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    O QUE CAPITALIZAODo ponto de vista das finanas, CAPITALIZAO o processo de aplicao de uma importncia auma determinada taxa de juros e de seu crescimento por fora da incorporao desses mesmos juros quantia inicialmente aplicada. No sentido particular do termo, CAPITALIZAO umacombinao de economia programada e sorteio, sendo que o conceito financeiro acima expostoaplica-se apenas ao componente "economia programada", cabendo ao componente lotrico opapel de poder antecipar, a qualquer tempo, o recebimento da quantia que se pretendeeconomizar ou de um mltiplo dela de conformidade com o plano. Para a venda de um ttulo deCapitalizao necessrio uma srie de formalidades que visam a garantia do consumidor. ASociedade de Capitalizao deve submeter o seu plano ao rgo fiscalizador do Sistema Nacionalde Capitalizao - SUSEP.

    Plano de Capitalizao - o conjunto de elementos que do forma ao ttulo, so as Condiesque caracterizam um produto e os diferenciam entre si. Os planos so representados pelasCondies Gerais, Nota Tcnica Atuarial e Material de Comercializao. A comercializao de umttulo de Capitalizao envolve termos prprios, a saber:

    O QUE TTULO DE CAPITALIZAO? um papel do mercado mobilirio, nominativo, que pode ser adquirido prazo ou vista.

    O QUE SIGNIFICA "JUROS"? uma remunerao do capital aplicado a uma determinada taxa, denominada taxa de juros. Nofinal de cada perodo de Capitalizao que previamente estipulado, os juros produzidos soadicionados ao capital, passando a fazer parte do mesmo para efeito de clculo dos prximos juros. Assim, estamos diante de uma aplicao de juros compostos.

    CONDIES GERAIS o documento onde contm todos os direitos e deveres da Sociedade de Capitalizao e docomprador do ttulo. , portanto, de fundamental importncia conhecer o texto das CondiesGerais de um ttulo, tanto para vend-lo como para compr-lo. Atente-se ainda para o fato de queno existe padro de Condies Gerais, assim sendo, os direitos conferidos pela aquisio de um

    ttulo de Capitalizao ou os deveres decorrentes da sua venda variam substancialmente deempresa para empresa e at de plano para plano em uma mesma empresa.

    NOTA TCNICA o documento que contm as demonstraes de clculos dosparmetros tcnicos de um ttulo de Capitalizao. Esse documento consistede enunciados e frmulas matemticas e deve ser assinado por aturioregistrado no rgo de classe e credenciado junto SUSEP.

    MATERIAL DE COMERCIALIZAO o material usado para a divulgao e venda do ttulo. Deve ser bem claro, atendendo ao Cdigode Defesa do Consumidor. fundamental o conhecimento do produto para que todos possamprestar quaisquer esclarecimentos aos clientes.

    COMO SE ADQUIRE UM TTULO DE CAPITALIZAO?O ttulo pode ser adquirido, mediante preenchimento de uma Proposta para Compra de Ttulo deCapitalizao.

    O QUE PROPOSTA?Proposta um formulrio contendo os dados do subscritor, bem como sua autorizao para dbitoem sua conta das mensalidades do ttulo.

    SOBRE A NATUREZA E TRANSFERIBILIDADE DO TTULONATUREZA DO TTULO

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    O ttulo livremente negocivel, podendo ser vendido, trocado ou doado, desde que sejaformalizada junto a Sociedade de Capitalizao a transferncia conjunta do cedente e cessionrio.Assim, o cessionrio sucede o cedente em todos os seus direitos e obrigaes.

    CEDENTE- Pessoa fsica ou Jurdica que cede o Ttulo de Capitalizao.CESSIONRIO- Pessoa fsica ou Jurdica a quem est sendo cedido o ttulo e que se tornar onovo subscritor.

    ATRIBUTOS BSICOS DO TTULOO ttulo de Capitalizao possui os seguintes atributos bsicos: prazos, sorteios, mensalidades eatualizaes monetrias.

    QUE SIGNIFICA PRAZO? o prazo para pagamento das mensalidades do ttulo cujos valores so capitalizados no mesmoperodo, ou no, dependendo do plano.

    QUE SIGNIFICA VIGNCIA?O ttulo considerado em vigor no primeiro dia til seguinte ao do pagamento da primeiramensalidade. O ttulo permanecer nessa condio enquanto no houver atraso no pagamento

    das mensalidades subsequentes.QUE SIGNIFICA TTULO SUSPENSO?Vencido o prazo para pagamento e no quitado o dbito, ficar suspenso automaticamente odireito de o ttulo concorrer a sorteios, at que venha a ficar novamente em dia, pelo pagamentodas mensalidades vencidas.

    QUE PRAZO DE CARNCIA? o perodo de tempo em que o subscritor do ttulo ter que esperar para receber o valor deresgate correspondente ao saldo de Capitalizao garantido.

    Decomposio das Mensalidades de um Ttulo de Capitalizao

    A mensalidade composta pelo menos de trs elementos, a saber:Reserva Matemtica - a parcela deduzida de cada mensalidade para constituir as quantiaseconomizadas pelo subscritor. somente sobre a reserva matemtica que se aplicam correomonetria e juros e no sobre o total das mensalidades. A reserva matemtica nada mais que ovalor de resgate ao final do plano.Despesas Operacionais - a parcela deduzida de cada mensalidade para cobrir despesasoperacionais e administrativas da Companhia tais como: salrios, honorrios, aluguis,publicidade, material, correios, etc.Custo de Sorteios - a parcela deduzida de cada mensalidade para garantir o pagamento dosprmios aos subscritores contemplados.

    FORMA DE PAGAMENTOO ttulo de Capitalizao pode ser adquirido prazo ou vista.

    PRAZO DE PAGAMENTO / TAMANHO DASRIEO prazo de pagamento e o tamanho da srie so definidos em funo do plano a ser elaboradopela Companhia de Capitalizao.DESCONTO BANCRIOChamamos de desconto comercial, bancrio ou por fora o equivalente ao juro simples produzidopelo valor nominal do ttulo no perodo de tempo correspondente e taxa fixada. Sejam d o valor de desconto comercial, N o valor nominal do ttulo, A o valor atual comercial, n o tempo que faltapara o vencimento e i a taxa de desconto, ento:O valor atual bancrio dado por:

    EXERCCIOS1. Um ttulo de R$ 60.000,00 vai ser descontado taxa de 2,1% ao ms. Faltando 45 dias para ovencimento do ttulo, determine:

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    a . o valor do desconto comercialb. o valor atual comercialSoluoN = 60.000,00 i = 2,1%a.m. n = 45 diasa. d = N i n = 60.000 x 0,021 x 1,5 = R$ 1.890,00b. A = N - d = 60.000 - 1.890 = R$ 58.110,00

    2. Uma duplicata de R$ 6.900,00 foi resgatada antes de seu vencimento por R$ 6.072,00.Calcule o tempo de antecipao, sabendo que a taxa de desconto comercial foi de 4% ao ms.SoluoN = 6.900,00 A = 6.072,00 i = 4% a.m.d = N - A = N i n . (6.900 - 6.072) = 6.900 x 0,04 x nn = 82869000 x 0.04= 3Resp: 3 meses

    DESCONTO COMPOSTOO desconto simples, racional ou comercial so aplicados somente aos ttulos de curto prazo,

    geralmente inferiores a 1 ano.Quando os vencimentos tm prazos longos, no conveniente transacionar com esses tipos dedescontos, porque podem conduzir a resultados que ferem o bom senso.

    Observe o EXEMPLOCalcular o desconto comercial de um ttulo de R$ 100.0000,00 com resgate para 5 anos, taxa de36% ao ano.RESOLUOFrmula: d = N i nN = R$ 100.000,00 i = 36% a.a. = 0,36 a.a. n= 5 anosd = 100.000 . 0,36 . 5 = 180.000Como vemos, o valor do desconto superior ao valor nominal do ttulo, o que um absurdo!!!

    por esse motivo que, em casos como o apresentado, adotamos o regime de regime de juroscompostos, que jamais daro resultados desse tipo. Como no desconto simples, temos duasformas de desconto composto, o desconto comercial, bancrio composto ou por fora e o descontoracional ou por dentro.

    DESCONTO COMERCIAL, BANCRIO COMPOSTO OU POR FORAComo o desconto comercial simples, o desconto comercial composto calculado sobre o valor nominal do ttulo. O valor atual obtido por meio de uma sucesso de descontos sobre o valor nominal, isto , sobre o valor expresso no ttulo. Assim, Instante n: valor do ttulo NInstante n - 1 (ou 1 perodo anterior: valor do ttulo era N - iN = N (1 - i)Instante n - 2: valor do ttulo era (N - iN) - i (N - iN) = (N - iN) [1 - i] = = N(1 - i)[1 - i] = N (1 - i)2 e,assim sucessivamente, n perodos antes do vencimento o valor do ttulo era:A = N(1 - i)nO desconto comercial a diferena entre o valor nominal do ttulo e o seu valor atual. Assim, d = N- A = N - N(1 - i)n = N [ 1 - (1 - i)n]

    EXERCCIO RESOLVIDO1. Calcular o valor atual de um ttulo de R$ 20.000,00 descontado um ano antes do vencimento taxa de desconto bancrio composto de 5% ao trimestre, capitalizvel trimestralmente.SOLUOA = ? N = R$ 20.000,00 i = 5% a.t. = 0,05 a.t. n = 1 ano = 4trimestresA = N (1 - i)n = 20.000 (1 - 0,05)4 = 20.000 . 0,814506 = 16.290,13A = N (1 - i)n

    EXERCCIOS PROPOSTOS

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    1. Calcular a taxa de desconto bancrio composto de um ttulo de R$ 20.000,00, descontado 4meses antes do vencimento, recebendo lquido o valor de R$ 16.290,13.2. Um ttulo de R$ 20.000,00 foi descontado num banco, pelo desconto bancrio composto, taxade 5% a.m., sendo creditada, na conta do cliente, a importncia de R$ 16.290,13. Quanto tempoantes do vencimento foi descontado este ttulo?Gabarito01 - Resp: 5% 02 - Resp : 4 meses

    O que Taxa de Juros? o preo do dinheiro. Dinheiro uma mercadoria com outra qualquer. Tomemos o exemplo deuma geladeira. O preo varia em funo da lei da oferta e da procura. Quanto maior a quantidadede geladeira no mercado, menos o consumidor pagar por ele. Com o dinheiro a mesma coisa.Quanto mais dinheiro os bancos tm para oferecer aos seus clientes, menos eles cobram peloemprstimo. E o preo que os bancos cobram a taxa de juros. Os bancos precisam captar recursos no mercado para poder emprestar. Para atrair esse capital eles remuneram os clientesque depositam seu rico dinheirinho. E adivinhe com o se chama essa remunerao: taxa de juros.Portanto, por definio, o que o banco lucra a diferena entre a taxa de juros paga aodepositante e a taxa cobrada de quem pega um emprstimo. o chamado spread.

    TAXASDESCONTO COMERCIAL SIMPLESSe uma pessoa deve uma quantia em dinheiro numa data futura, normal que entregue ao credor um ttulo de crdito, que o comprovante dessa dvida.Todo ttulo de crdito tem uma data de vencimento; porm, o devedor pode resgat-loantecipadamente, obtendo com isso um abatimento denominado desconto. O desconto uma dasmais comuns aplicaes da regra de juro. Os ttulos de crdito mais utilizados em operaesfinanceiras so a nota promissria, a duplicata e a letra de cmbio.A nota promissria um comprovante da aplicao de um capital com vencimento predeterminado. um ttulo muito usado entre pessoas fsicas ou entre pessoa fsica e instituio financeira.A duplicata um ttulo emitido por uma pessoa jurdica contra seu cliente (pessoa fsica ou

    jurdica), para o qual ela vendeu mercadorias a prazo ou prestou servios a serem pagos no futuro,segundo um contrato.A letra de cmbio, assim como a nota promissria, um comprovante de uma aplicao de capitalcom vencimento predeterminado; porm, um ttulo ao portador, emitido exclusivamente por umainstituio financeira.

    Com relao aos ttulos de crdito, pode ocorrer:que o devedor efetue o pagamento antes do dia predeterminado. Neste caso, ele se beneficia comum abatimento correspondente ao juro que seria gerado por esse dinheiro durante o intervalo detempo que falta para o vencimento;que o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada. Neste caso, ele podevender o ttulo de crdito a um terceiro e justo que este ltimo obtenha um lucro, correspondenteao juro do capital que adianta no intervalo de tempo que falta para o devedor liquidar o pagamento;assim, ele paga uma quantia menor que a fixada no ttulo de crdito.Em ambos os casos h um benefcio, definido pela diferena entre as duas quantidades. Essebenefcio, obtido de comum acordo, recebe o nome de desconto.As operaes anteriormente citadas so denominadas operaes de desconto, e o ato de efetu-las chamado descontar um ttulo.A frmula :d = N.i.n

    Exemplo:Qual o desconto de um ttulo no valor de R$ 50.000,00, se ele for pago 2 meses antes dovencimento uma taxa de 5,5 %a.m.?Aplicando a frmula:d : o que voc quer saber N : 50.000,00

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    i : 5,5%- 0,055n : 2Logo: 50000 . 0,055 . 2 = > R$ 5.500,00 de desconto

    Valor Atual / NominalO clculo do valor atual est para o Desconto Simples como o Montante para o clculo de JurosSimples, ou seja, o valor final aps calcular o desconto. Pegando o exemplo da seo anterior, oValor Nominal do ttulo era de $ 50.000,00 e o desconto incidente foi de $ 5.500,00 ( ou seja , A =N-d ). Logo, o Valor Atual de $ 44.500,00. A frmula para o clculo direto do Valor Atual :A = N. (1-i.n)

    Exemplo:Aps receber sua devoluo do I.R., voc resolve quitar de uma vez as suas parcelas restantes doseu consrcio, num valor total de $ 70.000,00 ( claro, como voc uma pessoa consciente vocpaga suas dvidas e no sai por ai torrando e fazendo novas dvidas). Faltam 5 parcelas mensais eo desconto ser de um 1% a.m. . Quanto voc ter de pagar em cash ?Aplicando a fmula:A = o que voc quer descobrir N =70.000,00

    i = 1%a.m.n = 5 mesesLogo: A=70000. (1 - 0,01.5) resultando $ 66.500,00 , ou seja, uma diferena de $ 500,00.

    Taxas EquivalentesEm linguagem simples, so duas taxas ou mais taxas que, quando aplicadas, em determinadolapso de tempo em determinada quantia tm como resultado o mesmo valor.Complicado? T, ento digamos assim: voc tem uma aplicao que rende 1 %a.m. se vocaplicar durante 6 meses . E voc tem outra que rende 12 % a.a. se voc aplicar durante um ano.Qual mais vantajosa? tudo a mesma coisa, ou seja, elas so equivalentes, ou no? Ou serque melhor pagar antecipadamente uma dvida ou aplicar o dinheiro e pag-la no vencimentoprevisto?

    EXEMPLO:Calcular o juro produzido pelo capital de R$ 20.000,00- taxa de 4%ao ms, durante 6 meses- taxa de 12%ao trimestre, durante 2 trimestresRESOLUONo primeiro caso, temos J = 20.000,00 x 0,04 x 6 = 4.800,00No segundo caso, temos J = 20.000,00 x 0,12 x 2 = 4.800,00Como os juros so iguais, podemos dizer que 4%a . m. e 12%a . t., so taxas equivalentes. Ah,mais uma coisinha que causa confuso entre os no-iniciados. Muitas vezes voc vai ouvir sobreTaxas Nominais, Taxas Efetivas e Taxas Reais e qui, Proporcional e Aparente . Mas, afinal, doque se trata tudo isso?Vamos l:

    Taxa Nominal - Verso financis : quando o perodo de formao e o perodo de incorporaode juros ao Capital no coincide com aquele a que a taxa est referenciada. - Verso portugus : quando voc diz, por exemplo, que uma aplicao de 35%ao ano s que a capitalizao mensal ou que a aplicao financeira de 0,85%ao ms s que a capitalizao diria, como osFIFs ou FAQs,de capitalizao diria , dos bancos.Assim, por exemplo,35%ao ano, comcapitalizao mensal;16%ao ano, comcapitalizao semestral;36%ao ms, comcapitalizao diria.Veja bem : A taxa nominal muito utilizada no mercado, quando da formalizao dos negcios.No , porm, utilizada diretamente nos clculos, por no corresponder, de fato, ao ganho/custofinanceiro do negcio. Qual , ento, a taxa efetivamente utilizada? a taxa efetiva

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    Taxa Efetiva - falando financis: quando o perodo de formao e o perodo de incorporao de juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa est referenciada. - falando portugus : quando voc diz, por exemplo, que uma aplicao de 1 % ao mensal e capitalizao mensal,como a poupana.Como se obtm a TAXA EFETIVA?O seu valor pode ser determinado atravs da equivalncia: o principal VP aplicado taxa iaadurante um ano deve produzir mesmo montante que quando aplicado taxa i durante m perodos:VP( 1 + ia) = VP( 1 + im).Portanto,Ia = (1 + im) - 1 = FAC (m,i) 1

    EXEMPLOSejam R$ 100,00 aplicados a 2%ao ms, capitalizados mensalmente.Taxa nominal: iN = 12 x 2%= 24%ao ano.Taxa efetiva: iE = (1 + 0,02)12 - 1 = 1,268 - 1 = 0,268 = 26,8%ao anoO montante aps um ano ser 100(1 + 0,268) = 126,8 e no 100(1 + 0,24)= 124 como se poderia supor!!.A distino entre taxa efetiva e taxa nominal de suma importncia. Em situaes envolvendoemprstimos ou financiamentos, por exemplo, a taxa que figura nos contratos geralmente a taxa

    nominal, que no pode ser tomada como critrio de deciso.Taxa Real - a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionria do perodo. Voc vai ouvir esse termoadoidado. Pegando o exemplo da poupana , quando o Governo diz que a poupana tem umrendimento real de 0,5%ao ms, significa que seu dinheiro foi corrigido primeiro pela inflao doperodo e sobre este montante foi aplicado 0,5%.Bom agora que voc est suficientemente confuso ou confusa, vamos aos clculos deequivalncia:

    Taxa de Juros ProporcionalDuas taxas so ditas proporcionais quando os nmeros que indicam as taxas so diretamenteproporcionais aos respectivos nmeros que indicam os perodos de referncia. um conceito do

    regime de juros simples.Por exemplo:15%ao trimestre proporcional a 5%ao ms. Isto porque:15%/ 3 meses = 5%/ 1 ms

    Taxa de Juros Aparente um conceito usado em estudos financeiros em contexto inflacionrio. Hoje em dia no utilizadadevido s baixas taxas de inflao registradas j h alguns anos no Brasil.

    Equivalncia entre duas taxas no regime de juros simplesEssa Fcil: s pegar a taxa e multiplic-la (ou dividi-la) pelo perodo correspondente ao quedeseja descobrir.

    Exemplo: voc tem uma taxa de 5%a.m. e quer saber quanto equivalente ao ano.Ora, um ano tem12 meses ento s multiplicar 5% por 12 e voc tem60%a.a. O inverso tambm verdadeiro : voc tem uma taxa de 15%a.m. e quer saber quanto ao dia . s dividir 15% por 30 dias e voc tem0,5%a.d. Fcil, no ?

    Equivalncia entre duas taxas no regime de juros compostoBom, essa um pouco mais complicada, mas tambm no nenhum bicho-de-sete-cabeas. Sevoc quer passar de uma unidade de tempo "menor" para uma "maior" , como de ms para ano,voc eleva a taxa de juros pelo nmero de perodos correspondente. Se for o contrrio, como por exemplo de ano para ms, voc eleva ao inverso do perodo . Complicado? Que nada, isso matria de 2 grau mas para os que no se lembram ou cochilaram na aula, abaixo uma tabelinhacom as converses necessrias :De a.m. para a.a. = ia = (1+im)12 -1

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    De a.d. para a.m. = im = (1+id)30 -1De a.d. para a.a. = ia = (1+id)360 -1De a.a. para a.m. = im = (1+ia)1/12 -1De a.m. para a.d. = ia = (1+im)1/30 -1De a.a. para a.d. = id = (1+ia)1/360 -1

    Exemplo: voc tem uma taxa de 24% a.a. e quer saber quanto equivalente ao ms. Usando afrmula d aproximadamente 1,81%a.m. Ser? Ento faa uma prova de confirmao: use as duastaxas sobre um valor simples como R$ 1.000,00 e veja se o resultado no igual. (Na verdade duma pequena diferena porque eu arredondei o decimal na hora de calcular)Equivalncia entre uma aplicao e um desconto no regime de juros simplesH ocasies em que ser necessrio verificar se uma taxa de juros aplicada a um capital e umataxa de juros aplicada para fins de desconto so equivalentes.Isso fundamental para decidir se vale a pena pagar antes, aplicar, reinvestir, etc.A frmula para determinar uma taxa equivalente :

    Se voc tema taxa de desconto e quer descobrir a taxa de juros correspondente:i / 1- i.n

    Se voc tema taxa de juros para aplicao e quer descobrir a taxa de descontocorrespondente:

    i / 1+ i.nExemplo: Vamos pegar um capital de $ 60.000,00 investido a juros simples de 8%a.m. por 3meses. Qual a taxa de desconto simples equivalente?Usando a frmula: i / 1+ i.n = > 0,08 / 1,08*3 = >0,0645 Ou seja 6,45% a.m. de desconto equivalente a 8%a.m. para aplicao, em regime de juros simples, num prazo de 3 meses.

    RENDAS UNIFORMES E VARIVEIS (Rendas Certas ou Anuidades)Bom, anuidades ou rendas certas o nome que se d aos pagamentos sucessivos tanto a nvel definanciamentos quanto de investimentos.Se a renda possui um nmero finito de termos ser chamada de temporria caso contrrio chamada de permanente. Apesar da opinio de alguns muturios da Caixa Econmica, ofinanciamento da casa prpria temporria, apesar de ter um termo de concluso bem longo.Agora, se os termos da renda certa forem iguais chamada de renda certa de termo constante ourenda certa uniforme; seno uma renda certa de termo varivel.Finalmente, quando o perodo entre as datas correspondentes aos termos tiverem o mesmointervalo de tempo , diz-se que a renda certa peridica ; caso contrrio no peridica.

    Exemplos: Um financiamento de casa prpria um caso de renda certa temporria, de termo varivel

    (sujeito variao da TR) e peridica. Um financiamento de eletrodomstico um caso de renda certa temporria, de termo

    constante (voc sabe quanto pagar de juros) e peridica.

    J a caderneta de poupana pode se considerar como um caso de renda certa perptua(pelo menos enquanto o dinheiro estiver disposio para aplicao), de termo varivel eperidica. Bico, como pode ver. E j que bico, mais algumas definies:

    As rendas peridicas podem ser divididas em: Postecipadas Antecipadas Diferidas

    As Postecipadas so aquelas na qual o pagamento no fim de cada perodo e no na origem.Exemplo: pagamento de fatura de carto de crditoAs Antecipadas so aquelas na qual os pagamentos so feitos no incio de cada perodorespectivo. Exemplo: financiamentos com pagamento vistaE as Diferidas so aquelas na qual o primeiro pagamento feito aps um determinadoperodo. Exemplo: promoes do tipo, compre hoje e pague daqui a x dias.

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    Caso ainda no tenha percebido, os clculos envolvendo renda certa lembram os clculos deJuros Compostos e Descontos Compostos j vistos anteriores.Calculando Valor Atual em casos de Rendas CertasBom, para comear, trabalharemos aqui com clculos de renda certas do tipo peridicos, determos constantes e temporrios, os quais so mais usados.Para se calcular o Valor Atual num caso de Rendas Certas, a frmula a ser utilizada depende deser postecipada , antecipada ou diferida. Assim, se for:Postecipada a frmula : V=T.aniAntecipada a frmula : V=T+T.an-1iDiferida a frmula : V=T.ani/(1+i)m

    m sempre uma unidade menor do que a se deseja calcular, ou seja, se a venda diferida de 3meses, m ser 2 .Para saber o valor de ani , voc pode calcular usando a frmula (1+i)n-1/i(1 + i )n.

    Exemplo:Um carro vendido a prazo em 12 pagamentos mensais e iguais de R$2.800,00 (num total de R$36.000,00), sendo a primeira prestao no ato da compra, ou seja, o famoso " com entrada" , ouainda, um caso de renda certa antecipada. Sendo que a loja opera a uma taxa de juros de 8% a.m.

    , calcule o preo vista desse carro.Aplicando a frmula:n = 12T = 2800V = 2800+2800.a118% = R$ 22.789,10

    Outro exemplo:Um dormitrio vendido em 4 prestaes de R$ 750,00, com o primeiro pagamento para 3 mesesaps a compra (ou seja, esse um caso de diferida) Sabendo que a loja trabalha com juros de 6%a.m. , calcule o valor vista.Aplicando a frmula:n = 4

    T = 750m = 2i = 6%V = 750.a46%/(1+.06)2 = 750.3,465106/1.1236 = R$2.312,95

    Calculando o Montante em casos de Rendas CertasComo voc deve se lembrar, Montante nada mais do que a somatria dos juros com o capitalprincipal. No caso de rendas certas , a frmula dada por:M=T.SniPara saber o valor de Sni voc pode calcular usando a frmula (1+i)n-1/i.

    Exemplo:Calcule o Montante de uma aplicao de R$ 100,00, feita durante 5 meses, a uma taxa de 10%a.m.Aplicando a frmula (esse um caso de postecipada, porque o primeiro rendimento um msaps a aplicao):n = 5T = 100i = 10% a.m.M = 100.S510% = R$ 610,51

    Quando for uma situao de:antecipada : subtraia 1 de ndiferenciada : aps determinar Sni, divida o resultado por (1+i)m

    Nomenclaturas usadas

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    i = do ingls Interest , usado para representar os juros envolvidos em quaisquer operaesfinanceiras.C = do ingls Capital , usado para representar o Capital utilizado numa aplicao financeira.M = do ingls a Mount , usado para representar o Montante que o resultado da soma do Capitalcom os juros.n = nesse caso uma incgnita (quem aprendeu equaes do segundo grau usou muitasincgnitas. Todos aqueles x, y, z so incgnitas.) referente ao perodo de tempo (dias, semanas,meses, anos...) de uma aplicao financeira. Lembre-se da expresso: "levou n dias para devolver o dinheiro..."a.d. = abreviao usada para designar ao diaa.m. = abreviao usada para designar ao msa.a. = abreviao usada para designar ao anod = do ingls Discount , usado para representar o desconto conseguido numa aplicaofinanceira.N = do ingls Nominal , usado para representar o valor Nominal ou de face de um documentofinanceiro.A = do ingls Actual , usado para representar o valor real ou atual de um documentofinanceiro em uma determinada data.V = incgnita usada para representar o Valor Atual em casos de renda certa ou anuidades

    T = incgnita usada para representar o Valor Nominal em casos de renda certa ouanuidadesani = expresso que representa o fator de valor atual de uma srie de pagamentos.Sni = expresso que representa o fator de acumulao de capital de uma srie de pagamentos.

    PLANOS DE AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS E FINANCIAMENTOS

    Amortizao SAC (Sistema de Amortizao Constante)Neste sistema, o devedor obriga-se a restituir o principal em n prestaes nas quais as cotas deamortizao so sempre constantes. Ou seja, o principal da dvida dividido pela quantidade deperodos n e os juros so calculados em relao aos saldos existentes ms a ms. A soma dovalor de amortizao mais o dos juros que fornecer o valor da prestao. No h necessidade

    de frmulas complicadas, mas voc precisar montar uma planilha em situaes de perodos maisou menos longos. Esse tipo de emprstimo usado pelo SFH e tambm, em certos casos, ememprstimos s empresas privadas atravs de entidades governamentais.

    Exemplo:Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal.Bom, o valor da amortizao calculado dividindo-se o principal pela quantidade de perodos, ouseja, 300.000 por 5 que d 60.000 Os juros so calculados sobre os saldos da prestao, assim :1 ms 300.000 * 4% = 12.000,002 ms 240.000 * 4% = 9.600,003 ms 180.000 * 4% = 7.200,004 ms 120.000 * 4% = 4.800,005 ms 60.000 * 4% = 2.400,00Os saldos so calculados subtraindo-se apenas o valor da amortizao. Por exemplo, no primeiroms voc pagar $ 72.000,00 de prestao mas do saldo devedor ser subtrado apenas o valor da amortizao que $ 60.000,00 e por a vai...Ou seja, ao final voc pagar $ 336.000,00 em 5 prestaes, sendo a primeira de $72.000,00, a segunda de $ 69.600,00 , a terceira de $ 67.200,00 , a quarta de $ 64.800,00 e aquinta de $ 62.400,00. Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.000,00 aos juros.

    Amortizao - SACREO SACRE uma modalidade de financiamento criada pela Caixa Econmica Federal a ser aplicada nos emprstimos para aquisio de casa prpria. A Caixa costumava (em alguns casosainda utiliza) utilizar os sistemas Price , SAC e o SAM, s que enquanto que nesses sistemas os juros so calculados sobre o saldo do saldo devedor menos amortizao, a Caixa calculava os juros antes do abatimento da amortizao o que acabava resultando em um abatimento menor.

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    Junte-se a isso a alta inadimplncia, a Caixa optou por desenvolver um mecanismo prprio deamortizao.Em termos comparativos como fosse um Sistema Price s que as mensalidades iniciais somaiores do que as finais. Qual a vantagem disso? Bom o contratante quitaria o grosso doemprstimo mais cedo e, caso ficasse inadimplente, haveria uma grande possibilidade de que amaior parte do emprstimo j estivesse paga.O clculo divide-se em duas partes: o clculo do Encargo Mensal sobre o qual calculado aprestao mensal a ser paga.A frmula para o Encargo Mensal :EM = C * (i +1/n)

    Exemplo:Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal.EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )EM = 72000

    Para calcular a Prestao Mensal entram dois ndices tambm criados pela CaixaEconmica: O CES (Coeficiente de Equivalncia Salarial) e o Seguro, que possui uma

    metodologia toda prpria.CES - 1,12, fixado por Circular.Seguro - a taxa do seguro composta por duas partes, a DIF, para Danos Fsicos, e a MIP, Mortee Invalidez. Outra coisa, ela trabalha, atualmente, sobre o valor da avaliao do imvel e no sobreo valor financiado. Isso quer dizer que se o imvel foi avaliado em R$ 500.000,00 sobre isso queser calculado e no sobre o valor financiado. As frmulas so bsicas:DIF= valor da avaliao x taxa de seguro x CESMIP= valor da avaliao x taxa de seguro x CES

    Apresentamos as duas frmulas em separado, porque as taxas de seguro so diferentes (fazsentido, afinal Danos Fsicos bem diferente de Morte, no?). Para saber qual taxa aplica-se noseu caso voc tem de contatar a Caixa, mas para os planos feitos aps 94, na Categoria 6 a taxa

    para DIF 0,02402 % e para MPI 0,14429% . A taxa de seguro varia conforme a categoria (que dividida conforme o valor da avaliao) conforme o plano contratado, quando voc fechou ocontrato... enfim, estamos assumindo que o contrato realizado HOJE .Ento vamos l:DIF = 500.000 * 0,02402% * 1,12 = 134,51MIP = 500.000 * 0,14429%*1,12 = 808, 02Total do seguro = 942,53Agora vamos finalmente calcular quanto ser sua prestao mensal.A frmula para o Encargo Mensal :PM = (EM*CES)+ Seguro

    Exemplo:Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal:EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )EM = 72000PM = ( 72000*1,12) + 942,54PM = 81.582,54

    Agora, no se esquea que existem outras coisas a considerar:- esse um mtodo exclusivo da Caixa, apresentado aqui apenas para fins didticos.- existem outros pontos a serem considerados como TR e reajustes da prestao que devem ser levados em conta ao montar a planilha.

    Amortizao SAM (Sistema de Amortizao Mista)

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    Esse sistema baseado no SAC e no Sistema Price. Nesse caso, a prestao igual mdiaaritmtica entre as prestaes dos dois outros sistemas, nas mesmas condies. Esse o casotpico daquela frase: para qu simplificar se pode complicar... Na verdade apenas mais umaforma de se fazer um pagamento, uma alternativa que o cliente tem para quitar suas dvidas.

    Exemplo:Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal:Esse problema j foi resolvido pelos outros dois sistemas, logo, tudo que tenho a fazer somar osvalores das prestaes dos dois casos e dividir por dois.Ou seja, ao final voc pagar $ 336.470,34 em 5 prestaes, divididas da seguinte forma :1 $ 69.694,062 $ 68.494,073 $ 67.294,074 $ 66.094,075 $ 64.894,07Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.470,34 aos juros.

    Sistema Alemo de Amortizao

    Esse sistema utilizado mais em pases europeus. Assim, quem fizer negcios com a Alemanha,Sua e outros bem capaz de voc encontrar esse tipo de amortizao. O que o torna diferente?Enquanto que nos outros sistemas de amortizao os juros so pagos no vencimento, nestesistema os juros so pagos antecipadamente. Ou seja, quanto voc contrai o emprstimo os jurosdo primeiro perodo so pagos; quando for pagar a 1 parcela pagar, tambm, os jurosantecipados da 2 parcela e por a vai.A prestao calculada pela frmula:C * i / 1 - (1-i)n

    Exemplo:Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco suocom juros de 4%a.a., a ser pago em 5 anos. Calcule a prestao anual.

    Aplicando a frmula:C*i / 1 - (1-i)n300000* 4% / 1-(1-4%)5 = 64.995,80Ou seja, ao final voc pagar $ 336.979,02 em 5 prestaes, correspondente $ 300.000,00 aovalor de amortizao e $ 36.979,02 aos juros.Algum poder dizer: mas 64995,80 vezes 5 anuidades d 324.979,00, o que d uma diferena de12.000. , mas no se esquea que os juros so pagos antecipados. E 4% sobre 300.000 d12.000.Abaixo uma tabela para melhor entendimento.Parc. Juros Anuidade Saldo

    12000 120001 300000 9400 64995,8 2350042 235004 6800 64995,8 1700083 170008 4200 64995,8 1050134 105012 1601 64995,8 400175 40017 64995,8 -24979

    Total 336979,0

    Sistema AmericanoNeste sistema, o devedor obriga-se a devolver o principal em um nico pagamento, normalmenteao final, enquanto os juros so pagos periodicamente. Nesse caso, no existem clculoscomplexos. Se for uma taxa de juros fixa, basta usar um clculo de juros simples que voc ter ototal de juros, dividindo o mesmo pelo perodo ter os pagamentos mensais.

    Exemplo:Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal:

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    Calculando:300.000 *4%*5 => 60.000,00Ou seja, ao final voc pagar $ 360.000,00 em 5 prestaes, correspondendo $ 300.000,00 aovalor de amortizao, paga de uma nica vez ao final do perodo e $ 60.000,00 de juros, pagos em5 prestaes iguais de $ 12.000,00.

    H casos em que o cliente, no desejando pagar de uma s vez o valor do principal, negocia como banco a criao de um fundo de amortizao denominado SINKING FUND de forma que, ao finaldo perodo, o total de fundo seja igual ao valor a pagar. Um tipo de caderneta de poupana foradavamos assim dizer.A prestao calculada pela frmula:M=T. SniSe preferir, divida o principal pelo nmero de prestaes, que voc ter o valor do depsito mensala ser feito.

    Sistema Price de AmortizaoBatizado em homenagem ao economista ingls Richard Price, o qual incorporou a teoria do jurocomposto s amortizaes de emprstimos, no sculo XVIII, uma variante do Sistema Francs.O sistema Price caracteriza-se por pagamentos do principal em prestaes iguais mensais,

    peridicas e sucessivas. A prestao calculada pela frmula:T. aniOs juros so calculados sobre o saldo devedor e o valor da amortizao a diferena entre o valor dos juros e da prestao.

    Exemplo:Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, voc faz um financiamento em um banco com juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestao mensal:Aplicando a frmula:F= T. ani300000=T. a54%T=67.388,13

    Ou seja, ao final voc pagar R$ 336.940,65 em 5 prestaes, correspondente R$ 300.000,00 aovalor de amortizao e R$ 36.940,65 aos juros.Clculo financeiro: custo real efetivo de operaes de financiamento, emprstimo einvestimentoNos financiamentos incide uma srie de custos adicionais, como IOF, despesas administrativas deelaborao do contrato, comisses, etc.Tais fatores elevam o custo (ou taxa) efetivo e devem ser considerados ao se tomar umemprstimo.Em contextos inflacionrios, deve-se ficar atento para a denominada iluso monetria, ourendimento aparente. Nesta situao importante determinar a taxa real de juros e o custo ourendimento real de um financiamento ou aplicao.No processo de clculo da taxa real, necessrio homogeneizar os valores das sries financeiras,de forma a retirar os efeitos corrosivos da inflao nos valores aplicados ou recebidos em cadadata, traduzindo-os ao mesmo padro monetrio de referncia em uma determinada poca, ouseja, necessrio "datar" a moeda; dizer, por exemplo, moeda de 1994, moeda de 1995 etc.O processo de homogeneizao dos valores monetrios utiliza ndices de preos a fim dedeflacionar ou inflacionar as sries de valores nominais ou aparentes.O deflacionamento permite reduzir todos os valores da srie a uma base comum de referncia,situada preteritamente no incio da srie. Os ndices de preos permitem calcular deflatores, ouseja, operadores que, multiplicados pelos valores monetrios das diversas pocas, reduzem-nos avalores correspondentes ao nvel de preos da data inicial de referncia.O inflacionamento (indexao ou atualizao monetria), inversamente, traduz a colocao dosdiversos valores correntes nominais, em termos de moeda de poder aquisitivo do final da srie; isto, a indexao (inflacionar) transforma os valores nominais de cada poca em valores compatveIscom a capacidade de compra verificada numa data superior.Em contextos inflacionrios so muitos usadas as expresses, "em preos correntes (valoresnominais) e "em preos constantes". A primeira representa poder aquisitivo da data respectiva do

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    fluxo considerado, enquanto a segunda representa poder aquisitivo de uma nica data (preosconstantes de uma nica data).

    NDICES DE PREOSUm ndice de preos procura medir a mudana que ocorre nos nveis de preos de um perodopara outro. No Brasil, a maioria dos clculos de ndices de preos est a cargo da FundaoGetlio Vargas do Rio de Janeiro. Os ndices nacionais e regionais so publicados mensalmentena revista Conjuntura Econmica. Outras instituies tambm tm elaborado ndices de preos: oIBGE, a FIPE e o DIEESE em So Paulo, a FUNDARJ em Recife, o IPEAD UFMG em BeloHorizonte.Para comparaes especficas e obteno de taxas reais de crescimento em determinadossetores, devem ser utilizados ndices de preos particulares de cada setor, como, por exemplo,construo civil, produtos agropecurios etc.O ndice mais geral disponvel o ndice Geral de Preos -disponibilidade interna da FGV ClGP-di).Para inflacionar ou deflacionar uma srie de valores monetrios cujas causas foram devidas amuitos fatores. O mais indicado usar o IGP-di que mede a inflao do pas.O processo de "inflacionar" ou "deflacionar" uma srie de pagamentos/recebimentos para umadeterminada data de referncia traduz em si uma comparao entre as evolues dos valoresmonetrios em anlise e o comportamento dos preos dos produtos enfeixados no ndice

    escolhido. Assim, se um investimento teve um rendimento de 15%real, tomando-se comoreferncia um determinado ndice de preos, isso significa que este rendimento superou em15% aevoluo do ndice escolhido, ou seja, a evoluo mdia dos preos dos bens e servios quecompem o ndice.

    REPRESENTATIVIDADE DOS VALORES FINANCEIROS EM AMBIENTESINFLACIONRIOSO processo inflacionrio obriga a quem faz clculo financeiro ou toma decises de investimento oufinanciamento a prestar especial ateno ao significado econmico dos lucros e contas nominaisapresentados pelas empresas. ao impacto da inflao na avaliao dos investimentos e com oprocesso decisrio afetado.

    Como resultado da inflao, o significado das medidas contbeis e econmicas de rentabilidade.lucros e custos diverge, e esta divergncia maior medida que a inflao se acelera. No Brasil,diversos mecanismos foram desenvolvidos para atenuar o impacto da inflao nas peas contbeisdas empresas (correo monetria do Balano Patrimonial, Correo integral etc.). Mas, somecanismos imperfeitos que aliviam, mas no curam o mal.Enquanto a inflao estiver presente na economia. o tomador de decises deve saber lidar comela. Deve-se compreender o significado dos valores nominais, taxas de juros aparentes e reais,custos efetivo aparente e real dos financiamentos, rentabilidade efetiva e real das aplicaes, taxasde crescimento nominal e real, atualizao monetria e cambial etc.

    Exemplos:1) Um eletrodomstico. cujo valor vista $ 1000.00. foi financiado em 3 prestaes mensais(Sistema Francs) sem entrada, a uma taxa de 10% a.m. Calcule o valor das prestaes, sabendo-se que as mesmas sero corrigidas mensalmente pelo IGPM.Supor variao mensal do IGPM 1%a.m.Soluo:Clculo da Prestao:

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    2) Numa aplicao financeira, um investidor obteve uma taxa aparente de 10%. Sendo a inflaodo perodo de 25%. Qual a taxa de juros reais desta aplicao?

    3) Uma pessoa aplicou seu capitaI de R$ 10.000,00 na caderneta de poupana por 1 ms e obteve

    um montante de R$ 1025,00.Sendo a taxa de inflao do ms em questo igual a 2%, qual a taxa de juros reais destaaplicao?

    AVALIAO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOO Comit de Poltica Monetria (Copom) em recente reunio estabeleceu a taxa de juros bsicaem 17,25% a.a. Cada vez mais, a definio dos juros est basicamente relacionada com ocumprimento da meta de inflao de 2006 (vale lembrar que o efeito de mudanas nos juros sobreo nvel de preos da economia leva alguns meses para ser sentido). Como as projeesdisponveis hoje apontam para uma inflao acima da meta para o ano que vem, o Copomcontinua

    optando por uma trajetria mais amena de queda dos juros.As recentes redues nos juros tm trazido a taxa de juros bsica, paulatinamente, para nveismais baixos. Em termos de aplicao financeira, isso significa que os investimentos em renda fixaesto se tornando cada vez menos atraentes em termos de retorno, o que tem incentivado osagentes a buscar alternativas mais arriscadas para aplicar seu dinheiro. Essa situao nova nomercado brasileiro, onde as aplicaes de menor risco (renda fixa) eram tambm as de maior retorno esperado.Reflexo disso que os fundos de renda fixa ainda respondem por cerca de 96% do total deaplicaes em fundos de investimentos no Brasil. Com os juros mais baixos, o investidor quequiser maiores retornos ter que aprender a conviver com maiores riscos, ou seja, com maior possibilidade de perda. Porm, essa busca por novas opes de investimento pode trazer diversascomplicaes. Neste momento, os investidores devem ter alguns princpios bsicos em mente,

    que, embora paream bvios, nem sempre so lembrados no momento da aplicao.Alocao imprpria : muitos analistas dizem que 90% do retorno de um investimento dado pelaalocao adequada dos recursos. Isso significa que as aplicaes escolhidas pelo investidor

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    devem ser compatveis com diversos parmetros determinados por ele, como tempo de duraodo investimento, a necessidade de saques ocasionais durante este perodo, a capacidade doinvestidor de suportar perodos de alta volatilidade, entre outros.Resumindo, para poder alcanar uma alocao adequada de recursos, o investidor deve ter objetivos muito bem estudados e claramente definidos.

    Evitar um elevado nmero de transaes : no entusiasmo dos negcios, muitos investidoresexageram na quantidade de transaes e, com isso, acabam desperdiando seu tempo e parteexpressiva de seus recursos no pagamento de taxas e impostos. Alm disso, aumentasse apossibilidade de cometer erros de avaliao. O pior que, em geral, esse excesso demovimentaes no traz ganhos expressivos em termos de retorno.

    Fugir de taxas exageradas : antes de aplicar o dinheiro, deve-se sempre prestar muita ateno nocusto das operaes que sero realizadas. Promessas de retornos elevados podem esconder custos operacionais exagerados. Portanto, muita ateno com as taxas que so cobradas em cadaetapa do processo de investimento.

    Tomar cuidado com a diversificao excessiva : alternativas simples de investimento podemoferecer retornos to bons quanto muitas alternativas sofisticadas. Embora a diversificao de

    investimentos seja uma estratgia recomendvel, deve-se ter cuidado para no exagerar na dose ecair numa situao na qual torna-se extremamente difcil monitorar adequadamente sua carteira deinvestimentos.

    Ter opinio prpria : embora seja muito importante ouvir a avaliao de vrios especialistas, sempre mais importante possuir uma opinio prpria sobre as tendncias do mercado. Casocontrrio, voc ficar como um cego que tem que confiar no seu guia para no errar o caminho.Enquanto o guia estiver certo, tudo bem. Por outro lado, quando o guia comear a falhar, voc ficasem rumo. Neste ponto, vale lembrar uma mxima do mercado: quando todos esto seguindo umdeterminado caminho, tente descobrir se no existe um melhor. No entanto, essa descoberta possvel somente quando se tem conscincia do que se est fazendo.

    Muitos fundos de investimento cobram dos investidores uma taxa de performance, que aremunerao do administrador do fundo pelo seu desempenho. Este desempenho avaliado deacordo com algum parmetro predeterminado no estatuto do fundo. Por exemplo, se um fundo deaes tem como meta superar o desempenho do Ibovespa, a taxa de performance ser cobradasempre que o retorno do fundo em determinado perodo for maior que o do Ibovespa. Se o fundono conseguir superar o retorno doIbovespa, no ser cobrada taxa de performance. Portanto, ao escolher um fundo de investimento,deve-se prestar muita ateno nessa taxa. Alguns investidores preocupam-se em analisar apenaso desempenho passado do fundo (o que tambm deve ser feito) e se esquecem de verificar seexiste uma taxa de performance e de quanto ela . Afinal, retornos esperados elevados podem ser ofuscados por altas taxas de performance, o que, normalmente, o investidor s percebe quando tarde demais.O ato de investir recursos vem se tornando uma tarefa que exige cada vez mais ateno por partedos investidores.Como alternativas de investimentos tem-se disposio do investidor uma cesta de ativoscomposta por instrumentos de Renda Fixa como operaes estruturadas de financiamento a termona BOVESPA, debntures, certificados de depsitos bancrios(CDB) emitidos por empresas e bancos estrangeiros de primeira linha, que apresentam asmelhores rentabilidades e garantias, proporcionando sempre nas reaplicaes e movimentaesfinanceiras a iseno da CPMF e oferecendo liquidez diria.Atualmente, h mais de R$ 200 bilhes aplicados nas diversas modalidades de fundos oferecidospelas instituies administradoras de recursos. Escolher qual fundo investir no tarefa simples,nem mesmo para grandes investidores. As alternativas so inmeras e as informaes nemsempre esto facilmente disponveis.

    APLICAES FINANCEIRAS COM RENDA FIXASSo as seguintes as aplicaes financeiras com a renda fixa que temos no mercado:

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    Renda pr - fixada: CDB, RDB, LC, BBC, LTN Renda ps - fixada: CDB, RDB, LC, Caderneta de Poupana, NTN, Debntures, Operaes com Fundo de Investimento de Renda Fixa, FAF

    ENGENHARIA ECONMICAEngenharia econmica o conjunto de princpios e tcnicas necessrias para se tomar decisessobre aquisies e disponibilidades de bens de capital pelas empresas.De uma forma geral, podemos dizer que a engenharia econmica consiste na teoria, baseada namatemtica financeira, que trata da anlise tcnico-financeira e deciso entre alternativas deinvestimentos.Um estudo tcnico-econmico/financeiro completo, envolve normalmente os seguintes passos:

    1. 11) Objetivo: um problema a resolver ou uma deciso a tomar ou uma funo a executar.2. 12) Linhas de ao : As diversas solues alternativas tecnicamente possveis.3. 13) Estratgia: Avaliao de cada alternativa de investimento, determinando vantagens e4. Desvantagens: Anlise das diferenas, eliminando os fatores comuns.5. 14) Deciso: Comparao e escolha da melhor alternativa de investimento.

    OBS: naturalmente, s existir uma deciso se existirem alternativas (linhas) de ao a tomar; necessrio que elas sejam tecnicamente viveis para que o problema seja solucionadoefetivamente e no s teoricamente. Normalmente os mtodos existentes de avaliao dealternativas de investimentos analisam e visam uma deciso de optar pela alternativa queapresente o menor custo para atingir a um mesmo objetivo, o maior lucro decorrente de umaaplicao definida ou mesmo a maior taxa de rentabilidade dos capitais empregados, semprevisando solues de longo prazo.

    CRITRIOS DE DECISO:O que caracteriza uma deciso a existncia de mais de uma alternativa de investimento.No limite deste raciocnio, poderemos inclusive adotar como alternativa o "no fazer nada" emoposio a apenas uma alternativa a investir.No simples a avaliao das vantagens e desvantagens de cada alternativa de investimento,uma vez que devemos enfocar somente eventos futuros, eliminando fatores constantes e tendocomo denominador comum o dinheiro, com isto, iremos elaborar, para cada alternativa, um fluxocaixa.Caso estejamos estudando alternativas de custo, iremos optar pela alternativa mais econmica (demenor custo) e, caso estejamos analisando alternativas que iro gerar recursos, iremos optar pelaalternativa mais lucrativa (de maior lucro).Todos os mtodos e critrios de avaliao de alternativas de investimento baseiam-se no princpioda equivalncia. A comparao das alternativas s poder ser realizada quando o investidor

    estabelecer uma medida de equivalncia. Esta medida e comumente chamada de Taxa mnima deAtratividade, Taxa mnima Atrativa de Retorno de um Investimento, ou, Taxa Interna de Retorno(IRR-Internal Rate of Return).

    VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO:O conceito de equivalncia est ligado, intimamente, capacidade do dinheiro gerar lucros (juros).No se podem comparar valores absolutos de dinheiro em pocas ou datas diferentes. Estacomparao depender da taxa de juros que se atribuir ao dinheiro.Sempre iremos supor que o dinheiro poder ser investido em alguma atividade produtiva que nosir fornecer uma certa quantia de juros que sero a remunerao do investimento.A taxa de rendimento mnima que esperamos de nosso investimento calculada em funo dasituao prevista para o mercado financeiro e do risco que atribumos ao investimento.A taxa mnima atrativa de retorno de um investimento portanto, totalmente subjetiva, podendovariar de pessoa para pessoa, de empresa para empresa, de ramo de negcio para ramo denegcio, etc..

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    No se tem, geralmente, um conhecimento preciso sobre todas as oportunidades de investimentoque se est perdendo. Baseado na sensibilidade, o investidor ir determinar uma taxa mnima queuma nova proposta de investimento dever atingir para ser atrativa: a taxa mnima deatratividade.Recomenda-se utilizar em um estudo econmico, as estimativas sempre em moeda corrente,incluindo-se, portanto, a inflao, ou seja, a expectativa de inflao pode ser incorporada taxamnima de atratividade, sem qualquer problema. Todavia, se as estimativas forem feitas em moedaconstante, eliminando-se o efeito da inflao, a taxa mnima de atratividade no estar incluindo ataxa de inflao. Tambm, pode-se no considerar a despesa oriunda do imposto de renda, que uma percentagem do lucro lquido, e que faz com que ocorram duas taxas mnimas de atratividade:uma antes do imposto de renda e outra depois do imposto de renda.

    FLUXO DE CAIXA (CASH-FLOW):O fluxo de caixa indicar os recebimentos e pagamentos futuros decorrentes de um investimentorealizado hoje; ele portanto, um modelo da alternativa de investimento em estudo.Em um fluxo de caixa as datas que aparecem so sempre futuras, partindo de um momento atual(hoje). Por outro lado, lembramos que na anlise econmica-financeira, no interessar saber deque maneira as receitas e despesas estaro sendo contabilizadas e sim em quais datas elasestaro efetivamente ocorrendo.

    O estudo econmico deve cobrir um intervalo de tempo compatvel com a durao da proposta deinvestimento considerada, frequentemente denominada de VIDA TIL, VIDA ECONMICA OUVIDA DO PROJETO.

    TAXA INTERNA DE RETORNOEm muitas situaes prticas (investimentos e emprstimos por exemplo), necessrio o cmputoda taxa de juro que ao ser usada para obteno do valor presente de um fluxo de recebimentos oude pagamentos, torna esse valor igual a zero. A taxa de juro que apresenta essa propriedade comrelao a um dado fluxo de recebimentos e pagamentos chamada taxa interna de retorno dessefluxo.A importncia da diversificaoFreqentemente nos deparamos com perguntas do tipo: Qual a melhor alternativa de investimento

    no momento? Qual o investimento mais rentvel? Estas perguntas so to sem sentido quantoentrar em uma farmcia e solicitar o melhor remdio para curar uma gripe, por exemplo. A tabelaabaixo apresenta uma relao de alguns aspectos que devem ser observados em relao a ummedicamento e um determinado investimento.Um bom investimento aquele que a pessoa escolhe, aps uma anlise cuidadosa dasinformaes disponveis, como apropriado s suas preferncias em termos de risco e taxa deretorno (rentabilidade), bem como adequando o investimento ao perfil de consumo, patrimnio efluxo de caixa, do indivduo ou da famlia.Baseado nesta premissa, o investidor deve alocar seus recursos de acordo com suasnecessidades. Em contrapartida, se o investidor busca maiores retornos precisa assumir maioresriscos. Portanto, o investimento mais adequado aquele que atende aos seus objetivos financeirosao longo do tempo e com a melhor relao entre risco e retorno.Podemos entender que a parcela de recursos disponvel para um prazo maior pode ser direcionada para alternativas de investimento com maior risco e conseqentemente comexpectativas de maiores retornos. E recursos disponveis para um prazo mais curto devem ser destinados para investimentos com menor risco e maior liquidez e conseqentemente menoresrentabilidades.Com as elevadas taxas de juros vigentes no Brasil, fica difcil justificar a diversificao em ativoscom maiores riscos em troca de expectativas de maior retorno. O mercado de aes, naturalmenteuma alternativa de investimento de longo prazo, vem apresentando riscos mais elevados dos queos tradicionais fundos de renda fixa, porm, sem oferecer rentabilidades compensadoras. Nosltimos sete anos (junho de 1995-2002), o ndice da Bolsa de Valores de So Paulo registrou umarentabilidade acumulada de 167,1%, enquanto que o Certificado de Depsito Interbancrio (CDI), oreferencial mais utilizado para investimentos em renda fixa, 160,0%. Porm, o risco proporcionadopela Bovespa foi15 (quinze) vezes ao de um investimento de renda fixa. Ento, podemos concluir, que para esteperodo analisado o retorno em aes no compensou o risco proporcionado. Em contrapartida, a

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    poupana no mesmo perodo apresentou uma rentabilidade de 95,3% (lquida de IR). Neste caso,o ganho proporcionado pelo mercado de aes foi de aproximadamente 40%sobre a poupana.O maior problema para conscientizar as pessoas da necessidade de diversificao em ativos demaior risco est representado no grfico abaixo. Este grfico mostra a rentabilidade mensal doIbovespa, CDI, Dlar e Poupana no perodo de junho de 1995 a 2002. A volatilidade (= risco)apresentada pelo Ibovespa assusta, principalmente, o investidor menos experiente.Historicamente, observamos que investidores optam em diversificar na Bolsa em momentos dealta, porm sem entender a dinmica deste mercado. A conseqncia imediata o resgate (ouliquidao) da posio no primeiro retorno negativo apresentado.Outro bom exemplo seria a demanda existente atualmente pelo dlar devido, principalmente, aescalada desenfreada e desequilibrada do seu valor em relao ao real nos ltimos dois meses.Comprar dlares ou investir em papis atrelados ao dlar uma alternativa para as pessoas queestejam poupando para realizar um gasto futuro em dlar (viagem, estudo dos filhos no exterior, compra de imveis no exterior, etc) ou que tenham dvidasatreladas em dlar.A diversificao dos investimentos tem por objetivo a reduo do risco e a adequao s reaisnecessidades e/ou objetivos do investidor no curto, mdio e longo prazos Vamos utilizar umexemplo para apresentar a importncia da diversificao mesmo em momentos de elevadaincerteza e volatilidade no mercado.

    Uma pessoa concentra todo o seu dinheiro em poupana. Em junho de 1995 havia definido comometa de longo prazo (junho de 2002) fazer uma viagem para os EstadosUnidos de um ms com sua famlia. O correto seria definir o valor em dlares que gostaria deacumular neste perodo e programar investimentos peridicos equivalentes em dlar em algumaalternativa de investimento atrelada ao dlar. Porm, como esta pessoa muito conservadoraresolveu concentrar seus investimentos em poupana. Decorridos trs anos fez uma comparaoentre a poupana e o dlar e chegou a concluso de que sua escolha foi correta. Porm, em janeiro de 1999 veio a surpresa, o dlar se valorizou em relao ao Real. Em junho de 2002, odlar havia acumulado uma valorizao prxima a 120% enquanto a poupana estava com 100%.A escolha mais conservadora seria poupar em dlar para gastos em dlar, independente dasexpectativas de valorizao do dlar ou se este est caro ou barato.A concluso que a diversificao dos seus investimentos muito importante e necessria, porm

    no descarta uma boa anlise e um entendimento das principais alternativas existentes.

    QUESTIONRIOPertinncia:01. O QUE UM FUNDO DE INVESTIMENTO? uma forma de investimento que rene vrios aplicadores, formando uma espcie de condomnio,no qual as receitas e as despesas so divididas. O patrimnio gerido por especialistas - osadministradores - e aplicado em ttulos diversos ou em outros fundos, buscando maximizar osretornos e diminuir os riscos dos investimentos. O dinheiro depositado nos fundos convertido emcotas. Os cotistas - pessoas que integram o fundo - so proprietrios de partes da carteira,proporcionais ao capital investido. A cota atualizada diariamente e o clculo do saldo feitomultiplicando o nmero de cotas adquiridas pelo valor da cota daquele dia. O dinheiro aplicado nosfundos utilizado para a compra de ttulos diversos como, por exemplo, aes, ttulos pblicos,CDBs, etc. conforme a poltica de cada fundo.

    02. POR QUE INVESTIR EM FUNDOS?Uma das principais razes de se investir em fundos a comodidade para o investidor, que preferedeixar sob os cuidados de especialistas a gesto de seus recursos. As equipes de gestoresacompanham e analisam o mercado diariamente em busca de boas oportunidades deinvestimento, o que muitas vezes o investidor no tem tempo nem condies de fazer. Em virtudedo volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxam mais vantajosas em vrias operaesdo que um pequeno e mdio investidor individualmente conseguiria. Os fundos so investimentoscom alta liquidez, o que permite na grande maioria dos casos saques a qualquer momento semqualquer tipo de carncia.

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    03. OS FATORES QUE DETERMINAM A RENTABILIDADE?A rentabilidade de cada fundo determinada pela estratgia de investimento adotada peloadministrador que deve respeitar as caractersticas definidas no seu estatuto. Existem fundosconservadores e fundos mais agressivos com graus de risco definidos de acordo com seu objetivo.Se um fundo conseguir rentabilidade de 3% em um ms, todos os cotistas tero a mesmavalorizao, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos tm grande importncia narentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento s taxas cobradas, que variamde acordocomo fundo e coma instituio.

    04. QUEM ADMINISTRA OS FUNDOS?Os administradores de fundos so as instituies financeiras responsveis legais perante osrgos normativos e reguladores (Comisso de Valores Mobilirios - CVM e Banco Central) almde determinar a poltica e o regulamento de cada fundo. Existe tambm a figura do gestor defundos que responsvel pela escolha dos papis, avaliao dos cenrios e montagem dascarteiras. No Brasil, existem administradores que realizam a gesto de seus fundos e que tambmterceirizam esta gesto para asset managers independentes. Profissionais especializadosacompanham o mercado e procuram definir os melhores momentos de compra e venda e quaisativos comporo a carteira do fundo.

    Cada fundo de investimento constitui-se como uma pessoa jurdica prpria, no se confundindocom a instituio gestora. O que significa que o dinheiro aplicado num fundo est resguardado dequalquer eventual problema financeiro que a administradora ou a gestora venha a ter.

    05. AS TAXAS COBRADAS?Taxa de administrao. A taxa de administrao a porcentagem cobrada sobre o valor total daaplicao de cada cotista do fundo independentemente do resultado do mesmo.Ser recolhida diariamente uma parcela pelo administrador, que varia de fundo para fundo. aremunerao da instituio administradora pelo servio de gesto e custdia dos recursos. Oregulamento do fundo deve prever quanto ser o percentual cobrado relativo taxa deadministrao. Taxa de Performance Muitos fundos cobram uma taxa extra, alm da taxa deadministrao, sobre o que exceder o seu benchmark (seu parmetro de comparao). O

    benchmark muda de acordo com o tipo de fundo. Os Fundos de renda fixa normalmente adotam oCDI ou o IGP-M como comparativo, os fundos cambiais usam como benchmark o dlar e os fundosde renda varivel costumam adotar o IBOVESPA. Sobre a rentabilidade obtida acima destesndices, aplicada uma taxa de performance, que pode variar de um fundo para outro. Por exemplo: Um fundo de renda fixa que possui como meta o CDI, cobra uma taxa de 20% sobre arentabilidade que exceder o rendimento do CDI. Portanto, se o fundo render 30% no ano, e o CDIrender 20%, sobre a diferena, no caso 10% ser cobrada a taxa de performance. O que no caso,ser 2% fazendo com que o rendimento do fundo de 30% passe para 28% no ano, descontada ataxa de performance.

    06. APLICAES E RESGATESCada fundo define o valor mnimo para a aplicao inicial e para os movimentos adicionais. Osvalores exigidos pelas administradoras de recursos de terceiros variam conforme sua poltica deinvestimento, composio da carteira e pblico-alvo. H fundos bem populares, que aceitamaplicaes iniciais a partir de R$ 100,00. Os prazos para movimentao dos fundos devem ser divulgados, uma vez que diferem de acordo com o fundo e com a instituio. Para aplicao, opadro considerar as cotas de D+0 ou D+1.Se for solicitada uma aplicao at o horrio permitido do dia que varia das 9.00 s 16.00 horas, acota que valer ser a daquele dia (D+0) ou a do dia til seguinte (D+1). importante notar que adata do pedido de resgate (que costuma ser D+1) no necessariamente igual data em que odinheiro estar disponvel na conta corrente (que pode ser D+0, D+1 ou D+3).

    07. RGOS REGULADORES?O rgo regulador a que o fundo vai se submeter varia conforme a composio e poltica deinvestimento da carteira. O Conselho Monetrio Nacional (CMN), entidade superior do sistemafinanceiro, autoriza a criao e o funcionamento dos fundos e delega Comisso de ValoresMobilirios (CVM) ou ao Banco Central (Bacen) a responsabilidade pelo controle e

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    acompanhamento da gesto. O Banco Central (Bacen) o rgo executivo do sistema financeiro.A entidade responsvel pela regulao e fiscalizao dos fundos de investimento de renda fixa. AComisso de Valores Mobilirios (CVM) o rgo normativo do sistema financeiro voltadobasicamente para a fiscalizao do mercado de aes e de debntures. A CVM est para osfundos de renda varivel assim como o Bacen est para os de renda fixa. As carteiras reguladas efiscalizadas pela CVM devem ter, no mnimo,51% dos recursos aplicados em aes de companhias abertas registradas na prpria entidade.Alm disso, podem ser constitudas sob a forma de condomnio aberto ou fechado, com prazo dedurao determinado ou indeterminado.

    08. AS CATEGORIAS DOS FUNDOS?Os fundos de investimento podem ser classificados em duas grandes categorias: renda fixa erenda varivel. Renda Fixa Os fundos de renda fixa devem aplicar no mnimo 51% de seupatrimnio em ttulos de renda fixa que pagam juros pr ou ps-fixados. Estes fundos dividem-seem: os FIFs e os FACs. Os FIFs - Fundos de Investimento Financeiro-investem seu patrimniodiretamente em ttulos diversos do mercado, como ttulos pblicos federais, CDBs e debntures,entre outros. Todo o patrimnio lquido dos FIFs pode ser alocado em ttulos pblicos federais. Deacordo com o Bacen, o investimento em aes e cotas de fundos de aes no pode ultrapassar 49% do patrimnio lquido (PL). O percentual da carteira em ttulos emitidos por uma mesma

    pessoa jurdica, sociedades por ela controladas ou coligadas deve ser igual ou menor a 10% do patrimnio. Aplicaes em papisde uma nica instituio financeira ou coligada no podem representar mais do que 20% dosrecursos. J os FACs - Fundos de Aplicao em Cotas - aplicam seu patrimnio em cotas dediferentes tipos de FIFs, em propores variveis. Os FACs, portanto, so fundos de fundos, o quesignifica que em vez de aplicar diretamente em ativos, preferem aplicar em cotas de fundosdiversos inclusive de outras instituies. Os ttulos de renda fixa mais comuns que compem ascarteiras dos fundos so o Certificado de Depsito Bancrio (CDB) e os ttulos pblicos, como LTNe NBC, entre outros. Os ttulos com juros prefixados tm definido no momento do investimento opercentual que ser pago. Por exemplo: No caso de um CDB de 60 dias prefixado, o investidor saber no momento da aplicao, que ser pago 3% de juros nesse perodo. Os ttulos com jurosps-fixados tm sua valorizao atrelada a um indicador como, por exemplo, o DI

    (depsito interbancrio). Isso significa que o investidor no sabe, no momento da aplicao, quantosero os juros pagos ao final do perodo, pois eles iro depender da performance do indicador.

    09. OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA FIXA?Existem diversos tipos de fundos de renda fixa uns mais conservadores com baixo nvel de risco eoutros mais arrojados. Os fundos de renda fixa mais arrojados mesclam em sua composio ativosde renda fixa e de renda varivel ou operaes com derivativos(mercado futuro). A Associao Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) desenvolveu umaclassificao para os fundos procurando identificar mais claramente as diferentes famlias deacordo o perfil de risco, potencial de retorno e metas do investimento. A idia separar os fundosprincipalmente de acordo com seu grau de risco e obrigar as instituies administradoras a seguir mais de perto o objetivo de cada fundo, buscando evitar que o investidor compre \"gato por lebre\".A classificao adotada pela ANBID dividiu os fundos de renda fixa em 3 grandes grupos:

    referenciados, no referenciados e genricos.

    1. Fundos Referenciados : Fundos referenciados so aqueles que adotam uma administraopassiva, ou seja, o fundo busca replicar a performance de determinado indicador. Os fundosreferenciados devem ser compostos por no mnimo 95% de ativos de renda fixa que acompanhamo desempenho de um nico indicador escolhido pelo administrador, como o CDI ou o dlar. Pelomenos 80% da sua carteira deve ser aplicada em ttulos pblicos federais ou ainda ttulos deempresas privadas, que apresentem baixo risco de crdito. Estes fundos no podem possuir umaposio que comprometa seu patrimnio em operaes futuras, evitando possibilidades de perdas.

    Fazem parte deste grupo: Fundos DI Esto totalmente atrelados variao do Certificado deDepsito Interbancrio (CDI) no prazo de um dia. A indexao feita por meio de derivativosfinanceiros, como swap de taxas. So fundos que acompanham a taxa de juros, sendo indicadospara cenrios cuja expectativa de alta da taxa de juros. Fundos Cambiais nuscam proteger a

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    moeda nacional contra eventuais desvalorizaes. Aplicam em ttulos de renda fixa corrigidos pelodlar, como NTN- C (Notas do Tesouro Nacional Cambiais) e export notes. Instrumentos dederivativos como swap de dlar tambm so permitidos.Alm de acompanhar a variao do dlar, o capital rentabilizado com uma taxa de juros. indicado para quem possui dvidas em dlar ou quem acredita na desvalorizao da nossa moeda.2. Fundos No Referenciados : So fundos considerados conservadores e/ou moderados, e queno precisam seguir nenhum referencial ou indicador. Neste tipo de fundo possvel diversificar acarteira em ttulos prefixados e ps-fixados com diferentes indexadores. Estes fundos devero ser compostos com no mnimo 80% de ttulos pblicos federais, ou ttulos de empresas privadas queapresentem baixo risco. Fazem parte desta categoria: Fundos de Renda Fixa TradicionaisAplicam em ativos de renda fixa prefixados e ps-fixados. Tais carteiras no possuem umaestratgia de investimento claramente definida, o que dificulta mensurar os riscos envolvidos naaplicao. A rentabilidade varia de acordo com os humores do mercado e a estratgia usada peloadministrador.

    3. Fundos Genricos : So fundos que podem apresentar risco moderado ou agressivo, uma vezque possuem total liberdade na composio da carteira, podendo aplicar at 49% de seupatrimnio em aes alm de aceitar operaes de derivativos. Em virtude do risco existentenestes fundos, informaes como a poltica de investimentos, taxas, classificao, etc, devem ser

    destacadas para que o investidor entenda exatamente em que tipo de fundo est aplicando. Fazemparte desta categoria: Fundos Derivativos: Aplicam em ativos de renda fixa pr ou ps-fixados eassume posies em derivativos, incrementando a rentabilidade por meio de contratos no mercadode futuros, opes e operaes no mercado a termo. Em funo das estratgias arrojadas, osvalores das cotas podem sofrer fortes impactos, acarretando, inclusive, perda do patrimnio. Osfundos derivativos recebem a classificao "FIFs Livres". Fundos Multiportflio: So aqueles quetm sua carteira diversificada entre ttulos e operaes de renda fixa e aplicaes em rendavarivel, podendo atuar tambm no mercado de derivativos. Fundo de Investimento no Exterior Fiex: Foi criado como alternativa de investimento em moeda estrangeira. Deve investir no mnimo80% da carteira em ttulos da dvida externa brasileira, tambm conhecidos como bradies e at20% em qualquer ttulo de crdito negociado no mercado internacional, com o limite deconcentrao mximo de 10% em ttulos de um mesmo emitente. Os ttulos so mantidos em

    custdia no exterior em nome do fundo e pode alternativamente, ter no mximo, 10% do seupatrimnio, isolada ou cumulativamente, em conta de depsito no exterior ou no pas, em nome dofundo e ainda realizar operaes em mercado organizados de derivativos no exterior,exclusivamente para fins de hedge. um fundo aberto formado por cotas sem carncia pararesgate, caracterizado como de renda fixa, embora com volatilidade de renda varivel.

    10.OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA VARIVEL ?Os fundos de renda varivel devem ter no mnimo 51% de sua carteira aplicada em ttulos derenda varivel como aes, alm de tambm poderem operar no mercado futuro. Estes fundosportanto, esto sujeitos a fortes oscilaes em sua rentabilidade, possuem alto risco, possibilidadede altos retornos e tambm de eventuais perdas. So conhecidos popularmente como Fundos deAes e so chamados oficialmente de FITVM - Fundos de Investimento em Ttulos e ValoresMobilirios. Os fundos de renda varivel podem ser divididos em trs grupos: fundos passivos,fundos ativos e setoriais. O FITVM pode aplicar seu patrimnio em: - aes de emisso decompanhias com registro na CVM; valores mobilirios cuja distribuio tenha sido objeto deregistro na CVM; - certificados ou recibos de depsitos de valores mobilirios, regulados pelo CMNou pela CVM; ttulos pblicos de emisso do Tesouro Nacional ou do BC; ttulos de renda fixa deemisso de instituies financeiras; cotas de FIF, cotas de FAC e cotas de FIEX; operaes comderivativos, envolvendo contratos referenciados em ttulos e valores mobilirios, realizadas emprego ou em sistema eletrnico que atenda as mesmas condies dos sistemas competitivosadministrados por bolsas;operaes de emprstimos de aes, na forma regulada pela CVM e -operaes compromissadas de acordo com a regulamentao do CMN, limitadas a 5% do PL dofundo. Os fundos passivos tm como objetivo seguir um indexador como o Ibovespa ou qualquer outro. Na prtica, um fundo passivo de Ibovespa vai compor sua carteira com base na carteira doIbovespa e aguardar os resultados. J os fundos ativos buscam superar a rentabilidade de seuindexador. Para isto necessrio ter uma estratgia agressiva na composio da carteira, usandoem alguns casos operaes no mercado futuro. Os fundos setoriais por sua vez possuem como

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    estratgia investir em aes de determinado setor como telecomunicaes, energia, bancos etecnologia.

    11- TRIBUTAO IR ?Imposto de renda 20% a alquota aplicada nos ganhos obtidos com fundos de renda fixa, j osganhos com fundos de renda varivel so tributados em 10%. Para a Receita Federal um fundo spode ser tributado em 10% se possuir no mnimo 67% de seu patrimnio aplicado em ttulos derenda varivel como aes. IOF - Imposto sobre operaes financeiras Apenas os fundos de rendafixa esto sujeitos cobrana de IOF. Saques realizados com prazos inferiores a 30 dias teroincidncia do IOF sobre os rendimentos auferidos.

    12- ANLISE DE DESEMPENHOTransparncia: obrigao dos administradores de recursos fornecerem todo o tipo de informaorelevante para o cotista sobre a poltica de investimento do fundos, os riscos envolvidos e osprincipais direitos e responsabilidades dos investidores e dos gestores. O prospecto e oregulamento do Fundo so os instrumentos bsicos de informao no momento inicial doinvestimento. Porm, durante o perodo de permanncia do investidor no fundo ele deve ser informado sobre todas as mudanas importantes, seja na equipe de gestores ou no estatuto dofundo. A utilizao do correio eletrnico (e-mail) como meio de comunicao entre o administrador

    de fundos e os cotistas uma das principais inovaes nas regras dos fundos. Benchmark umindicador que d a referncia de performance que cada fundo busca acompanhar. Os fundos deRenda Fixa costumam ter como ponto de referncia o CDI ( Certificado de DepsitoInterbancrio ). A meta sempre obter resultados iguais ou superiores taxa do CDI, como mostrao exemplo a seguir: OFundo XYZ obteve em 1998 rentabilidade igual a 36,16%, enquanto o CDI rendeu 28,61% .Portanto se o objetivo do fundo era render 110% do CDI, ele superou seus objetivos e rendeu naverdade 126% em relao a taxa do CDI. J em 1999, por exemplo o Fundo XYZ rendeu apenas22,56% enquanto o CDI teve retorno de 25,26% . O Fundo no atingiu seu objetivo pois rendeu naverdade apenas 89% comparada taxa do CDI. J os fundos deRenda Varivel: possuem como principal benchmark o ndice Bovespa. Os fundos de aesbuscam alcanar rentabilidade anual igual ou maior que o IBOVESPA, dependendo do perfil e

    composio do fundo. Volatilidade A volatilidade vem a ser a disperso positiva ou negativa emrelao mdia das rentabilidades dirias. Mais especificamente seria a mdia dos desviospadres . Um investimento com alta volatilidade deve ser considerado como de maior risco. J osinvestimentos com baixa volatilidade possuem uma performance mais estvel e, portanto, com umcomportamento mais previsvel, sua performance no surpreende o investidor. Risco e retornoRetorno e risco so duas variveis que andam juntas no mundo dos investimentos. Quanto maior apossibilidade de retorno maiores os riscos envolvidos. Por exemplo, fundos que investem mais doque seu patrimnio no mercado futuro e que podem ter alta rentabilidade em certos perodos,trazem consigo um alto risco e a possibilidade de rendimentos negativos durante algum perodo. Jos fundos mais conservadores procuram garantir mais segurana aos seus investidores e portantorentabilidades menores. Anlise de Risco Antes de investir em um fundo importante avaliar!

    os riscos envolvidos na aplicao: Conhecer o tipo de investimento, a volatilidade das cotase os ndices de risco do fundo fundamental para a escolha conscientedo investidor.

    Outros aspectos que devem ser analisados pelo investidor so: a instituio que faz a gesto e aadministrao do fundo, o agente custodiante (instituio que faz a custdia dos ttulos do fundo)bem como a empresa que faz auditoria dos fundos. AlavancagemUm conceito importante a ser explorado o de Alavancagem. A alavancagem ocorre quando ogestor assume obrigaes maiores do que o patrimnio do fundo caso as operaes previstasdem errado. O regulamento de cada fundo preceitua quanto o limite de alavancagem de cadafundo. Por isso, importante sempre ler no regulamento quanto este limite para se conhecer ocampo de atuao do gestor. H gestores que alavancam mais de trs vezes o patrimnio dofundo. Para os fundos de renda varivel h um limite estabelecido pela CVM (Comisso de ValoresMobilirios) de 100% de alavancagem sobre o patrimnio. Risco de Crdito a avaliao da

    capacidade do emissor de cada papel em honrar a obrigao assumida no ttulo. Por exemplo, seum CDB compuser a carteira do fundo, fato relevante saber se o Banco emissor est pagandosuas contas, adimplento no mercado, em suma a sade financeira da instituio.

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    ndice de Sharpe O ndice de Sharpe, criado por William Sharpe, um indicador que permiteavaliar a relao entre o retorno e o risco dos fundos. Ele deve ser usado para comparar fundos deuma mesma categoria. O ndice de Sharpe definido pela seguinte equao: (Retorno Fundo -Retorno Livre de Risco) IS = ---------------------------------------------- Desvio Padro do Retorno doFundo.O Retorno do Fundo menos o Retorno Livre de risco definido como prmio que o investidor tempelo risco que se disps a assumir. Quanto maior este prmio, maior o Sharpe, quanto menor odesvio padro, ser maior o Sharpe. Histrico do Fundo e do Gestor Embora rentabilidadepassada no seja garantia de rentabilidade futura, a evoluo do valor das cotas do fundo umbom parmetro para se tomar como base na escolha de um fundo de investimento. Porm, importante saber se a poltica de gesto praticada, o gestor e o procedimentos de anlises atuaisso os mesmos que garantiram aquela rentabilidade passada.

    13- OUTROS FUNDOS

    1. Fundo Capital Garantido : tem como meta proteger o capital principal investido. Investe umapequena parcela do patrimnio em renda varivel, buscando uma rentabilidade maior do que a dosdemais fundos de renda fixa, porm, sem colocar em risco o valor principal.Se o mercado de renda varivel alcanar bom desempenho este fundo render mais do que os

    fundos que s investem em renda fixa. Caso o mercado de renda varivel no apresente bonsresultados, o investidor no perde seu capital como aconteceria se ele tivesse aplicado num fundode aes, ele ter garantido o capital inicial investido. Por exemplo: Um fundo investe 98% de seupatrimnio em ttulos de renda fixa prefixado, com este rendimento ele garante uma rentabilidadeque cobrir os 2% restante do patrimnio do fundo. Os outros 2% o administrador investe emttulos de renda varivel ou no mercado futuro, buscando maior rentabilidade. Caso, haja perdatotal nos investimentos de renda varivel ele tem garantido os 100% do patrimnio do fundo. Napior das hipteses este fundo no perde.

    2. Fundos Off Shore : So carteiras que aplicam recursos disponveis no exterior em ativosbrasileiros e que tm a sua sede formalmente localizada no exterior.

    3. Fundos Private Equity: So fundos fechados que compram participaes minoritrias emempresas privadas. Esses fundos no podem investir em empresas de capital fechado. Por estarazo esta razo as empresas interessadas em receber esses investimentos devem abrir o capitalou fazer a chamada abertura tcnica\" (registro na CVM e emisso de aes que so compradaspelos fundos). Os objetivos dos fundos private equity so capitalizar a empresa, definir umaestratgia de crescimento, valorizar as aes e vender com lucro esta participao. O horizonte daaplicao varia de trs a oito anos. Fontes de consulta: Mercado Financeiro, Produtos e Servios Eduardo Fortuna Banco Central do Brasil Comisso de Valores Mobilirios.

    TAXAS DE RETORNOA taxa de retorno de um investimento a taxa de juros que anula a diferena entre os valoresatuais das receitas e das despesas de seu fluxo de caixa. Numa anlise de investimentos, aescolha recai na alternativa de maior taxa de retorno.

    Uma alternativa de investimento considerada vantajosa quando a taxa de retorno maior que ataxa mnima de atratividade.

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    Dentre todos os indicadores mais utilizados a TIR aquele que, ao primeiro exame, aparentaapresentar as menores limitaes. Isso se deve, possivelmente, a independncia de informaesexgenas ao projeto para a sua obteno.Em particular, no depende da definio "a priori" de um custo de oportunidade do capital para suaelaborao, como ocorre nos casos dos outros indicadores considerados.Todavia, essa vantagem apenas aparente, pois a TIR somente ser um indicador consistente,em uma situao em que um investidor que dispuser de um capital para aplicao de valor K,tendo como alternativas de investimento projetos mutuamente exclusivos, no puder aplicar o valor residual de seu capital inicial aps o investimento no projeto escolhido, o que uma situao bempouco realista. Em alguns casos, os resultados da aplicao do critrio TIR so absolutamenteincoerentes, como ocorre no projeto I, que apresenta o seguinte fluxo de caixa lquido, definidopara os perodos 0 e 1:Fo = 100 e F1 = -90A TIR desse projeto que -10%, tornaria, primeira vista, invivel sua seleo quando comparadoa qualquer projeto com TIR positiva. Entretanto, basta uma rpida inspeo no fluxo de caixa parase perceber que o projeto altamente vivel (corresponde a uma situao na qual toma-se 100unidades monetrias no perodo 0 para pagamento de apenas 90 unidades monetrias no perodo1).A anlise dos projetos E e F apresentados previamente permite constatar outras limitaes da TIR

    quando comparado ao VA por exemplo. Pelo critrio da TIR o projeto E(TIR = 20,00%) seria preferido ao projeto F (TIR = 15,76%) ; contudo, se o custo de oportunidadeconsiderado for de 10,0 %, o critrio do VA apresentaria o projeto F como preferido ao projeto E.Uma justificativa para a escolha do projeto F resulta da anlise do fluxo de caixa dos projetos. Oinvestimento nos dois projetos idntico e igual a 100 unidades monetrias. O projeto E apresentaseu benefcio de 120 unidades monetrias no perodo 1 e o projeto F apresenta seu beneficio de134 unidades monetrias no perodo 2. fcil verificar que taxa de 10%(custo de oportunidadedo capital considerado)o valor do benefcio recebido no projeto E de 120 unidades monetrias,noperodo 1, representaria um valor de 132 unidades no perodo 2, valor inferior ao obtido peloprojeto F no perodo 2.Uma outra dificuldade na utilizao da TIR como indicador est associada possibilidade deocorrncia de mltiplas TIR para um mesmo fluxo de caixa. Ou seja, para alguns fluxos de caixa

    existir mais de uma TIR que atenda definio desse indicador.O descarte de projetos atravs da TIR pode ser realizado comparando-se seu valor com o do custode oportunidade do capital. Caso o valor da TIR (positivo) de um projeto seja inferior ao valor docusto de oportunidade do capital, ento esse projeto ser descartado.