JORNAL CIENTÍFICO

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AUmENTO

MAR/2013

Potencializaçãona liberação deHormônios anabólicosImpacto do treInamento de Força muscular e suplementação de ornItIna e argInIna

Potencialização na liberação de Hormônios AnabólicosImpacto do treinamento de Força muscular e suplementação de ornitina e arginina

Prof. Ms. Tiago CarvalhoCoordenador Científico – CEPEN

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o treinamento de força muscular é conhecido por promover hipertrofia muscular, ganhos de força (FRIEDMANN--bEttE et al., 2010; oGASAwARA et al., 2012; SooNEStE et al., 2013; wERNboM; AuGuStSSoN; tHoMEÉ, 2007) e aumen-tos na liberação de hormônios anabólicos após o treinamento (KRAEMER; RAtAMESS, 2005; GLIGIARELLI et al., 2013). Em adição, a suplementação parece maximizar a liberação destes hormônios (DE CAStRo bARboSA et al., 2009). os ganhos de força e hipertrofia muscular tem sido creditada a atividade hormonal e pelos complexos sistemas fisiológicos envolvidos (HAKKINEN; PAKARINEN; 1991).

A hipertrofia muscular induzida pelo exercício é desencadeada por uma série de vias de sinalização que respon-dem através de cascatas enzimáticas, o que por sua vez, modulam o balanço proteico muscular promovendo uma razão positiva da síntese proteica em relação a sua degradação (wACKERHAGE; RAtKEVICIuS, 2008).

Algumas vias de sinalização tem sido identificadas incluindo a Akt/alvo mamífero de rapamicina (mtoR) (GLASS, 2010); proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) e vias dependentes do cálcio (Ca²+) (SCHoENFELD, 2010). A sinali-zação miocelular é influenciada, em partes, pelo sistema endócrino. Diversos hormônios são capazes de alterar a dinâmica do equilíbrio entre os estímulos catabólicos e anabólicos no músculo esquelético (SoLoMoN; bouLouX, 2006). Hormônios anabólicos, tais como, a testosterona, fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) e o hormônio do crescimento (GH) são fortemente influenciados pela intensidade e volume aplicados (CRAIG; KANG, 1994; GLIGIARELLI et al., 2013).

A testosterona, um hormônio esteroide, é secretada pelas células de Leydig nos testículos através do eixo hipo-tálamo-hipófise-gonadal (HAYES; bICKERStAFF; bAKER, 2010). Estas células são reguladas pelo hormônio luteinizante (LH) que é produzido e sintetizado pela glândula pituitária (ZIRKIN; tENoVER, 2012). o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), juntamente com a testosterona são fatores anabólicos que estimulam a síntese de proteínas e exercem o papel na ativação, proliferação e diferenciação de células satélites (MAtHENY; NINDL; ADAMo, 2010). Além disso, melhoram a função muscular e a performance física (bARtoN, 2006; bRILLA; CoNtE, 2000; HAMEED, 2003).

o treinamento de força aliado à suplementação de aminoácidos, vitaminas e minerais têm apresentado resultados interessantes na potencialização dos níveis de hormônios anabólicos. Vitaminas e minerais, tais como, zinco (Zn) (PRASAD et al., 1996), magnésio (Mg) (DoRuP et a., 1991), aspartato, vitamina D (PILZ et al., 2011) e boro (NAGHII et al., 2011) são conhecidos por estimular a liberação de testosterona, no entanto, este tópico será discutido com mais detalhes nas próxi-mas edições do Jornal Científico (NeoNutri).

o GH é responsável por muitas ações biológicas, incluindo o aumento da síntese de proteínas, regulação metabó-lica, bem como media a liberação de IGF-1. Em estudo realizado por Kraemer e Ratamess (2005) foram observados picos hormonais agudos (GH e testosterona) mais acentuados com as intensidades de 60-80% de 1RM (uma repetição máxima) e com intervalos de 90 segundos entre as séries quando comparados com o treinamento de baixo volume, alta intensidade e intervalos longos. Segundo os autores as respostas agudas de hormônios anabólicos são mais importantes para o cresci-mento muscular do que as alterações crônicas.

os aminoácidos arginina e ornitina são conhecidos por estimular a secreção de GH (ALbA-RotH et al., 1988; DE CAStRo bARboSA et al., 2009). os efeitos metabólicos do GH são complexos, pois envolvem o aumento da lipólise, hipe-rinsulinemia e elevam os níveis de IGF-1 no sangue. um estudo realizado por Collier et al., (2002) encontraram resultados benéficos do uso da suplementação de arginina nos níveis plasmáticos de GH em 30 minutos e o pico dos valores hormonais aconteceram em 60 minutos, ambos após a ingestão de arginina.

Zajac et al., (2010) investigaram os efeitos da suplementação de arginina e ornitina durante três semanas de trei-namento nos níveis séricos do hormônio GH e IGF-1 em atletas experientes no treinamento de força. os autores verificaram que a suplementação de arginina e ornitina durante o período estudado (três semanas) proporcionou elevação significativa (p<0,05) para ambos os hormônios GH e IGF-1. os autores concluem que a suplementação destes aminoácidos potencializa a elevação dos níveis plasmáticos de GH e IGF-1.

De fato, a prática do treinamento força muscular aliado à suplementação são essenciais para os ganhos de força, massa muscular e melhorias no condicionamento físico em geral.

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Referencias Bibliográficas

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