Marajoara não se intimida com as mudanças no clima

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OLIBERAL BELÉM, SEXTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2015 8 ATUALIDADES CIDADES FÚNEBRES H á, cruzando os céus de Brasília, vários sinais de que o go- verno Dilma está con- seguindo, por meio de pressões e arranjos po- líticos de diversas qua- lidades, neutralizar a tendência de órgãos de controle como o Tribu- nal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Su- perior Eleitoral (TSE) de rejeitar as contas do últi- mo ano de seu primeiro mandato, ou impugnar a chapa eleita em 2014 por diversas irregularidades cometidas. O problema não é o governo conseguir su- perar os obstáculos que os órgãos de controle estão colocando no seu caminho, mas como conseguirá isso. Assim como o problema não é ter um governo ruim ou péssimo, como acre- ditam mais de 70% dos brasileiros, mas como este governo foi eleito. Dilma e seus apani- guados espalham nos últimos dias a insisten- te mentira de que está sendo armado um golpe antidemocrático para tirá-la do poder, quando todos os movimentos até agora seguem rigo- rosamente as normas constitucionais — assim como, liderado pelo PT, o Congresso impediu o en- tão presidente Fernando Collor de continuar go- vernando em 1992. Ele mesmo lembrou outro dia à presidente, que afirma a todo ins- tante que está legitimada pelo voto e não pode ser derrubada sem que isso consista em um golpe, que ele também tinha essa legitimidade das urnas e, no entanto, foi impedido de continuar governando. A legitimidade da vo- tação está intimamente ligada à legitimidade da campanha, e, caso fique provado que ela foi eleita usando meios escusos, a legitimidade perde ime- diatamente sua consis- tência, transforma-se em usurpação de poder por abuso político ou econômico. É para evitar que polí- ticos de má-fé se aprovei- tem da democracia para erodi-la que existem os órgãos de controle, que averiguam se o gover- nante da hora cumpriu os requisitos exigidos pela legislação eleitoral. Um primeiro sinal de que alguma coisa nos bastidores se movimen- ta em favor do governo, não necessariamente de maneira legal, foram os encontros fora da agen- da de Dilma e do minis- tro da Justiça com o pre- sidente do STF no Porto, em Portugal. Um míni- mo de bom senso indica- ria a inadequação desse encontro num momento político conturbado, no mínimo para não pa- recer que conspiravam contra a democracia. Esta semana, a pre- texto de comemorar o Dia do Advogado, a pre- sidente convidou para um jantar no Alvorada todos os ministros do STF, que pode ser a ins- tância final de recurso se eventualmente ela for punida por irregula- ridades. O bom senso esteve presente para a maio- ria dos ministros, que não compareceu. Cin- co ministros, porém, aquiesceram, quando o normal em tempos de anormalidades é que de- signassem o presidente Ricardo Lewandowski para representá-los. Ontem, na sessão do TSE que analisava um dos processos sobre as contas da chapa gover- nista na campanha de 2014, Luiz Fux pediu vistas, interrompendo a tramitação do processo por tempo indetermina- do. Adversários de Fux atribuem a seu interesse em ver a filha nomeada desembargadora do Tri- bunal de Justiça do Rio a decisão de pedir vistas do processo. A votação está em 2 a 1 a favor da continuação das investi- gações das contas, e Gil- mar Mendes deu ontem duro voto criticando o pedido de arquivamen- to da ação pela ministra- relatora Maria Thereza, que, diz ele, rejeitou o recurso do PSDB “sem instruir o processo, sem, portanto, sequer citar os investigados”. O minis- tro foi além, dizendo que “a obrigação do TSE é evitar a continuidade desse projeto, por meio do qual ladrões de sin- dicato transformaram o país num sindicato de ladrões”. Ao mesmo tempo o TCU deu mais 15 dias para que novas expli- cações de novas denún- cias sejam dadas pela presidente. Só que as denúncias haviam sido feitas há cerca de 60 dias pelo Ministério Público, e não foram incorpora- das ao relatório oficial do processo. O minis- tro Augusto Nardes ora dizia que as denúncias estavam incorporadas em seu relatório, o que não aconteceu, ora que recebeu o relatório do MP fora do prazo, ora que o havia mandado para o advogado-geral da União, e com isso per- deu-se tempo. Nardes continua di- zendo-se na posição de rejeitar as contas, e que novos bilhões de reais em irregularidades foram achados na prestação de contas. Ele esteve ontem no Rio para eventos das Olimpíadas, e teve con- tato com autoridades do governo do estado, cujo governador Pezão está empenhado em ajudar Dilma a sair da crise polí- tica, agindo tanto no TCU quanto no TSE. OS PONTOS-CHAVE 1 Há sinais de que Dilma está conseguindo, por pressões e arranjos, neutralizar o TCU e o TSE contra seu governo. 2 A legitimidade da vota- ção se liga à da campa- nha. Caso se prove uso de meios escusos, a legiti- midade se torna usurpa- ção de poder por abuso político ou econômico. 3 Pezão está empenhado em ajudar Dilma a sair da crise política, agin- do tanto no TCU quanto no TSE. Sinais de acordo [email protected] “Legitimidade da votação está ligada à legitimidade da campanha” N a região do estuário para- ense do rio Amazonas, que fica em parte da ilha do Marajó e no entorno do Ama- pá, vive uma das populações mais pobres da Amazônia. São cerca de 400 mil ribeiri- nhos, com grande capacidade de adaptação às mudanças climáticas e que geram bens e produtos que lhes permitem melhorar a qualidade de vida mesmo com renda tão baixa. As principais atividades pro- dutivas são o açaí, o camarão e a pesca em geral, além de mandioca, frutas e pequenos animais. Mas é preciso políti- cas públicas que melhorem a capacidade de adaptação deles aos fenômenos climáticos que possam ocorrer e aumentem a diversidade dos ambientes ru- rais, aliadas à educação, trans- ferência de renda e crédito. Essas são as principais con- clusões do projeto de pesquisa intitulado “Adaptações Socio- culturais de Caboclos no Estu- ário Amazônico do Brasil a Mu- danças Climáticas”, realizado durante três anos pelo Progra- ma de Pós-Graduação em Eco- nomia da Universidade Federal do Pará (PPGE/UFPA) e Núcleo ADAPTAÇÃO População do estuário do Amazonas responde rápido a modificações Marajoara não se intimida com as mudanças no clima ANTONIO SILVA - ARQUIVO O LIBERAL de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (Naea/UFPA), financiado pelo In- ternational Development Research Centre (IRDC), do Canadá. A pesquisa foi apresentada durante seminário sobre “Po- líticas para mudanças climáti- cas na Amazônia”, que ocorreu ontem no auditório do Naea, na UFPA, campus do Guamá. Segundo Sérgio Rivero, coorde- nador da pesquisa, professor as- sociado da UFPA, da Faculdade de Economia e do PPGE/UFPA, o projeto procurou entender qual a capacidade da população local rural do estuário amazôni- co de lidar com um ambiente de alteração que existe e possível mudança climática que pode ocorrer no futuro. “O estudo verificou de forma clara que essa população já vive em um ambiente que muda bas- tante, os padrões de mudança do estuário são altos e temos uma população ribeirinha bem adap- tada a conviver com isso, mas é necessário, obviamente, melho- rar a capacidade que a população tem de se adaptar a fenômenos que eventualmente possam ser intensos. Uma problemática é que não temos coleta sistemática de dados sobre maré, então, não conseguimos construir modelos que tenham capacidade melhor de previsão”, afirma Rivero. A região do estuário amazô- nico é a região rural mais densa da Amazônia e sua população tem padrão de vida que depende da ges- tão inteligente que essa po- pulação faz dos recursos naturais. “Os ribeirinhos combinam a produção de pesca de peixe e camarão com a gestão de quintais e a produção de um ambien- te rural bastante diversifi- cado. Essa combinação de um ambiente muito rico com a floresta, que oferta quantidade razoável de produto, com a capacidade de manejo que possuem é uma característica funda- mental deles”, enfatiza. RENDA Outra conclusão im- portante do estudo é que, a partir dos programas de transferência de renda, as populações locais tiveram melhoria significativa para lidar com a mudança. “Esse padrão de vida que combi- na o uso dos recursos natu- rais, pesca e manejo de açaí melhorou muito por conta do acréscimo de renda dos programas nos últimos anos. Na verdade, as políti- cas de transferência de ren- da não objetivam melhorar a capacidade da população de se adaptar às mudanças climáticas. Esse é um efeito que descobrimos na pes- quisa, mas não tem a ver com a política”, esclarece o coordenador do estudo. Contudo, durante a pes- quisa ficou evidente que ainda há poucas iniciati- vas que trabalham com a adaptação das situações ribeirinhas e do estuário amazônico às mudanças climáticas. A ausência de políticas é um problema grave para essa população, que ainda não tem mui- ta visibilidade na política brasileira. “É preciso haver políticas que aumentem a diversidade dos ambientes rurais, aliadas à educação, transferência de renda e crédito. Essa estratégia combinada pode promover esse sistema de produção diversificada que já existe”, ressalta Sérgio Rivero. Catadores ganham apoio de peso para qualificação. Página 9. Ribeirinhos do estuário do Amazonas enfrentam mudanças com desenvoltura MARIO NASCIMENTO LEÃO ( OFICIAL DE JUSTIÇA ) MISSA 7º DIA 1 21.05.1960 08.08.2015 Amilca Leão (pai), Nazaré Nascimento (mãe), filhos, esposa, irmãos, enteados, cunhadas, com profunda dor e pesar, convida para a missa 7º dia, em memória de MARIO NASCIMENTO LEÃO, na Igreja Basílica Nazaré, no dia 14, às 18:00 horas. A família agradece a todos que comparecerem a esse ato de fé e solidariedade cristã. AMELIA RUFFEIL DA PONTE MISSA DE 1º ANO DE FALECIMENTO A família da querida e inesquecível AMELIA RUFFEIL DA PONTE, convida os parentes e amigos para a missa do 1º ano de seu falecimento, a ser celebrada dia 14.08.15 (sexta- feira), às 18:30 horas, na Igreja de Sto. Antonio de Lisboa - Batista Campos. Antecipadamente agradecem a todos que comparecerem a este ato de Fé Cristã. HILDA MARCHETTI BORGES MISSA - CONVITE 2 anos sem você completados hoje, mãezinha adorada... 2 anos de tristezas, lembranças e saudades sempre aumentando, cada vez mais intensas... A família convida os que a conheceram e amaram a parƟcipar da missa comunitária a ser celebrada hoje, sexta-feira, 14 de agosto às 18:00 horas (6:00 da tarde), na Igreja de são Raimundo Nonato, na Senador Lemos, 990. Com Carinho, nosso agradecimento às orações ofertadas a sempre amada. BENEDITA MARILDA DA SILVA BRAGA 3 10/01/1942 ! 13/08/2015 Falecimento - Convite Amadeu Coelho Braga (esposo), Paulo Sérgio Lopes (filho do coração), Elizeth do Socorro da Silva Braga, Elieth de Fátima da Silva Braga, Elineth da Conceição Braga Valente, Eliveth das Gra- ças Braga Cunha, Marilda de Nazaré Braga Pompeu, Zenaide da Silva Braga e Fabrício da Silva Braga (filhos), genros, noras, netos e demais familiares comunicam com pesar o falecimento de nossa amada BENEDITA MARILDA DA SILVA BRAGA. O velório ocor- rerá nesta sexta-feira, 14, na capela do Recanto da Saudade (rua Diogo Móia, esq. Alcindo Cacela), saindo o cortejo às 15 horas, ao Cemitério do Recanto da Saudade, na BR-316 (km 3). A família agradece a todos que comparecerem a este ato de fé cristã.

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O LIBERAL BELÉM, SEXTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 20158 ATUALIDADES

CIDADES

FÚNEBRES

Há, cruzando os céus de Brasília, vários sinais de que o go-

verno Dilma está con-seguindo, por meio de pressões e arranjos po-líticos de diversas qua-lidades, neutralizar a tendência de órgãos de controle como o Tribu-nal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) de rejeitar as contas do últi-mo ano de seu primeiro mandato, ou impugnar a chapa eleita em 2014 por diversas irregularidades cometidas.

O problema não é o governo conseguir su-perar os obstáculos que os órgãos de controle estão colocando no seu caminho, mas como conseguirá isso. Assim como o problema não é ter um governo ruim ou péssimo, como acre-ditam mais de 70% dos brasileiros, mas como este governo foi eleito.

Dilma e seus apani-guados espalham nos últimos dias a insisten-te mentira de que está sendo armado um golpe antidemocrático para tirá-la do poder, quando todos os movimentos até agora seguem rigo-rosamente as normas constitucionais — assim como, liderado pelo PT, o Congresso impediu o en-tão presidente Fernando Collor de continuar go-vernando em 1992.

Ele mesmo lembrou outro dia à presidente, que afirma a todo ins-tante que está legitimada pelo voto e não pode ser derrubada sem que isso consista em um golpe, que ele também tinha essa legitimidade das urnas e, no entanto, foi impedido de continuar governando.

A legitimidade da vo-tação está intimamente ligada à legitimidade da campanha, e, caso fique provado que ela foi eleita usando meios escusos, a legitimidade perde ime-diatamente sua consis-tência, transforma-se em usurpação de poder por abuso político ou econômico.

É para evitar que polí-ticos de má-fé se aprovei-tem da democracia para erodi-la que existem os órgãos de controle, que averiguam se o gover-nante da hora cumpriu os requisitos exigidos pela legislação eleitoral.

Um primeiro sinal de que alguma coisa nos bastidores se movimen-ta em favor do governo, não necessariamente de maneira legal, foram os encontros fora da agen-da de Dilma e do minis-tro da Justiça com o pre-sidente do STF no Porto, em Portugal. Um míni-mo de bom senso indica-ria a inadequação desse encontro num momento político conturbado, no mínimo para não pa-recer que conspiravam contra a democracia.

Esta semana, a pre-texto de comemorar o Dia do Advogado, a pre-sidente convidou para um jantar no Alvorada todos os ministros do STF, que pode ser a ins-tância final de recurso se eventualmente ela for punida por irregula-ridades.

O bom senso esteve presente para a maio-ria dos ministros, que

não compareceu. Cin-co ministros, porém, aquiesceram, quando o normal em tempos de anormalidades é que de-signassem o presidente Ricardo Lewandowski para representá-los.

Ontem, na sessão do TSE que analisava um dos processos sobre as contas da chapa gover-nista na campanha de 2014, Luiz Fux pediu vistas, interrompendo a tramitação do processo por tempo indetermina-do. Adversários de Fux atribuem a seu interesse em ver a filha nomeada desembargadora do Tri-bunal de Justiça do Rio a decisão de pedir vistas do processo. A votação está em 2 a 1 a favor da continuação das investi-gações das contas, e Gil-mar Mendes deu ontem duro voto criticando o pedido de arquivamen-to da ação pela ministra-relatora Maria Thereza, que, diz ele, rejeitou o recurso do PSDB “sem instruir o processo, sem, portanto, sequer citar os investigados”. O minis-tro foi além, dizendo que “a obrigação do TSE é evitar a continuidade desse projeto, por meio do qual ladrões de sin-dicato transformaram o país num sindicato de ladrões”.

Ao mesmo tempo o TCU deu mais 15 dias para que novas expli-cações de novas denún-cias sejam dadas pela presidente. Só que as denúncias haviam sido feitas há cerca de 60 dias pelo Ministério Público, e não foram incorpora-das ao relatório oficial do processo. O minis-tro Augusto Nardes ora dizia que as denúncias estavam incorporadas em seu relatório, o que não aconteceu, ora que recebeu o relatório do MP fora do prazo, ora que o havia mandado para o advogado-geral da União, e com isso per-deu-se tempo.

Nardes continua di-zendo-se na posição de rejeitar as contas, e que novos bilhões de reais em irregularidades foram achados na prestação de contas. Ele esteve ontem no Rio para eventos das Olimpíadas, e teve con-tato com autoridades do governo do estado, cujo governador Pezão está empenhado em ajudar Dilma a sair da crise polí-tica, agindo tanto no TCU quanto no TSE.

OS PONTOS-CHAVE

1 Há sinais de que Dilma está conseguindo, por pressões e arranjos,

neutralizar o TCU e o TSE contra seu governo.

2 A legitimidade da vota-ção se liga à da campa-nha. Caso se prove uso

de meios escusos, a legiti-midade se torna usurpa-ção de poder por abuso político ou econômico.

3 Pezão está empenhado em ajudar Dilma a sair da crise política, agin-

do tanto no TCU quanto no TSE.

Sinais de [email protected]

“Legitimidade da votação está ligada à legitimidade da campanha”Na região do estuário para-

ense do rio Amazonas, que fica em parte da ilha do

Marajó e no entorno do Ama-pá, vive uma das populações mais pobres da Amazônia. São cerca de 400 mil ribeiri-nhos, com grande capacidade de adaptação às mudanças climáticas e que geram bens e produtos que lhes permitem melhorar a qualidade de vida mesmo com renda tão baixa. As principais atividades pro-dutivas são o açaí, o camarão e a pesca em geral, além de mandioca, frutas e pequenos animais. Mas é preciso políti-cas públicas que melhorem a capacidade de adaptação deles aos fenômenos climáticos que possam ocorrer e aumentem a diversidade dos ambientes ru-rais, aliadas à educação, trans-ferência de renda e crédito.

Essas são as principais con-clusões do projeto de pesquisa intitulado “Adaptações Socio-culturais de Caboclos no Estu-ário Amazônico do Brasil a Mu-danças Climáticas”, realizado durante três anos pelo Progra-ma de Pós-Graduação em Eco-nomia da Universidade Federal do Pará (PPGE/UFPA) e Núcleo

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de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (Naea/UFPA), financiado pelo In-ternational Development Research Centre (IRDC), do Canadá.

A pesquisa foi apresentada durante seminário sobre “Po-líticas para mudanças climáti-cas na Amazônia”, que ocorreu ontem no auditório do Naea, na UFPA, campus do Guamá. Segundo Sérgio Rivero, coorde-nador da pesquisa, professor as-sociado da UFPA, da Faculdade de Economia e do PPGE/UFPA, o projeto procurou entender qual a capacidade da população local rural do estuário amazôni-co de lidar com um ambiente de alteração que existe e possível

mudança climática que pode ocorrer no futuro.

“O estudo verificou de forma clara que essa população já vive em um ambiente que muda bas-tante, os padrões de mudança do estuário são altos e temos uma população ribeirinha bem adap-tada a conviver com isso, mas é necessário, obviamente, melho-rar a capacidade que a população tem de se adaptar a fenômenos que eventualmente possam ser intensos. Uma problemática é que não temos coleta sistemática de dados sobre maré, então, não conseguimos construir modelos que tenham capacidade melhor de previsão”, afirma Rivero.

A região do estuário amazô-

nico é a região rural mais densa da Amazônia e sua população tem padrão de vida que depende da ges-tão inteligente que essa po-pulação faz dos recursos naturais. “Os ribeirinhos combinam a produção de pesca de peixe e camarão com a gestão de quintais e a produção de um ambien-te rural bastante diversifi-cado. Essa combinação de um ambiente muito rico com a floresta, que oferta quantidade razoável de produto, com a capacidade de manejo que possuem é uma característica funda-mental deles”, enfatiza.

RENDA

Outra conclusão im-portante do estudo é que, a partir dos programas de transferência de renda, as populações locais tiveram melhoria significativa para lidar com a mudança. “Esse padrão de vida que combi-na o uso dos recursos natu-rais, pesca e manejo de açaí melhorou muito por conta do acréscimo de renda dos programas nos últimos anos. Na verdade, as políti-cas de transferência de ren-da não objetivam melhorar a capacidade da população de se adaptar às mudanças climáticas. Esse é um efeito que descobrimos na pes-quisa, mas não tem a ver com a política”, esclarece o coordenador do estudo.

Contudo, durante a pes-quisa ficou evidente que ainda há poucas iniciati-vas que trabalham com a adaptação das situações ribeirinhas e do estuário amazônico às mudanças climáticas. A ausência de políticas é um problema grave para essa população, que ainda não tem mui-ta visibilidade na política brasileira. “É preciso haver políticas que aumentem a diversidade dos ambientes rurais, aliadas à educação, transferência de renda e crédito. Essa estratégia combinada pode promover esse sistema de produção diversificada que já existe”, ressalta Sérgio Rivero.

Catadores ganham apoio de peso para qualificação. Página 9.

Ribeirinhos do estuário do Amazonas enfrentam

mudanças com desenvoltura

MARIO NASCIMENTO LEÃO(OFICIAL DE JUSTIÇA)

MISSA 7º DIA 21.05.1960 08.08.2015

Amilca Leão (pai), Nazaré Nascimento (mãe), filhos, esposa, irmãos, enteados, cunhadas, com profunda dor e pesar, convida para a missa 7º dia, em memória de MARIO NASCIMENTO LEÃO, na Igreja Basílica Nazaré, no dia 14, às 18:00 horas.

A família agradece a todos que comparecerem a esse ato de fé e solidariedade cristã.

AMELIA RUFFEIL DA PONTEMISSA DE 1º ANO DE FALECIMENTO

A família da querida e inesquecível AMELIA RUFFEIL DA PONTE, convida os parentes e amigos para a missa do 1º ano de seu falecimento, a ser celebrada dia 14.08.15 (sexta-feira), às 18:30 horas, na Igreja de Sto. Antonio de Lisboa - Batista Campos.

Antecipadamente agradecem a todos que comparecerem a este ato de Fé Cristã.

HILDA MARCHETTI BORGESMISSA - CONVITE

2 anos sem você completados hoje, mãezinha adorada... 2 anos de tristezas, lembranças e saudades sempre

aumentando, cada vez mais intensas...A família convida os que a conheceram e amaram a

par cipar da missa comunitária a ser celebrada hoje, sexta-feira, 14 de agosto às 18:00 horas (6:00 da tarde), na Igreja de são Raimundo Nonato, na Senador Lemos, 990.

Com Carinho, nosso agradecimento às orações ofertadas a sempre amada.

BENEDITA MARILDA DA SILVA BRAGA 10/01/1942 13/08/2015Falecimento - Convite

Amadeu Coelho Braga (esposo), Paulo Sérgio Lopes (filho do coração), Elizeth do Socorro da Silva Braga, Elieth de Fátima da Silva Braga, Elineth da Conceição Braga Valente, Eliveth das Gra-ças Braga Cunha, Marilda de Nazaré Braga Pompeu, Zenaide da Silva Braga e Fabrício da Silva Braga (filhos), genros, noras, netos e demais familiares comunicam com pesar o falecimento de nossa amada BENEDITA MARILDA DA SILVA BRAGA. O velório ocor-rerá nesta sexta-feira, 14, na capela do Recanto da Saudade (rua Diogo Móia, esq. Alcindo Cacela), saindo o cortejo às 15 horas, ao Cemitério do Recanto da Saudade, na BR-316 (km 3).

A família agradece a todos que comparecerem a este ato de fé cristã.