Matadouro Frigorifico de Bovinos

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL COORDENADORIA DE INSPEÇÃO SANITÁRIA DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL - C I S P O A - NORMAS TÉCNICAS DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA MATADOUROS- FRIGORÍFICOS DE BOVINOS (E BUBALINOS): a) A Coordenadoria de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (CISPOA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Rio Grande do Sul, só concederá registro aos Matadouros- Frigoríficos quando seus projetos de construção forem, previamente, aprovados por essa Coordenadoria antes do início de qualquer obra. b) Os Matadouros-Frigoríficos que já estiverem registrados e funcionando sob Inspeção Sanitária da CISPOA deverão adequar-se às presentes Normas Técnicas por ocasião de futuras reformas, quando seus projetos serão, obrigatoriamente, aprovados previamente pela CISPOA antes do início de qualquer construção ou quando esse Órgão de Inspeção Sanitária julgar necessário. DEFINIÇÕES: 1- MATADOURO-FRIGORÍFICO: Entende-se por “matadouro-frigorífico” o estabelecimento dotado de instalações completas e equipamento adequado para o abate, manipulação, elaboração, preparo e conservação das espécies de animais sob variadas formas, com aproveitamento completo, racional e perfeito de subprodutos não comestíveis, devendo possuir instalações de frio industrial. 2- INSTALAÇÕES: Tudo que diz respeito ao setor de construção civil dos currais e seus anexos, sala de matança e seus anexos, sala de desossa e câmaras frigoríficas, envolvendo também sistemas de água, esgotos, vapor, etc. 3- EQUIPAMENTOS: Tudo que diz respeito ao maquinário, plataformas metálicas, trilhos, mesas e demais utensílios utilizados nos trabalhos de abate. 4- CARCAÇA: Entende-se por carcaça de bovino, ou bubalino, o animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, desprovido de cabeça, patas, rabada, gordura perirrenal e inguinal, medula, glândula mamária na fêmea, ou verga, exceto suas raízes, e testículos no macho. 5- OPERAÇÕES: Tudo que diz respeito às diversas etapas dos trabalhos executados para a obtenção das carnes e seus subprodutos. 6- ESTABELECIMENTOS DE PEQUENO PORTE: Entende-se por estabelecimento de pequeno porte o estabelecimento que apresenta instalações e equipamentos mínimos e adequados conforme especificações aqui normatizadas, condicionado a uma operação de abate lento, desde que não haja prejuízo sanitário aos produtos comestíveis e não comestíveis. Entende-se por abate lento a insensibilização do animal seguinte quando o anterior já tiver sido eviscerado e liberado pela inspeção sanitária.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTODEPARTAMENTO DE PRODUO ANIMALCOORDENADORIA DE INSPEO SANITRIA DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL- C I S P O A -NORMAS TCNICAS DE INSTALAES E EQUIPAMENTOS PARA MATADOUROS-FRIGORFICOS DE BOVINOS (E BUBALINOS):a) A Coordenadoria de Inspeo Sanitria de Produtos de OrigemAnimal (CISPOA), da Secretaria deAgricultura e Abastecimentodo Estado do Rio Grande do Sul, s conceder registro aos Matadouros-Frigorficosquandoseusprojetosdeconstruoforem,previamente,aprovadosporessaCoordenadoria antes do incio de qualquer obra.b)OsMatadouros-FrigorficosquejestiveremregistradosefuncionandosobInspeoSanitriadaCISPOAdeveroadequar-sespresentesNormasTcnicasporocasiodefuturasreformas,quandoseusprojetossero,obrigatoriamente,aprovadospreviamentepelaCISPOAantesdoinciodequalquer construo ou quando esse rgo de Inspeo Sanitria julgar necessrio.DEFINIES:1- MATADOURO-FRIGORFICO:Entende-sepormatadouro-frigorficooestabelecimentodotadodeinstalaescompletas e equipamento adequado para o abate, manipulao, elaborao, preparo e conservao dasespciesdeanimaissobvariadasformas,comaproveitamentocompleto,racionaleperfeitodesubprodutos no comestveis, devendo possuir instalaes de frio industrial.2- INSTALAES:Tudoquedizrespeitoaosetordeconstruocivildoscurraiseseusanexos,saladematana eseusanexos,saladedesossaecmarasfrigorficas,envolvendotambmsistemasdegua,esgotos, vapor, etc.3- EQUIPAMENTOS:Tudoquedizrespeitoaomaquinrio,plataformasmetlicas,trilhos,mesasedemaisutenslios utilizados nos trabalhos de abate.4- CARCAA: Entende-seporcarcaadebovino,oububalino,oanimalabatido,sangrado,esfolado,eviscerado,desprovidodecabea,patas,rabada,gorduraperirrenaleinguinal,medula,glndulamamria na fmea, ou verga, exceto suas razes, e testculos no macho.5- OPERAES:Tudoquedizrespeitosdiversasetapasdostrabalhosexecutadosparaaobtenodascarnes e seus subprodutos.6- ESTABELECIMENTOS DE PEQUENO PORTE:Entende-seporestabelecimentodepequenoporteoestabelecimentoqueapresentainstalaeseequipamentosmnimoseadequadosconformeespecificaesaquinormatizadas,condicionadoaumaoperaodeabatelento,desdequenohajaprejuzosanitrioaosprodutoscomestveisenocomestveis.Entende-seporabatelentoainsensibilizaodoanimalseguintequando o anterior j tiver sido eviscerado e liberado pela inspeo sanitria.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos2INSTALAES E EQUIPAMENTOS RELACIONADOS COM ATCNICA DE INSPEO ANTE E POST-MORTEM1) CURRAIS E ANEXOS:Os currais, apriscose outras dependncias que por sua naturezaproduzammaucheiro,devemestarlocalizadosdemaneiraqueosventospredominanteseasituaotopogrficadoterrenonolevememdireoaoestabelecimentopoeirasouemanaes,sendonecessrioumadistnciamnimade10m(dezmetros),podendoserredefinidapelotcnicodaCISPOA nomomento da inspeodo local, no sendo permitidoque oscurraisfiquemencostadossdependncias onde se elaborem produtos comestveis.Sero nomnimo,emnmero dedoisparafacilitaraseparaode lotes,evitar o excesso demovimentao dos animais nomesmocurral e aindapara aseparaodeanimais doentes ou contundidos.Ocorredorcentral(oulateral)terlarguramnimade2m(doismetros).Oscurraisterocomoanexos,nomnimo,umdesembarcadouro,umlocalapropriadoparalavagemououtramedidadehigienizaodosveculosdestinados ao transporte de animais, um corredor de acesso sala de abatee um banheirode aspersoparaobanhodosanimaisantesdoabate.Teroaindaumcurralparaseqestroeobservaodosanimais doentes ou contundidos, que dever, preferentemente, ser exclusivo para esta finalidade ou emcaso contrrio um curral de matana usado com dupla finalidade, desde que aps a retirada de animaisdoenteseantesdacolocaodeanimaisparaoabatenormalsejaesteadequadamentedesinfectadocom desinfetantes aprovados.Osestabelecimentosdeveropossuirnasproximidadesdoscurrais,umfornocrematrioparaaimediataincineraodosanimaisquechegaremmortosouquemorreremnoscurrais.Estefornocrematriopodersersubstitudoporumautoclavedebocalarga,queatinjatemperaturanoinferiora120C,sobpressodevapor,casoforinteressedaEmpresaoaproveitamentodoseboresultantedoprocessodeautoclavagem,podendoserdispensadonosestabelecimentosqueapresentaremoutraformadedestinaodosanimaisoumateriaiscondenados,desde que aprovado pela CISPOA.1.1REA DOS CURRAIS:Nuncainferiorcapacidademximadeabatediriodoestabelecimento,sendoqueareamnimanoscurraisdeverserde2,5m2(doisemeiometrosquadrados) por bovino.1.2 PISO DOS CURRAIS:Opisodoscurraisdeveserdesuperfcieplana,possuindoantiderrapantesapenasnoraiodasporteiras,ntegro,semfendas,dilaceraesouconcavidadesquepossam provocar acidentes nos animais. Obrigatoriamente pavimentados commaterialimpermeveledefcilhigienizaoedesinfeco.Possuirdeclivemnimode2%(doisporcento)emdireoscanaletas laterais externas para fcilescoamento das guas de lavagemeexcrementos. Ousoderaloscentrais deve ser sempre evitado.Oscurraisjconstrudoscomralosemseuinteriorsofreroadaptaes s novas normas por ocasio de uma prxima reforma.1.3 CERCAS:Todas as cercas, tanto dos currais, como do corredor de acesso sala de abate e do desembarcadouro tero altura mnima de 2,00m (dois metros) e sero construdas demetaloudemadeira,semcantosvivosouproeminncias(pregos,parafusos,etc.)quepossamocasionarcontusesoudanospeledosanimais.Cercasdealvenariatambmserotoleradasdesdeque de superfcie lisa, sem fissuras ou rachaduras e de fcil higienizao e desinfeco. Quando foremconstrudasdemadeira,ascercasinternasseroduplas,comosmoiresrecebendoostravessesdemadeira pelos dois lados e as cercas externas tero os moires pelo lado de fora dos currais.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos31.4 MURETAS SEPARATRIAS (CORDES SANITRIOS):ACISPOApodersolicitaraconstruodecordessanitrios,elevando-se do piso, ao longoe sob as cercas at a altura de0,30m(trinta centmetros), comcantos earestas arredondados,excetonocurraldeobservao,ondeocordosanitriodeveteralturamnimade 0,50 m (cinqenta centmetros) quando as divisrias no forem totalmente em alvenaria.1.5 BEBEDOUROS:Todososcurraispossuirobebedourostipocochoindividualizadosporcurral,construdosemalvenaria,concretoarmadoououtromaterialadequado,devendoserimpermeabilizadoseisentosdecantosvivosousalinciasvulnerantesedefcilhigienizao.Devemterprovimentoconstantedeguapotvel,mantidasemprelimpa.Preferentementedevemserusadasbiasdenvelconstante.Assuasdimensesdevempermitirque20% (vinte por cento) dos animais bebam simultaneamente (60cm por animal).1.6 GUA PARA LAVAGEM DOS CURRAIS:Deveexistir facilidades para adequada limpeza dos currais comgua em abundncia, ficando dispensado a necessidade de instalao de equipamento de pressurizaonos estabelecimentos de pequeno porte.1.7 ILUMINAO: Areadoscurraisteriluminaoartificialcomluminosidademnima de 5w (cincowatts)pormetroquadrado.Semiluminaoficamimpedidososprocedimentosde inspeo ante-mortem nos horrios sem a luz do dia.1.8 DESEMBARCADOURO:Tercercasmetlica,alvenariaoudemadeira,comalturamnima de 2m (dois metros), piso pavimentado com antiderrapantes e comdeclivemximodevinteecinco graus.1.9INSTALAESPARALAVAGEMEDESINFECODOVECULOTRANSPORTADOR DE ANIMAIS:Asinstalaesdeveroestarlocalizadasomaisprximopossveldodesembarcadouro,terpisoimpermevel,devendopossuirguacompressosuficienteparaaboalavagemdosveculosparaposteriordesinfecoatravsdeaspersoradequado,sendooresduo destinado para uma esterqueira.Sertoleradoalavagemdoveculodentrodocurraldesdequeseja respeitada a sua capacidadeehaja condies para tal operao.1.10 SERINGA:Dealvenaria,comparedesrevestidascomcimentoliso,semapresentar bordas ou extremidades salientes, porventura contundentes ou vulnerantes; piso de concretoou de paraleleppedos rejuntados com cimento.1.11 BANHEIRO DE ASPERSO:Osanimais,antesdainsensibilizaodeveroserlavadoscomguapotvelsobpressodeformaqueosjatosatinjamtodasaspartesdoanimalcomumapressoadequada.Deverestarlocalizadonaseringaimediatamenteanterioraobox de insensibilizao. No deve apresentar aclive acentuado e o seu comprimento ser calculadoemfunodacapacidadehorriadeabate,considerando-sequenecessitade1,70m(ummetroesetentacentmetros)decomprimentoparacadabovinoequeotempomnimodebanhodeveserde3(trs)minutos. No tolerado uso de banheiro de imerso ou simples uso do pedilvio.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos41.12) BOX DE INSENSIBILIZAO:Osboxessero,preferentemente,deconstruointeiramentemetlica, tolerando-se, no entanto, a construo em concreto armado de superfcie lisa e com as partesmveis metlicas, sendo proibido o uso de madeira e box situado dentro da sala de abate.Todososboxesseroindividuaiseteroasseguintesdimenses:comprimento total: 2,40 a 2,70mlargura interna: 0,80 a 0,95m (mximo)altura total: 3,40mOatordoamentoserefetuadosempreporconcussocerebral,empregando-se pistola de dardo cativo ou outro mtodo aprovado pela CISPOA.Serfacultativaainsensibilizaodosbovinosebubalinos,apenasparaatenderpreceitosreligiosos(jugulaocruenta),desdequeascarcaassedestinemaoconsumo dos povos que por doutrina religiosa exigem este tipo de sacrifcio.2) CARACTERSTICAS GERAIS DAS INSTALAES E EQUIPAMENTOS:Adisposiodasdependnciasealocalizaodosequipamentos devero prever fluxo contnuo de produo.2.1 PISOS E ESGOTOS:O piso ser liso, resistente, impermevel e de fcil higienizao,com declive de no mnimo 1,0% em direo s canaletas, para uma perfeita drenagem.Opisodasaladematanaseraindadematerialresistentechoques e ao decidos elcalis. So materiais permitidos os do tipo Korodur, cermica industrial,gressit,ladrilhosdebasaltoregular polidoousemi-polido,adequadamenterejuntadocommaterialdealtaresistncia,ououtrosquevenhamaseraprovados.Osestabelecimentosqueadotaremcanaletasno piso com a finalidade de facilitar o escoamento das guas residuais, podero ser estas cobertas comgrades ou chapas metlicasperfuradas,nosepermitindo,nesteparticular,pranchesdemadeira.Ascanaletasdevemmedir0,25m(vinteecincocentmetros)delargurae0,10m(dezcentmetros)deprofundidade,tomadaestaemseuspontosmaisrasos.Terofundocncavo,comdeclivemnimode2% (dois por cento) em direo aos coletores e suas bordas reforadas com cantoneiras de ferro. Arededeesgotosemtodasasdependnciasdevemterdispositivos adequados, que evite refluxo de odores e a entrada de roedores e outros animais, ligados atuboscoletoreseesteaosistemageraldeescoamento,dotadodecanalizaoeinstalaesparareteno de gorduras, resduos e corpos flutuantes, bem como de dispositivos de depurao artificial.Odimetrodoscondutoresserestabelecidoemfunodasuperfciedasala,considerando-secomobaseaproximadadeclculoarelaode0,15m(quinzecentmetros)paracada50m2(cinqentametrosquadrados),devendooscoletoresseremlocalizadosempontosconvenientes,demodoadarvazo,nomnimo,a100l/h/m2(cemlitros/horapormetroquadrado), no sendo permitido, sob hiptese alguma, o retorno das guas servidas.2.2 PAREDES, PORTAS E JANELAS:O p-direitoda sala dematanaserdefinidoemfunodaalturadatrilhagemareaedemaisequipamentos,enquantoquenasseesanexaster alturamnimade 3m (trs metros).AsparedesserosempredealvenariaououtromaterialaprovadopelaCISPOA,lisas,decorclara,defcilhigienizaoeimpermeveisataalturamnimade2,00m(doismetros)outotalmentenoslocaisqueaInspeojulgarnecessrio.Acimadareade2,00m(doismetros)asparedesserodevidamenterebocadasepintadascomtintalavvelenodescamvel.Oscantosformadospelasparedesentresiepelaintersecodestascomopisoseroarredondados para facilitar a higienizao. Asportasteroalturae largura suficiente para possibilitar o trnsito de carrinhos e, quando for o caso, de carcaas atravs detrilhos, permitindo-se como largura mnima de 1,20m (um metro e vinte centmetros) exceto nas portasdepassagemdascarcaasatravsdetrilhos,ondealarguramnimaserde1,60m(ummetroeNormas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos5sessenta centmetros). Quando as circunstncias permitirem, recomenda-se o usode culo, com tampaarticulada,paraevitarotrnsitoatravsdasportas,decarrinhosdeprodutosno-comestveis,quesedestinem graxaria ou dela retornem, bem como o trnsito de pessoas estranhas s sees.Todasasportascomcomunicaoparaoexteriorpossuirodispositivosparasemanteremsemprefechadas,evitandoassimaentradadeinsetos.Asportasejanelas sero sempre metlicas,de fcil abertura, de modo a ficaremlivres os corredores epassagens,no se tolerando madeira na construo destas.Os peitoris das janelas sero sempre chanfrados emngulode45(quarentaecincograus)parafacilitaralimpezaeficaronomnimoa2,00m(doismetros)dopisona sala de abate. As janelas eoutras aberturassero,obrigatoriamente,providosdetelas provade insetos, facilmente removveis para sua higienizao.2.4 ILUMINAO E VENTILAO:Asinstalaesnecessitamdeluznaturaleartificialabundantesedeventilaosuficienteemtodasasdependncias,respeitadasaspeculiaridadesdeordemtecnolgicacabveis,poristo,noseuprojetoeconstruoserprevistaamplareadejanelas,com esquadrias metlicas, de preferncia basculantes e com vidros claros.A iluminao artificial far-se- por luz fria, com dispositivo deproteocontraestilhaosouquedasobreprodutos,observando-seummnimodeintensidadeluminosade300luxnasreasdemanipulaoede500luxnas reasdeinspeo,considerando-seosvaloresmedidosaonveldasmesas,plataformasoulocaisdeexecuodasoperaes.Exaustorestambm podero ser instalados para melhorar a ventilao do ambiente, fazendo uma renovao de arsatisfatria.2.5 TETO:Notetoserousadosmateriaiscomo:concretoarmado,plsticos,cimentoamiantoououtromaterialimpermevel,lisoedefcilhigienizao.Devepossuirforrodematerialadequadoemtodasasdependnciasondeserealizemtrabalhosderecebimento,manipulaoe preparo dematrias-primas e produtoscomestveis.Nopermitidoousodemadeiraou outro material de difcil higienizao como forro. O forro poder ser dispensado quando a estruturado telhado for metlica e de boa conservao, ou quando forem usadas telhas tipo fibrocimento fixadasdiretamentesobrevigasdeconcretoarmado.Quandodemadeira,estasdeveroestarembomestadode conservao e serem pintadas com tinta leo.2.6 LAVATRIOS DE MOS E HIGIENIZADORES:Emtodososlocaisondesorealizadasasoperaes,comojuntocanaletadesangria,nasplataformas,juntosmesasondehajamanipulaodevscerasecarnes,incluindoasmesasdeinspeo,almdeoutroslocaisondesorealizadasoperaescomprodutoscomestveis,tantonasaladematanacomonasseesanexas,existirolavatriosdemosde ao inoxidvel, com torneiras acionadas pedal, joelho ou outro meio que no utilize o fechamentomanual,providosdesabolquidoinodoro,almdedispositivosespeciais,chamadosdehigienizadores, que serviro para higienizao de facas, chairas, ganchos e serras. Estes funcionarocom gua circulante com temperatura mnima de 85C (oitenta e cinco graus centgrados).Nos locaisde retirada dos chifres, abertura do peitoe serradecarcaas,existirohigienizadoresprpriosparacadatipodeserra,sendoque,parafacilidadedehigienizao,nenhumadessasserrastercabodemadeiraououtromaterialporosoededifcilhigienizao.Mesmaexignciasefazparaosdemaisinstrumentaisdetrabalho(facas,chairas,ganchos, etc.). Na parte inferior (fundo), deve dispor de um bujo de descarga, para limpeza da caixa.Abarreirasanitriadispordelavadordebotascomguacorrente,escovaesabolquido,epiacomtorneiraacionadaapedalesabolquido,devendoestarlocalizada em todos os acessos para o interior da indstria.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos62.7 CARROS: Oscarrosparaprodutoscomestveisseroconstrudosemmaterial inoxidvel ou plstico adequado, sendoque os carros para produtos no-comestveis poderoserconstrudosemchapagalvanizadaepintadosdecorvermelhacomainscrioNO-COMESTVEIS. Os carros para produtos condenados tambm tero cor vermelha, sero providos detampa articulada e tero a inscrio CONDENADOS.2.8 CHUTES:Oschutesdestinadosaosprodutoscomestveisserodematerial inoxidvel e desmontveisemdiversos segmentos, para melhor higienizao, com janelas ouacanaletados, com tampa ajustvel e removvelem toda a suaextenso.Oschutesparaprodutosno-comestveispodemserconstrudosdechapagalvanizadaeseroidentificadosporpinturaexternadecor vermelha, tendo as mesmas caractersticas de janelas ou tampas ajustveis, comonos destinados aprodutoscomestveis.Oschutesqueligamseesdeprodutos,respectivamente,comestveiseno-comestveis,devempossuirnaextremidadequeabrenaseodeprodutosno-comestveis,umatampa articulada, que permita a passagem do produto, evitando, porm o refluxo de odores estranhos.2.9 TRILHAGEM AREA:Atrilhagemareasermetlica,sempintura,manualoueltrica.Ostrilhosteroafastamentomnimode1,20m(ummetroevintecentmetros)dasparedesede 0,80m (oitenta centmetros) das colunas, sendo que na linha de sangria o afastamentomnimoentretrilhoeparedeserde1,50m(ummetroecinqentacentmetros).Oafastamentomnimoentreumalinhaeoutraserde2,00m(doismetros).Todooequipamentosituadonotrajetodatrilhagemdevedispor-se de tal forma que as carcaas no possam toc-lo.Paraomanejodaschavesdetrilhagemecomandodeguinchos de descida e ascenso de reses, proibido o usode cordas, por serem anti-higinicas. Para amovimentaodaschavesusar-se-ohastesmetlicasapropriadase,paraocomandodeguinchos,arames ou correntesmetlicas com argola de aonaextremidade,ousimplesmenteoacionamentodeuma chave eltrica de comando, nos equipamentos mais modernos.2.9.1 TRILHAGEM AREA DA SALA DE MATANA:O trilhoteralturamnimade5,00m(cincometros)nopontodesangriaeesfola,demaneiraassegurar,nomnimoumadistnciade0,75m(setentaecincocentmetros)daextremidadeinferiordoanimal(focinho)aopiso.Nosistemademovimentaonomecanizadodoanimalabatido,deverexistirdeclivenomaiordoque3,5%(trsemeioporcento)dopontoemqueoanimalaladoatodasangria,sendoindispensvelnestetrechooempregodedispositivos de freada na trilhagem.Para a trilhagem baixa, a altura mnima ser de4,00m (quatrometros)demaneiraaassegurarumadistnciamnimade0,75m(setentaecincocentmetros)dacarcaaatochosendoqueaalturadoequipamentoqueacompanhaotrajetodatrilhagemestabelecida com base na altura dos trilhos, sempre visando a comodidade e eficincia na execuo dasoperaes.Apsalinhadeinspeo,atrilhagempoderpassarparaaalturamnimade3,50m(trsmetros e meio) e assim seguir at a cmara de resfriamento.2.9.2 TRILHAGEM AREA DA CMARA DE RESFRIAMENTO:O trilho ter altura mnima de trilhagemde 3,50m (trs metrose cinqenta centmetros), demaneira permitir odepsitodas meias-carcaassemfracion-lasesemcontato denenhuma de suas partes comopiso.Cmarascomalturadetrilhagemabaixode3,50mssero permitidas para o depsito de quartos aps o resfriamento das meias-carcaas. Neste ltimo caso(cmaraparaquartosdecarcaas)atrilhagemdeverteralturamnimade2,50m(doismetrosecinqenta centmetros).Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos72.9.3 TRILHAGEM AREA DA SALA DE DESOSSA:Ostrilhosserometlicoscomalturamnimade2,50m(doismetrosecinqentacentmetros).Ascarcaasdevemserconduzidasportrilhagematasaladedesossa.2.10 MESAS:Todasasmesasserodeaoinoxidveloudematerialimpermevel,desuperfcielisa,defcilhigienizaoesemcantosangularesparaostrabalhosdemanipulaoepreparodematrias-primaseprodutoscomestveispodendotersuaestruturadesustentao de ferro galvanizado.Asmesasdeevisceraoeinspeopoderoserfixasoumveis (mesa rolante). Quando fixas sero sempre em nmero de duas: uma para inspeo de vscerasvermelhaseoutraparainspeodevscerasbrancas.Quandomvel(rolante)amesapoderserdeesteira nica ou esteira dupla.2.10.1 CARACTERSTICAS DAS MESAS FIXAS DE EVISCERAO E INSPEO:Em torno damesa fixa de evisceraoe inspeodasvscerasabdominais (tanto rea de inspeo como rea de espera) requerido um sistema decanos perfurados,conjugadocomummisturadordeguaevapor,parapropiciarrpidahigienizaodarea,todavezquesefizernecessrio.Estesistemadecanosperfuradospodersersubstitudoporchuveirodesdeque de igual eficincia, fornecendo gua em abundncia para higienizar toda a mesa e esteriliz-la comgua 85C. Tanto a mesa de inspeo de vsceras vermelhas quanto a mesade inspeo de vsceras brancas, sero divididas em duas sees: uma para inspeo propriamenteditae outra para reteno de vsceras inspecionadas at que a carcaa passe pela ltima linha de inspeo.a)readeevisceraoedeinspeodasvscerasabdominais:destina-serecepoeinspeodoconjunto constitudo pelo trato digestivo (esfago, estmago eintestinos)emais o bao, o pncreas, abexigaeotero,excetoosteroscheiosquedevemserremovidosantesdaretiradadasdemaisvsceras, no podendo cair sobre a mesa deeviscerao e inspeo e sendoencaminhados diretamentepara a graxaria. No permitida a abertura de teros, nem a esfola de fetos na sala de abate.Qualquerquesejaavelocidadedematanaareadeeviscerao e inspeo da mesa de inspeo de vsceras abdominais ter dimenses constantes, ou seja2m (dois metros) de comprimento por 1,80m (um metroe oitenta centmetros) de largura, que por suavezsersubdivididaemduassees,cadaumamedindo2,00m(doismetros)por0,90m(noventacentmetros),destinando-seumadessasseesparaaevisceraoedeposiodasvscerassobreamesa e a outra onde proceder-se- a inspeo. Estes dois setores seroparcialmente separados entresipor uma separao metlica, de modo a evitar que as vsceras arriadas caiam diretamente ondeest serealizando a inspeo.Areadeevisceraoeinspeosepara-sedareadeesperaporumaelevaometlicade0,05m(cincocentmetros)dealtura,debordasarredondadas,tipocantoneira, que tambm toma toda a largura da mesa. Objetiva esta separao impedir que passe para oladodareadeesperalquidoeventualmentecontaminadopormaterialgastrintestinal,quecontaminaria por contato as peas limpas retidas na rea.b)readeespera:terobrigatoriamenteextensosuficienteretenodasvscerasnormalmenteemtrnsito,desdealinhadeinspeodeintestinosataltimalinhadeinspeo.Asualarguraseramesmadaoutraseodamesa(1,80m).Naextremidadedareadeesperasituam-seoschutesouaberturas para a sada e conduo dos estmagos e intestinos limpos e inspecionados, que se destinam,respectivamente, bucharia e triparia.c)Seodeevisceraoedeinspeodofgadoergostorcicos:estapodeconstituir-sedemesaindependentedaanterioroufazerpartedamesma,constituindo-sedeumaseocontgua,masdelatotalmente separada. Como caractersticas gerais apresentar:Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos81) Sistema perifrico de canos perfurados com gua e vapor, para sua higienizao, idntico aoj descrito anteriormente;2)Faixacentraldeorifciosparadrenagemdasguasservidasecalharemovvel,ajustvelsuperfcie inferior do tampo, para recolhimento das mesmas.Damesmaformaqueaanterior,existirreadeinspeoerea de reteno das vsceras dimensionada demaneira que permita a retenodessas vsceras at queas carcaas correspondentes passem pela ltima linha de inspeo.Aalturadasduasmesas(inspeodevscerasabdominaiseinspeodevscerastorcicas)seramesma,ouseja,de1,10m(ummetroedezcentmetros),naborda voltada para o trajeto das carcaas e de 1m (um metro)nabordaoposta,isto,ondetrabalhamosfuncionriosdaInspeoSanitria.Estas alturassosempretomadasemfunodade4m(quatrometros)dotrilhobaixo;orebordode0,05m(cincocentmetros)dealtura,noladodotrnsitodascarcaas e 0,20m (vinte centmetros) no lado oposto, onde trabalha a Inspeo Sanitria.Nosestabelecimentosemqueoabatenoforcontnuo,ouseja,oabatedoanimalseguintesliberadoquandooanteriorjestiversidoevisceradoeinspecionado, poder ser utilizado o seguinte sistema de mesas: As vsceras brancas sero retiradas dacavidade abdominal, colocadas numa calha,comesperaparainspeo,queasconduziratasaladetripariaebuchariasuja.Estamesadeevisceraoterdimensessuficientesparareterasvscerasabdominaiscomexceodofgadoerins,nosendonecessrioaseparaonestamesadareadeinspeocomareadeespera.Jasvscerasvermelhas(torcicasmaisfgadoerins)seroconduzidasatravsdeoutracalhaparaumamesaemseparadoe,pormeiodeumculo,seroconduzidas para a sala de midos.2.10.2 CARACTERSTICA DA MESA ROLANTE DE EVISCERAO E INSPEO:Quandoaopoforporestemecanismo,estafuncionarsempreem sincronismo com a nora de carcaas e quando for o caso,tambmcomanoradecabeas.Tercomprimentoindispensvelnormalexecuodostrabalhosquenelasedesenvolvem:evisceraotorcico-abdominal;inspeodetodasasvsceras;separaodosestmagoseintestinos;determinao segura da correlao entre vsceras e respectivas carcaas e cabeas at a ltima linha deinspeo da carcaa.Alarguramnimaserde1,00m(ummetro)quandosetratarde mesa em esteira nica. Nas mesas de duas esteiras paralelas, a destinada s vsceras abdominais tertambmlargura de 1,00m (ummetro)e a reservada s vsceras torcicas e fgadoterlarguramnimade 0,80m (oitenta centmetros).Esta mesa, como as demais, ser totalmente de ao inoxidvel,podendosuaestruturaserdeferrogalvanizadoepossuirsistemadehigienizaodecomprovadaeficincia,compostapelomnimodeumchuveirodeguafriaquefuncionecomaltapressonotrmino do trajeto til, para remoo do sangue, e de um segundo chuveiro, tambm com alta pressoe dotado de gua com a temperatura mnima de 85C (oitenta e cinco graus centgrados), localizado noincioda trajeto tilda mesa, demaneira que asvscerasaseremexaminadasencontremsempreumasuperfcielimpaeesterilizada.Ocontroledetemperaturadaguaquentedeveserrealizadocomainstalao de termmetro prprio a este sistema.3) SALA DE MATANA:Separadadetodasasdemaisseesatravsdeparedesinteiras, ter rea suficiente para a sustentao dos equipamentos necessrios aos trabalhos desangria,esfola, eviscerao, inspeo de carcaas e vsceras, toalete, lavagem de carcaas e classificao, quaissejam: canaleta, plataformas, pias, mesas, almda rea disponvel para circulao de pessoasecarrosquando necessrios.Aspessoasqueexercemoperaesnareasujanopoderoexercer operaes na rea limpa.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos93.1 REA DE VMITO:Estarealocaliza-seaoladodoboxdeatordoamentoedestina-se recepo dos animais insensibilizados que da sero imediatamente alados e destinados canaletadesangria.Seupisoeparedesserodiferenciados.Terpisocomdeclivemnimode2%(doisporcento)emdireoaumralo,cujoesgotosercanalizadoumaesterqueira.Possuir,depreferncia,gradedetubosgalvanizadosdenomnimoduaspolegadas,visandofacilitaradrenagemdos resduos e da gua. As paredes sero revestidas com cimento liso ou outro material adequado ataaltura mnima de 2m (dois metros), com arredondamento dos cantos formados pelas paredesentre siepelaintersecodestascomopiso.Ousodeazulejosnestareadesaconselhveldevidoaograndenmero de impactos nas paredes, com destruio ou queda destes.Tercomolarguramnima2,50m(doismetrosecinqentacentmetros)e comprimento (distncia entre a tampa do box de atordoamentoe a canaletadesangria)de no mnimo 1,50m (um metro e meio), para que os trabalhos nesta rea no fiquem prejudicados.3.2 REA DE SANGRIA:Acanaletadesangriaserconstrudaemalvenaria,inteiramente impermeabilizada com reboco de cimento alisado ou outro material adequado, inclusive oao inoxidvel.Quandohouveraproveitamentodesangueparafabricaodefarinhadesangueououtrasfinalidadesindustriais,comoprodutonocomestvel,acanaletaserconstruda de modo a aparar o sangue, semqueeste se misture como vmito, ou com a gua que porventura escorra dos animais dependurados.Juntocanaletadesangriaexistirpiaprofunda,construdaemaoinoxidvelecommecanismodeacionamentopedalououtromeioquenoutilizeofechamentomanualesabolquidoparaahigienizaodasmoseantebraosdooperador,almdohigienizador prprio para facas, com gua temperatura mnima de 85C.Ocomprimentodacanaletadesangriadependerdavelocidadedeabate/hora,considerando-seque,otempomnimodesangriadetrsminutos,antesdosquaisnopoderserexecutadanenhumaoutraoperao.Noentantoacanaletatercomocomprimentomnimo2m(doismetros),evitando-seoextravasamentodesangueparaassuasextremidades.Emcontinuaocanaletadesangriapropriamenteditae,paraamanutenodasboascondiesdehigienelocaleremoodosangueeoutrosresduos,serconstitudaumacalhadeaproximadamente1,20mdelargurae0,15mdeprofundidade,emsuapartecentral. Tal calha poder formarsalinciaoudepressoemrelaoaonveldopisoeacompanharotrajeto do trilho at o final das operaes na sala de abate ou entrada das cmaras frias.3.3 PLATAFORMAS:Localizar-se-o no trajeto da trilhagem, em diversos nveis, deacordocomasoperaesaseremrealizadas,podendotambmseremmveis.Serosempreconstrudasemmetal(deprefernciaferrogalvanizadoouaoinoxidvel),antiderrapantesecomcorrimodesegurana.Noserotoleradasplataformasdemadeira.Deveropossuirlavatriosdemosehigienizadoresdeacordocomosutensliosutilizadosemcadaplataforma(facaouserra).OusodeoutrosmateriaisparaaconstruodeplataformasficarcritriodaCISPOA.Seronomnimo em nmero de trs, uma para a rea suja e duas para a rea limpa.3.3.1 PLATAFORMA PARA SERRA DE CARCAAS:Estapodeserescalonada,constituirrampaouserdotipoelevadia.Aplataformaemrampadeveserconstrudademodoapermitirotrabalhocmododoserrador. Considera-se o ideal, neste particular, quando a serra trabalha partir do nvel dos ombros dooperador at uns quarenta centmetros abaixo. obrigatria a instalao dehigienizador prprio para aserra, em local de fcil acesso, para uso aps a operao em cada animal.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos103.3.2 PLATAFORMA PARA INSPEO DE CARCAAS:Localiza-seapsaserradascarcaas.Devepropiciarposioadequada aofuncionrio encarregadoda inspeodoquarto posterior, queabrangesuperfcieexternaeinternadoquarto,nodoslinfticosregionaiserim(inloco).Ocarimbodeinspeosobreascarcaasaptasaoconsumopodeserapostonestaplataformaou,depreferncia,emoutra,apsatoaletefinaldascarcaasliberadas.Emlocalconvenientedestaplataformaserinstaladooquadroparamarcaodosrinscondenados.Comoemqualquerlinhadeinspeo,soobrigatrios,nestaplataforma:iluminaoluzfria(suficienteequenomodifiqueacoloraonormaldascarnes).recomendado intensidade luminosa de 500lux ao nvel da carcaa a ser inspecionada.3.4 EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA E DE INSPEO DAS CABEAS:Oequipamentoparaainspeodoconjuntocabea-lnguacompreendeo lavadouro de cabeas e a mesa deinspeopropriamentedita,comosseusrespectivosanexos,podendoamesasersubstitudaporcarrinhoapropriado,noraoutrilhodesdequesuaeficinciasejacomprovadapeloserviodeinspeoestadual.Alocalizaodesseequipamentodeveser na sala de matana, tanto quanto possvel, prximo mesa deinspeodevsceras, para facilitar acomunicao entre essas duas linhas e a exata marcao das peas suspeitas.3.4.1 LAVADOURO-DE-CABEAS:Destina-seindispensvellavagemdaparteexternadoconjuntocabea-lngua,bemcomoescrupulosalimpezadesuascavidades(boca,narinas,faringeelaringe),paraaperfeitaremoodosresduosdovmito,afimdeapresentar-seoconjuntoinspeoemsatisfatriascondiesdeobservaoetambmassegurar-seahigienedasporescomestveis.Serconstrudodeaoinoxidvelelocalizar-se-prximomesadeinspeoououtroequipamento utilizado para a inspeodo conjunto cabea-lngua. O modelodelavadourodecabeasserotipoindividual,decabineououtroaprovadopelaCISPOA.Emqualquerdessesmodelosalavagemfeitacomoauxliodeumamangueiraemcujaextremidadeajusta-seumcanobifurcado,que se introduz nas narinas e na cabea. Tal dispositivo pode ser substitudo por pistola prpria apta introduo nas narinas.Alavagemdemandaguaabundanteesobfortepresso,exigindo esgoto de grossa tubulao a fimdeevitar-se dficit devazo. Recomenda-se tubulao comdimetro mnimo de 0,15m (quinze centmetros).Outrosmodelosdelavadourosdecabeasdevemsersubmetidos apreciao do Servio de Inspeo Estadual.3.4.2 EQUIPAMENTOS DE INSPEO DO CONJUNTO CABEA-LNGUA:A inspeo do conjunto cabea-lngua pode ser realizada tantoem mesa fixa como em mesa rolante, trilho prprio, nora ou carrinho apropriado.Amesafixaserconstitudadeduassees:umadestinadadeslocaodalnguaeseusanexos,ondetambmsefazainspeodosconjuntos;outrareservadareteno das peas examinadas. A seo de inspeo ter 1,00m (um metro) de altura; 0,60m (sessentacentmetros)delargura,0,05m(cincocentmetros)dealturadesuasbordasenomnimo0,80m(oitentacentmetros)decomprimento.Parafavorecerasualimpezaeesterilizao,deverpossuirumafaixacentralperfuradaparaafcildrenagemdagua,queseescoaporumacanaletacentralremovvel,ajustvelsuasuperfcieinferior.Possuiraindaumcanoperfurado,emtodaaperiferiacom escoamento contnuo de gua morna e quando se fizer necessria a higienizaoda mesa, elevar-se-atemperaturadaguafluentepormeiodemisturadordevapor.Estecanoperfuradopodersersubstitudo por chuveiro central desde que atenda a mesma finalidade.A seo de reteno das cabeas-lnguas ser emseguimento deinspeoedestina-seareterascabeaselnguasjexaminadasnaseoanterioraguardandooexame dos rgos e carcaas correspondentes, nas linhas de inspeo subsequentes. Sua capacidade,pois,anecessriaparareceberascabeaselnguasinspecionadascorrespondentescarcaasemtrnsito,desdeaseoanteriorataltimalinhadeinspeodevsceras.OsdetalhesdeconstruoNormas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos11deste segmentoda mesa so idnticos aos j citados para a seo deinspeo, exceto no que se refereao comprimento.Quandoporqualquercircunstncia,amesafixanocomportaraseodestinadareteno,far-se-estaemtrilhos,comalturamnimade1,50m(ummetroecinqentacentmetros),ondeascabeasserodependuradaspelaregiomentonianaeseparadasentresi.Sobestetrilho,emtodooseupercurso,correrumacanaletaquepoderserdechapa galvanizada, para recolher o sangue gotejante.Paraainspeodecabeassertoleradotambmusodebandejasdeaoinoxidvel,comdimensesmnimasde0,60mx0,80m,ajustveisaumaarmaometlicaapropriada.Estasbandejasseroobrigatoriamentelavadasehigienizadas,entreoexamedeumacabeaeodaseguinte.Aretenofar-se-nosmoldesjdescritos,incluindo,senecessrio,ouso de trilho.3.5 DEPARTAMENTO DE INSPEO FINAL (D.I.F.):Asaladeabateterlocalprprioondeascarcaascomproblemas detectados nas linhas de inspeo serominuciosamenteexaminadas, juntamente com suasvsceras e julgadaspeloInspetorVeterinrio.Estaseoterrea aproximadade6%dareatotaldasaladeabate,sendolocalizadaprximodaslinhasdeinspeoecomdesviodascarcaasparaesselocal,sendorealizadologoapsaltimalinhadeinspeodecarcaaseantesdalinhadetoalete,carimbagem e lavagem. Possuir, no mnimo, um trilhodeentrada e retorno para a linha normal, umamesaparainspeodevscerasprovidadedispositivosdehigienizaocomguatemperaturamnimade85C(oitentaecincograuscentgrados),umaplataformaparaexamedascarcaas,comlargura mnimade 0,65m (sessenta e cinco centmetros), corrimode segurana e piso antiderrapante.Possuiraindaumapiaprovidadosseguintesacessrios:saboneteiraparasabolquido,munidodesoluodesinfetante,toalhasdepapeldescartveiscomseurecipienteparaodescartedasusadas,higienizadorparafacas,ganchosechairas,umapequenamesaoupranchetainoxidveloudeduralumnio para anotaes edispositivocomvapor canalizado, ougua quentee mangueira prpria,para higienizao do recinto.Quandoforpossvel,poderserrealizadaainspeodevscerasnoprpriocarrinhodetransportedestasparaoD.I.F.,umavezquedeveroestarseparadaspor bandejas.O DIF poder ser dispensado a critrio da CISPOA.3.6 LAVADOURO DAS MEIAS-CARCAAS:Oestabelecimento,obrigatoriamente,dispordeequipamentosparaaadequadalavagemdasmeias-carcaasantesdestasingressaremscmarasderesfriamento.Talequipamentoconsistirdepistolaprpriaqueemitirjatodeguasobpressoe,semprequepossvel,temperaturade38C(trintaeoitograuscentgrados).Nafaltadepistolaapropriadapoderseradaptadoumbicometlicoacopladoextremidadedamangueira,desdequeesteapresenteamesmaeficincia.Taloperaoserrealizadaemlocalprprio,comanteparoqueeviteorespingamentodeguaparaoutrasreasdasaladematana,ouqueatinjaoutrosprodutos.Este local ser provido de sistema adequadodeescoamento das guas servidas, que sero destinadas caixa de decantao de gorduras.4. SEO DE BUCHARIA E TRIPARIA:A seo de bucharia e triparia ter obrigatoriamente duas reaschamadas, respectivamente, de zona suja e zona limpa, separadas fisicamente por paredeinteira esem possibilidadedetrnsitodepessoalentreumaeoutradessasreas. Poristo, acomunicaosersempre atravs de culo, ou outro dispositivo que permita apenas a passagem do produto. Na zona sujadabucharia,casohajareasuficiente,demaneiraqueumaoperaonointerfiranaoutra,poderfuncionar tambm a zona suja da triparia.O acessoazonasujadabuchariaetriparianopoder,sobhiptese alguma, ser atravs de outras sees. Fazer sempre acesso externo.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos12Azonalimpadabuchariapoderteracessoparaaseodemidosouparacorredorondenohajatrnsitodepessoalouprodutosdezonasujadabuchariaetriparia ou de sees de produtos no-comestveis.Na seo de bucharia e triparia (zona suja), sero recebidos osestmagos,intestinosebexigae,emequipamentosindependentes,realizadaaseparao,abertura,esvaziamentoelavagemdosestmagos.Emlocalmaisafastadosefaraseparaodointestinodelgadodointestinogrosso,odesorelhamento,seuesvaziamento,viragem,lavagem,raspagemdamucosa,desengorduramentodointestinogrossoedabexigaeaclassificao.Asalgaserrealizadaem seo parte.A centrifugao dosestmagos, para remoo de suamucosa,podertambmserrealizadanazonasujadabucharia,desdequeosmesmossejamimediatamentetransferidos para a zona limpa.Nabucharia(zonalimpa)serrealizadaacentrifugaocomretiradadamucosadosestmagos(quandoestaoperaonoforrealizadanazonasuja),oseualvejamento (quando for o caso) e sua toalete final.Osequipamentosseroconstitudosporcalhasdeaoinoxidvel, mesas de ao inoxidvel, chuveiros com abundncia de gua para carrear imediatamenteocontedodosestmagos,calhaparaviragemdetripas,centrfugaspararemoodamucosadosestmagos,mquinapararaspagemdamucosadosintestinosetanquedeaoinoxidvel,fibradevidroouplsticoespecial,almdeequipamentosparafacilitarasoperaesdatoaletefinaldosestmagos.Estaseoser,tambm,providadelavatriosdemosedehigienizadoresparainstrumentaldetrabalhoconformeasnormastcnicas.aconselhvel,tambm,ainstalaodeexaustoresmecnicosparaeliminaodeodoresedevaporesqueseformamcomoprocessodeabertura e escaldagem das vsceras brancas.5. SEO DE CABEAS E MIDOS:Localizar-se-,depreferncia,contguaaolocaldaslinhasdeinspeodecabeasevscerasvermelhas,demaneiraqueosmidosecabeassejamtransportadosatravs de calhas diretamente da sala de abate para esta seo to logo seja concluda a sua inspeoea da carcaa correspondente.Os equipamentos nestaseoseroconstitudospormesasoucalha de ao inoxidvel para toalete e lavagem dos midos, desarticulador de mandbulas, guilhotina emesaparadesossadecabeas,lavagemdascarnesdecabeaeseuescorrimento;estruturacomganchos inoxidveis para preparo e dependura dos midos; carrinhos para produtos comestveis e paraprodutosnocomestveisebandejasplsticasoudeaoinoxidvel.Terlavatriosdemosehigienizadores de instrumental de trabalho conforme as normas tcnicas.Asseesdemidosecabeaspoderotambmserindependentes(separadafisicamenteporparede),pormemqualquerumadessasduasseesnenhuma outra atividade no correlacionada com as mesmas poder ser realizada (ex.: cabeas e patas,etc.).6. SEO DE PATAS:No caso de aproveitamento de patas como produto comestvel(mocots)hnecessidadedeseoespecficaparaapreparaodessemido.Aseo,quandonomesmo nvel da sala de abate, ser contgua a esta, separada por paredee comela secomunicando, depreferncia,atravsdeculo.Quandoemnvelinferior,osmocotschegaroaela,geralmente,atravs de chute.Tercomoequipamentosmnimos:tanqueoumesapararecepodaspatas,tanqueparaescaldagem,equipamentoparaextraodoscascos,mesainoxidvelparatoaletedosmocots,carroparaosresduosdetoaleteecascos,lavatriosdemosehigienizadoresdeinstrumentaldetrabalho.recomendado,tambm,ainstalaodeexaustormecnico para a retirada do vapor que se forma nessa seo.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos137. SEO DE HIGIENIZAO DE CARRETILHAS, GANCHOS E CORRENTES:Oestabelecimentodispordeumaseoespecficaparahigienizao de carretilhas, ganchos e correntes, localizada prxima expedio ou sala deabate, demaneira que todas as carretilhas, ganchos e correntessejamadequadamentehigienizadasantesdesuareutilizao.Estaseodeverpossuirreasuficienteparaodepsitodecarretilhas,ganchosecorrentessujase,quandoforocaso,tambmparaestemesmomateriallimpo,emambientestotalmente separados, almde rea para a instalao dosequipamentosempregadosnahigienizaoeque sero constitudos de tanques com solues detergentes (cidas e alcalinas), solues lubrificantes(leos)elocalparaoescorrimentodoexcessodeleo.Poderotambmserusadostamboresgiratrios (batedores) contendo casca de arroz ou aparas de couro curtido para a limpeza de carretilhas,ganchosecorrentes,nodispensandoaposteriorhigienizaocomjatosdeguaferventeouvaporesua lubrificao antes de retornarem ao uso.Alavagempoderserfeitanasaladematana,masasoperaescomosprodutosantioxidanteselubrificantesdeusopermanentedeveroseremfeitasemlocal apropriado sem interferir nos trabalhos de matana.8. CMARAS DE RESFRIAMENTO:O estabelecimento possuir instalaesdefriocomcmaraseante-cmarasquesefizeremnecessriasemnmeroereasuficientessegundoacapacidadedoestabelecimento.Taiscmarasdeverofazercomqueatemperaturadascarcaas(medidanaintimidadedasmassasmusculares)aofinaldeumperodode24a36horas(vinteequatrotrintaeseis horas) esteja ao redor de 0C (zero graus centgrados) eassimpermanecer ata sua expedio, nacondio de carne resfriada.Ascmarasderesfriamentoseroconstrudasobedecendocertas normas, tais como:a)Asportasterolarguramnimade1,60m(ummetroesessentacentmetros)demaneiraaserrespeitadooafastamentode0,80m(oitentacentmetros)dotrilho aos seus marcos.b)Asportasserosempremetlicasoudechapasplsticas,lisas, resistentes a impactos e de fcil limpeza.c)Possuirpisodeconcreto,ououtromaterialdealtaresistncia, liso, de fcil higienizao e sempre comdecliveemdireo s portas, no podendoexistirralos em seu interior.d)Manterumadistnciamnimaentreascarcaasdemodoqueelasnofiquemencostadas(aproximadamentecincomeiascarcaaspordoismetroslinearesdetrilho).Parafacilitaramovimentaodascarcaasrecomendadoque as cmaras de resfriamento tenham porta de entrada e porta de sada.Aconstruodascmarasderesfriamentopoderseremalvenaria ou totalmente em isopainis metlicos. Em qualquer um dos dois casos tero isolamento com0,10m(dezcentmetros)deespessuradeisopor,podendoserusadotambmcomomaterialdeisolamento,commelhorresultadoqueoisopor,aresinadepoliuretanoexpandido.Omaterialdeisolamento ser colocado no piso, paredes e teto.Quandoconstrudasdealvenaria,asparedesinternasseroperfeitamentelisasesempintura,visandofacilitarasuahigienizao,assimcomoostrilhosquerecebero apenas uma fina camada de leo comestvel, para evitar a sua oxidao.Ailuminaosercomlmpadasprotegidascontraestilhaose com luminosidade mnima de 100lux ao nvel do produto.9. TNEL DE CONGELAMENTO:Ainstalaodetneldecongelamentonodecarterobrigatrio.Ostneisdecongelamentorpidoterodeatingirtemperaturasde-35a-40C(menostrintaecincomenosquarentagrauscentgrados),comaltaNormas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos14ventilao,efazercomqueatemperaturanocentrodosprodutoschegueat-18a-20C(menosdezoito menos vinte graus centgrados) em um perodo de 20 (vinte) a 24h (vinte e quatro horas).Poderoserconstrudosemalvenariaoutotalmenteemisopainismetlicos. Em qualquer dos dois casos tero camada dematerial deisolamento, constitudaporisopor,comespessuramnimade0,20m(vintecentmetros).Estsendoempregadatambmaresina de poliuretano expandido, com melhores resultados como material de isolamento.Oisolamentodeverabrangeropiso,asparedeseotetodostneis de congelamento, utilizando-se sempre material isolante de mesma espessura.Quandoconstrudosemalvenaria,ostneisdecongelamentoteroparedeslisasesempinturaparafacilitarasuahigienizao.Assuasportasserosempremetlicas ou de material plstico resistente impactos e baixas temperaturas, e tero largura mnimade 1,60m (ummetroe sessenta centmetros) quandoforemcongeladosquartosdecarcaascomosso,ou1,20m(ummetroevintecentmetros)quandoingressaremapenasprodutosemcaixas,sacosoufardos.10. CMARA DE ESTOCAGEM DE CONGELADOS:Construdaemalvenariaoutotalmenteemisopainismetlicos.Emqualquerdosdoiscasosterisolamentodeisopor,com0,20m(vintecentmetrosdeespessura).Oisolamento,comonostneisdecongelamento,abrangeropiso, as paredes e o teto, utilizando-se sempre material isolante de mesma espessura.Asparedesserosemprelisas,impermeveisedefcilhigienizao, nosendousadonenhumtipodepintura.Ailuminaosercomlmpadasprovidasdeprotetorescontraestilhaos.Asportasserosempremetlicasoudematerialplsticoresistenteimpactosemudanasbruscasdetemperaturaeterolarguramnimade1,20m(ummetroevintecentmetros).Osprodutosaquidepositados,devemestartotalmentecongeladoseadequadamenteembaladoseidentificados.Sserotransferidosdostneisdecongelamentoparaacmaradeestocagemosprodutosquejtenhamatingidos-18a-20C(menosdezoitomenosvintegrauscentgrados)noseuinterior.Nessacmaraosprodutosficaroarmazenados sobre estrados ou em paletes, afastados das paredes e doteto eemtemperatura de -20 a -25C (menos vinte a menos vinte e cinco graus centgrados) at a sua expedio.Deverhaverummecanismodecongelamentoquandofordeinteresseoaproveitamentodecarcaas,queporapresentaremcertasdoenasparasitrias,comoocaso da cisticercose, tero como destino condicional o tratamento pelo frio, o que significa permanecera uma temperatura de-10C (menos dez graus centgrados), na intimidade de suas massas musculares,porumperodomnimode10(dez)dias.Casocontrrio,seroobrigatoriamentecondenadasoutratadasporsalmouraporumperodomnimode21(vinteeum)dias,comprejuzomaiorparaoproduto,almderequerercontrolemaiscomplexoporpartedaInspeoSanitriaeinstalaesapropriadas para este processamento.11. SALA DE DESOSSA:A sala de desossa possuir as seguintes caractersticas:a) P-direito mnimo de 3,00m (trs metros);b) Sistema de climatizaodemaneira permitir que a temperatura da sala mantenha-seentre 14Ce16C durante os trabalhos;c) O uso de janelas nesta seo no recomendado, pois a existncia destas prejudicar enormementeasuaclimatizao.Casofordeinteressedaempresaailuminaonaturaldaseo,poderoserutilizados tijolos de vidro refratrios;d)Parafacilitaraclimatizaodasalaconvenientequepelomenosasparedeseotetopossuamisolamento trmico;e) As paredes e o teto podero tambm ser totalmentedeisopainismetlicos, protegidos da oxidaocom tinta especial, de cor clara;Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos15f)Asportasserometlicasecomdispositivodefechamentoautomtico,devendosermantidassempre fechadas. recomendvel o uso de portas com isolamento trmico;g)Serlocalizadacontguascmarasderesfriamento,demaneiraqueascarcaasaosaremdascmaras com destino sala de desossa no transitem pelo interior de nenhumaoutra seo, bem comomanterproximidadecomotneldecongelamento,comaexpedio,comaseodehigienizaoedepsito de caixas e com o depsito de embalagens;h)Possuirseodeembalagemsecundriaindependentedasaladedesossa,podendoparaistoserutilizada uma antecmara, desde queesta possua dimenses que permitama execuodesta operao,sem prejuzo do trnsito dos demais produtos neste setor.12. SEO DE HIGIENIZAO DE CAIXAS E BANDEJAS:Ousodemadeirarigorosamenteproibidonointeriordestaseo, que ter tanques de alvenaria revestidos de azulejos, de material inx ou de fibra devidro, lisosedefcilhigienizao.Noseropermitidostanquesdecimentoamiantoououtromaterialporoso.Dispor ainda de gua quente e fria sob presso e de estrados plsticos galvanizados.Alavagempoderserfeitanasaladematanadesdequeosprodutosutilizadosparatalnofiquemalidepositadoseestaoperaonointerfiranostrabalhosdematana. Os equipamentos e utenslios higienizados no podero ficar depositados nesta seo.13. SEO DE EXPEDIO: Deve ser provida de equipamentos suficientes para proceder ocorte eembalagensdas peas a seremexpedidas. Possuir plataforma paraocarregamentototalmenteisolada do meio-ambiente, devendo sua porta acoplar s portas dos veculos.14. GUA DE ABASTECIMENTO:Devedisporderededeabastecimentodeguaparaatendersuficientementesnecessidadesdotrabalhoindustrialesdependnciassanitriase,quandoforocaso, de instalaes para o tratamento de gua.Quandooestabelecimentoseutilizardeguadesuperfcie(vertentes,audes,lagos,crregos,rios,poosrasos,etc.)paraseuabastecimento,deverpossuirestao de tratamento(hidrulica)ondeaguapassar,obrigatoriamente,porfloculao,decantao,filtrao e clorao. Quando a gua for proveniente de poos artesianos, poder sofrer apenas clorao.Ocloradorautomticosersempreinstaladoantesdaentradadaguanoreservatrio,paraquepossahavertempodecontatomnimode20(vinte)minutosentrecloroegua.Assim,oreservatriodeverserdimensionadoparaatenderoconsumodoestabelecimento, de acordo com a sua capacidade de abate e/ou industrializao e de maneira que todaa gua consumida permanea por um tempo mnimo de 20 (vinte )minutos em contato com o cloro.Osreservatriosdeguapermanecerosemprefechadosparaevitarasuacontaminaoporexcrementosdeanimais,insetoseatmesmoaquedaemortedepequenos animais em seu interior, alm de impedir uma maior volatilizao do cloro.15. INSTALAES PARA PRODUO DE GUA QUENTE OU GERAO DE VAPOR:Aguaquenteindispensvelnodesenvolvimentodetodasasoperaesemcondiessatisfatriasdehigiene,almdaadequadahigienizaodasinstalaeseequipamentos.Porisso,obrigatriaainstalaodequalquersistemaprodutordeguaquenteouvaporem quantidade suficiente para atender todas as necessidades do estabelecimento, sendo tambmobrigatrioqueaguaaquecidachegueaqualquerumdeseuspontosdeutilizaocomtemperaturamnimade85C(oitentaecincograuscentgrados).Ocontroledatemperaturadaguaquentedeveser realizado com a instalao de termmetro prprio a este sistema.A instalao de caldeira obedecer as normas do Ministrio doTrabalho quanto sua localizao e sua segurana.Parabovinos,toma-secomorefernciaaproporode100litros por cabea abatida.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos1616.INSTALAESPARADESNATURAOOUPROCESSAMENTODEPRODUTOSNO-COMESTVEIS E CONDENADOS (GRAXARIA):Estasinstalaesseroconstrudasobedecendo,obrigatoriamente,umafastamentomnimode5,00m(cincometros)doprdioondesomanipuladosprodutoscomestveis,inclusivesaladeabate.Suaconstruoserinteiramentedealvenaria,comparedeslisasparafacilidadedehigienizaoepisodeconcretoarmadoousimilarcomdeclivesuficiente para escoamento das guas em direo canaletas ou ralos sifonados. Possuiro janelas comesquadriasmetlicas,protegidascomtelaprovadeinsetoseportascomdispositivodefechamentoautomtico.Osequipamentosmnimosnecessriossero:tanqueparacozimentodosanguequesercanalizadodiretamentedacanaletadesangria,quandoestenoforempregadonafabricaodefarinha; digestor com aquecimento vaporindireto(parededupla)equealcancetemperaturamnimade 120C, sob presso ou, autoclave com aquecimento vapor direto e que atinja tambm temperaturamnimade120C,sobpresso;percoladoresetanquesparadecantaoedepsitodesebo.Quandohouverfabricaodefarinha,estesetordisportambmdeprensa,moinhoelocalprprioparaodepsito de farinha, sem o risco de sua contaminao.rigorosamenteproibidoosimplescozimentodosprodutosnocomestveisecondenadosemtachosabertosesempresso,ondeatemperaturanopassade100C (cem graus centgrados).Quandooestabelecimentonopossuirinstalaesparaprocessamento de produtos no-comestveis e condenados, dever dispor de forno crematrio eficienteparaacompletadestruiodessessubprodutos,nosendopermitido,sobhiptesealgumaoseuenterramento. O sangue, quandonoaproveitadonafabricaodefarinhas,sersemprecozido,vistoque, este jamais poder ser lanado in naturanos efluentes da indstria.Permite-seaterceirizaodasoperaesdeprocessamentodos subprodutosno-comestveise condenadosdesdequerealizadasporestabelecimentoregistradoecomcontroledosrgosdeInspeoSanitriaOficialEstadualouFederal,devendohaverumcontratoentreaspartescomcronogramadecoletadefinido,sendoosprodutoscondenados,previamentedesnaturadoscomcompostosqumicos(cresis,leoqueimado,etc.)nasuaorigem.Quandoforutilizadaestaprticaeacoletanoforrealizadadiariamente,deverexistirumlocaladequadoeafastadodocorpodaindstriaparaarmazenamentodestesprodutosatachegadadoveculotransportador.Estelocaldevesercoberto,compisopavimentadoecercadoportelaououtromaterial.Emcasodealteraodeestabelecimentoquereceberestesprodutos, esta dever ser imediatamente comunicada CISPOA e encaminhado o contrato com o novoestabelecimento.17. DEPSITO PARA PELES (COUROS):Serobrigatrioparatodososestabelecimentos,inclusivepara aqueles onde as peles so expedidas diariamente, no havendo salga.As peles sero depositadas aguardando sua expedioeseforocaso,oseusalgamento,emdepsitosmantidossemprecomasportasfechadasecomasjanelasprovidas de telas prova de insetos.O depsito de peles (couros) ser localizado de preferncia emlocalafastadodasinstalaesondesomanipuladosprodutoscomestveis.Quandoistonoocorrer,nodeveexistircomunicaocomessassees,podendohavercomasaladeabatecomunicaoapenas atravs de chute ou culo com tampa articulada.18. DEPSITO PARA CASCOS, CHIFRES, CRINAS, OSSOS AUTOCLAVADOS, ETC: Serlocalizadosempredistantedasinstalaesondesemanipulamprodutoscomestveis.Construdodealvenaria,compisopavimentadoedefcilhigienizao, bem ventilado e com telas prova de insetos em suas aberturas.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos1719. INSTALAES PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES:Oestabelecimentodeverdispordesistemaadequadodetratamento de resduos e efluentes compatvel com a soluo escolhida para destinao final, aprovadopelo rgo competente.Nomomentodoregistrooestabelecimentodeveapresentaruma autorizao concedida pelo rgo de proteo ambiental competente.20. VESTIRIOS E SANITRIOS:Construdoscomacessoindependentequalqueroutradependnciadaindstria,serosempredealvenaria,compisoeparedesimpermeveisedefcilhigienizao.Suasdimenseseinstalaesserocompatveiscomonmerodetrabalhadoresdoestabelecimento.Osvestirios,paratrocaeguardaderoupas,seroseparadosfisicamenteatravsdeparededareadasprivadasemictrios.Seroprovidosdeduchascomguamorna, bancos, cabides e armrios em nmero suficientes.Ossanitriosserosempredeassento,sendoproibidososvasossanitriosdotipovasoturco,eseroemnmerodeumaprivadaparacadavintehomensouuma privada para cada quinze mulheres.Osvestiriosesanitriosterosempresuasadalavatriosdemoscomtorneirasacionadaspedalououtromeioquenoutilizeasmos,providosdesabolquido inodoro.Todas as aberturas dosvestirios,banheirosesanitriosserodimensionadasdemaneirapermitirumadequadoarejamentodoambientedadependnciaeserosempre providas de telas prova de insetos.21. INSTALAES PARA A INSPEO SANITRIA:OestabelecimentocomInspeoSanitriapermanentefornecer a esta as instalaes necessrias para o bom desempenhode suas atividades deusoprivativodos funcionrios da inspeo, as quais constaro de, no mnimo, uma sala com rea mnima de 10 m2 (dez metros quadrados), com mesas e armrios e umbanheiro com vestirio.OacessosdependnciasdaInspeoSanitriasersempreindependente de qualquer outra seo, inclusive das dependncias administrativas da Empresa.As tarefas de conservaoe higienizao dessas dependnciascaber sempre empresa inspecionada.Por ocasiodaaprovaodoprojetodoestabelecimentoaserregistrado, a CISPOA poder determinar Empresa a destinao de maior rea para as dependnciasdaInspeoSanitria,considerandoonmerodefuncionriolotadosjuntoquelainspeolocal,ouum outro local apropriado.22. ALMOXARIFADO:Serdealvenaria,ventiladosecomacessoindependenteaodas diversas sees da indstria,podendotercomunicaocomestasatravsdeculoparapassagemdematerial.Terreacompatvelcomasnecessidadesdaindstriaedeverternomnimoduasdependnciasseparadasfisicamenteporparedes,sendoqueemumadelasserodepositadosapenasprodutosqumicosusadosparaalimpezaedesinfecodasdependnciasdaindstria,detergentesesabodeumamaneirageral,venenosusadosparacombatervetores,sendoqueestesficaroemarmrio ou caixa chaveada e identificada, alm de graxas lubrificantes.Naoutradependnciaserodepositados,totalmenteisolados,uniformesemateriaisdetrabalho;materiaisdeembalagem;matrias-primas;ingredientesecondimentosadequadamenteprotegidasdepoeiras,insetos,roedores,etc.;peasdereposiodosequipamentos, etc.Normas TcnicasMatadouro-frigorfico de bovinos1823. REA EXTERNA:Noserregistradooestabelecimentodestinadoproduode alimentos para consumo humano, quando situado nas proximidadesde outroque, por sua natureza,possa influir na qualidade do produto.Nopermitidoresidirnocorpodosedifciosondesorealizados os trabalhos industriais.O estabelecimento deve possuir ptios e ruas livres de poeira ebarro.Areadaindstriadeveserdelimitadaporcercaoumuroeasinstalaesdevemserconstrudas de forma que permita uma adequada movimentaodeveculos detransporteparacarga edescarga.24. UNIFORMES:Todo pessoal quetrabalhacomprodutoscomestveis,desdeorecebimento at a embalagem, dever usar uniformes prprios aprovados pela CISPOA.Opessoalquetrabalhacomprodutoscomestveisdeveusaruniformes branco que consiste em cala, jaleco, gorro e/ou capacete, bota e avental impermevel, estequando a atividade industrial exigir.Opessoalqueexerceoutrasatividadesnorelacionadasprodutoscomestveisdeverusaruniformescoloridosqueconsisteembota,calaejalecooumacaco.25. RELAO INDSTRIA-VAREJO (ponto de venda, aougue, etc.):Aexistnciadevarejonamesmareadaindstriaimplicarno seu registro no rgo competente, independentedo registro da indstria na CISPOA. As atividadeseosacessosserototalmenteindependentes.Tolera-seacomunicaointernadovarejocomaindstria apenas por culo.