Matematica

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O ensino de matemática não pode ser hermético nem elitista. Deve levar em

consideração a realidade sócio cultural do aluno, o ambiente em que ele vive e o

conhecimento que ele traz de casa. Essas afirmações fazem parte da

etnomatemática, teoria defendida por Ubiratan D‘Ambrosio, professor emérito

de matemática da Unicamp, professor do Programa de Estudos Pós-Graduados

de História da Ciência da PUC de São Paulo, professor credenciado no Programa de Pós-

Graduação da Faculdade de Educação da USP e do Programa de Pós-Graduação em Educação

Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp.

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A teoria –Ubiratan é o principal idealizador e defensor da etnomatemática, que leva em consideração os fatos e conhecimentos que fazem parte do ambiente cultural no qual a criança vive.

• “Quando o aluno chega na escola ele traz experiências de casa, traz o conhecimento de jogos, de brincadeiras, pois já viveu sete anos produtivos e

criativos. Aprendeu a falar, andar, brincar. Isso não é aproveitado pelo sistema escolar. O professor parece que pede: ‘esqueça tudo que você fez e aprenda

números e coisas mais intelectualizadas’.”• “É mais importante aquilo que a criança pode fazer com um instrumento que trouxe de sua vida anterior à escola do que dar instrumentos novos. •Com o que ela já sabe de casa pode fazer muito e ser feliz. Só quando o aluno sentir que necessita de algo novo é que o educador deve intervir cultivando e explorando esse desejo de saber e fazer mais.• Neste momento, o professor pode dizer:‘você parou aí, vou mostrar como ir adiante’. Aos poucos, a criança irá aprender as coisas novas apresentadas. • . A matemática é isso Só que esse momento não está sendo adequadamente explorado pelo sistema educacional. Falta uma pedagogia na linha da

.etnomatemática ”

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Etno+matema+tica

•são as técnicas ou artes (ticas) de ensinar, entender, explicar, lidar com o ambiente natural (matema), social e imaginário (etno).

•Daí, estende-se esta definição à Etnociência e Etnopedagogia.

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Apresentação de situações problemas para agricultores com o intuito de conhecer os modelos matemáticos por eles usados.

Nas entrevistas verifica-se que o agricultor tem clareza no que quer medir, e observa-se as dificuldades encontradas na identificação das unidades de medidas, assim como as dos estudantes.

Os agicultores para resolverem os problemas de área utilizaram esquadrejamento e após as fórmulas matemáticas usadas na escola, mas ao fazer os cálculos com esses modelos verificou-se que ocorreram diferenças.

7,5mEx:15m 15m [15x(15:2)]

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Segundo estudo, chapas de funilaria. Conceito de cubar.Quadrado indicador de metros quadrados.Situação real para sala de aula tanto para medidas de superfícies como para novas soluções problemas.

1,20m 1,20m

2m

1,20 m² 1,20 m²

O conhecimento dos trabalhadores demostra como o conhecimento cotidiano generalizado no plano imaginativo.

A análise das representações mentais tanto tanto dos agricultores como desses três trabalhadores de funilarias permite-nos afirmar que eles têm consciência da grandeza a ser medida e da unidade de medida a ser utilizada.

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Reporta-mos ao estudo de Galperin (1987), que resssalta a importância de termos em mente o que queremos medir e, ao mesmo tempo, com que medida podemos medir. Portanto essa consciência é importante não somente para a atividade de trabalho mas também, e sobretudo, para a atividade de ensino e de aprendizagem.

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O conceito de volume está presente em diferentes situações como ferramentas de atividades de trabalho, conforme foi identificado por Grando (1998) em olarias e serrarias.

Apresentamos exemplos de situações em que o conceito de volume como o processo de contagem é utilizando como ferramenta para desenvolver atividades profissionais em olarias e serrarias.

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São situações e procedimentos que trazem em si possibilades didáticas para refletir sobre pelo menos, dois fundamentais aspectos: unidade de medidas, diferenciadas das unidades padrão escolares, ánalise do conceito do volume, tal como é utilizado e práticas por profissionais e na escola.

As situações indentificadas em atividades de outros contextos, como é o caso das olarias e serrarias, podem contribuir para a distinção e a coordenação das duas abordagens.

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O potencial existente em situações e procedimentos de diferenres contextos alerta-nos para a importância do estabelecimento de relações na busca de situações que possam ser analisadas pela via do conhecimento. É importante percebemos a matemática para além da escola e “convocar ” os estudantes para que estejam atentos ao mundo em que vivem, que percebam a semelhança e diferenças de conhecimentos que desenvolvam o espírito crítico e investigador. Portanto, possibilidades para estudos verdadeiramente interdisciplinares envolvendo a realidade da escola e a de outros meios ou contexto sociais.

Seminário Educação Matemática: linguagem e formação de conceitos Mestrado em Educxação Mestranda Marlova Elizabete Balke Prof. Drª. Neiva Ignês Grando UPF outubro de 2009.