeado, sendo a tampa um flange cego.

So componentes colocados nas aberturas de dimetro maior, de forma a compensar a perda de massa resistente dessas aberturas. Podem ainda existir aberturas para permitir a ligao entre o corpo do vaso e outras panes do mesmo vaso; por exemplo, ligao a potes de drenagem.

Abaixo, seguem exemplos de reforos nas aberturas:

c) Acessrios externos dos vasos de presso Os vasos de presso podem ter diversos tipos de acessrios externos, dentre os quais podemos citar como exemplo: A) Com anel de reforo B) Com chapa de maior espessuraC) Com pea forjada integral

9 Reforo de vcuo. 9 Anis de suporte de isolamento trmico externo. 9 Chapas de ligao, orelhas ou cantoneiras para suportes de tubulao, plataformas, escadas ou outras estruturas. 9 Suportes para turcos de elevao de carga. 9 Turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos.

Abaixo, alguns exemplos de acessrios externos: d) Suportes Existem vrios tipos de estruturas de suporte, tanto para vasos verticais como para horizontais. A maioria dos vasos horizontais so suportados em dois beros (selas), sendo que para permitir a dilatao do vaso, em um dos beros os furos para os chumbadores so ovalados. A) Reforos para vcuo C) Suportes para isolamento no fundo A) Reforos para vcuoB) Suportes para isolamento trmico

D) Orelhas para fixar escadas ou plataformas

Os vasos verticais so usualmente sustentados por uma saia de chapa, embora vasos verticais de pequenas dimenses possam tambm ser sustentados em sapatas ou colunas. As torres devem ser suportadas por meio de saias. A saia de suporte deve ter um trecho com 1000mm de comprimento a partir da ligao com o vaso, com o mesmo material do casco nos seguintes casos:

9 temperatura de projeto abaixo de 10C; 9 temperatura de projeto acima de 250C; 9 Servios com Hidrognio; 9 Vasos de aos-liga, aos inoxidveis e materiais no ferrosos. As esferas para armazenagem de gases so sustentadas por colunas, soldadas ao casco aproximadamente na linha do equador da esfera. Abaixo, as figuras mostram alguns tipos de suportaes de vasos de presso: A) Suportao tipo saia B) Suportao tipo colunas C) Suportao tipo bero (sela)B) Vasos sobrepostos Os processos de destilao simples e redestilao, so demorados e onerosos, especialmente em se tratando de uma mistura de mais de dois componentes como no caso do petrleo. Para eliminar esse inconveniente as indstrias usa denominados torres ou colunas, que permitem, em uma nica operao realizar todas as destilaes e redestilaes necessrias.

As torres normalmente servem para separar ou absorver componentes de misturas lquidas e gasosas. Esta separao pode ser feita por meio da destilao, da tambm o nome de torre destilao. Absoro feita em torres absorvedoras, com finalidade de separar produtos indesejveis no produto final. Existem duas grandes classes de torres: torres de pratos e torres recheadas. Na primeira, o contato entre as fases feito em estgios. Na segunda, o contato contnuo. A torre de pratos composta de uma carcaa cilndrica vertical, comumente denominada de casco, no interior do qual so montados os diversos pratos. Estes, tambm conhecidos como bandejas, so geralmente separados por distancias iguais. Os produtos vaporizados sobem na torre atravs das bandejas, por aberturas para tal destinadas, descendo o liquido por outras aberturas em contracorrente com o vapor que sobe. Veremos seguir os principais tipos de bandejas usados na indstria petroqumica. A figura a seguir, mostra o esquema de funcionamento de uma torre de pratos: 5.1.1.1 Fracionadoras Separao feita por destilao, e podem ser: Atmosfrica operam com P interna maior que P atm Vcuo operam com P interna menor que P atm Essas torres podem ser: a) Com dispositivos de borbulhamento 9 Borbulhadores tipo campnula 9 Pratos perfurados b) Com chicanas c) Com enchimento diversos 9 Com dispositivos de borbulhamento Consiste em uma ou mais chapas, com furos, nas quais so montados os borbulhadores. Estes por sua vez, so constitudos de uma parte cilndrica (chamin) colocada verticalmente em cada furo; de urna campnula que colocada a parte cilndrica; e de um sistema de fixao deste conjunto bandeja, que pode ser composto de cruzeta e porca. As bordas das campnulas so recortadas ou providas de frestas. Ao redor dos borbulhadores circula a parte lquida dos produtos. Este lquido mantido em determinado nvel por um vertedor na descarga do prato. Este nvel no deve ser to alto que impossibilite a passagem de vapor, nem to baixo que deixe passagem livre para os vapores sem borbulhar atravs do lquido, pois, como o nome indica, esta a funo dos borbulhadores. O contato das fases liquido e vapor pelo borbulhamento produz a ao de fracionamento. O liquido que sai do prato flui atravs de um conduto para o prato inferior, conduto este que pode ser um tubo, tubos ou simplesmente uma lmina metlica vertical, prxima parede da torre.

Neste tipo de pratos os borbulhadores so substitudos por orifcios, os quais esto dimensionados de maneira a permitir a passagem dos vapores no sentido ascendente, sem deixar o lquido passar para baixo, isto calculado nas condies de projeto. Desta maneira o seu funcionamento fica amarrado s vazes de liquido e vapor prximas das de projeto. Este equipamento apesar de oferecer bom fracionamento possui as seguintes desvantagens: 9 A queda de presso por prato mais varivel nas oscilaes das cargas de vapor que nas de borbulhamento e isto, claro, reduz a flexibilidade operacional. 9 Se, por algum motivo a carga de vapor parar momentaneamente, o nvel liquido dos pratos desaparecer, pois escorre pelos furos, fato que torna mais demorado o seu retorno operao normal. Abaixo, segue ilustrao do esquema de funcionamento de pratos perfurados: Neste caso a passagem do vapor se d atravs de frestas existentes no prato, que toma ento, o aspecto de uma grade. um aperfeioamento do tipo pratos perfurados. Contm furos nos quais so colocadas vlvulas, que variam sua abertura com o fluxo de vapor, no permitindo vazamentos de liquido. Abaixo, a figura ilustra o funcionamento de pratos de vlvulas: Orifcios Vapor Vlvula abertaVlvula fechada Este tipo de torre no empregado nos casos em que se deseja uma boa separao. So normalmente usadas em vasos, como retificadoras ou evaporadores, e em sistema que possuem altas cargas de vapor e liquido. Em certos casos pode-se instalar 3 a 5 chicanas em torres de borbulhamento onde a carga de vapor extremamente alta. 5.1.2 Torres com Recheio So semelhantes, externamente, s torres de prato, sendo que no interior, em lugar de pratos so colocados um ou mais tipos de recheios, cuja finalidade prover uma grande rea que, em operao, funciona como superfcie de contato entre liquido e vapor. Da mesma forma que nas torres de prato os vapores so ascendentes e o liquido entra pela parte superior e distribudo homogeneamente sobre o leito de recheio. Assim temos uma carga liquida descendente que contm algum ingrediente capaz de absorver as impurezas da carga de vapor que entra lateralmente na parte inferior da torre. O contato do liquido com o vapor obtido atravs do refluxo que escoa pelas superfcies do material do enchimento, dos quais os mais usados so selas cermicas, pedra britada.

Atualmente tem aparecido outros tipos de elementos de contato tais como anis Pall, e grade Glitsch que proporcionam aumento significativo na rea de contato e na eficincia. As desvantagens dessas torres em relao as de borbulhadores so: 9 de difcil limpeza, sendo necessrio retirar os materiais de enchimento. 9 Pode segregar as cargas, isto , o lquido descer por um lado e o vapor subir pelo outro. Neste caso, desde que no haja bom contato entre lquido-vapor, a separao ser deficiente. 5.1.2.1 Partes principais das torres recheadas 9 Distribuidor de liquido - importante que seja uniforme o fluxo de liquido atravs do recheio da torre. O lquido introduzido no topo por borrifadores, pratos de borrifamento ou tubos perfurados. 9 Recheio - os recheios mais comumente usados so: anis de Rasching, anis divididos internamente, selas de Berl, telas em varias camadas e l de ao, etc. 9 Suporte de recheio - osuporte do recheio deve ser robusto, a fim de resistir ao peso do mesmo e os esforos resultantes da circulao dos produtos durante a operao. Entretanto, deve ser tambm uma grande rea livre a fim de permitir facilmente a circulao do lquido de modo a no causar inundao da torre. Os tipos mais usados so: placas perfuradas de cermica placas de ao perfuradas varias camadas de tela de aberturas grandes ou anis de recheio grandes. Abaixo, segue ilustrao de um equipamento com recheio: 6 NOES SOBRE PROJETOS DE VASOS DE PRESSO a) Presso de operao a presso no topo de um vaso em posio de operao normal. A presso de operao no dever exceder Presso Mxima Admissvel de Trabalho ( PMTA ) e ser mantida a um nvel relativamente inferior ao valor de abertura do dispositivo de alvio de presso ( Vlvula de segurana ou de alivio ). b) Temperatura de operao Para um determinado componente de um vaso de presso e para uma certa condio de operao, a temperatura de operao ser a temperatura da sua superfcie metlica. c) Presso de projeto a presso utilizada na determinao da espessura mnima permissvel ou das caractersticas fsicas das diferentes partes de um vaso de presso.

A presso de projeto dever ser estabelecida considerando-se a condio mais severa de presso e temperatura simultnea. Deve-se considerar a mxima diferena de presso entre o interior e o exterior. d) Temperatura de projeto a temperatura correspondente presso de projeto. A temperatura de projeto de um vaso de presso est baseada na temperatura real da parede do vaso, levando-se em considerao o efeito de isolamento trmico interno, resfriamento pela atmosfera, etc. Sada de Vapor Demister ou Eliminador de nvoa Grade limitadora de recheio Grade suporte de recheio Distribuidor (entrada de lquido) Recheio Regio com vaporEntrada de vapor Regio com lquido Sada de lquido Ocorrendo variaes cclicas de temperatura para uma presso aproximadamente constante, a temperatura de projeto ser a mxima temperatura alcanada. A temperatura da superfcie metlica no dever exceder aos valores listados nas tabelas de tenses admissveis do material em considerao. e) Presso Mxima Admissvel de Trabalho A Presso Mxima Admissvel de Trabalho ( PMTA ) pode se referir a cada uma das partes de um vaso, ou ao vaso considerado como um todo. A PMTA de cada parte de um vaso a presso que causa na parte em questo uma tenso mxima igual a tenso admissvel do material na temperatura de operao correspondente parte considerada. Essas presses so calculadas pelas frmulas dadas na mesma norma de projeto adotada para o clculo do vaso. Pela definio do cdigo ASME, Seo VIII, Diviso 1

(pargrafo UG - 98), o clculo da PMTA deve ser feito em funo das espessuras corrodas, descontando-se portanto a sobre espessura para a corroso que houver. A norma acima citada define a PMTA do vaso todo como sendo o maior valor permissvel para presso, medida no topo do vaso, na sua posio normal de trabalho, na temperatura correspondente presso considerada, tomando-se o vaso com a espessura corroda. Essa presso ser portanto a presso que causa, na parte mais frgil do vaso, uma tenso igual tenso admissvel do material, ou, em outras palavras, ser o menor dos valores das PMTA, das diversas partes do vaso, corrigidas do efeito da coluna hidrosttica do liquido contido. Um acrscimo de espessura deve ser considerado sempre que houver perda sensvel de espessura da chapa no processo de conformao das partes do vaso, como ocorre, por exemplo, nos tampos elpticos, toriesfricos e hemisfricos, fabricados por prensagem ou processo semelhante. Para os corpos cilndricos e cnicos, onde h apenas trabalho de calandragem, a perda de espessura desprezvel, e o acrscimo de espessura no precisa ser considerado. A PMTA do vaso ( ou de suas partes ) pode ser calculada para diversas temperaturas, e portanto em funo de diferentes valores da tenso admissvel, e tambm para varias condies do vaso. Alm da PMTA para o vaso corrodo e em operao, usual calcular-se tambm para o vaso novo e frio, em funo das espessuras e da tenso admissvel do material para a temperatura ambiente. Como os valores das PMTA so diferentes entre si, necessrio sempre referir a que temperatura e espessura corresponde um determinado valor da PMTA de um vaso. f) Espessura de parede de um vaso 9 Espessura Mnima: o valor determinado com as formulas constantes no cdigo de projeto do vaso, considerando-se a presso e temperatura de projeto, sem adicionar a sobreespessura de corroso. 9 Sobre-espessura de corroso: o valor determinado com base na corroso prevista e na vida til especificada no projeto do vaso. Como regra geral, quando a taxa de corroso for superior a 0,3mm/ano ou quando a sobre-espessura para corroso prevista for maior que 6mm, recomendase que seja usado outro material de maior resistncia a corroso. Quando houver um revestimento anticorrosivo no se deve usar sobre-espessura para corroso. 9 Espessura de Projeto: a soma da espessura mnima e da sobre-espessura para corroso. 9 Espessura Nominal: o valor da espessura de projeto adicionado a quantia necessria para compensar as perdas na conformao e para ajustar a espessura de projeto a uma espessura normal de mercado. Assim., a espessura nominal ser sempre maior ou igual a espessura do projeto.

7 SELEO DE MATERIAIS DE CONFECES DOS VASOS DE PRESSO Na grande maioria utilizamos o ao carbono, para condies de altas temperaturas aos liga e materiais especiais. Quando o ao carbono no resiste a corroso ou eroso, ou ainda, quando pode causar contaminao ao produto, so utilizados outras ligas, ou revestimentos de materiais mais resistentes, metlicos ou no metlicos que so aplicados sobre o ao carbono afim de diminuir custos. Os revestimentos metlicos podem ser: 9 Clad - o revestimento integra a chapa, no havendo praticamente descontinuidade. obtido por colaminao ou soldagem por exploso. 9 Revestimento no-integrais linning- so tiras metlicas que so soldadas ao vaso em apenas algumas regies; existe portanto uma descontinuidade muito grande entre o revestimento e o metal base. Os revestimentos no metlicos mais comuns so: borracha, grafite, terflon e vidro. 9 Revestimento por deposio de solda - esses revestimentos consistem, como o prprio nome indica, na deposio direta de solda do material de revestimento sobre o metal-base, no interior do equipamento durante a fabricao do mesmo. 8 RAZES PARA INSPEO As razes principais pelas quais os vasos de presso no sujeitos a chama tem que ser inspecionados so as seguintes: 9 Verificar se ocorre deteriorao e/ou avaria em que extenso e at que ponto pode afetar a estrutura do equipamento, a fim de que se possa ter certeza de que o mesmo opera dentro das condies de segurana indispensveis; 9 Garantir, num alto nvel de probabilidade, a continuidade da operao atravs de um eficiente programa de manuteno preventiva; 9 Evitar perdas decorrentes de uma parada de emergncia em consequncia de ruptura do vaso. Vale ressaltar que estas perdas podem ser excessivamente altas; 9 Reduzir os custos de manuteno e operao; 9 Manter elevado o rendimento global da unidade; Todos esses itens somente podero ser atingidos mediante uma inspeo cautelosa e bem programada, em combinao com um eficiente servio de manuteno. 9 CAUSAS DE DETERIORAO E AVARIAS A corroso a maior causa de deteriorao dos equipamentos das indstrias de Petrleo e Petroqumica. Conceituamos corroso como a destruio dos metais metlicos pela ao qumica ou eletroqumica no meio, podendo estar, ou no, associada ao fsica. Como

essas indstrias tm-se desenvolvido e adotado processos modernos, alguns dos quais empregando produtos qumicos corrosivos, os problemas de corroso se tornaram maus numerosos e complexos. O inspetor pode contribuir muito para o controle dos custos de corroso detendo a deteriorao antes que ela provoque perda de produo ou grandes danos nos equipamentos. Uma compreenso global do problema de primordial importncia para o inspetor. Podemos listar alguns mecanismos de danos por corroso, com perda de espessura, mais comuns: 9 Corroso a quente9 Corroso pelo fenol / NMP 9 Corroso atmosfrica9 Corroso por guas cidas (NH4HS) 9 Corroso biolgica9 Corroso por amnia 9 Corroso em ponto de injeo9 Corroso por custico 9 Corroso galvnica9 Corroso por cloreto / hipoclorito de sdio 9 Corroso de orgnicos com enxofre9 Corroso por cloretos inorgnicos 9 Corroso pelo cido fluordrico9 Corroso por cloretos orgnicos

9 Corroso pelo cido sulfrico9 Corroso sob contato / sob depsito 9 Corroso pelo solo9 Oxidao por alta temperatura 9 Corroso por flue gas9 Perda de elementos de liga

9 Corroso por gua de resfriamento Outros mecanismos de danos por corroso sob tenso, mais comuns so: 9 Corroso sob tenso por aminas9 Corroso sob tenso por cido poliotinico 9 Corroso sob tenso por amnia9 Corroso sob tenso por cido fluordrico 9 Corroso sob tenso por cloreto9 Corroso sob tenso por caustico 9 Corroso sob tenso por carbonato9 Corroso por fadiga 9.1 Tipos gerais de mecanismos de danos A tabela a seguir, mostra alguns dos tipos de danos mais comuns na indstria: Tipo de danoDescrio Perda de espessura ou de materialRemoo de material de uma ou mais superfcies; pode ser geral ou localizada. Trincas superficiais conectadasTrinca conectada a uma ou mais trincas superficiais. Trincas subsuperficiaisTrinca sob a superfcie do metal. Formao de microfissuras /

microvaziosFissuras ou vazios sob a superfcie do metal. Alteraes metalrgicasAlteraes na microestrutura do metal. Alteraes dimensionaisAlteraes nas dimenses fsicas ou na orientao do metal. Empolamento por hidrognioFormao de bolhas induzidas pelo hidrognio em incluses no metal. 9.2 Mecanismos de danos mecnicos A tabela a seguir, mostra alguns dos tipos de danos mecnicos mais comuns na indstria: Mecanismos de danosTipos de danos Eroso por slidosPerda de espessura Eroso por gotasPerda de espessura CavitaoPerda de espessura Desgaste por atritoPerda de espessura FadigaTrincas superficiais conectadas, trincas subsuperficiais Fadiga trmicaTrincas superficiais conectadas Corroso fadigaTrincas superficiais conectadas Ruptura por fluncia etenso Formao de microfissuras/ microvazios, trincas subsuperficiais, trincas conectadas, alteraes metalrgicas, alteraes dimensionais. Trincas por flunciaFormao de microfissuras/ microvazios, trincas subsuperficiais, trincas superficiais conectadas. Sobrecarga (colapsoplstico) Alteraes dimensionais, perda de espessura. Fratura frgilAlteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. 9.3 Mecanismos de danos metalrgicos e pelo Ambiente Interno A tabela a seguir, mostra alguns dos tipos de danos mecnicos mais comuns na indstria: Mecanismos de danosTipos de danos Fuso incipienteFormao de microfissuras / microvazios, trincas subsuperficiais, trincas superficiais conectadas, alteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Esferoidizao e grafitizao

Formao de microfissuras / microvazios, trincas subsuperficiais, trincas superficiais conectadas, alteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. EndurecimentoAlteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Fragilizao por fase sigma Alteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Fragilizao ao revenidoAlteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Trincas de reaquecimentoTrincas superficiais, alteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Fragilizao por precipitao de carbonetos Alteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. CarbonetaoAlteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. DescarbonetaoAlteraes metalrgicas, alteraes nas propriedades do material. Os materiais usados na fabricao dos vasos de presso podem conter descontinuidades no seu interior decorrentes da fabricao de lingotes, como por exemplo, dupla laminao, vazios, ou incluses nometlicas, as quais podem ter passado despercebidas por ocasio da inspeo de fabricao. Outras causas usuais de falhas de fabricao ocorrem na unio dos componentes do vaso de presso por soldagem, gerando descontinuidades tais como falta de fuso, falta de penetrao, mordedura, trincas de fuso, incluso de escria, porosidade, etc. 9.4 Causas desconhecidas de deteriorao Como a corroso e as diversas cincias que abrangem o estudo de anlises de falhas tm suas bases cientficas bem definidas, deve-se inicialmente a qualquer diagnstico de mecanismo de deteriorao esclarecer os mecanismos bsicos do dano em questo. comum que o inspetor se depare com mecanismos de deteriorao no detectados ainda por ele, seja porque a sua unidade de processo modificou os parmetros operacionais, ou mesmo porque tenha ocorrido eventos inesperados na operao da unidade. Nesses casos, aconselha-se que o inspetor no diagnostique precipitadamente uma falha como tendo uma causa desconhecida de deteriorao, pois h uma grande chance de que se esteja diante de um mecanismo j documentado, mesmo que seja raro. necessrio que o inspetor se aplique na pesquisa bibliogrfica e recolha a opinio tcnica de outros inspetores para determinar de forma fundamentada a real causa de deteriorao do equipamento em questo.

No se afirma aqui que no existam mais fenmenos fsicos, qumicos, metalrgicos ou mecnicos de degradao de materiais e equipamentos a serem descobertos, uma vez que se entende a cincia como desbravadora de novos campos sempre que se encontra algo inusitado. Apenas notamos que o avano da mesma ocorre de forma gradual e que no se depara com novas descobertas diariamente em termos de inspeo de equipamentos. A preocupao vai no sentido de embasar o inspetor de equipamentos para que este se sinta seguro quando executar um estudo de falhas e no caia em descrdito ao afirmar constantemente que encontrou algo novo simplesmente porque ignorava o fenmeno deparado. A seguir apresentamos um roteiro que julgamos bastante abrangente e que, se no for completo, pelo menos apresenta um procedimento para estudo de anlise de falhas que julgamos til para o inspetor: 1 passo: determinar o material em anlise quanto : 9 composio qumica; 9 presena de impurezas; 9 processo de fabricao; e 9 tratamentos trmicos e mecnicos. 2 passo: discriminar o meio quanto : 9 composio qumica de fluidos; 9 temperatura; 9 presso parcial das fases presentes; 9 pH; e 9 existncia de slidos em suspenso. 3 passo: levantar as condies operacionais: 9 histrico de variaes de presso; 9 histrico de variaes de temperatura; 9 condies de imerso no meio; e 9 movimento relativo entre material e meio. 4 passo: anlise das evidncias da falha: 9 medio de propriedades mecnicas do material degradado, tais como dureza, tenacidade ao impacto, resistncia trao, etc.; 9 anlise qumica de resduos de corroso; 9 anlise metalogrfica da regio de falha; 9 existncia de trincas; e 9 medio de tenses residuais no material. 5 passo: anlise das informaes 9 levantar bibliografia e efetuar pesquisa de falhas com caractersticas semelhantes; 9 levantar possveis mecanismos de deteriorao; 9 efetuar testes e exames adicionais para excluir as hipteses do item anterior e encontrar o mecanismo que conduziu falha; e 9 coletar opinio de outro especialista para confirmar a concluso da investigao (opcional). Caso no se atribua falha nenhum mecanismo conhecido de fato, recomenda-se que se publique a ocorrncia em anais e congressos para difundir o conhecimento relativo inspeo de equipamentos e manuteno da integridade de modo a aumentar a segurana e evitar possveis acidentes na indstria em geral. 10 PREPARATIVOS PARA INSPEO

Em qualquer atividade de inspeo, a preparao essencial para atingir os objetivos com eficcia e eficincia. Cada vaso de presso deve ser analisado detalhadamente, visando identificar deteriorao especfica ou inerente a seu servio. No entanto, enumeramos as seguintes providncias genricas que podem ser adotadas antes de iniciar a inspeo: 10.1 Anlise da Documentao Coletar todos os desenhos, folhas de dados tcnicos e croquis do equipamento e observar as seguintes caractersticas: - condies de projeto (fluido, presso, temperatura, etc); - dimenses e aspectos de fabricao (tipo de calota, espessuras dos componentes, acessrios internos, existncia ou no de bocas de visita para acesso ao interior do vaso, etc); - materiais envolvidos; Analisar os ltimos trs relatrios de inspeo, visando constatar registro de alteraes de projeto, ocorrncia de deteriorao ou defeitos e analisar criticamente os mtodos de inspeo utilizados; Verificar se as recomendaes de inspeo foram atendidas ou a existncia de pendncias. Verificar registros operacionais das temperaturas, presses e fluidos do processo; Verificar ocorrncias operacionais que possam interferir na vida til do equipamento, tais como: surto de sobrepresso, temperaturas acima da projetada, fluidos contaminantes no previstos, vibraes, vazamentos e cargas no previstas; Pesquisar a ao do fluido do processo e seus contaminantes nos materiais envolvidos, considerando as condies operacionais. Quando o equipamento operar com diversos fluidos e condies no definidas (por exemplo, vaso pulmo ou sump), recomenda-se uma anlise para a pior condio; 10.3 Ciclos de Parada e partida do Equipamento Verificar data do incio de operao do equipamento, ocorrncia de hibernaes e incio de ltima campanha; Verificar os ciclos trmicos envolvidos (tenses trmicas);

10.4 Procedimento de Inspeo Caso existam, utilizar os planos ou procedimentos de inspeo estabelecidos para o vaso. Caso no existam planos ou procedimentos de inspeo do equipamento, identificar mtodos e tcnicas de inspeo a serem utilizadas, bem como as seguintes informaes: 9 Norma ou critrio de aceitao; 9 Suscetibilidade a determinado tipo de descontinuidade ou falha; 9 Local mais suscetvel deteriorao. 10.5 Material e Equipamentos de Inspeo Coletar desenhos, croquis e formulrios, bem como das ferramentas, materiais e instrumentos necessrios para a realizao da inspeo do vaso de presso; Verificar as condies e o funcionamento das ferramentas e dos instrumentos que sero utilizados na inspeo. Sugerimos que o inspetor leve para o local da inspeo ou tenha disponvel para quando necessrio: lanterna, luminria de segurana, martelo, pano, lixas, escova manual, esptula, marcador industrial, giz, lpis cera, raspador, estilete, m, trena, prancheta com formulrios, sacos plsticos para amostragem, medidor de espessura por ultra-som, lupa, conjunto de lquido penetrante, mquina fotogrfica, medidor porttil de dureza, nvel e espelho. 10.6 Preparao do Equipamento para o Servio em Local Confinado 9 Limpeza O equipamento em que ser realizado o servio deve estar vazio, lavado, drenado, desgaseificado, purgado e esfriado. 9 Isolamento Recomenda-se o isolamento dos demais equipamentos de processo atravs de raquetes e flanges cegos ou, sempre que possvel, desconectar as tubulaes de entrada e sada dos equipamentos e ved-las com flange cego. 9 Atmosfera do Local Confinado A ventilao/exausto permanente fundamental para eliminar ou minimizar a presena de substncias txicas e/ou inflamveis e garantir a ausncia de formao de misturas explosivas. Sempre que possvel, a atmosfera do local deve estar isenta de misturas explosivas ou de substncias txicas e/ou inflamveis, tais como o sulfeto de ferro (FeS) que sofre combusto espontnea quando seco e exposto ao oxignio.

Recomenda-se que no seja permitida a entrada em locais confinados com atmosferas inertes, tais como nitrognio (N2), dixido de carbono (CO2), freon e outros txicos ou no, em que o teor de oxignio esteja abaixo dos padres aceitveis, sem conjunto autnomo ou equipamento de ar mandado e sem o acompanhamento da sentinela de emergncia descrito no item 6.7.3. O interior do local, nestes casos, deve ser monitorado contnua ou periodicamente com relao explosividade, aos nveis percentuais de oxignio, H2S e/ou outros gases prejudiciais sade. O monitoramento no deve ser efetuado apenas prximo entrada do equipamento, pois no medir a concentrao efetiva de gases no interior do equipamento. A adequao da iluminao e os acessos aos locais de interesse da inspeo devem ser observados de modo a verificar necessidade de montagem de andaimes e/ou instalao de luminrias. Recomenda-se iluminao com uma tenso abaixo de 50V para evitar acidentes provenientes de choques eltricos. A delimitao da rea de trabalho e a colocao de avisos de preveno devem ser identificadas e determinadas pelo responsvel pela segurana industrial. 10.7 Segurana e proteo Individual do Inspetor 9 Documento de autorizao de trabalho Recomenda-se que a entrada em local confinado para limpeza, inspeo ou manuteno seja efetuada aps emisso de documento de autorizao de trabalho por funcionrio autorizado, mesmo que tenham sido observadas todas as etapas previstas para descontaminao. O inspetor deve informar-se com o emitente do documento de autorizao de trabalho quanto aos riscos envolvidos, s caractersticas e precaues referentes aos produtos eventualmente presentes, aos riscos de alteraes das condies da atmosfera do local confinado quando da remoo de crostas, borras, bem como quanto aos equipamentos de proteo individuais (EPI) requeridos. 9 Equipamentos e medidas de segurana adicionais Apesar de observado todo o procedimento necessrio para a descontaminao do local confinado, substncias txicas, inflamveis ou explosivas podem ser liberadas lentamente de resduos slidos aderidos s paredes. Assim, se o equipamento opera normalmente com fluidos de processos que no permitam garantir a ausncia de substncias txicas no seu interior, para a entrada no local confinado, recomenda-se que o inspetor utilize: 9 proteo respiratria; 9 roupa especial de proteo; 9 permanncia de sentinela equipada para socorro; 9 cinto de segurana tipo pra-quedista para resgate, com corda de salvamento de comprimento suficiente para permitir sua sada do local confinado.

Aps a interrupo de trabalhos, por qualquer motivo, antes do seu reincio, todos os procedimentos de monitorao devem ser repetidos. Aconselha-se no efetuar inspeo interna de um vaso de presso sem a presena de uma sentinela. Independente do risco existente, para toda entrada em local confinado, importante a presena de uma sentinela. A sentinela deve ser treinada sobre os procedimentos a tomar em situaes de emergncia. Ao sinal de qualquer anormalidade, a sentinela deve orientar o inspetor que estiver no local confinado, para que saia imediatamente. A sentinela deve posicionar-se de tal forma que, a qualquer momento possa prestar assistncia ao inspetor que estiver no interior do local confinado. Em casos de emergncia com o inspetor no local confinado, a sentinela deve acionar um alarme e aguardar a chegada de socorro. Em nenhuma circunstncia, a sentinela deve entrar no local confinado sem o auxlio de outros colaboradores e desprovido dos equipamentos de proteo. A sentinela no pode ausentar-se do local, caso o inspetor ainda se encontre no interior do local confinado. 9 Equipamentos Rotativos e/ou Energizados Quando o servio for executado em equipamento com partes mveis no seu interior (agitador, mexedor, etc), necessria a desenergizao, a colocao de dispositivo que impea o acionamento acidental do equipamento e, sempre que possvel, a desconexo dos cabos do motor. Antes de qualquer trabalho com mquinas eltricas portteis ou iluminao eltrica porttil em local confinado, o inspetor deve verificar visualmente as condies das mquinas, luminrias, cabos e extenses. Recomenda-se no utilizar, dentro do equipamento, cabos eltricos com emendas, ou condutores expostos. 1 RESPONSABILIDADE PELA INSPEO A NR-13 Norma Regulamentadora para Caldeiras e Vasos de Presso, define no subitem 13.10.6 que a inspeo de segurana de vasos de presso deve ser conduzida por um Profissional Habilitado, podendo contar com a participao de tcnicos de inspeo ou inspetores de equipamentos.

de responsabilidade do Profissional Habilitado, orientar a preparao das inspees de segurana, participar das inspees, revisar e assinar os relatrios de inspeo e o registro de segurana. Aos tcnicos de inspeo e inspetores de equipamentos cabe a responsabilidade de preparar as inspees de segurana de acordo com as orientaes do PH, executar as inspees, elaborar e assinar os relatrios de inspeo. Mesmo para os vasos de presso no enquadrados na NR-13, devem ser observadas as determinaes dos CREAs quanto s responsabilidades sobre as inspees. 12 TCNICAS DE INSPEO Consiste de uma verificao visual detalhada da superfcie externa do vaso de presso e sistemas que o compem, complementada sempre que necessrio pela utilizao de ferramentas auxiliares e aplicao de ensaios no-destrutivos. A periodicidade das inspees externas deve ser estabelecida em funo das condies do processo e ambientais do local da instalao, e deve estar definida no programa de inspeo do vaso de presso, com o devido cuidado para que no sejam ultrapassados os limites definidos na legislao vigente. Para os vasos de presso novos sujeitos a exigncias legais de inspeo, deve ser feita inspeo inicial no local definitivo de instalao, atendendo ao disposto na legislao vigente. A inspeo externa pode ser realizada com o vaso de presso em condies normais de operao, ou por ocasio das paradas do equipamento. Para que a inspeo possa ser conduzida de forma objetiva, cabe ao inspetor seguir o planejado na fase de preparao e cumprir completamente cada etapa da inspeo antes de passar para a seguinte.

Como primeira ao da inspeo externa, deve ser verificado se o equipamento est operando em condies de presso e temperatura compatveis com o projeto. Trabalho acima dos limites de projeto compromete a segurana das pessoas, instalaes e do meio ambiente. 9 Identificao e Instalao No texto da Norma Regulamentadora NR-13 esto descritas condies de identificao e instalao para os vasos de presso nela enquadrados, e que devem verificadas durante as inspees externas. Para os demais vasos, no existem regras definidas.

9 Isolamento Trmico Inspecionar visualmente todo o isolamento trmico, buscando identificar locais de possveis infiltraes de umidade, de guas de chuvas ou de sistemas de dilvio. Juntas sobrepostas das chapas que compem o capeamento metlico abertas ou mal feitas e trincas no recobrimento asfltico das partes sem capeamento so reas preferenciais para infiltraes. Partes frouxas ou soltas e regies com bolses (grandes empolamentos), tambm devem ser verificadas. Por questes de segurana essas regies devem ser abordadas com cuidado em vasos operando, nos quais o histrico mostre ocorrncia de corroso interna intensa, principalmente naqueles que operam em temperaturas altas. Em vasos fora de operao, todo o trecho deve ser removido para anlise da causa. As regies sob as plataformas do topo, quando existentes, e junto s conexes e olhais de suportes so as mais sujeitas a conterem falhas no isolamento trmico. Para os vasos verticais, observar com cuidado a regio da juno do isolamento trmico com a proteo contra fogo da saia. Deve-se remover trechos do isolamento trmico para avaliar as condies das chapas do costado, principalmente nos vasos de presso que operam em baixas temperaturas (isolados a frio). Para esses vasos, necessria uma amostragem mais abrangente ou mesmo a remoo total do isolamento, pois a experincia mostra que pode haver condensao ou de umidade entre a parede do vaso e o isolante trmico, com instalao de processo corrosivo em reas localizadas, estando o restante da superfcie completamente s. Essas reas esto localizadas principalmente nas partes inferiores dos vasos. Muitos vasos de presso possuem pintura anticorrosiva sob o isolamento trmico e, nesse caso, essa pintura deve ser inspecionada quanto existncia de falhas localizadas (rompimento da pelcula). Para os vasos de presso isolados a frio, essas falhas propiciam o aparecimento de reas andinas em relao ao restante da superfcie. O capeamento metlico do isolamento deve ser verificado quanto ao estado fsico e, se necessrio, ser recomendada a substituio total ou parcial. Os defeitos mais comuns encontrados em pinturas de proteo de equipamentos industriais so os seguintes: 9 Empolamentos Principais causas de empolamentos em pinturas: 9 presena de umidade, leos, graxas ou de sujeiras durante a aplicao. Aparece em curto prazo aps a aplicao; 9 operao do equipamento, mesmo por perodos curtos, em temperaturas acima do limite de resistncia da tinta. Aparecimento imediatamente aps a ocorrncia; 9 incompatibilidade entre camadas das tintas que compem o esquema de pintura; 9 intervalos inadequados entre as demos, causando problemas de ancoragem entre as camadas;

9 condies de processo que permitam formao de hidrognio atmico. Pode haver empolamento da pintura, que nesse caso poder aparecer de forma generalizada ou localizada. Para identificar a causa provvel do empolamento, deve-se romper alguns deles e observar o interior da bolha, verificando se existe alguma forma de contaminao ou presena de gua ou algum outro lquido. No caso de empolamentos por hidrognio, o interior das bolhas estar sempre limpo e seco. O inspetor verifica ainda, se o empolamento, est restrito tinta de acabamento ou atinge tambm a tinta de fundo. No primeiro caso deve recomendar recomposio da pintura de acabamento e, no segundo, recomendar o reparo ou repintura usando o esquema completo de pintura. 9 Empoamento Significa deteriorao superficial da pintura, de modo uniforme e progressivo, por ao de raios ultra violeta. Deve ser avaliada a intensidade do desgaste para decidir o que recomendar; refazer a pintura de acabamento ou todo o esquema, ou ainda, especificar um esquema mais adequado. Desgaste em reas localizadas, devido ao de partculas slidas carreadas por ventos freqentes em uma mesma direo. A avaliao deve se conduzida da mesma forma que o item anterior; 9 Fendilhamento, Gretamento, Enrugamentos e Presena de Pontos de Corroso Dispersos pela Superfcie Pintada. O aparecimento desses defeitos sugere: 9 em pinturas recentes: aplicao incorreta; 9 em pinturas relativamente novas: esquema de pintura inadequado; 9 em pinturas velhas: trmino da vida til do sistema. Para todos esses defeitos, a reparao requer a aplicao do esquema de pintura completo. reas queimadas ou com mudana de colorao em vasos refratados internamente indicam possvel avaria do refratrio interno. Nesse caso, a inspeo visual deve ser complementada por tomada de medidas de temperatura da chapa na regio afetada, para verificao de possveis riscos para a integridade do equipamento. prtica usual se recomendar a repintura total, caso a rea afetada resulte maior que 30% da superfcie total.

As normas ASTM D 610, D 659, D 661 e D 714 apresentam padres fotogrficos que podem ser usados como auxiliares na avaliao de pinturas. As regies dos vasos de presso mais susceptveis ao aparecimento de processos corrosivos devidos a falhas na pintura so: 9 cordes de solda manuais: nessas regies, devido s irregularidades da superfcie, no h uniformidade da espessura da pelcula protetora. 9 topo do vaso: causada por baixa aerao, quando existem plataformas muito prximas ao casco. Essa forma de ataque comum nos vasos esfricos, torres e cilindros de armazenamento de gases. Essas regies so difceis de serem retocadas. 9 geratriz inferior dos vaso horizontais: causada por condensao de umidade. 9 bocais e conexes: partes dos vasos onde a pintura est sujeita a danos mecnicos por ocasio das manutenes. 9 Selas: quando o vaso simplesmente apoiado nas selas (metlicas ou de concreto) ou fixado por cordes de solda intermitentes. 9 Pedestais: causada por acmulo de detritos depositados, por objetos largados por ocasio de manutenes ou por acmulo de guas de chuvas. A avaliao da pintura de proteo deve contemplar, alm da verificao de defeitos, a conformidade das cores empregadas com a legislao de segurana em vigor. 9 Inspeo das Chapas do Costado e Pescoo dos Bocais A inspeo visual das chapas do costado dos vasos de presso deve ser meticulosa o bastante para que os problemas detectados possam ser avaliados com o cuidado necessrio para que no sejam super ou subestimados. Deve-se pesquisar conforme tabela abaixo: Tabela 1: Inspeo do costado e bocais Inspeo do costado e bocais DanoParte afetadaCausaRecomendao para ao corretiva Regies de falhas dos revestimentos protetores. Regies de acmulo de umidade. Regies afetadas por vazamentos de produtos. Regies com baixa aerao em Relao ao conjunto. Regies de contato com materiais Dissimilares. Anlise do trecho corrodo para tomada de deciso quanto a: a) conviver com a situao nesse caso, recomendar aes para estacionar o processo corrosivo. b) reparar recomendar o preenchimento por soldagem usando procedimento qualificado. c) substituio do trecho corrodo delimitar a rea a substituir e recomendar a substituio. Atentar para a necessidade da emisso de projeto de alterao e reparo. Corroso localizada Qualquer parte do vaso

Parte exposta das roscas das Conexes roscadas. Porcas e parte exposta dos Chumbadores. Substituio das peas afetadas. Definir a ocasio adequada, aguardar parada ou substituio imediata. Estojos frouxos. Reaperto dos estojos. Estojos frouxos ou apresentando Escoamento. Corroso em faces de vedao de Flanges. Reaperto ou promover maior aerao dos estojos ou resfriar os estojos. Instalar braadeiras com selante. Correo ou substituio dos flanges. Vazamento Em junta deVedao Conexes Falha da junta de vedao. Analisar os riscos envolvidos e tomar deciso sempre baseada na preservao das pessoas, meio ambiente e instalaes. Vazamento Por furo em Chapa. Corpo, tampos ou pescoo de Conexo Corroso externa interna localizada.Retirar de operao para anlise e definio da ao corretora. Trincas em Chapas do corpo, tampos ou pescoo de conexo Corroso sob tenso Dupla laminao que aflorou Superfcie externa. Trincas nucleadas por incluses Internas. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente, preferencialmente por um especialista. Trincas em Cordes de Solda e zonas Adjacentes. Soldas do corpo e dos tampos Tenses residuais de soldagem. Tratamento trmico no adequado. Presso causada por hidrognio ou Metano retido em descontinuidades Internas.

Cada caso deve ser analisado cuidadosamente, preferencialmente por um especialista. Empolamento Por HidrognioChapas do corpo, tampos e pescoo deconexo. Gerao de hidrognio atmico no Processo. Fazer anlise da regio afetada, dimensionando os empolamentos maiores e pesquisando a existncia de trincas ao redor. Consultar literatura especfica ou especialista. DeformaesDo costado Partes Pressurizadas Sobrepresses. Aquecimentos localizados Tenses geradas por tubulaesAcopladas ao vaso. Fazer anlise da integridade do equipamento A inspeo visual desse componente deve estar sempre contemplada no planejamento da inspeo externa. Alguns pontos devem ser verificados com mais cuidado, como a saia dos vasos verticais na juno com o corpo, regio sujeita a processos corrosivos localizados sob a proteo contra fogo. Deve ser verificada tambm a rea exposta dos chumbadores e, com auxlio de um martelo de inspeo, avaliada a integridade das porcas de fixao do equipamento. A verificao desses pontos muito importante nos vasos de presso verticais, principalmente nas torres. O concreto da proteo contra fogo e das bases deve ser verificado quanto existncia de trincas ou esboroamento devido a corroso das ferragens internas. As trincas dos suportes podem ser conseqncia de recalques. Nos vasos de ao carbono, comum a instalao de processo corrosivo intenso no clip de fixao do cabo de cobre ao vaso. O martelo de inspeo deve ser usado para verificar a integridade da ligao. 9 Escadas e Plataformas. O problema mais comuns encontrado nas escadas e plataformas a corroso devida a deteriorao da pintura de proteo. Devem ser verificados com ateno os degraus e guardacorpos das escadas, pois da sua integridade depende a segurana do pessoal que acessa o equipamento. Para as plataformas, deve ser verificada a existncia de regies com sinais de acmulo de guas de chuvas. Nessas regies, recomendvel fazer um furo na chapa para a drenagem das guas, evitando o empoamento.

Devem ser verificados o estado fsico aparente e sinais de vazamentos. Para dispositivos do tipo vlvula de segurana ou alvio, se a presso de abertura menor ou igual presso mxima de trabalho, se existem vlvulas de bloqueio montante ou jusante e se, em caso positivo, esto instalados dispositivos contra o bloqueio inadvertido. O programa de inspeo deve ser consultado para verificar se existe coincidncia da inspeo externa do vaso com a manuteno e calibrao do dispositivo. 9 Medio de Espessuras e Clculo da Vida Residual comum as medies de espessuras coincidirem com as inspees externas. O procedimento de inspeo deve ser consultado quanto s pocas previstas e as exigncias de capacitao do pessoal executante e de calibrao dos instrumentos de medio. Para a monitorao da integridade fsica, recomenda-se que o vaso de presso seja inspecionado internamente, segundo uma freqncia adequada s suas condies de projeto, condies operacionais e de acordo com as legislaes aplicveis. A inspeo interna, de uma forma geral, realizada simultaneamente ou precedida pela inspeo externa. As primeiras providncias para a realizao da inspeo esto descritas no item 10 acima Preparativos para Inspeo, onde ressaltamos as medidas de segurana e proteo individual do inspetor. A inspeo visual interna de grande importncia para a identificao de mecanismos de danos internos, cujas caractersticas sejam de ataques no uniformes e que seja difcil a sua localizao por meio de Ensaios No Destrutivos externos. Em uma inspeo visual interna de um vaso de presso, o inspetor dirige sua ateno para: 9 no momento da abertura do vaso, verificar a existncia de depsitos, resduos, incrustaes, observando o tipo, quantidade e localizao. 9 Recolher amostras para anlise, se necessrio; 9 inspecionar o costado, as calotas, cordes de solda e conexes quanto a deformaes, trincas, corroso e eroso, danos devido a limpeza ou manuteno; em algumas situaes, pode haver a necessidade de remoo de componentes internos do vaso. 9 verificar a ocorrncia de danos por hidrognio; 9 avaliar o estado interno das conexes quanto corroso e obstruo; 9 verificar a integridade do revestimento interno (clad, lining, pintura, refratrios e outros ) quanto corroso, estufamentos, trincas nas soldas, eroso; 9 examinar o posicionamento, a fixao e a integridade de componentes internos, quando houver, tais como: distribuidores, tubulaes, serpentinas, defletores, demister, ciclones, grades, antivrtice, parafusos e porcas; e identificar os locais a serem preparados para inspeo por Ensaios No Destrutivos. A medio de espessura o ensaio de realizao mais freqente e tomado como base para os clculos das taxas de corroso.

Abaixo segue uma tabela resumo com as principais tcnicas de inspeo usadas na deteco de danos nos vasos de presso. Classificao Tcnica Informao coletada Vantagens Limitaes EXAME VISUAL: exame da regio a ser inspecionada com viso direta ou com auxlio de pequena ampliao. Marcas de abraso, trincas de maior porte, amassamentos, etc. Pode ser executada no campo, sem necessidade de equipamentos especiais. Pode ser fotografado. Baixa resoluo / Detectabilidade. MICROSCOPIA (tica ou eletrnica): ensaio de campo ou atravs de rplica metalogrfica Microestrutura do componente, por osidades, microtrincas (se incidentes na regio estudada). Indicaes do comportamento metalrgico do material, indicaes de danos ainda em pequena escala. Custo, dificuldade de se realizar no campo, limitao da rea estudada. MAGNETISMO: aplicao por contato ou proximidade de elemento magntico. Identifica se o material ou no ferro magntico. Identificao rpida e confivel para uma classificao geral do material (ligas ferrticas, de nquel ou cobalto) Variaes de ligas e propores (p.ex. soldas que contenham estr uturas austenticas). RESISTNCIA ELTRICA: aplicao de corrente contnua ou alternada ao material e medio de potencial resultante ou modificao do potencial. Trincas abertas superfcie. Taxa de Corroso ou desgaste (tcnica de monitorao contnua ou intermitente). Integridade do revestimento. Tcnica simples e Interpretao relativamente fcil.

Deteco de trinca s pode ser precisa se a trinca for normal superfcie e sua largura 3 vezes maior do que sua profundidade. Calibrao precisa. Pode exigir correo de temperatura. Exames Fsicos LQUIDOS PENETRANTES: aplicao e posterior revelao de lquidos penetrantes. Indicaes gerais de incidncia de trincas abertas superfcie. Tcnica simples e rpida. Resoluo at 0,5mm de extenso. Pode ser realizado registro fotogrfico. Existem padres internacionais. Somente detecta trincas abertas superfcie. O PENETRANTE PODE CONTAMINAR OS PRODUTOS DE CORROSO, EVENTUALMENTE TORNANDO SUA IDENTIFICAO QUMICA POSTERIOR IMPO SSVEL. Resoluo depende fortemente da condio de limpeza da superfcie e da habilidade do operador. Indicaes gerais de incidncia de trincas abertas superfcie ou no, desde que prximas superfcie. Tcnica simples e rpida. Melhor resoluo e sensibilidade do que o lquido penetrante. Existem padres internacionais. Somente detecta trincas prximas superfcie. O material a inspecionar deve ser magntico. O VECULO PODE CONTAMINAR OS PRODUTOS DE CORROSO, EVENTUALMENTE TORNANDO SUA IDENTIFICAO QUMICA POSTERIOR IMPOSSVEL. RADIOGRAFIAIndicao volumtrica da incidncia / extenso / localizao / orientao de trincas e defeitos. Espessura do material limitado apenas pelo poder da fonte. Fcil de interpretar. Bom para geometrias complexas. Grandes reas podem ser inspecionadas juntas. Existem padres internacionais Usualmente a radiao penetra na transversal, dificultando a deteco de trincas radiais. Demanda cuidados especiais quanto radiao. Requer equipamentos especiais e manuseio prprio. Temperatura limite aprox. de 50C . EMISSO ACSTICA: deteco por transdutores de sinais acsticos refletidos pelos defeitos. Incidncia e localizao de trincas em evoluo (particularmente em vasos de presso pressurizados).

Pode ser aplicado em grandes equipamentos, Continuamente ou intermitente. Requer poucos equipamentos. Interpretao de moderada a difcil, demandando experincia. Tcnica de emprego passivo. MEDIO DE TEMPERATURA: lpis trmico, giz, outros. Medio da temperatura da superfcie, dentro da faixa especificada. Tcnica rpida, simples e confivel. No requer equipamento especial. Fcil interpretao. Somente indica a temperatura da superfcie. Baixa resoluo (tipicamente de 50C). MEDIO DE TEMPERATURA: pirmetros de radiao, infravermelho, termografia Medio da temperatura da superfcie, em ampla faixa (- 20C a 2000C ou mais). Tcnica rpida, e relativamente simples. Deteco de radiao infravermelha pode indicar temperaturas sob isolamento, etc. Boa resoluo (at 0,1C). Para termografia possvel registro em vdeo. Fcil interpretao. Tcnicas com infravermelho sujeitas a erro se houver presena de vapor dgua e CO2, que absorve a radiao. Requer equipamento especial. PRESSO Presso do fluido, contnua ouvariao. Relativamente simples medio e interpretao. Equipamento simples e com boa resoluo. Pode exigir tomada de acesso especial. Exames Qumicos TESTE POR PONTOS: aplicao de reagentes para indicar a presena de componentes. Presena ou ausncia de elementos qumicos na composio do material. Relativamente simples e confivel. Fcil interpretao. Material simples. Requer experincia do operador. No indica a composio completa do material. Limitado a uma certa gama de materiais. Exames mecnicos TESTE DE DUREZA: aplicao de um micro ensaio de dureza em rea determinada do material.

Dureza do material no localtestado. Tcnica simples e rpida. Interpretao fcil e imediata. Pode alterar a superfcie e a estrutura do material, demandando cuidado e ateno na escolha do local a ser ensaiado. Mede apenas a dureza da micro regio ensaiada. 12.3 Efetividade das Tcnicas de Inspeo Nenhuma tcnica de inspeo considerada altamente efetiva para todos os tipos de danos. Para a maioria dos tipos, podem ser utilizadas mais de uma tcnica, cada uma complementando a outra. A tabela a seguir mostra um resumo da aplicao das Tcnicas de Inspeo e sua efetividade: Mecanismos de Danos Tcnica de Inspeo Perda deEspessura TrincasSuperficiais Trincas Subsuperficiais Formao de microfissuras Transformaes metalrgicas Alteraes Dimensionais Empolamentos Inspeo Visual 1- 32 34441 - 31 3 US feixe normal 1 - 3 43 42 3441 2 US feixe angular 41 21 2 3444 PM41 23 4 4 4 Emisso Acstica 41 31 3 4443 4 Eddy Current1 21 21 23 4

Radiografia1 3 3 43 4441 2 4 Medies Metalografia42 3 2 32 31 244 1 Altamente efetivo; 2 Moderadamente efetivo; 3 Possivelmente efetivo; 4 No utilizado normalmente 12.4 Teste de Presso Ao trmino dos servios de inspeo e de manuteno, onde so recomendados e executados reparos que podem ter afetado a estrutura do vaso, torna-se necessrio realizar testes de presso que podero ser feitos com gua, ar, vapor, ou outro meio que proporcione igual efeito de presso, sem aumento dos riscos inerentes ao teste. A NR-13 exige uma periodicidade do teste de presso em funo das caractersticas do vaso e de suas condies operacionais. O teste de estanqueidade tem como objetivo assegurar a inexistncia de vazamentos, sem considerar aspectos de integridade estrutural do equipamento. Vazamentos de acessrios internos de vasos de presso causam perdas de eficincia, podendo ainda acarretar em acmulo de produtos em locais no previstos do vaso, provocando deteriorao do mesmo. Em vasos de presso, temos os exemplos, a saber: 9 Estanqueidade das conexes e bocas de visita: so fechadas todas as conexes para preenchimento do vaso com o fluido de teste e observado se h vazamento pelas juntas, pelo simples exame visual, ou usando-se detectores apropriados em funo do fluido utilizado; 9 Bandejas de torres de destilao: neste teste, a bandeja inundada com gua at a altura da chapa de nvel do vertedor, sendo seu esvaziamento espontneo cronometrado. A inspeo visual da parte inferior da bandeja indicar o nmero de gotas que vazam na unidade de tempo atravs das regies de vedao do assoalho da bandeja; 9 Chapas de reforo: o teste, nesse caso, consiste em colocar ar comprimido ou gs inerte atravs de um niple com entalhe na extremidade, conectado ao furo de ensaio. O entalhe no niple para evitar o bloqueio de gs no caso de a extremidade do niple entrar em contato com o casco do vaso. A chapa deve ser pressurizada com uma presso entre 0,7 a 1,0 Kgf/cm2. Aps 15 minutos de pressurizao, deve ser colocada sobre as soldas em teste uma soluo formadora de bolhas. Em geral, o teste hidrosttico tem como finalidade a verificao da integridade estrutural do equipamento e se baseia sempre na atual presso mxima de trabalho admissvel do vaso de presso.

Para a execuo do teste hidrosttico, deve ser considerado o cdigo de projeto, a instalao, as condies de suportao e de fundao do vaso de presso. O teste hidrosttico em vasos de presso consiste na pressurizao com um lquido apropriado a uma presso cujo valor no ponto mais alto do vaso a presso de teste hidrosttico. Recomenda-se que o teste hidrosttico no seja executado numa temperatura do fluido abaixo de 15C, para prevenir fratura frgil, exceto para cascos de vasos integralmente construdos com materiais adequados para baixas temperaturas. Outra advertncia segue para vasos construdos em aos inoxidveis austenticos, ou revestidos por eles, onde a concentrao de cloretos na gua no deve ultrapassar 50 ppm para se evitar posterior corroso sob tenso. Como exemplo, citamos o cdigo ASME na seo VIII, diviso I, o qual determina que a presso do teste hidrosttico deve ser igual ou maior, em qualquer ponto do vaso, a: Ptp = 1,5.PMA.(Sf/Sq), onde: PMA presso mxima admissvel de trabalho do equipamento na situao corroda na temperatura de projeto; Sf tenso admissvel do material temperatura do teste; e Sq tenso admissvel do material na temperatura de projeto. Este o mnimo valor que o cdigo estabelece. Caso o projetista ou o dono do equipamento deseje estabelecer um valor mais conservador, este deve se basear em um procedimento alternativo de acordo com o prprio cdigo ASME. Na realizao do teste hidrosttico, costumam-se usar, no mnimo, dois manmetros aferidos para a leitura dos valores de presso. Tais instrumentos devem ter um fundo de escala adequado ao valor da presso de teste. Este teste realizado quando o vaso e seus suportes e/ou fundaes no sustentam o seu peso com a gua ou quando no for possvel uma perfeita secagem para a eliminao da gua, restando traos que no so permitidos por motivos operacionais, ou quando houver acessrios internos que no possam ter contato com lquidos. Novamente, citamos o cdigo ASME que estabelece que a presso de teste no deve exceder o valor calculado pela expresso a seguir: A presso do teste aumentada gradualmente at cerca da metade da presso de teste. Aps ter sido alcanado este valor, a presso no vaso incrementada em 1/10 da presso de teste,

at a presso requerida. Em seguida, a presso reduzida a 80% da presso de teste e mantida o tempo suficiente para a inspeo do vaso. Vale lembrar que o cdigo ASME exige que todas as soldas em volta de aberturas e todas as soldas de ngulo com espessura maior do que 6 m sejam inspecionadas por partculas magnticas ou lquido penetrante para a deteco de possveis trincas. Como medida de segurana, o teste pneumtico s deve ser adotado quando no houver outra alternativa. Alm disso, durante toda a execuo do teste, incluindo a completa despressurizao do vaso, somente devero ter acesso ao vaso e suas imediaes as pessoas estritamente necessrias execuo do teste e inspeo do vaso de presso. 13 REPAROS E CRITRIOS DE ACEITAO Vasos de presso em uso podem apresentar a necessidade de reparos ou alteraes. Para manter as caractersticas originais de performance e de segurana, recomenda-se que estas intervenes sejam realizadas de acordo com critrios e procedimentos, estabelecidos com base em Normas e Cdigos reconhecidos e aceitos pela comunidade. Quando o vaso de presso for construdo de acordo com um Cdigo ou Norma, os reparos ou alteraes sero realizados conforme a seo e edio aplicvel. Quando o vaso no for construdo de acordo com um Cdigo ou Norma definido, os reparos e alteraes sero realizados, os mais prximos possveis, de critrios estabelecidos por Cdigo ou Norma aceitvel. 13.2 Materiais Os materiais utilizados em reparos ou alteraes, sero conforme os requisitos do Cdigo original. 13.3 Partes de reposio As partes de reposio que estaro sujeitas presso interna ou externa, consistindo de materiais novos fabricados por fundio, forjamento, extruso e outros processos que no utilizem solda, sero considerados como material. Estas partes recebero identificao do fabricante, de forma que seja possvel rastrear as caractersticas originais. Citamos como exemplos tubos com ou sem costura, bocais forjados, calotas, espelhos. As partes de reposio que estaro sujeitas presso interna ou externa, e que sejam prmontadas por ligaes soldadas, tero as soldas executadas de acordo com o Cdigo original de construo. O Fornecedor ou fabricante certificar que o material e a fabricao esto de acordo com o Cdigo original de construo. As partes de reposio que estaro sujeitas a presso interna ou externa, e que sejam prmontadas ou fabricadas por ligaes soldadas que requeiram inspeo de fabricao, sero inspecionadas e identificadas.

As soldagens sero executadas de acordo com os requisitos do Cdigo original de construo utilizado para o item. 13.4.2 Especificao do Procedimento de Soldagem As soldas sero realizadas de acordo com Especificao do Procedimento de Soldagem qualificada de acordo com o Cdigo original de construo ou, se isto no for possvel, por Cdigo reconhecido e aceito pela comunidade. 13.4.3 Qualificao e identificao do Soldador Soldadores ou operadores de soldagens sero identificados e qualificados para o procedimento de soldagem utilizado. Os soldadores marcaro as soldas por meio de sinetes ou sero identificados no relatrio de registro de soldagem. Os reparos e alteraes sero inspecionados, testados e ensaiados, utilizando os mtodos recomendados de acordo com as necessidades e especificaes de projeto. Ensaios cujos resultados sejam utilizados para os clculos de avaliao da integridade do equipamento, sero executados por inspetores qualificados e certificados pelo SNQC. O teste hidrosttico, conforme citado no item 12.4.2, tem sido indicado, pelos cdigos de projeto, com a finalidade de verificao da resistncia e integridade estrutural do equipamento, no momento da fabricao. A aplicao sistemtica deste teste, durante a fase operacional e aps intervenes normais de manuteno, pode, em alguns casos, introduzir ou agravar danos existentes, conhecidos ou no. Ao ser realizado um reparo, recomenda-se que a execuo deste ensaio seja avaliada por um profissional habilitado, considerando as caractersticas dos danos apresentados e dos reparos em questo. 13.7 Mtodos avanados de anlise e adequao ao uso critrios de aceitao Os equipamentos podem apresentar danos tais como trincas, perdas de espessura localizadas, deformaes ou outros, durante o perodo operacional. Existem tcnicas ou mtodos de clculo avanados, com a finalidade de definir sobre a necessidade de reparos ou alteraes, bem como freqncias e mtodos de inspees para monitorao dos danos. Nestes casos, os critrios de aceitao diferem daqueles utilizados pelos Cdigos de fabricao, podendo ser mais flexveis e admitir a existncia de danos sob condies de controle.

14 FREQNCIA E PROGRAMAO DE INSPEO De uma forma geral, os vasos de presso tm vida til prevista, estabelecida durante a fase de projeto. Este perodo de tempo determinado pelas condies de operao e pela taxa de corroso ou deteriorao, estimada para aquelas condies. Quando o vaso de presso est em sua fase operacional, as condies de operao admissveis, e o tempo durante o qual ele ir operar antes da prxima inspeo, so baseadas nas condies fsicas do vaso, conforme determinado pelo inspetor de equipamentos. Existem diversos fatores que afetam a vida til dos equipamentos e que podem ser encontrados no Item 9 desta apostila. 14.1 Intervalos de inspeo Para o estabelecimento de intervalos entre inspees, o responsvel pela inspeo deve considerar, dentre outros aspectos, as taxas de deteriorao apresentadas pelo equipamento. Devem ser respeitados os limites estabelecidos pela legislao vigente. Observa-se que, quando o equipamento opera em condies cujas taxas de deteriorao sejam maiores, a critrio do inspetor, os prazos das inspees podem ser menores do que os limites estabelecidos pela legislao. Para equipamentos no sujeitos a legislao, citamos um critrio que pode ser seguido, como orientao genrica: O perodo mximo entre inspees internas ou uma avaliao completa do vaso de presso, no seria maior do que a metade da vida til remanescente estimada para o vaso, ou dez anos, o que for menor. 14.1.1 Clculo da Vida Remanescente Onde a taxa de corroso controlar a vida do vaso, a vida remanescente ser calculada pela frmula: Vida Rem. (anos)= ()Emed Ereq Tcorr onde: EMED = espessura medida no momento da inspeo, na seo utilizada para a determinao de EREQ . EREQ = espessura mnima admissvel na seo ou zona em anlise no vaso de presso. TCORR = Taxa de corroso m/ano ou milsimos de polegada/ano de metal removido como resultado da corroso. A espessura requerida pode ser a maior das seguintes:

A espessura calculada, requerida para a presso de ajuste de abertura do dispositivo de alvio de presso excluindo a sobre espessura de corroso, A espessura mnima permitida pelo cdigo de construo original do equipamento. Para vasos novos ou para os que trocarem de condies de operao, um dos seguintes mtodos podem ser utilizados para a determinao da taxa de corroso estimada: A taxa de corroso estabelecida atravs de dados coletados pelo proprietrio, ou por usurios de vasos de presso nas mesmas condies de operao ou similares, disponveis em literatura especializada. Se os dados para as mesmas condies de operao ou similares no estiverem disponveis, a taxa de corroso pode ser estimada atravs da experincia e conhecimento do inspetor. Se a taxa provvel de corroso no puder ser estabelecida pelos mtodos anteriores, podem ser coletados valores de medies de espessuras aps aproximadamente 1000 horas de operao. Outras medies subseqentes sero realizadas, a intervalos similares, at que seja possvel estabelecer a taxa de corroso. 14.2 Ferramentas auxiliares Existem mtodos ou sistemas de clculo que podem ser utilizados como orientao para o estabelecimento de freqncias e programao de inspees: 14.2.1 Clculos Avanados para Adequao ao Uso. Adequao ao Uso um conjunto de avaliaes de engenharia, realizadas para demonstrar a integridade estrutural de um componente de vaso de presso em servio, que contenha uma falha ou dano. Este procedimento de clculo abrange a integridade do componente perante um estado atual de dano e a vida remanescente projetada. Se o resultado da avaliao indica que o equipamento est adequado para as atuais condies de operao, este equipamento pode continuar a operar nestas condies, acompanhado de um programa adequado de monitorao e inspeo. De modo geral, os tipos de danos avaliados so: fratura frgil; perda de espessura generalizada; perda de espessura localizada; corroso por pites; empolamento e laminao; desalinhamentos e deformaes; trincas; operao em alta temperatura e fluncia; danos por incndio. 14.2.2 Inspeo Baseada em Risco A Inspeo Baseada em Risco um mtodo que utiliza o risco como base para a priorizao e gerenciamento dos esforos de um programa de inspeo.

Em uma planta em operao, em geral, um percentual relativamente grande do risco est relacionado com um percentual pequeno de itens de equipamentos. A Inspeo Baseada em Risco dirige os recursos de inspeo e manuteno de modo a prover, um maior nvel de cobertura aos itens de maior risco, e uma ateno adequada aos de menor risco. O mtodo define o risco de equipamentos em operao como a combinao de dois termos separados: a probabilidade de ocorrncia da falha e a conseqncia da falha. A anlise da probabilidade baseada em um banco de dados de freqncia de falhas genrico, por tipo de equipamento, os quais so modificados por fatores que refletem a diferena entre o genrico e o item particular em anlise. A anlise da conseqncia da liberao do fluido calculada pela estimativa da quantidade liberada; pela previso da forma como o fluido atinge o meio ambiente e pela aplicao de modelos que permitem a estimativa da conseqncia. O resultado da anlise posicionado em uma matriz cinco por cinco que classifica o equipamento em nveis que vo de baixo risco a alto risco. A ltima etapa da inspeo de um vaso de presso o registro e a documentao adequadamente detalhada de tudo o que foi visto, executado, ensaiado e recomendado durante a inspeo. Os registros da inspeo so peas fundamentais para as avaliaes subseqentes da degradao dos equipamentos e tambm como futuras referncias. Funcionam como documentos integrantes do histrico operacional, e por isso devem ser organizados e mantidos por toda a vida til dos equipamentos. Toda a atividade de inspeo deve ser registrada de forma clara e completa, usualmente em forma de Relatrio de Inspeo, detalhando adequadamente o escopo da inspeo, sua abrangncia, as tcnicas e equipamentos utilizados, alm de incluir a identificao clara do(s) responsvel(eis) pelas atividades realizadas, alm de outras informaes complementares. Deve ser registrado de forma clara o perodo de execuo da inspeo, e em especial a data de sua concluso, a fim de se evitar confuso entre as datas de realizao da inspeo e de emisso do relatrio respectivo. No registro do escopo da inspeo deve-se detalhar qual equipamento foi submetido inspeo (TAG, nmero de srie ou outro identificador nico), qual ou quais as regies foram efetivamente inspecionadas, o estado da superfcie durante o servio, e a razo que levou a inspeo a ser executada. Para os vasos de presso categorizados pela NR-13, a norma define no subitem 13.10.7 o contedo mnimo para o Relatrio de Inspeo. Alm disso, a inspeo deve ser anotada, pelo

Profissional Habilitado, no Registro de Segurana do equipamento, conforme descrito no subitem 13.6.5 da norma. Nos Relatrios de Inspeo, devem estar registrados:

9 a identificao e condio fsica encontrada dos dispositivos de segurana para alvio de sobre presses;

Os Relatrios de Inspeo, mesmo na parte descritiva, devem ser claros e objetivos, devendose evitar o uso de palavras e expresses que possam dar margem a interpretaes duvidosas. Deve ser registrado tudo o que se observou em cada parte do equipamento. A ilustrao, por meio de fotos, desenhos ou croquis, importante para facilitar o entendimento de quem tenha que analisar o documento e tomar as decises necessrias, devendo ser includo sempre que julgado necessrio para o completo entendimento e interpretao das informaes ali contidas. Quando houver a deteco de deteriorao ou avaria, recomendvel a investigao e identificao de sua causa. Esta investigao porm pode se estender alm do tempo razovel para elaborao do relatrio, e mesmo transcender as responsabilidades do responsvel pela inspeo. Neste caso, a(s) causa(s) devem ser indicadas como provveis ou suspeitas. Os dados do equipamento devem ser includos, bem como as referncias consultadas para a inspeo, tanto de fontes internas (desenhos, folhas de dados), como de fontes externas (normas, padres da industria). Se houver alguma guia ou procedimento que seja utilizado como orientador especfico daquele servio de inspeo, este dever ser claramente indicado.

Se nenhum outro desenho for ser juntado ao registro da inspeo, deve-se incorporar ao menos um diagrama esquemtico, onde possa ser claramente indicado as regies inspecionadas e sua abrangncia. Por se tratar de documento de cunho legal para os vasos de presso categorizados pela NR13, as unidades de presso e temperatura utilizadas nos relatrios de inspeo devem sempre obedecer ao Sistema Internacional, por ser este o adotado no Brasil. A mesma prtica deve ser adotada para os demais vasos de presso Deve ser registrado de forma clara todo o resultado da inspeo realizada, incluindo-se as indicaes observadas, sua quantificao, localizao precisa e avaliao preliminar. Quando no houver indicaes, deve-se indicar claramente que no foi observada a existncia de indicaes, com intuito de se registrar o estado observado do equipamento durante a inspeo sem dubiedade ou incertezas. Caso exista alguma indicao que a avaliao preliminar julgue que comprometa a operao do equipamento, esta informao deve ser claramente ressaltada no relatrio, bem como as providncias tomadas (ou julgadas necessrias) para garantir a integridade operacional do equipamento. Se, mesmo encontrada a situao no conforme, o inspetor julgar no haver necessidade de ao corretiva, deve registrar e justificar tecnicamente essa deciso. Nas concluses do relatrio, deve estar escrito de modo claro, se o equipamento inspecionado est ntegro para funcionar com segurana, por qual perodo e sob quais condies. O responsvel pela execuo da inspeo dever datar e assinar o registro de inspeo, de maneira indelvel e permanente. Deve ser claramente registrado qual/quais instrumentos foram utilizados durante a realizao da inspeo (lanternas, lupas, calibres, etc). Se houver a utilizao de instrumentos que possuam controle de aferio e/ou calibrao, deve-se citar, sempre que possvel, o modelo, fabricante, nmero de srie e data de aferio. Havendo mtodo ou procedimento especial para utilizao de instrumentos de auxlio inspeo, este dever ser citado, inclusive quanto ao nmero de controle de reviso. 15.5 Sistema de arquivamento A emisso e trmite dos relatrios de inspeo geralmente percorre caminhos distintos em diferentes organizaes. Contudo, como documentos tcnicos obrigatrios (para vasos categorizados pela NR- 13), o rgo responsvel pelo armazenamento dos registros de inspeo de cada organizao deve mant-los organizados e disponveis para consulta sempre que se fizer necessrio, tanto para setores internos como para organismos de fiscalizao.