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MANUAL SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO PARA O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL MANUAL SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO PARA O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL JANEIRO DE 2012

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MANUAL SOBRE – SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO PARA O SETOR DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

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MANUAL– SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

JANEIRO DE 2012

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Manual de saúde e segurança no local de trabalho na indústria da construção civil2a. edição, 1a. tiragem, 2012© 2012 Conselho setorial de saúde e segurança no local de tra-balho da indústria da construção civil

Redação concluída em janeiro de 2012

Número do artigo: 13 20 12ISBN: 978-87-7952-178-0

Ilustração: Kristof Bien e Serviço de Inspeção do TrabalhoLayout / DTP: idteam e Erhvervsskolernes ForlagProdução: Erhvervsskolernes ForlagImpressão: Scanprint

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PREFÁCIO

O presente manual contém orientações sobre as boas práticas no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho para a indústria da construção civil. O manual fornece orientação para a aplicação das regras contidas na Legislação sobre a saúde e segurança no local de trabalho.

O manual é uma publicação do Conselho setorial de saúde e seguran-ça no local de trabalho na indústria da construção civil, com a colabo-ração de especialistas do Serviço de Inspeção do Trabalho na área da construção civil. O manual é dirigido, primordialmente, ao setor de saúde e segurança no local de trabalho dentro da empresa, mas tam-bém pode ser utilizado por supervisores de projetos, consultores, coordenadores de empreiteiros, supervisores de segurança, treinado-res, fornecedores e outras pessoas que possam se interessar pelas condições de saúde e segurança no local de trabalho.

No sítio www.bar-ba.dk poderá encontrar a versão do manual com as atualizações mais recentes. Na versão eletrónica também é possível encontrar enlaces a outros sítios úteis.

Na página da Internet também é possível encontrar outros materiais do Conselho setorial sobre ambiente de trabalho.

Publicamos um boletim nos nossos sítios da Internet sempre que haja novas informações sobre saúde e segurança no local de trabalho. É possível assinar o boletim no sítio www.bar-ba.dk.

Entre em contato com o Conselho setorial de saúde e segurança no local de trabalho da indústria da construção civil se desejar maiores informações ou se tiver sugestões que possam melhorar o conteúdo do Manual. Envie um e-mail para: [email protected].

A presente versão (2012) foi atualizada, e reflete os mais recentes conhecimentos adquiridos desde a versão anterior, de 2010.

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PREFÁCIO

O presente Manual foi submetido à apreciação do Serviço de Inspeção do Trabalho, que o considerou de acordo com a legislação de saúde e segurança em vigor.

A apreciação do Serviço de Inspeção do Trabalho prendeu-se exclusi-vamente à versão do Manual apresentado, sem avaliar se o mesmo cobre a totalidade dos temas relevantes dentro da área específica. O conteúdo está sujeito a alterações decorrentes dos avanços tecnoló-gicos.

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LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO NO ÂMBITO DA SEGURANÇA

Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho . . . . . . . . .21 Regulamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Orientações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22Sistema de saúde e segurança no local de trabalho . . . . . . . . . . . . . .23Serviço de Inspeção do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Reações da Inspeção do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 Auditoria específica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 Ordem de consultoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 Sistema “Smiley” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 Empregador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 Dirigente da empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 Capataz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 Trabalhadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 Fornecedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35 Responsável pelo projeto e consultores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36 Construtor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Delimitação das medidas de segurança em áreas comuns . . . . . .39 Notificação do estaleiro ao Serviço de Inspeção do Trabalho . . . .41 Notificação ao município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 Coordenação durante a fase do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42 Registo das condições operacionais da construção . . . . . . . . . . . .43 Coordenação nos estaleiros, independentemente

da dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Coordenação da segurança em estaleiros de maior porte na fase

de execução (acima de 10 trabalhadores simultaneamente) . . 45 Plano de Saúde e Segurança (PSS). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47Consultoria em ambiente de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51 Composição da organização de saúde e segurança . . . . . . . . . . . .52 Trabalhos de saúde e segurança nas empresas com

1 a 9 empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

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Organização de saúde e segurança nas empresas com 10 a 34 empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

A organização de saúde e segurança nas empresas com mais de 35 empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Equipa de saúde e segurança da empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 Tarefas dos grupos de saúde e segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56 Reuniões da organização de saúde e segurança na empresa . . . .57 Tarefas do comité de saúde e segurança na empresa . . . . . . . . . .57Reuniões de segurança nos estaleiros de construção civil . . . . . . . .58 Conselho de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59Trabalhos relacionados com saúde e segurança nos estaleiros . . . .59 Comité de saúde e segurança nos estaleiros . . . . . . . . . . . . . . . . . .60 Trabalhos em empresas de terceiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60Escolha do delegado de saúde e segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61Capataz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62 Formação em saúde e segurança no local de trabalho . . . . . . . . . . . .62Avaliação do local de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64Jovens com menos de 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67Acidentes de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .70 Notificação de acidentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 Notificação de doenças ocupacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 Seguro de acidente de trabalho e indemnização

por acidente de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Análise do acidente/lições do acidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72

LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO NO ÂMBITO DA SEGURANÇA

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EXPOSIÇÕES NO TRABALHO

Ergonomia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77 Risco de lesões à coluna ou outras lesões músculo esqueléticas 77 Tração e impulsão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 Elevação e carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80 Avaliação do levantamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81 Carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85 Prevenção de acidentes decorrentes de levantamento

e carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Técnicas de levantamento e de carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . .87Posturas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89 Trabalho realizado em posição deitada ou de joelhos . . . . . . . . . . .90 Disposição do local de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92 Distância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92 Trabalho em circulação a pé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 Trabalho repetitivo e monótono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 Trabalho que implica esforços localizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .94Dispositivos técnicos de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95 Máquinas portáteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .96 Banco do condutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .96Ruídos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97Vibrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 Vibrações das mãos e braços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 Vibrações transmitidas a todo o organismo . . . . . . . . . . . . . . . . . .103 Aquisição de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .104 Reduza o risco de lesões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105Frio e calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106Laser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109Exposição a substâncias químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .110 Prevenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111 Avaliação de substâncias perigosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 Instruções para uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 Avaliação Química do Local de Trabalho - uma

avaliação especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Valores-limite e medições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 Utilização de medições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115

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Classificação e marcação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 Período de transição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 Frases R e S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 Substâncias e produtos tóxicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 Numeração por códigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 Utilização dos códigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120 Casos duvidosos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121Tinta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121 Diluição das tintas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122 Interdição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122Solventes orgânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122 Risco à saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122 Perigo de incêndio e de explosão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123 Regras de utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123Madeira impregnada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124Agentes de descofragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .126 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .126 Disposição do local de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127 Equipamento de proteção individual e higiene . . . . . . . . . . . . . . . .127Epóxi e isocianatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .128 Interdição de pulverização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .129 Formação e instrução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .129 Cuidado! Risco de eczema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .130 Regras de utilização de epóxi e isocianatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .130Asfalto (betume) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132 Ventilação natural e mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .133 Equipamento de proteção individual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .133 Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134 Medidas de promoção do bem-estar dos trabalhadores . . . . . . .134Amianto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134 Demolição da parte externa de edifícios cobertos ou

totalmente cobertos. Medidas de promoção da segurança . . . . 136 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .138 Resíduos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .138

EXPOSIÇÕES NO TRABALHO

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Limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .138 Vestiários e instalações sanitárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .138Lã mineral e outras matérias isolantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139 Medidas de segurança no isolamento novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140 Trabalhos que envolvem muita poeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141 Limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141Pó de sílica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142Pó de madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143Fumos de soldadura e corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144Cinza volante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .145Cromato no cimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .145Chumbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .146 Medições de chumbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 Medidas de promoção do bem-estar do trabalhador . . . . . . . . . . .148 Higiene . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .148 Resíduos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .148Solo contaminado por óleo ou substâncias químicas . . . . . . . . . . . .149 Medidas de promoção da segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .149 Medidas de promoção do bem-estar e outras . . . . . . . . . . . . . . . . .150PCB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .150 Substituição de janelas e calafetagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .151 Projetos de saneamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .152Exposição a substâncias biológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 Esgotos e águas residuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 Excrementos de pombos e ratos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 Manuseio de fungos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154Efeitos psíquicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .155 Pressão de tempo, grande volume de trabalho e

influência no próprio trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Incidentes traumáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .158 Assédio em geral ou assédio sexual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .159 Bem-estar e cooperação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .160

EXPOSIÇÕES NO TRABALHO

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TÉCNICA

Trabalho em altura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161Andaimes para fachadas e alvenaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .162 Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .163 Armação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 Riscos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 Carga das pranchadas dos andaimes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166 Largura dos andaimes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166 Escadarias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 Distância da fachada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .168 Grades de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .168 Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 Pranchadas dos andaimes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169Trabalho em andaimes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 Andaimes para trabalhos em telhados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 Riscos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .171Andaimes sobre rodas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .172 Montagem, alteração e remoção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .173 Trabalho em andaimes sobre rodas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .173Andaimes de cavalete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .174 Montagem, alteração, remoção e uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .174Plataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175 Registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .176 Registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .176 Revisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .176 Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .176 Transferência da plataforma de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .177 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .177 Coberturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .178 Acesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .178 Grades de proteção/isolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .178 Piso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .179 Trabalho em plataformas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .179 Riscos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .180

Page 12: MANUAL SOBRE

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Dispositivos de elevação de pessoas/gruas telescópicas com cesto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .181 Registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .181 Revisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182 Uso de dispositivos de elevação de pessoas . . . . . . . . . . . . . . . . . .183Aparelho de elevação de pessoas com cesto em guindaste . . . . . .184 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .185 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .185Elevação de pessoas com empilhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .186 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .186 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .187 Registo e notificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .187Equipamentos de acesso suspenso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 Registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 Inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .189 Trabalho a partir de equipamentos de suspensão . . . . . . . . . . . . .190Escadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .190 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .191 Escadas como vias de acesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .192Acesso e posicionamento por meio de cordas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193Acesso por meio de cordas (escalada profissional) . . . . . . . . . . . . . .194Acessórios de elevação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .195 Critérios de formação e certificados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .195 Inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .197 Registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .198 Notificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .198 Ensaio de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .199Gruas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .199 Vento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .199 Lingagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .200 Acessórios de lingagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .202 Suspensão combinada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .204Gruas-torre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .204

TÉCNICA

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Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .204 Via da grua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .205 Colisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .208Gruas móveis e outras gruas rolantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .209Elevação com garfos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .209 Certificado de condutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .210Equipamento de carregamento e transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .210Elevadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .211 Elevadores de estaleiro destinados à elevação de pessoas . . . .211 Controlo de montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .211 Inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .212 Inspeções e ensaios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .212 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .213 Monta-cargas de estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .213 Inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .213 Disposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .214 Elevador em diagonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .214Máquinas e ferramentas em geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .216 Aspetos gerais da proteção das máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .216 Aquisição de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .216 Obrigações do fornecedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .217 Instruções para uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .217 Obrigações do utilizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .219 Regras especiais para máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .220 Homologação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .220 Validade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .220 Inspeção das máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 Montagem das máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 Disposição das máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 Dispositivos de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .222 Protetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .223 Botões de operação e punhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .223 Posição do comando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .224 Dispositivo de paragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .224 Paragem de emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .224

TÉCNICA

Page 14: MANUAL SOBRE

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Comando à distância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .225 Dispositivo de botão homem-morto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .226 Comando com as duas mãos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .226 Travagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .227Máquinas para cimento e argamassa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .227 Betoneiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .227 Finalizador de betão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .228 Vibradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229Máquinas para madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 Máquinas fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 Serras circulares (fixas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .231 Máquinas de serra circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .232 Serra de corte transversal (máquina de serra circular) . . . . . . . . .233 Máquinas de aplainar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234 Dispositivo de alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234Máquinas para metal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .235 Serra circular para metal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .235 Máquinas de roscagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .235Ferramentas portáteis a motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .237 Motosserras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .238Ferramentas manuais elétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240 Inspeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240 Utilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240 Perfuradoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .240 Cortador de parede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .241 Máquinas de polir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .241 Afiadoras angulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .242 Serra sabre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .244 Serra circular de avanço manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .244 Máquinas de escatelar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .245Pistolas de pregos de combustão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .246Ferramentas orientadoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .249Remoção de papel de parede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .250Ferramentas e sistemas pneumáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .251 Reservatório para ar comprimido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .251

TÉCNICA

Page 15: MANUAL SOBRE

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Ferramentas pneumáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .251 Ferramentas pneumáticas rotativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .252 Martelos pneumáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .252 Britadeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .252 Tratamento a jato de areia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253 Decapagem a jato de água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .255 Corte com pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .256Cilindros de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .257 Latas de aerossol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .258

TÉCNICA

Page 16: MANUAL SOBRE

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Configuração do estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .261 Acesso ao local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .261 Isolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .262 Ordem e organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .263 Isolamento - queda de objetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .265Vias de acesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .266 Escadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .266 Escadas móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .266 Vias de circulação motorizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .267 Construções e base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .268 Vias de circulação de peões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .268 Vias de evacuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .269 Contentores de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .271Instalações na área dos contentores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .272 Veículo leve móvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .273 Trabalho nos estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .273 Conexão à rede de esgotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .274 Número e distância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .274 Trabalho de curta duração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .274 Exigências especiais - trabalhos com esgotos, amianto,

asfalto, chumbo, epóxi e poliuretano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276 Disposição dos contentores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .276 Refeitório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .276 Vestiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .276 Duche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .277 Sanitas e lavatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .277 Pernoitas em grandes projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .278Lugares de trabalho fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .280Trabalhos em telhados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .281 Telhados planos com menos de 15 graus de inclinação . . . . . . . .281 Telhados com mais 15 graus de inclinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . .282 Trabalhos nas empenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .284 Trabalhos em telhados existentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .285 Pontes para telhados de colmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .285Segurança contra quedas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .286

CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Page 17: MANUAL SOBRE

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Rede de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .286 Colocação da rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .287 Fachadas abertas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .288 Construções pré-fabricadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .289 Substituição de janelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .289 Substituição de varandas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .290 Portas de acesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .290 Postes de apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .291 Risco de queda a um nível inferior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .291 Normas para grades de proteção e barreiras de telhado . . . . . . .292 Normas para as grades de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .292 Cavidades nas pranchadas dos pavimentos e

desníveis nas vias de acesso, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294 Cavidades grandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .294 Aberturas menores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .295 Buracos pequenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .295 Claraboias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .295 Base não sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .296Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .296 Aspetos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .296 Iluminação não ofuscante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .297 Perigo de incêndio e perigo de acidentes com eletricidade . . . . .297 Iluminação de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .298 Iluminação de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .298 Medição e avaliação da iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .298Eletricidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .299 Aspetos gerais de instalações nos estaleiros . . . . . . . . . . . . . . . . .299 Transmissão da eletricidade para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . .299 Quadros de distribuição do estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .303 Aparelhos e ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .304Condutas de água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .306Resíduos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .307Medidas específicas para o inverno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .308

CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

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Trabalhos de escavação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .313 Avaliação escrita - plano de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .313 Gestão de emergências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .314 Segurança nos trabalhos de escavação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .314 Trabalhos de escavação e obras rodoviárias . . . . . . . . . . . . . . . . . .314 Trabalhos de escavação sem entivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .315 Trabalhos de escavação com entivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .316 Corte dos cabos aéreos ou subterrâneos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .319 Vias de acesso e de evacuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .320 Ensecadeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .320Condutas de gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .322Construção nas proximidades da água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .323 Trabalhos no mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .325 Colete de salvação e primeiros socorros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .326Obras em estradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .326 Plano de sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .328 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .329 Guardas de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .330 Sinalização luminosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .330 Trabalhos em estrada fixos e móveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .332 Vestimenta de trabalho com reflexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .334 Limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .335 Calçados de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .335Demolição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .336 Lista de verificação antes da demolição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .338 Poeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .339Reabilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .340Remoção de betão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .341Montagem de elementos pré-fabricados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .341 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .342 Reunião de início dos trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .342 Transporte e descarga de elementos pré-fabricados . . . . . . . . . .342 Seleção de grua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .344 Barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .344 Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .345

PROCESSOS DE TRABALHO

Page 19: MANUAL SOBRE

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Sustentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .346 Desmontagem da sustentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .347 Elementos pré-fabricados de fachadas e paredes . . . . . . . . . . . .347 Montagem de elementos pré-fabricados de

pavimentos/telhado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348Galerias, alçapões e similares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .348 Novas construções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .349 Construções existentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .349 Poeira, amianto, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .351Trabalhos em espaços fechados e poços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .352 Trabalhos em poços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .353 Arnês de içamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .354 Trabalhos em esgotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .355 Espaços fechados, condutas, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .356 Centrais de aquecimento urbano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .356Trabalho a quente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .357 Perigo de incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 358

Equipamento de combate a incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .359 Trabalho com fogo descoberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .360Soldadura e corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .361 Materiais com revestimento de superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .362 Fumos de soldadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .362 Ruídos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .362 Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .363 Luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .363 Proteção ocular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .363 Luz da soldadura/oftalmia dos soldadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . .364 Pomada oftálmica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .364 Perigo de incêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .364 Soldadura elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .364 Soldadura a gás/autógena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .365 Soldadura MIG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .366 Oxigénio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .367 Acetileno (gás) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .368 Brasagem e fundentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .368

PROCESSOS DE TRABALHO

Page 20: MANUAL SOBRE

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Aspetos gerais dos equipamentos de proteção individual . . . . . . . .373 O equipamento de proteção individual é o último recurso. . . . . .373 Critérios para os equipamentos de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . .374 Entrega, custo, manutenção e propriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . .374 Responsabilidade pelo equipamentos de proteção . . . . . . . . . . . .375 Instruções para uso e marcação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .376Capacetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .377 Escolha do capacete de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .377 Adaptação e manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .378 Vida útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .379Proteção auditiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .379 Critérios para utilização de proteção auditiva . . . . . . . . . . . . . . . . .379 Aspetos gerais da proteção auditiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .380 Tampões auriculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .381 Protetores auriculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .382Proteção ocular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .382Equipamentos de proteção respiratória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .384 Limitações da jornada de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .385 Equipamento de proteção respiratória filtrante . . . . . . . . . . . . . . .386 Equipamento de proteção respiratória com filtro de gás . . . . . . .387 Equipamento de proteção respiratória com fonte de ar . . . . . . . .389 Equipamento de proteção respiratória com

ventilação assistida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 390 Fator de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .390 Substituição do filtro de partículas (filtro de poeira) . . . . . . . . . . .391 Substituição do filtro de gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .391 Marcação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .392 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .393Proteção contra quedas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .393 Controlo e inspeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .394 Arneses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .395 Cintos de segurança/colete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .396 Cabos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .396 Linha de ancoragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .397 Talhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .397

Page 21: MANUAL SOBRE

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Amortecedores de queda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .397 Elemento de conexão - gato de mola, por exemplo . . . . . . . . . . . .398 Sinalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .398Vestuário de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .399Luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .400 Cuidados com a pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .401 Escolha das luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .401 Proteção contra as substâncias químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .401 Uso perigoso de luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .402Calçados de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .402

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Page 22: MANUAL SOBRE

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURAN-ÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho

LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO

A Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho contém normas com critérios de saúde e segurança no local de trabalho que devem ser observadas nas empresas e nos estaleiros. O objetivo é assegurar que a saúde e a segurança no local de trabalho sejam ade-quadas em todas as empresas e em todos os estaleiros.

A Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho consiste na lei em si, e numa série de regulamentos que detalham e precisam as regras contidas na lei.

As normas contidas na lei sobre saúde e segurança no local de traba-lho definem as metas em termos de medidas com relação a saúde e

segurança no local de trabalho, mas não tratam dos métodos ou meios que devem ser adotados para se atingir as metas. Assim, é res-ponsabilidade da empresa decidir sobre o que deve ser feito para que as normas sobre saúde e segurança no local de trabalho sejam obser-vadas.

Regulamentos

Os regulamentos contém uma descrição mais pormenorizada dos cri-térios relativos à saúde e segurança no local de trabalho. Por exem-plo, há um regulamento sobre o amianto, o regulamento do estaleiro, o regulamento sobre o ruído, o regulamento sobre a utilizacão de dis-positivos técnicos e um regulamento sobre a utilização de equipa-mento de proteção individual.

Saúde e segurança no local de trabalho

Regulamentos

Orientações

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho

Os empregadores, capatazes e empregados deverão observar a Le-gislação e os respetivos regulamentos sobre saúde e segurança no local de trabalho, independentemente de terem recebido ordens do Serviço de Inspeção do Trabalho nesse sentido. A não observância da legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho e dos respetivos regulamentos é considerada uma infração punível com multas ou prisão.

Orientações

Orientações do Serviço de Inspeção do TrabalhoOrientações, Recomendações e Comunicações do Serviço de Inspe-ção do Trabalho são publicadas com o objetivo de indicar de que for-ma as normas contidas na Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho deverão ser interpretadas e entendidas, e quais as práticas admitidas para a observação das normas. As orientações não contém critérios obrigatórios, mas servem como recomendação. A observação das orientações e métodos do Serviço de Inspeção do Trabalho significa que a legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho está a ser observada; no entanto, é permitido adotar ou-tros métodos que sejam igualmente idôneos.

No sítio do Serviço de Inspeção do Trabalho, www.at.dk, é possível encontrar a legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho, bem como as orientações e outros materiais informativos.

Orientações setoriaisAs Orientações setoriais descrevem as boas práticas e recomenda-ções concretas para as empresas no âmbito do setor específico. Os documentos foram formulados pelo Conselho de saúde e segurança no local de trabalho para o setor da construção civil ou por outros conselhos setoriais de saúde e segurança no local de trabalho e exa-minados pelo Serviço de Inspeção do Trabalho. A observação das re-comendações e orientações setoriais significa que a Legislação sobre

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Sistema de saúde e segurança no local de trabalho

a saúde e segurança no local de trabalho para o setor também está a ser observada, conforme descrito nas orientações.

Elas deverão nortear as opções de práticas sensatas no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho. As orientações setoriais no âmbito da construção civil estão disponíveis no sítio www.bar-ba.dk.

SISTEMA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO

São três os atores mais importantes quando se trata da formulação de novas regras e da interpretação da Legislação sobre saúde e segu-rança no local de trabalho e das normas vigentes. Na Legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho, são descritos como:

Ministério do Trabalho

Câmara de recurso em matéria de saúde e segu-rança no local de trabalho

Clínicas de medicina do trabalho

Centro nacional de investi-gação em matéria de saúde e segurança no local de trabalho

Conselho de saúde e segu-rança no local de trabalho

Conselho setorial de saúde e segurança no local de trabalho

Serviço de Inspeção do Trabalho

Empresa

Consultoria

Organização de saúde e segurança no trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Sistema de saúde e segurança no local de trabalho

● Autoridades (Ministério do Trabalho e Serviço de Inspeção do Traba-lho), que administram a legislação e vigilam por que as empresas cumpram a lei.

● Parceiros sociais (Conselho de saúde e segurança no local de traba-lho e os 11 conselhos setoriais no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho), compostos por representantes dos sindicatos e das organizações de direção e patronais. O sistema de parceiros sociais é acionado quando há alterações na legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho, e divulga as boas práticas no âm-bito da saúde e segurança no local de trabalho à direção das em-presas e aos empregados.

● Câmara de recurso em matéria de saúde e segurança no local de trabalho, que processa as queixas relativas às decisões do Serviço de Inspeção do Trabalho. A Câmara é independente. O Presidente é nomeado pelo Ministério do Trabalho, e os membros pertencem às organizações.

Além disso, outras instituições podem, consoante a legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho, apoiar as empresas na pre-venção de problemas no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho.

● A estrutura interna responsável pela saúde e segurança no local de trabalho é a unidade específica da empresa a quem a direção delega o trabalho preventivo no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho.

● As clínicas de medicina do trabalho e os setores específicos dos hospitais podem determinar se perturbações ou doenças estão re-lacionadas com o trabalho. As clínicas também podem, em colabo-ração com as empresas, trabalhar na prevenção de acidentes.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Serviço de Inspeção do Trabalho

● O O Centro Nacional de Investigação do Ambiente de Trabalho da Dinamarca, NFA, leva a cabo projetos de investigação e desenvolvi-mento que ajudam as autoridades, parceiros e empresas a investi-gar e identificar os problemas relacionados com a saúde e seguran-ça no local de trabalho e a desenvolver métodos para a sua prevenção.

● Consultores autorizados no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho, homologados pelo Serviço de Inspeção do Trabalho, podem apoiar as empresas na identificação e solução de proble-mas relacionados com a saúde e segurança no local de trabalho.

SERVIÇO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

O Serviço de Inspeção do Trabalho deverá cooperar na promoção de postos de trabalho seguros, saudáveis e inovadores. Em termos con-cretos, isso se dá através de:

● Controlo das empresas.

● Formulação de normas.

● Informação sobre saúde e segurança no local de trabalho.

O Serviço de Inspeção do Trabalho realiza visitas de inspeção para controlar se as empresas estão a cumprir a legislação no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho. No caso de incumprimento das normas, o Serviço do Ambiente de Trabalho oferece recomenda-ções e orientações às empresas para que possam observar as nor-mas.

A empresa não poderá negar o acesso do Serviço de Inspeção do Tra-balho aos locais de trabalho ou estaleiros.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Serviço de Inspeção do Trabalho

Os trabalhadores tem a possibilidade de se dirigir ao Serviço de Inspe-ção do Trabalho e apresentar queixas com relação à saúde e seguran-ça no local de trabalho, sem que isso chegue ao conhecimento dos superiores ou colegas. Os funcionários do Serviço de Inspeção do Tra-balho não revelam se a inspeção a uma empresa se deve a uma queixa específica.

Reações da Inspeção do trabalho

Quando o Serviço de Inspeção do Trabalho constata uma violação da legislação sobre o ambiente de trabalho, o Serviço pode emitir ordens com prazo para execução, ordens para execução imediata e interdi-ções. Caso se trate de uma infração menor das regras, o Serviço de Inspeção do Trabalho pode fazer recomendações verbais ou escritas.

As ordens com prazo para execução, as ordens para execução imedia-ta e as interdições são comunicadas pelo Serviço de Inspeção do Tra-balho por escrito. As recomendações poderão ser formuladas por es-crito ou oralmente. Essas medida poderão ocorrer com base no seguinte:

● As ordens com prazo para cumprimento são formuladas em casos de infrações que não podem ser retificadas na própria visita. As ordens são enviadas à empresa até 14 dias após a visita de inspe-ção. O problema deverá ser corrigido dentro do prazo estabelecido.

● As ordens para cumprimento imediato são formuladas em caso de infrações nas quais:

1. a dimensão do perigo exige ação imediata, embora não seja tão sério a ponto de justificar uma interdição.

2. o objetivo da decisão não se alcançará se as medidas não forem tomadas imediatamente.

3. diante do perigo, é preciso tomar medidas temporárias imedia-tamente até que se possam estabelecer medidas permanen-tes.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Serviço de Inspeção do Trabalho

4. uma ordem pode ser cumprida de forma imediata ou dentro de um prazo mais reduzido.

As ordens imediatas são formuladas com base numa decisão no pró-prio local.

A solução do problema deve ser posta em prática imediatamente.

● As interdições se aplicam em casos de infrações à legislação em que o perigo é iminente e de tal importância que não é possível continuar o trabalho até que o problema seja resolvido. A interdição é comunicada no próprio local.

● As recomendações são formuladas quando for necessário orientar a empresa sobre regras em vigor, como em casos de infrações me-nores da legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho. Não se trata de exigências diretas à empresa, mas sim de orienta-ções sobre as regras em determinada área.

A empresa que recebe uma ordem com prazo para execução, uma or-dem para execução imediata ou uma interdição deverá responder ao Serviço de Inspeção do Trabalho quanto à forma em que a ordem pre-tende ser cumprida; essa comunicação deverá ter a assinatura da or-ganização de saúde e segurança no local de trabalho.

O Serviço de Inspeção do Trabalho também poderá emitir o que se denomina ordem de consultoria. Isto significa que a empresa deverá recorrer a um consultor de saúde e segurança autorizado para obter ajuda na solução de problemas ou para reforçar o trabalho preventivo da empresa na área da saúde e segurança no local de trabalho.

O Serviço de Inspeção do Trabalho deverá sempre substanciar as suas ordens e interdições com base na legislação ou em regulamentos so-bre a saúde e segurança no local de trabalho.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Serviço de Inspeção do Trabalho

As empresas que pretendem recorrer de uma ordem do Serviço de Ins-peção do Trabalho deverão enviar a queixa à Câmara de recurso em ma-téria de saúde e segurança no local de trabalho o mais tardar 4 sema-nas após o recebimento da decisão do Serviço de Inspeção do Trabalho.

Auditoria específica

Todas as empresas deverão ser analisadas pelo Serviço de Inspeção do Trabalho, a menos que tenham certificação no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho ou que não possuam empregados na empresa.

A auditoria consiste numa visita não anunciada de um inspetor do tra-balho que deverá avaliar se há necessidade de uma supervisão mais aprofundada.

O Serviço de Inspeção do Trabalho examina, entre outras coisas, a Ava-liação do Local de Trabalho e a organização de saúde e segurança; tam-bém inspeciona as oficinas da empresa, os escritórios, armazéns, auto-móveis e 1-2 estaleiros onde trabalham os empregados da empresa.

Se a saúde e segurança no local de trabalho da empresa forem consi-deradas satisfatórias, o Serviço de Inspeção do Trabalho não toma outras providências até a seguinte auditoria.

Caso a empresa viole as regras relativas às condições formais do am-biente de trabalho, o Serviço de Inspeção do Trabalho poderá emitir uma ordem sem um controlo posterior. Isso pode ocorrer caso a Ava-liação do Local de Trabalho ou a organização de saúde e segurança no local de trabalho da empresa não estejam em conformidade com as normas. A empresa deverá comunicar ao Serviço de Inspeção do Tra-balho quando as condições tiverem sido retificadas. O Serviço de Ins-peção do Trabalho não realiza o controlo específico quando as demais condições relativas à saúde e segurança no local de trabalho estive-rem em ordem.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Serviço de Inspeção do Trabalho

Ca auditoria também pode ocorrer se houver uma suspeita fundada de tais infrações de condições materiais de saúde e segurança no lo-cal de trabalho. Uma situação concreta no âmbito da saúde e segu-rança no local de trabalho pode ser a violação dos limites de ruído, ou a falta de um andaime ou meios técnicos adequados.

Nos controlos específicos, o Serviço de Inspeção do Trabalho realiza um exame pormenorizado da empresa.

Ordem de consultoria

O Serviço de Inspeção do Trabalho pode emitir uma ordem para que o empregador solicite a ajuda de um consultor autorizado na área de saúde e segurança para solucionar os problemas identificados na em-presa ou no estaleiro. O acordo entre o construtor ou a empresa e o consultor deverá ser celebrado por escrito e deve conter uma descri-ção de como a ordem deverá ser cumprida.

O Serviço de Inspeção do Trabalho deverá receber comunicação sobre o acordo até seis semanas após a emissão da ordem.

A comunicação da empresa sobre o acordo celebrado com um consul-tor autorizado na área da saúde e segurança no local de trabalho e sobre as soluções encontradas deverá ser assinada pela organização de saúde e segurança no local de trabalho e o consultor autorizado.

Caso a empresa não possua uma organização dedicada à saúde e se-gurança no local de trabalho, a comunicação deverá ser assinada por um representante dos trabalhadores.

Casa o ordem de consultoria tenha sido emitida a um construtor, o acordo não requer a assinatura da organização de saúde e segurança no local de trabalho.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

O Serviço de Inspeção do Trabalho, os dirigentes da empresa e os em-pregados deverão ter a oportunidade de examinar o acordo.

Cinco tipos de ordens de consultoriaO Serviço de Inspeção do Trabalho emite quatro tipos de ordens de consultoria aos empregadores:

● Em casos de violações complexas e sérias, onde pode ser difícil identificar uma solução permanente do problema associado à saú-de e segurança no local de trabalho.

● Nas situações em que a empresa viola as regras relacionadas à saú-de e segurança no local de trabalho em pelo menos cinco pontos.

● Nos casos de reincidência das infrações, onde há 15 ou mais viola-ções das regras relacionadas à saúde e segurança no local de tra-balho dentro da mesma unidade de produção (caso típico de em-presas de maior porte).

● Quando o Serviço de Inspeção do Trabalho considera que o ambien-te de trabalho psíquico da empresa requer uma avaliação.

Existe um tipo de ordem de consultoria que pode ser formulada aos construtores:

● Quando o Serviço de Inspeção do Trabalho avalia que o construtor não cumpre as suas responsabilidades de execução do "Plano de Saúde e Segurança", ou quando há deficiências significativas no plano.

As empresas que pretendem recorrer de uma ordem de consultoria do Serviço de Inspeção do Trabalho deverão enviar a queixa à Câmara de recurso em matéria de saúde e segurança no local de trabalho o mais tardar 4 semanas após o recebimento da decisão do Serviço de Inspeção do Trabalho.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Sistema "Smiley"

Uma vez completada a visita de auditoria ou o controlo do Serviço de Inspeção do Trabalho, a empresa recebe um "smiley" verde, amarelo ou vermelho. O "smiley" é publicado no sítio Internet do Serviço de Inspeção do Trabalho juntamente com informações sobre eventuais ordens emitidas à empresa.

● A empresa que consegue obter um certificado reconhecido de saúde e segurança no local de trabalho recebe um "smiley coroado". É atribuição da empresa solicitar a publi-cação do "smiley coroado" no sítio Internet do Serviço de Inspeção do Trabalho.

● O "smiley" verde é conferido a empresas que não possuem pendências com a Autoridade de Inspeção do Trabalho.

● O "smiley" amarelo é conferido a empresas que receberam

uma ordem de execução imediata ou uma ordem com prazo para execução. Quando o Serviço de Inspeção do Trabalho receber a comunicação de que a empresa cumpriu a ordem, o "smiley" amarelo é retirado do sítio da Internet. Mas isso ocorre seis meses mais tarde. A comunicação ao Serviço de Inspeção do Trabalho deve ser assinada pela organização de saúde e segurança no local de trabalho ou por um repre-sentante dos empregados, quando não houver não exigên-cia de tal organização na empresa.

● O "smiley" vermelho é atribuído à empresa que tiver recebi-do uma interdição ou uma ordem de consultoria - exceto em casos de ordem de consultoria para avaliação do am-biente psíquico de trabalho.

O Serviço de Inspeção do Trabalho retira o "smiley" vermelho quando a empresa volta a observar as regras e quando tiver informado o Ser-viço de Inspeção do Trabalho a respeito. Mas isso só ocorre seis me-

Serviço de Inspeção do Trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

ses mais tarde. A comunicação ao Serviço de Inspeção do Trabalho deve ser assinada pela organização de saúde e segurança no local de trabalho ou por um representante dos empregados, quando não hou-ver não exigência de tal organização na empresa. O consultor de am-biente de trabalho autorizado também deverá assinar a comunicação quando se tratar de uma ordem de consultoria.

DEVERES E RESPONSABILIDADES ASSOCIADOS À SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO

Empregador

É responsabilidade do empregador velar por que a empresa observe a legislação sobre a saúde e segurança no local de trabalho. Em geral, a legislação sobre a saúde e segurança no local de trabalho atribui total responsabilidade ao empregador pelo planeamento, coordenação e execução dos trabalhos relacionados com a saúde e segurança.

As responsabilidades do empregador incluem:

● organizar o local de trabalho de forma adequada, tomando medidas como a prevenção de acidentes por quedas e medidas contra o desmoronamento,

● formar e instruir os trabalhadores para que possam realizar o seu trabalho sem exposição a riscos,

● realizar uma supervisão eficaz que garanta que os empregados rea-lizem o seu trabalho de forma responsável e de acordo com as ins-truções,

● disponibilizar os equipamentos de segurança necessários e assegu-rar que os empregados os utilizem nos trabalhos correspondentes,

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

● assegurar a realização do trabalho segundo a legislação e com o equipamento de proteção individual,

● assegurar que a empresa formule as avaliações do local de traba-lho por escrito,

● assegurar que a empresa crie uma organização de saúde e segu-rança no local de trabalho quando houver mais de 10 trabalhadores na empresa,

● assegurar que a empresa crie uma organização de saúde e segu-rança no local de trabalho (delegado de segurança, um capataz e o empregador) nos estaleiros e outros locais de trabalho temporários ou móveis fora do local de trabalho permanente da empresa, quan-do houver 5 empregados que trabalhem no local durante mais de 14 dias.

O empregador poderá ser punido quando a empresa não executa as or-dens dentro do prazo determinado, as ordens de execução imediata ou a interdição ou quando, a empresa cometer infrações graves da legislação sobre a saúde e segurança no local de trabalho. Isto pode ser, por exem-plo, o trabalho realizado em escavações perigosas, com andaimes em más condições, quando há perigo de desmoronamento nos trabalhos em telhados ou quando não houver suficiente proteção nas máquinas.

Dirigente da empresa

O diretor ou outro responsável geral tem as mesmas responsabilida-des atribuídas ao empregador.

Capataz

Um capataz é alguém que tem a supervisão geral ou que realiza o controlo do trabalho realizado no local de trabalho. O mesmo se aplica quando o indivíduo realiza, simultaneamente, trabalhos práticos.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

O capataz é responsável por assegurar que as condições de trabalho no tocante à saúde e segurança sejam atendidas na sua totalidade. Também é responsável pela prevenção de perigos que possam derivar de falhas ou insuficiências.

O capataz deverá comunicar o empregador imediatamente quando os problemas relacionados com a saúde e segurança no local de traba-lho não possam ser solucionados imediatamente.

Trabalhadores

Os trabalhadores são corresponsáveis por assegurar um ambiente de trabalho saudável. Os trabalhadores devem assegurar que:

● as condições de trabalho na sua área específica de trabalho sejam satisfatórias do ponto de vista da saúde e segurança,

● as medidas de segurança funcionem adequadamente; por exem-plo, a utilização de equipamento de proteção individual que foi en-tregue,

● os dispositivos de segurança que tenham sido eliminados proviso-riamente sejam instalados novamente; por exemplo, no caso de remoção das grades de proteção para acomodar materiais sobre um andaime,

● se informe a organização de saúde e segurança no local de traba-lho, o capataz ou o empregador sobre a ocorrência de falhas ou in-suficiências que não possam ser sanadas pelo trabalhador ou por seus colegas,

● haja colaboração com outras empresas e empregados nos locais de trabalho (em estaleiros, por exemplo), onde várias empresas reali-zam trabalhos simultaneamente,

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

● as regras vigentes no âmbito da segurança e saúde sejam observa-das ao trabalhar em áreas de outras empresas.

O empregado poderá ser punido caso cometa uma infração intencio-nalmente ou por negligência. Isto se aplica para as seguintes áreas:

● Uso de equipamento de proteção individual.

● Uso de medidas de exaustão.

● Uso de equipamento de proteção ou medidas de segurança.

● Uso de métodos de trabalho idôneos.

● Falta de certificados para operação de gruas ou empilhadores.

O empregador pode, nesses casos, eximir-se da multa quando tiver cumprido as suas atribuições conforme dispostas na legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho.

Fornecedor

O vendedor ou locador de máquinas ou de outros meios técnicos ou o vendedor de produtos químicos ou outras substâncias ou materiais tem a responsabilidade de assegurar que o produto entregue possa ser transportado, conservado e utilizado sem riscos à saúde e à segurança.

As responsabilidades do fornecedor incluem assegurar que:

● as máquinas possuam os dispositivos de segurança exigidos e a marcação CE,

● o equipamento seja acompanhado de instruções para uso claras, em dinamarquês, que expliquem como os dispositivos devem ser montados, utilizados e conservados,

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

● os meios técnicos entregues (andaimes, por exemplo) atendam as normas legais e sejam adequados ao trabalho para que foram soli-citados,

● os produtos químicos e outras substâncias e materiais possam ser utilizados conforme o pretendido, sem apresentar riscos à segu-rança ou à saúde, e que sejam acompanhados de instruções para uso em dinamarquês.

Responsável pelo projeto e consultores

Na sua descrição do projeto, o projetista de uma obra de construção civil deverá assegurar que as regras contidas na legislação sobre saú-de e segurança no local de trabalho possam ser observadas durante a realização do projeto e no funcionamento e manutenção da cons-trução finalizada.

As responsabilidades do projetista e do consultor incluem:

● assegurar que também será possível observar as regras de saúde e segurança no local de trabalho quando a construção estiver fina-lizada e deva receber manutenção; também deverá ser mantido um registo dessas atividades.

● assegurar na sua descrição que o empreiteiro possa realizar as obras específicas numa sequência que garanta a sua consecução de forma segura. Deve-se levar em consideração o tempo que de-verá ser dedicado à finalização de cada trabalho ou fase da obra.

● as descrições do projeto devem garantir que os meios técnicos adequados possam ser utilizados no manuseio de cargas pesadas durante a execução do projeto e nas subsequentes atividades de manutenção.

● descrever os riscos específicos e outras condições especiais relacio-

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

nadas com o projeto de construção civil que possam ter impacto na saúde e segurança dos trabalhadores e operários especializados.

● assegurar que o projeto não inclua substâncias ou materiais que podem ser substituídos por substâncias e materiais menos perigo-sos.

● informar o construtor sobre as suas responsabilidades no que diz respeito à legislação de saúde e segurança no local de trabalho no projeto específico; por exemplo:

• se mais de uma empresa deverá operar simultaneamente no es-taleiro,

• se é esperado que um número superior a 10 pessoas trabalhem simultaneamente no estaleiro,

• que estudos de avaliação devem ser realizados; por exemplo: contaminação do solo e amianto.

● assegurar que os coordenadores de saúde e segurança do constru-tor sejam chamados a participar das considerações em torno do projeto de construção e que tenham acesso a aspetos relevantes do material do projeto.

Construtor

O construtor é o indivíduo que paga pela realização dos trabalhos de construção civil.

A legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho descreve um projeto de construção civil como sendo:

● Obras realizadas para a construção ou modificação de edifícios e construções, incluindo trabalhos de montagem.

● Construção ou modificação de estradas, túneis, pontes, portos e instalações similares.

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

● Trabalhos de escavação e de terraplenagem associados a projetos de construção civil.

● Assentamento de tubagens e cabos.

● Consertos e manutenção de projetos de construção civil.

● Demolição e desmontagem total ou parcial de projetos de constru-ção civil.

O construtor deverá esclarecer desde a fase inicial da formulação do projeto de construção civil se haverá mais de uma empresa dedicada à fase de construção a trabalhar simultaneamente. Se esse for o caso, o construtor também é responsável por assegurar que:

● Haja uma delimitação das medidas de segurança nas áreas co-muns, onde os empregados de várias empresas realizem trabalhos ou circulem.

● Haja coordenação em termos de saúde e segurança, tanto a fase do projeto quanto na fase de execução.

● Seja redigido um plano de saúde e segurança quando houver mais de 10 trabalhadores ativos simultaneamente.

● O estaleiro comunique à Autoridade do Ambiente de Trabalho se os trabalhos de construção tiverem uma determinada dimensão e/ou escopo.

O construtor também é responsável por garantir que as empresas e os seus empregados possam realizar os trabalhos no estaleiro de for-ma aceitável do ponto de vista da saúde e segurança.

No caso de trabalhos simultâneos de mais de uma empresa no esta-leiro, o construtor deverá nomear um coordenador para a fase do pro-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

jeto - o coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (P) - e um coordenador para a fase de execução - um coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (B). As duas atribuições poderão ser confiadas à mesma pessoa.

O(s) coordenador(e) do construtor deve(m) satisfazer os critérios de competências e de formação associados aos coordenadores, depen-dendo da dimensão do estaleiro.

Caso o próprio construtor ou pessoas da sua empresa não estiverem interessados na coordenação ou não satisfizerem os critérios estabe-lecidos para atuar como coordenador, o construtor poderá permitir que outras pessoas ou empresas assumam tais tarefas. O construtor não poderá, no entanto, transferir a responsabilidade por tais ativida-des. O Serviço de Inspeção do Trabalho reagirá diretamente ao cons-trutor quando constate infrações de uma ou mais regras pertinentes ao construtor.

Delimitação das medidas de segurança em áreas comuns

Áreas comuns são todas as áreas do estaleiro onde os trabalhos são realizados por várias empresas simultaneamente.

Quando os trabalhos no estaleiro devam ser realizados por mais de uma empresa simultaneamente, o construtor deverá acordar com os empregadores sobre quem deve ser responsável pela montagem, ma-nutenção e remoção dos andaimes, grades de proteção, coberturas, etc. nos telhados, e pela instalação de iluminação nas áreas comuns. Isso inclui também a responsabilidade pela remoção da neve, limpeza e outros controlos.

Quando houver mais de 10 trabalhadores em ação no estaleiro simul-taneamente, os acordos deverão ser incluídos no Plano de Saúde e Segurança do estaleiro.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Se, durante os trabalhos, forem constatadas outras áreas comuns, para além do que havia sido planeado, ou se ocorrer, por exemplo, uma substituição da empresa que tinha a responsabilidade pelas áreas comuns, deverá ser formulada uma nova delimitação, com no-vos acordos com cada um dos empregadores.

Alguns exemplos de áreas comuns:

● Áreas de trabalho onde várias empresas realizam tarefas simulta-neamente.

● Vias de circulação e de acesso.

● Contentores de apoio.

● Pátios de materiais.

● Áreas de resíduos.

● Passadiços.

● Andaimes.

● Painéis e sinalização.

● Iluminação de orientação.

● Eletricidade para o estaleiro com quadros e quadros adicionais de distribuição, bem como fornecimento de água para o estaleiro e para a área dos contentores de apoio.

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Notificação do estaleiro ao Serviço de Inspeção do Trabalho

Antes que os trabalhos sejam iniciados, o construtor deverá notificar a existência do estaleiro ao centro do Serviço de Inspeção do Trabalho mais próximo. Isto, no entanto, somente é necessário nos casos em que o estaleiro deva funcionar mais de 30 dias e tenha mais de 20 trabalhadores a operar simultaneamente. A notificação do estaleiro também deverá ser feita quando o volume de trabalho no estaleiro superar 500 homens-dias.

O construtor deverá notificar a existência do estaleiro através de um formulário específico em forma eletrónica ou em papel. A notificação pode ser obtida nos sítios www.at.dk e www.virk.dk. Uma cópia da notificação deverá ser afixada em lugar visível no estaleiro, para que todos possam ter conhecimento de que o estaleiro foi devidamente notificado.

Notificação ao município

O construtor deverá notificar o município sobre os diferentes traba-lhos de construção antes do início dos trabalhos.

Exemplos de trabalhos que requerem a notificação:

● Renovação de fachadas, como tratamento a jato de areia.

● Tratamentos superficiais de estruturas independentes.

● Demolição de edificações e outras atividades que produzem ruídos e poeira.

● Trabalhos de asfaltagem.

● Tratamento de solo contaminado.

● Trituração de materiais de construção.

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Coordenação durante a fase do projeto

O construtor deverá assegurar a nomeação de um coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (P) quando haja mais de 1 em-pregador a realizar trabalhos no mesmo estaleiro simultaneamente.

O coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (P) deverá, em nome do construtor, preparar um Plano de Saúde e Segurança (PSS), quando se espera que, a qualquer momento durante a fase da construção, haja mais de 10 pessoas a trabalhar simultaneamente.

O construtor tem a responsabilidade de promover a cooperação entre os projetistas e o coordenador de saúde e segurança no local de tra-balho (P). A coordenação deverá assegurar que os materiais do proje-to levem em conta a segurança e a saúde na fase da construção e na fase de serviços e manutenção da construção finalizada.

O projetista, no entanto, detém a total responsabilidade por que todo o material do projeto seja elaborado de tal forma a atender a legisla-ção sobre saúde e segurança no local de trabalho.

O coordenador formula, em nome do construtor, um Plano de Segu-rança e Saúde (PSS) e um registo das condições de trabalho, reparos e manutenção da construção finalizada. A coordenação deverá garan-tir que, entre outras coisas:

● o projeto de construção preveja tempo suficiente para a realização dos diferentes trabalhos ou fases de trabalho,

● haja um planeamento adequado da sequência ideal dos diferentes trabalhos de construção do ponto de vista das soluções arquitetó-nicas, técnicas e organizacionais selecionadas,

● os diferentes processos de trabalho possam ser realizados com a uti-lização de dispositivos técnicos e posturas de trabalho adequados e

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

● que haja as descrições necessárias sobre as vias de circulação e passadiços no estaleiro, independentemente das condições me-teorológicas, incluindo drenagem e remoção de neve.

Um exemplo de opção técnica pode ser a decisão de completar a construção do telhado antes da montagem do revestimento das pa-redes. A determinação de quais as vias de acesso e meios técnicos que serão necessários no estaleiro em determinado momento é algo que exige planeamento e acordo.

Um exemplo de opção do ponto de vista da organização pode ser a opção do construtor no âmbito do tipo de empreitada (total, principal ou especializada) ou do tipo de organização de saúde e segurança no projeto. O construtor pode, por exemplo, assumir a realização de to-das as tarefas de coordenação das áreas comuns. Pode, também, atribuir tais tarefas a um consultor de construção ou ao projetista.

Registo das condições operacionais da construção

O coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (P) deverá, sempre que relevante, preparar um registo contendo as condições de trabalho especiais exigidas nas reparações e manutenção da cons-trução finalizada.

O projetista deverá formular uma lista semelhante. O registo e a lista devem compor o mesmo documento.

Coordenação nos estaleiros, independentemente da dimensão

O construtor deverá assegurar a nomeação de um coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (P) quando haja mais de 1 em-pregador a realizar trabalhos no mesmo estaleiro simultaneamente.

O coordenador de saúde e segurança no local de trabalho deverá as-segurar que haja uma coordenação e um planeamento conjunto das

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

condições de saúde e segurança para todas as empresas contrata-das para trabalhar no estaleiro, incluindo as condições especiais que se aplicam ao trabalho e circulação nas áreas comuns. O coordenador deverá também coordenar:

● A cooperação entre as diferentes empresas no âmbito dos traba-lhos de saúde e segurança no estaleiro. Isso também se aplica às empresas que se sucedem no estaleiro.

● A adoção pelas empresas do plano de saúde e segurança (PSS), quando houver necessidade de tal plano.

● O controlo das empresas no tocante à realização dos processos de trabalho de acordo com a regulamentação.

O coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (B) deverá tam-bém coordenar o controlo das empresas no âmbito da realização dos pro-cessos de trabalho de acordo com as diretrizes, em áreas tais como: 1. Ordem e limpeza no estaleiro.2. Acesso adequado aos locais de trabalho.3. Manuseio dos vários materiais de construção. Por exemplo, gruas

em áreas de trabalho onde há circulação de pessoas.4. Realização, pela empresa, da manutenção da cablagem elétrica e

de outras instalações no estaleiro, e realização de controlo antes de sua operação e de forma periódica depois da entrada em operação.

5. Delimitação e organização, pela empresa, dos armazéns e outras instalações de armazenamento de materiais, principalmente quando se trata de substâncias ou produtos perigosos.

6. Resíduos perigosos.7. Depósito e remoção de entulho8. Cumprimento, pela empresa, do prazo estabelecido para cumpri-

mento dos vários trabalhos ou fases de trabalhos, à medida que o trabalho do estaleiro avança.

9. Cooperação entre empregadores e trabalhadores independentes.10. Interação das atividades que decorrem no estaleiro ou nas suas

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

de acidentes ou envenenamento.

● Lidera as reuniões de segurança ou é responsável pelo envio das atas aos participantes da reunião, ao construtor, a todos os capa-tazes, às empresas envolvidas, aos membros das organizações de saúde e segurança e a eventuais representantes sindicais.

O Coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (B) deverá, através de contato pessoal e presença física no estaleiro, controlar se os acordos entre o construtor e os empregadores estão a ser ob-servados, e se a cooperação no âmbito da segurança nas áreas co-muns está a funcionar. O coordenador também deverá controlar se os empregadores e ou-tros observam as decisões tomadas nas reuniões de segurança.

Os empregadores no estaleiro deverão levar em conta as recomenda-ções do coordenador de saúde e segurança. Por exemplo, se o empre-gador utilizar máquinas que produzem ruído em uma área comum, o coordenador poderá pedir que utilize máquinas que produzam menos ruído para reduzir o nível de ruído. O empregador também pode optar por outro método para reduzir o ruído. Assim, não é necessário que siga o método recomendado pelo coordenador. Esses riscos especiais deverão ser tratados constantemente nas reuniões de segurança, de forma que os trabalhos que produzem ruído ou poeira possam ser pla-neados e organizados de forma que outras pessoas no estaleiro não estejam submetidas a efeitos desnecessários ou nocivos à saúde.

O coordenador de saúde e segurança no local de trabalho (B) deverá as-segurar e controlar que apenas as empresas e as pessoas que têm tare-fas no estaleiro, de acordo com o calendário, tenham acesso ao estaleiro.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

Plano de Saúde e Segurança (PSS)

O Plano de Saúde e Segurança (PSS) deverá assegurar que todas as pessoas no estaleiros desfrutem de um ambiente de trabalho saudá-vel. O Plano também pode ser uma excelente ferramenta de controlo para a direção do projeto de construção.

O construtor deverão sempre formular um PSS quando houver mais de 10 pessoas simultaneamente no estaleiro, de mais de um empre-sa.

Quando houver várias empresas no local, com menos de 10 trabalha-dores simultaneamente, bastará que o construtor prepare um PSS para o trabalho perigoso. O coordenador de saúde e segurança no lo-cal de trabalho do construtor deverá trabalhar para que todos os em-pregadores cooperem no sentido de promover um ambiente de traba-lhos saudável.

O PSS deverá estar finalizado antes que o estaleiro inicie as suas ati-vidades. O construtor é responsável pela permanente atualização do PSS, á medida que o trabalho no estaleiro avança. Isso se aplica prin-cipalmente ao plano de organização, os desenhos do estaleiro e o ca-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

lendário. Todos no estaleiro deverão ter a possibilidade de examinar o PSS, que deverá estar disponível no estaleiro a todo momento.

O PSS deverá conter:1. um plano de organização,2. os desenhos do estaleiro,3. um calendário,4. uma indicação das áreas de circulação, 5. uma indicação das áreas onde serão realizados trabalhos por vá-

rios empregadores e seus empregados,6. uma indicação das medidas de segurança comuns estabelecidas

para as áreas em comum,7. uma delimitação das áreas onde os trabalhos acarretem riscos es-

peciais,8. um procedimento para controlo permanente das instalações, me-

didas e segurança e eventuais riscos especiais, etc.,9. uma indicação de quem deverá assumir um possível controlo per-

manente e a coordenação dos planos de emergência, evacuação e exercícios,

10. medidas específicas relativas a possíveis trabalhos especialmen-te perigosos.

O plano de organização deverá conter, no mínimo, uma visão geral de todas as empresa envolvidas no estaleiro, com informações relevan-tes sobre os contatos/supervisor responsável, e uma visão geral da sua organização interna de saúde e segurança no estaleiro.

O diagrama do estaleiro deverá indicar quais os riscos e onde se en-contram na área, incluindo a localização de:1. vias de acesso, transporte e de evacuação, 2. gruas, elevadores e andaimes, 3. espaço designado para depósito de materiais, oficinas temporá-

rias e contentores de resíduos, 4. espaço designado para medidas de bem-estar, 5. ligação à rede de eletricidade, água e esgotos e

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

6. equipamentos de alarme, combate a incêndio, salvamento e pri-meiros socorros.

O calendário deverá indicar:1. quando cada empregador tem tarefas de trabalho no estaleiro e

quanto tempo deve estar reservado para cada trabalhador ou fase de trabalho,

2. em que períodos devem ser realizados os trabalhos especialmente perigosos (consulte a lista de trabalhos especialmente perigosos).

Áreas comuns e delimitaçãoDeverá haver uma descrição da localização das áreas comuns. A deli-mitação da responsabilidade pelas medidas de segurança nas áreas comuns deverá estar descrita.

Deverá haver uma indicação das medidas de segurança comuns. Por exemplo, a formulação de uma lista contendo cada uma das me-didas no período em que a responsabilidade é vigente, e qual a empre-sa que detém a responsabilidade.

Em todos os estaleiros onde mais de uma empresa trabalhem simul-taneamente - também naqueles estaleiros com menos de 10 traba-lhadores simultaneamente - deverá ser formulado um PSS para os trabalhos incluídos na lista de trabalhos especialmente perigosos.

Lista dos trabalhos especialmente perigosos

Riscos de acidentesTrabalhos nos quais os trabalhadores estão expostos a riscos espe-cialmente sérios de soterramento, afogamento ou quedas.

Substâncias químicasTrabalhos que expõem os trabalhadores a substâncias químicas ou biológicas que representam um risco sério à segurança e à saúde, ou que exigem, por lei, um controlo de saúde.

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

RadiaçãoTrabalhos que expõem os trabalhadores à radiação ionizante, e que requerem a designação de um local controlado e vigiado, consoante a definição do art. 20 da Diretiva Euratom 80/836 da UE.

Outros● Trabalhos nas proximidades de cabos de alta tensão.

● Trabalhos que implicam perigo de afogamento.

● Trabalhos em poços e túneis e trabalhos subterrâneos.

● Trabalhos subaquáticos com equipamento de mergulho.

● Trabalhos em câmaras de pressão.

● Trabalhos que implicam utilização de explosivos.

● Montagem e desmontagem de elementos pré-fabricados pesados.

Também é útil preparar um PSS para trabalhos nas proximidades de áreas de tráfico intenso (estradas e caminhos de ferro).

Para orientações relativas ao PSS, consulte o sítio www.bar-ba.dk

CONSULTORIA EM AMBIENTE DE TRABALHO

O Serviço de Inspeção do Trabalho poderá, em casos especiais, exigir que uma empresa utilize um consultor de ambiente de trabalho autorizado.

● Consultar a organização de saúde e segurança no local de trabalho tanto na seleção do consultor quanto no próprio processo ao lado do consultor.

Consultoria em ambiente de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

● Seleção do consultor ideal. Alguns consultores autorizados para atuar em determinadas áreas apenas, enquanto outros são autori-zados apenas para fornecer orientações sobre saúde e segurança no local de trabalho em todas as áreas.

Também é possível obter apoio em outras fontes. Por exemplo:

● Consultoria para aquisição de máquinas e ferramentas.

● Consultoria para substituição de substâncias perigosas por outras menos perigosas.

● Fornecedores de meios técnicos.

ORGANIZAÇÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO NA EMPRESA

Todas as empresas devem possuir uma organização de saúde e segu-rança.

Todas as empresas com mais de 10 empregados deverão constituir uma organização de saúde e segurança.

A organização de saúde e segurança deverá ter um representante tanto dos trabalhadores quanto da direção.

Nas empresas com uma organização de saúde e segurança, deve ha-ver um debate anual sobre como deve ser a cooperação em termos de saúde e segurança e sobre os planos na área de saúde e seguran-ça para o ano seguinte.

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

Composição da organização de saúde e segurança

O número de membros e de equipas de saúde e segurança no interior da organização de saúde e segurança da empresa deverá ser determi-nado através de consenso entre trabalhadores e a direção, com base no princípio da subsidiariedade. O número de representantes de tra-balhadores deverá ser pelo menos o mesmo que o número de repre-sentantes do empregador na organização de saúde e segurança.

Os diretores membros da organização de saúde e segurança deverão ter os conhecimentos necessários sobre a produção e sobre as dife-rentes áreas de atividade da empresa.

Os trabalhadores deverão ter assegurada a possibilidade de entrar em contato com os seus delegados durante o horário de trabalho, e de discutir as condições de saúde e segurança também dentro do seu horário de trabalho.

Todos os trabalhadores - incluindo os trabalhadores a tempo parcial- que não sejam diretores ou capatazes são incluídos no cálculo de em-pregados. Também devem ser incluídos todos que trabalham a tempo total ou parcial nos estaleiros ou outros locais móveis/temporários fora da sede permanente da empresa.

Pessoas que tenham sido contratadas para trabalhar em determina-do estaleiro, e que apenas realizam trabalhos nesse respetivo local, normalmente não são incluídos na contagem de trabalhadores da sede. Caso essas pessoas passem a trabalhar em outro estaleiro, de-verão ser incluídas nos cálculos a partir desse momento.

Trabalhos de saúde e segurança nas empresas com 1 a 9 empregados

Não é obrigatória a criação de uma organização de saúde e segurança em empresas com 1 a 9 empregados. O empregador, no entanto, de-verá assegurar que a cooperação em matéria de saúde e segurança ocorra através do contato direto e do diálogo entre o empregador, os

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

capatazes e os demais trabalhadores.

As empresas que não contam com uma organização de saúde e segu-rança devem realizar um debate anual sobre o funcionamento da cooperação em termos de saúde e segurança e sobre os planos na área de saúde e segurança para o ano seguinte. Também deverá ser avaliado o conhecimento específico necessário na âmbito da saúde e segurança dentro da empresa.

Em empresas que não contam com uma organização de saúde e se-gurança, o empregador deverá assegurar que os trabalhadores rece-bam as informações necessárias sobre saúde e segurança. Os traba-lhadores também devem ser chamados a participar no planeamento e na introdução de novas tecnologias e na consideração das conse-quências para a saúde e segurança da escolha de equipamento, equi-pamento de proteção pessoal e meios técnicos, etc.

Nos estaleiros, no entanto, é obrigatório criar uma organização de saúde e segurança quando houver mais de 5 pessoas empregadas pela mesma empresa durante um período superior a 14 dias.

Organização de saúde e segurança nas empresas com 10 a 34 empregados

Em empresas com 10 a 34 empregados, deve-se criar uma organiza-ção de saúde e segurança composta de supervisores e delegados de saúde e segurança eleitos e com o empregador ou chefe da empresa como presidente. A organização de saúde e segurança deverá velar tanto pelas tarefas estratégicas - gerais - e pelas tarefas operacionais - diárias.

A organização de saúde e segurança nas empresas com mais de 35 empregados

Nas empresas com mais de 35 empregados, deverá haver uma organi-zação de saúde e segurança composta por:

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

● um ou mais grupos de saúde e segurança e

● um ou mais comités de saúde e segurança.

O grupo de saúde e segurança é composto por 1 capataz e 1 delega-do de saúde e segurança.

A equipa de saúde e segurança é composta por capatazes e delega-dos de saúde e segurança de um ou vários grupos de saúde e segu-rança com o empregador ou diretor da empresa como presidente.

Equipa de saúde e segurança da empresa

A equipa de saúde e segurança da empresa é composta pelos mem-bros dos grupos de saúde e segurança. Quando existam mais de 2 grupos de saúde e segurança, os de saúde e segurança elegem entre si 2 membros, e os diretores dos grupos de saúde e segurança elegem entre si 2 representantes para o comité de saúde e segurança. A pre-sidência é ocupada pelo delegados ou pelo diretor da empresa.

Os membros do comité de saúde e segurança e os seus suplentes são eleitos para um mandato de 2 anos. As empresas podem acordar um mandato de, no máximo, quatro anos para os representantes de saú-de e segurança.

O comité de saúde e segurança deverá planear, liderar e coordenar os trabalhos associados à saúde e segurança na empresa, incluindo o trabalho dos grupos de saúde e segurança, além de realizar o debate anual sobre saúde e segurança.

O comité deverá também orientar o empregador nas soluções de questões pertinentes à saúde e segurança e na integração dos temas de saúde e segurança na direção estratégica e no funcionamento diá-rio da empresa. O comité deverá participar na definição da dimensão da organização de saúde e segurança da empresa e orientar na confe-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

ção do plano de desenvolvimento de competências da em presa.

O comité controla o trabalho no âmbito da saúde e segurança e deverá também assegurar que os grupos de saúde e segurança recebam orien-tações e instruções sobre saúde e segurança no local de trabalho.

O comité deverá participar na formulação da avaliação do local de tra-balho da empresa.

O comité de saúde e segurança deverá formular, anualmente, um re-sumo dos acidentes, envenenamentos e lesões à saúde ocorridos na empresa.

Além disso, o comité deverá estabelecer princípios para formação e instrução, condições de trabalho adaptadas na empresa e necessida-des dos trabalhadores.

Deverá ser formulado um plano da estrutura da organização de saúde e segurança com informações sobre os membros; os trabalhadores deverão receber informações sobre o plano.

Caso os membros da organização de saúde e segurança no local de trabalho não estejam presentes, serão os membros presentes da em-presa ou os trabalhadores no local de trabalho que deverão tomar as medidas referentes à saúde e segurança. Os membros da organiza-ção de saúde e segurança deverão ser informados, dentro da brevida-de possível.

No debate anual o comité de saúde e segurança deverá decidir sobre a forma de cooperação a ser adotada pelo comité e sobre o número de reuniões anuais.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

Tarefas dos grupos de saúde e segurança

O grupo de saúde e segurança deve-rá se ocupar das tarefas diárias as-sociadas à saúde s segurança no lo-cal de trabalho, no setor da empresa ou estaleiro coberto pelo grupo.

O grupo de saúde e segurança deve-rá participar no planeamento dos trabalhos de saúde e segurança e na formulação da avaliação do local de trabalho.

O grupo deverá verificar se as condições de trabalho atendem plena-mente os critérios de saúde e segurança no local de trabalho, e se a formação e as instruções concedidas refletem as necessidades dos trabalhadores.

Além disso, o grupo deverá participar na investigação de acidentes, envenenamentos e lesões à saúde ou de circunstâncias que possam levar a tais situações.

Também é importante que o grupo de saúde e segurança no local de trabalho procure inspirar constantemente os demais trabalhadores para que desenvolvam um comportamento que promova as boas prá-ticas de saúde e segurança.

O grupo de saúde e segurança é o contato entre os trabalhadores e o comité de saúde e segurança, devendo também levar as questões relativas à saúde e segurança ao comité de saúde e segurança caso o grupo não esteja em condições de solucionar os problemas.

Caso nem os capatazes nem os representantes de saúde e seguran-ça estejam presentes num determinado momento, o membro presen-te deverá assumir as tarefas do grupo de saúde e segurança no local

TJEK:

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Organização de saúde e segurança no local de trabalho na empresa

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de trabalho. As medidas tomadas na ausência dos demais membros deverão ser comunicadas aos mesmos o mais rapidamente possível.

Caso não haja tempo para entrar em contato com o presidente do comité de saúde e segurança ou com a direção da empresa, o grupo de saúde e segurança poderá, por iniciativa própria, interromper os trabalhos ou o processo em questão, sempre que se constatar perigo iminente à saúde ou à segurança dos trabalhadores.

Caso os trabalhos sejam interrompidos, o grupo de saúde e segurança deverá contatar imediatamente a direção da empresa e explicar as razões da suspensão dos trabalhos.

Reuniões da organização de saúde e segurança na empresa

Para além do debate anual sobre saúde e segurança, o grupo e o co-mité deverão realizar reuniões segundo a necessidades, para que seja possível solucionar as tarefas confiadas ao grupo e ao comité.

Normalmente, o comité de saúde e segurança convoca reuniões quando ocorrem acidentes ou lesões graves, ou quando sejam dete-tadas condições que possam levar a tais acidentes ou lesões.

Tarefas do comité de saúde e segurança na empresa

O comité de saúde e segurança no local de trabalho deverá planear, liderar e coordenar os trabalhos associados à saúde e segurança na empresa, incluindo os trabalhos dos grupos de saúde e segurança.

A tarefa do comité de saúde e segurança é assegurar um trabalho sistemático no âmbito da saúde e da segurança no local de trabalho. Isto pode incluir, por exemplo:

● Uma política de saúde e segurança no local de trabalho com metas claras para o trabalho no âmbito da saúde e segurança.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Reuniões de segurança nos estaleiros de construção civil

● Critérios claros tanto para os trabalhadores quanto para os sub-contratados.

● Investigação e mapeamento de eventuais acidentes.

O empregador e os trabalhadores poderão, se houver acordo, optar por uma forma diferente de organizar a estrutura de saúde e seguran-ça no local de trabalho. Para tanto, será preciso celebrar um acordo a nível da organização.

REUNIÕES DE SEGURANÇA NOS ESTALEIROS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Responsabilidade do construtor:Em grandes estaleiros, o coordenador de saúde e segurança do cons-trutor (B) deve realizar as reuniões de segurança. O objetivo é coorde-nar os trabalhos do empregador na área de saúde e segurança nas áreas comuns.

Os estaleiros são considerados grandes quando houver mais de 10 pessoas a trabalhar simultaneamente. Todos aqueles que trabalham no estaleiro são contabilizados - também os capatazes e chefes do estaleiro.

O coordenador de saúde e segurança do construtor (B) convoca as reuniões e assegura que se prepare uma ata escrita dos temas e de-cisões tomadas durante a reunião. Todos os empregadores (inclusive os subempreiteiros e os profissionais por conta própria) ou os seus representantes devem participar nas reuniões juntamente com a or-ganização de saúde e segurança das empresas no local de trabalho.

O coordenador deverá realizar reuniões de segurança ordinárias ao menos a cada 2 semanas. Reuniões extraordinária são realizadas con-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Trabalhos relacionados com saúde e segu-rança nos estaleiros

forme a necessidade ou na sequência de acidentes graves ou condi-ções que possam levar a tais eventos.

Conselho de segurança

Responsabilidade do construtor:Quando houver mais de 100 pessoas a trabalhar num determinado estaleiro durante ao menos quatro semanas, o construtor poderá, em colaboração com as empresas, criar um conselho de segurança. O conselho assume as tarefas das reuniões de segurança e a sua fre-quência; no entanto, o conselho também se reúne com a totalidade da organização de saúde e segurança das empresas no local de traba-lho ao menos uma vez por trimestre. O coordenador de saúde e segurança, em nome do construtor, as- sume a presidência do conselho de segurança. Os representantes de saúde e segurança do local de trabalho elegem entre si dois mem-bros, e os empregadores e os capatazes, também entre si, elegem um membro de cada grupo para o conselho de segurança. O Serviço de Inspeção do Trabalho pode exigir que os trabalhos de saúde e segurança no local de trabalho sejam coordenados em reu-niões ordinárias de saúde e segurança, e não no conselho de segu-rança.

TRABALHOS RELACIONADOS COM SAÚDE E SEGURANÇA NOS ESTALEIROS

A empresa deverá criar uma organização de saúde e segurança no local de trabalho e em outros locais de trabalho temporários ou mó-veis fora do local de trabalho permanente da empresa quando houver 5 empregados que trabalhem no local por mais de 14 dias. Também é importante lembrar de incluir toda mão de obra eventual contratada.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Trabalhos relacionados com saúde e segu-rança nos estaleiros

Isto vale independentemente de quantos trabalhadores há na empre-sa, e da existência de uma cobertura dos trabalhadores por uma outra organização de saúde e segurança na sua empresa-sede.

A organização de saúde e segurança no estaleiro é composta de um trabalhador (delegado de saúde e segurança) eleito pelos trabalhado-res entre o conjunto de trabalhadores no local, pelo capataz no local e pelo empregador ou seu representante.

A organização setorial recomenda que o empregador, os delegados de saúde e segurança e os capatazes na organização de saúde e se-gurança participam na reunião inicial, nas reuniões de segurança e nas avaliações de segurança que o construtor ou o coordenador de saúde e segurança convoque.

Comité de saúde e segurança nos estaleiros

Quando houver 35 ou mais empregados da mesma empresa num mesmo estaleiro, durante ao menos 4 semanas, a empresa deverá criar um comité de saúde e segurança.

O Comité de saúde e segurança é composto de membros ou repre-sentantes dos grupos de saúde e segurança criados no estaleiro.

O comité deverá atuar na coordenação dos trabalhos no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho com outras empresas quando se realizam trabalhos no mesmo local.

Trabalhos em empresas de terceiros

Aqueles que trabalham em área de empresas de terceiros deverão, além de observar as regras que regulam o trabalho que devam reali-zar, observar as regras no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho que vigorem na empresa para a qual trabalham.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Escolha do delegado de saúde e segurança

ESCOLHA DO DELEGADO DE SAÚDE E SEGURANÇA

Em empresas com 10 trabalhadores ou mais, e em estaleiros com 5 ou mais trabalhadores, os empregados deverão eleger um delegado de saúde e segurança que deverá representá-los na organização de saúde e segurança.

É importante que os empregados participem de forma ativa na organiza-ção de saúde e segurança para que os trabalhos nesse âmbito funcio-nem adequadamente. Por isso, a direção da empresa deverá esforçar-se por que os trabalhadores elejam um delegado de saúde e segurança.

Caso não haja êxito, o capataz deverá exercer sozinho as funções dentro do grupo de saúde e segurança, até que os trabalhadores te-nham elegido um delegado de saúde e segurança. O empregador de-verá incentivar permanentemente os trabalhadores a que elejam um delegado de saúde e segurança.

O delegado de saúde e segurança no local de trabalho é eleito entre todos os trabalhadores que o grupo da organização de saúde e segu-rança ou a organização de saúde e segurança no local de trabalho devam cobrir. O empregador, os diretores da empresa e os superviso-res não participam na eleição.

Normalmente, existem regras para a eleição de delegados dos traba-lhadores no âmbito dos acordos coletivos e que definem os critérios de elegibilidade.

Normalmente, os trabalhadores elegem um delegado de saúde e se-gurança para um mandato de dois anos de cada vez; no entanto, se a empresa e os trabalhadores estiverem de acordo, o mandato poderá ser prolongado para até 4 anos.

O delegado de saúde e segurança no local de trabalho é protegido contra despedimento ou rebaixamento das suas condições contra-tuais de trabalho, da mesma forma que os delegado dos trabalhado-res no âmbito do acordos coletivos.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Caso não haja consenso com relação à proteção, a questão deverá ser tratada nas instâncias laborais, isto é, através de reuniões de con-ciliação entre as partes ou, eventualmente, no Tribunal Laboral.

CAPATAZ

Quando mais de um capataz tiver a oportunidade de participar num grupo de saúde e segurança, o empregador deverá indicar um repre-sentante dos capatazes no grupo.

A tarefa do capataz é liderar ou efetuar o controlo do trabalho numa empresa. Normalmente, chefes de equipa e supervisores de trabalho por tarefa não atendem essas condições e por isso não são conside-rados capatazes.

Não é permitido à empresa despedir um capataz com base no seu trabalho no seio do grupo de saúde e segurança ou nas organizações de saúde e segurança no local de trabalho como, por exemplo, despe-dir um capataz por ter exigido o uso de equipamento de segurança especial.

Deve-se tratar de solucionar tais conflitos, antes de mais nada, atra-vés de negociações ou mediação.

FORMAÇÃO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO

Os delegados de saúde e segurança no local de trabalho e os capatazes membros da organização de saúde e segurança deverão cumprir a for-mação obrigatória de 3 dias, com formador reconhecido pelo Serviço de Inspeção do Trabalho. A formação em saúde e segurança no local de

Capataz e Formação em saúde e segurança no local de trabalho

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Formação em saúde e segurança no local de trabalho

trabalho deverá ser realizada nos 3 primeiros meses da nomeação ou eleição do respetivo delegado de saúde e segurança ou capataz.

Formação complementar em saúde e segurançaO empregador deverá oferecer aos delegados de saúde e segurança no local de trabalho e aos capatazes na organização de saúde e segu-rança a oportunidade de participar na formação complementar em saúde e segurança no local de trabalho de 2 dias no decorrer do pri-meiro ano de suas funções. A oferta se dirige àqueles que já tenham recebido a formação obrigatória em saúde e segurança no local de trabalho.

As formações complementares, num total de 2 dias, deverão ser ofe-recidas e iniciadas dentro dos primeiros 9 meses, e completadas nos primeiros 12 meses após a eleição ou nomeação do membro.

Os delegados de saúde e segurança e os supervisores na organização de saúde e segurança deverão, a cada ano de mandato - e durante todo o período em que fizerem parte da organização de saúde e segu-rança - ter a possibilidade de receber formação complementar de, no mínimo, 1½ dias. As formações que totalizam 1½ dias deverão ser oferecidas e devem ser iniciadas dentro do mesmo ano de mandato. A formação complementar em saúde e segurança no local de traba-lho deverá assegurar a necessária atualização e reforço das compe-tências dos representantes e capatazes dentro da organização de saúde e segurança no local de trabalho. Em empresas com uma organização de saúde e segurança, deverá ser formulado um plano de desenvolvimento de competências para as formações complementares, que deverão ser oferecidas aos repre-sentantes de saúde e segurança e aos capatazes membros da orga-nização de saúde e segurança no local de trabalho. O plano de desen-volvimento de competências deverá levar em conta as necessidades de saúde e segurança da empresa.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Avaliação do local de trabalho

A organização setorial da construção civil, em cooperação com várias entidades de formação, realiza uma atualização permanente e ofere-ce ao setor cursos relevantes no âmbito da formação complementar em saúde e segurança no local de trabalho.

O sítio www.bar-ba.dk oferece uma lista dos cursos e entidades de formação.

AVALIAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

Todas as empresas com trabalhadores deverão efetuar uma avalia-ção do local de trabalho (ALT) por escrito. A ALT garante o trabalho sistemático no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho, e ajuda a prevenir acidentes e lesões.

Identificação e levantamento

Descrição e avaliação

Inclusão das baixas por doença

Priorização e plano de ação

Acompanhamento do plano de ação

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Avaliação do local de trabalho

A empresa deverá garantir que a ALT contenha os seguintes cinco elementos ou fases do trabalho:

● Identificação e levantamento de todos os requisitos no âmbito da saúde e segurança da empresa.

● Descrição e avaliação dos problemas no âmbito da saúde e segu-rança no local de trabalho.

● Inclusão das faltas por doença na empresa.

● Priorização das soluções dos problemas no âmbito da saúde e se-gurança no local de trabalho e formulação de um plano de ação.

● Diretrizes para acompanhamento do plano de ação.

A empresa tem a prerrogativa de optar pelo método que deseja utili-zar na formulação do ALT; o conteúdo, no entanto, é pré-estabelecido na legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho. Como mínimo, uma ALT deverá avaliar:

● Os impactos físicos (por ex.: ruído, frio e correntes de ar).

● Os impactos químicos (por ex.: massa de calafetagem).

● Os impactos biológicos (por ex.: risco de contágio).

● Os impactos ergonómicos (por ex.: posturas de trabalho e elevação de carga pesada).

● Os impactos psíquicos (por ex.: pressão de tempo).

● O risco de acidentes (por ex.: trabalho em altura).

As empresas do setor da construção civil frequentemente realizam

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Avaliação do local de trabalho

trabalhos fora das suas instalações. Ao se trabalhar com um ALT, é im-portante, portanto, que se avalie se existem problemas específicos as-sociados à saúde e segurança no local de trabalho que devem estar in-cluídos na avaliação. Nesses casos, a ALT pode ter como ponto de partida as funções de trabalho gerais. Se em algum ou vários locais de trabalho for constatada alguma situação especial que tenha impacto na forma de se realizar o trabalho, a observação deve ser incluída na ALT.

Uma ALT pode ter como ponto de partida as tarefas de trabalho típi-cas da empresa. Em cada estaleiro poderão ocorrer situações espe-ciais. As situações especiais podem derivar, por exemplo, da docu-mentação do caderno de encargos ou do plano do construtor. A empresa deverá ajustar a ALT caso surjam situações especiais no es-taleiro. É importante que se definam diretrizes sobre como se farão os ajustes à ALT diante de situações especiais.

A secção da ALT que diz respeito ao trabalho no estaleiro concreta-mente deverá estar disponível aos trabalhadores no estaleiro.Caso alguém da empresa trabalhe com substâncias ou materiais peri-gosos, deverá ser realizada uma ALT química específica.

No caso de empregados com menos de 18 anos na empresa, os riscos aos quais os jovens possam estar expostos deverão ser descritos em separado na ALT da empresa.

A ALT deverá ser um documento escrito, disponível na empresa, tanto para os trabalhadores quanto para os diretores e para o Serviço de Inspeção do Trabalho.

A ALT deverá ser revisada sempre que houver alteração nas condi-ções de saúde e segurança no local de trabalho. Por exemplo: na in-corporação de novos processos de trabalho e novas máquinas, ou quando ocorre um acidente. A ALT deverá ser revisada ao menos a cada 3 anos. A direção da empresa e os trabalhadores deverão coope-rar durante todo o processo de produção da ALT.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Jovens com menos de 18 anos

O empregador tem a responsabilidade geral de chamar a organização de saúde e segurança no local de trabalho bem como os trabalhado-res ao planeamento, execução e acompanhamento da ALT.

Saiba mais sobre a ALT no setor da construção civil no sítio www.bar--ba.dk, junto a um consultor de saúde e segurança no local de traba-lho autorizado ou junto ao Serviço de Inspeção do Trabalho.

JOVENS COM MENOS DE 18 ANOS

Há uma série de regras e regulamentos especiais que vigoram para o trabalho de jovens com menos de 18 anos na empresa. As regras prendem-se, entre outras coisas, a limitação de idade, horário de tra-balho, tipo de tarefas e meios técnicos.

Descrevemos abaixo algumas das regras mais importantes no âmbito da saúde e segurança no local de trabalho com trabalhadores jovens. No presente manual, também se descrevem essas regras ao se tratar de máquinas e ferramentas específicas.Geralmente, não é permitido aos jovens com menos de 18 ano traba-lhar com:

● Substâncias e materiais perigosos (com marcação de perigo) ou em espaços onde se utilizam tais produtos que podem ter efeito sobre os jovens.

● Elevação de cargas superiores a 12 kg.

● Impulsão e tração que possam ser nocivas aos jovens.

● Trabalho pesado e monótono durante longos períodos de tempo.

● Máquinas e meios técnicos perigosos, por exemplo: ferramentas de

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Jovens com menos de 18 anos

corte, motosserras de corrente, transportadores, gruas e outras fer-ramentas de elevação, equipamento de soldadura, ferramentas ma-nuais vibratórias pesadas, máquinas de escavação e carregadoras.

● Trabalho que implica riscos de queda ou desmoronamento.

ALTCaso haja jovens com menos de 18 anos empregados na empresa, os riscos aos quais estão expostos deverão estar descritos em separado na Avaliação do Local de Trabalho. Não há exigência de formulação de uma ALT em empresas familiares ou trabalhos em domicílio privado do empregador.

Formação e instruçãoO empregador deverá assegurar que os jovens recebam formação e instrução básicas para poder realizar o trabalho de forma adequada. Durante a execução do trabalho, os jovens deverão estar sob a super-visão eficaz de uma pessoas que já tenha cumprido 18 anos, e que tenham os conhecimentos necessários do trabalho.

Contato com os paisOs empregadores que empregam jovens com menos de 15 anos ou que ainda estão sob o regime de escolaridade obrigatória deverão in-formar os pais ou tutores dos jovens sobre o emprego. Isto significa dar informações sobre, por exemplo, duração da jornada laboral, even-tuais riscos de acidentes e doenças, etc.

Jovens e alunos em formação profissionalMuitas das proibições mencionadas não se aplicam aos jovens que tenham cumprido 15 anos e cujo trabalho seja parte essencial de uma formação profissional técnica. Isto se aplica aos aprendizados profis-sionais tradicionais e a alunos que cumpram estágios como parte de uma formação profissional básica (alunos do regime EGU). Ou caso o jovem tenha finalizado a sua formação profissional antes de comple-tar 18 anos.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Jovens com menos de 18 anos

Independentemente de ter ou não completado a formação, é proibido ao jovem com menos de 18 anos exposição a:

● Processos de trabalho onde existe o risco de explosão.

● Trabalhos que implicam o manuseio de utilização cilindros de alta pressão.

● Trabalhos em alta pressão, por exemplo, em câmaras de pressão ou trabalhos que envolvem mergulho.

● Trabalhos que possam apresentar risco de asfixia em ambiente com baixo teor de oxigénio.

● Trabalhos onde os jovens estejam expostos a condições físicas que, no curto ou longo prazo, possam ter um efeito nocivo à sua saúde ou desenvolvimento; deverão ser evitadas a exposição des-necessária ou as posturas ou movimentos de trabalho inadequa-dos. Isto significa que:

• Os jovens não devem ocupar-se de trabalhos em que o ritmo seja determinado por uma máquina.

• O peso máximo de elevação não deve superar 12 kg. • A carga total em tração ou impulsão manual não deve represen-

tar um risco à segurança ou à saúde. • Trabalhos que impliquem a necessidade de manuseio manual

continuado, com uso de força ou esforço físico devem ser limita-dos a períodos curtos.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Acidentes de trabalho

ACIDENTES DE TRABALHO

Acidentes de trabalho consistem numa categoria de acidentes que afetam a saúde por curto período de tempo ou que provocam lesões associadas ao trabalho.

Acidentes de trabalhoUm acidente de trabalho é uma ocorrência momentânea e inesperada associada ao trabalho, e que resulta em lesão pessoal.

Um acidente de trabalho pode ser, por exemplo, a queda de um traba-lhador, capataz ou mestre de um telhado onde realizada um trabalho. Se a pessoa estiver a desenvolver uma tarefa de trabalho no momen-to em que ocorre o acidente, é irrelevante onde ocorre o acidente e em que consistia o trabalho.

Também é considerado acidente de trabalho um acidente durante o transporte de um trabalhador enquanto estiver a trabalhar.

Doenças ocupacionaisUma doença ocupacional é uma doença que surge após um efeito pro-longado do trabalho ou das condições em que o trabalho se desenvol-ve.

Pode ser, por exemplo, o cancro dos pulmões, onde se constata que o cancro é consequência de uma exposição ao amianto.

Em alguns casos, pode ser difícil distinguir com clareza o que é um acidente e o que é uma doença ocupacional. Uma lesão auditiva após uma explosão é considerada um acidente, mas uma lesão auditiva após uma longa exposição a um ambiente com alto nível de ruído é considerada uma doença ocupacional.

Uma lesão na coluna após uma queda é considerada um acidente, mas uma lesão na coluna após uma longa exposição a trabalho em postura incorreta é considerada uma doença ocupacional.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Acidentes de trabalho

Notificação de acidentes

Os acidentes de trabalho, incluindo lesões súbitas derivadas de eleva-ção devem ser notificados pelo empregador ao Serviço de Inspeção do Trabalho dentro de 9 dias da sua ocorrência.

A obrigação de notificar também vigora em casos de acidentes de tra-balho que implicam ao menos um dia de baixa além do dia do acidente.

É irrelevante o momento em que o(s) dia(s) de baixa ocorre(m). O que é relevante é se a baixa está relacionada ao acidente de trabalho.

Todas as demais pessoas tem direito de notificar um acidente de traba-lho. Isto inclui também a pessoa que sofreu o acidente ou o seu sindicato.

O Serviço de Inspeção do Trabalho deverá ter recebido as notificações para poder investigar o acidente e prevenir a sua repetição no futuro.

O Conselho nacional de acidentes de trabalho da Dinamarca e a segu-radora do empregador deverão receber a notificação para determinar a eventual indemnização ao trabalhador.

A notificação deverá ocorrer de forma eletrónica, através do sistema EASY do Conselho nacional de acidentes de trabalho. No sítio do Ser-viço de Inspeção do Trabalho, www-at-dk, poderá obter outras infor-mações sobre o sistema EASY.

O sistema EASY também pode ser utilizado pela empresa para regis-tar quase-acidentes ou acidentes sem baixa no âmbito dos trabalhos de prevenção de problemas relacionados com saúde e segurança na empresa. Esses registos somente poderão ser examinados pela pró-pria empresa e exigem acesso através de assinatura digital.

Notificação de doenças ocupacionais

Os médicos e dentistas deverão notificar o Serviço de Inspeção do

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Acidentes de trabalho

Trabalho caso constatem ou tenham suspeita de que uma pessoa so-fre uma doença ocupacional ou outro tipo de efeito nocivo no trabalho.

Outras pessoas também poderão notificar a suspeita de uma doença ocupacional.

Seguro de acidente de trabalho e indemnização por acidente de trabalho

O empregador tem o dever de contratar o seguro obrigatório por lei, que deverá cobrir as consequências de acidentes de trabalho sofridos pelos trabalhadores. O seguro cobre certas despesas de tratamento, indemnização por perda da capacidade de trabalho, invalidez perma-nente e indemnização aos sobreviventes.

A cobertura do seguro é prestada, independentemente de quem tem a culpa do acidente ou doença.

O seguro não cobre perda de rendimentos ou danos morais. Em geral, isto é coberto pelo seguro de responsabilidade civil profissional do empregador, que deve ser contratado ainda que não seja obrigatório.

Análise do acidente/lições do acidente

A empresa deverá, sistematicamente, investigar os acidentes e as doenças ocupacionais para evitar a sua repetição no futuro.

A organização de saúde e segurança deverá tomar medidas para que as causas do acidente, envenenamento ou outras lesões e circunstân-cias que levam a tais situações sejam investigadas, para que se tomem medidas para evitar que acidentes ou situações semelhantes voltem a ocorrer. O comité deverá formular, anualmente, um resumo dos aciden-tes, envenenamentos e lesões à saúde ocorridos na empresa.

O objetivo da investigação dos acidentes não é identificar o culpado ou responsável. O intuito é esclarecer quais as possibilidades de pre-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Acidentes de trabalho

venção de acidentes semelhantes no futuro.

Frequentemente é necessário adaptar a Avaliação do local de traba-lho (ALT) diante dos novos fatos revelados na análise.

Inicie os trabalhos de prevenção o mais rapidamente possível após o acidente. É um sinal importante de que dá prioridade à prevenção.

AbordagemO método é dividido em três etapas:

1. Levantamento dos fatos.2. Esclarecimento do acidente. 3. Identificação de soluções preventivas.

Levantamento dos fatosReúna a maior quantidade possível de informações sobre o que ocor-reu e em que circunstâncias.

Lembre-se de examinar as causas subjacentes como, por exemplo, a pressão de tempo ou eventuais faltas de instruções.

Comece a fazer o levantamento o mais rapidamente possível, en-quanto a memória estiver fresca, e quando ainda houver testemu-nhas no local de trabalho.

Realize uma coleta cuidadosa dos fatos, opiniões, experiências e obser-vações associadas ao acidente em questão. Faça fotos ou um desenho.

Converse com as pessoas envolvidas. Elas podem incluir os chefes do estaleiro, que podem revelar causas subjacentes ao acidente.

Pense em termos gerais ao fazer o levantamento. Uma luxação na coluna após um acidente de elevação súbita pode, talvez, ser atribuí-da ao resfriamento do corpo por causa da chuva. Isto levaria a se pen-

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Acidentes de trabalho

sar em medidas de prevenção tais como cobertura para o inverno.

Análise do acidenteQuando todas as informações essenciais sobre o acidente tenham sido descritas, pode-se proceder à sua análise.

Faça-a passo a passo, para poder responder às perguntas: o que aconteceu e por que aconteceu.

Lembre-se de que a maioria dos acidentes podem ser atribuídos a várias causas. É importante cobrir todas as possibilidades, para se ter melho-res possibilidades de tomar medidas de caráter preventivo na empresa.

Utilize apenas as informações que reuniu no levantamento.

Muitas vezes o melhor resultado é obtido se a organização de saúde e segurança estiver envolvida na análise; dedique tempo suficiente para a análise.

Identificação de soluções preventivasRepasse cada uma das etapas da análise para identificar o que pode-ria ter evitado o acidente.

A seguir, avalie todas as propostas de alterações nos métodos de tra-balho e outras medidas preventivas para decidir quais deverão ser colocadas em prática imediatamente, e quais serão aplicadas mais tarde.

Decida, finalmente, quem terá a responsabilidade pela execução das me-didas preventivas, quando deverão estar prontas, e como os resultados da investigação poderão ser utilizados na Avaliação do Local de Trabalho.

No sítio do Serviço de Inspeção do Trabalho, www-at-dk, há uma des-crição do método acima. Consulte também o sítio da organização se-torial BAR, www.forebyg.nu.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

Observações

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE SEGURANÇA

Observações

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

ERGONOMIA

Ao se planear o trabalho de forma adequada, é possível reduzir o risco de lesões na coluna e outros tipos de lesões músculo-esqueléticas, evitando-se, por exemplo, elevação de peso excessivo e posturas de trabalho inapropriadas.

O planeamento prende-se particularmente a três aspetos: ● O local de trabalho deverá ser organizado de forma a adaptar-se a

cada empregado individualmente.

● As máquinas e ferramentas de trabalho deverão ser adequadas ao tipo de trabalho e ao indivíduo que deve realizar o trabalho.

● Utilização de instrumentos, ferramentas e meios técnicos de apoio desenhados ergonomicamente. Isto aumenta a segurança e reduz acidentes. Maiores informações em www.bygergo.dk

As lesões à coluna, lesões nos músculos e ossos e nas articulações são, no seu conjunto, denominadas lesões músculo-esqueléticas.

Risco de lesões à coluna ou outras lesões músculo esqueléticas

Elevação de peso excessivo, posturas de trabalho inadequadas e tra-balho pesado e repetitivo são as causas mais frequentes de lesões à coluna e outras lesões músculo-esqueléticas. É o que revelam as es-tatísticas das notificações ao Serviço de Inspeção do Trabalho.

Elevação de peso excessivoA elevação de peso excessivo leva ao desgaste e perturbações nos músculos, tendões e articulações - particularmente à coluna. A tra-ção ou impulsão também pode causar danos semelhantes. Cargas súbitas e pesadas também podem causar lesões graves.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

Posturas de trabalho inadequadasAs posturas de trabalho inadequadas e os movimentos incorretos po-dem causar mioses, osteoartrite e outros perturbações nos múscu-los, tendões e articulações.

Mioses e infiltrações no pescoço e ombros muitas vezes resultam de prática de trabalho onde os braços estão posicionados acima dos om-bros, em trabalhos estáticos ou em que o pescoço está dobrado para a frente durante longos períodos de tempo.

Assentadores de revestimento do solo, calceteiros e outros trabalha-dores que se apoiam nos joelhos durante o trabalho estão mais ex-postos a osteoartrite que outros. Trabalhar em pé ou sentado, nas mesma posição, sobrecarrega a circulação sanguínea e aumenta o risco de acumulação de líquido nas pernas.

Trabalho pesado e monótonoOs movimentos mon, que se repetem com frequência durante o dia, aumentam o risco de lesões.

A tenossinovite e patologias nos ombros, cotovelos e pulsos são con-sequências típicas dos movimentos repetitivos e rápidos, ou do uso de força excessiva.

A consequência também pode ser uma patologia crónica como, por exemplo, a elevação da tensão arterial.

Trabalho pesadoO trabalho pesado pode resultar em graves lesões e osteoartrite nas articulações do corpo. As ancas e joelhos são especialmente suscetí-veis, em caso de trabalho com peso excessivo durante muitos anos.

A sobrecarga dos músculos, articulações e ossos se manifesta, no início, através do cansaço e corpo dolorido, com dores que desapare-cem depois de um descanso.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

Quando as pausas não são o suficientemente longas, as perturba-ções se tornam mais constantes, e torna-se difícil arcar com o traba-lho. O tratamento médico ou fisioterápico torna-se necessário.

A longo prazo, há o risco de lesões crónicas e desgaste. Muitas vezes, o tratamento chega tarde demais, o que se pode constatar através das mudanças registadas nos raios-X e tomografias.

Além disso, fatores externos como o frio, a correnteza e as vibrações também podem ser coadjuvantes nas situações descritas acima.

Tração e impulsão

O uso de carros de transporte, carrinhos de mão e reboques facilitam o trabalho de transferir ferramentas e materiais. No entanto, a tração e impulsão, movimentos em que todo o corpo é utilizado, pode exigir grande esforço físico. Principalmente em subidas, terreno em desní-vel, espaços restritos ou em situações de paradas e arranques fre-quentes, etc.

A falta de manutenção adequada de cubos e rodas também contribui para aumentar a resis-tência.

O corpo pode ser expos-to a uma carga súbita quando se embate con-tra uma berma alta, ou em parada repentina.

A visibilidade limitada, pi-sos escorregadios ou uma derrapagem aumen-tam o risco de um au-mento súbito da carga.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

Use gruas ou dispositivos automotores, em situações de subidas mui-to íngremes ou se a superfície for irregular ou gordurosa.

É melhor empurrar que puxar; tente também, de alguma forma, redu-zir a carga ao máximo. Tente, por exemplo, selecionar o melhor carro para o transporte; verifique se recebeu manutenção adequada, se está lubrificado, se corre sem obstruções e está limpo.

As superfícies devem ser niveladas e planas para melhor movimento; não deve haver objetos no caminho; deve haver boa iluminação e não deve haver buracos. Evite também mudanças de níveis ou outros obs-táculos.

Deve haver espaço suficiente para girar e efetuar manobras.

Elevação e carregamento

Elevar significa manusear um objeto de forma que se afaste parcial ou totalmente da superfície. Carregar significa percorrer mais de um me-tro com um objeto levantado. Levantamento manual significa que uma ou mais pessoas levantam/carregam um objeto.

O levantamento pode sobrecarregar, ainda que o objeto não pese muito. Até mesmo cargas leves implicam o risco de lesões. Preste es-pecial atenção em elevação:

● Abaixo da altura do joelho.

● Acima da altura dos ombros.

● Lateral.

● Com uma só mão.

● Em espaços estreitos.

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1. LEGISLAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO E TRABALHO DE

SEGURANÇA

proximidades. É possível que imóveis comerciais ou residenciais sejam afetados pela poeira, ruído, etc.

Coordenação da segurança em estaleiros de maior porte na fase de execução (acima de 10 trabalhadores simultaneamente)

O construtor deverá assegurar que o coordenador de saúde e segu-rança no local de trabalho (B) nos estaleiros onde houver mais de 1 empregador e mais de 10 trabalhadores simultaneamente:

● Coordene as medidas tomadas pelos empregadores para promover a segurança e a saúde dos trabalhadores nas áreas comuns. Isto ocorre, por exemplo, durante as reuniões de segurança, em que o coordenador convoca os empregadores e os membros da organiza-ção de saúde e segurança no estaleiro. Todos os subempreiteiros deverão ser convocados a participar das reuniões de segurança.

● Realize reuniões de segurança regulares ao menos a cada duas se-

manas, preferivelmente associadas às reuniões de construção. O coordenador do ambiente de trabalho poderá convocar reuniões extraordinárias de acordo com a necessidade, por exemplo, na se-quência de acidentes graves, envenenamento ou de precursores

Deveres e responsabilidades associados à saúde e segurança no local de trabalho

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

● Em superfícies em desnível ou escorregadias.

● Em escadas.

Tente, portanto, utilizar sempre os meios técnicos adequados ao ma-nuseio de cargas, em vez de levantá-las e carregá-las.

Se isso não for possível, a carga deverá ser elevada e carregada o mais próximo do corpo possível. Procure manter um bom contato com a carga, com as duas mãos. Procure também uma postura de trabalho adequada no levantamento, que permita uma boa visibilidade e uma superfície segura.

Avaliação do levantamento

Há vários elementos que influem no grau de sobrecarga que o levan-tamento e o carregamento exercem sobre a coluna.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

Até que ponto uma carga é considera pesada e, portanto, nociva à saúde, dependerá de uma avaliação do peso da carga e da distância entre a carga e o corpo.

O diagrama de avaliação vermelho, amarelo e verde no desenho (es-boço de levantamento) indica os limites de peso em 2 distâncias dife-rentes. Na prática, levantar um objeto bem próximo ao corpo é quase impossível, a menos que se utilizem correias para transporte, e por isso essa possibilidade não aparece no diagrama.

Distância do antebraço aprox. 30 cm

distância de 3/4 aprox. 45 cm

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

Área verde: O levantamento efetuado dentro dos parâmetros da área verde do diagrama não será, à partida, considerado um risco à saúde.

Área vermelha:Contrariamente, se o levantamento for efetuado dentro dos parâme-tros da área vermelha do diagrama, ele será sempre considerado um risco à saúde, e pode implicar sério perigo de lesões à coluna. Por isso, deve-se tomar medidas para evitar tal risco.

Área amarela:O levantamento realizado de acordo com os parâmetros da área ama-rela também pode ser nocivo à saúde, quando houver outros fatores para além do peso e distância do corpo que possam atuar de forma negativa no levantamento.

O levantamento de acordo com os parâmetros da área amarela, por-tanto, deverá sempre ser melhor avaliado.

Antes de mais nada, é preciso determinar se algum dos fatores agra-vantes abaixo está presente:

● Flexão da coluna.

● Torção ou assimetria da carga sobre as costas.

● Braços elevados.

Se houver ao menos um dos fatores agravantes acima estiver presen-te no levantamento, normalmente a operação será considerada preju-dicial à saúde.

Quando ao menos um dos fatores agravantes estiver presente, a fre-quência dos levantamentos e a sua duração deverão também sem levadas em consideração.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

Essa avaliação é realizada com base na tabela abaixo:

Quando a frequência e a duração estiverem nesta área, o levantamento na área amarela do quadro normalmente não será considerado nocivo à saúde.

Quando a frequência e a duração estiverem nesta área, o levantamento no terço superior da área amarela do quadro será problemático, e o Serviço de Inspeção do Trabalho poderá emitir uma ordem para uma avaliação concreta.

Quando a frequência e a duração estiverem nesta área, o levantamento na metade superior da área amarela do quadro será problemático, e o Serviço de Inspeção do Trabalho poderá emitir uma ordem para uma avaliação concreta.

Quando a frequência e a duração estiverem nesta área, o levantamento nos dois terços superiores da área amarela do quadro será problemático, e o Serviço de Inspeção do Trabalho poderá emitir uma ordem para uma avaliação concreta.

Quando a frequência e a duração estiverem nesta área, o levantamento na área amarela do quadro será problemático, e o Serviço de Inspeção do Trabalho poderá emitir uma ordem para uma avaliação concreta.

Duração Curta duração 2,5 – 4 horas por

semana

Duração modera-da 4 – 7,5 horas

por semana

Longa duração acima de 7,5

horas por semanaFrequência do levantamento

Baixa frequência de levanta-mento (2 – 12 levantamen-

tos por hora)

Frequência moderada (12 – 120 levantamentos

por hora)

Alta frequência (Mais de 120 levantamentos por hora)

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

Carregamento

Os músculos estão em permanente tensão ao se levantar ou carregar um objeto durante período de tempo prolongado. Assim, os músculos se cansam mais facilmente. Se o indivíduo caminhar ao mesmo tem-po, a coluna recebe a carga de forma deslocada e em torção.

O tamanho e a forma da carga não devem prejudicar a visibilidade e a postura do corpo durante o carregamento; caso contrário, há o risco de embater contra outro objeto. Ao tropeçar, escorregar ou embater contra algo enquanto carrega um objeto, o corpo sofre uma forte so-brecarga.

Pequenas e repetidas lesões aumentam o risco de desgaste a longo prazo.

Procure carregar apenas ferramentas de pequeno porte ao subir e descer as escadas, pois há um elevado risco de lesões graves e aci-dentes envolvendo quedas.

Caso não seja possível utilizar os meios técnicos adequados para transportar cargas horizontal ou verticalmente, deve-se assegurar o seguinte durante o carregamento:

20 meter

20 meter

20 metros

20 metros

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

● O peso da carga não deve ser superior a aprox. 20 kg, e a distância do transporte não deverá exceder aprox. 20 m. Também, a carga deverá ser posicionada de forma simétrica e próxima ao corpo.

● Um degrau de escada equivale a um metro de distância. Se o ponto de gravidade da carga estiver a uma distância de antebraço ou a uma distância de 3/4 do braço, o peso máximo da carga diminui para para 12 e 16 kg., respetivamente.

Prevenção de acidentes decorrentes de levantamento e carregamento

O planeamento, organização do local de trabalho e a utilização de meios técnicos, além das técnicas de trabalho adequadas pode aju-dar a prevenir a sobrecarga.

● Os meios técnicos de ajuda devem ser utilizados para transportar e montar cargas pesadas e de difícil manuseio. Alguns exemplos: portas, janelas, radiadores, pias, madres, caibros, chapas de telha-do, placas de gesso, moldes de cofragem, lancis, blocos de betão e suportes de elementos, etc.

● Boa parte do manuseio pode ser minimizado com entre-gas de materiais embalados devidamente e entregues no momento e lugar ade-quados.

● Gruas montadas em ca-miões devem ser utilizadas para carregar e descarregar ferramentas e materiais pe-sados.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ergonomia

● A entrega e armazenamento devem ocorrem o mais próximo pos- sível do local de utilização do material, para facilitar o transporte/montagem com os meios técnicos.

● Placas de gesso, elementos de betão e outros componentes de construção devem ser sempre enregues com instruções em dina-marquês, e com a descrição do peso do componente e do manu-seio e montagem do elemento de forma segura e adequada tam-bém do ponto de vista da saúde.

● Gruas, empilhadores, carregadores telescópicos, transportadores de chapas de gesso e carrinhos de mão devem ser utilizados com a maior frequência possível para evitar o carregamento manual. As placas de gesso e outros materiais podem ser entregues no local de trabalho, embaladas na ordem de utilização e cortadas na medi-da certa, o que pode reduzir o manuseio.

● Existem equipamentos que permitem a elevação em andares, car-rinhos e mesas de trabalho com dispositivo de elevação por vácuo para montagem, etc.

● O levantamento abaixo da altura do joelho e acima da altura dos ombros pode ser evitado armazenando os materiais sobre cavale-tes, mesas de trabalho/carrinhos em alturas adequadas.

Técnicas de levantamento e de carregamento

Não levante nenhum objeto se não estiver certo de que pode aguen-tar a carga. A utilização das técnicas adequadas de levantamento e carregamento pode reduzir o risco de lesões.

● Aproxime-se o máximo possível da carga. Posicione-se de frente para a carga, com as pernas um pouco afastadas.

● Avalie o peso da carga e a localização do ponto de gravidade.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISErgonomia

● Procure agarrar bem a carga.

● Flexione os joelhos e as ancas e mantenha a coluna equilibrada tensionando os músculos das costas e do ventre.

● Levante a carga devagar estirando os joelhos e as ancas.

● Mantenha a carga próxima ao corpo com os cotovelos levemente dobrados.

● Levante e carregue a carga de forma simétrica, isto é, à frente do corpo, ou equilibrada entre as duas mãos.

● Evite torcer a coluna quando tiver uma carga nos braços. Mantenha a coluna reta e gire os pés.

● Ao descansar a carga, repita os movimentos, na ordem inversa.

Também é preciso lembrar que:

● A superfície deve ser uniforme e estável, e os calçados flexíveis e ajustados aos pés.

● As vias de transporte devem estar desimpedidas, bem iluminadas e devem ser o mais niveladas possível. Não devem estar escorrega-dias.

● A carga ou parte dela não poderá cair e atingir o carregador ou ou-tras pessoas.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Posturas de trabalho

POSTURAS DE TRABALHO

A torção ou flexão da coluna ou do pescoço caracterizam posturas de trabalho inadequadas.

O trabalho em posição deitada, com apoio nos joelhos e o trabalho acima da altura dos ombros são considerados trabalho desgastante.

Muitas vezes, as razões dessas posturas de trabalho inadequadas são:

● Planeamento inadequado ou falta de planeamento.

● Locais de trabalho mal concebidos.

● Áreas de trabalho demasiado baixas ou altas (por exemplo: traba-lhos nos pisos, paredes e painéis, montagem de instalações elétri-cas e de canalização, canais de ventilação, etc.).

● Ferramentas mal concebidas.

● Equipamento de trabalho inadequado (com relação à tarefa e ao indivíduo).

A falta de espaço de trabalho adequado é, muitas vezes, a causa de posturas de trabalho inadequadas ou difíceis, que podem resultar em danos à coluna e cansar os músculos e articulações.

Evite ou reduza o trabalho na mesma posição durante longos perío-dos de tempo. A causa poderá ser, por exemplo, a organização do lo-cal de trabalho ou a conformação das ferramentas. Ao se trabalhar na mesma posição, há uma sobrecarga dos mesmos músculos durante longos períodos de tempo, e isso leva à fadiga, que pode acarretar o risco de lesões.

Quanto mais longos os períodos, e quanto maior a frequência dos tra-balhos em posições inadequadas, maior será o risco de lesões e trans-tornos. Movimentos bruscos e vigorosos também aumentam a sobre-carga do corpo.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPosturas de trabalho

Trabalho realizado em posição deitada ou de joelhos

A localização e as condições do trabalho têm enorme importância em termos de sobrecarga da coluna, pescoço, braços e joelhos. Quando há pouco espaço para se ficar em pé, o trabalhador deverá executar o trabalho deitado ou de joelhos.

Alguns exemplos típicos desse tipo de trabalho são a vedação de al-çapões, trabalhos com juntas e calafetagem em telhados com pouca altura, trabalho de alvenaria em abas de telhado ou de substituição de tubagem e cablagem em caixas de ar.

Deve-se evitar as posições de trabalho deitado ou de joelhos com me-lhor planeamento. É possível, por exemplo, selecionar um tipo de te-lha que não requeira calafetagem; também é possível prever galerias com uma altura livre de 190 cm e largura livre de 60 cm.

Em galerias existentes, as posições de trabalho deitada ou de joelhos podem ser evitadas ou reduzidas através do método de substituição - isto é, passagem da cablagem ou tubagem por fora.

Tente sempre montar e finalizar a maior parte do trabalho em boas condições de trabalho acima do nível do solo, de forma que apenas a última montagem seja realizada nas galerias. Jor-nadas mais curtas e descan-sos, além da variação das tare-fas, podem ajudar a reduzir o risco de acidentes e lesões. Assim o corpo não será exces-sivamente sobrecarregado. Utilize uma superfície de apoio macia como apoio ou roupas com isolamento.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Posturas de trabalho

O trabalho de joelhos deverá ser limitado – utilizando-se, por exemplo, um banquinho. O empregador deverá disponibilizar joelheiras ou pro-tetores de joelhos quando a realização de trabalhos de joelhos duran-te períodos de tempo prolongados não puder ser evitada. As joelhei-ras não devem, no entanto, impedir a circulação sanguínea nas pernas.

As posturas de trabalho inadequadas podem ser evitadas organizan-do-se o local de trabalho de acordo com a tarefa, e utilizando-se fer-ramentas ergonomicamente adaptadas. Além disso, procure mudar as posturas e os movimentos de trabalho com frequência. Assim, o esforço fica dividido entre diferentes músculos, e a circulação fica menos sobrecarregada. Evite trabalho abaixo da altura das coxas e acima da altura dos ombros, organizando o local de trabalho de acor-do com as tarefas e utilizando equipamentos que possam ser ajusta-dos na altura. Caso isso não seja possível, procure variar entre dife-rentes tarefas e faça pausas periódicas.

Instalação de pisos, montagem de canais de ventilação, trabalhos elétricos e de pintura são tarefas que, tipicamente, requerem esses cuidados.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPosturas de trabalho

Disposição do local de trabalho

Na disposição do local de traba-lho, procure assegurar a possibili-dade de circular com o corpo reto, que haja espaço para as posições e movimentos de trabalho ade-quados, e que haja possibilidade de utilizar boas técnicas de traba-lho.

A altura do trabalho depende do tipo de tarefa e da altura de cada indivíduo. Deve ser possível ajus-tar a altura de mesas, bancadas e cavaletes de trabalho. Quando o local de trabalho tiver que ser adaptado a várias pessoas ou a diferentes tipos de tarefas, a altu-ra deverá ser ajustada sem utiliza-ção de ferramentas.

Ao se determinar a altura de trabalho, é preciso levar em conta a altu-ra do cotovelo - tanto para trabalho em pé quanto para trabalho sen-tado.

Utilize plataformas, elevadores, andaimes de coluna e equipamento similar ajustáveis para efetuar tarefas em alturas inadequadas. Isso evita sobrecarregar os braços e a coluna.

Distância

As peças de trabalho e as ferramentas devem ser dispostas de forma que os movimentos de trabalho sejam realizados próximos ao corpo. Os andaimes, plataformas de trabalho, etc.., devem ser montados o mais próximo possível de um muro, fachada, etc.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Posturas de trabalho

Em trabalhos de projetos, as mesas de desenho devem ficar inclina-das para reduzir o esforço dos músculos do pescoço, e deverá haver a possibilidade de se caminhar à volta para ativar a circulação nas per-nas. Caso haja necessidade de se realizar trabalhos em projetos ou trabalho de escritório durante períodos prolongados de tempo no es-taleiro de obras, esses trabalhos deverão ser realizados em locais onde a disposição atende as regras de trabalho fixo.

Trabalho em circulação a pé

A superfície deverá ser plana, firme, desimpedida e bem iluminada quando o trabalho precisar ser realizado em circulação a pé. Evite des-níveis, particularmente no transporte de ferramentas e materiais. As ferramentas e os dispositivos de transporte devem ser o suficiente-mente altos e longos para que o trabalho possa ser realizado com o corpo ereto. Os calçados devem ser ajustados aos pés, oferecer bom suporte e possuir as propriedades de proteção necessárias. Também é uma boa ideia que os calcanhares sejam dotados de dispositivo de absorção de choques, o que reduz a pressão nas pernas em circula-ção sobre superfície dura.

Procure levantar e carregar objetos o menos possível ao transportar materiais ou ferramentas. Procure utilizar os meios técnicos adequa-dos.

Trabalho repetitivo e monótono

Em situações de trabalho repetitivo e monótono, quando as mesmas operações ou movimentos são repetidas muitas vezes, o esforço é exercido pelos mesmos músculos. Normalmente, o trabalho se realiza em ritmo acelerado e requer concentração e atenção; além disso, as posições de trabalho também requerem esforço, pois utilizam o mes-mo grupo de músculos. Os músculos, particularmente os músculos do pescoço, ombros e braços, encontram-se praticamente em perma-nente tensão. Isto exige muito do corpo e causa cansaço.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPosturas de trabalho

O trabalho realizado em permanente posição inadequada e com uso de muita força aumenta o risco de acidentes de trabalho. O risco au-menta ainda mais quando o local e as ferramentas de trabalho não estão adaptados à tarefa.

O aumento da especialização aumenta o risco de que as tarefas se tornem cada vez mais repetitivas e monótonas. Pintura, armação de ferro, fresagem de ranhuras, fixação de chapas de fachadas, telhado ou de gesso, onde se utilizam as mesmas ferramentas todos os dias, são alguns exemplos. Também os trabalhos de escavação e com pás ou assentamento de tijolos podem se tornar trabalho repetitivo e mo-nótono.

Procure planear e variar as tarefas para evitar problemas com os mús-culos. Deve ser possível decidir o ritmo do trabalho e variar entre dife-rentes tipos de tarefas.

A disposição ergonómica e adaptação do local de trabalho e das fer-ramentas ao indivíduo também reduz o esforço exigido nos trabalhos repetitivos e monótonos, sempre que não se acelere o seu ritmo. In-tervalos curtos e frequentes com a possibilidade de variar diferentes atividades também ajudam a prevenir lesões.

Evite os trabalhos repetitivos e monótonos alterando radicalmente o planeamento e a organização do trabalho.

Trabalho que implica esforços localizados

O trabalho que implica esforços localizados é todo trabalho realizado em posturas de trabalho fixas, ou onde um braço ou uma perna é so-brecarregado. Outras formas de trabalho que implica esforços locali-zados são o trabalho de segurar e manter uma carga estática, traba-lho que exige muita atenção ou impacto excessivo dos sentidos.

A causa é, com frequência, uma disposição inadequada do local de

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Dispositivos técnicos de apoio

trabalho e uma inadequada conformação das ferramentas, além de pouca variação das tarefas. Esse tipo de trabalho sobrecarrega, aci-ma de tudo, o aparelho locomotor e a circulação sanguínea, mas tam-bém produz efeitos psíquicos.

Procure variar entre diferentes tarefas de trabalho, onde haja possibi-lidade de se movimentar depois de uma tarefa em postura fixa ou sentada durante longo período de tempo. Evite muitas tarefas onde é necessário segurar uma ferramenta ou objeto durante muito tempo na mesma posição. Os intervalos também são uma forma de reduzir o esforço.

DISPOSITIVOS TÉCNICOS DE APOIO

Utilize sempre os dispositivos técnicos de apoio quando o esforço do corpo implicar um risco à saúde. Dispositivos técnicos de apoio são máqui-nas, ferramentas de trabalho, instalações e equipamento de transporte e de elevação fixos ou móveis.

Mais informações sobre a se-leção de dispositivos técnicos de apoio no sítio www.bygero.dk. Alguns exemplos de dispo-sitivos técnicos de apoio para diversos fins e em diferentes setores de atividade:

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISDispositivos técnicos de apoio

Máquinas portáteis

O uso de máquinas portáteis não deve implicar esforço excessivo do utilizador. Isto pode ser assegurado se a máquina ficar suspensa. Ge-ralmente, o peso e o ponto de gravidade deverão ser adaptados ao modo de utilização e ao tempo durante o qual a máquina for utilizada.

O posicionamento e conformação adequados no punho também aju-dam a diminuir o esforço do utilizador.

A superfície de contato deverá ser o suficientemente ampla para que se possa distribuir a pressão uniformemente. A mão trabalha melhor em posição de leve flexão para trás. As ferramentas com punhos com isolamento contra vibrações e calor representam uma vantagem.

Banco do condutor

O banco ideal oferece total apoio à região lombar e coluna sem que haja uma postura sentada inflexível. Para os bancos do condutor em gruas, empilhadores e outros equipamentos de movimentação de ter-ras e construção, recomenda-se também que:

● O banco ofereça apoio a aprox. 2/3 do comprimento das coxas, e que a borda dianteira seja arredondada. O banco seja almofadado e forrado com material confortável, que permita a ventilação. A altu-

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ruídos

ra do banco e a inclinação sejam de fácil ajuste, sem necessidade de ferramen-tas. Para além disso, o ban-co deve ser regulável para a frente e para trás.

● A suspensão do banco e o amortecedor de choques e vibrações deve ser ajustável ao peso do condutor.

● O encosto deve oferecer o apoio necessário à coluna, não deve impedir movimentos e deve fornecer suficiente apoio lateral. O en-costo deve ser ajustado com um ângulo de 95-120°, ligeiramente para trás.

● As inclinações do banco e do encosto devem poder ser ajustadas de forma independente.

● O ângulo deve poder ser ajustado à tarefa (em gruas, por exemplo, levando em conta a visão do condutor, pode haver necessidade de se inclinar o banco e o encosto para a frente e para trás, segundo a forma de realização do trabalho - em terra ou em altura).

RUÍDOS

Os ruídos podem levar à redução permanente da audição, o que é uma lesão incurável do ouvido interno. O risco de lesão auditiva permanen-te ou a diminuição da audição depende da intensidade e duração do ruído.

A lesão auditiva se desenvolve mais rapidamente nos dois primeiros anos de exposição ao ruído. Por isso é importante, desde o início, pro-

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISRuídos

teger os ouvidos, reconhecer o risco e procurar reduzir o ruído. Muitas pessoas não se dão conta de que têm uma lesão auditiva até enve-lhecer.

Frequentemente, o tinido (zumbido nos ouvidos) e a hiperacusia (sen-sibilidade anormal aos sons) se devem ao ruído.

O ruído pode causar outras lesões além de prejudicar a audição. O ruído também é um fator de stress, e pode, por exemplo, levar à ele-vação da tensão arterial e da pulsação. A longo prazo, pode levar a um esforço excessivo do organismo que gera lesões.

O valor-limite do ruído no local de trabalho é 85 dB (A), medido como média de um dia de trabalho de 8 horas. O ruído desnecessário deve ser evitado, mesmo quando o valor-limite não tiver sido ultrapassado. O ruído deve ser o mais baixo possível, tecnicamente, e as condições acústicas devem ser satisfatórias.

Quando o ruído incluir impulsos fortes, no caso, por exemplo, de ferra-mentas de impacto, a medição do ruído é elevada em 5 dB para se poder efetuar uma comparação real com o valor-limite. Impulsos for-tes são aqueles com valor de pico acima de 115 dB(C), e que ocorrem ao menos uma vez por minuto.

Quando o valor de pico ultrapassar 130-140 dB(C), a audição pode ser afetada até mesmo com poucos episódios de exposição de curta du-ração. Ninguém deverá ser exposto a valores de pico acima de 137 dB(C).

O empregador deverá procurar amortizar os ruídos através de medidas de carácter técnico. Se isso não for possível o empregador deverá limi-tar o tempo de exposição do indivíduo ao ruído, ou organizar os traba-lhos de outra forma - por exemplo, separar o trabalho que envolve ruí-do de outros trabalhos. A combinação de medidas de amortização com medidas administrativas também poderá ser uma alternativa.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Ruídos

Quando a carga de ruído supera 80 d(A), ou se o ruído é nocivo ou in-comoda muito, o empregador deverá fornecer protetores auditivos.

Nos casos em que a carga de ruído é de 85 dB(A) ou superior, ou se o valor de pico é de 137 dB(C) ou mais, o empregador deverá assegurar que se utilize os protetores auditivos individuais desde o início dos trabalhos.

A organização setorial da construção civil da Dinamarca- BAR Bygge & Anlæg - recomenda, em todas as situações, que se utilize protetor auditivo entre 80 e 85 dB(A) para assegurar que não haja lesões audi-tivas.

Os protetores auditivos são apenas uma solução de emergência - con-sulte outras informações no capítulo dedicado a protetores auditivos.

Exemplos de medidas de caráter técnico:

● Diminua o ruído na fonte: desligue ou interrompa o funcionamento de equipamentos que não estão a ser utilizados e evite choques de metal contra metal, por exemplo.

● Diminua o ruído de máquinas ruidosas com materiais isolantes nas cabinas de máquinas de construção civil, e com o encapsulamento de compressores, saídas de som, por exemplo.

● Selecione um método que produza menos ruído onde for possível: dinamitar em vez utilizar britadeiras, por exemplo.

● Exemplos de medida para limitar o trabalho ruidoso podem ser fa-zer entalhes para perfuração em lajes betão para depois serrar, e adquirir pivôs de aço na medida certa, o que evita o corte ruidoso.

● Selecione ferramentas e máquinas de boa qualidade, que produ-zem pouco ruído.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISVibrações

Exemplos de outras medidas:

● Limite o tempo de permanência em ambiente com ruído. Isto pode ser feito através da divisão das tarefas entre vários trabalhadores.

● Adquira, sempre que possível, máquinas com baixo nível de ruído.

● Planeie o trabalho de forma que um trabalhador não tenha que ex-por outro trabalhador a ruído desnecessário.

● Os construtores e consultores podem, no âmbito do Plano de Saú-de e Segurança, contribuir de forma significativa para a redução do ruído.

Lembre-se que o fornecedor tem a obrigação de informar o nível de ruído de uma máquina, caso produza ruídos acima de 70 dB(A) no local do operador. Quando for o caso, os manuais também deverão conter informações sobre a instalação e montagem, com o objetivo de reduzir o ruído. Medidas de redução de ruídos (por exemplo, o encapsulamen-to) e a utilização de proteção auditiva também devem estar descritas.

VIBRAÇÕES

Vibrações das mãos e braçosO formigamento ou falta de sensação nos dedos é o primeiro sinal do impacto negativo das vibrações. Após um período prolongado, existe o risco da doença dos "dedos brancos": diante do frio, os dedos ficam brancos, frios e insensíveis. No início, somente um ou dois dedos são afetados, mas a exposição continuada às vibrações faz com que ou-tros dedos também fiquem "brancos"; eventualmente, ambas as mãos são afetadas.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Vibrações

Interrompa o trabalho caso cons-tate sintomas de "dedos bran-cos". A falta de sensibilidade também aumenta o risco de aci-dentes de trabalho. Paralelamen-te, pode haver dificuldade em se realizar uma tarefa que exige mo-vimentos precisos.

Outras consequências negativas podem ser a redução permanen-te da sensibilidade, o formiga-mento constante nos dedos, do-res nos ombros e articulações e maior risco de osteoartrite. O risco de lesões causadas por vibrações depende da quantida-de de vibrações a que se está

exposto em uma jornada de trabalho de 8 horas. Regra geral, as le-sões podem ser evitadas se o nível de exposição às vibrações não ul-trapassar 2,5 m/s².

O nível de exposição a vibrações de 2,5 m/s² equivale à exposição constante aos seguintes níveis de vibrações:

● 2,5 m/² em 8 horas● 3,5 m/s² em 4 horas● 5 m/s² em 2 horas● 7 m/s² em 1 hora● 10 m/s² em meia hora

O nível de exposição a vibrações diário não deve superar 5 m/s². O valor-limite é absoluto e não deve ser ultrapassado. O valor que de-sencadeia ação indica o ponto em que o empregador deve tomar me-

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISVibrações

didas para reduzir a exposição. O valor que desencadeia ação está fi-xado em 2,5 m/s². Com um nível de exposição entre 2,5-5 m/s² o trabalho pode continuar. Mas é preciso investigar a causa da alta ex-posição e procurar diminuí-la ao máximo. Isto pode ser feito no pla-neamento e através da aplicação de medidas de caráter técnico.

É preciso planear e realizar os trabalhos de forma que ninguém fique exposto a vibrações prejudiciais. É preciso adotar medidas de caráter técnico ou limitar a duração da exposição.

As seguintes medidas podem reduzir a exposição:

● Utilize métodos que causam menos vibração como, por exemplo, detonação, corte com diamante e corte com jato de água.

● Planeie o trabalho de forma a gerar o mais baixo nível de vibração possível.

● Substitua, sempre que possível, ferramentas portáteis por fer- ramentas/máquinas com comando à distância.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Vibrações

● Realize a manutenção das ferramentas periodicamente.

● Avalie o nível de vibrações ao adquirir máquinas ou ferramentas.

O fornecedor deverá prestar informações sobre vibrações nos braços e mãos no manual, no material promocional, etc. sempre que o nível supere 2,5 m/s².

Faça um teste com diferentes máquinas e utilize um consultor ao ad-quirir equipamento novo para avaliar as informações do fornecedor no âmbito das vibrações causadas pelas máquinas.

As luvas somente amortecem as vibrações de alta frequência. Por isso, as luvas amortecerão uma fração do golpe de uma britadeira, por exemplo, mas o risco dos dedos brancos continuará inalterado. O mesmo vale para a maior parte das ferramentas pesadas no âmbito da construção civil.

Vibrações transmitidas a todo o organismo

As vibrações transmitidas a todo o organismo apresentam o risco à saúde e segurança do trabalhador, em termos de moléstias na região lombar e lesões na coluna

As vibrações a todo o organismo são transmitidas ao operador de má-quinas móveis através do banco e do piso. Quanto mais intensa forem as vibrações, e quanto mais prolongada for a exposição, maior o risco de que o organismo seja afetado. Perío-dos de descanso podem reduzir esses efeitos.

O nível de vibrações diárias permite identificar a quantidade de vibra-ções a que uma pessoa pode ser exposta numa jornada de trabalho de 8 horas. O nível diário de vibrações é um cálculo que combina a in-tensidade das vibrações e o tempo da exposição.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISVibrações

A aceleração das vibrações é medida em m/s2 em três direções per-pendiculares umas às outras.

Evite exposição desnecessária a vibrações e procure reduzir ao máxi-mo a exposição. O valor-limite para as vibrações transmitidas para todo o organismo é de 1,15ms2 , que não deve ser superado; o valor que desencadeia ação a(8) de 0,5 m/s2.

O risco de lesões aumenta em posturas de trabalho fixas e frequen-tes torções da coluna. O mesmo vale quando os músculos estão can-sados, ou quando a coluna está comprimida após um dia de trabalho pesado. Obstáculos e movimentos inesperados, movimentos gerados por superfícies em desnível ou leves impactos, por exemplo, aumen-tam o risco de lesões.

Aquisição de máquinas

É importante garantir que a cabina do condutor seja concebida de forma ergonómica. Que haja boa visibilidade para o operador, e que todos os controlos e painéis estejam posicionados de forma que o operador possa realizar o seu trabalho sem necessitar realizar torções ou girar no banco.

Também é importante entender que uma máquina ineficiente com re-duzida capacidade para realizar as tarefas propostas pode resultar em períodos de exposição mais prolongados. (Em geral, máquinas mais pesadas vibram menos).

● Selecione máquinas com baixo nível de vibrações, mas somente compare dados de diferentes fornecedores quando o método de medição adotado for o mesmo.

● Adquira, sempre que possível, veículos com suspensão.

● Peça, sempre que necessário, a colaboração de um consultor de saúde e segurança para a avaliação.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Vibrações

É dever dos fornecedores de máquinas:

● Fornecer máquinas com baixa intensidade de vibrações.

● Fornecer veículos com bancos que reduzam as vibrações do condu-tor a níveis considerados razoáveis.

● Informar sobre a intensidade das vibrações. Caso as vibrações su-perem 0,5 m/s², os números devem ser fornecidos.

A intensidade das vibrações deve ser incluída nas instruções de uso, no material promocional e na documentação técnica em geral.

Reduza o risco de lesões

● Conduza a uma velocidade que não seja demasiado alta para a su-perfície em questão.

● Seleccione e identifique as vias de circulação sem tampas de esgo-to, buracos, paralelepípedos, placas, etc.

● Se possível, procure nivelar os percursos mais utilizados.

● Evite rodas maciças, sempre que possível.

● Utilize bancos que se adaptem ao veículo, inclusive no que diz res-peito à frequência de vibrações da máquina. O banco deve ter um encosto adequado aos movimentos decorrentes do trabalho a ser efetuado. Deve receber manutenção e ser de fácil ajuste pelo pró-prio condutor. O condutor deverá receber instruções completas sobre o ajuste do banco.

● O banco deve permitir ajuste para movimentos para frente e para trás, para inclinação do encosto, para o peso do condutor e ajuste do apoio lombar, quando houver. Um apoio lombar adequado e um

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISFrio e calor

ajuste de acordo com o peso do condutor são especialmente im-portantes do ponto de vista das vibrações.

● Quando for possível, ajuste o volante ou o dispositivo de controlo ao perfil do condutor.

● Os pneus do veículo devem ser os recomendados, e regulados à pressão adequada. Procure assegurar uma manutenção adequada da suspensão, amortecedores, etc. do veículo.

FRIO E CALOR

O frio, a chuva, o vento e as correntes de ar resfriam o corpo e sobre-carregam a circulação sanguínea e o metabolismo. Os músculos e os ligamentos tornam-se mais tensos, e o risco de sobrecarga local do sistema de locomoção aumenta. Quando as mãos arrefecem, ficam reduzidas a sensibilidade e a habilidade de realizar trabalhos de preci-são. Isto aumenta o risco de acidentes. A perda de temperatura em pessoas com com tendência a sofrer de dedos brancos aumenta o risco de crises.

Exemplo: Quando a temperatura é de 10˚C, e a velocidade do vento é de 14 m/s – a sensação térmica é de 2 graus abaixo de zero.

A temperatura durante a realização do trabalho deverá ser adequada ao organismo humano, levando-se em conta o método de trabalho adotado e o esforço físico que o trabalho exige.

A adaptação da temperatura no inverno pode, por exemplo, ser assegu-rada com a calefação dos locais de trabalho. Normalmente, uma tem-peratura aproximada de 10 graus é adequada para trabalho que exige atividade física. Em trabalhos que exigem elevada motricidade em posi-ção estática, uma temperatura aproximada de 15 graus é adequada.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Frio e calor

Em trabalhos realizados em es-truturas de construção abertas e em andaimes, no período de inverno (1/10 a 31/3) deve-se avaliar a necessidade de insta-lação de coberturas de prote-ção contra o frio. A medida é obrigatória nos casos de traba-lhadores expostos a condições meteorológicas severas duran-te períodos de tempo prolonga-dos. Nos trabalhos em estrutu-ras de construção abertas, o limite é aprox. três dias; nos an-

daimes ou similares, é de aprox. seis dias.

Nos estaleiros onde várias empresas realizam trabalhos simultanea-mente, o construtor deverá decidir quem deverá instalar a cobertura e qual deve ser a sua dimensão. Quando houver mais de 10 trabalha-dores nume estaleiro simultaneamente, a medida deverá ser incluída no respetivo Plano de Saúde e Segurança.

Em operações ao ar livre durante períodos de tempo prolongados, uma proteção contra o vento e a intempérie deve ser instalada. Deve-se também montar oficinas móveis, tendas, abrigos ou similares.

Caso se realizem trabalhos em projetos ou de escritório durante perío-dos prolongados de tempo no estaleiro, esses trabalhos deverão ser realizados em locais onde a disposição atende as regras de trabalho fixo. A temperatura mínima ambiente deverá ser de 18°C.

Caso a temperatura não possa ser regulada porque o trabalho ser rea-lizada ao ar livre, ou porque não há possibilidade de calefação do local, por exemplo, o empregador deverá assegurar que os trabalhadores utilizem vestuário de trabalho adequado.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISFrio e calor

A proteção contra o frio pode ser assegurada com jornadas de traba-lho mais curtas e vestuário de proteção. O vestuário para o trabalho deverá ser confortável, com boas propriedades de isolamento e de ventilação e uma camada externa resistente ao vento. O vestuário deve permitir a saída do calor excessivo nos trabalhos que exigem esforço físico. O vestuário de proteção é um objeto de proteção indi-vidual comparado aos calçados, e por isso deve ser fornecido e man-tido pelo empregador.

Em trabalhos em que se alterna o frio e o calor, deve ser possível tro-car de vestuário, de acordo com a situação.

Quando o trabalho é realizado em posição deitada, sentada ou de joe-lhos, com contato direto com superfícies frias ou húmidas, é preciso utilizar uma proteção individual.

O calor forte ou os raios solares diretos, juntamente com um alto teor de humidade do ar podem ser prejudiciais. Além do risco de desidrata-ção, há um impacto sobre a circulação, e a temperatura do corpo sobe; em alguns casos, as pessoas podem desenvolver irritabilidade ou agressividade. A insolação raramente ocorre na Dinamarca.

Na combinação de trabalho fisicamente pesado, forte sol e máquinas aquecidas (em trabalhos com asfalto, por exemplo) os efeitos do ca-lor podem ser significativos. Por isso, durante a execução de traba-lhos que produzam calor é preciso fazer pausas frequentes em am-biente fresco.

Não utilize muita roupa, se tiver que trabalhar em ambiente húmido ou quente. Em trabalhos pesados, deve haver a possibilidade de se fazer várias pausas; além disso, a jornada de trabalho deverá ser limi-tada. Tome muita água.

O trabalho em vestuário de proteção pode acumular muito calor, pois o excesso do calor do corpo e a transpiração não conseguem ser eli-

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Laser

minados. Em trabalho que exige muito esforço físico, a desidratação e o aumento da temperatura do corpo podem subitamente se tornar perigosos. Procure fazer pausas suficientes em ambiente fresco e li-mite o tempo de trabalho, se possível.

LASER

Os raios laser podem causar lesões aos olhos e à pele, em radiação direta ou reflectida. Os raios laser estão divididos em classes, de acor-do com o perigo que apresentam - as respetivas medidas de seguran-ça são indicadas em cada caso. Nas classes 1 e 2, o piscar dos olhos do operador normalmente evita lesões - nas classes 3 e acima, é ne-cessário tomar precauções especiais.

A classificação dos raios laser e as respetivas medidas de segurança devem estar em conformidade com a norma europeia EN 60 825-1.

Os equipamentos laser devem ser fornecidos com instruções de uso em dinamarquês, e devem ser identificados com uma advertência.

Os equipamentos laser somente deverão ser utilizados por pessoas que possuam o conhecimento necessário, e que tenham recebido ins-truções sobre o seu uso. Para evitar a ocorrência de radiação nociva, todas as pessoas nas imediações do local onde se utiliza um equipa-mento laser devem ter conhecimento das medidas de segurança.

Ao se trabalhar com equipamento laser, uma placa de advertência deve ser colocada em lugar adequado e visível.Outras regras de segurança:

● Jamais olhe diretamente para o raio laser.

● Utilize sempre um escudo para bloquear a radiação.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISExposição a substâncias químicas

● Evite reflexos perigosos de superfícies polidas ou ferramentas de trabalho.

● Evite utilizar instrumentos de medição com mira telescópica.

● Posicione os instrumentos de forma que não possam capturar o raio laser.

● Quando não estiver a ser utilizado, o equipamento laser deve ser desligado.

● Não utilize um equipamento laser de uma classe acima do neces-sá rio.

EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

As substâncias e materiais químicos estão em todos os lugares. Eles podem ser encontrados sob forma de substâncias com um efeito quí-mico planeado - por exemplo, tinta, espuma de calafetagem e revesti-

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111

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Exposição a substâncias químicas

mentos de pisos. A exposição a substâncias químicas também pode ocorrer no contato acidental com materiais de construção - por exem-plo, poeira de materiais de isolamento, madeira, betão, ou fumos de soldadura. Em muitos casos, pode haver resíduos de construções an-teriores que se descobrem em tarefas de demolição ou reformas- por exemplo, amianto, PCB, chumbo ou solo contaminado.

Por isso não é suficiente concentrar-se nas novas substâncias ou ma-teriais seleccionados - substâncias e materiais nocivos também po-dem ser encontrados em construções existentes.

O mais importante é evitar o contato com as substâncias nocivas. Mas isso nem sempre é possível. Por isso é essencial tomar uma série de medidas, tanto em termos de planeamento quanto em termos de proteção individual.

Prevenção

É possível ver, cheirar ou sentir o gosto de muitas substâncias quími-cas. Por exemplo, é possível ver a poeira no ar e cheirar ou até sentir o gosto de fumos, vapor e gás. Outras substâncias químicas são mais difíceis ou até impossíveis de se registar. Nesses casos, é preciso con-trolar as substâncias e os materiais, lendo as etiquetas e instruções de uso.

Preste especial atenção aos casos de contaminação, onde não se consegue cheirar ou ver as substâncias químicas. É possível que exis-tam substâncias químicas presentes na área. O monóxido de carbono é letal sem pré-aviso; a fina poeira em suspensão de amianto ou sílica nem sempre pode ser vista ou notada.

Os efeitos nocivos à saúde das substâncias químicas podem ser evi-tados observando-se o seguinte:

● Remova a substância ou material do local de trabalho.

Page 113: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

● Substitua a substância e material por substância ou material me-nos nocivo.

● Isole a substância e o material: por exemplo, com o encapsulamen-to do processo de trabalho.

● Instale ventilação de processo, por exemplo, exaustão localizada.

● Use equipamento de proteção individual.

● Procure oferecer instruções pormenorizadas. Leia as instruções para uso no local de trabalho.

Avaliação de substâncias perigosas

Todas as substâncias e materiais perigosos devem ser substituídos por substâncias e materiais menos perigosos e menos nocivos. Isto também é responsabilidade do projetista.

O Serviço de Inspeção do Trabalho pode exigir documentação que pro-ve que, por razões de ordem técnica ou económica, não é possível substituir as substâncias ou materiais nocivos.

Não basta que o empregador documente que os efeitos das substân-cias e materiais nocivos são insignificantes. Se a utilização de uma substância ou material novo também resultar em diferenças impor-tantes nas propriedades técnicas ou custos, o empregador deverá elaborar um estudo completo das consequências técnicas ou econó-micas em termos de saúde e segurança.

Instruções para uso

Instruções para uso do fornecedor O fornecedor tem a obrigação de fornecer as substâncias ou mate-riais acompanhados de instruções para uso de fácil compreensão em

Exposição a substâncias químicas

Page 114: MANUAL SOBRE

113

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

dinamarquês (ficha de dados de segurança). Essa obrigação também vincula os comerciantes de bricolagem.

Instruções para uso no local de trabalhoÉ necessário produzir instruções de uso dirigidas ao uso concreto do material no loca de trabalho. As instruções deverão ser formuladas com base nas instruções entregues pelo fornecedor.

As instruções para uso no local de trabalho devem ser redigidas com a participação da organização de saúde e segurança no local de tra-balho, e é responsabilidade do empregador que sejam formuladas.

Maiores informações sobre o conteúdo das instruções para uso no sítio www.styrpastoffernne.dk.

Todos os empregados que trabalham com substâncias deverão rece-ber a versão mais recente das instruções para uso. As instruções para uso no local de trabalho devem estar disponíveis no local onde a tare-fa deve ser realizada.

Avaliação Química do Local de Trabalho - uma avaliação especial

A utilização de substâncias e materiais químicos deve ser avaliada num capítulo específico da avaliação do local de trabalho, frequente-mente conhecida como ALT química.

Caso haja risco de exposição a diferentes substâncias ou materiais, será necessário efetuar uma avaliação completa do risco.

A avaliação deverá cobrir os seguintes aspetos:

1. Quais os materiais que apresentam riscos e de que forma?

2. Como e em que extensão se dá a exposição?

Exposição a substâncias químicas

Page 115: MANUAL SOBRE

114

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

3. Como se utilizam os materiais - por exemplo, quais os métodos de diluição e aplicação?

4. Como se pode prevenir a exposição às substâncias/materiais - com isolamento, ventilação e uso de equipamentos de proteção - e ga-rantir que a prevenção funcione devidamente.

Um bom ponto de partida são as instruções para uso no local de tra-balho, que contém as informações sobre os riscos à saúde, os meios de proteção e as regras de utilização.

Quando as avaliações não revelarem qualquer problema, pode-se, na ALT convencional, fazer referência às instruções para uso das subs-tâncias e materiais perigosos no local de trabalho.

Caso a avaliação revele situações inaceitáveis, o plano de ação da ALT deverá conter uma descrição da falta de equipamento de proteção individual ou de ventilação inadequada, por exemplo.

As instruções para uso no local de trabalho devem estar reunidas; além disso, deve haver uma lista de todos os produtos utilizados na empresa ou no estaleiro.

No sítio da organização setorial BAR, www.sturpaastofferne.dk, são fornecidas outras informações e exemplos de como se pode formular uma ALT química.

Valores-limite e medições

A Legislação sobre saúde e segurança contém valores-limite para uma série de substâncias, materiais e processos de trabalho. O valor --limite não pode ser utilizado de forma isolada, e sim como parte de uma avaliação completa das condições de saúde.

Muitas vezes, a exposição se refere a várias substâncias simultanea-

Exposição a substâncias químicas

Page 116: MANUAL SOBRE

115

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

mente; por exemplo, vários tipos de vapor de solventes ou fumos de soldadura com substâncias diferentes, todas nocivas. Nesses casos, não é suficiente observar os valores-limite de cada substância indivi-dualmente, pois os efeitos da combinação podem ser mais severos. Por exemplo, os efeitos são significativos no trabalho físico pesado combinado com contaminação do ar provocada por poeira, fumo, va-por ou nuvem de óleo. No trabalho pesado a respiração é profunda, e inspira-se mais ar contaminado. Por isso, a concentração de todos os elementos contaminantes deverá ter o mais baixo valor-limite possí-vel. Em caso de dúvidas, recorra aos serviços de um consultor na área de saúde e segurança.

Não basta observar os valores-limite quando, através da aplicação de medidas de caráter técnico, se possa limitar ainda mais a contamina-ção. Normalmente, é preciso tomar as medidas de caráter técnico que correspondem às boas práticas do setor ou a processos identifi-cados em outros setores. Por isso, raramente há necessidade de se efetuar medições de concentração de substâncias no ar, pois as me-didas de prevenção são tomadas em todas as situações.

Utilização de medições

As medições são supérfluas quando se sabe que ocorreu a contami-nação do ar e se conhece a sua origem. Isto pode ser feito através de uma avaliação pormenorizada do seguinte: ● Tipo e quantidade das substâncias e materiais utilizados.

● Processos e operações, incluindo a sua frequência e duração.

● Medidas de caráter técnico.

● Limpeza.

Exposição a substâncias químicas

Page 117: MANUAL SOBRE

116

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

● Descontaminação e ordem do local de trabalho.

As experiências de outras empresas e processos semelhantes podem ajudar na avaliação. Mesmo quando as medições de uma empresa não possam ser diretamente aplicadas a outra empresa.

Quando não for possível avaliar as condições de acordo com os princí-pios acima, pode-se realizar uma investigação de orientação. O objeti-vo é avaliar, com meios simples, se a qualidade do ar é aceitável. Nes-se tipo de investigação, utilize equipamento com leitura direta. Em caso de dúvidas sobre o nível de periculosidade da contaminação do ar, entre em contato com um consultor de saúde e segurança autori-zado.

Classificação e marcação

As substâncias perigosas devem ser classificadas de acordo com as regras do Ministério do Ambiente e Energia.

As substâncias e produtos nocivos à saúde, e perigosos do ponto de vista de explosões, incêndio ou ambiente, são divididos em classes de periculosidade e identificados conforme mostra a figura abaixo:

Período de transição

Durante período de transição entre janeiro de 2009 e junho de 2015 é possível adotar regras de marcação antigas ou novas. Isto significa que até 2015 é possível encontrar tanto símbolos novos quanto sím-bolos antigos.

Exposição a substâncias químicas

Page 118: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

Novos Antigos

Irrita em contato com pele e olhos. Pode causar alergias em contato com a pele.

Fatal ou tóxico em caso de ingestão, conta-to com a pele ou inalação.

Carcinogénico. Mutagénico.Pode induzir malformações em fetos

Pode causar alergias se inaladoLesões a órgãos específicos

Corrosivo à peleProduz graves lesões oculares

Corrosivo a metais

Inflamável

Sob pressão, por ex. garrafas de gás

Produtos nocivos ao meio-ambiente

Xi- Irritação localizada

Tx- Altamente tóxico

T- Tóxico

C- Corrosivo

Fx- Extremo perigo de incêndio

N- Nocivo ao meio-ambiente

Xn- Nocivo à saúde

T- Tóxico

Xn- Nocivo à saúde

Xi- Irritação localizada

F- Sério perigo de incêndio

Exposição a substâncias químicas

Page 119: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

Frases R e S

Todas as substâncias nocivas são identificadas quanto a risco (frases R) e quanto às normas de segurança (frases S).

As frases R e S e o nome da substância nociva devem constar da em-balagem.

Substâncias e produtos tóxicos

As empresas que utilizam substâncias e produtos tóxicos devem enviar uma notificação a respeito ao Serviço de Ins-peção do Trabalho. Isto é feito através de um formulário especial que pode ser obtido nas esquadras de polícia ou nos centros regionais de inspeção do trabalho. A notifica-

ção tem a validade de três anos.

As substâncias e produtos nocivos devem ser conservados de forma adequada, em armário ou espaço fechado, e identificados com adver-tência de perigo.

Numeração por códigos

Uma série de produtos devem ser numerados com códigos. A regra se aplica a tintas, mas também a outros produtos como protetores de madeira, adesivos e massas de calafe-tagem. O código deve aparecer na embalagem ou nas ins-

truções para uso do fornecedor.

O código deverá ser utilizado para a seleção adequada do produto (se-lecione, como ponto de partida, produtos com o número mais baixo possível), e para determinar quais as medidas de segurança que de-vem ser adotadas - por exemplo, uso de equipamento de proteção individual.

Exposição a substâncias químicas

Page 120: MANUAL SOBRE

119

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS

O código consiste em dois dígitos ligados por um hífen. Os códigos abrangem entre 00-1 e 5-6.

O dígito à esquerda do hífen determina as medidas de segurança que devem ser tomadas para prevenir a inalação de vapores, incluindo aqueles dos solventes orgânicos.

Quanto mais elevado o dígito à esquerda do hífen, maior a necessida-de de se adotar equipamentos de proteção respiratória e ventilação de processo para proteger contra o risco de inalação. Tintas à base de água recebem, tipicamente, o código 00-1 (1993). Tintas alquílicas com terebentina mineral recebem, tipicamente, o código 2-1 (1993). Produtos com base em xileno como solvente recebem, tipicamente, o código 4-3 (1993). O dígito à direita do hífen é utilizado para determinar as medidas de segurança que podem prevenir o contato com a pele e os olhos, inala-ção de gotas, poeira de nuvem de pulverização e outras formas de absorção como, por exemplo, o tabaco e a alimentação.

- 1 significa que há risco de inspiração de nuvem de pulverização ou de manchas duradouras.

-2 significa que há o risco de ingestão ou inalação da nuvem de pulverização.

-3 significa que há o risco de irritação ou de possíveis alergias. -4 significa que há o risco de corrosão. -5 significa que há o risco de alergias. -6 significa que o produto é tóxico, ou que há o risco de cancro.

O princípio consiste em que, quanto mais alto o dígito, maior o risco. A substância identificada com 5-6 é a mais nociva à saúde.

Um produto para pintura com o código 00-1 é o menos nocivo que se pode produzir com a técnica existente.

Exposição a substâncias químicas

Page 121: MANUAL SOBRE

120

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISExposição a substâncias químicas

Utilização dos códigos

A marcação com códigos pode ajudar a decidir quais os equipamentos de proteção individual a serem utilizados. O Serviço de Inspeção do Trabalho possui quadros que informam quais os equipamentos de pro-teção a serem utilizados. Isto dependerá do código, da dimensão da superfície a ser tratada (grande ou pequena) e do método de aplica-ção.

Um exemplo:

1. A parte interna de uma estrutura de ferro deverá ser pintada. O trabalho acarreta acentuada exposição e, por isso, devem ser ob-servados certos critérios funcionais.

Equipamento de proteção individual e vestuário específico

Código

2-1

Local de trabalho

Método de aplicação

EspátulaPincelRolo ou similar

Pulverizar

Ao ar livre Máscara com filtro de gás a) p) r)Luvas h) i) k)

Máscara completa com fonte de ar g)Fato-macacoLuvasCapuz

Superfície interna de pequena dimensão*

Luvas h) i) k) Máscara completa com fonte de ar g)Fato-macacoLuvasCapuz

Superfície interna de grande dimen-são*

Semi-máscara com fonte de arLuvas h) i) k)

Máscara completa com fonte de ar g)Fato-macacoLuvasCapuz3

2

1

Page 122: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Tinta

2. O código da tinta utilizada é 2-1.

3. A tinta será aplicada com pincel ou rolo, e as superfícies a serem pintadas são de grande dimensão.

Com base na tabela, pode-se constatar que, no mínimo, deverá ser utilizada uma semi-máscara com fonte de ar e também, em caso de salpico, luvas.

Casos duvidosos

Em caso de dúvidas, ou em casos-limite, deve-se sempre utilizar a proteção mais eficaz.

A expressão "superfícies pequenas" compreende batentes de portas, rodapés, tubulação ou similares, que não superem 10% da superfície total do espaço, e não sejam superiores a 4 m2.

Quando a temperatura no espaço ou nas superfícies (radiadores, por exemplo) forem superiores a temperatura ambiente normal, o dígito à esquerda do hífen deverá ser elevado ao dígito seguinte.

TINTA

As tintas contêm aglutinantes, pigmentos etc., e podem conter tam-bém vários tipos de solventes. Evite inalar vapores de tinta e evite o contato com a pele caso a tinta contenha solventes orgânicos. Em pintura à pistola existe o risco de inspiração de aerossol (nuvem de pulverização) e de vapores dos solventes. O aerossol pode conter pig-mentos que contêm metal (compostos de chumbo, cromo ou níquel) que são prejudiciais à saúde e, por essa razão, são perigosos de inalar.

Page 123: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISSolventes orgânicos

As tintas também contêm substâncias que podem provocar irritação ou alergias.

Diluição das tintas

Ao se diluir uma tinta, as regras de segurança são alteradas. Por isso, o código do produto pronto para uso (já diluído) deve sempre ser infor-mado. Por exemplo, a diluição de uma tinta (código 2-2) com um sol-vente (código 3-1) normalmente implica a modificação do código para 3-2 e, com isso, a observação de regras mais rígidas.

Interdição

Para alguns tipos de trabalhos de pintura, são determinados códigos máximos. Isto se aplica a trabalhos de pintura em ambientes fecha-dos, por exemplo.

SOLVENTES ORGÂNICOS

Os solventes orgânicos são utilizados para a remoção da gordura e para limpeza, e podem também entrar na composição de tintas e ade-sivos, por exemplo. Os solventes orgânicos normalmente são classifi-cados como substâncias nocivas.

Risco à saúde

Os solventes orgânicos podem causar lesões em uma série de órgãos, e são absorvidos pelo organismo através dos pulmões ou pele. As le-sões podem ser de natureza aguda ou crónica. As lesões agudas se manifestam como cefaleias, tonturas, sensação de embriaguez e cansaço, ou através de um efeito do álcool mais rápido do que o nor-mal. Os solventes orgânicos também podem irritar a mucosa dos olhos, nariz e garganta, e provocar eczema.

Page 124: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Solventes orgânicos

Caso a pessoa esteja exposta a solventes orgânicos durante um pe-ríodo de tempo prolongado, há o risco de lesões crónicas ao cérebro e sistema nervoso. Os sintomas podem ser falhas de memória, nervo-sismo e irritabilidade e, posteriormente, alterações psíquicas como, por exemplo, a depressão. Alguns solventes orgânicos podem causar o cancro e problemas reprodutivos (lesões fetais).

Perigo de incêndio e de explosão

Os solventes orgânicos frequentemente implicam o risco de incêndio, e os seus vapores podem, em contato com o ar, gerar compostos ex-plosivos. Quando aquecidos, esses compostos de solventes orgâni-cos com cloro podem dividir-se e gerar fosgénio (gases tóxicos).

Materiais que apresentam o risco de incêndio e explosão requerem medidas específicas.

Utilize equipamento de proteção respiratória com fonte de ar (de um compressor situado em área não contaminada ou de cilindros de ar) em trabalhos com solventes orgânicos com ponto de ebulição abaixo de 65°C, já que pode haver dificuldade de limitação com um filtro de carvão.

Regras de utilização

Algumas recomendações associadas ao uso e armazenamento de solventes:

● Utilize sempre o solvente menos nocivo.

● Siga as indicações das instruções para uso no local de trabalho.

● Evite o tabaco e o fogo descoberto (soldadura, etc.).

● Procure assegurar uma ventilação eficaz.

Page 125: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISMadeira impregnada

● Utilize equipamento de proteção respiratória adequado caso não seja possível evitar a inalação dos vapores de outro modo.

● Não se incline sobre um recipiente de solvente aberto.

● Verifique se as peças limpas ou impregnadas estão completamen-te secas antes de prosseguir com outros trabalhos.

● Proteja a pele contra solventes com equipamento de proteção indi-vidual adequado (luvas, fato-macaco, avental e mangas, depen-dendo do tipo de trabalho. Retire imediatamente o vestuário mo-lhado e lave a pele, se for atingida.

● Não deixe panos humedecidos com solventes à sua volta, em reci-pientes abertos ou guardados nos bolsos.

● Jamais limpe a pele com solventes.

● Proteja os olhos contra respingos e salpicos. Em caso de irritação persistente nos olhos, lave com água e procure um médico.

MADEIRA IMPREGNADA

A madeira impregnada contém compostos de cobre e boro que são nocivos e, por isso, é classificada como material nocivo.

A madeira impregnada importada pode também conter compostos de cromo ou fósforo.

Os compostos de boro podem influir negativamente na reprodução masculina, e podem afetar o feto durante a gravidez. Os compostos de cromo podem provocar alergias; suspeita-se, também, que pos-sam provocar o cancro.

Page 126: MANUAL SOBRE

125

2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Madeira impregnada

A madeira impregnada a vácuo contém compostos de tributil (madei-ra importada), que são tóxicos quando inalados, e altamente irritan-tes para a pele e olhos. Propiconazol/triazol e IPBC podem provocar irritação nos olhos e pele. Até que a madeira impregnada a vácuo te-nha perdido o odor, existe o risco de vapores de solventes orgânicos, principalmente da terebentina, que podem provocar tonturas, mal-es-tar e cefaleias.

Nas tarefas que implicam uso e corte de madeira impregnada sob pressão:

● Utilize apenas madeira impregnada sob pressão quando for neces-sário para prevenir ataques de fungos ou insetos. Em muitos casos, pode-se optar por espécies de madeira com alto nível de impregna-ção natural.

● Utilize madeira impregnada com as substâncias menos nocivas.

● Utilize apenas madeira impregnada cujos vapores tenham evapora-do o suficiente. A humidade da madeira não deverá superar 25-30%.

● Evite que a madeira impregnada entre em contato com a pele.

Utilize luvas apropriadas e avental caso a madeira tenha ficado ex-posta à chuva. Deverá haver aspiração eficaz em caso de corte ou outro tipo de processo com madeira impregnada. Utilize, quando ne-cessário, equipamento de proteção respiratória adequado (ao menos uma semi-máscara com filtro P2). Procure conservar e trabalhar com madeira impregnada sob pressão em local com boas condições de ventilação.

Page 127: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISAgentes de descofragem

AGENTES DE DESCOFRAGEM

Os agentes de descofragem podem ser produzidos à base de óleos minerais, vegetais ou sintéticos, e podem conter solventes e alguns aditivos. Na maioria dos casos, os agentes de descofragem minerais são classificados como substâncias ou materiais nocivos. O contato com os agentes de descofragem pode provocar reações na pele - vermelhidão, irritação, inchaço, bolhas e eczema. O contato pro-longado com óleos minerais pode também provocar o cancro. Os ae-rossóis/nuvens de pulverização podem, se inalados, provocar náusea ou cefaleia, e podem resultar em doenças nos pulmões. Evite o contato da pele com agentes de descofragem. A aplicação de agentes de descofragem deverá, portanto, ser efetuada com um pin-cel, escova ou rolo em todos os pontos onde for possível. Quando o acabamento exigir a pulverização de agentes de descofragem, deve--se utilizar, no mínimo, equipamento de proteção respiratória com fil-tro P2A2. Além disso, pode haver o risco de entrar em contato com o agente de descofragem na retirada das formas.

Medidas de promoção da segurança

● Utilize os agentes de descofragem menos irritantes e menos noci-vos à saúde.

● Verifique, de antemão, até que ponto a utilização de um produto é nociva, e obtenha informações claras e completas sobre o risco.

● Obtenha instruções claras e completas sobre como se deve realizar o trabalho, e sobre que tipo de equipamento de proteção individual deve ser utilizado.

Page 128: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Agentes de descofragem

Disposição do local de trabalho

Disponha o local de trabalho de forma a evitar a contaminação do utilizador ou de outras pessoas com a pulverização, respingos ou nu-vem de pulverização (aerossóis). Atenção à intensidade e direção do vento.

Equipamento de proteção individual e higiene

Na pulverização normalmente é necessário utilizar equipamento de proteção individual e fato-macaco à prova de óleo com capuz e luvas, etc.

Utilize aventais e luvas à prova de óleo ao aplicar óleo com pincel ou rolo. Frequentemente, é necessário utilizar vestuário específico, nos trabalhos com elementos de cofragem com óleo e similares.

Área proibida

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISEpóxi e isocianatos

Vestuário de trabalho c com agentes de descofragem deve ser con-servado separado do vestuário de rua. Quando o trabalho estiver ter-minado, é importante lavar e cuidar da pele e do corpo. Por isso é obrigatório fornecer contaminado produto de limpeza para a pele, sa-bonete, cremes para a pele e toalhas limpas e secas ou toalhas des-cartáveis.

EPÓXI E ISOCIANATOS

Os compostos de epóxi são altamente tóxicos e provo-cam alergias, e por isso são classificados como substân-cias ou materiais nocivos.

As alergias podem surgir mesmo depois de curta exposi-ção. O eczema de contato (eczema alérgico) se constata principal-mente nas mãos, e se manifesta através de vermelhidão, prurido, erupções e bolhas com líquido. Nos casos mais severos de eczema, a pele incha e produz líquido.

O epóxi é utilizado em produtos para pintura, vedantes de humidade, revestimentos de pisos, materiais de calafetagem para betão, massa de calafetagem, adesivos, etc. As pessoas que sofrem de eczema, alergia a epóxi ou transpiração em excesso (hyderhidrosis manuum) não devem trabalhar com esses produtos.

Isocianatos (poliuretano ou PU) podem provocar eczema ou asma alérgica. A asma é uma hipersensibilidade dos pulmões, que se mani-festa com ataques de falta de ar ao contato com substâncias especí-ficas. Suspeita-se que vários isocianatos possam provocar cancro e, por essa razão, encontram-se na lista de cancro do Serviço de Inspe-ção do Trabalho.

Os isocianatos são utilizados em produtos para pintura, adesivos, ba-

Page 130: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Epóxi e isocianatos

ses de telhados, massa de calafetagem, revestimento de pisos e es-pumas macias ou rígidas, por exemplo, em condutas de calor com re-vestimento térmico. Muitas vezes é o componente endurecedor em compostos. Por vezes, obtém-se a mistura pronta de endurecedor e resina.

As pessoas que sofrem de asma, eczema, alergia a isocianatos, doen-ças crónicas nos pulmões ou que têm transpiração excessiva nas mãos não devem trabalhar com esses produtos.

Interdição de pulverização

Em geral, a pulverização com produtos sem as cabinas e caixas de pulverização equipadas com ventilação apropriada é proibida. No en-tanto, a pulverização é permitida em algumas situações: revestimen-tos de pisos de madeira em alguns pavilhões para desportos e em pistas de desportos ao ar livre. Em algumas situações pode haver uma limitação de tempo para esse tipo de trabalho. Isso dependerá da situação específica do trabalho. Os trabalhos de pulverização de-vem ser notificados ao Serviço de Inspeção do Trabalho.

Formação e instrução

Todas as pessoas que trabalham com produtos à base de epóxi ou isocianatos deverão receber uma formação específica. Existe uma formação convencional e uma formação mais curta associada aos tra-balhos que envolvem materiais de calafetagem em embalagens fe-chadas. Além disso, o empregador deverá assegurar que haja sufi-ciente formação sobre como o trabalho específico deverá ser realizado.

Page 131: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISEpóxi e isocianatos

Regras de utilização de epóxi e isocianatos

É necessário utilizar luvas descartáveis especiais e vestuário apro-priado ou fato-macaco, pois é importante evitar o contato com a pele.

Evite também a inspiração de possíveis vapores ou aerossóis. Aten-ção para o fato de que o calor gerado em trabalhos de rebarbagem de produtos endurecidos, por exemplo, pode espalhar isocianatos.

Somente as pessoas que trabalham com os produtos poderão circu-lar na área de trabalho, que deverá estar preparada com sinalização de advertência. Resíduos, restos, embalagens vazias, vestuário de

EPOXYAFFALD

Pas på! Eksemfare

EPÓXIRESÍDUOS

Cuidado! Risco de eczema

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Epóxi e isocianatos

trabalho inutilizado e luvas descartáveis devem ser depositados em compartimentos específicos que indiquem claramente o seu conteú-do.

Deve haver acesso a um lavatório com água corrente morna próximo ao local do trabalho. As torneiras não devem ser operadas manual-mente. Caso preciso, utilize um lavatório móvel. Também deve haver a possibilidade de duche com água fria e quente, e também acesso a produtos de limpeza específicos, sabonete neutro, toalhas descartá-veis macias e creme específico para a pele.

O equipamento de pronto-socorro contendo, entre outras coisas, lí-quido para lavagem dos olhos, deverá estar próximo do local do traba-lho. Também deve haver vestiários específicos onde o vestuário de rua e o vestuário de trabalho fiquem armazenados separadamente.

Lave as mãos antes de usar os sanitários e antes de comer; também recomenda-se um duche imediatamente após o final do trabalho. É preciso mudar a roupa na hora de comer, para não comer com o ves-tuário de trabalho. No local de trabalho em si, está proibido o consu-mo de alimentos, bebida e tabaco.

Creme

Page 133: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISAsfalto (betume)

ASFALTO (BETUME)

O trabalho com asfalto inclui a aplicação de vários tipos de betume rodoviário, aplicação de betão betuminoso, trabalho de revestimento de telhados com produtos betuminosos, impermeabilização de pon-tes e isolamento contra humidade, etc. com produtos betuminosos.

Os produtos betuminosos normalmente são classificados como subs-tâncias ou materiais nocivos.

Os trabalhos com materiais betuminosos podem acarretar contami-nação atmosférica nociva à saúde, e alguns produtos podem provo-car eczema quando em contato com a pele.

Materiais betuminosos que acarretem problemas de saúde e segu-rança deverão ser substituídos por materiais menos nocivos.

Medidas de promoção da segurança

Deve haver instruções para uso no local de trabalho antes de se iniciar os trabalhos com asfalto e materiais betuminosos. Nos trabalhos com materiais reutilizados basta formular instruções por escrito.

Não é permitido utilizar soluções betuminosas que contenham sol-ventes como adesivo. Caso seja necessário, por exemplo, para garan-tir a fluidez do tráfego, poderão ser utilizadas entre 1 de outubro e 1 de abril, após consulta com a organização interna de saúde e segu-rança.

Hoje existem produtos tecnicamente adequados para adesão e trata-mento superficial que podem substituir produtos com solventes orgâ-nicos.

A temperatura deverá ser o mais baixa possível nos trabalhos com materiais betuminosos. Além disso, deve-se sempre observar a tem-peratura máxima de aplicação dos diferentes tipos de betume.

Page 134: MANUAL SOBRE

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Asfalto (betume)

Ventilação natural e mecânica

Nos trabalhos ao ar livre, o trabalho com betume deve ser planeado de forma a evitar que ocorra diretamente no penacho de fumo, ex-pondo os trabalhadores ao fumo de asfalto. É preciso levar em conta a direção do vento.

Devem ser tomadas medidas como o encapsulamento, utilização de tampa nas caldeiras, ventilação de processo, cabina do condutor com sobrepressão ou medidas similares para evitar a contaminação noci-va que possa ser inalada.

Em trabalhos com pavimentadoras acima de 2,5 m é possível utilizar cabinas de condutor com sobrepressão ou filtros, ou utilizar outras soluções de caráter técnico como, por exemplo, escudo de calor so-bre o nivelador.

Em trabalhos de pavimentação em pátios ou outras áreas com venti-lação natural insuficiente, os vapores devem ser eliminados de forma mecânica. Isto pode ser feito através de ventilação mecânica mon-tando-se equipamento de aspiração na pavimentadora, que extrai o fumo da área em torno ao nivelador e o conduz até um catalizador.

Elimine o fumo através de ventilação de processo em trabalhos com asfalto em ambientes fechados. Por exemplo, em galpões industriais ou armazéns, ou em trabalhos com asfalto em túneis.

Equipamento de proteção individual

Deverá sempre haver equipamento de proteção respiratória disponí-vel, que poderá ser utilizado quando não for possível, de nenhuma outra forma, evitar a produção de contaminação do ar nociva à saúde. Normalmente, deve-se utilizar, como mínimo, uma semi-máscara com filtro A2P2 (poderá ser utilizada, no máximo, até 3 horas durante uma jornada de trabalho) ou equipamento com ventilação assistida com o mesmo tipo de filtro. Quando houver risco de contato com a pele, é

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISAmianto

preciso utilizar equipamento de proteção individual como luvas e cal-çados, que deverão ser trocados quando tiverem acumulado sujidade de asfalto ou emulsão.

Formação

O trabalho somente poderá ser realizado por pessoas que tenham re-cebido a respetiva formação ou que tenham sido instruídas por pes-soas que tenham recebido tal formação. Todas as pessoas - exceto aquelas que somente trabalham durante um curto período ou excep-cionalmente - que trabalham com asfalto deverão receber a forma-ção.

Medidas de promoção do bem-estar dos trabalhadores

Quando o trabalho não for realizado próximo de um contentor de apoio ou ponto de reunião comum, é preciso levar água e produto para limpeza das mãos até o local. Para além disso, não é permitido levar o vestuário de trabalho para casa.

AMIANTO

O amianto tem sido utilizado desde o final da década de 1980 para isolamento e também em vários materiais de chapas. O amianto pro-voca o cancro e pode causar cancro da laringe, cancro dos pulmões e mesotelioma. As pessoas que fumam e que estão expostas, simulta-neamente, ao amianto, correm um risco maior de contrair cancro do pulmão.

É proibido utilizar amianto ou materiais que contenham amianto, mas ainda é permitido demolir, reparar e manter edifícios, etc. onde foram utilizados materiais com teor de amianto. A lavagem a alta pressão de materiais que contém amianto (telhados de Eternit, por exemplo)

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Amianto

está proibida. É possível obter uma permissão para efetuar a lavagem a alta pressão de algumas instalações onde a limpeza pode ocorrer com reduzida geração de poeira.

Demolição é definida como a total remoção de materiais que conte-nham amianto dentro uma área determinada. A remoção de material que contenha amianto no interior de edifícios, etc. deve ser notificada ao Serviço de Inspeção do Trabalho. O mesmo se aplica a trabalhos que não implicam curta e reduzida exposição ao amianto como, por exemplo, a remoção de placas de cimento com amianto nos telhados, que não podem ser removidas inteiras.

Reparações são defiinidas como o encapsulamento e selagem de su-perfícies completas como telhados, tetos e revestimentos de pare-des com material que contém amianto.

Manutenção é entendida como enchimento ou selagem de pequenas áreas com pequenos orifícios como orifícios de pregos, decoração e guarnições, vedação de algumas placas intactas e não perfuradas que contém amianto, e cobertura de chapas de telhado que contém amianto.

O material que contém amianto que foi removido ou desmontado da sua posição original não poderá ser reutilizado de nenhuma outra for-ma. Esta regra vale também quando o material estiver intacto.

Jovens com menos de 18 anos não poderão trabalhar com materiais que contenham amianto ou ser expostos, de forma alguma, a poeira de amianto. As pessoas que trabalham com a remoção de material interno devem receber uma formação específica. Em outros trabalhos que apresentem risco de contato com poeira de amianto, os trabalha-dores deverão receber informações e instruções pormenorizadas. O empregador deverá poder documentar que os empregados realizaram a formação pormenorizada.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISAmianto

As instruções e a formação pormenorizada deverão ser fornecidas nos seguintes trabalhos:

● Trabalhos de encapsulamento e confinamento do material que contenha amianto e que não se encontre em bom estado.

● Trabalho com a desmontagem de condutas de água de fibrocimen-to no solo, onde uma quantidade significativa do material está tri-turada.

● Remoção de chapas de fibrocimento que contêm amianto.

● Limpeza após um incêndio ou destruição de grande escala após uma tempestade, onde há grande quantidade de material triturado que contém amianto.

● Limpeza geral associada a trabalho de demolição.

● Demolição da parte externa de edifícios cobertos ou totalmente cobertos. Medidas de promoção da segurança

A avaliação do local de trabalho convencional deverá ser complemen-tada com uma avaliação específica que descreve como será possível observar as regras especiais no âmbito do amianto.

Nos trabalhos de demolição, o empregador deverá formular um plano de trabalho que disponha sobre a utilização de métodos de trabalho que promovam pouca poeira, ventilação, uso de equipamento de pro-teção individual e eliminação dos resíduos. Assim, fica assegurada uma boa gestão dos trabalhos de demolição, de limpeza no caso de incêndio ou em trabalhos de remoção de materiais que contenham amianto de edifícios, equipamentos e instalações.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Amianto

O plano de trabalho deverá descrever de que forma o amianto e os materiais que contêm amianto deverão ser tratados. No caso de de-molição de um edifício, os materiais que contêm amianto deverão ser removidos antes da demolição.

O plano de trabalho também deverá incluir os trabalhos de limpeza resultantes da demolição.

Medidas de segurança de caráter geral

● utilize métodos de trabalho e ferramentas que gerem a menor quantidade possível de poeira. Materiais que contêm amianto, e que devem ser demolidos, devem ser humedecidos para reduzir a formação de poeira.

● Remova a poeira, onde ela for gerada. Isto pode ser feito com me-cânicas dotadas de boa capacidade de sucção.

● Utilize equipamento de proteção respiratória caso haja o risco de poeira de amianto. O equipamento de proteção respiratória deverá ser, no mínimo, uma semi-máscara com filtro P2 (poderá ser utiliza-da, no máximo, até 3 horas durante uma jornada de trabalho). Caso haja produção de grande quantidade de poeira, o equipamento de proteção de respiração deverá possuir fonte de ar. Em trabalhos de demolição, somente é permitido trabalhar 4 horas diárias com equi-pamento de proteção respiratória com fonte de ar, e deverá haver uma pausa no máximo 2 horas após o início do trabalho. Em traba-lhos especialmente pesados, pode ser necessário reduzir ainda mais a jornada de trabalho.

● Utilize vestuário de trabalho repelente à poeira com fato-macaco e capuz sem bolsos. O fato-macaco deverá ser fechado à volta do pescoço e pulsos, e o trabalhador deverá trocar de fato com fre-quência e não usar o fato durante as pausas de refeições.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISAmianto

Sinalização

Asbestarbejdeingen adgang

for uvedkommende

Para limitar a presença de pessoas não autorizadas no local de trabalho, a área deverá ser delimitada. Além disso, deverá haver avisos visíveis com o seguinte texto: Cuidado. Traba-lho com amianto. Não é permitida a presença de pessoas não autorizadas.

Resíduos

Os resíduos que contêm amianto como poeira, partículas finas e fil-tros devem ser humedecidos; em seguida, devem ser conservados e removidos em recipientes bem fechados. A embalagem deverá ser identificada com informações sobre o conteúdo de amianto. A des-truição deverá seguir as orientações das autoridades locais.

Limpeza

A limpeza eficaz do local de trabalho é importante. Isto é válido tanto para a demolição externa quanto a demolição interna (remoção) de partes do edifício que contêm amianto. Após a remoção interna é pre-ciso realizar uma limpeza geral com aspiração seguida de limpeza hú-mida. Não é permitido varrer a seco. Finalmente, é preciso ventilar bem o local, fazer nova limpeza e ventilar mais uma vez.

O aspirador utilizado deverá ser do tipo apropriado para o trabalho, e deverá poder reter a poeria de amianto. Os filtros deverão ser docu-mentados como apropriados para reter a poeira de amianto, por ex., caixa de poeira H.

Vestiários e instalações sanitárias

Deve haver dois vestiários quando se procede a demolição em am-biente fechado: um para o vestuário de trabalho, e outro para o ves-tuário diário. Para se passar de um vestiário a outro, é preciso passar por uma área com duches. O mesmo vale para trabalho ao ar livre que

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Lã mineral e outras matérias isolantes

gere poeira; é o caso de demolição de chapas de fibrocimento que contêm amianto, e que não podem ser removidas intactas.

Em outras modalidades de demolição e em reparações (trabalho que não gera poeira) o vestiário deverá ter ambientes separados para o vestuário de trabalho e o vestuário diário (dois armários), bem como duches com água quente e fria.

Também deverá haver um refeitório separado, que não deverá ser uti-lizado para fins de trabalho.

LÃ MINERAL E OUTRAS MATÉRIAS ISOLANTES

Há várias formas de materiais isolantes com diferentes impactos no-civos à saúde; esses efeitos deverão ser considerados quando se se-lecionam produtos, quando se planeia o trabalho e no que respeita a utilização de equipamento de proteção individual.

Para evitar desconforto é preciso assegurar que os materiais isolan-tes que soltem a menor quantidade de fibras possível. Isto se conse-gue com a utilização de produtos tratados e selados, e produtos que requeiram a menor quantidade de cortes possível.

Caso os materiais isolantes contenham fibras minerais sintéticas, será preciso formular instruções para uso com informações sobre os riscos à saúde e sobre como devem ser tomadas as medidas de segu-rança.

A lã mineral (lã de rocha ou vidro) é utilizada amplamente para isola-mento. Quando se trabalha com produtos de lã mineral, há a liberação de fibras minerais de vários tamanhos. As fibras maiores podem pro-vocar prurido e erupções pois causam pequenos cortes na pele. As

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISLã mineral e outras matérias isolantes

fibras também podem irritar os olhos. As fibras menores podem cau-sar obstrução nasal e dores no nariz e garganta. O trabalho com lã mineral pode causar bronquite.

Medidas de segurança no isolamento novo

Planeie o processo de trabalho de forma que se gere a menor quanti-dade possível de poeira e de forma que o trabalho seja realizado se-gundo as normas ergonómicas. Isto pode ocorrer, por exemplo, isolan-do-se o telhado e os muros externos, por cima e por fora, respetivamente.

Prepare a construção de forma que se possa utilizar os materiais de isolamento padrão.

Procure selecionar produtos de isolamento que se adaptem à cons-trução. Assim é possível limitar os cortes no local de trabalho.

Utilize vestuário de trabalho repelente à poeira, se não houver outras formas de evitar contato com as fibras minerais. A roupa não deve ser aberta pelo meio, e deverá ser bem fechada em torno aos pulsos, ca-nelas e pescoço, e não deve ter bolsos ou abas. No caso de capuz, este deverá ter viseira.

As luvas devem estar disponíveis no local de trabalho. Também pode ser necessário utilizar óculos de proteção ou máscaras.

Utilize, quando necessário, equipamento de proteção respiratória adequado (ao menos uma semi-máscara com filtro P2).

Atenção, pois pode haver fibras de amianto em materiais isolantes antigos.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Lã mineral e outras matérias isolantes

Trabalhos que envolvem muita poeira

Os trabalhos que envolvem muita poeira, em geral, ocorrem em:

● demolição de materiais isolantes antigos,

● isolamento em alturas acima do nível da cabeça - dependendo do material isolante,

● reabilitação térmica de pontos de difícil acesso, por exemplo, al-çapões, galerias, porões e outros espaços estreitos com pouca ventilação - dependendo do material isolante,

● insuflação ou aplicação de produtos granulados.

Em trabalhos que geram grande quantidade de poeira, a exigência de medidas específicas é mais rigorosa. O trabalho deverá ser planeado de forma a evitar afetar a outros trabalhadores nas proximidades.

Dentro do possível, é preciso remover a contaminação no local onde é produzida. Isto ocorre, normalmente, com ventilação mecânica.

Os trabalhadores deverão ter acesso a vestiários com locais separa-dos para vestuário diário e vestuário de trabalho. Também deve ser possível tomar um duche quente.

Limpeza

A limpeza deve ser feita de forma a levantar o mínimo de poeira. Lim-peza com aspiração ou água, por exemplo. Não se deve tentar varrer o chão seco ou limpar com alta pressão.

Sempre que possível, deve-se manter o piso húmido durante o traba-lho para reduzir a propagação da poeira.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPó de sílica

PÓ DE SÍLICA

Muitos materiais de constru-ção são produzidos a partir de areia, argila, granito, sílex, ter-ra de quartzo, etc., e contêm dióxido de silício. O mesmo vale para alguns tipos de tinta, massa de preenchimento, ade-sivos e similares.

O pó de sílica é formado quan-do se processa o sílex, grés, granito e betão ou quando se trabalha com jato de areia. Uma parte da poeira é com-posta de pequenas partículas que quando inspiradas podem chegar até aos pontos mais pequenos dos pulmões. Esta poeira inalável irrita a mucosa e fica retida nos pulmões da pessoa que a inspira.

Isto implica o risco de se desenvolver silicose e cancro dos pulmões. As doenças se manifestam através de tosse e dificuldade crescente para respirar. As doenças são constatadas quando há uma capacida-de reduzida das funções dos pulmões e com raio-x dos pulmões.

Medidas de promoção da segurança

É possível limitar a formação de pó de sílica das seguintes maneiras:

● Utilize os processos de trabalho que menos geram poeira: dinami-tação em vez de trituração, cisalhamento em vez de corte, e uso de ferramentas mais lentas.

● Utilize ferramentas ligadas a um aspirador ou instalação central de aspiração ao trabalhar com ferramentas de impacto, perfuração e corte.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Pó de madeira

● Quando não puder eliminar a poeira, procure humedecer a área.

● Dedique algum tempo para limpeza periódica.

● Limpe com aspirador ou varredura húmida - nunca varra a seco. Os aspiradores devem ser dotados de filtros apropriados, isto é, filtros que possam reter a poeira que pode ser inspirada. O aspirador pode ser do tipo H, consoante a norma EN 60335-2-69. Para aspiradores da classe H, a norma dita a utilização de filtros HEPA.

● Se necessário, utilize equipamento de proteção individual. O equi-pamento de proteção respiratória deverá ser, no mínimo, uma semi-máscara com filtro P2.

PÓ DE MADEIRA

O pó de madeira é gerado quando a madeira é trabalhada. O pó de madeira pode secar a pele e as mucosas e também irritar as vias res-

piratórias e as mucosas. O pó de madeira pode causar o cancro do nariz e pode provocar aler-gias em vários graus.

Medidas de promoção da segurança

Deverá haver aspiração (ventila-ção de processo). Em locais de trabalho fixos, de forma que não ocorra a recirculação do ar. O mesmo vale para os trabalhos com madeira de folhosas em es-taleiros e locais de trabalho mó-veis.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISFumos de soldadura e corte

A limpeza deverá ser efetuada com aspiração. O aspirador deverá ser montado com um filtro apropriado que possa reter o pó de madeira. O aspirador pode ser do tipo H, consoante a norma EN 60335-2-69. Para aspiradores da classe H, a norma dita a utilização de filtros HEPA.

FUMOS DE SOLDADURA E CORTE

Os fumos e poeira de trabalhos em metais contêm gases e partículas de metais pesados, por exemplo, que podem provocar bronquite crónica, asma e cancro das vias respiratórias. Isto pode ocorrer se a contaminação não for eliminada de forma adequada. Pode surgir con-taminação do ar nociva à saúde se os elétrodos, metal de base ou revestimento do metal de base contiverem zinco, cobre, chumbo, cádmio ou cromo, por exemplo.

Utilize equipamento de ventilação e aspiração adequado para a remo-ção dos fumos de soldadura e poeira de rebarbagem. Utilize equipa-mento portátil caso não seja possível instalar equipamento central de ventilação de processo. O equipamento de ventilação deverá ser do-tado de dispositivo de controlo que indica funcionamento deficiente.

Em muitos casos pode ser necessário utilizar equipamento de prote-ção respiratória como máscara de ventilação assistida com filtro ade-quado ou equipamento de proteção respiratória com fonte de ar.

A soldadura e corte de todos os tipos de metal, bem como a rebarba-gem associada a esses processos somente deverão ser realizados por pessoas que tenham recebido a formação correspondente.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Cinza volante

CINZA VOLANTE

A cinza volante é utilizada como material de enchimento na constru-ção de estradas juntamente com o cimento, betão e betão celular.

A cinza volante é composta de partículas finas que se separam dos gases residuais das centrais a carvão. O contato com a pele e muco-sas pode causar irritação aguda. A exposição prolongada pode provo-car alergias.

Jovens com menos de 18 anos não devem trabalhar nem entrar em contato com a cinza volante. É preciso organizar todos os trabalhos com cinza volante de forma que haja a menor geração de poeira pos-sível, para que a suspensão seja reduzida ao mínimo. Isto pode ser feito através do humedecimento durante os trabalhos.

As cabinas das máquinas de construção civil devem ser construídas de forma que a cinza volante não penetre na cabina. O ar de entrada, por exemplo, deve passar por um filtro de partículas adequado.

O contato com a cinza volante exige o uso de equipamento de prote-ção individual que consiste em luvas, vestuário de trabalho repelente à poeira, proteção auditiva e equipamento de proteção respiratória adequado. Por exemplo, equipamentos de ventilação assistida com capuz e filtro de partículas.

CROMATO NO CIMENTO

Os compostos de cálcio no cimento e produtos de argamassa irritam a pele e as mucosas. O cromato solúvel na água no cimento pode provocar eczema em contato com a pele.

É proibido utilizar cimento e produtos que contenham cimento não endurecido com um teor de cromato solúvel em água superior a 2 mg por kg de cimento seco.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISChumbo

Caso se utilize sulfato de ferro para reduzir o teor de cromato no ci-mento e produtos que contêm cimento, deverá haver uma clara e le-gível identificação na embalagem com as seguintes informações:

● Contém cromato solúvel em água.

● Data da embalagem.

● Condições de armazenamento.

● Período de conservação.

Normalmente, é preciso formular as instruções de uso no local de tra-balho para a utilização do cimento.

CHUMBO

Os compostos de chumbo eram utilizados em tintas, coberturas, etc.

Pode haver um risco de exposição ao chumbo e compostos de chum-bo em trabalhos de remoção de coberturas ou de demolição. O risco é maior em trabalhos de raspagem, queima e corte de materiais reco-bertos de tinta que contém chumbo.

A pessoa exposta ao chumbo durante períodos prolongados pode so-frer lesões ao sistema nervoso, cérebro, rins e trato gastrointestinal. Pode ocorrer anemia, e o chumbo pode reduzir a capacidade reprodu-tiva em homens e mulheres e causar lesões fetais. Além disso, o chumbo é considerado carcinogénico.

Jovens com menos de 18 anos não devem trabalhar onde haja o risco de exposição aos efeitos do chumbo.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Chumbo

Medições de chumbo

Em trabalhos de demolição normalmente mede-se a presença do chumbo no ar (medições de poeiras) e no sangue dos empregados (medição de chumbo no sangue). Isto vale principalmente quando houver raspagem e queima de materiais recobertos de tinta à base de chumbo e demolição de instalações (fornos de fundição, por exem-plo).

Quando os resultados de duas medições seguidas revelarem resulta-dos abaixo do valor limite fixado, não é preciso realizar novas medi-ções até que haja mudança nas condições de trabalho.

Quando os resultados das medições superarem os valores-limite, será preciso efetuar medições de poeiras quatro vezes por ano, e análise de sangue dos empregados duas vezes por ano. Além disso, os em-pregados deverão ser submetidos a exames médicos e possivelmen-te transferidos a outros trabalhos em que não haja exposição ao chumbo.

Medidas de promoção da segurança

Através de medidas adequadas deve-se evitar que haja geração de poeira de chumbo ou vapores que contenham chumbo. Em caso de poeira de chumbo, é preciso proceder à sua remoção no ponto em que é produzida. Os trabalhadores deverão, eventualmente, utilizar equi-pamento de proteção respiratória adequado e vestuário de trabalho repelente à poeira. Caso haja risco de contato com a pelo, os trabalha-dores deverão usar equipamento de proteção individual como luvas e vestuário apropriado. O vestuário deverá ser conservado separado do vestuário diário.

Os equipamentos de proteção individual, incluindo o vestuário, não poderão ser levados para casa. O vestuário deverá ser lavado no pró-prio local de trabalho ou em lavandaria especializada nesse tipo de tarefa. O vestuário deve ser transportado em recipientes fechados.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISChumbo

Medidas de promoção do bem-estar do trabalhador

Deverá haver sanitários com lavatórios e duches com água quente e fria próximos ao vestiário. Deverá haver dois armários por empregado para dividir o vestuário de trabalho e o vestuário pessoal.

O empregador deverá assegurar que os refeitórios não sejam conta-minados com chumbo proveniente dos equipamentos de proteção individual, e deverá assegurar que os locais de trabalho, vestiários, sanitários e refeitórios sejam limpos adequadamente todos os dias. A limpeza deve ser realizada com equipamento de aspiração dotado de filtro adequado, que possa reter a poeira contaminada com chumbo. Eventualmente, a limpeza poderá ocorrer com lavagem ou com outro tipo de processo que não levante a poeira. O Plano de Saúde e Segu-rança do construtor deverá descrever de que forma a dispersão da poeira no ambiente deverá ser evitada e como se poderá garantir que outras pessoas no local de trabalho não sejam expostas a vapores ou poeira desnecessariamente.

Higiene

Os trabalhadores devem utilizar os sanitários especialmente instala-dos antes das pausas de refeição e no final da jornada de trabalho.

Não é permitido o tabaco ou a ingestão de alimentos e bebidas onde se trabalha com chumbo metálico ou compostos de chumbo.

Resíduos

O empregador deverá assegurar que os resíduos que contêm chumbo sejam recolhidos e destruídos em recipientes fechados ou similares.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Solo contaminado por óleo ou substâncias químicas

SOLO CONTAMINADO POR ÓLEO OU SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Os trabalhos associados a solo contaminado com substâncias quími-cas podem apresentar riscos à saúde. Sem que se conheça o tipo e a extensão da contaminação é impossível determinar quais os riscos que o trabalho apresenta.

Numa fase precoce do projeto é preciso investigar se existe contami-nação por substâncias químicas nocivas à saúde no terreno ou em partes dele. Em caso positivo, é preciso determinar quais as substân-cias contaminantes, e em que medida existe contaminação. Caso se constate uma contaminação de origem desconhecida, o trabalho de-verá ser interrompido e a contaminação investigada.

No planeamento é preciso procurar prever os riscos de acidentes e riscos à saúde e descrever de que maneira as medidas de prevenção deverão ser executadas.

No caso de deteção de contaminação de origem desconhecida durante os trabalhos de escavação, o trabalho deverá ser interrompido e deve-rão ser chamados especialistas. O Serviço de Inspeção do Trabalho e as autoridades ambientais locais também deverão ser notificados.

Medidas de promoção da segurança

O empregador deverá fazer o possível utilizando a tecnologia existen-te para evitar que os trabalhadores sejam afetados pelo solo conta-minado. Por exemplo:

● Ventilação de sobrepressão com ar fresco nas cabinas do condutor.

● Montagem de tendas com ventilação de sobrepressão.

● Nebulização da área onde ocorrem tarefas que geram poeira.

● Montagem de membranas e bombas que evitem que os vapores, lí quidos, etc. penetrem na zona de escavação.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPCB

● Na medida do possível, os trabalhos deverão ser realizados acima do nível da escavação.

● Limitação do acesso à área contaminada.

Os trabalhadores deverão usar equipamento de proteção individual quando os trabalhos não puderem ser realizados adequadamente de outra forma. Pode-se adotar, por exemplo, equipamento de proteção respiratória com fonte de ar fresco, vestuário de proteção, luvas de proteção e botas de borracha de segurança repelente ao óleo e resis-tentes às substâncias químicas. É possível que os operadores das máquinas e os condutores tenham que usar vestuário de proteção, botas de segurança, luvas e equipamento de proteção respiratória adequado.

Medidas de promoção do bem-estar e outras

Pode ser necessário criar refeitório, vestiário com um armário para vestuário de trabalho e um armário para vestuário diário, lavatórios, sanitários com duches e sanitários imediatamente ligados ao local de trabalho.

A higiene pessoal é importante. É especialmente importante que a pele contaminada seja lavada devidamente. Lave o rosto, mãos e bra-ços antes de cada pausa - e também antes de usar os sanitários.

PCB

PCB é uma abreviatura que designa um grupo de substâncias quími-cas, policlorobifenilos, que podem acumular no organismo. As subs-tâncias podem ser carcinogénicas e podem causar lesões fetais. Es-sas substâncias são absorvidas através da inspiração e do contato com a pele.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS PCB

Os PCBs foram sido usados em massas de calafetagem entre 1950 e 1976, em todos os tipos de construções e como adesivo de vedação em janelas com vidros duplos entre 1967 e 1973. Também podem estar presentes em verniz para soalhos, tintas e outros produtos. As massas de calafetagem elásticas polisulfuretadas podem conter até 30% de PCB.

As substâncias PCB migram com facilidade do adesivo e da massa de calafetagem e penetram na madeira ou no betão à sua volta.

Substituição de janelas e calafetagem

Mesmo em tarefas sem aquecimento da massa de calafetagem como na substituição de janelas, pode haver poeira que contenha PCB. É importante, por isso, que os trabalhos sejam realizados com o mínimo de poeira possível. Isto significa, por exemplo, que deverão ser utiliza-das lâminas em vez de ferramentas de corte elétricas, e que os restos de material contaminado seja coletado e destruído de acordo com as normas estipuladas pelas autoridades locais.

Os seguintes equipamentos de proteção devem ser utilizados quando se trabalha com lâminas:

● Vestuário descartável com capuz.

● Luvas de nitrilo, por exemplo.

● Equipamento de proteção respiratória com filtro P3, no mínimo.

Em situações com grandes quantidades de poeira, quando se utilizam ferramentas elétricas para a remoção de calafetação, por exemplo, o equipamento de proteção respiratória deverá ter filtro A2/P3, no mí-nimo.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISPCB

Janelas de vidros duplosA retirada e o manuseio de janelas de vidros duplos deverão ser efe-tuados com luvas de nitrilo resistentes a corte.

Projetos de saneamento

Em casos de projetos de saneamento, onde se deve remover material contaminado co PCB, deverão ser observadas algumas regras especí-ficas.

O local de trabalho deverá, de acordo com a necessidade, ser fecha-do, e deverá ser criado um local de trabalho com pressão negativa. Além disso, é preciso utilizar ferramentas especiais com aspiração e filtro de poeira

Quando se utilizam ferramentas que geram poeira e produzem calor, os seguintes equipamentos de proteção deverão ser utilizados:

● Equipamento de proteção respiratória com fonte de ar fresco ou equipamento de proteção respiratória com viseira e ventilação as-sistida com filtro de combinação A2P3.

● Luvas de material que proteja contra os PCB, por exemplo, de bor-racha de butil, neopreno, viton ou 4H (PE/EVAL).

● Fato-macaco, classe 4/5.

Em geral, é uma boa ideia lavar as mãos antes das refeições, para evitar a absorção de poeira que pode conter PCB.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Exposição a substâncias biológicas

EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS

Há uma série de processos de trabalho que implicam exposição a substâncias biológicas. Alguns exemplos:

● Trabalhos em esgotos ou em ligação de redes de esgotos.

● Excrementos de pombos, ratos em trabalhos de reabilitação.

● Saneamento associado a combate a fungos.

Esgotos e águas residuais

A inalação de aerossóis e o contato da pele com águas residuais pode levar a vómitos e diarreia. É preciso evitar contato desnecessário com águas residuais com fato-macaco, luvas ou vestuário de trabalho es-pecial. O vestuário não poderá ser levado para casa para lavar.

Se o trabalho consistir essencialmente em contato com águas resi-duais ou lamas de depuração, é preciso que o trabalhador seja vacina-do contra o tétano, hepatite A e poliomielite.

A vacina contra o tétano é exigida em outros trabalhos como a demo-lição de tubos de queda ou similares.

Excrementos de pombos e ratos

A poeira de excrementos de animais pode conter endotoxinas nocivas à saúde. Por isso, nos trabalhos de reabilitação é preciso realizar um exame das caves e telhados, por exemplo.

Os estudos de avaliação devem mostrar se há quantidades relativas de resíduos humanos ou de animais. Os resíduos podem ser restos de excrementos de pombos, ratos ou mesmo seringas deixadas por toxi-codependentes.

É preciso planear o trabalho de forma que os dejetos nocivos à saúde

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISExposição a substâncias biológicas

sejam eliminados antes do início dos trabalhos. É preciso utilizar equi-pamentos de proteção individual como equipamento de proteção res-piratória, vestuário descartável e luvas.

Manuseio de fungos

Em trabalhos de reabilitação, pode-se deparar com fungos nas cons-truções. Os fungos são encontrados tanto em edifícios residenciais quanto em instituições públicas, escolas, etc. Algumas espécies de fungos deixam vestígios tóxicos que podem causar problemas de saúde. Na maioria dos casos, não é possível determinar, a olho nu, se se trata de vestígios nocivos ou não; por isso, toda incidência de fun-gos deve ser tratada com cuidado.

Na remoção dos fungos é preciso proteger os indivíduos e as imedia-ções dos efeitos nocivos à saúde. Também é preciso assegurar que a poeira infetada e os vestígios de fungos não se alastrem. Atenção ao fato de que pode haver um risco de permanência em ambiente infeta-do. Por isso é preciso informar os utilizadores do local, quando for o caso.

Evite tocar materiais atingidos pelos fungos com mãos descobertas. Utilize aspiradores com microfiltros, aspiradores de classe H com fil-tro HEPA, por exemplo, para evitar a inalação de vestígios ou poeira e para que a poeira ou os vestígios não cheguem aos olhos.

A máquina deverá ser desinfetada após o uso e o filtro deverá ser substituído. A máquina também pode ser embalada de forma hermé-tica e somente ser utilizada para remoção de fungos. Caso a máquina não seja utilizada durante longos períodos de tempo, deve ser efetua-da limpeza e substituição do filtro.

Utilize os seguintes equipamentos de proteção individual:

● Calçados e luvas estanques nas bordas.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Efeitos psíquicos

● Óculos.

● Fato-macaco à prova de poeira, eventualmente descartável.

● Máscara de ventilação assistida com filtro P3/A2 ou eventualmen-te equipamento de proteção respiratória com fonte de ar.

EFEITOS PSÍQUICOS

As regras relativas ao ambiente de trabalho psíquico exigem que a empresa, no mínimo, tome medidas com relação a:

● Pressão de tempo e grande volume de trabalho.

● Incidentes traumáticos, como acidentes de trabalho graves.

● Assédio em geral, e assédio sexual.

As empresas na área da construção civil realizam trabalhos que estão associados a sérios riscos de acidentes. Outros fatores que podem ser negativos do ponto de vista psíquico são o trabalho de um empre-gado sozinho em construção de estradas, ou se o tipo de trabalho torna difícil observar os procedimentos normais de segurança (traba-lho em altura, por exemplo).

Boas medidas de segurança são, portanto, importantes para promo-ver um bom ambiente de trabalho do ponto de vista psíquico.

A pressão psíquica no trabalho pode levar ao aumento do absentis-mo, ambiente desagradável, aumento dos conflitos ou abandono da empresa pelo trabalhador.

Quando um trabalhador sofre pressão psíquica durante longo período

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISEfeitos psíquicos

de tempo, os resultados podem ser distúrbios de concentração, ner-vosismo, insatisfação e cansaço.

A pressão psíquica também pode se manifestar sob forma de bati-mentos cardíacos irregulares, tensão muscular e cefaleia. Nos piores casos, um ambiente de trabalho ruim do ponto de vista psíquico leva à depressão e doenças cardiovasculares.

Pressão de tempo, grande volume de trabalho e influência no próprio trabalho

A pressão do tempo e o grande volume de trabalho e tarefas que não se consegue terminar a tempo levam a horas extraordinárias, aumen-to do ritmo do trabalho e pouco descanso. Isso pode gerar stress, can-saço e distúrbios do sono. Um excesso de horas extraordinárias du-rante prolongados períodos de tempo, combinados com horas de sono insuficientes, também pode aumentar o risco de acidentes de trabalho e acidentes de circulação.

Nos contratos com os clientes e construtores, deverá haver uma pre-visão de conclusão das obras, e em que condições é admissível alte-rar o calendário e as tarefas.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Efeitos psíquicos

Com um bom planeamento é possível evitar prazos demasiado curtos ou tarefas não previstas. Os planos devem ser seguidos permanente-mente. Pode-se assegurar a clareza das tarefas e do calendário atra-vés de reuniões no início das jornadas nos estaleiros, e através de instruções claras antes do início de uma nova tarefa, ou na alteração de uma tarefa.

A mão de obra deve ser suficiente para cobrir o tipo e âmbito das ta-refas. Nas tarefas complexas, os trabalhadores devem ter os conhe-cimentos e experiência suficientes e que correspondam ao grau de dificuldade do trabalho.

Os contratos por tarefa ou outra forma salário com base em presta-ção de trabalho também pode levar a um ritmo de trabalho demasia-do intenso.

Para os trabalhadores que executam tarefas sozinhos, a pressão de tempo ou um volume grande de trabalho pode significar um forte im-pacto psíquico. Os supervisores e colegas devem, portanto, manter--se informados e manter contato durante a jornada de trabalho. É uma boa ideia que os trabalhadores sempre tenham consigo um tele-móvel para poder entrar em contato com um supervisor ou colega. Isso aumenta a confiança e evita o stress.

A influência dos empregados no trabalho, no que diz respeito à forma como as tarefas devem ser realizadas, também ajuda a aumentar a satisfação no trabalho. É importante que os trabalhadores possam recusar uma tarefa, quando sentem que a tarefa é grande demais ou quando a pressão de tempo for demasiada. A influência também pode se traduzir em escolha de tarefas, de forma que cada trabalhador possa evitar trabalho monótono e repetitivo.

As instruções e a formação também são importantes para superar a questão de pressão de tempo. É importante que todos os trabalha-dores tenham conhecimento suficiente para manusear materiais,

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISEfeitos psíquicos

máquinas e ferramentas que deverão ser utilizadas na tarefa. Os trabalhadores estrangeiros e recém-contratados podem ter maior necessidade de instruções do que os trabalhadores dinamarqueses.

Muitas vezes, a formação dos supervisores, capatazes e chefes de equipa nos temas de cooperação, comunicação e solução de confli-tos pode evitar a pressão psíquica tanto para os supervisores quanto para os trabalhadores.

Incidentes traumáticos

Incidentes traumáticos podem ser um acidente de trabalho que leva ao temor de se realizar certas tarefas ou à indiferença com relação às normas de saúde e segurança da empresa.

Na ocorrência de um acidente de trabalho ou de outro acontecimento de caráter sério (ameaças de violência, por exemplo), é importante que os supervisores e os trabalhadores conheçam os procedimentos de emergência da empresa diante tal acontecimento.

Um plano de emergência pode conter uma lista das pessoas que de-vem acompanhar uma pessoa às emergências, quem deve assegurar que os trabalhadores não voltem sozinhos para casa, quem deve en-trar em contato com os parentes e informar demais pessoas na em-presa. O plano também deve determinar quem pode oferecer apoio psicológico em caso de crise a testemunhas ou demais trabalhadores da empresa.

A direção da empresa deverá decidir como pretende apoiar as pes-soas atingidas pelo acidente durante a baixa, para que possam voltar rapidamente ao trabalho.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAIS Efeitos psíquicos

Assédio em geral ou assédio sexual

A intimidação ou o assédio sexual surtem impactos diferentes em cada indivíduo.

A intimidação ocorre quando os trabalhadores submetem outras pes-soas da empresa a gracejos desagradáveis, observações ofensivas, ataques físicos, ameaças ou comportamentos semelhantes.

O assédio sexual ocorre quando trabalhadores são submetidos a atos não consensuais de caráter sexual.

A intimidação e o assédio sexual, em geral, geram um ambiente nega-tivo na empresa. Podem também levar a baixas por doença prolonga-das de um ou mais trabalhadores.

Uma política de pessoal que insista na franqueza e no diálogo pode ajudar a prevenir a intimidação e o assédio sexual. Pode ser útil des-crever as medidas que são condenadas e quais as sanções a que a intimidação e o assédio sexual podem levar. Também é importante acordar com os empregados onde podem obter ajuda para formular uma queixa e obter apoio psicológico e aconselhamento em caso de intimidação e assédio sexual.

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2. EXPOSIÇÕES PROFISSIONAISEfeitos psíquicos

Bem-estar e cooperação

Quando os trabalhadores não se sentem bem na empresa ou no local de trabalho, podem ocorrer muitos conflitos. Quando não há confian-ça na direção da empresa ou confiança mútua, os trabalhadores po-dem sentir-se inseguros em termos de segurança no trabalho. A falta de respeito mútuo pode levar a baixos níveis de motivação ou atitu-des negativas com relação à empresa. A falta de reconhecimento pode levar a insegurança com relação à qualidade do próprio trabalho.

Uma cooperação ativa baseada na transparência e no diálogo pode significar muito para o ambiente positivo da empresa e para evitar conflitos.

A confiança entre os trabalhadores e colegas tem impacto na forma em que se realiza o trabalho e em como as pessoas se sentem na empresa.

O respeito e o tratamento em condições de igualdade são fatores im-portantes tanto na empresa quanto no estaleiro. As relações cordiais normais e a consideração dos pontos de vista dos trabalhadores são importantes pré-condições para uma boa colaboração.

O reconhecimento pelo trabalho bem executado reforça o orgulho profissional e pode ajudar a aumentar a motivação do empregado e a sua disposição para assumir novas tarefas.

Consulte o sítio www.trivsel.bar-ba.dk para saber mais a respeito do bem-estar, cooperação e ambiente psíquico no local de trabalho.

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3. TÉCNICA Trabalho em altura

TRABALHO EM ALTURA

Ao se planear um trabalho de construção em altura, é preciso sempre considerar os dispositivos de apoio que serão necessários para reali-zar o trabalho adequadamente. Também deve-se considerar quais os dispositivos de apoio mais indicados para a tarefa do ponto de vista da saúde e segurança. Por exemplo, é preciso escolher entre uma es-cada, um andaime, uma plataforma elevatória ou um elevador.

Verifique também se:

● as instruções para uso/instruções para instalação, etc, estão dis-poníveis no local de trabalho,

● há lugar para transportar os dispositivos de apoio antes e após a realização do trabalho,

● as vias de trabalho e de transporte estão em boas condições de utilização,

● há riscos específicos associados à utilização do dispositivo de apoio,

●� todos receberam as instruções pertinentes,

● foi determinado quem poderá trabalhar com o dispositivo de apoio, etc.

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3. TÉCNICAAndaimes para fachadas e alvenaria

ANDAIMES PARA FACHADAS E ALVENARIA

Os andaimes para fachadas e alvenaria devem ser adequados às tare-fas a serem realizadas. É importante considerar a capacidade de car-ga, a largura e a altura. Instruções para uso em dinamarquês que indi-quem, entre outras coisas, em que o andaime deverá ser utilizado, deverão estar sempre disponíveis no local.

O andaime deverá estar apoiado em solo firme. Se houver necessida-de de calçar o andaime, os calços deverão ser estáveis e medir, no máximo, 20 cm de altura. O andaime deverá sempre estar seguro de forma a evitar o colapso da estrutura.

Page 164: MANUAL SOBRE

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Andaimes para fachadas e alvenaria3. TÉCNICA

Isso pode ser garantido fixando o andaime a uma fachada/edificação. Siga as instruções para uso que podem sugerir outras formas seguras de fixação do andaime.

Os componentes do andaime não devem estar deformados ou ter pontos de ferrugem; além disso, os componentes deverão encaixar uns nos outros.

As pessoas responsáveis pela montagem, alterações ou remoção de an-daimes com mais de 3 m deverão ter recebido formação para a tarefa.

Se o utilizador do andaime desejar realizar pessoalmente algumas pe-quenas alterações ao andaime (por exemplo, mudar suportes de lu-gar, etc.), somente poderá fazê-lo depois de ter o acordo da empresa que armou o andaime.

Transporte

Como ponto de partida, utilize paletes, macas rolantes e carrinhos re-baixados para transportar componentes de andaimes do armazém

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Andaimes para fachadas e alvenaria 3. TÉCNICA

até ao veículo, e do veículo até ao local onde o andaime deverá ser armado.

O material deverá ser transportado com carrinhos ou similares. No lu-gar de montagem, também deverão ser utilizados carrinhos de mão.

Dispositivos de apoio adequados também deverão ser utilizados quando os componentes de um an-daime devam ser elevados e baixa-dos. O dispositivo poderá ser um ele-vador elétrico montado no fundo com uma plataforma de suspensão elevada ou um guincho de andaimes. O guincho manual ("roda de bicicle-ta") só poderá ser utilizado na mon-tagem e desmontagem de redes e condutas de resíduos e para levar componentes de andaimes.

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Andaimes para fachadas e alvenaria3. TÉCNICA

Armação

Utilize apenas componentes originais intactos ou componentes que está seguro de poder combinar. Siga as normas estabelecidas nas instruções para armação sempre que precisar montar, reforçar e fixar o andaime. Consulte as instruções para armação e remoção de andai-mes da organização setorial para obter instruções mais pormenoriza-das.

Riscos específicos

Caso estejam montadas plataformas, guardas ou redes no andaime, o número de pontos de fixação deverá aumentar de acordo com as ins-truções para uso.

É preciso preparar um cálculo de construção caso o andaime seja ar-mado de forma diferente do padrão demonstrado nas instruções para montagem.

Sinalização

Quando o andaime estiver a ser arma-do, modificado e desmontado, o andai-me deve ser interditado e sinalizado com placas que indiquem que não deve ser utilizado.

Quando a montagem do andaime tiver sido completada, uma autorização para utilização deverá ser fixada em todas as vias de acesso. As placas devem conter informações sobre o propósito a que serve o andaime, que tipo de car-gas pode receber, a data da sua fixação e a data da inspeção.

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3. TÉCNICAAndaimes para fachadas e alvenaria

Carga das pranchadas dos andaimes

Os andaimes são divididos em classes, conforme mostra a tabela de carga. A tabela de cargas pressupõe que apenas um nível do andaime seja carregado a 100%, e outro a 50%. Os demais níveis somente po-derão receber carga se o montador do andaime tiver concedido per-missão para tanto.

Largura dos andaimes

O andaime (pranchada de trabalho) deverá ter uma largura suficiente para que o trabalho possa ser realizado de forma adequada, ergonó-mica e de maneira que permita o uso dos dispositivos de apoio neces-sários.

Classe de andaime

Carga plana

Carga concentradaA=500 x 500 mm

Carga concentradaA=200 x 200 mm

Carga por subzonaAc=largura da pranchada x distância da armação

kg/m2 kg kg kg/m2 A m2

1 75 150 100

2 150 150 100

3 200 150 100

4 300 300 100 500 0,4xAc

5 450 300 100 750 0,4xAc

6 300 300 100 1000 0,5xAc

Classes 1,2 e 3 – andaimes leves de fachada: 1 e 2 são utilizadas para revisão, 3 para traba-lhos leves sem depósito de material

Classes 4,5 e 6 –andaimes pesados: 4 e 5 são utilizadas para trabalhos de alvenaria e betão, 6 é utilizada onde também há grande quantidade de material depositado.

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Andaimes para fachadas e alvenaria3. TÉCNICA

Caso a largura de uma pranchada for de apenas 60 cm, normalmente somente poderão ser executados pequenas reparações e trabalhos de manutenção na pranchada.

A largura deverá ser de 120 cm para substituição de janelas e traba-lhos com limpeza com jato de água a alta pressão. Mais informações sobre as larguras dos andaimes nas fichas de normas para andaimes para o setor.

Escadarias

Os andaimes devem ser dotados de escadas móveis ou fixas que de-vem ser utilizadas para acesso ao andaime. Deve haver áreas separa-das de acesso no andaime, quando mais de 2 pessoas trabalhem si-multaneamente. Isto nos casos em que o andaime tiver mais de 5 m de altura e mais de 10 de comprimento.

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3. TÉCNICAAndaimes para fachadas e alvenaria

A escada deve conduzir até à parte mais alta das pranchadas. As aberturas de acesso no piso do andaime devem ser protegidas com uma portinhola que possa ser fechada.

Distância da fachada

Os andaimes devem ser instalados o mais próximo possível da facha-da, de acordo com o que o trabalho permite. Em distâncias da fachada superiores a 0,30 m deverá ser montada uma grade de proteção.

Grades de proteçãoSempre que houver o risco de acidentes com quedas de uma prancha-da de andaime, deverá ser instalada uma grade de proteção. As gra-des de proteção consistem em um corrimão de 1,0 m de altura, barra de joelhos, de 0,5 m de altura, e um rodapé de, no mín. 0,15 m.

max

. 30

cm

min. 60 cm min.

60 cm

min. 60 cm

máx

.

mín.mín.

mín.

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3. TÉCNICA Trabalho em andaimes

Proteção

É preciso instalar isolamento ou proteção para evitar o risco de queda de materiais de construção ou equipamentos dos andaimes nas ime-diações.

Pranchadas dos andaimes

As pranchadas dos andaimes devem ser robustas e rígidas, e devem ocupar toda a extensão do andaime. As pranchadas devem ser di-mensionadas e produzidas de acordo com as normas vigentes. Deve-rão atender os critérios de resistência, rigidez e estabilidade. Evite sobreposições nos pisos do andaime, pois podem causar tropeços e quedas. Quando não se puder evitar as sobreposições, essas devem ser de, no mínimo, 25 cm. Peças cuneiformes facilitam a passagem de carrinhos de mão e carrinhos com tijolos.

TRABALHO EM ANDAIMES

Ao se trabalhar em andaimes, as portas devem permanecer fecha-das. Não é permitido o uso de plata-formas sobre cavaletes, caixas, es-cadas ou outros elementos soltos para alcançar superfícies mais altas.

Andaimes para trabalhos em telhados

Em trabalhos em telhados, a distân-cia do pé do telhado até ao andaime não deverá ultrapassar 0,5 m; além disso, deve haver uma cobertura es-tanque na pranchada superior do andaime.

max. 1m

max. 0,5 m

máx.

máx.

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3. TÉCNICATrabalho em andaimes

Se o andaime for utilizado como dispositivo de segurança nos traba-lhos de telhado no ponto de inclinação, deverá ser instalada uma pro-teção que possa garantir a segurança da pessoa em caso de queda do telhado. A proteção deverá ter, no mínimo, 1 m de altura, e cobrir uma linha paralela 1 m sobre a superfície do telhado. Utilize rede de aço, contraplacado ou material similar.

Em trabalhos em telhados, é preciso que o andaime seja mais largo para garantir espaço suficiente, o que pode ser feito com platafor-mas. Componentes que se prolongam acima da pranchada mais alta devem ser fixados para que não haja acidentes.

min. 150 cm

min. 300 cm

min. 150 cm

1 m

min. 1 m

tæt afdækningcobertura estanque

mín.

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3. TÉCNICA Trabalho em andaimes

Riscos específicos

Se houver o risco de choques de automóveis ou outros veículos con-tra o andaime, providências devem ser tomadas contra esse perigo. Os dispositivos de isolamento devem ser aprovados pelas autorida-des rodoviárias.

Caso haja cabos aéreos próximos do andaime dentro da chamada dis-tância crítica (consulte o desenho), os cabos elétricos deverão ser isolados para evitar o contato ou a corrente deve ser cortada. Somen-te pessoal autorizado (da empresa de distribuição local, por exemplo) poderá tomar medidas com relação aos cabos elétricos. As medidas sugeridas no desenho são as medidas mínimas.

min. 3 m

min. 1,5 m

min. 1,5 mmín.

mín.

mín.

Page 173: MANUAL SOBRE

172

3. TÉCNICAAndaimes sobre rodas

ANDAIMES SOBRE RODAS

Os andaimes sobre rodas com altura superior a 3 m somente poderão ser montados ou modificados por pessoal com formação específica. Além disso, instruções para uso em dinamarquês deverão estar dispo-níveis no local. As instruções deverão incluir menção à carga plana e à carga concentrada.

As instruções devem também indicar onde e como o andaime deverá ser dotado de patas de apoio.

Page 174: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Andaimes sobre rodas

Montagem, alteração e remoção

Os andaimes sobre rodas devem ser montados e removidos de acordo com as instruções do fornecedor.

A superfície de apoio deverá ser plana e suficientemente robusta.O andaime sobre rodas deverá ficar na vertical e não deverá inclinar.

Os andaimes devem ser dotados de escadas internas móveis ou fixas que devem ser utilizadas para subir ao andaime. A abertura de acesso deverá medir, no mínimo, 0,4 x 0,6 m, e deverá ser dotada de uma portinhola basculante ou portinhola de correr. As portas devem per-manecer fechadas durante o trabalho no chão.

A partir de 2 m de altura, deverão ser instaladas grades de proteção. Também deverá haver grades de proteção em andaimes mais baixos caso haja o risco específico de quedas, ou se uma queda sobre a base for considerada especialmente perigosa. As grades de proteção con-sistem em um corrimão de 1 m de altura, barra de joelhos, de 0,5 m de altura, e um rodapé de, no mín. 0,15 m.

A plataforma de trabalho deverá cobrir todo o andaime, tanto na lar-gura quanto no comprimento. O piso não deve inclinar nem virar ou se deslocar, e as rodas devem ficar firmes.

Trabalho em andaimes sobre rodas

Todas as rodas devem estar travadas durante o trabalho. Os travões devem ser de fácil operação, sem necessidade de ferramentas.

Durante as manobras com o andaime, não deve haver ninguém sobre ele.

Jamais utilize caixas, escadas ou outros objetos para trabalhos em superfícies mais altas.

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3. TÉCNICAAndaimes de cavalete

ANDAIMES DE CAVALETE

Os andaimes de cavaletes com altura superior a 3 m somente pode-rão ser montados ou modificados por pessoal com formação específi-ca. Além disso, instruções para uso em dinamarquês deverão estar disponíveis no local. As instruções deverão incluir menção à carga plana e à carga concentrada.

Montagem, alteração, remoção e usoOs andaimes de cavalete devem ser montados e removidos de acordo com as instruções do fornecedor.

Os cavaletes devem estar assentados sobre superfície firme e plana.

Sempre que houver o risco de queda e acidentes, é preciso instalar grades de proteção. As grades de proteção consistem em um cor- rimão de 1 m de altura, barra de joelhos, de 0,5 m de altura, e um ro-dapé de, no mín. 0,15 m.

Jamais utilize caixas, escadas ou outros objetos para alcançar super-fícies mais altas.

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3. TÉCNICA Plataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

PLATAFORMAS DE TRABALHO, DE 1 E 2 COLUNAS

A plataforma de trabalho deverá ser adequada às tarefas a serem executadas. Isto no que diz respeito à capacidade de carga e dimen-são, etc. As instruções para uso em dinamarquês devem estar dispo-níveis na plataforma de trabalho. As instruções deverão tratar da uti-lização, operação e manutenção diária da plataforma.

O local de trabalho deverá ser identificado com uma placa legível com breves instruções para uso. A carga máxima permitida e a distribuição da carga sobre a plataforma devem estar descritas.

Também é preciso desligar a corrente no disjuntor principal para evi-tar que terceiros operem o dispositivo de elevação de pessoas.A plataforma não deve ser utilizada como elevador.

Todas as plataformas de trabalho introduzidas no trabalho após 1 de janeiro de 1997 devem ter a marca CE e observar as normas da direti-va máquinas.

Page 177: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAPlataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

Registo

Deverá haver um registo na própria plataforma ou nas suas proximida-des, onde ser pode ler o histórico da plataforma. Entre outras informa-ções, devem estar incluídos os ensaios de carga, as reparações e as revisões. O proprietário do equipamento é responsável pela atualiza-ção do registo.

Revisões

O fabricante ou outro especialista deverá realizar uma revisão ao me-nos uma vez por ano.

Montagem

A montagem, alteração, transferência ou remoção das plataformas de trabalho somente poderão ser efetuadas por pessoa com forma-ção adequada e com conhecimento das instruções para uso do fabri-cante. O mesmo é válido para as plataformas de trabalho que são destinadas a transferências periódicas.

Registo

Documentação de:● Homologação e notificação.● Ensaios de carga, estabilidade, etc.

Informações sobre:● Revisão geral, reparações , substituição de suportes.● Ordem do Serviço de Inspeção do Trabalho relativa à

ferramenta.● Fabricante, ano de fabricação e nome do importador;

além disso, certificados para suportes.

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3. TÉCNICA Plataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

A base deve ser robusta e deve poder suportar a pressão indicada pelo fornecedor.

Os calços não poderão ter mais de 0,20 m de altura, devem ser está-veis e devem poder absorver as forças previstas em todas as direções.

Quando o mastro for fixado a uma parte da edificação, o mastro e o material utilizado para a fixação deverão ter a resistência necessária.

Deverá haver delimitação/guardas de segurança segundo as regras das autoridades rodoviárias quando a plataforma de trabalho for montada em áreas de circulação.

Transferência da plataforma de trabalho

As transferências somente deverão ocorrer quando a base for firme e robusta. Além disso, é preciso garantir que a altura do mastro não supere a altura recomendada pelo fornecedor.

Os suportes devem ser posicionados diretamente sobre o terreno.

Siga as instruções do fornecedor no âmbito do vento e condições me-teorológicas.

Sinalização

Próximo à porta deverá haver uma placa indicando a carga máxima, nos seguintes termos:

● Carga máx. em kg.

● Distribuição da carga sobre a plataforma.

● Número de pessoas e demais carga (o peso para cada pessoa é calculado em 85 kg).

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3. TÉCNICA

O painel de operações deverá ser dotado de pictogramas legíveis ou texto em dinamarquês.

Coberturas

A plataforma de trabalho somente poderá ser coberta quando houver acordo com o montador, e quando observadas as instruções do forne-cedor. Mesmo coberturas de pequena dimensão ou placas nas grades de proteção aumentam o efeito do vento sobre a plataforma. Isto exi-ge mais cuidados na montagem/fixação.

Acesso

O acesso à plataforma deve ser simples. Deve haver escadas fixas ou móveis quando a distância até ao terreno for superior a 0,5 m. As es-cadas fixas ou móveis devem ser dotadas de corrimões ou outra for-ma de apoio.

A porta da plataforma deve fechar automaticamente e somente deve abrir para fora. A porta deverá também ter fecho automático ou con-tato elétrico que não permite que a plataforma seja elevada enquan-to a porta estiver aberta.

Grades de proteção/isolamento

Normalmente, as plataformas deverão ter grades de proteção em to-dos os lados, com um corrimão de 1 m de altura, barra de joelhos de 0,5 m de altura, e um rodapé de, no mín. 0,15 m. As grades de prote-ção também podem consistir em uma chapa maciça ou uma rede.

Nos trabalhos em fachadas, é possível eliminar a grade interna. Mas isso apenas se o piso da plataforma acompanhar a fachada, e a distância entre a fachada e a plataforma não exceder 0,3 m, em qualquer ponto.

Nos trabalhos em fachada com equipamento de elevação pessoal em

Plataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

Page 180: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA

coluna, as grades somente podem ser dispensadas quando a plata-forma de trabalho em cada extremidade estiver dotada de um rolo guia junto ao muro da fachada, e quando a distância entre o local do trabalho e a fachada for inferior ou igual a 0,3 m.

Deverá haver uma marca permanente à volta da plataforma de traba-lho, de forma que se possa evitar o risco de aproximação à área de trabalho da plataforma.

Piso

O piso deve ser horizontal e feito de material antiderrapante. Deve haver dreno para água de chuva e as aberturas no piso não devem ser superiores a 25 mm.

Trabalho em plataformas de trabalho

A carga sobre a plataforma de trabalho não deve superar o valor infor-mado no letreiro de carga que deve ser colocado próximo à porta de entrada.

A carga máxima deverá ser descrita em termos de máximo de kg, dis-tribuição da carga e número de pessoas e demais carga. O peso por pessoa está calculado em 85 kg.

Deve ser sempre possível chamar ao menos mais uma pessoa do lo-cal de trabalho quando houver trabalho na plataforma. Isso pode ser necessário em caso de parada dos trabalhos ou acidente. A chamada deve poder ser feita através de grito ou telemóvel.

Não é permitido operar a plataforma de trabalho antes que o condu-tor tenha assegurado que não há perigo de que janelas abertas, etc. possam entrar em contato com a plataforma durante o movimento.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar plataformas

Plataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

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3. TÉCNICAPlataformas de trabalho, de 1 e 2 colunas

de trabalho no âmbito de uma formação profissional (como aprendi-zes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução ade-quada. Mas os jovens com menos de 18 anos poderão trabalhar em plataforma de trabalho.

Não utilize escadas, caixas ou similares para aumentar a altura de tra-balho.

Normalmente não é permitido abandonar a plataforma de trabalho em posição elevada. Mas, quando isso for preciso, deve-se buscar o acordo do centro de inspeção regional. Exemplo dessa situação é o trabalho em varandas.

Em tais situações, é preciso dotar as pranchadas de trabalho, as pla-taformas de trabalho e outras vias de acesso de grades de proteção ou outra forma de proteção adequada contra quedas. Além disso, o painel de operações deverá ser dotado de um interruptor que possa ser fechado à chave.

Leve a plataforma até à sua posição mais baixa no final da jornada de trabalho. Lembre-se também de desligar a corrente e fechar à chave.

Riscos específicos

Evite esmagamento durante a circulação - procure instalar isolamen-to ou similar. Pode haver o perigo de entalamento entre o mastro e a plataforma ou entre a plataforma e partes da edificação e entre a plataforma e o terreno.

Evite o embate com janelas abertas ou outras estruturas/materiais. Isso pode sobrecarregar a plataforma com risco de desmoronamento.

A distribuição desigual do peso na plataforma de trabalho pode ter consequências fatais.

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3. TÉCNICA Aparelhos de elevação de pessoas/gruas telescópicas com cesto

Em alturas de trabalho acima de 30 m, é preciso ter um pano de emer-gência que descreva como as pessoas em uma situação de emergên-cia podem ser socorridas ou ajudadas.

DISPOSITIVOS DE ELEVAÇÃO DE PESSOAS/GRUAS TELESCÓPICAS COM CESTO

O aparelho de elevação de pessoas deverá ser adequado às tarefas a serem executadas. Isto se prende, entre outras coisas, à capacidade de carga, alcance, etc. Deve haver instruções para uso da ferramenta que descrevam como deve ser utilizada, a sua operação, descida de emergência e manutenção diária.

Deverá ser colocado um letreiro legível nas plataformas elevatórias que indique a carga máxima permitida. O painel de ope-rações deverá ser dotado de pictogramas legíveis ou texto em dinamarquês.

Registo

Deverá haver um registo na ferramenta, onde ser pode ler o histórico da pla-taforma. Entre outras in-formações, devem estar incluídos os ensaios de carga, as reparações e as revisões. O proprietário do equipamento é responsá-vel pela atualização do re-gisto.

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3. TÉCNICAAparelhos de elevação de pessoas/gruas telescópicas com cesto

Revisões

O fabricante ou outro especialista deverá realizar uma revisão ao me-nos uma vez por ano.

Disposição

A plataforma elevatória deverá ser dotada de uma proteção de 1,1 m de altura em toda a sua volta. A proteção deverá ser de contraplaca-do adequado ou grade sólida. A grade deverá ter, no mínimo, um cor- rimão, a barra de joelhos e um rodapé de 0,15 m de altura que termina junto ao chão.

A porta da grade deve fechar automaticamente e somente deve abrir para fora.

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3. TÉCNICA Aparelhos de elevação de pessoas/gruas telescópicas com cesto

Para evitar esmagamento das mãos, deve haver um corrimão com 10 cm para dentro, e 10 cm para fora da borda da grade.

Os botões de operação do cesto devem incluir um botão de dispositi-vo de homem morto posicionado ou identificado de forma a evitar acionamento acidental. Os botões, punhos, etc. para operação do dis-positivo de elevação de pessoas deverão ser montados com símbolos fáceis de se reconhecer (pictogramas) ou com texto em dinamarquês.

Uso de dispositivos de elevação de pessoas

As pessoas nas plataformas elevatórias deverão utilizar arneses cor-porais e cintas de segurança. Isso não se aplica, no entanto, se a pla-taforma elevatória somente se eleva verticalmente (elevador em te-soura, por exemplo).

O local da montagem deverá ser firme e robusto. As orientações do fornecedor no âmbito da utilização dos suportes e inclinação máxima no terreno devem ser sempre observadas.

Deverá haver isolamento ou qualquer outra forma de limitação da circu-lação caso a plataforma elevatória seja utilizada em área de circulação.

Deverá haver ao menos uma pessoa no local de trabalho que possa ser chamada em caso de paradas ou acidente quando for realizado trabalho na plataforma elevatória. A pessoa deve poder ser chamada através de grito ou telemóvel.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar aparelhos de elevação pessoal no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instru-ção adequada.

Mas os jovens com menos de 18 anos poderão trabalhar em aparelho de elevação de pessoas.

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3. TÉCNICAAparelho de elevação de pessoas com ces-

APARELHO DE ELEVAÇÃO DE PESSOAS COM CESTO EM GUINDASTE

Regra geral, não é permitido elevar pessoas no cesto a menos que a grua esteja especificamente destinada para esse fim.

O Serviço de Inspeção do Trabalho pode, no entanto, conceder uma derrogação mediante solicitação. Antes disso, as seguintes informa-ções devem ser enviadas:

● Avaliação de risco, onde conste que, por razões de caráter técnico ou económico, não se pode utilizar outras soluções, e que a segu-rança do aparelho de elevação de pessoas com grua é aceitável

● Em que período de tempo deverá ser realizado o trabalho com apa-relho de elevação de pessoas com grua; descrição da tarefa.

● Desenhos e cálculos do cesto da grua que se pretende utilizar.

● Documentação que comprove que os fatores de segurança utiliza-dos para o dimensionamento da grua e do aparelho de elevação atendem os critérios em vigor.

● Descrição dos procedimentos de revisão e e controlos que se pre-tende adotar antes do início dos trabalhos, tanto após a montagem quanto diariamente.

● Identificação da grua que se deverá utilizar para o aparelho de ele-vação de pessoas e documentação referente às condições de se-gurança da grua, incluindo as revisões de 12 meses e 10 anos.

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3. TÉCNICA Aparelho de elevação de pessoas com ces-

Utilização

A pessoa no cesto e o operador da grua deverão poder se comunicar - possivelmente através de rádio ou telefone.

Normalmente não é permitido abandonar o cesto de trabalho em po-sição elevada. Caso seja necessário, dada a natureza da tarefa, é pre-ciso ter obtido uma derrogação.

O pedido de derrogação depende de:

● Uma descrição do trabalho.

● Se utilizar equipamento de segurança homologado contra quedas ao sair do cesto, e que a linha de vida esteja permanentemente fi-xada ao gancho da grua ou a um componente sólido da edificação.

● Que procedimentos de controlo e manutenção tenham sido defini-dos para o equipamento de prevenção de queda e a fixação da li-nha.

● Que haja constante controlo durante a execução da tarefa.

Disposição

Há uma longa lista de critérios que orientam a disposição da grua e do cesto. Leia mais a respeito nas orientações do Serviço de Inspeção do Trabalho.

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3. TÉCNICAElevação de pessoas com empilhador

ELEVAÇÃO DE PESSOAS COM EMPILHADOR

É permitido o uso de empilhador para elevar pessoas. Isto é admitido em trabalhos mais leves com reparações e substituições ou trabalhos de curta duração.

DisposiçãoA capacidade de elevação do empilhador na altura máxima deverá ser ao menos 4 vezes a carga máxima permitida para o cesto de trabalho.

10 cm

100 cm

Gulvfladen højst 120 x 120 cm

190 cm1,9 m

1m

10 cm

Área máx. do piso1,2 x 1,2 m

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3. TÉCNICA Elevação de pessoas com empilhador

A área do fundo do cesto deverá ser, no máximo 1,2 x 1,2 m, e não inferior a 0,6 m2 por pessoa. O fundo deverá ser estanque e antider- rapante.

O cesto de trabalho deverá ser construído como aparelho de elevação de pessoas conforme indicado no desenho. Deverá haver, também, um painel de 1,9 de altura, no mínimo, contra o mastro do carro-eleva-dor, que evita o esmagamento contra o mastro.

O cesto para o pessoal deverá ser fixado adequadamente ao empilha-dor, e deve-se assegurar que não se desprenda.

Utilização

Não é permitido manobrar o veículo quando houver pessoas no inte-rior do cesto.

O empilhador com plataforma de trabalho exige uma superfície plana e robusta para poder correr (pisos, estradas sólidas ou chapas de fer-ro).

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar empilhado-res para elevação de pessoas no âmbito de uma formação profissio-nal (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham rece-bido instrução adequada.

Registo e notificações

A utilizacão de empilhador para elevação de pessoas exige a notifica-ção do Serviço de Inspeção do Trabalho. Também é preciso elaborar um registo que deve permanecer no interior do empilhador. O registo deverá informar o histórico do empilhador, incluindo informações so-bre reparações, ensaios de carga, inspeções, etc.

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3. TÉCNICAEquipamentos de acesso suspenso

EQUIPAMENTOS DE ACESSO SUSPENSO

Equipamentos anteriores a 1 de janeiro de 1997 deverão ser homolo-gados pelo Serviço de Inspeção do Trabalho. Após essa data, os equi-pamentos deverão ser submetidos a ensaio ou ser fabricados com base na normas harmonizadas da UE.

Registo

Um registo deverá estar disponível no equipamento de acesso sus-penso ou nas suas proximidades. O registo deverá conter o histórico do equipamento, incluindo informações sobre ensaios de carga, repa-rações e inspeções. O registo deverá ser atualizado pelo proprietário do equipamento.

Inspeções

O fornecedor ou outro especialista deverá realizar uma inspeção geral a cada 12 meses.

10 cm

0,6 - 1,2 m

1mmin. 0,8 mmín.

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3. TÉCNICA Equipamentos de acesso suspenso

Disposição

Os equipamentos de acesso suspenso consistem numa plataforma de trabalho ou guindola com guincho, cabo de suspensão e paraquedas. Os equipamentos de acesso suspenso são máquinas e devem, portan-to, portar a marcação CE. As instruções para uso do fornecedor deve-rão ser formuladas de acordo com os regulamentos do Serviço de Ins-peção de Trabalho sobre a disposição de meios técnicos. Instruções para uso formuladas para suspensão, uso e reparação e manutenção de equipamentos de suspensão, em que é preciso assegurar que:

● Todos os componentes mecânicos e elétricos estejam protegidos contra o impacto negativo resultante da intempérie e do trabalho.

● Os equipamentos de suspensão articulados não inclinem mais do que 10% durante o trabalho.

● A suspensão (viga, colar-suporte, carro de telhado) seja de aço ou alumínio.

● Os equipamentos de suspensão e as guindolas com plataformas não sejam superiores a 1 m2 , caso tenham que ser suspensas em um cabo carril.

● As guindolas devem ser dotadas de rolos, rodas ou patins.

● Os componentes soltos devem ser fixados com corrente ou cintas, e os ganchos devem ser dotados de dispositivo de segurança.

● Os guinchos devem poder ser utilizados de forma que o movimento livre em operação normal não seja possível.

● Todos os componentes móveis devem ter segurança contra o risco de esmagamento.

● Todos os componentes do conjunto de suspensão e polias de des-

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3. TÉCNICAEscadas

vio devem ser isolados para evitar esmagamento.

Os equipamentos de suspensão devem ser dotados de grades de pro-teção. A grade deverá ter um corrimão de 1 m de altura, barra de joe-lhos de 0,5 m de altura, e rodapé (0,15 m) junto ao chão. Também de-verá ser dotado de rolos deslizantes ou similar contra a fachada.

Em cada guincho do equipamento de elevação deverá haver um para-quedas que funciona de forma independente. Os cabos do guincho e do paraquedas devem ser fixados independentemente.

Deverá haver instruções para uso em dinamarquês com descrição da fixação, suspensão, operação, carga e manutenção.

As instruções devem acompanhar o equipamento de suspensão.

Trabalho a partir de equipamentos de suspensão

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar equipamen-tos de suspensão no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instru-ção adequada.

Mas os jovens com menos de 18 anos poderão trabalhar em equipa-mentos de suspensão.

ESCADAS

As escadas devem ser adequadas às tarefas a serem executadas. Isto inclui o desenho e o tamanho, etc. Todas as escadas deverão acompanhar as instruções para uso em dinamarquês. As instruções deverão descrever o propósito da escada, sua montagem correta, ma-nutenção diária, etc.

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3. TÉCNICA Escadas

As escadas para uso convencional devem atender as normas DS/INS-TA 650 ou EN 131. No entanto, a escada pode também ser montada de outra forma adequada. Também é uma boa ideia utilizar escadas com degraus largos, que permitem melhor postura de trabalho e me-lhor circulação sanguínea.

Periodicamente, todas as escadas deverão ser examinadas para iden-tificar se há folga, rachaduras ou ruturas. As escadas que apresentam defeitos devem ser imediatamente reparadas ou descartadas.

Quando o uso de escadas não é adequado ou permitido, deve-se, al-ternativamente, utilizar equipamentos de elevação de pessoas ou andaimes.

Utilização

As escadas somente devem ser utilizadas para trabalhos de curta du-ração. O limite de tempo para uma tarefa concreta é de 30 minutos.

Quando o trabalho é realizado entre a escada e uma superfície firme, o trabalho em escada não deve ultrapassar 1/3 da jornada de traba-lho diária.

Outras regras sobre o trabalho em escadas:

● Utilize calçados apropriados.

● Carregue apenas objetos de menor porte nas mãos.

● As ferramentas devem ser leves e de manuseio fácil.

● As ferramentas devem ser operadas somente com uma mão.

● A altura do trabalho normalmente não deve ultrapassar 5 m (da base até ao degrau de apoio).

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3. TÉCNICAEscadas

Em casos excecionais, é permitido trabalhar em alturas superiores. Por exemplo, na substituição de lâmpadas, montagem de elementos ou outras tarefas de manutenção. Em alturas superiores a 5 m, deve-rá haver uma pessoa ao pé da escada. Em montagens elétricas , pode--se utilizar escadas em alturas de até 8 m nas seguintes situações:

● Montagem de guarnições de topo e extremidades de grades de proteção.

● Remoção e montagem de elementos.

● Alinhamento de elementos.

● Calafetação.

● Pequenas reparações.

Escadas como vias de acesso

Escadas utilizadas como via de acesso devem ser adequadamente fixadas. Além disso, é preciso que haja a inclinação adequa-da, e um apoio para as mãos aprox. 1m acima do nível mais alto.

aprox. 1m

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3. TÉCNICA Acesso e posicionamento por meio de cordas

ACESSO E POSICIONAMENTO POR MEIO DE CORDAS

Em trabalhos em locais de difícil acesso (inspeção da parte inferior de ponte, por exemplo), pode ser preciso utilizar cordas como dispositivo técnico para a realização da tarefa. Somente é permitido o acesso ou posicionamento por meio de cordas quando não for possível adotar outros equipamentos mais seguros e adequados. Uma avaliação da tarefa e das opções de soluções em termos de saúde e segurança deverá ser realizada em todos os casos.

Quando a avaliação revelar que o acesso e posicionamento por meio de cordas é a solução mais segura e adequada, os seguintes critérios deverão ser observados:

● Deve-se usar ao menos 2 cordas, cada uma com um ponto de anco-ragem diferente - uma é a corda de trabalho, a outra, de segurança.

● Os trabalhadores deverão estar munidos de um arnês preso à corda de segurança.

● A corda de trabalho deverá ser dotada de um mecanismo seguro de subida e de desencadeamento, e possuir um sistema de bloqueio.

● A corda de segurança deverá ser dotada de um dispositivo móvel de segurança contra quedas que acompanha os movimentos do utilizador.

● Ferramentas e outros acessórios deverão ser fixados adequada-mente ao arnês ou assento.

● Os trabalhadores que utilizam cordas para acesso ou posiciona-mento devem ter recebido formação específica à realização desse tipo de tarefa, particularmente no tocante aos procedimentos de resgate pertinentes.

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3. TÉCNICAAcesso por meio de cordas

ACESSO POR MEIO DE CORDAS (ESCALADA PROFISSIONAL)

O acesso ao trabalho por meio de cordas consiste em utilizar uma cor-da como meio de acesso ao local de trabalho - escalada profissional.

Em tarefas com sustentação por meio de cordas, as seguintes condi-ções devem ser atendidas:

● Deve-se usar ao menos 2 cordas, cada uma com um ponto de anco-ragem diferente - uma é a corda de trabalho, a outra, de segurança.

● Os trabalhadores deverão estar munidos de um arnês preso com a corda de segurança.

● A corda de trabalho deverá ser dotada de um mecanismo seguro de subida e de desencadeamento, e possuir um sistema de bloqueio.

● A corda de segurança deverá ser dotada de um dispositivo móvel de segurança contra quedas que acompanha os movimentos do utilizador.

● Ferramentas e outros acessórios deverão ser fixados adequada-mente ao arnês ou assento.

● Os guinchos que eventualmente existam devem poder ser utiliza-dos de forma que o movimento livre em operação normal não seja possível.

● Todos os componentes móveis devem ter segurança contra o risco de esmagamento.

● Todos os os componentes do conjunto de suspensão e polias de desvio devem ser isolados para evitar esmagamento.

l Os trabalhadores que utilizam cordas para acesso ou posicionamento devem ter recebido formação específica à realização desse tipo de tarefa, particularmente no tocante aos procedimentos de resgate pertinentes.

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3. TÉCNICA Acessórios de elevação

ACESSÓRIOS DE ELEVAÇÃO

As ferramentas devem ser adequadas às tarefas a serem executa-das. Isto inclui a capacidade de carga, o alcance, etc. As ferramentas deverão ser acompanhadas de instruções para uso em dinamarquês. As instruções devem detalhar, por exemplo, o propósito da ferramen-ta, a sua operação, carga máxima permitida, limitações de uso e ma-nutenção diária. Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar ferramentas de suspensão no âmbito de uma formação profissional (como apren-dizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada - com o necessário certificado.

Critérios de formação e certificados

É necessário ter um certificado para utilizar a ferramenta para elevar

Tipo de certificadoCarregador com garfo e

telescópicoOutros certificados váli-

dos

Carregador com garfo - A Carregador frontalO Certificado B também se aplica ao carregador

frontal

Empilhador - B empilhador

Carregador telescópico - ACarregador telescópico

com garfosEmpilhador - B

Carregador telescópico - BCarregador telescópico

como gruaCertificado de grua DCertificado de grua E

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196

3. TÉCNICAAcessórios de elevação

Tipo de certificado

Tipo de grua Sobreposição com outros tipos de certificado

A Grua torre de braço giratório, guin-dastes portuários, braços de car- regamento, gruas de vias aéreas,

gruas de estaleiros, etc.

O Certificado A também se aplica às gruas C.

B Gruas móveis O Certificado B também se aplica às gruas C e máquinas de construção

civil utilizadas como gruas (G).

O Certificado B emitido antes de 1 de janeiro de 2000 vale também

para gruas D e E, além dos carrega-dores telescópicos com braço de

grua.

C Pontes rolantes Não se aplica a outros tipos de gruas elencadas em A, B, D, E e G.

D Gruas montadas em camiões acima de 8 tm até 25 tm

O Certificado D também se aplica às gruas C e máquinas de construção

civil utilizadas como gruas (G).

Carregadores telescópicos de até 25 tm adaptados para utilização

como grua.

E Gruas montadas em camiões acima de 25 tm.

O Certificado E também se aplica às gruas C e D e máquinas de constru-ção civil utilizadas como gruas (G).

Carregadores telescópicos acima de 25 tm adaptados para utilização

como grua.

G Máquinas de construção civil utiliza-das como gruas.

Page 198: MANUAL SOBRE

197

3. TÉCNICA Acessórios de elevação

cargas - penduradas ou apoiadas. Consulte a tabela abaixo:Não é necessário que o condutor tenha certificado para condução de gruas, se opera máquinas de construção civil que apenas ocasional-mente são utilizadas como gruas em tarefas normais das máquinas. Assim, poderá realizar as tarefas, sempre que atenda as seguintes condições:

● Não deve haver ninguém nas imediações da carga ao ser elevada, transportada ou depositada.

● A carga não deverá ser elevada mais de aprox. 1 m acima do ter- reno.

● O controlo e a manutenção das máquinas devem ser realizados de acordo com as recomendações do fornecedor.

● As instrução para uso do fornecedor devem estar disponíveis na máquina.

● A máquina deve ser ajustada para trabalho como grua de acordo com as instruções para uso do fornecedor.

Inspeções

O condutor deverá comunicar todos os defeitos e irregularidades apresentados pelo equipamento ao empregador. É importante para que o equipamento seja retificado antes de se recomeçar o trabalho.

Ao menos uma vez por ano, o fabricante ou um especialista deverá realizar uma revisão geral de acordo com as instruções do fabricante. As ferramentas de suspensão utilizadas ao ar livre também deverão ser submetidas a uma revisão por um especialista, depois de 10 anos de uso. O resultado da revisão de 10 anos deverá ser documentado em relatório, do qual se enviará uma cópia ao Serviço de Inspeção do Trabalho.

Page 199: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAAcessórios de elevação

Registo

Para os equipamentos de declaração obrigatória, deverá haver um re-gisto que descreva o histórico do equipamento, incluindo informações sobre os ensaios de carga, reparações e inspeções. O registo deverá ser mantido pelo proprietário do equipamento.

Notificação

Para uma série de equipamentos de suspensão, é necessário enviar notificação ao Serviço de Inspeção do Trabalho no âmbito de novas aquisições, transferência de propriedade, e na sequência de grandes transformações ou reparações.

A exigência se aplica a:

● Todos os equipamentos de suspensão e guinchos destinados a ele-vação de pessoas.

● Todos os equipamentos de suspensão e guinchos utilizados em di-ferentes locais de instalação.

● Equipamentos de suspensão de instalação permanente com carga máx. superior a 300 kg. Os guindastes elétricos tem o limite de 1000 kg.

Em cada nova instalação, também será preciso notificar sobre equipa-mentos de suspensão fixos e equipamentos de suspensão que reque-rem trabalho especial de montagem na instalação. Isto vale para, por exemplo, situações de transferência de gruas-torre e guindastes, seja a sua instalação para o mesmo proprietário ou não.

A notificação para equipamentos de suspensão móveis (por exemplo, guinchos, gruas móveis e gruas montadas sobre camiões) não é ne-cessária em casos de nova instalação para o mesmo proprietário.

Page 200: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Gruas

Ensaio de carga

É necessário realizar ensaio de carga em todos os novos equipamen-tos de suspensão antes de serem colocados em operação. O ensaio de carga também é exigido após:

● Modificações ou reparações de grande porte.

● Cada revisão geral e revisão aos 10 anos.

● Substituição dos suportes.

● Novas instalações, onde também se envia uma notificação ao Serviço de Inspeção do Trabalho.

GRUAS

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar gruas no âm-bito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada - com o ne-cessário certificado.

Vento

A intensidade máxima do vento em que uma grua pode funcionar de-verá ser descrita nas instruções para uso do equipamento.

Até ventos leves podem causar oscilações na carga, o que torna a suspensão arriscada.

O operador da grua deverá avaliar cada situação concretamente, e decidir se tem condições de efetuar a suspensão de forma segura, sem arriscar o equipamento ou o trabalho de lingagem.

Page 201: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAGruas

Lingagem

O trabalho de lingagem consiste na fixação ou liberação da carga do gancho da grua. O empregado que trabalha com a lingagem deverá receber instruções sobre a realização do trabalho - também nos seus aspetos concretos. O responsável pela lingagem deverá ter feito cur-so de lingagem. Os cursos são oferecidos pelas escolas técnicas e por alguns fornecedores de equipamento de lingagem.

O responsável pela lingagem deverá saber identificar as marcações do equipamento de lingagem que informam a carga máxima das cor-rentes, correias, etc. e o ângulo máximo das correias.

Antes de iniciar a tarefa de montagem, é preciso realizar uma reunião. Na reunião o condutor da grua e o responsável pela lingagem devem repassar a sequência da montagem e as orientações para cada tarefa de suspensão.

Siga sempre as orientações da ficha correspondente à carga no que diz respeito à lingagem.

Antes da suspensão final, é preciso elevar a carga da superfície lenta-mente e verificar se:

● há equilíbrio (se a carga está nivelada),

● as correias e o equipamento de lingagem estão bem posicionados,

● as cintas não estão presas,

● a carga não está presa à superfície.

Ao depositar a carga, o responsável pela lingagem devera verificar se:

● a carga pode ser depositada de forma segura e se está adequada-

Page 202: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Gruas

mente apoiada de forma que o equipamento de lingagem possa ser retirado sem risco,

● o material de lingagem está estirado durante um possível reforço da carga.

Subir

Remover/elevar barreira

Extensão do telescópio

Retração do telescópio

Baixar

Virar para a esquerda

Paragem imedia-ta

Sinal não percebido

Baixar (utilizado em distâncias curtas entre a lingagem e o condutor da grua

Virar para a direita

Nesta direção

Em grandes distâncias utilizam-se “chupa-chupas”

Page 203: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAGruas

Os acessórios podem ser retirados quando o material de lingagem ti-ver sido pendurado de forma adequada e não houver risco de se en-ganchar.

Caso haja dúvida sobre a adequabilidade da lingagem, peso da carga, etc., o recomendado é interromper a tarefa. O responsável pela linga-gem deverá procurar uma solução junto ao mestre/condutor da grua.

Se a suspensão já foi iniciada, o condutor deverá baixá-la imediata-mente a uma posição de segurança.

O responsável pela lingagem e o condutor da grua tem o direito e o dever de negar a suspensão caso tenham dúvidas sobre a tarefa em questão.

Acessórios de lingagem

Os acessórios de lingagem deverão ser dotados de identificação legí-vel ou outro tipo de indicação. Na identificação deve haver informação sobre a carga de segurança e o limite de carga de trabalho (SWL/WLL), além da data da mais recente revisão.

O material de lingagem também deverá ser dotado de um código de cores que indica quando foi realizada a última revisão; veja abaixo.

É necessário controlar os acessórios de lingagem todas as vezes que forem utilizados, e deverá haver uma revisão geral anual.

Siga as instruções do fornecedor sobre quando os acessórios devem ser descartados. As instruções para uso dos acessórios de lingagem,

Códigos de cor Branca indica que o material foi descartado

Page 204: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Gruas

em dinamarquês, de-vem estar disponí-veis sempre que ne-cessário.

Os acessórios de lin-gagem devem ser sempre conservados adequadamente em lugar seco e arejado. É preciso proteger os acessórios, principal-mente as cordas de

fibra, contra a luz solar direta, pois os raios ultravioleta destroem as cordas. Os acessórios descartados deverão estar separados dos de-mais acessórios.

● As gruas e ganchos de suspensão deverão ser dotados de disposi-tivos de segurança.

● Não é permitido utilizar acessórios de lingagem galvanizados em tarefas de suspensão em água salgada.

● As correias de aço não devem dobrar no processo de ajuste.

● As correntes sob a carga não devem dobrar. O encurtamento so-mente deve ser efetuado com gancho homologado e as juntas so-mente devem ser efetuadas com elo patente homologado.

● As correias/cordas de fibras devem ser protegidas contra arestas vivas.

Page 205: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAGruas-torre

Suspensão combinada

A suspensão combinada com gruas deverá ser planeada adequadamen-te. A operação deverá ser coordena-da por um especialista com boa comuni cação com os dois conduto-res das gruas.

As duas gruas deverão ser do mes-mo tipo, e preferivelmente com o mesmo sistema de regulação de velocidade. Em nenhum momento, a carga deverá superar 75% da capacidade de cada grua. Caso neces-sário, deve-se utilizar acessórios especiais que assegurem a distribui-ção correta do peso e a suspensão horizontal.

GRUAS-TORRE

Montagem As gruas-torre deverão ser montadas por pessoal com formação es-pecífica. Ao se montar uma grua, é preciso seguir as recomendações do fornecedor - particularmente no que diz respeito à base, tolerân-cias, segurança da via da grua, etc. Após a montagem deve-se provi-denciar a notificação e o ensaio de carga da grua.

A grua deverá ser posicionada sobre uma base firme a uma distância segura de declives e escavações. Os componentes móveis da grua não deverão gerar o risco de esmagamento - a distância entre os com-ponentes da grua e as edificações, construções e materiais deverá ser de 0,50 m, no mínimo.

Durante a montagem é importante:

● Pendurar um letreiro com a carga permitida.

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3. TÉCNICA Gruas-torre

● Verificar a paragem em altura, paragem operacional e paragem de emergência.

● Verificar os dispositivos de sinalização (campainha/buzina).

● Manual de instruções e registo presentes na cabina do condutor.

● Percurso de ensaio da grua com o condutor da grua, para corrigir possíveis falhas antes que o montador deixe o local.

Deve haver um elevador de pessoas na grua, quando o acesso à cabi-na do condutor for superior a 25m. Mas apenas quando a grua perma-necer montada durante mais de 2 meses, e quando for possível do ponto de vista prático e técnico.

Deverá haver um letreiro de advertência com o seguinte texto: "Não circule sob carga suspensa", quando a grua for utilizada em áreas de circulação. Os letreiros deverão ser legíveis e estar visíveis.

Via da grua

Normas para a via da grua:

● A via da grua deverá ser assentada sobre base firme. Materiais que possam ceder e, consequentemente, deteriorar a estabilidade da grua, deverão ser substituídos por outro material firme (como pe-dra esmagada, espalhada em finas camadas com a passagem do rolo depois da aplicação de cada camada).

● O caminho de rolamento da grua poderá também ser construído em betão, de acordo com o manual de instruções.

● A via da grua deverá ser drenada e os trilhos deverão ser dispostos de forma a se manter a tolerância em relação à distância e desní-vel.

Page 207: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAGruas-torre

● Deve-se proceder à união dos carris para assegurar uma união ro-busta das extremidades dos carris. Os carris devem ser apoiados sobre travessas duplas ou especialmente largas.

● Os carris devem ser assentados de forma a permitir uma distância segura dos carris dos declives, escavações, componentes verticais e depósitos de materiais.

Quando os carris estiverem assentados, é preciso verificar se:

● a bitola é adequada e segura, e atende as recomendações do for-necedor em termos de medidas e tolerâncias - e se há uma transi-ção sem obstáculos para o trajeto do cesto,

● a via foi dotada de fim de curso em cada carril, e adequadamente afastada da base do carril mais distante, ao menos 30 cm. Os fins

min. 50 cm

min. 1,5 h

min. 80 cm

h

Espaçadormín.

mín.

mín.

alt.

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3. TÉCNICA

de curso devem ser posicionados de forma que os pontos de fim de curso na mesma extremidade dos carris sejam tocados simulta-neamente pela grua,

● O fim de curso de operação das máquinas de circulação devem ser montados de forma que a grua fique totalmente travada antes que os fins de curso fixos sejam atingidos.

● os bogies estão alinhados sobre os carris, e foram instaladas bar-ras, avental e garras de carris,

● a grua está dotada de dispositivos que evitam virar em caso de ruptura do eixo ou descarrilamento.

Uma grua sobre carris não poderá atropelar uma pessoa (por exem-plo, em situações em que não haja visibilidade total da área do percur-so). Isto pode ser garantido com o isolamento da área do percurso ou com a instalação de sensor de parada em caso de contato. Os carris da grua devem ser testados com cestos em percurso, antes que o montador deixe o local.

Gruas-torre

Avental

Fim de curso el.

Guia de fixação

Barras

Fim de curso

Espaçador

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3. TÉCNICAGruas-torre

Colisão

Quando há várias gruas-torre no mesmo local, é preciso evitar a coli-são entre elas. Ao estacionar, os braços devem poder se movimentar ao vento sem o risco de colisão com outras gruas ou componentes de construção.

A área do rotor deve ser identificada com marcação permanente e legível.

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3. TÉCNICA Gruas móveis e outras gruas rolantes e Elevação com garfos

GRUAS MÓVEIS E OUTRAS GRUAS ROLANTES

O risco de virar depende da capacidade de carga da base sobre a qual a grua está assentada. Antes de uma elevação, a capacidade de car-ga da base deve ser documentada. Deve-se utilizar suportes confor-me descrito nas instruções para uso da grua, que também deve indi-car a pressão máxima dos suportes.

Os suporte devem ser estendidos de forma a corresponder à carga e alcance respetivos.

Todos os suportes devem ser posicionados sobre base firme - even-tualmente pode-se utilizar chapas sob os suportes, o que ajuda a dis-tribuir a carga sobre a base.

Caso a grua se movimente com carga elevada, a superfície deve ser plana e firme - equivalente a uma estrada terminada que espera o tratamento superficial (asfalto). Caso contrário, deverão ser distribuí-das chapas sobre o percurso.

ELEVAÇÃO COM GARFOS

Os garfos para paletes somente podem suspender cargas adequadas à elevação com porta-paletes. Deve-se assegurar a carga com uma inclinação dos garfos para trás ao se movimentar o carregador com carga. Não é permitido utilizar os garfos diretamente como guinchos de elevação.

Os garfos devem ser periodicamente examinados para determinar se apresentam desgaste, rachaduras ou deformações. Os garfos somen-te poderão ser reparados por especialistas e sempre de acordo com as indicações do fornecedor.

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3. TÉCNICAEquipamento de carregamento e transporte

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar máquinas com garfos para suspensão no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada - com o necessário certificado.

Certificado de condutor

● É necessário um certificado de condução para operar um carrega-dor telescópico com garfos.

● A utilização de um carregador com garfos requer um certificado de condução.

● Os carregadores de garfo utilizados pelos abre-valas e os mini car-regadores não requerem certificado de condução.

EQUIPAMENTO DE CARREGAMENTO E TRANSPORTE

Os abre-valas, os tratores de esteiras com pá ou chapa, carregadores com rodas de borracha, caixas basculantes, dragas, niveladoras e si-milares são considerados equipamentos de transporte.

Para essas máquinas, deve-se observar o seguinte:

● Revisão de acordo com as recomendações do fornecedor, ou a cada 12 meses.

● Deve haver um manual de instru-ções para uso na máquina todo o tempo.

● Deve haver uma cabina com pro-teção em caso de capotagem.

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3. TÉCNICA Elevadores

Somente pessoas maiores de 18 anos portadoras de uma carta de condução, no mínimo para condução de tratores - poderão conduzir equipamento de carregamento e transporte.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar equipamen-tos de carregamento e transporte no âmbito de uma formação profis-sional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

ELEVADORES

A montagem, desmontagem e alterações dos monta-cargas e de ele-vadores de estaleiro destinados à elevação de pessoas somente de-verão ser realizadas por pessoal especialmente formado.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar elevadores que não são operador por botões no âmbito de uma formação profis-sional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

O proprietário do elevador ou o pessoal que aluga o elevador deverá assegurar que o elevador e os seus acessórios sejam cuidados e man-tidos de forma adequada, de acordo com as normas em vigor.

Elevadores de estaleiro destinados à elevação de pessoas

Controlo de montagem

O elevador deverá ser submetido a um controlo de montagem após cada nova montagem, transformação ou reparação importante.

Quando o elevador estiver corretamente montado, deve ser feita uma observação no registo de manutenção, e deve ser afixada uma indica-

Page 213: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAElevadores

ção de vistoria no elevador com a data da próxi-ma inspeção.

Caso o controlo da montagem indicar que as normas não foram atendidas, o proprietário ou o utilizador responsável deverá receber as infor-mações com as devidas razões. O elevador não deverá ser utilizado até que as falhas ou insufi-ciências tenham sido corrigidas.

O controlo da montagem deverá ser efetuado por uma entidade de inspeção homologada por uma entidade de acreditação.

Inspeções

As revisões, manutenção e reparações dos elevadores de estaleiros de-verão ser efetuadas por uma empresas especializada e homologada.

Os elevadores de estaleiro destinados à elevação de pessoas deverão ser revisados ao menos uma vez por mês. O número de revisões anuais deverá ser registado no livro de registo do elevador. Uma cópia do relatório da revisão deverá ser incluída no registro de manutenção.

A revisão inclui também as vias de acesso ao elevador e aos pisos.

Inspeções e ensaios

Quando o elevador permanecer montado por mais de 12 meses no mesmo local, deverão ser efetuadas inspeções e ensaios a cada ano civil com, no máximo, 14 meses de intervalo. Nas inspeções e ensaios, devem-se aplicar as mesmas normas adotadas no controlo de monta-gem.

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3. TÉCNICA Elevadores

Disposição

Os elevadores deverão ter uma placa que indique a sua utilização - bem como uma placa que indique a revisão e o máximo de pessoas/carga.

Os elevadores destinados à elevação de pessoas deverão ser ajusta-dos de forma que somente seja possível abrir a porta do piso em que se encontra o elevador. O piso também deverá ser dotado de grades de proteção.

A disposição deverá atender as recomendações contidas na norma DS/EN 12159 (elevadores destinados à elevação de pessoas) até, o mais tardar, 1 de janeiro de 2012.

Monta-cargas de estaleiro

Inspeções

As revisões e manutenção efetuadas por uma pessoa especializada deverão garantir que os monta-cargas sejam conservados em boas condições.

O especialista deverá realizar uma revi-são antes da utilização e em cada nova montagem do monta-carga. Caso o mon-ta-carga permaneça montado do mes-mo local durante longo período de tem-po, o mesmo deverá ser revisado de acordo com as recomendações do for-necedor - e, no mínimo, a cada 12 meses.

O resultado da revisão deverá ser do-cumentado e estar disponível para o Serviço de Inspeção do Trabalho.

Page 215: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAElevadores

Disposição

Os monta-cargas deverão ter uma placa que indique a sua utilização - bem como uma placa que indique a revisão e a quantidade máxima de mercadoria permitida.

Os monta-cargas de estaleiro devem ser protegidos contra o risco de quedas do assento e do piso. Isto significa que todos os pisos sobre o terreno deverão ser dotados de grades de proteção completas.

O assento dos monta-cargas de mercadorias deve ser protegido com uma grade de proteção de 1 m de altura.

O habitáculo também não deve apresentar risco de esmagamento du-rante o percurso.

A disposição deverá atender as recomendações contidas na norma DS/EN -12158-1 (monta-cargas de estaleiro) até, o mais tardar, 1 de janeiro de 2012.

Elevador em diagonal

É preciso seguir as recomendações do fornecedor ao se montar um monta-carga inclinado. O elevador em diagonal deverá ser identifica-do com a carga máxima permitida.Também é preciso lembrar que:

● Os carris deverão ser fixados com segurança tanto no terreno quanto na extremidade do telhado.

● Caso haja suportes, esses devem ser apoiados em superfície firme e estável, e devem ser protegidos contra deslizamentos.

● É preciso isolar a área à volta do monta-carga para evitar circulação de terceiros na área.

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3. TÉCNICA Elevadores

● Deve haver uma paragem de emergência instalada no local do ope-rador, com um panorama de todos os movimentos do habitáculo.

● A mercadoria deve ser protegida contra quedas, e não deve ultra-passar 20% das extremidades do habitáculo.

● Grades de proteção devem proteger as áreas de estacionamento junto às extremidades do telhado ou aberturas de muros.

● Deve ser possível deter a operação do monta-carga através de um dis-juntor principal fe-chado a chave.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar mon-ta-cargas em diago-nal no âmbito de uma formação profissio-nal (como aprendiz, por exemplo), e so-mente quando te-nham recebido ins-trução adequada.

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

MÁQUINAS E FERRAMENTAS EM GERAL

Aspetos gerais da proteção das máquinas

A diretiva Máquinas da UE foi transposta à legislação dinamarquesa em 1993. O diretiva Máquinas estabelece normas de segurança e de comercialização para todas as máquinas produzidas após aquela data. A Diretiva também se aplica a todas as máquinas usadas impor-tadas de países fora da UE.

As máquinas produzidas antes de 1 de janeiro de 1993 devem conti-nuar a observar as normas dinamarquesas.

Aquisição de máquinas

Antes de se adquirir uma nova máquina, é preciso avalia o seguinte:

● Onde e como deverá ser utilizada.

● Quem deverá utilizar a máquina.

● Quais os riscos à saúde e à segurança que podem estar associados à máquina.

● Como a máquina se compara com as máquinas equivalentes.

● Como se realiza a limpeza e manutenção diárias.

● Se os níveis de ruído e de vibrações são aceitáveis.

Ao se adquirir uma nova máquina, é preciso verificar se existe um ma-nual de instruções em dinamarquês, e se a máquina está acompanha-da de uma declaração de conformidade da UE. As instruções para uso devem conter informações sobre como a máquina deve ser montada, utilizada e mantida.

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3. TÉCNICA Máquinas e ferramentas em geral

Obrigações do fornecedor

Na entrega, as máquinas devem estar dotadas dos equipamentos de proteção adequados. Também devem ser concebidas de forma a ope-rar da forma mais simples possível e com baixo nível de ruído.

Além disso, as máquinas devem estar acompanhadas de advertên-cias e informações sobre outros tipos de riscos que podem existir apesar das medidas de proteção adotadas.

Todas as máquinas novas deverão ser dotadas de uma placa com in-formações como o nome e endereço do fabricante, o número de série e o modelo, além do número de série e ano de fabricação. As máqui-nas também devem ser dotadas de uma marca CE que indica que a máquina atende as normas contidas na Diretiva máquinas e, conse-quentemente, a legislação dinamarquesa. A marcação deverá ser visí-vel e permanente.

Para as máquinas com marcação CE, o fabricante também deve forne-cer cada unidade com uma declaração de conformidade.

O nome e endereço do importador também deve constar da máquina.

Instruções para uso

As instruções para uso em dinamarquês devem acompanhar todas as máquinas.

As instruções para uso devem conter as informações necessárias para que seja possível operar a máquina de forma segura e correta.

Page 219: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

Além disso, as instruções para uso devem conter informações sobre como:

● Iniciar o funcionamento da máquina.

● Utilizar a máquina.

● Manusear a máquina.

● Montar a máquina.

● Instalar a máquina.

●�Ajustar a máquina.

● Efetuar a manutenção e reparação da máquina.

Outras normas relativas às inspeções de segurança também devem constar das instruções para uso. Além disso, as instruções deverão conter informações sobre a formação necessária e necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual, bem como infor-mações sobre os níveis de vibração e de ruído.

As instruções para uso devem conter os planos e diagramas neces- sá rios à utilização, manutenção, inspeção, controlo e reparação da máquina, além de outras informações úteis sobre a segurança. As ins-truções para uso deverão ser de fácil acesso.

Sempre que possível, as instruções para uso devem ser conservadas diretamente na máquina.

Page 220: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Máquinas e ferramentas em geral

Obrigações do utilizador

As máquinas e similares devem sempre atender as normas relativas aos meios técnicos. Cabe ao empregador, aos supervisores, aos capa-tazes e aos técnicos e demais empregados observar essas normas. Isto sem prejuízo das obrigações do fabricante e do fornecedor. O uti-lizador deverá assegurar que as máquinas e os meios técnicos sejam utilizados da forma adequada, atendendo os critérios de saúde e se-gurança.

O equipamento de proteção ou os componentes de segurança não devem ser retirados enquanto se trabalhar com a máquina.

Os empregados deverão comunicar imediatamente qualquer falha no equipamento de proteção aos responsáveis.

Atenção às normas específicas com relação a crianças e jovens. Nor-malmente, os jovens com menos de 18 anos não devem operar má-quinas com ferramentas de corte de alta velocidade como, por exem-plo, serras circulares, serras circulares para metal, máquinas de corte e tosquiadoras, máquinas de fresar e aplainar. Essas máquinas podem, no entanto, ser utilizadas por menores de 18 anos quando estejam protegidas de forma que os componentes mó-veis ou de trabalho estejam fora do alcance durante a operação, e quando não haja outros riscos decorrentes da sua operação. Mas ape-nas quando os jovens tenham recebido instruções pormenorizadas sobre o seu uso.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Page 221: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

Regras especiais para máquinas

Há regras e instruções especiais para uma série de máquinas e meios técnicos:

● Regulamentos com disposições técnicas que devem ser atendidas.

● Orientações do Serviço de Inspeção do Trabalho sobre o uso res-ponsável da máquina. As medidas podem variar, sempre que se ga-ranta o mesmo grau de segurança.

Uma série de normas foram estabelecidas no âmbito da diretiva má-quinas. Quando uma máquina for produzida de acordo com as normas harmonizadas, pode-se concluir que a máquina atende os critérios estabelecidos pela diretiva máquinas e, consequentemente, a legisla-ção dinamarquesa.

Homologação

Não há nenhuma norma geral que determine que uma máquina deva ser homologada - embora sejam exigidos o exame de tipo e a homolo-gação para uma série de máquinas perigosas.

O Serviço de Inspeção do Trabalho poderá fornecer informações em caso de dúvida quanto ao atendimento das regras especiais para uma determinada máquina.

Validade

As regras para proteção das máquinas valem para todas as máquinas, independentemente de como se utilizam, e de quem as utiliza. As regras também se aplicam a máquinas utilizadas no âmbito privado (máquinas de bricolagem, por exemplo).

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3. TÉCNICA Máquinas e ferramentas em geral

Inspeção das máquinas

É obrigação do empregador (utilizador) examinar as máquinas e par-ques de máquinas periodicamente para assegurar que funcionam de forma segura.

O manual de instruções deverá conter informações sobre como e quando deverá ser realizada a manutenção contínua. As orientações do fornecedor nesse sentido deverão ser seguidas.

As revisões devem ocorrem em intervalos determinados para cada uma das máquinas; devem ocorrer, por exemplo, após um certo tem-po de utilização.

A revisão deverá ser efetuada pelo fornecedor ou outro especialista.

Montagem das máquinas

As máquinas devem ser montadas de maneira que possam ser opera-das de forma confortável e sem risco. Também deve haver a possibili-dade de se proceder à manutenção e reparação das máquinas.

Disposição das máquinas

As máquinas devem ser dispostas de forma a não apresentar riscos à saúde ou segurança, na sua instalação e manutenção, e na sua utili-zação, conforme o seu propósito.

Isto significa que devem ser construídas de forma que os seguintes elementos não ofereçam riscos:

● Componentes móveis das máquinas.

● Componentes ou materiais das máquinas projetados para fora.

●�Geração de fumo, gás, poeira, substâncias e materiais nocivos, etc.

Page 223: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

● Ruídos.

● Vibrações.

● Eletricidade.

● Calor.

● Frio.

● Radiação.

● Incêndio.

● Explosão.

Não deve existir a possibilidade de se alcançar a área que oferece de perigo. O trabalho junto à máquina ou nas suas pro ximidades deve ser realiza-do em posturas adequadas.

Dispositivos de proteção

Os dispositivos de proteção devem poder resistir às pressões físicas e químicas nocivas como, por exemplo, o manuseio pesado e a pos- sibilidade de uso inadequado.

Os protetores móveis e outros dispositivos deverão ser fixados à má-quina de forma que os movimentos perigosos da máquina apenas possam ocorrer quando os protetores estiverem na posição ativa.

Os dispositivos de proteção deverão receber manutenção periódica, e as funções e condições da máquina deverão ser controladas de acor-do com o indicado pelo fornecedor.

Page 224: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Máquinas e ferramentas em geral

Protetores

Os protetores devem evitar que se toquem os componentes perigo-sos da máquina ou das ferramentas, ou que esses possam ser arremessa dos e causar acidentes.

Os protetores também são utilizados contra os riscos de radiação, por exemplo, em situações de calor, luz, atividade radioativa, laser e frio e corrente.

Botões de operação e punhos

Os botões, punhos e pedais de comando das máquinas devem ser concebidos e posicionados de forma a evitar o toque acidental. De-vem ser ergonomicamente concebidos.

O botão de arranque deverá ser baixo, coberto ou dotado de rebordo, para que não haja o arranque acidental da máquina. O botão de ar- ranque deverá ser, preferivelmente, branco ou verde, mas também poderá ser cinzento ou preto.

Page 225: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

Posição do comando

Da posição de comando, deve haver uma visão geral das zonas perigo-sas da máquina. Quando isso não for possível (em equipamentos de grande porte e combinados), o dispositivo de arranque deve emitir sinal automático de advertência antes que a máquina entre em operação.

Dispositivo de paragem

Todas as máquinas devem ser dotadas de um dispositivo de paragem que permite o acionamento rápido, sem risco, da posição de comando normal. Normalmente, esse botão é vermelho. Em máquinas com vá-rias posições de comando, os botões de paragem nas demais posi-ções deverão ser botões de paragem de emergência.

Paragem de emergência

As máquinas deverão ser dotadas de uma paragem de emergência que permite evitar a continuidade de um acidente ou evitar condições que possam levar a um acidente. Além do dispositivo normal de para-gem, deverá haver um botão de paragem de emergência nos pontos perigosos da máquina. A paragem de emergência deverá, se preciso, ser combinada com um travão automático.

A paragem de emergência deverá ser um botão vermelho, e disposta em ponto visível e de fácil operação. A paragem de emergência pode ser um botão em forma de cogumelo, uma alavanca ou cabo. A para-gem de emergência deverá ser identificada com as palavras PARAGEM DE EMERGÊNCIA. O texto poderá ser omitido se a paragem de emer-gência for um botão em forma de cogumelo sobre uma base amarela. A paragem de emergência poderá, em algumas situações, ser incor-porada aos pedais de controlo, pedais para o controlo de máquinas de roscagem e máquinas laminadoras. Um toque leve no pedal faz a má-quina funcionar, mas um toque do pedal até ao fundo interrompe o funcionamento da máquina. Isto significa que a paragem de emergên-cia está incorporada à máquina.

Page 226: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Máquinas e ferramentas em geral

O rearranque da máquina com dispositivos de arranque somente po-derá ocorrer quando a paragem de emergência tiver sido levada à po-sição original, manualmente.

Quando uma falha funcional dos dispositivos normais de comando acarretar risco, também deverá haver uma paragem de emergência junto aos demais dispositivos de comando.

Comando à distância

Normalmente, nos trabalhos que envolvem gruas, elevadores, guin-chos, máquinas estacionárias ou móveis e portões, normalmente se utilizam rádios ou outros equipamentos de comando sem fio.

As caixas de comando devem ser carregadas de forma que não pos-sam cair. Normalmente, todos os movimentos mais perigosos da má-quina são controlados com manutenção da pressão (dispositivo de botão homem morto).

A caixa normalmente é dotada de uma paragem de emergência, tra-vagem, indicadores luminosos e símbolos ou texto indicativos de co-mando fáceis de entender. Normalmente, o condutor deve poder emi-tir um sinal de advertência, por exemplo, uma buzina. O receptor deverá ser protegido contra sinais de emissores "estranhos".

Caso um sinal seja interrompido, distorcido ou se não for transmitido, o sistema deverá, normalmente, interromper todos os movimentos e travar.

Quando se utilizam dispositivos de apoio de comando à distância, de-verá haver um letreiro em lugares visíveis, indicando que se utilizam dispositivos de comando à distância.

A alimentação de corrente à máquina deve poder ser interrompida de forma rápida e segura.

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3. TÉCNICAMáquinas e ferramentas em geral

Dispositivo de botão homem-morto

Este botão é um dispositivo que garante que a máquina somente po-derá entrar em funcionamento enquanto se pressiona o botão. A pes-soa que opera esse botão deverá ter uma visão completa dos movi-mentos perigosos da máquina. Ao abandonar a pressão sobre o botão, o operador não poderá entrar na zona de perigo antes que o perigo tenha sido afastado, por exemplo, depois que o movimento tiver ces-sado.

Em casos especiais, há uma exigência de que o movimento da máqui-na possa ser interrompido tanto ao se abandonar a pressão sobre o botão, quanto quando se pressiona com mais força, isto é, até ao fun-do. Em alguns casos é possível utilizar um contato de pânico.

Comando com as duas mãos

O comando com as duas mãos evita que o operador possa introduzir a mão em área perigosa da máquina.

O comando com as duas mãos deverá ocorrer da seguinte forma:

● Somente é possível arrancar a máquina com as duas mãos ao mes-mo tempo (a simultaneidade deverá ser de 0,2 a 1 segundo.).

● O movimento da máquina é interrompido mais rápido do que o tem-po entre levar a mão de um comando a duas mãos até à área de perigo, logo que uma das posições de comando seja liberada.

● Somente é possível reativar os movimentos da máquina quando os dois dispositivos de comando estiverem na posição inicial.

● Os movimentos acidentais ou incorretos são evitados.

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3. TÉCNICA Máquinas para cimento e argamassa

Travagem

A máquina deve ser dotada de travões quando os movimentos conti-nuam após a paragem do motor (inércia), e onde pode, portanto, ha-ver risco de acidentes.

Normalmente, os travões devem funcionar automaticamente, uma vez interrompida a potência motora. Se não for o caso, o travão deve-rá ser acionado a partir da posição de comando. Deve haver uma placa na máquina com texto permanente e legível.

MÁQUINAS PARA CIMENTO E ARGAMASSA

Betoneiras

Quando a utilização das betoneiras for intensa, recomenda-se o uso de transportadores, parafusos sem-fim e elevadores, em detrimento de pás. Isto reduz a pressão de trabalho dos empregados que devem alimentar a máquina.

Os menores de 18 anos podem operar as misturadoras, parafusos sem-fim, etc. quando as máquinas estiverem dotadas de proteção de forma que os componentes móveis ou de trabalho estejam fora do alcance durante a operação, e quando não haja outros riscos decor-rentes da sua operação. Mas apenas quando os jovens tenham rece-bido instruções pormenorizadas sobre o seu uso.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Page 229: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas para cimento e argamassa

Finalizador de betão

Máquinas com motor a gasolina somente deverão ser utilizadas em ambiente fechado quando houver boa ventilação. A segurança dos finalizadores de betão com discos rotativos ou héli-ces deve ser garantida da seguinte forma:

● Os discos rotativos ou hélices deverão ser protegidos de forma que nenhuma parte das peças possa alcançar a zona de perigo.

● A máquina deve ser dotada de um dispositivo de botão homem- morto.

● Em máquina a gasolina, o arranque deve funcionar quando se segu-ra no apoio da barra da direção.

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3. TÉCNICA Máquinas para madeira

Vibradores

Os vibradores utilizados para a distribuição do betão líquido em cofra-gem e para nivelamento de pisos e pavimentos são movidos a motor de baixa tensão por meio de transformadores.

Pode ser necessário limitar o tempo de trabalho quando o nível das vibrações for excessivamente alto (consulte o capítulo sobre vibra-ções).

Para que a amortização das vibrações funcione adequadamente, um bom programa de manutenção é essencial. Nos casos em que o mo-tor de vibração é incorporado ao aparelho, deve haver um interruptor no punho de comando.

Não abandone um vibrador com motor ligado.

Quando o vibrador não for dotado de interruptor no punho, é preciso levá-lo até ao interruptor, depositar a máquina no seu suporte ou as-segurar, de alguma forma, que esteja desligado.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão operar finalizadores de betão e vibradores no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instru-ção adequada.

MÁQUINAS PARA MADEIRA

Máquinas fixas

Máquinas de serra circular, serras de fita e máquinas de aplainar de-vem ser instaladas em altura de trabalho adequada. Desta forma, evi-ta-se ter que dobrar a coluna para a frente. Suportes de rolos devem servir de apoio para peças longas ou largas.

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3. TÉCNICAMáquinas para madeira

Também é preciso colocar os materiais e peças prontas em altura de trabalho adequada e o mais próximo possível da máquina.

Quando máquinas portáteis são dispostas sobre mesas como máqui-nas fixas, as normas que regular o uso de máquinas fixas passam a vigorar.

Em lugares fixos de trabalho deverá haver equipamento para capta-ção de poeira e aparas em trabalhos de corte. O ar de exaustão não deve ser recirculado.

As máquinas para laboração de madeira requerem que o utilizador te-nha recebido as instruções específicas sobre como utilizar as máqui-nas de forma segura.

Geralmente não se deve trabalhar com luvas nas tarefas com máqui-nas para laboração de madeira, a menos que a ferramenta esteja completamente protegida contra o contato.

Jovens com menos de 18 anos poderão operar máquinas com ferra-mentas de corte de alta velocidade como, por exemplo, serras circu-lares, máquinas de serra circular, serras de corte transversal ou má-quinas de aplainar sempre que as máquinas estejam protegidas de forma que as partes móveis e de processamento fiquem inacessíveis durante a operação, e que não haja outros riscos associados à máqui-na. Mas apenas quando os jovens tenham recebido instruções porme-norizadas sobre o seu uso.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Page 232: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Máquinas para madeira

Serras circulares (fixas)

A lâmina deverá ser plana e sem oscilação, "manchas azuis" ou fis- suras.

● A lâmina deverá sempre estar afiada e corretamente posicionada, e não devem faltar dentes.

● A parte da lâmina que não está na madeira deve ficar coberta pelo protetor.

● Não deve ser possível pressionar a cobertura da lâmina contra a lâmina.

máx. 3 mm entre a lâmina e a lâmina separadora

largura do corte

extremidade dos dentes

máx. espes. da lâmina, 5 mm

Page 233: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas para madeira

A lâmina com dentes de pastilha de carbono deve ser:

● Intacta, isto é, sem falhas nos dentes.

● Dotada de lâmina separadora.

● Dotada de relé de queda de tensão.

A lâmina separadora evita que a madeira seja prensada na lâmina e, com isso, levantada e arremessada na direção do utilizador. E tam-bém protege os dentes traseiros da lâmina, de forma que os fragmen-tos de madeira soltos não sejam atirados para a frente. A lâmina se-paradora deverá ser rígida, mais grossa do que a lâmina e mais fina do que as extremidades dos dentes. (Nas lâminas de pastilha de carbo-no, ela deverá ser 0,3 mm mais fina do que a largura de corte). A lâmi-na separadora deverá ser de fácil ajuste.

Máquinas de serra circular

No corte longitudinal deverá ser utilizado o controlo de largura, e ajus-tado de forma que a madeira avance em linha reta.

O protetor superior, inferior e a lâmina separadora deverão estar posi-cionados e ajustados. Em corte coberto, por exemplo, trabalho de corte e de sulcos, o protetor superior poderá ser retirado, pois a peça de madeira cobre os dentes da lâmina. Quando o protetor superior for retirado, é preciso utilizar blocos de alimentação. Uma vez completa-do o trabalho, o protetor superior deverá ser recolocado. Utilize um guia ou apoio quando houver risco de tocar a lâmina nos cortes longi-tudinais.

Nos cortes de cunhas, é preciso utilizar um calibrador e posicionar um perfil de rejeição, de forma que os fragmentos de madeira menores não entrem em contato com os dentes posteriores da lâmina.

Page 234: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICA Máquinas para madeira

No corte do comprimento (corte transversal) deve-se poder controlar a peça de madeira, mantendo-a contra o dispositivo em movimento.

Serra de corte transversal (máquina de serra circular)

As serras de corte transversal com lâmina sob a mesa deverão:

● Ter proteção sob a mesa.

● Ser totalmente coberta quando em posição de repouso.

● Entrar em modo de repouso automaticamente.

● Não podem ser puxadas para fora da borda da mesa.

● Possuir cobertura superior ou outro tipo de protetor da lâmina so-bre a mesa, quando se opera a serra.

As serras de corte transversal com lâmina sobre a mesa deverão:

● Possuir um protetor à volta da lâmina posicionado o mais próxi-mo possível sob o centro.

● Possuir um protetor com viseira para a parte superior da lâmina em movimento. Essa parte do protetor deverá ser automatica-mente fixada quando a serra estiver em modo de repouso.

● Voltar ao modo de repouso automaticamente.

● Não poder ser puxadas para fora da borda da mesa.

Page 235: MANUAL SOBRE

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3. TÉCNICAMáquinas para madeira

Máquinas de aplainar

Também deverá haver uma guarda sobre o cortador do lado do guia de largura em que não se trabalha.

● A guarda sobre o componen-te em movi-mento de-verá ser de fácil ajuste.

● Peças me-nores deve-rão ser fixa-das com uma placa de alimen-tação.

● A máquina de aplainar deverá ser dotada de gatilho de queda de tensão.

Dispositivo de alimentação

Os dispositivos de alimentação nas serras circulares, serras manuais, máquinas de aplainar, mesas fresadoras e similares deverão ser dota-dos de paragem de emergência. O dispositivo de alimentação deverá ser acoplado à máquina com um conector especial, de forma que, na paragem de emergência, ambas as máquinas deixem de funcionar.

Guarda

Cortador

Controlo de largura

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3. TÉCNICA Máquinas para metal

MÁQUINAS PARA METAL

Serra circular para metal

Além de atender as medidas citadas para as serras de corte transver-sal em madeira, as serras para metal também devem:

● Ser operadas com dispositivo de botão homem-morto.

● Possuir paragem de emergência.

● Parar rapidamente quando se libera o dispositivo de botão homem-morto.

● Possuir embraiagem por fricção ou similar, que diminua o perigo que decorre de uma lâmina presa na peça ou de lâmina paralisada.

As serras de corte transversal, cujas lâminas sejam alimentadas me-canicamente, deverão ter proteção suplementar, por exemplo, guar-das que não permitam tocar a ferramenta, operação com as duas mãos, avisadores fotoelétricos ou similar.

Os menores de 18 anos podem operar as serras circulares para metal, quando as máquinas estiverem dotadas de proteção de forma que os componentes móveis ou de trabalho estejam foram do alcance duran-te a operação, e quando não haja outros riscos decorrentes da sua operação. Mas apenas quando os jovens tenham recebido instruções pormenorizadas sobre o seu uso.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Máquinas de roscagem

As máquinas de roscagem devem ser operadas com pedal ou disposi-tivo de botão homem-morto, que interrompe o funcionamento da má-quina quando liberado. O pedal deverá ser protegido, de forma a evitar

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3. TÉCNICAMáquinas para metal

arranque acidental; e deve poder ser ajustado em 3 posições:

● Posição superior inalterada: a máquina está parada.

● Posição central: a máquina está em funcionamento.

● Posição inferior: função de paragem de emergência.

Componentes rotativos longos, que avançam para fora, deverão ser protegidos e apoiados em cavaletes tubulares.

A piquetagem de tubos que estão a rodar na máquina de corte so-mente poderá ser efetuada máquinas com corta-tubos montado. A abertura de roscas e a piquetagem não devem ser efetuadas em tu-bos montados com guarnições.

Não é permitido aparafusar guarnições em tubos que estão a rodar nas máquinas de roscagem.

Os menores de 18 anos podem operar as máquinas de roscagem quando as máquinas estiverem dotadas de proteção de forma que os componentes móveis ou de trabalho estejam foram do alcance duran-te a operação, e quando não haja outros riscos decorrentes da sua operação. Mas apenas quando os jovens tenham recebido instruções pormenorizadas sobre o seu uso.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

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3. TÉCNICA Ferramentas portáteis a motor

FERRAMENTAS PORTÁTEIS A MOTOR

Na aquisição de ferramentas portáteis:

● Prefira ferramentas com amortecedores de vibrações.

● Prefira punhos com isolamento contra o frio e com amortecedor de vibrações.

● Prefira ferramentas com baixo nível de ruídos.

● Prefira ferramentas leves e de fácil manuseio.

● Selecione ferramentas que possam ser acopladas a um sistema de aspiração.

O alto nível de vibrações (consulte o capítulo sobre vibrações) pode levar a restrições do tempo máximo diário de uso da máquina.

Nas operações de limpeza, ajustes e troca de ferramentas, o motor deverá estar paralisado, e os cabos elétricos ou conexão com ar deve-rão estar desconectados.

Jovens com menos de 18 anos não podem, à partida, operar fer- ra mentas manuais que produzem vibrações acima de 130 dB (HA), a não ser no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequa-da.

Mas é permitido aos jovens realizar tarefas de curta duração com fer-ramentas que geram vibrações (menos de 30 min durante uma jorna-da de trabalho completa).

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

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3. TÉCNICAFerramentas portáteis a motor

Motosserras

Somente é permitido o uso de motosserras homologadas com marca-ção CE. Não é permitido a jovens com menos de 18 ano trabalhar com motosserras. As motosserras devem ser mantidas cuidadosamente, com lubrificação da corrente, controlo da tensão da corrente, etc. Ao se afiar a motosserras, é preciso usar ferramenta de medição.

É preciso manter o travão de corrente limpo e em bom funcionamen-to. A velocidade do motor em marcha lenta sem carga deverá ser ajustado de forma a ficar bem abaixo da velocidade do motor para o engate da corrente.

● O utilizador deverá ter bons conhecimentos do funcionamento da motosserras, da sua operação e manutenção, e deverá conhecer as exigências de segurança.

● As pessoas que não possuem experiência com motosserras deve-rão receber formação de uma pessoa com bons conhecimentos técnicos, antes de poder trabalhar de forma independente com motosserras.

●� Não é permitido trabalhar com motosserras em escadas, a menos que as escadas tenham um local de trabalho dispostos especifica-mente para tanto.

● Somente é permitido utilizar motosserras especialmente construí-das (montadas em haste) acima da altura dos ombros.

● Somente é permitido - por causa do gás de escape - utilizar serras com motores de combustão interna em ambientes fechados quan-do houver ventilação adequada.

● Somente é permitido utilizar motosserras elétricas em tensão aci-ma de 50 volts ao ar livre e em tempo seco.

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3. TÉCNICA Ferramentas portáteis a motor

Os seguintes equipamentos de proteção individual são exigidos ao se trabalhar com motosserras:

● Capacete de segurança.

●�Proteção ocular, óculos de proteção ou máscara.

● Proteção para as pernas, calças com interior resistente a cortes na parte dianteira da perna.

● Calçados de proteção, botas de segurança com reforço resistente a cortes.

● Proteção auditiva, quando a exposição aos ruídos for superior a 85dB(A).

Jovens com menos de 18 anos não poderão operar motosserras,e ex-ceto no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

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3. TÉCNICAFerramentas portáteis elétricas

FERRAMENTAS MANUAIS ELÉTRICAS

Inspeções

As empresas devem assegurar que as ferramentas manuais elétricas sejam inspecionadas periodicamente, de acordo com as recomenda-ções do fabricante.

● Ferramentas portáteis elétricas comuns (classe I), devem ser inspe-cionadas ao menos a cada 2 meses.

● Ferramentas com isolamento duplo (classe II), normalmente devem ser inspecionadas a cada 6 meses. As ferramentas mais profissio-nais possuem isolamento duplo.

Utilização

Jovens com menos de 18 anos não podem, à partida, operar ferra-mentas manuais que produzem vibrações acima de 130 dB(JA), a não ser no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

Mas é permitido aos jovens realizar tarefas de curta duração com fer-ramentas que geram vibrações (menos de 30 minutos durante uma jornada de trabalho completa). Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que infor-me como a ferramenta manual deve ser montada, operada e mantida.

Perfuradoras

Lembre-se que a broca pode ficar entalada.

● Evite utilizar o botão de bloqueio.

● Não perfure peças soltas (as peças devem ser fixadas com garras ou em bancadas).

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3. TÉCNICA Ferramentas portáteis elétricas

● Utilize extração quando possível. Utilize sempre filtros de poeira quando a contaminação não puder ser eliminada de forma eficaz.

Cortador de parede

Ao se utilizar um cortador em parede de alvenaria, gera-se poeira nociva à saúde. Por isso, um equipamento de aspiração deve ser conectado ao corta-dor.

É preciso utilizar máscara con-tra poeira durante o trabalho, quando a poeira não puder ser removida de forma eficaz da zona de respiração. Também é preciso utilizar pro-tetor auditivo.

Máquinas de polir

As seguintes recomendações se aplicam para lixadeiras de cinta, lixa-doras rotativas e lixadoras excêntricas:

● Utilize extração quando possível.

● Utilize sempre máscaras de poeira quando a contaminação não pu-der ser eliminada de forma eficaz.

As lixadoras frequentemente geram um nível alto de vibrações.

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3. TÉCNICAFerramentas portáteis elétricas

Afiadoras angulares

O risco mais sério associado a máquinas de corte e de polimento é a ruptura do disco, pois fragmentos do disco podem penetrar direta-mente no corpo humano.

A ruptura do disco ocorre quando:

● o disco está fixado de forma incorreta. É preciso utilizar os flanges, os espaçadores e a tensão corretos.

● a velocidade é maior do que aquela para a qual o disco está homologado.

● o disco está a ser utilizado de forma incorreta, por exemplo, está deformado e/ou a pres-são é muito forte.

● nivelamento inadequado.

● descuido no tratamento com choques e impactos.

Regras de segurança no uso de afiadoras angulares:

● Retire a ficha do contato antes de substituir o disco.

● Utilize um disco adequado à máquina, e que seja homologado para a velocidade da máquina.

● Fixe o disco com os flanges de fixação corretos.

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3. TÉCNICA Ferramentas portáteis elétricas

● Faça um teste para determinar se o disco roda sem irregularidades - antes de iniciar a tarefa.

● Deve ser colocado o protetor recomendado.

● Não pressione demais o disco.

● Não exponha o disco a pressão irregular ou outra situação que pos-sa partir o disco.

● Não utilize discos de corte para afiar ou discos de afiar para cortar.

● Afiadoras angulares pneumáticas deverão ter proteção contra ex-cesso de velocidade do motor causada pelo fato de estarem co-nectadas a uma pressão de ar excessiva.

● Utilize sempre proteção auditiva.

● Utilize sempre proteção ocular, óculos com proteção lateral ou ócu-los ou óculos com bordas que aderem ao rosto.

● Quando as afiadoras manuais geram poeira em quantidades noci-vas, deve ser instalado sistema de exaustão.

● Tire os lenços de pescoço, ou outras peças soltas.

● Guarde a máquina com cuidado para que o disco não sofra choques.

● Guarde a máquina de forma que o disco não possa molhar.

● Em ambientes húmidos, e onde a ligação à terra é especialmente boa, utilize as máquinas em baixa tensão (através de um transfor-mador).

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3. TÉCNICAFerramentas portáteis elétricas

Serra sabre

Ao se utilizar uma serra sabre, existe sempre o risco de lesões com cortes; por isso, tenha especial atenção ao iniciar e terminar a tarefa.

● Utilize sempre proteção auditiva.

● Utilize sempre proteção ocular, óculos com proteção lateral ou ócu-los com bordas que aderem ao rosto.

● Ao trocar as lâminas, retire a ficha do contato.

Serra circular de avanço manual

As serras circulares de avanço manual, em geral, devem ser dotadas de lâminas separadoras. Alguns tipos de serras circulares de avanço manual/serras circulares, no entanto, estão isentos dessa exigência. Nos casos em que a lâmina separadora não for necessária, no entan-to, deverá haver uma referência expressa no manual de instruções para uso do fornecedor.

● A lâmina separadora deverá ser de aço (duro) de espessura cor-respondente à largura do corte (em lâminas de pastilha de car-bono deverá ser 0,3 mm inferior à largura do corte).

● A lâmina separadora deverá ser introduzida da mesma forma que nas serras circulares fixas.

● Deverá haver um protetor superior fixo, que cobre a totalidade da lâmina na superfície da máquina.

● A guarda inferior deverá consistir em um protetor móvel, que cobre completamente a lâmina sob a superfície da máquina.

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3. TÉCNICA Ferramentas portáteis elétricas

● A guarda inferior deverá retroceder automaticamente no modo de segurança quando se retira a serra da peça (a função deverá ser testada em cada utilização da máquina e com frequência, ao longo da jornada de trabalho).

● Ao utilizar a serra, o operador deverá estar posicionado ao lado da guia da serra para evitar um coice.

● Durante a utilização da serra, a peça deverá ser fixada, possivel-mente com aperta-juntas ou similar.

● Utilize protetor auditivo.

● Em tarefas que produzem poeira, é preciso utilizar serras circulares de avanço manual dotadas de equipamento de aspiração, ou me-sas de corte com exaustão. É preciso utilizar equipamento de pro-teção individual, se a concentração de poeira não for diminuída o suficiente através do equipamento de exaustão.

Jovens com menos de 18 aos não poderão operar serras circulares de avanço manual, pois os componentes móveis e os componentes do processo não são protegidos durante a operação.

Jovens com menos de 18 anos poderão operar serras circulares de avanço manual no âmbito de uma formação profissional (como apren-dizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

Máquinas de escatelar

Existe o risco de lesões sérias com cortes, caso a máquina de escate-lar não seja utilizada e mantida de forma adequada.

● Retire a ficha do contato antes de efetuar a troca de bits de esca-telar.

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3. TÉCNICAPistolas de pregos de combustão

● Utilize apenas bits de escatelar adequados à máquina.

● Procure montar os bits corretamente antes de utilizar a máquina.

● Mantenha a máquina limpa, com todas as funções em ordem.

● Utilize protetor auditivo.

● Utilize sempre proteção ocular, óculos com proteção lateral ou ócu-los ou óculos com bordas que aderem ao rosto.

PISTOLAS DE PREGOS DE COMBUSTÃO

A pistola de pregos é uma ferramenta de tiro, em que a combustão impele os pregos ou parafusos para o interior do material rígido.

As pistolas de pregos devem ter a marcação CE de acordo com a nova Diretiva máquinas (2006/42/EF) ou ser homologadas pelo Serviço de Ins-peção do Trabalho. O número da homologação é designado com DK + um número seguido de A ou B, que é uma referência ao grupo de pistolas.

As pistolas de pregos homologadas pelo Serviço de Inspeção do Tra-balho são divididas em grupo A e grupo B:

A. Pistolas de pressão, em que a velocidade inicial do prego supera 100 m/seg., e pistolas de projéteis.

B. Pistolas de pressão, onde a velocidade inicial do prego é de 100 m/seg e inferior.

Normalmente, somente é permitido utilizar pistolas de pregos do tipo B. Somente em casos em que, por razões técnicas, não for possível utilizar pistolas do tipo B, permite-se a utilização de pistola do tipo A.

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3. TÉCNICA Pistolas de pregos de combustão

As pistolas de pregos deverão ser concebidas de forma que haja ao menos dois dispositivos de segurança que impossibilitem o disparo acidental. Os dispositivos de segurança devem funcionar mesmo quando uma pistola carregada vai ao chão ou é sujeita a choque.

É responsabilidade do fabricante ou do seu representante no país efe-tuar todas as reparações e a revisão anual exigida. Após a revisão anual, deverá ser emitido o certificado correspondente.

● O utilizador deverá ter cumprido 18 anos.

● O utilizador deverá ter recebido a formação adequada e ter testado as funções e operações adequadas da pistola (incluindo todos os pormenores que constam das instruções para uso e as normas de segurança, revisão, manutenção, limpeza diária e lubrificação).

● Jovens com menos de 18 anos poderão operar as pistolas de pre-gos no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo),

Antes de se utilizar a pistola de pregos, é preciso assegurar que o prego disparado não tenha possibilidade de atravessar a peça. Se o risco existir, é preciso assegurar que não haja ninguém atrás da pare-de ou peça na direção do disparo.

Mantenha a área de trabalho vedada a estranhos. Antes do disparo, deverão ser colocados avisos em lugares adequados como, por exem-plo, portas de acesso à zona de perigo, com o seguinte texto:

O carregamento dos cartuchos é efetuado de acordo com as instru-ções para uso e de acordo com a tarefa em questão. Deve-se utilizar

CUIDADO Disparos com pistola de pregos

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3. TÉCNICAPistolas de pregos de combustão

proteção contra fragmentos, e é possível que seja necessário adotar uma proteção especial.

Não é permitido disparar:

● Em materiais friáveis ou duros (por exemplo, aço temperado, grani-to e telhas vitrificadas).

● Próximo a extremidades, onde pode haver o perigo de que o prego "ressalte" ou que os fragmentos se dispersem.

● Nos pontos onde já se há tentado introduzir parafusos ou pregos.

● Na direção de pregos ou parafusos que não penetraram completa-mente (tiro duplo).

● Onde a formação de fragmentos pode gerar incêndio ou explosão.

● Onde há risco de acertar cabos elétricos, condutas de gás, etc.

O local de trabalho deverá ser disposto de forma que a superfície de sustentação seja firme e segura.

Não é permitido carregar cartuchos soltos nos bolsos.

A pistola deverá ser conservada no seu estojo e deve ser bloqueada quando não estiver em uso.

Ao utilizar uma pistola de pregos, o atirador e seu assistente deverão usar:

● Capacete.

● Óculos de segurança com bordas que aderem ao rosto.

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3. TÉCNICA Ferramentas orientadoras

● Protetor auditivo que amorteça o tiro.

As pistolas de pregos devem ser submetidas a uma revisão ao menos uma vez por ano, e sempre que necessário. A revisão deverá ser reali-zada pelo fabricante ou seu representante. Uma vez completada a revisão, deve ser emitido um certificado.

Verifique a ferramenta periodicamente para identificar se há algum sinal de danos.

FERRAMENTAS ORIENTADORAS

As ferramentas orientadoras de elementos de fixação disparam com alta pressão, eletricidade ou força de molas. Com exceção dos mode-los menores, essas ferramentas apresentam os mesmos riscos que as pistolas de pregos.

As ferramentas orientadores deverão ter ao menos dois dispositivos de segurança que protegem de disparos acidentais: o gatilho e o dis-positivo de segurança contra disparos.

O dispositivo de segurança con-tra disparos está localizado na boca do tiro da pistola. Deverá haver um deslocamento de ao menos 7 mm para que se possa disparar. O gatilho ou o dispositi-vo de segurança contra disparo deverá voltar à posição se segu-rança antes que se dispare no-vamente. (Disparos de repetição podem ser permitidos quando houver uma construção especí-

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3. TÉCNICARemoção de papel de parede

fica do dispositivo de segurança contra disparos, de forma que a libe-ração acidental do dispositivo de segurança seja dificultada.)

Ferramentas orientadoras pneumáticas deverão ter um acoplamento à mangueira de ar comprimido na própria pistola. A pressão do ar má-xima permitida deverá constar da pistola.

O atirador deverá ter cumprido 18 anos. O atirador deverá ter recebido a formação adequada sobre a utilização da ferramenta (incluindo to-dos os pormenores contidos nas instruções para utilização e normas de segurança, revisão e manutenção). Jovens com menos de 18 anos poderão operar as ferramentas orientadoras no âmbito de uma for-mação profissional (como aprendizes, por exemplo).

O protetor auditivo é frequentemente exigido, e é preciso usar prote-ção ocular.

Os pregos devem ser selecionados de acordo com as especificações do fornecedor da ferramenta.

Para ferramentas orientadoras de grampos, tachas (máx. 0,3 g) etc., as regras são menos severas. Não há qualquer limite de idade de 18 anos.

REMOÇÃO DE PAPEL DE PAREDE

É importante que haja suficiente ventilação na realização desta tare-fa. Janelas abertas, preferivelmente com circulação de ar, é uma pré-condição para a realização adequada do trabalho. Caso não haja pos-sibilidade de garantir suficiente ventilação, será necessário utilizar equipamento de proteção respiratória.

Não é permitido utilizar solvente de papel de parede em combinação com o vapor.

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3. TÉCNICA Ferramentas e sistemas pneumáticos

FERRAMENTAS E SISTEMAS PNEUMÁTICOS

Reservatório para ar comprimido

O reservatório para ar comprimido deverá ser dotado de:

● Placa de identificação.

● Válvula de segurança com dispositivo de liberação.

● Manómetro identificado com uma linha vermelha, indicando a pres-são de utilização máxima permitida.

● Válvula de descarga para água de condensação no recipiente.

O recipiente deverá estar posicionado de forma a não ser sujeito a embates ou choques ou impactos.

A cada quatro anos, um especialista deverá efetuar uma inspeção do reservatório para ar comprimido, por dentro e por fora, onde a pressão em bar (ato) vezes o volume em litros for superior a 200.

Ferramentas pneumáticas

Máquinas e ferramentas pneumáticas estão sujeitas às normas con-vencionais de proteção de máquinas.

As máquinas e ferramentas pneumáticas devem ser utilizadas em lu-gar de aparelhos de baixa pressão em tanques, espaços húmidos, em betão molhado e outros lugares onde há forte conexão à terra.

As ferramentas pneumáticas, muitas vezes, geram ruído e vibrações. Por isso, é preciso adquirir ferramentas que gerem o mais baixo nível de ruído possível. E utilizar a pressão mais baixa possível. Instale bo-cais especiais na ferramenta para diminuir a dispersão de ruído e poei-ra; por exemplo, capas ou foles e filtros. Caso não seja possível reduzir o ruído e a poeira suficientemente, deve-se utilizar equipamento de

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3. TÉCNICASistema e ferramentas pneumáticas

proteção individual.

Jovens com menos de 18 anos não deverão, à partida, trabalhar com ferramentas pneumáticas rotativas, martelos pneumáticos e encal-cadeiras e jato de areia, exceto no âmbito de uma formação profissio-nal (como aprendizes, por exemplo). Mas apenas quando tenham re-cebido as instruções adequadas.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Ferramentas pneumáticas rotativas

Deve-se garantir que a velocidade do motor das ferramentas com dis-co abrasivo não ultrapasse a capacidade do disco. Mesmo que haja conexão de ar com pressão mais alta do que o recomendado.

Martelos pneumáticos

Na utilização de martelos pneumáticos é preciso assegurar que as vibrações nas edificações não representem perigo.

Britadeiras

O trabalho de britagem em betão e alvenaria pode gerar concentra-ções nocivas de poeira como pó de sílica. A dispersão da poeira nas imediações deve ser limitada com aspiração e com humedecimento da área quando não se conseguir eliminar toda a poeira. A poeira deve ser eliminada de forma a não levantar poeira - com aspiração, por exemplo.

As britadeiras produzem um alto nível de vibrações. Planeie o trabalho o melhor possível, utilizando ferramentas com comando à distância, ou de forma que as ferramentas portáteis possam ser apoiadas me-

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3. TÉCNICA Sistema e ferramentas pneumáticas

canicamente. Na aquisição de ferramentas, deve-se selecionar aque-las com amortecimento de vibrações.

É possível amortizar as ferramentas existentes com punhos de mate-riais de absorção dos choques.

É preciso utilizar sempre proteção ocular e, normalmente, protetor auditivo e equipamento de proteção respiratória quando se trabalha com britadeiras, e também pode ser necessário utilizar calçados de segurança.

Tratamento a jato de areia

O tratamento a jato de areia consiste em pulverizar areia natural, areia de aço, areia de ferro fundido, levedura, esferas de aço, corindo, vidro, etc.

É preciso evitar tratamento a jato de areia com areia natural que con-tém quartzo. O quartzo é especialmente nocivo e acarreta o risco de silicose e cancro.

Limite tanto quanto possível a disseminação da poeira em processos de tratamento com jato de areia ao ar livre com encerados,etc. Pen-dure sinalização de perigo e procure efetuar o tratamento a jato de areia apenas quando não causar incómodo a terceiros.

Os dispositivos de comando deve ser do tipo de botão homem-morto. Em mangueiras mais longas (acima de 40 m), aconselha-se o coman-do elétrico das funções de abertura. O comando de ar de uma única saída não é permitido.

Ao se trabalhar em baixas temperaturas, o botão de acionamento do jato deve ser protegido contra falhas de funções derivadas de gelo e água de condensação. Isto pode ser assegurado com líquido anticon-gelante e equipamento de dosagem.

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3. TÉCNICASistema e ferramentas pneumáticas

Equipamento de proteção individual● O aplicador do tratamento a jato de areia deverá usar equipamento

respiratório individual com fonte de ar como capuz que cobre a ca-beça, pescoço e ombros, ou como uma máscara completa e mais o capuz. A fonte de ar ao equipamento de proteção respiratória se origina em instalações com separador de óleo e, se preciso, aditivo de aquecimento ou arrefecimento.

● O aplicador do tratamento a jato de areia e todas as outras pessoas presentes no local - ainda que durante curto período de tempo - do tratamento de jato de areia deverão usar vestuário especial repe-lente à poeira, como fato-macaco estanque nas extremidades, bo-tas de cano alto e luvas de proteção com punhos longos.

● Normalmente é exigido o uso de protetor auditivo.

● O vestuário de trabalho e os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos separados do vestuário diário e não podem ser levados ao refeitório.

Elimine a areia utilizada o mais rapidamente possível. Não é permitida limpeza com alta pressão. É possível varrer e juntar a areia depois de humedecida. A areia somente deverá ser reutilizada após processo de limpeza especial. Na limpeza é obrigatório o uso de equipamento de proteção respiratória.

Antes de se iniciar o trabalho com a recuperação de fachadas, as au-toridades locais devem emitir uma autorização para o trabalho.

Os resíduos devem ser eliminados de acordo com as normas ambien-tais e no ministério da energia.

Tratamento a jato de areia molhadaOs efeitos da limpeza podem ser intensificados com a adição de água. O tratamento a jato de areia molhada não é tão nocivo à saúde como

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3. TÉCNICA Sistema e ferramentas pneumáticas

o tratamento a jato de areia seca, já que o volume de areia no ar é de apenas 1/10. É preciso retirar a areia enquanto estiver molhada.

Decapagem a jato de água

O equipamento de decapagem a jato de água com uma pressão máxi-ma de 800 bar implica sérios riscos e não se deve utilizar o equipa-mento manualmente por causa da força do jato e o efeito de ressalto.

Quando se trabalha com decapagem a jato de água com pressão aci-ma de 25 bar, ou onde o número do produto (a pressão mais alta em bar vezes o número de litros por minuto) supera 10.000, é preciso ob-servar o seguinte:

● Não deve haver estranhos na área de trabalho.

● Não se pode pulverizar instalações elétricas.

● A superfície onde se pisa deve ser antiderrapante.

● O campo de trabalho deve estar livre e desimpedido. (Não é permi-tido trabalhar em escadas).

Quando se trabalha durante mais de 1/2 hora, é preciso usar um ar-reio de ombros ou algo semelhante para aliviar as mãos à volta agu-lheta.

Riscos da utilização:

● O jato funciona como uma ferramenta cortante, tanto na peça quanto nas pessoas (os danos são sérios e profundos, mesmo que as lesões não pareçam ser sérias).

● O jato pode ressaltar das perfurações e superfícies irregulares.

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3. TÉCNICA

● Substâncias nocivas à saúde ou tóxicas podem se disseminar em forma de névoa.

● Mangueiras e bocais podem vibrar como ferramentas pneumáticas (causando dedos brancos).

Tire vantagem da direção do vento no local para eliminar as impure-zas. Em geral, é preciso utilizar equipamento de proteção individual.

Jovens com menos de 18 anos não podem, à partida, realizar tarefas de decapagem a jato de água com uma pressão de trabalho superior a 70 bar (7MPa), a não ser no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada. Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

Corte com pressão

Jamais utilize equipamento de corte com pressão manual quando a pressão for superior a 800 bar. É perigoso porque o jato pode cortar e há o risco de fortes ressaltos.

Os bocais devem ser fixados a ferramentas especiais.

A área de trabalho deverá ficar inacessível a terceiros por causa do impacto do processo. O campo de trabalho do jato deverá ser isolado de acordo com as normas de proteção das máquinas.

Pode ocorre formação de névoa e ruídos, como no tratamento a jato de água; por isso é necessário o uso de equipamento de proteção respiratória e auditiva.

Sistema e ferramentas pneumáticas

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3. TÉCNICA

Jovens com menos de 18 anos não poderão realizar trabalhos de cor-te com alta pressão, exceto no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequada.

Para a realização do trabalho, deverá haver um manual de instruções para uso em dinamarquês que informe como a máquina deve ser mon-tada, operada e mantida.

CILINDROS DE PRESSÃO

A cor dos cilindros de alta pressão deve ser cinzento neutro ou ter as cores apre sentadas abaixo.

Normalmente, o conteúdo dos cilindros de alta pressão determina a cor. O conteúdo dos cilindros também é marcado no próprio cilindro.

● Não é permitido lubrificar as válvulas do cilindro.

● Não é permitido atirar os cilindros ou efetuar qualquer movimento que possa expor os cilindros a choque, impactos ou a carga forte.

Cilindros de pressão

Ar atmosférico, Acetileno, Gás liquefeito, Dióxido de carbono e Oxigénio

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3. TÉCNICACilindros de pressão

Por isso, devem ser adequadamente dispostos para não cair, rolar ou desmoronar.

● Os cilindros de alta pressão devem estar protegidos contra o forte calor. Devem estar dispostos de forma a permitir uma rápida remo-ção em caso de incêndio.

● Não é permitido ter outros cilindros no local de trabalho do que aqueles utilizados na tarefa em questão. A válvula deverá perma-necer fechadas nos cilindros que não estão em uso.

● Durante o transporte, a tampa ou o colar de proteção da válvula deve estar montado de forma segura.

Os cilindros de oxigénio devem ser conservados muito limpos, isentos de qualquer tipo de contaminação com óleo ou graxa. A válvula deve ser aberta lentamente.

Ao se utilizar gás de acetileno, por exemplo, deve haver uma válvula de retorno antes do manómetro.

A Agência de Gestão de Emergências estabeleceu normas técnicas sobre o funcionamento de armazéns ao ar livre ou em ambientes fe-chados para grandes quantidades de gás e líquidos perigosos.

Latas de aerossol

As latas de aerossol normalmente não sofrem com temperaturas aci-ma de 40° C ou com outras condições severas durante a utilização ou transporte. Não é permitido perfurar ou deitar fora a lata antes que esteja totalmente vazia.

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3. TÉCNICA Observações

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3. TÉCNICAObservações

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Configuração do estaleiro

CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Configure o estaleiro de forma que o trabalho possa ser realizado de forma absolutamente segura. É preciso que a segurança no estaleiro e nas suas imediações seja levada em conta já na fase do projeto.

É preciso planear, por exemplo, como se pretende:

● assegurar que os meios técnicos possam ser utilizados,

● montar grades temporárias (tanto nas pranchadas como nos telha-dos),

● proteger as cavidades nas pranchadas e telhados para evitar quedas,

● pendurar rede de segurança nas áreas da construção que apresen-tam perigos,

● fixar andaimes,

● assegurar a ordem e organização nos trabalhos de construção,

● efetuar instalações elétricas e iluminação de boa qualidade - princi-palmente nas áreas comuns a vários empreiteiros,

● assegurar montagem sem risco de elementos pré-fabricados como elementos de betão, caixas de telhados e chapas onduladas,

● estabelecer condições adequadas de acesso e armazenamento,

● montar gruas, etc. de forma adequada.

Acesso ao local

Pendure um plano geral à entrada do estaleiro para ajudar na orienta-ção dos recém-chegados. O plano deve indicar os locais onde é preci-so usar capacete, os limites de velocidade, as vias de sentido único,

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROConfiguração do estaleiro

etc., que possam ter consequências do ponto de vista da segurança.Acessos e saídas do estaleiro devem ser separados e indicados clara-mente com sinalização. Na medida do possível separe a circulação motorizada da circulação dos peões.

As vias de circulação dos peões e de circulação motorizada devem ser planeadas e construídas de forma que possam corresponder ao movi-mento que se espera a qualquer momento.

Deve-se considerar também:

● as condições meteorológicas - estabelecendo a drenagem neces-sária e a construção estável das vias com uma superfície que per-mita remoção de neve,

● que se utilizem os meios técnicos necessários para o transporte de materiais.

Isolamento

O estaleiro e a área dos contentores devem ser cercados e fechados à chave fora do horário de trabalho. Todas as edificações devem ser fechadas a chave.

Drenagem mín. 80 cm

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Configuração do estaleiro

Ordem e organização

A falta de organização no estaleiro pode aumentar o risco de aciden-tes. Também pode afetar os ganhos e dar origem a conflitos entre grupos de trabalhadores e as empresas presentes no estaleiro.

Por isso, no Plano de saúde e segurança deverá haver menção de como se mantém a ordem no estaleiro, quando e quem é responsável pela arrumação.

Alguns conselhos para manter a ordem no estaleiro:

● Evite empilhar material que pode cair ou representar algum risco. Coloque o material somente nos locais destinados a ele.

● Mantenha os poços e outras cavidades devidamente cobertos.

● Retire o material descartado do local imediatamente.

● Os locais de armazenamento devem funcionar bem e devem ser elevados em relação ao resto do terreno.

● Siga sempre as orientações das autoridades locais sobre o destino dos resíduos.

● Não deposite resíduos e materiais de forma a dificultar a remoção da neve, lama e água do terreno.

● Fios e cabos elétricos devem ser suspensos. Caso cruzem as vias de acesso e de circulação, deverão ser suspensos, subterrâneos ou protegidos de alguma outra forma.

● As condutas de eletricidade, ar comprimido, gás e água para insta-lações temporárias no estaleiro podem ser suspensas nas paredes ou teto. Caso seja necessário assentá-las no solo ou piso, deverão ser dispostas de forma a não provocar quedas ou danos aos cabos.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROConfiguração do estaleiro

● Não é permitido varrer a seco. Deve-se utilizar aspiradores, e efe-tuar a limpeza de forma que a poeira ou outras substâncias nocivas à saúde não se dispersem.

● Nos trabalhos de limpeza, não retire coberturas, grades ou outras medidas de segurança.

● Organize o estaleiro de forma que os materiais e similares não obs-truam a circulação motorizada ou de peões.

● Leve os resíduos e embalagens vazias aos locais indicados ou depo-site em contentores; procure assegurar que sejam esvaziados pe-riodicamente.

Brændbartaffald

Ikkebrændbart

affald

Resíduos inflamáveis Resíduos

não inflamáveis

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Configuração do estaleiro

Isolamento - queda de objetos

Proteja as pessoas que circu-lam em veículos e os peões no estaleiro e ao longo das edifi-cações da queda de objetos.

Monte isolamento, redes de segurança ou outro tipo de proteção junto aos andaimes e edificações quando houver cir-culação à entrada e ao longo das edificações. Quando não for possível mon-tar isolamento ou dispositivos de proteção adequados, a cir-culação deverá ser desviada.

O isolamento deverá se estender ao menos dois metros para fora, e deverá ser feito com tábuas de 25 mm de espessura. Em vez de isola-mento, pode-se utilizar redes de segurança de malha fina de até 2 cm (não se deve confundir com rede de proteção contra poeira). Pode ser preciso utilizar redes com malha mais fina quando objetos como has-tes roscadas, pregos e porcas também possam cair.

Ao se depositar materiais e ferramentas sobre telhados ou outros pontos elevados, deve-se assegurar que não possam deslizar ou ser levados pelo vento.

Atenção com materiais que não pesam muito em comparação com o volume, que podem cair longe da edificação.

5m 8m

10m

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROVias de acesso

VIAS DE ACESSO

É preciso sempre definir vias de acesso adequadas às edificações, escavações, andaimes, etc. As vias de acesso não devem apresentar buracos ou desníveis, e devem ser mantidas livres de resíduos e ma-teriais.

Escadas

As escadas permanentes das edificações devem ser cons-truídas o mais cedo possível para serem utilizadas como vias de acesso no estaleiro. Lembre-se de que deverão ser instaladas grades tanto nas escadas quanto nas platafor-mas antes da utilização.

Nos patamares devem ser montadas grades completas com corrimão, barra de prote-ção na altura dos joelhos e ro-dapés. Nos lanços da escadas, os rodapés normalmente po-dem ser omitidos.

Construa poços de escadas quando não for possível utilizar as esca-das permanentes.

Escadas móveis

As escadas móveis somente devem ser utilizadas como via de acesso em baixas altitudes, e somente quando o seu uso não for muito fre-quente. Somente é permitido transportar materiais e ferramentas le-ves, que possam ser carregados com uma só mão.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Vias de acesso

As escadas móveis devem ser fixadas na extremidade superior e ter uma inclinação que permita a sua estabilidade. Deve haver um cor- rimão ou pega de aprox 1 m acima do nível mais alto.

Vias de circulação motorizada

As vias no estaleiro deverão ser de dimensão e qualidade suficiente para suportar o tráfego motorizado com segurança.

● Separe a circulação motorizada da circulação a pé.

● Mantenha o sistema de vias de sentido único.

● Evite, dentro do possível, que veículos pesados ou longos tenham que fazer marcha-atrás. Quando isso não for possível, estabeleça procedimentos para realização de manobras seguras. Por exemplo, determinando que as manobras para trás sejam assistidas por um manobrador, ou que se instale dispositivo de alarme de manobras.

● Estabeleça as vias de forma que possam ser utilizados os meios técnicos necessários.

● Retire a lama das vias e valas periodicamente.

Deve ser fácil remover a neve e espalhar cascalho. Quando houver previsão de geada, é necessário espalhar cascalho. Depósitos de cas-calho protegidos da geada e depósitos de neve em nível mais baixo, com escoamento de água, devem ser criados antes do início do inver-no.

Nos períodos de seca, pode ser necessário humedecer as vias de cir-culação para diminuir a dispersão de poeira.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROVias de acesso

Construções e base

É uma vantagem utilizar as vias e parques de estacionamento futuros como vias de circulação durante as obras.

As vias temporárias no estaleiro devem também ser estabelecidas para que a circulação pesada possa ocorrer em toda as condições meteorológicas. As vias devem ser drenadas para que não sejam des-truídas pela água.

As vias podem, por exemplo, ser construídas em nível acima do terre-mos e dotadas de valas que conduzem a água de forma eficaz até à rede de esgotos permanente.

Vias de circulação de peões

As vias de circulação de peões deverão ser elevadas em relação ao resto do terreno, ou construídas de forma que possam ser utilizadas permanentemente, sem água ou lama.

As vias de circulação de peões devem ser construídas de forma que seja possível utilizar carros-plataforma, carrinhos de mão e outros meios técnicos para transporte de materiais, etc.

mín. 80 cm

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Vias de acesso

Durante esse trabalho, não deve haver combinação de tráfego pesa-do como camiões, escavadeiras, carregadores telescópicos ou ou-tros.

Para o transporte de materiais a largura mínima das vias de circulação deverá ser de 80 cm, mas pode ser necessário criar vias de circulação mais largas.

Nas vias de acesso utilizadas exclusivamente por peões, a largura pode ser reduzida a 60 cm.

Entre o parque de estacionamento e os contentores do estaleiro deve ser possível caminhar com calçados convencionais. Entre os conten-tores e o local de trabalho deve ser possível caminhar com calçados convencionais. Em trabalhos em terra deve ser possível caminhar pe-las vias de circulação em botas de borracha.

Vias de evacuação

As vias de evacuação devem ser descritas no Plano de Saúde e Segu-rança, que também deve incluir uma descrição de quem deverá esta-belecer, manter e remover as vias de evacuação.

Considere vias de evacuação nas seguintes situações:

● Trabalhos em escavações ou ensecadeiras.

● Trabalhos em telhados.

● Em trabalhos de telhado com alcatrão, deverá sempre haver duas vias de acesso/escape.

● Na instalação de tubagem, esgotos, água, aquecimento à distân-cia, gás, etc.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROVias de acesso

● Trabalho com demolição de partes de edificações.

● Montagem e trabalho em andaimes.

● Trabalho em ambientes fechados, poços, etc.

● Trabalhos em monta-cargas, empilhadores, gruas, mastros, chami-nés e similares. Deverá haver a possibilidade de poder chamar ajuda no próprio lugar em caso de descida de emergência.

● Trabalho em canais, canalização e similares.

● Trabalho em galerias, alçapões e similares.

● Permanência em oficinas em contentores, contentores de pessoal, etc.

● Onde existe a possibilidade de inundação da área de trabalho.

● Onde os empregados podem estar expostos a substâncias e mate-riais nocivos à saúde.

Normalmente, deverá haver vias de escape em pelo menos duas dire-ções. Caso isso não seja possível, deverá haver sistema de vigilância, contato com um ou mais pessoas ou outras medidas que possam ga-rantir a segurança do local de trabalho.

É responsabilidade de cada empregador avaliar a necessidade de vias de evacuação no âmbito do trabalho a ser realizado antes do seu iní-cio. Se a avaliação indicar necessidade de alterações nos planos do construtor, a questão deverá ser tratada com o construtor.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Vias de acesso

Contentores de apoio

Planeie a localização dos contentores de forma a evitar o estaciona-mento de veículos e o depósito de materiais entre os contentores de apoio ao pessoal.

Os fios e cabos de eletricidade, água, esgotos e telefone deve ser dispostos adequadamente, de forma que os contentores possam ser facilmente conectados uns aos outros.

A área dos contentores deverás ser bem iluminada, para que se possa movimentar de forma segura. As condutas de água e esgotos devem ser protegidas contra a geada.

É preciso observar os seguintes aspetos na determinação da localiza-ção dos contentores de apoio:

● Deverá haver uma via de acesso a uma via pública ou ao parque de estacionamento.

● A distância aos locais de trabalho não deverá ser excessiva.

● Deve ser possível chegar à área dos contentores de uma via pública ou do parque de estacionamento sem passar por área que requer uso de capacete.

● Deve ser possível alcançar a área dos contentores a partir de uma via pública em calçados leves, independentemente da meteorolo-gia.

● Situe os contentores de forma a haver ao menos 2,5 m entre as la-terais com janelas. Isto garante a entrada de suficiente luz do dia.

● Deve haver vias de evacuação em pelo menos duas direções a par-tir de todos os contentores. As vias devem ter pelo menos 2 m de largura e não devem ser bloqueadas com materiais, etc.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROInstalações na área dos contentores

● Posicione os contentores em área protegida contra a queda de ma-teriais e longe dos efeitos de poeira ou outros agentes de contami-nação do ar, ruídos, vibrações, mau cheiro, etc.

Nos locais de trabalho deverá haver um telefone para uso dos traba-lhadores.

INSTALAÇÕES NA ÁREA DOS CONTENTORES

Quando a tarefa for iniciada no estaleiro, as instalações de bem-estar dos trabalhadores devem estar preparadas. O empregador tem a res-ponsabilidade de zelar por que as instalações necessárias estejam disponíveis.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Instalações na área dos contentores

Normalmente, as instalações de um contentor de apoio incluem:

● Casa de banho.

● Lavatório com água quente corrente.

● Duches e vestiários.

● Vestiários e refeitórios separados.

● 2 armários para cada empregado. As normas relativas aos contentores também devem ser atendidas quando os empregados utilizam as instalações nas edificações exis-tentes - isto é, casas de banho, refeitório, duches, vestiários, etc. As instalações deverão ser, no mínimo, do mesmo padrão que as de um contentor convencional.

Veículo leve móvel

O contentor poderá ser um veículo leve móvel, quando os trabalhado-res permanecerem no máximo duas semanas no local, e o emprega-dor tiver até quatro empregados no local.

Trabalho nos estaleiro

Os trabalhos de construção de vias e outros trabalhos relacionados com o estaleiro poderão ter regras mais flexíveis nas situações em que o estaleiro se desloca durante o projeto.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROInstalações na área dos contentores

Conexão à rede de esgotos

Quando o trabalho no estaleiro durar mais de 2 meses, as sanitas sempre deverão ser conectadas à rede de esgotos.

Quando a duração do trabalho for inferior a 2 meses, as sanitas serão ligadas à rede quando isso for possível sem escavações ou trabalho semelhante.

As sanitas sem conexão à rede devem cumprir as mesmas normas de higiene que as sanitas convencionais com descarga e conexão à rede de esgotos.

Número e distância

As instalações para o bem-estar dos empregados devem estar dis-postas adequadamente em relação uma à outra, e em relação a cada local de trabalho.

● 1 lavatório para cada 5 pessoas,

● 1 duche para cada 10 pessoas,

● 1 sanita para cada 15 pessoas.

A distância máxima a ser percorrida até uma sanita deverá ser de 200 m ou cinco minutos em veículo.

Trabalho de curta duração

Há regras especiais sobre o bem-estar dos trabalhadores quando o trabalho:

● dura até 3 dias,

● em termos de volume, não excede 6 dias-homem,

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Instalações na área dos contentores

● implica que os trabalhadores iniciem e terminem a jornada de traba-lho em outro lugar que não seja o estaleiro.

Em trabalhos de curta duração, o empregador deverá assegurar que, durante o trabalho, o empregado tenha acesso a:

● casa de banho.

● lugar adequado para as refeições, quando houver pausa para refei-ção durante a jornada,

● lavatório com água corrente quente,

● vestiário e possibilidade de guardar o vestuário e efeitos pessoais

● possibilidade de secar o vestuário de trabalho quando molhar du-rante o trabalho.

Além disso, deve haver um duche e vestiário, onde o vestuário diário e o vestuário de trabalho sejam mantidos separados quando o trabalho:

● envolver muita poeira ou sujidade,

● apresentar o risco de exposição a materiais contaminantes,

● apresentar o risco de entrar em contato com substâncias ou mate-riais nocivos à pele, ou cuja disseminação deva ser evitada,

● expuser os trabalhadores a altas temperaturas ou a esforços físi-cos intensos.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROInstalações na área dos contentores

Exigências especiais - trabalhos com esgotos, amianto, asfalto, chumbo, epóxi e poliuretano

Nas tarefas em que os trabalhadores entram em contato com subs-tâncias e materiais, bactérias, etc. que podem apresentar um risco à saúde, há regras especiais que se aplicam no âmbito da disponibilida-de e utilização de vestiários, por exemplo. Consulte o capítulo dedica-do ao amianto, epóxi e águas residuais.

Disposição dos contentores

As paredes internas e o piso dos contentores devem ser de fácil lim-peza. A altura do espaço deverá ser, no mínimo, de 2,1 m. Em unidades muito grandes (pavilhões) a altura deverá ser, no mínimo, de 2,3 m.

Os espaços devem ser bem ventilados, iluminados e calafetados, e a temperatura deverá ser de, no mínimo, 18°C durante a sua utilização. As ferramentas, materiais e similares não poderão ser guardadas nes-ses espaços.

Refeitório

O refeitório deverá ter, no mínimo, 1 mC por pessoa, e + um mC adicio-nal. Deve haver um frigorífico e a possibilidade de aquecer refeições e água para café, etc. O espaço deve possuir dois exaustores.

As janelas deverão correspondera, pelo menos, 10% da área do chão. Deverá haver proteção contra o sol, e ao menos uma janela deve po-der ser aberta.

Vestiário

O vestiário deverá ter ao menos um m2 por pessoa sem contar com a área do lavatório e duches.

O espaço deverá ser dotado de exaustor.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Instalações na área dos contentores

Os empregados deverão poder guardar o vestuário pessoal e o ves-tuário de trabalho separados.

Deve haver 2 armários por empregado, ou um armário dividido em 2 compartimentos. O armário individual deverá medir 25 cm x 25 cm x 170 cm. Um armário dividido em dois compartimentos deverá ter o dobro da largura, isto é 50, cm.

Os armários devem ser fechados à chave, ser dotados de uma prate-leira e um respiro. Deve haver um banco nas proximidades dos armá-rios.

O vestuário de trabalho deverá poder ser pendurado para secar no armário, ou em um cabine comum.

Duche

Deve ser possível passar diretamente do vestiário aos duches. Os du-ches devem ser dotados de água quente e fria.

A área do piso em cada duche deve ser de um mC, mas apenas de 0,64 mC nas cabines de duches.

O restante da área e até um mC deve ser acrescentado ao vestiário.

Deve haver possibilidade de ventilação mecânica, sempre que possí-vel.

Sanitas e lavatórios

As sanitas dos estaleiros normalmente devem ser conectadas à rede de esgotos e devem possuir autoclismo.

Se não houver possibilidade de efetuar a conexão à rede de esgotos, as sanitas e os tanques deverão ser sempre separados, e as sanitas

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

deverão atender as mesmas regras de higiene que uma sanita com autoclismo.

A área das sanitas deverá ter, no mínimo, um metro quadrado.

Quando houver acesso às sanitas por fora, o espaço deverá ser dota-do de lavatório. A área do piso deverá ser, no mínimo, de 1,2 m².

Pernoitas em grandes projetos

Em grandes estaleiros de construção e de projetos de infraestrutura, onde pode haver a necessidade de trazer mão de obra de fora da re-gião imediata, a construção de instalações para pernoitas - acampa-mentos - pode constituir uma parte do caderno de encargos ou da oferta do empregador.

Esse aspeto não é coberto pela legislação de saúde e segurança no local de trabalho, e não há regras claras sobre como a área destinada ao alojamento deve ser concebida e operada. Por isso, deve-se seguir as recomendações da organização setorial da construção civil da Di-namarca, BAR Bygge & Anlæg.

Nem sempre é possível situar as instalações de alojamento nas proxi-midades do estaleiro. Ao se identificar o local para instalar o aloja-mento, é sempre importante considerar as melhores condições em termos de transporte, particularmente onde for essencial que haja fácil acesso a meios de transporte e a lojas para suprir as necessida-des diárias, com horário de abertura que atendam as especificidades de horário do estaleiro. A proximidade de locais de lazer e desporto também é importante.

Na operação do acampamento dos trabalhadores é preciso conside-rar os seguintes aspetos:

● A presença de um zelador/chefe do alojamento que também possa

Instalações na área dos contentores

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

coordenar a vida social dos empregados no acampamento.

● Alto padrão de limpeza.

● Boas possibilidades/oferta de lavandaria.

● Atividades de lazer simples e "domésticas".

● Regras sobre uso de tabaco e álcool.

● Oferta de alimentação: Pequeno-almoço e jantar; sistema flexível, para que seja possível comer também em "horários não regulares".

A disposição do acampamento deverá atender as seguintes condi-ções:

● Condições para um bom sono, principalmente com a prevenção de ruídos.

● Conservação e preparação de alimentos segundo as normas de hi-giene, onde se permite um certo nível de privacidade na preparação e consumo de alimentos.

● Alimentos sadios em quantidade suficiente pela manhã e à noite no acampamento.

● Comunicação com a sede, por telefone ou conexão Internet.

● Convívio social.

As roulotes e os contentores não são considerados ideais para alojar trabalhadores num estaleiro.

Instalações na área dos contentores

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROLugares de trabalho fixos

LUGARES DE TRABALHO FIXOS

Os trabalhos com serra circular fixa, mesa de cavaletes, má-quinas de abrir roscas e outros trabalhos que podem ser reali-zados no mesmo lugar durante longos períodos de tempo, de-verão ser realizados em edifí-cios, galpões ou tendas e, no mínimo, num alpendre ou simi-lar. Deve-se prestar atenção aos seguintes aspetos:

● Boa iluminação para o trabalho.

● Aquecimento e ventilação, se necessário.

● As bancadas de trabalho deverão estar na altura adequada.

● Deve haver lugar para dispositivos de apoio para o movimento de peças pesadas.

● Em processos de trabalho que geram poeiras, fumo ou vapores no-civos à saúde, é preciso estabelecer ventilação de processo, nor-malmente com exaustão para fora.

● Em processos de trabalho com geração de ruído, é preciso assegu-rar que outras pessoas no estaleiro não sejam expostas a ruídos desnecessários. Os ruídos devem ser amortecidos dentro do que for tecnicamente possível.

Page 282: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Trabalhos em telhados

TRABALHOS EM TELHADOS

● Independentemente da altura e da inclinação do telhado, é preciso usar recursos de segurança, quando há o risco específico de queda, ou se há um sério perigo de quedas do telhado.

● É preciso também proteger os materiais e as ferramentas para que não deslizem ou sejam arremessados pelo vento.

● Os trabalhos em beirais ou nas suas proximidades devem ser prote-gidos com andaimes.

● Ao selecionar as medidas de segurança, é importante considerar o tipo do trabalho, as condições meteorológicas, a superfície em que se pode cair, e a combinação de todos os fatores acima.

● Cavidades na superfície do telhado devem sempre ser cobertas com grades ou coberturas resistentes.

Telhados planos com menos de 15 graus de inclinação

É preciso instalar grades à volta da borda do telhado quando se traba-lha ou caminha em telhados com inclinação inferior a 15°, e se a borda do telhado também estiver mais de 3,5 m acima do terreno.

1m

2m

< 3,5 m

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROTrabalhos em telhados

Quando se trabalha sobre superfície antiderrapante, e com boas con-dições de vento e meteorologia, em alguns casos é possível omitir as grades em alturas até 5 m acima do terreno.

É possível substituir as grades por uma marcação clara e permanente a 2 m da borda do telhado, quando o trabalho não exige aproximação à borda para além dos 2 m. Nesse caso, não deve haver circulação ou deposição de material fora da zona marcada.

A marcação deverá constar de, pelo menos, cones com listas de mar-cação e correntes ou algo semelhante entre os cones. Não se permite a utilização de cintas plásticas.

Quando se utilizar o coroamento como grade de proteção, ele deverá ser de, pelo menos, 1 m de altura.

Telhados com mais 15 graus de inclinação

Os trabalhadores em telhados inclinados devem ser protegidos con-tra quedas, quando o beiral estiver a mais de 2 m da su-perfície, e o trabalho ou cir-culação se der a mais de 5 metros de altura.

Se o andaime for utilizado como dispositivo de segu-rança nos trabalhos de te-lhado no ponto de inclinação, deverá ser instalada uma proteção que possa garantir a segurança da pessoa em caso de queda do telhado. A proteção deverá ter, no míni-mo, 1 m de altura, e cobrir

>2m

>5m

>1m

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Trabalhos em telhados

uma linha paralela 1 m sobre a superfície do telhado. Utilize rede de aço, contraplacado ou material similar.

A pranchada de trabalho do andaime deverá estar, no máximo, 0,5 m sob o beiral.

Outras exigências Atenção às entradas externas de porões, caixas de luz, objetos cor-tantes e similares, que representam um risco em caso de queda e que, em todos os casos, exigem medidas de segurança - independen-temente da altura da queda.

Telhados com inclinação de 15° ou mais:Utilize escadas para telhados, em caso de telhado escorregadio, a menos que se possa caminhar com segurança sobre as ripas.

Telhados com inclinação de 34° ou mais:É preciso montar barreiras, de forma que nenhum trabalhador, em ne-nhum momento, trabalhe a mais de 5 m de distância vertical de uma barreira.

5m 1m

1m

2m

2m

2m

2m

Barreira próxima alt. 1 m

Inclinação do teto mín. 60°

Barreira próxima alt. 1 m

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROTrabalhos em telhados

Utilize sempre escadas para telhados, a menos que se possa cami-nhar com segurança sobre as ripas.

Telhados com inclinação de 60° ou mais:É preciso montar barreiras, de forma que nenhum trabalhador, em ne-nhum momento, trabalhe a mais de 2 m de distância vertical de uma barreira.

Utilize sempre escadas para telhados, a menos que se possa cami-nhar com segurança sobre as ripas.

Trabalhos nas empenas

Se o trabalho for realizado a menos de 2 m da empena, e a altura de queda for superior a 2 m, é sempre necessário montar grades de pro-teção.

Excepcionalmente, pode-se utilizar equipamento de segurança con-tra quedas adequado para evitar uma queda em trabalhos de curta duração.

min. 2 m

0,8 m

mín.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Trabalhos em telhados

Trabalhos em telhados existentes

Investigue muito bem a construção do telhado e a sua capacidade de carga antes de iniciar os trabalhos de reparação ou transformação.

Alguns telhados possuem revestimentos ou ripagem que não resiste ao tráfego sobre elas. Isto vale para chapas onduladas, placas de vi-dro, de PVC e par a maioria das chapas de Eternit, quando a distância entre as ripas é superior a cc 0,46 m.

Se as ripas não forem resistentes, é preciso substituí-las por outras com classificação de resistência com marca T1 e o nome do fabrican-te. Passadiços com grades de segurança voltados para o telhado aberto podem proteger os trabalhadores contra quedas. Pendure redes de segurança entre os passadiços.

Jamais utilize redes de segurança como a única forma de segurança. Elas não impedem a queda através do telhado.

Pontes para telhados de colmo

Utilize pontes para trabalhos em telhados de colmo para aumentar a segurança e evitar que os instaladores de telhados de colmo desgas-tem os músculos das pernas além do necessário.

Regra geral, as pontes e as plataformas para trabalhos em telhados de colmo devem estar na posição horizontal, para que seja fácil cami-nhar pelo telhado.

Page 287: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROSegurança contra quedas

SEGURANÇA CONTRA QUEDAS

Rede de segurança

As redes de segurança utilizadas devem ser adequadas à tarefa espe-cífica.

Dependendo do tipo de montagem, as redes de segurança utilizadas servem para proteger contra acidentes, queda de pessoas, queda de material, de ferramentas, etc.

Para proteger contra a queda de materiais, ferramentas, etc. deve-se utilizar redes de malha fina.

A montagem e utilização de redes de segurança devem ocorrer de acordo com as recomendações do fabricante. Atenção para não con-fundir redes de proteção contra a poeira com redes de segurança.

Ao se utilizar redes de segurança para prevenir que haja lesões corpo-rais em caso de quedas, deve-se preparar um plano sobre como uma pessoa que tenha caído pode ser levantadas e levada até ao terreno. A rede deverá ficar livremente pendurada, e também deve servir como rede de proteção para pessoas. Não é permitido depositar ma-terial ou outros objetos sob a rede, que deve ser construída e homolo-gada de acordo com as normas e padrões vigentes e acompanhada de informações para uso do fabricante.

As instruções do fabricante sobre o uso e manutenção da rede devem estar incluídas nas recomendações.

Page 288: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Segurança contra quedas

Colocação da rede

Os pontos de fixação da rede devem ser planeados e determinados de acordo com a tarefa de construção.

É uma vantagem utilizar dispositivo de elevação de pessoas para a colocação da rede. Coloque a rede sob o local de trabalho, o mais pró-ximo possível. A rede deverá ser fixada a partes da construção que possam suportar a força de uma pessoa que é salva na rede de segu-rança.

Pendure a rede de forma que tenha a altura livre recomendada pelo fabricante. Não é permitido armazenar mercadorias sob a rede, pois isso pode diminuir a altura livre. O mesmo se aplica à passagem de pessoas, condução de veículos ou instalação de cabos, etc.

Quando mais de uma rede estiverem conectadas, é preciso assegurar que as pessoas não possam atingir as juntas ao cair.

Proteja a rede contra faíscas de soldadura, etc.

Siga as recomendações de revisão e manutenção formuladas pelo fornecedor.

Page 289: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROSegurança contra quedas

Fachadas abertas

É uma medida prática utilizar grades de segurança que podem rapida-mente ser desmontadas para que gruas possam depositar material, ou se é preciso montar elementos na fachada.

Quando houver perigo de quedas durante o trabalho de remoção das grades de segurança ou similar, é preciso, como mínimo, utilizar equi-pamento de segurança contra queda.

Quando uma parede divisória impedir a passagem, é preciso montar o que se denomina "púlpito". Lembre-se também de montar grades de segurança nas laterais do "púlpito".

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Segurança contra quedas

Construções pré-fabricadas

Nas construções pré-fabricadas é sempre importante a segurança contra quedas - independentemente da altura. É preciso sempre mon-tar grades de proteção nas seguintes situações:

● Com elementos estreitos como, por exemplo, blocos de betão celu-lar e Siporex.

● Caso haja entalhes e aberturas na pranchada.

● Caso seja necessário suspender materiais.

● Caso haja um risco específico de queda, por exemplo, devido ao tipo de tarefa ou condições meteorológicas.

● Caso a superfície da base torne o risco de queda especialmente sério.

Substituição de janelas

Utilize plataformas de trabalho como andaimes, elevado-res ou outro tipo de superfície de traba-lho quando a borda inferior da janela es-tiver mais do que 2 m acima do terreno.

Na montagem de ja-nelas por dentro, deve-se assegurar contra o perigo de queda para fora.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROSegurança contra quedas

É preciso sempre assegurar o transporte adequado das janelas até ao local da instalação. Normalmente, utiliza-se meios técnicos apropria-dos para transporte horizontal ou vertical.

Substituição de varandas

Deverá haver andaime ou outro tipo de base no máximo 10 cm abaixo da varanda quando se derrubam varandas moldadas em betão. O an-daime deve poder absorver os choques na queda (normalmente 2 ve-zes o peso da varanda). Isole a área de trabalho para evitar que pedaços de betão que se des-prendem com a demolição possam acarretar riscos.

Portas de acesso

Monte sempre grades de proteção em aberturas de portas próximas das escadas e poços de elevador, por exemplo.

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291

4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Segurança contra quedas

Postes de apoio

Os postes de apoio podem ser compostos de um tubo montado sobre uma estrutura de fixação. Também podem ser utilizados para a prote-ção em fachadas.

Risco de queda a um nível inferior

Cavidades em pisos, telhados, paredes, divisória entre pavimentos e outros que podem representar um perigo de queda devem ser cober-tas adequadamente por razões de segurança.

Monte sempre grades de segurança ou outro tipo de isolamento quando houver o risco de lesões corporais e queda da pranchada de trabalho, da plataforma de trabalho, da via de acesso ou de outro ponto. Em trabalhos em altura, a partir de aprox. 2 metros, a altura em si normalmente já é considerada um risco de acidentes.

Page 293: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Ainda que a altura seja inferior a 2 m, nos casos abaixo é preciso mon-tar grades de proteção:

● Se o tipo de trabalho implica um perigo específico, por exemplo, tratamento a jato de areia e tratamento a jato de água.

● Se for particularmente perigoso cair na superfície das imediações, por exemplo, se houver varões para betão expostos ou materiais empilhados.

Quando as cavidades foram cobertas com encerados, também deve haver corrimão e barras de proteção na altura dos joelhos e rodapés.

Planeie a construção de forma que já na fase do projeto se considere introduzir guarnições nos elementos de betão para que seja possível montar suportes de grades de proteção sem ter que perfurar os blocos.

Normas para grades de proteção e barreiras de telhado

As grades de proteção devem consistir em um corrimão com altura de 1 metro, uma barra de proteção na altura dos joelhos, a meio metro de altura, e um rodapé com 15 cm de altura.

Onde o risco de queda de material e de ferramentas for especialmen-te alto, deve-se instalar uma barreira que seja suficientemente alta e mais fechada. Pode ser por exemplo, uma rede ou chapas.

Normas para as grades de segurança

As grades de segurança devem tem a resistência necessária para evi-tar a queda de uma pessoa.

As grades de segurança podem ser utilizadas com distância máxima entre os postes de apoio de 2,25 m, sempre que se atendam os se-guintes requisitos:

Segurança contra quedas

Page 294: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

● Os postes de apoio devem resistir a uma carga concentrada de 1,25 kN (25 kg), aplicada no ponto em que é fixado o corrimão, sem que se desloque mais do que 25 mm da sua posição original.

● O corrimão e a barra de devem ser de tábuas de 31 x 125 mm; o rodapé deve ser de tábua de 31 x 150 mm.

As grades que protegem contra a queda em telhados enclinados nor-malmente podem ser produzidas conforme descrito acima, sempre que a grade seja complementada com uma barreira fechada de con-traplacado, uma caixa de proteção ou rede de aço.

As barreiras de telhado podem ser testadas soltando-se uma carga à distância de 5,0 m da barreira, duas vezes. A carga deverá pesar pelo menos 75 kg, ter 1 m de comprimento e diâmetro de 0,3 m. A barreira de telhado deverá resistir a essa carga.

1 m

max. 2,25 m

Segurança contra quedas

máx.

Page 295: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Cavidades nas pranchadas dos pavimentos e desníveis nas vias de acesso, etc.

Todas as cavidades devem ser cobertas ou isoladas quando houver risco de tropeços, quedas ou perda de material nas aberturas. Isto se aplica, independentemente do tamanho das cavidades e de onde se encontrem. Procure fixar bem as coberturas para que não deslizem e possam suportar as cargas esperadas.

Da mesma forma, todos os desníveis onde ocorre circulação devem ser cobertos ou identificados para que não haja quedas ou tropeços.

Cavidades grandes

Monte grades de segurança ou coloque sinalização visível e durável a pelo menos 2 m das aberturas.

min. 200 cm

min. 200 cm

Segurança contra quedas

Page 296: MANUAL SOBRE

295

4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Aberturas menores

É possível cobrir as aberturas menores com tampas dotadas de ranhuras para que não saiam do lugar. Instale uma do-bradiça na tampa, para que não possa ser retirada, mas que permita utilizar a cavidade para transportar materiais, por exemplo.

Buracos pequenos

Até os buracos pequenos de-vem ser cobertos, quando há o risco de tropeços ou quando se trafega meios técnicos.

Claraboias

As aberturas para futura insta-lação de claraboias devem ser cobertas com material robusto e antiderrapante, que fique bem fixado. As aberturas também podem ser isoladas com grades de se-gurança ou com marcação cla-ra e permanente, pelo menos 2 m da borda.

Segurança contra quedas

Page 297: MANUAL SOBRE

296

4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROIluminação

Base não sustentável

Não é permitido trabalhar sobre superfícies não sustentáveis sem que se tenha tomado medidas de segurança contra quedas. É o caso, por exemplo, de estruturas de piso, chapas de telhado, etc., que não suportam o peso de uma pessoa a caminhar sobre elas.

ILUMINAÇÃO

A iluminação de orientação deverá ser descrita no plano de saúde e segurança. Tanto no plano de saúde e segurança, quanto nos cader-nos de encargos, deverá estar definida a responsabilidade de cada empreiteiro individualmente.

Aspetos gerais

Instale os contatos o mais próximo possível da entrada. Quando a ilu-minação de orientação for necessária mas não tiver sido instalada nas áreas ou espaços de trabalho, deve ser possível acender a luz de trabalho à entrada da área ou espaço.

Os pontos onde a luz deve sempre estar acesa devem estar assinala-dos nos contatos, para que não haja um desligamento acidental. Use eventualmente um interruptor principal.

Distribua a iluminação pelo maior número de grupos possível, para que um único fusível não chegue a apagar áreas muito grandes.

Considere a possibilidade de instalar iluminação de emergência em alguns pontos.

Áreas e espaços que não estão suficientemente iluminados podem ser interditados ou indicados.

Page 298: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Iluminação

Os locais sem luz devem ser interditados quando houver o risco de queda ou outros acidentes. Outros espaços ou áreas que não tenham iluminação adequada podem ser interditados ou indicados.

Monte um depósito com fusíveis e lâmpadas em ponto de fácil aces-so.

Iluminação não ofuscante

A iluminação não deve ofuscar, produzir reflexos ou gerar calor incó-modo. Disponha sempre a iluminação a partir de dois pontos. Isto evi-ta a formação de sombras profundas.

Perigo de incêndio e perigo de acidentes com eletricidade

As luminárias devem ser mantidas limpas e em bom estado. Lembre--se de recolocar grelhas de proteção após a substituição de lâmpa-das.

As luminárias utilizadas ao ar livre devem ser destinadas a esse fim. Uma luminária defeituosa pode ser a causa de incêndio ou outro aci-dente com eletricidade.

Pense no posicionamento das lâmpadas. Uma alta temperatura na superfície pode ser o início de um incêndio. Jamais coloque as lâmpa-das no chão, pois há o risco de que possam entrar em contato com materiais inflamáveis.

Lâmpadas que não possuem dupla proteção devem ter contato a ter-ra na conexão. Lembre-se de converter as fichas, por exemplo, fichas alemãs ou suecas.

Page 299: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROIluminação

Iluminação de orientação

A iluminação de orientação é uma iluminação necessária para que as pessoas e os veículos possam circular pelo estaleiro de forma segura. A iluminação deve ser, no mínimo, de 25 lux.

Iluminação de trabalho

Iluminação de trabalho é a iluminação necessária para que os traba-lhadores possam realizar o seu trabalho de forma segura. A ilumina-ção deve ser adaptada à tarefa realizada.

Medição e avaliação da iluminação

Somente é possível medir a intensidade da iluminação com um luxí-metro. A unidade lux é uma medida da quantidade de luz que chega a uma determinada superfície.

Lembre-se de que a fonte de luz ilumina menos com o passar do tem-po. Por isso é uma boa ideia selecionar valores de iluminação superio-res aos indicados aqui.

Iluminação de orientação 25 lux

Trabalho pesado 50 lux

Trabalho com nível de exigência mais alto 100 lux

Local de trabalho coberto 200 lux

Trabalhos de montagem 300 lux

Trabalhos de precisão 500 lux

Page 300: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Eletricidade

ELETRICIDADE

Aspetos gerais de instalações nos estaleiros

As instalações nos estaleiros devem atender as normas contidas nas disposições sobre alta tensão.

Os cadernos de encargos deverão descrever como e em que medida cada um dos empreiteiros deverá exercer a sua responsabilidade em termos das instalações elétricas no estaleiro ou em partes do estalei-ro, por exemplo, durante que período.

As novas instalações elétricas devem ser notificadas à empresa de eletricidade local por um eletricista autorizado. Isto vale tanto para as instalações temporárias quanto para as instalações permanentes.

Se as instalações temporárias no estaleiro forem mantidas por mais de 3 meses, as instalações deverão ser inspecionadas a cada 3 me-ses por um eletricista autorizado. O proprietário (utilizador) da instala-ção temporária é responsável pelo estado e manutenção da instala-ção.

Transmissão da eletricidade para o projeto

Os cabos elétri-cos que alimen-tam os quadro principal e os pai-néis adicionais devem ser prote-gidos contra da-nos. Os cabos podem ser sus-pensos, enter- rados ou protegi-dos de outra for-ma.

Page 301: MANUAL SOBRE

300

4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROEletricidade

Para evitar danos, os cabos de eletricidade do estaleiro não podem ser passados por vias de circulação em veículos ou a pé. Caso isso não seja possível, os cabos devem ser protegidos contra a pressão mecâ-nica. Os cabos podem ser enterrados sob a via de circulação de veícu-los.

Page 302: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Eletricidade

No caso de cabos subterrâneos, a profundidade deverá ser de, pelo menos, 35 cm e devem ser protegidos com tubagem, perfis em U ou placas de proteção de plástico.

1 m

1 m

Cinta de advertência

Material de cobertura

Cabos elétricos

Page 303: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Os cabos e fios também podem ser suspensos em mastros, elemen-tos das edificações, andaimes, cavaletes, etc. Nesses casos, devem ser fixados com material isolante. Na opção de cabos suspensos, é preciso assegurar que os cabos sejam devidamente identificados e que estejam afastados das vias de circulação, ou suspensos em altu-ra que não permita que equipamentos como gruas, escavadeiras, ca-miões e outras máquinas de trabalho possam tocá-los.

Instalações temporárias devem ser dispostas de forma a serem des-locadas o menos possível.

Os cabos flexíveis, exceto cabos de aparelhos elétricos ou extensões,

min. 3m

max. 15m

min. 3m

max. 20m

min. 3mmax. 40m

Corte vertical de cabo inferior a 2,5 mm2

Corte vertical de cabo entre 2,5 e 10 mm2

Corte vertical de cabo de 10 mm2 ou mais.

Eletricidade

máx.

máx.

máx.

mín.

mín.

mín.

Page 304: MANUAL SOBRE

303

4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

devem ser, no mínimo, encapados com reforço do tipo HO7RN-F ou equivalentes.

Quadros de distribuição do estaleiro

Os quadros de distribuição do estaleiro devem ter a marcação CE e atender as disposições da norma EN 0439-4. Quadros de distribuição que não atendam a norma e não possuam as informações exigidas não devem ser utilizados.

Os quadros de distribuição do estaleiro devem ser protegidos contra quedas e devem ser instalados de forma a permitir fácil acesso e ope-ração. A área à frente do quadro de distribuição deverá estar desim-pedida.

As tomadas no quadro de distribuição do estaleiro devem ser protegi-das contra contato indireto com interruptor de corrente de defeito (interruptor HFI ou HPFI). Tomadas destinadas à alimentação de ou-tros quadros de distribuição não devem ser ligadas a outros pontos. Essas tomadas devem ser marcadas com uma advertência, como:

No caso da queima de um fusível, é permitido introduzir um novo fusí-vel uma vez. Se voltar a queimar, é preciso chamar um eletricista. Isto também vale para a religação de interruptores automáticos.

Deve haver a possibilidade de interromper a alimentação da eletrici-dade no estaleiro. Por isso, os interruptores devem ser fechados à chave em todos os quadros de distribuição do estaleiro.

Somente para alimentação de outros quadros de distribuição.

Não possui proteção HFI.

Eletricidade

Page 305: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Aparelhos e ferramentas

Aparelhos ligados às instalações do estaleiro devem ser protegidos de contato indireto.

As tomadas normalmente são dotadas de ligação à terra de seguran-ça. As tomadas podem ser tanto tomadas convencionais dinamarque-sas com ligação à terra, tomadas de pino para ligação à terra ou toma-das industriais. Não é permitido utilizar as tomadas Schuko estrangeiras.

O mesmo vale para enroladores de cabos e similares. Neste caso tan-to a ficha quanto a parte da tomada devem ter ligação à terra.

Somente é permitido ligar aparelhos à tensão e tipo de corrente para o qual estão adequados. A conexão poder ser feita com a ficha na tomada, ou através de conexão fixa, como acontece nas gruas, etc. A conexão fixa somente poderá ser efetuada por um eletricista autori-zado.

Eletricidade

Page 306: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

Deverá haver um interruptor fechado a chave (interruptor de repara-ção) no aparelhos com conexão fixa.

Fichas, tomadas e extensões deverão ter um alto nível de resistência mecânica, por exemplo, bicolor (vermelho/verde). De uma ficha ou fio de extensão, somente poderá sair um cabo.

Os enroladores de fio devem ser suficientemente sólidos, enca-pados e com reforço do tipo H07RN-F, ou equivalente, ou fios resistentes ao desgaste e à água, e ser dotados de ligação à terra de segurança.

Lembre-se de desenrolar o cabo da bobina completamente. Caso contrário, existe o risco de que o cabo enrolado derreta (queime).

As empresas devem assegurar

Eletricidade

Page 307: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROCondutas de água

que as ferramentas portáteis elétricas sejam inspecionadas periodi-camente, de acordo com as recomendações do fabricante.

● Ferramentas portáteis elétricas comuns (classe I), devem ser inspe-cionadas ao menos a cada 2 meses.

● Ferramentas com isolamento duplo (classe II), normal-mente devem ser inspecionadas a cada 6 meses. As ferramentas mais profissionais possuem isolamento duplo.

O interruptor HFI/HPFI é muito sensível e também pode desligar a cor-rente em caso de humidade. Por isso é útil que os pontos de contato como tomadas, fichas e extensões permaneçam secos. Pendure, cubra ou envolva os pontos de conexão.

CONDUTAS DE ÁGUA

Para evitar danos às condutas de água, é preciso que sejam suspen-sas ou enterradas. Evite o risco de se tropeçar nas condutas de água que estão na superfície do terreno ou no chão. Proteja-as contra a pressão excessiva.

Principalmente nos meses de inverno é importante que as condutas de água sejam isoladas e protegidas contra o gelo, de forma que a água possa continuar a fluir nas condutas.

Evite problemas de gelo nas instalações e drenos:

● As instalações de água devem ser dotadas de torneiras para que se possa drenar toda a água das condutas quando não estiverem em uso. Esvazie as condutas e mangueiras de água no final do dia, ou quando houver uma paragem temporária.

Page 308: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Resíduos

● As mangueiras de água devem ser enroladas e armazenadas em espaço protegido de geadas.

RESÍDUOS

Os resíduos e embalagens vazias devem ser depositados em locais apropriados ou em contentores que devem ser esvaziados periodica-mente.

Os materiais e resíduos devem ser descartados de acordo com as nor-mas locais de tratamento de resíduos.

Os materiais e resíduos não podem ser depositados de forma a impe-dir a remoção da água, neve ou lama.

Preste atenção às regras especiais para tratamento de resíduos de amianto, epóxi e produtos de isocianato e PCB. Isto inclui refugo, em-balagens vazias, vestuário de trabalho usado, etc.

Brændbartaffald

Ikkebrændbart

affald

Resíduos inflamáveis Resíduos

não inflamáveis

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROMedidas específicas para o inverno

MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA O INVERNO

Para proteger contra as condições meteorológicas, os postos de tra-balho fixos (trabalhos com ferro, corte com serras fixas, cortes de tubos, etc.) independentemente da época do ano, devem ser instala-dos em contentores em alpendres ou em ambiente fechado.

No inverno, é preciso evitar as perturbações causadas pela água, chuva, granizo, neve, frio e escuridão. As regras do Serviço de Inspe-ção do Trabalho nas disposi-ções sobre a disposição do lo-cal de trabalho define critérios para o período de inverno, de 1 de outubro a 31 de março.

As construções abertas, os andaimes e outras estruturas abertas de-vem ser cobertas se:

● o trabalho se estende por períodos longos (em construções aber-tas aprox. 3 dias, e em andaimes e similares, aprox. 6 dias).

● as condições meteorológicas são tão ruins, que os empregados correm o risco de problemas de saúde.

● a cobertura é possível e razoável.

As regras do Erhvervs- og Byggestyrelsen (Direção das Empresas e Construção Civil, da Dinamarca) sobre o trabalho no inverno vigoram entre 1 de novembro e 31 de março. Essas regras distinguem entre medidas relacionadas com a estação do ano (chuva, etc.) - que devem ser cobertas pelo empreiteiro; e medidas relacionadas com a meteo-rologia (neve, geada, etc.), que são cobertas pelo construtor. Nas orientações sobre as regras acima, há uma série de descrições que

Page 310: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Medidas específicas para o inverno

também têm impacto em termos de saúde e segurança no local de trabalho no período do inverno.

Os contratos coletivos possuem diretrizes sobre o pagamento para execução das medidas a serem tomadas no inverno e diretrizes para entrega, colocação e mudança de proteções contra a intempérie.

A Regulamentação da Construção Civil estabelece a exigência de que a construção deve ser realizada a seco. Isso significa que é preciso utilizar coberturas.

Procure assegurar que os trabalhos de esgotos e drenagem sejam efetuados antes do início do inverno.

A drenagem das vias e dos locais onde se encontram os armazéns deve ser eficaz.

Os cabos de alimentação (eletricidade, água) devem ser assentados com antecedência. As condutas de água e esgotos temporárias de-vem receber isolamento térmico.

Adquira com antecedência ferramentas como pás, enxadas, equipa-mento limpa-neve e outros materiais para remoção da neve. Lembre-se de armazenar cascalho, sal de ureia e capachos para o inverno. Esse material pode ser depositado o armazém.

Repasse as medidas a serem tomadas no inverno em reunião, com antecedência, antes do início do inverno.

Alguns exemplos de medidas a serem tomadas:

● Fechamento das aberturas da fachada com molduras recobertas de plástico ou similar.

● Cobertura total ou parcial com encerado plástico ou similar.

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROMedidas específicas para o inverno

● Cobertura sob forma de proteção térmica ou proteção contra o vento.

● Cobertura ou cobertura total.

● Caso seja necessário montar encerados nos andaimes, deverá ha-ver número suficiente de pontos de fixação.

● Quando os andaimes são cobertos com rede, não é necessário o mesmo número de pontos de fixação que o encerado exige. Uma rede que limita a ação do vento em até 50% ajuda a visão e pode, em alguns casos, ser uma medida suficientemente aceitável.

Page 312: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO Observações

Page 313: MANUAL SOBRE

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4. CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIROObservações

Page 314: MANUAL SOBRE

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos de escavação

TRABALHOS DE ESCAVAÇÃO

Os trabalhos de escavação devem ter a supervisão e vigilância de uma pessoa experiente, que deverá avaliar a natureza do solo e deci-dir o ângulo do talude.

Antes de se iniciar a escavação, pode ser necessário investigar os se-guintes aspetos junto às autoridades locais e seguradoras:

● Contaminação do solo resultante de atividade de produção anterior ou instalação de aterros sanitários.

● Possíveis escavações anteriores associadas a cabos de alimenta-ção, etc.

● Se há instalações no solo que devem ser consideradas. Podem ser, por exemplo, condutas de gás, eletricidade ou de comunicação.

● Alvará para escavação emitido pelas autoridades locais.

Pode ser necessário realizar um levantamento do terreno antes do início da escavação - sobre a contaminação do solo e a sua extensão, por exemplo.

Avaliação escrita - plano de trabalho

Nos trabalhos de escavação com mais de 5 m de profundidade (traba-lho especialmente perigoso) o empregador deverá preparar uma ava-liação da realização do trabalho por escrito. A avaliação deverá, se preciso, conter medidas concretas de forma a evitar possíveis riscos.

Além disso, no caso de mais de um empregador, o construtor deverá também preparar um Plano de Saúde e Segurança. Todos os proces-sos de trabalho devem ser realizados de forma segura, também no que diz respeito à ergonomia e posturas de trabalho corretas.

Page 315: MANUAL SOBRE

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos de escavação

Gestão de emergências

No planeamento de trabalhos de escavação, as condições do local podem significar que seja necessário formular um plano de gestão de emergências. Nesse contexto, todo o equipamento necessário deve-rá estar disponível. Por exemplo: bombas, escadas, material de enti-vação suplementar, equipamentos de proteção respiratória e vestuá-rio apropriado, caso haja o risco de contato com agentes contaminantes.

Segurança nos trabalhos de escavação

Procure cobrir o solo e utilizar iluminação em estação escura do ano. A chuva, a neve, a geada e a escuridão podem ter grande impacto sobre a segurança dos trabalhos de escavação.

Por trás de um solo aparentemente estável pode haver veios de areia, aquíferos e escavações anteriores pouco compactadas. Além disso, todos os taludes apresentam o risco de desabamento. Preste espe-cial atenção à presença de areia, aquíferos, turfeiras, veios de água ou nível freático alto.

Também exigem atenção as edificações e a vegetação nas proximida-des da área a ser escavada.

Também é preciso levar em conta a circulação intensa de autocarros, camiões ou cravação de estacas e dinamitação que possam afetar a estabilidade do solo.

Trabalhos de escavação e obras rodoviárias

É preciso formular um plano de delimitação, caso os trabalhos de es-cavação sejam realizados nas proximidades de vias com circulação de veículos. As autoridades rodoviárias locais devem aprovar o plano, que deverá incorporar as regras de sinalização.

Page 316: MANUAL SOBRE

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos de escavação

A distância entre o local de trabalho e a estrada é importante, pois as vibrações geradas pela circulação de veículos pode acarretar desmo-ronamentos.

Trabalhos de escavação sem entivação

É importante que as encostas não desmoronem em escavação sem entivação. Isto pode ser assegurado com:

● saneamento da área,

● preservação das laterais estáveis e sem grandes pedras, e

● retirada do material escavado de forma a não sobrecarregar os bor-dos e a evitar desabamento.

Para conter o risco de desabamentos perigosos, é possível proceder à entivação com taludes que formem degraus com inclinação de 1.2 (1 para baixo e 2 para cima). Em escavações com profundidade de mais de 5m, os taludes devem ter um ângulo de inclinação de 1.1.

Excepcionalmente, pode-se trabalhar em escavações sem entivação em profundidades de 1,7 m - uma vez determinado que o solo é está-vel. Normalmente, no entanto, é preciso tomar medidas de seguran-ça nos trabalhos de escavações mais estreitas, onde é preciso, por exemplo, trabalhar de joelhos.

Nos trabalhos de escavação associada a construção rodoviária, a dis-tância entre o bordo da escavação e a pista deverá ser, no mínimo, a mesma da profundidade da escavação.

Page 317: MANUAL SOBRE

316

5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos de escavação

Trabalhos de escavação com entivação

A escavação deverá ser entivada quando não for possível ter um ân-gulo de talude. Isto pode ser feito de várias maneiras:

Utilizando ganchos quando a escavação não tiver profundidade supe-rior a 2,25 m. Atrás dos ganchos, deverá ser instalado contraplacado apoiado no canto, que deverá ultrapassar o bordo em 0,15 m.

Caso a escavação tiver profundidade superior a 2,25 m, utilize placas de tensão.

máx. 2 m

máx. 2,5 m

Placa de tensão50 x 150 mm

Placa de tensão50 x 150 mm

Placa de tensão75 x 150 mmmáx. 3,5 m

máx. 3 m

Page 318: MANUAL SOBRE

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos de escavação

Utilize uma caixa de escava-ção. A caixa deve ultrapassar o bordo em, pelo menos, 0,15 m quando tocar o fundo da esca-vação. A caixa deve chegar até ao fundo da escavadora.

No uso de caixa também é pre-ciso observar a necessidade de se permanecer na área pro-tegida pela caixa. Além disso, deve ser possível sair do inte-rior da caixa utilizando-se uma escada.

O mesmo vale para a entivação com ganchos ou placas de ten-são. Nesse caso, o trabalho é finalizado, máximo possível, no terreno no início da entivação. Em seguida, continua-se a en-tivação do terreno, a partir da área entivada da escavação.

Caso haja necessidade de se instalar grades de proteção ao longo do bordo da escavação, as grades podem ser monta-das como uma parte da entiva-ção.

Em grandes profundidades de escavação, pode haver a ne-cessidade de se estabelecer uma cortina de estacas-pranchas.

Page 319: MANUAL SOBRE

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos de escavação

Trabalhos de escavação nas proximidades de rede elétrica existente.O planeamento dos trabalhos de escavação deve levar em conta a existência de cabos subterrâneos ou aéreos na área a ser escavada.

Assegure-se de que:

● Haja informações sobre a existência de cabos subterrâneos ou aé-reos no raio de 10 m dos pontos de escavação.

● As instalações subterrâneas estejam devidamente identificadas.

● Que os cabos aéreos, pistas, ciclovias estejam devidamente identi-ficadas nas plantas, etc.

Distância de segurança válida em trabalhos nas proximidades de ca-bos aéreos. As distâncias mínimas devem ser observadas.

6 m6 m

3 m

15 m15 m

3 m

Linhas aéreas de alta tensão10-40 kV

Linhas aéreas de alta tensão 40-400 kV

Page 320: MANUAL SOBRE

319

5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos de escavação

Corte dos cabos aéreos ou subterrâneos

Quando uma escavadeira atingir um cabo aéreo ou subterrâneo, o condutor deverá:

● Permanecer no interior da máquina até que a tensão do cabo seja cortada.

● Manter terceiros afastados da máquina - consulte a seção sobre distância de segurança.

● Notificar a concessionária local; chamar, eventualmente, 112.

3 m

A distância que se deve respeitar em linhas aéreas de baixa tensão é de um rádio de 1,5 m do ponto da suspensão da linha e de 3 m do solo até o rádio de 1.5 m.

Page 321: MANUAL SOBRE

320

5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos de escavação

Vias de acesso e de evacuação

Em todas as escavações deverá haver vias de acesso e evacuação adequadas.

Em escavações mais estreitas, deverá haver uma escada próxima ao local de trabalho.

Ensecadeiras

O perigo de deslizamento de terreno é relativamente sério quando o trabalho decorre em ensecadeira, onde as encostas permanecem ex-postas à ação do vento e da intempérie por longos períodos de tempo.

Por isso, as encostas devem ser protegidas com entivação ou taludes quando os trabalhos forem realizados entre as fundações e as encostas.

A área de trabalho deverá ser, no mínimo, de um metro de largura (me-dida à altura do joelho). O fundo da ensecadeira deverá ser plano e

min.1m

min.1m

mín.

mín.

Page 322: MANUAL SOBRE

321

5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos de escavação

liso, para que o trabalho se desenvolva de forma segura - pode-se também deitar uma camada de cascalho.

Deve ser possível subir do fundo da ensecadeira por uma escada. A escada deve ser dotada de corrimões em ambos os lados com barras na altura das mãos e joelhos. Caso seja necessário transportar ferra-mentas, a escada deverá ter ao meno 0,8 m de largura.

A escada deverá ter uma inclinação de acordo com a fórmula 2.1 = 0,60 a 063 m, e a distância piso a piso não deverá ser supe-rior a 0,2 m.

Nas ensecadeiras com cortinas de esta-cas-pranchas, é mon-tada uma torre de es-cada como via de acesso ou eventual-mente um monta-car-ga de estaleiro.

Deverá haver sempre uma escada próxima aos locais de trabalho, para que possa ser utilizada como via de evacuação entre as funda-ções e a encosta.

Não deve ser possível cair na ensecadeira. Deve ser instalada sinaliza-ção a 2 m do bordo ou montar grades de segurança. As grades de segurança somente podem ser abertas no ponto da escada.

30-55o

Stigning: 175-225 mm.Piso a piso:

Page 323: MANUAL SOBRE

322

5. PROCESSOS DE TRABALHOCondutas de gás

CONDUTAS DE GÁS

Os trabalhos com condutas de gás exigem formação e conhecimento das regras que vigoram para a atividade. Por isso, os empregados de-vem ser notificados - oralmente e por escrito - dos riscos de acidentes e doenças associadas ao trabalho. O mesmo vale para as instruções para prevenção de incêndios, explosão, envenenamento e asfixia.

Os trabalhos devem ser realizados sob a supervisão de pessoa que possa prestar ajudar em situações perigosas.

Todos devem ter conhecimentos suficientes sobre "Primeiros socor-ros em caso de acidentes com gás". As instruções constituem um anexo ao documento do Serviço de Inspeção do Trabalho dedicado ao trabalho com condutas cheias de gás.

Use sempre instrumentos de medição que produzem alarme quando a concentração de gás subir excessivamente.

Utilize equipamento de proteção respiratória quando os gases pude-rem estar presentes em concentrações nocivas à saúde ou quando deslocarem o ar.

Os trabalhos com equipamento de proteção respiratória exige planea-

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Construção nas proximidades da água

mento. Os trabalhos que exigem esforços físicos somente devem ser realizados durante curtos espaços de tempo, e desem ser seguidos de descanso ou de outro tipo de tarefa.

CONSTRUÇÃO NAS PROXIMIDADES DA ÁGUA

Há regras especiais que regulam os trabalhos nas proximidades de água, como portos, cais, pontes, cursos de água, lagos e diques.

O planeamento das tarefas evita processos de trabalho perigosos. Caso não seja possível, deverá sempre haver várias pessoas para a rea-lização da tarefas, de forma que ninguém tenha que trabalhar sozinho.

A Administração Marítima da Dinamarca é a autoridade competente no âmbito da saúde e segurança no trabalho no mar. As suas normas para os trabalhos de empreiteiros no mar estão dis-poníveis no sítio: www.sofartssyrelsen.dk.

As seguintes são algumas das medidas que devem ser tomadas an-tes do início de um projeto de construção nas proximidades de água ou no mar:

● Descrever como o projeto pode ter impacto sobre a segurança da navegação (risco de choques e colisões com outras embarcações, etc.) e avaliar como se pode reduzir os possíveis riscos.

● Realizar uma audição com os utilizadores das águas e as autorida-des - isto é, coletar as opiniões das partes interessadas. Por exem-plo, autoridades portuárias, pilotos, administração rodoviária, admi-nistração do litoral, etc.

● Obter alvará do Departamento das Águas para marcações de even-tuais balizas.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOConstrução nas proximidades da água

● Assegurar a visibilidade e boa comunicação para as embarcações de trabalho:

• Nesse contexto, estar em condições de comunicar pelos canais VHF marítimos.

• Caso a embarcação tenha menos de 12 m, deve haver equipa-mento com um refletor radar.

• Caso se trabalhe em águas com movimento comercial, em em-barcação acima de 12 m, deverá ser possível enviar um sinal AIS--A (Sistema de Identificação Automática de Navios).

● Pelo menos 4 semanas antes de iniciar os trabalhos, é preciso infor-mar ao EfS (Serviço de informação para os marítimos) sobre o nome e o código de chamada, quais os canais VHF estão abertos, além de outras informações relevantes sobre a atividade, de forma que os marítimos possam ter conhecimento da atividade.

● Pelo menos 4 semanas antes de iniciar as atividades, é preciso en-viar solicitação à administração Marítima da Dinamarca, quando o projeto implicar uma área com restrições provisórias à navegação.

● Atenção a regras especiais quando houver cabos submarinos ou oleodutos na área.

Quando houver risco de afogamento, há uma exigência especial de planeamento. Antes do início dos trabalhos, é preciso providenciar o seguinte:

● O trabalhador deverá elaborar uma avaliação do trabalho com me-didas (plano de trabalho) que garantam a realização segura do tra-balho.

● Caso haja mais de um empregador, o construtor deverá formular um plano de saúde e segurança, e os planos de procedimentos de emergência, de evacuação e de exercícios devem ser coordenados e descritos no plano.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Construção nas proximidades da água

Normalmente é preciso providenciar o equipamento de salvamento necessário, e pode ser necessário realizar os trabalhos com colete de salvação.

O planeamento das tarefas evita processos de trabalho perigosos. Quando isso não for possível, os trabalhos deverão ser executados por várias pessoas, de forma que ninguém trabalhe sozinho.

Trabalhos no mar

As pessoas que trabalham no mar dependem do equipamento à dis-posição e não podem contar com ajuda de terra. As condições meteo-rológicas e o vento deverão sempre ser incluídos nos planos do traba-lho diário , de forma a evitar as situações de risco. Uma possibilidade pode ser suspender o trabalho temporária ou permanentemente.

Um bote insubmersível é obrigatório em bate estacas ou embarca-ções de trabalho, onde também devem estar disponíveis canais marí-timos VHF que possam ser utilizados em caso de acidente. Eventual-

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObras em estradas

mente, o equipamento pode ser completado com sinais de flash e similares.

Foguetes de sinalização devem ser equipamento permanente em tra-balhos especialmente arriscados.

Deverá sempre haver uma bóia de salvação com linha, colarinho de salvação e extintores de incêndio em todos os barcos, plataformas de trabalho e bate estacas. Também deverá haver uma escada ou uma escada de marinheiro com guarda borda fora que possa ser trazida à superfície novamente.

Todos a bordo deverão ter recebido formação adequada sobre o uso do equipamento de salvamento.

Colete de salvação e primeiros socorros

Todos a bordo devem usar coletes de salvação.

Deverá haver uma caixa de primeiros socorros a bordo, com garrote que possa ser utilizado para deter hemorragias em ferimentos nos braços e pernas.

Ao menos uma pessoa da equipa deverá ter conhecimentos de pri-meiros socorros, isto é, saber conter uma hemorragia e aplicar respi-ração boca-a-boca.

OBRAS EM ESTRADAS

O mais seguro é isolar as obras em estradas do tráfego quando se trabalha em ou nas proximidades de uma via com circulação. Mas isso nem sempre é possível, pois há muitas condições que devem ser res-peitadas.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Obras em estradas

Os trabalhos que não sejam trabalhos em estradas, mas que são rea-lizados ao longo da estrada, devem ser planeados e efetuados de acordo com as regras da estrada. É o caso, por exemplo, de monta-gem de um elevador, grua ou outro equipamento ao lado da estrada ou parcialmente sobre a estrada.

Toda forma de trabalho em estrada quase sempre cria perturbações e riscos, em maior ou menor grau, aos utilizadores da estrada e àque-les que realizam o trabalho. Por isso, é muito importante que haja uma demarcação precisa - que se altere de acordo com a evolução do tra-balho, para garantir o respeito à sinalização e à segurança.

A sinalização e o isolamento deverão ser adaptados ao trabalho em curso na estrada e à velocidade da circulação, e deverão seguir as regras das autoridades rodoviárias.

Vestuário de trabalho com cor forte e reflexos (vestuário de sinaliza-ção) aumenta a segurança, pois os trabalhadores tornam-se mais vi-síveis aos utilizadores da estrada. O empregador deverá decidir que classe de vestuário de sinalização adotar; na maioria dos casos, será necessário vestuário de classe 3.

Todas as partes tem uma responsabilidade no estabelecimento de trabalho em estradas. Formalmente, há normas relativas aos estalei-ros que se aplicam nos trabalhos em estradas; também há regras emi-tidas pelas autoridades rodoviárias. Por isso, essas regras devem ser observadas ao se enviar uma notificação e ao se preparar planos de saúde e segurança como parte da preparação e operação do estalei-ro.

Quando a circulação for intensa, o monóxido de carbono ou os gases de escape (gases nitrosos) e as partículas emitidas pelo gasóleo po-dem ser nocivos à saúde. O empregador tem a obrigação de medir as emissões de gases e partículas caso haja uma suspeita de concentra-ções excessivas.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObras em estradas

Uma barreira fechada entre a estrada e o local de trabalho poderá di-minuir o risco apresentado pelos gases de exaustão. Outra possibili-dade é desviar a circulação, de forma a reduzir a exposição.

No pior dos casos, os trabalhos deverão ser interrompidos ou realiza-dos à noite ou de madrugada, quando a circulação é menos intensa. Nesse contexto é muito importante a atenção à sinalização e ao uso de vestuário que possa ser visto no escuro.

Plano de sinalização

Antes do início dos trabalhos, é preciso formular um plano de sinaliza-ção dos trabalhos em estrada para que seja observado. O plano tam-bém deverá descrever as inspeções, a manutenção e as vias de aces-so ao local de trabalho. As autoridades rodoviárias, por exemplo, a Administração Rodoviária da Dinamarca ou as autoridades locais, de-vem aprovar o plano; um exemplar do plano deve estar disponível no local de trabalho.

O plano de sinalização deverá ser formulado paralelamente ao planea-mento do projeto rodoviário. Assim, é mais fácil adaptar os métodos de trabalho e a evolução dos trabalhos à sinalização, de forma a ser a melhor possível.

O equipamento para a sinalização deverá observar as regras contidas no regulamento de sinalização.

Observe que as regras são mais rígidas quando se trata de estradas maiores. Algumas autoridades rodoviárias, incluindo a Administração Rodoviária da Dinamarca, exige que o responsável pela realização do trabalho tenha concluído o curso "Estradas como locais de trabalho".

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5. PROCESSOS DE TRABALHO

Sinalização

As placas e outros equipamentos de sinalização deverão estar sempre em boas condições, receber manutenção adequada e devem ser utili-zados corretamente. Também é importante selecionar os materiais adequados, suficientemente sobustos para não serem derrubados, e que cumpram a sua função, independentemente das condições físi-cas adversas.

Exemplos de material de sinalização:

Obras em estradas

Cones de sinalização e blocos de sinalização

Cavalete de madeira com suportes

Placas de balizagem "chupa-chupa" A sinalização deve indicar a direção da circulação - no exemplo, a passagem é pela esquerda.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObras em estradas

Guardas de segurança

As guardas de segurança são uma forma robusta de isolamento, re-sistentes a choques frontais (guardas de segurança de aço ou ele-mentos de betão que atendam a norma DS/EN 1317-2). Cintas plásti-cas vermelho e brancas não são homologadas como material de sinalização e não devem ser utilizadas.

Sinalização luminosaA sinalização lumino-sa de vários tipos é um outro material muito eficaz de sinali-zação, e é frequente-mente utilizada em tarefas de curta dura-ção (posicionadas em reboques de sinaliza-ção, linhas luminosas longitudinais, iluminação transversal, etc.). Quando houver necessida-de de iluminação de advertência mais potente, é preciso assegurar que haja acesso à potência e volume de corrente necessários.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Obras em estradas

50 m

Nos trabalhos em estradas onde ocorre escavação com equipamen-to, a distância entre o bordo da escavação e a pista deverá ser, no mínimo, a mesma da profundidade da escavação. A distância é impor-tante, pois as vibrações geradas pela circulação de veículos podem acarretar desmoronamentos.

45

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObras em estradas

Trabalhos em estrada fixos e móveis

Há dois tipos de trabalhos em estradas:

1. Trabalhos móveis em estradas são tarefas com máquinas movidas a motor e trabalhos de curta duração onde a sinalização não per-manece no local de trabalho durante a noite.

2. Trabalhos fixos são, normalmente trabalhos onde a sinalização permanece no local de trabalho durante a noite.

O local de trabalho deve ser claramente dividido em área de trabalho e área onde não se efetua trabalho.

A área de trabalho consiste no local de trabalho em si, e nas áreas li-vres necessárias, áreas de circulação, bermas, etc., onde as ferra-mentas de materiais de trabalho, etc. são depositados.

A área onde não se realiza qualquer trabalho é aquela entre a área de trabalho e a barreira contra a via de circulação, e deverá estar desim-pedida, sem material ou pessoas. A área pode ser utilizada por peões e ciclistas.

1m

1m

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Obras em estradas

A sinalização longitudinal é utilizada para separar a área de circulação da área de trabalho/área livre de trabalho.

Concretamente, isso é feito com a criação de uma área livre de, pelo menos, 1 m entre a barreira contra a via de circulação e a área de trabalho. Nessa área não é permitido trabalhar ou depositar material.

A barreira deverá consistir em isolamento transversal voltado para a circulação, e um isolamento longitudinal entre a circulação e o local de trabalho. Deverá haver sinalização visível que indique que a área livre de trabalho deve ser mantida desimpedida.

Caso não seja possível estabelecer uma área livre de trabalho de 1 m, devem ser encontradas outras soluções adequadas. Frequentemente, a situação ocorre em tarefas de remendos, traba-lhos em divisórias e trabalhos em cruzamentos, onde é preciso encon-trar outras soluções. O Manual descreve a sinalização em trabalhos de estradas, etc.

Está disponível em www.bar-ba.dk.

100 cm1m

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObras em estradas

Vestimenta de trabalho com reflexos

O vestuário de trabalho visível é obrigatório para todas as pessoas que trabalham e circulam próximo à circulação e na própria circulação.

Exigências vigentes para vestuário de trabalho visível:

vestuário de classe 3 É preciso usar vestuário de classe 3 em trabalhos em estrada, onde não há uma separação eficaz do tráfego motorizado, e onde a circula-ção se dá em velocidade normal.

Por exemplo:

● Em trabalho de salvamento após um acidente rodoviário.

● Na colocação/remoção de placas e outro tipo de sinalização.

● Nos trabalhos em estradas e túneis de caminhos de ferro com cir-culação motorizada de trabalho ou sem divisão eficaz do tráfego motorizado.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Obras em estradas

vestuário de classe 2 É obrigatório o uso de vestuário de classe 2 ao● realizar inspeção de áreas onde se exige vestuário de classe 3,● trabalhar no interior de uma área demarcada, mas onde o risco de

choques frontais não pode ser excluído,● trabalhar em áreas sem separação eficaz da circulação motoriza-

das, mas onde a velocidade do tráfego é diminuída a um nível ade-quado.

vestuário de classe 1 É obrigatório o uso de vestuário de classe 1 ao visitar (acompanhado) áreas onde se requer uso de vestuário de classe 2 ou 3.

Use sempre vestuário de classe 3 quando estiver em dúvidas, ou se as necessidades mudarem.

Em trabalhos em estrada é preciso usar classe 2 ou 3, apenas. A parte da vestimenta que reflete a luz deverá ser amarela, laranja ou vermelha.

Limpeza

A limpeza insatisfatória ou incorreta do vestuário com reflexo diminui a sua visibilidade. Normalmente, isso somente se percebe quando o vestuário se ilumina no escuro. O efeito reduzido dos reflexos pode levar a acidentes graves, e por isso é importante seguir as recomen-dações de limpeza e lavagem.

Calçados de segurança

É preciso usar calçados com proteção especial, ou seja, calçados de segurança, em todos os tipos de trabalho em estradas, pois quase sempre há o risco de lesões nos pés.

Consulte a seção 6 para saber mais sobre equipamentos de proteção individual.

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5. PROCESSOS DE TRABALHODemolição

DEMOLIÇÃO

A demolição de edificações exige planeamento e organização. Antes de iniciar o trabalho, faça uma ava-liação da edificação.

O responsável pelo projeto de construção civil que envolve demo-lição deverá organizar os trabalhos de forma que a demolição ocorra de forma segura. O projetista tam-bém deverá orientar o construtor sobre as inspeções necessárias; por exemplo, inspeção para verifi-car a presença de amianto na edifi-cação.

Em muitos casos, a demolição to-tal ou parcial de edificações é con-siderada um trabalho arriscado. Isto significa que o construtor, em estaleiros onde há mais de um em-pregador simultaneamente, deve-rá preparar um Plano de Saúde e Segurança para esse trabalho.

O empregador deverá avaliar o trabalho e indicar as medidas que po-dem garantir a execução do trabalho de forma adequada do ponto de vista da saúde e segurança. A avaliação deverá ser feita por escrito.

A edificação deverá ser avaliada quanto aos seguintes aspetos:

● Há materiais ou vestígios nocivos à saúde como amianto, PCB, se-ringas de toxicodependentes, baterias ou fezes de humanos ou animais?

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Demolição

● A camada inferior do telhado pode estar contaminada?

● A demolição seletiva pode reduzir a estabilidade?

● Nos trabalhos de demolição, será preciso tomar medidas específi-cas para proteger as imediações de, por exemplo, vibrações, ruídos ou poeira?

● Há instalações de eletricidade, gás ou água que exigem providên-cias específicas?

● O trabalho poderá ser realizado de uma outra forma que seja menos nociva do ponto de vista da saúde e segurança no ambiente de tra-balho? Por exemplo: dinamitação ou cortes, em vez de cisalhamen-to?

● Será preciso remover o isolamento granulado antes da demolição para diminuir a geração de poeira?

● Há betão pré-esforçado com cabos de aço?

Caso as avaliações apontem a presença de amianto, PCB, lã mineral ou fezes, a remoção desses materiais deverá ser efetuada antes de se iniciar o trabalho de demolição propriamente dito.

Os trabalhos de demolição devem ser realizados sob a supervisão e vigilância de pessoa experiente que possa avaliar a estabilidade dos componentes da edificação que permanecem em pé. Também deverá haver pessoal experiente entre os trabalhadores que realizam a de-molição propriamente dita.

Jovens com menos de 18 anos somente poderão realizar trabalhos de demolição no âmbito de uma formação profissional (como aprendizes, por exemplo), e somente quando tenham recebido instrução adequa-da.

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5. PROCESSOS DE TRABALHODemolição

Lista de verificação antes da demolição

Antes de se iniciar os trabalhos de demolição, o empreiteiro deverá assegurar que:

● Os cabos elétricos, as condutas de gás e similares tenham sido cor-tados (pelo profissional autorizado).

● A área de trabalho foi isolada, e que continuamente sejam monta-dos reforços e barreiras de segurança.

● O material de reforço necessário esteja disponível.

● As portas e janelas sejam cobertas para evitar a queda de material.

● Seja designado um agente de segurança, se necessário. ● As vias de transporte e de circulação sejam protegidas com cober-

turas, caso exigido.

● O trabalho seja realizado na sequência que consta dos cadernos de encargos e calendário.

● A sinalização necessária tenha sido instalada.

● As edificações não sustentáveis tenham sido reforçadas.

● Os andaimes e outros meios técnicos necessários tenham sido montados.

● Os empregados tenham o equipamento de proteção individual ne-cessário à disposição, e que sejam usados. Capacetes e calçados de segurança, por exemplo.

● Os resíduos sejam depositados e descartados de acordo com os cadernos de encargos.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Demolição

Poeira

Reduza o volume de poeira no ar com sistemas de aspi-ração, limpeza com aspirado-res adequados e pulveriza-ção com água. Caso necessário, utilize máscaras de poeira, protetor ocular e vestuário de trabalho repe-lente à poeira.

A máscara de poeira poderá ser uma meia-máscara mon-tada com filtro de poeira classe P2 ou, melhor ainda, máscara completa. É uma boa ideia utilizar filtros de poeira grossa para proteger os filtros de poeira fina.

Normalmente, máscaras des-cartáveis tradicionais não se

prestam a trabalhos de demolição, etc., por serem trabalhos que ge-ram muita poeira.

Os trabalhos de demolição, em muitos casos, geram muita poeira, ain-da que se tente evitar. Por isso, em muitas situações, será necessário utilizar equipamento de proteção respiratória durante toda a duração do trabalho. Nesses casos, um equipamento de proteção respiratória convencional não poderá ser utilizado, pois somente pode ser utiliza-do até 3 horas, distribuídas numa jornada de trabalho completa. Será preciso utilizar máscara com respiração assistida ou equipamento de proteção respiratória com fonte de ar. Leia mais sobre o uso de equi-pamentos de proteção respiratória na seção 6.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOReabilitação

REABILITAÇÃO

Antes de iniciar os trabalhos de reabilitação de uma edificação, é pre-ciso realizar uma avaliação das condições do imóvel. A avaliação deve-rá incluir os riscos à saúde e segurança no local de trabalho e descre-ver um calendário realista já na fase do concurso.

A avaliação das condições deverá incluir o seguinte:

● Estabilidade da construção durante as modificações.

● Sustentabilidade da edificação na qual se trabalha.

● Localização das instalações elétricas, de gás e água.

● Risco de contato com substâncias e materiais nocivos à saúde como:

• amianto, lã mineral e PCB, • podridão e fungos, • vestígios de animais e humanos.

Normalmente, as tarefas de reabilitação ocorrem em edificações existentes onde o trabalho pode ser pesado, difícil e exigente do pon-to de vista físico. Por isso, é importante estabelecer boas vias de acesso e transporte. Isso facilita movimentar o material e possibilita o uso de meios técnicos para o seu transporte.

Formas de limitar a poeira:

● Utilização de aspirador acoplado a um sistema de aspiração cen-tral.

● Utilização de extrator de ar nas ferramentas de furo e corte.

● Pulverização do local com água para provocar o assentamento da poeira.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Remoção de betãoMontagem de elementos pré-fabricados

● Evite o cisalhamento em betão. A geração de poeira diminui se o método utilizado for a dinamitação ou corte do betão.

● Limpe a área de trabalho continuamente.

É sempre uma boa ideia incluir os utilizadores e os ocupantes no pla-neamento das tarefas de reabilitação. De acordo com a lei, eles de-vem, pelo menos, ser informados sobre os trabalhos.

REMOÇÃO DE BETÃO

A remoção do betão pode gerar grande volumes de pó de sílica, prin-cipalmente quando se utilizam britadeiras ou ferramenta similares. Uma alternativa é cortar ou dinamitar o betão.

A dinamitação somente poderá ocorrer quando a tarefa for comanda-da por um carregador formado. Não é permitido, em circunstância al-guma, que jovens com menos de 18 anos participem em trabalhos onde haja o risco de explosão.

MONTAGEM DE ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS

A montagem de elementos pré-fabricados é considerada trabalho pe-rigoso, e por isso o construtor deve elaborar um Plano de Saúde e Segurança quando houver mais de um empregador simultaneamente no estaleiro.

Em alguns trabalhos especialmente perigosos, o empregador também deverá preparar uma avaliação por escrito das medidas (plano de tra-balho), de forma que o trabalho possa ser realizado adequadamente do ponto de vista das saúde e segurança; o plano deve servir de base

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5. PROCESSOS DE TRABALHOMontagem de elementos pré-fabricados

para a reunião de início dos trabalhos e instrução dos trabalhadores.

Projeto

O projeto que adota elementos pré fabricados envolve muitas pessoas. O coordenador do construtor na fase do projeto deverá verificar e to-mar decisões no âmbito da estática provisória da edificação durante a sua construção. Nesse contexto, é preparado um plano de sustenta-ção provisória, indicando quando deve ocorrer a sua remoção.

É importante coordenar o trabalho antes da montagem e também re-visar o projeto em todos os seus pormenores. Isto deverá ser feito numa reunião onde o Plano de Saúde e Segurança eventualmente pode ser ajustado.

O quadro do acordo deve seguir o modelo fornecido no BIPS 113A.

Reunião de início dos trabalhos

Numa reunião de início dos trabalhos a equipa de montagem deverá receber as instruções para a montagem. É preciso rever o material do projeto, o Plano de Saúde e Segurança, as informações do fornecedor, os elementos especiais, pontos de controlo, posição das gruas, etc.As vias de circulação, depósitos e áreas de trabalho para a grua de-vem estar descritas no Plano de Saúde e Segurança do construtor.

As instruções para montagem devem descrever a montagem correta e a sustentação.

Transporte e descarga de elementos pré-fabricados

Deverá haver uma superfície plana e horizontal com boa sustentabili-dade, onde se possa descarregar os paletes de paredes/peças pla-nas e outras.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Montagem de elementos pré-fabricados

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A descarga dos ele-mentos pré-fabrica-dos deverá ocorrer de acordo com as instruções do forne-cedor. Quando um palete de elementos de pa-redes apresentar de-feito na entrega no estaleiro, por exem-plo, se os elementos pré-fabricados não estiverem dotados dos dispositivos de elevação, o fornece-dor é OBRIGADO a oferecer uma forma alternativa de des-carregar os elemen-tos pré-fabricados. Caso contrário, os elementos pré-fabri-

cados deverão ser devolvidos ao fornecedor. Caso seja necessário descarregar os elementos pré-fabricados, isso deve ser feito sobre paletes/plataformas vazias. A descarga deverá sempre seguir as ins-truções do fornecedor.

Uma pessoa responsável pela montagem deverá dar sua aprovação caso os elementos pré-fabricados sejam depositados temporaria-mente contra uma edificação ou construção. Assegure-se de que os elementos pré-fabricados não tenham possibilidade de cair.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOMontagem de elementos pré-fabricados

Seleção de grua

A grua selecionada deverá ter capacidade de suspensão suficiente para que os elementos pré-fabricados possam ser colocados de for-ma correta e segura. Observe que a tolerância dos elementos pré-fa-bricados é de +/–10%.

Barras

As barras estão disponíveis em tamanhos "padrão":

● 40 mm, máx. 4,5 ton., largura do elemento: 100–800 mm

Área vedada à circulação de pessoas

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Montagem de elementos pré-fabricados

● 60 mm, máx. 10,5 ton., largura do elemento: 200–800 mm

● 90 mm, máx. 25,5 ton., largura do elemento: 200-1200 mm

A pré-condição é uma barra de qua-lidade 34CrNiMo6.

As cintas ou correntes devem ser suspensas o mais próximo possível do elemento, de forma que a barra não empene. Utilize tubos espaça-dores.

Montagem

Para planear uma montagem adequada e segura, é preciso ter todas as informações que podem ter impacto na sustentação provisória dos elementos pré-fabricados. O supervisor da montagem é responsável por reunir essas informações. As informações devem conter um cál-culo e decisão relativa à estática provisória global e à sustentação provisória.

O fornecedor deverá providenciar as instruções necessárias para a montagem de cada um dos elementos.

A sequência dos elementos e a sustentação provisória devem ser de-finidas a partir dessas informações.

Durante o trabalho de montagem dos elementos pré-fabricados de betão, não é permitido realizar outros trabalhos nas imediações. O empregador deverá, na avaliação escrita do trabalho, estabelecer como e quando outros trabalhos poderão ser realizados, incluindo o calçamento.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOMontagem de elementos pré-fabricados

Sustentação

A sustentação provisória dos elementos pré-fabricados de betão deverá ser feita de acordo com o plano de sus-tentação que se depreende da estática provisória da construção e das recomenda-ções de cada um dos fornece-dores dos elementos de betão pré-fabricados.

A boa prática do setor consis-te em adotar pelo menos dois elementos de sustentação na montagem de elementos de paredes e colunas. Ou duas escoras em diagonal ou uma escora em diagonal e um encaixe de ligação ao elemento vizinho. Isto impede que os elementos capotem.

As colunas também devem ser ancoradas na base.

Na ancoragem em betão preparado no estaleiro ou elementos perfu-rados, pode ser preciso verificar se o efeito de tração necessário é alcançado.

Os parafusos de betão deverão ser utilizados apenas uma vez – as roscas defeituosas reduzem o efeito de tração.

O torque dos parafusos depende das inserções utilizadas e deve obe-decer as instruções do fornecedor. Uma boa inserção de 16 mm cor-responde a 16 KN na direção da tração. Em condições normais de cálculos, o torque de 30-40 Nm permite uma tração no parafuso de aprox. 10-20 KN.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Montagem de elementos pré-fabricados

Consulte o fornecedor, em caso de dúvidas sobre o torque.

A utilização de chaves dinamométricas no aperto é um pré-requisito.

As superfícies das extremidades dos suportes dos elementos deve-rão ficar totalmente encostadas ao elemento e ao pavimento.

Sempre que as caraterísticas do projeto exigirem guarnições de for-matos específicos, o projetista deverá fornecer essas informações.

Desmontagem da sustentação

Não retire a sustentação até que a edificação esteja estável. Isto ocorre apenas depois que o soco etc. estiverem suficientemente en-durecidos. Isto deve constar da documentação do projeto.

Elementos pré-fabricados de fachadas e paredes

As grades de proteção devem ser posicionadas antes da montagem de paredes exter-nas.

Retire as grades à medida que a montagem avança, ou mais tarde. Deverá haver seguran-ça contra quedas quando as grades forem retiradas, por exemplo, com equipamento de proteção contra quedas.

min. 2 m

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5. PROCESSOS DE TRABALHOGalerias, alçapões e porões

Montagem de elementos pré-fabricados de pavimentos/telhado

Na montagem de pavimentos, as construções de sustentação devem ter sido escoradas ou, de alguma outra forma, deve ter-se garantido a sua sustentabilidade.

Deverá haver grades de proteção ao longo da fachada, que permitem acesso fácil à área da montagem.

Deve sempre haver grades de proteção atrás e ao longo do dorso da superfície de montagem.

Os elementos pré-fabricados do pavimento devem ser dispostos pa-ralelamente, o que reduz o risco de queda ou inclinação.

Deve haver proteção contra quedas durante o trabalho de montagem, no mínimo com equipamento antiqueda.

GALERIAS, ALÇAPÕES E SIMILARES

O trabalho em espaços muito restritos pode ser dividido em dois grupos:

1. Trabalhos de instalação de novas edificações (incluindo também grandes projetos de reabilitação.

2. Reparação e manutenção de instalações em construções existentes.

Tanto os trabalhos de instalação quanto nos trabalhos de reparação os trabalhadores exercem esforços ergonómicos de grande impacto em todo o corpo.

É preciso rastejar ou trepar em posturas inadequadas e, em muitos casos, ultrapassar vários obstáculos como instalações e diferenças de altura.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Galerias, alçapões e porões

Por isso, o risco de acidentes de trabalho é frequentemente mais alto; pode ocorrer desgaste, o joelho é muito exposto, e o trabalho pode causar o stress psíquico.

Nos trabalhos em espaços muito restritos, pode ser necessário com-plementar a avaliação do local de trabalho com uma descrição das condições do local, incluindo as condições de acesso.

Também pode ser necessário elaborar um plano de emergência, de eva-cuação e de simulações. Deverá descrever como os sinistrados podem ser evacuados, e deverá ser aprovado pelo serviço de salvamento local.

Novas construções

Nas novas construções o problema, em princípio, está resolvido. O regu-lamento da construção estabelece que deverá haver uma altura de passagem de 1,9 m, e uma largura livre de, no mínimo, 0,7 m nas galerias com instalações que exigem operações, inspeções ou manutenção.

Nos casos de instalações que possam ser operadas através de uma tampa amovível, é admissível a construção de uma galeria.

Construções existentes

Nas construções existentes, muitas vezes é impossível alterar os es-paços muito restritos. Nesses casos é necessário planear o trabalho, de forma que o período de tempo em determinadas posturas de tra-balho seja o mais curto possível.

Isto pode ser alcançado através de:

● Limitação do tempo de trabalho diário.

● Possibilidade de mais intervalos, para além das pausas para refei-ções e para beber.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOGalerias, alçapões e porões

● O empregado não trabalha sozinho (há contato permanente com o empregado).

● Os trabalhadores usam vestuário especial; se necessário também equipamento de proteção respiratória e outros equipamento de proteção individual (inclusive joelheiras, capacete e chapas isolan-tes para deitar/sentar durante o trabalho).

● Iluminação de orientação e de trabalho ligada a dois grupos diferen-tes no quadro de distribuição.

● Utilização de carrinhos para transporte de ferramentas e materiais onde for possível.

● Equipamento disponível que possibilite a evacuação de feridos.

● Distância máxima entre os pontos de acesso é de aprox. 15 m (pode ser necessário fazer novas aberturas nas construções existentes ou para fora).

● As aberturas de acesso devem medir, no mínimo, 60 x 80 cm.

● Via de acesso confortável às aberturas de acesso nos lugares aci-ma ou abaixo da área em geral.

● Limpeza completa do local de trabalho antes do início das tarefas.

A distância entre o lugar de trabalho e as saídas deve ser ainda mais curta do que o limite máximo quando houver risco de incêndio, vapo-res, etc., quando há condutas, etc. que dificultam a evacuação, ou se a visibilidade é limitada.

Utilize o formulário de avaliação (abaixo), quando for necessário de-terminar o tempo de trabalho máximo diário em galerias.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Galerias, alçapões e porões

A iluminação de emergência é obrigatória durante os trabalhos em galerias. A iluminação pode ser com lâmpada alimentada por uma pi-lha, que pode ser utilizada como iluminação de orientação em caso de falta de corrente elétrica.

Poeira, amianto, etc.

O trabalho em porões ou alçapões aumenta o risco de exposição a poeira nociva à saúde, a materiais de isolamento e a restos de mate-riais de construção que podem ser nocivos à saúde. Em edificações anteriores a 1975, há o risco de contato com materiais de isolamento que contêm amianto. Também pode haver amianto em outros mate-riais utilizados até meados da década de 1980.

Caso haja amianto, a área do trabalho deverá ser limpa antes do início da tarefa. A limpeza deverá ser realizada por pessoas com formação na remoção de amianto.

Em outras situações pode haver necessidade de limpar o local antes

Altura das galerias Tempo máximo de trabalho dividido numa jornada de trabalho

Fatores que podem limitar ainda mais o tempo máximo de trabalho diário

Entre 60-90 cm 1 hora • Utilização de equipamento de proteção individual que possa limitar a altura livre de pé

• Posturas de trabalho ou condições de acesso especialmente difíceis

• Condições de trabalho que causam stress psíquico

• Condições pessoais como saúde e peso

Entre 90-120 cm 2 horas

Acima de 120 cm 4 horas

A altura de porte real para aqueles que realizam tarefas em galerias

Duração de uma jornada de trabalho normal

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos em espaços fechados e poços

do início dos trabalhos. Por exemplo, no caso de haver muita poeira, excrementos de animais ou um excesso de entulho.

Não rasteje onde houver entulho ou outro tipo de resíduos de cons-trução que possam causar ferimentos nas mãos e joelhos.

O trabalho em alçapões, galerias e porões exige muita atenção e deve sempre ser planeado. Antes do início das tarefas, todos os meios téc-nicos, equipamento de proteção individual e ferramentas devem es-tar à disposição.

TRABALHOS EM ESPAÇOS FECHADOS E POÇOS

Procure sempre evitar acidentes associados a asfixia, envenenamen-to, etc.

Preste especial atenção nos trabalhos em:

● poços,

● casa de bombas,

● túneis,

● condutas,

● silos,

● chaminés e instalações semelhantes.

Os jovens com menos de 18 anos não podem trabalhar em espaços fechados, poços, condutas, etc., quando houver o risco de asfixia, ou se houver perigo de explosão.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos em espaços fechados e poços

Muitos desses trabalhos são considerados especialmente perigosos. Isso requer que o empregador prepare uma avaliação por escrito com as medidas que devem ser tomadas para que o trabalho possa ser realizado de forma segura.

Quando houver trabalhadores no local de trabalho de vários emprega-dores, o construtor deverá formular um Plano de Saúde e Segurança para esses trabalhos.

Trabalhos em poços

Deverá sempre haver ao menos uma pessoa de guarda nos trabalhos em poços e similares. Essa pessoa deverá estar permanentemente em contato com as pessoas que trabalham no poço. Muitas vezes também há necessidade de um assistente que possa ser rapidamen-te chamado pela pessoa que está de guarda.

Antes de iniciar o trabalho:

● Verifique se as laterais do poço e as escadas estão intactas.

● Eventuais problemas devem ser reparados imediatamente.

● O poço deve estar adequadamen-te ventilado - se necessário, inje-te ar fresco.

● Antes da descida, verifique se o ar no poço está limpo e se con-tém suficiente oxigénio. Repita a medição durante o trabalho no interior do poço.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalhos em espaços fechados e poços

● Meça a quantidade de oxigénio, de sulfureto de hidrogénio e subs-tâncias explosivas.

● As pessoas que trabalham em poços devem poder ser resgatadas até à superfície. Utilize sempre arnês de içamento e um cabo. O cabo deve sempre estar amarrado a um tripé com guincho ou simi-lar.

● Os empregados deverão receber formação sobre o uso de equipa-mento de salvamento, etc.

Caso seja necessário descer a um poço que não tenha sido adequada-mente ventilado:

● Utilize equipamento de proteção respiratória (com fonte de ar).

● As ferramentas, instrumentos, fonte de iluminação e vestuário de-vem ser protegidos contra faíscas.

● A pessoa de guarda deve estar munida de equipamento de prote-ção respiratória complementar.

Caso haja o risco de explosão, o uso do tabaco e o fogo descoberto são proibidos nas imediações do poço.

Arnês de içamento

Um cabo de içamento amarrado ao arnês de içamento é frequente-mente a única possibilidade de resgatar uma pessoa do interior de um poço. É possível que a pessoa tenha sido ferida ou esteja inconsciente por causa do gás ou por falta de oxigénio no poço. Não é possível puxar uma pessoa que está inconsciente no interior do poço com força manual apenas. Por isso deve haver equipamento de elevação instalado sobre o poço.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalhos em espaços fechados e poços

Também é possível usar um veículo com guincho mecânico como equipamento de suspensão caso haja possibilidade de posi-cionar o veículo o suficientemente próximo do poço. Isso deve acontecer antes que al-guém desça ao interior do poço, e deve também haver a possibilidade de se operar o guincho manualmente, se a tração mecâ-nica falhar.

A pessoa de guarda deverá ter conheci-mento sobre o uso correto do equipamento de resgate e deverá saber como conseguir ajuda rapidamente.

Trabalhos em esgotos

Há regras especiais para trabalhos em rede de esgotos que já estão em uso. O trabalho em redes de esgoto exige formação. As pessoas que passam a maior parte da jornada de trabalho nos esgotos devem ser vacinadas, em cumprimento às normas do Serviço de Inspeção do Trabalho.

Utilize sempre o vestuário mais adequado para a tarefa concreta. Caso a roupa fique molhada, deve ser possível trocar por vestuário de trabalho seca.

Existe uma norma específica sobre duches separados, vestiário espe-cífico com armários separados para vestuário de trabalho e pessoal, e obrigatoriedade de duche ao final da jornada de trabalho. A higiene pessoal é muito importante, e as regras para a troca de roupa, lava-gem das mãos, etc., devem ser observadas.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO

Espaços fechados, condutas, etc.

Não é permitido efetuar trabalho em condutas com menos de 1,2 m de diâmetro. No entanto, é possível obter autorização especial junto ao Serviço de Inspeção do Trabalho. Essas autorizações são concedi-das em situações especiais, e exigem a observação de uma série de normas. Por exemplo, é necessário ter um plano pormenorizado que contenha medidas que possam proteger contra o risco à saúde e se-gurança no trabalho a ser realizado.

O trabalho deverá ser de curta duração e o tempo de trabalho nas condutas deve ser limitado.

Em situações de emergência, as medidas especiais podem ser dispen-sadas, onde for imperativo. Nesses casos, a organização de saúde e segurança deverá ter normas e procedimentos formulados, e deverá sempre ser realizada uma avaliação no seio da organização após o ocorrido.

Em tais situações, normalmente é utilizado o arnês cruzado com liga-ção ao tornozelo para poder içar a pessoa do seu interior.

Deverá haver uma pessoa intermediária, caso a pessoa de guarda não consiga manter contato com as pessoas no interior das condutas ou poço. Essa pessoa deverá se manter entre o local de trabalho e a pes-soa de guarda, e deve poder comunicar com ambos.

Centrais de aquecimento urbano

Nos trabalhos em centrais de aquecimento urbano é preciso prevenir contra o risco de escaldadura; devem também ser observadas as re-gras gerais que se aplicam aos trabalhos em poços, condutas e espa-ços fechados.

Os empregados devem ter acesso a água fria quando trabalham em áreas com temperaturas acima do normal.

Trabalhos em espaços fechados e poços

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5. PROCESSOS DE TRABALHO

O trabalho em espaços restritos é cansativo. Por isso, a jornada de trabalho deverá ser limitada. Deve haver pausas suficientes e uma variação entre diferentes tarefas.

TRABALHO A QUENTE

O trabalho a quente inclui todos os trabalhos onde existe o risco de que partes da edificação,etc. possam arder. A expressão trabalho a quente inclui todos os trabalhos com fogo descoberto. Inclui também trabalhos com ferramentas que geram calor, onde existe o risco de ignição: afiadoras angulares, serras circulares e ferramentas para se-cagem e brasagem, etc. As regras e práticas mencionadas, portanto, também devem se aplicar a esses trabalhos.

O trabalho a quente é frequentemente a causa de incêndios, pois os trabalhadores não têm os conhecimentos suficientes sobre como po-dem evitar os incêndios. Por isso é importante formular rotinas de se-gurança eficazes e assegurar que todos conheçam os riscos de incên-dio e que todos recebam a formação adequada.

As seguradoras fazem exigências quanto aos trabalhos a quente. Ti-picamente, as empresas que realizam trabalhos a quente são cober-tas pela seguradora do construtor.

Antes de iniciar o trabalho a quente, é preciso preencher o formulário adequado. O formulário pode ser obtido junto a Dansk Brand - e o Ins-tituto técnico de segurança, no sítio www.brandteknisk-institut.dk.O bom planeamento pode prevenir o risco de incêndio e explosão. A forma em que deve acontecer deve constar do caderno de encargos ou estar descrita no plano de saúde e segurança.

Em muitos casos, será necessário designar uma pessoa de guarda nos períodos em que se realiza o trabalho a quente.

Trabalho a quente

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalho a quente

O empregador tem a obrigação de informar os trabalhadores sobre os riscos de incêndio e de instruir os trabalhadores sobre a prevenção e combate a um possível incêndio.

Perigo de incêndio

Há duas categorias e risco de incêndio em trabalho a quente:1. Defeito ou utilização incorreta da ferramenta.2. Calor que emana do trabalho, e que provoca ignição de material

combustível.

Em ambas as situações é possível evitar incêndios com meios sim-ples:

● Verifique se as ferramentas recebem a manutenção adequada e somente são utilizadas conforme recomendado pelo fabricante.

● Afaste todo material combustível. Cubra o material quando não for possível afastá-lo.

Inspecione a edificação para identificar situações que requerem aten-ção, antes de iniciar o trabalho.

● Há material, líquidos ou gases combustíveis armazenados?

● Há cavidades que contêm materiais combustíveis?

● Há cabos ou canais de exaustão ocultos, que desembocam abaixo ou imediatamente acima do telhado, de onde podem emanar vapo-res ou poeira combustíveis?

● Há papéis velhos, teias de aranha, etc. que podem entrar rapida-mente em ignição e iniciar um incêndio?

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Trabalho a quente

Outras condições que exigem atenção:

● Resíduos e embalagens vazias devem ser constantemente deposi-tadas em contentores adequados.

● Mantenha sempre as vias de evacuação desimpedidas.

● Guarde os equipamentos de soldadura adequadamente, após o seu uso.

● O uso do tabaco é proibido onde se utilizam e armazenam solventes e misturas que contenham solventes.

● Deve haver extintores de incêndio em todos os andares.

● Coloque placas de indicação próximas aos extintores e uma seta que indique a sua localização.

● Informe os empregados sobre prevenção de incêndios.

Em todos os telefones deve haver indicação dos números da central de alarme com o endereço do local. Eventualmente, grave o número da central de alarme no telemóvel.

Em caso de corte, esmerilhamento e soldadura, o calor emana essen-cialmente das faíscas de material durante o processo (não existem faíscas "frias").

Equipamento de combate a incêndio

Verifique regularmente o equipamento de combate a incêndio se os extintores estão intactos ou se falta algo, se o lacre está intacto e se o manómetro indica a pressão correta.

Extintores em más condições criam uma falsa sensação de seguran-

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5. PROCESSOS DE TRABALHOTrabalho a quente

ça, e não conseguem combater o fogo antes que ele se alastre.

Os extintores devem ser homologados e ter a marcação "DS". De acordo com a legislação,de-ve ser realizado enchimento e ensaio de pres-são de aparelhos em postos com homologa-ção DS a cada 5 anos, no mínimo.

Extintores utilizados ao ar livre, sujeitos a con-dições meteorológicas variáveis e transporta-dos com frequência, deverão ser submetidos a uma re visão a cada seis meses por uma empresa com certi ficação DS.

Trabalho com fogo descoberto

A utilização de fogo descoberto, também chamado trabalho a quente, consiste em, por exemplo, trabalhos como revestimento de telhados e soldadura.

O empregador tem a obriga-ção de informar os trabalha-dores sobre os riscos de in-cêndio e de instruir os trabalhadores sobre a pre-venção e combate a um possível incêndio.

Evite chamas descobertas, que podem entrar em con-tato com materiais ou com-ponentes da edificação combustíveis. Certifique-se também de que não há fis-suras ou rachaduras nos

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Soldadura e corte

componentes da edificação e coberturas por onde materiais em igni-ção ou ardentes possam penetrar.

Preste especial atenção ao fogo em pequenas cavidades, por exem-plo, nos trabalhos de revestimento de telhado e processamento de metais. O fogo pode subir lentamente por pequenas cavidades e acender material combustível longe do lugar de trabalho.

Divida o planeamento do trabalho da seguinte maneira:

● Medidas a serem tomadas antes do início do trabalho.

● A disposição do local de trabalho.

● A realização do trabalho.

● Medidas a serem tomadas durante a realização do trabalho.

● Medidas a serem tomadas no incêndio.

● Medidas a serem tomadas quando o trabalho está terminado, in-cluindo prevenção de patrulha de incêndio.

SOLDADURA E CORTE

O fumo de soldadura e corte contém gases e uma série de metais pesados que podem provocar bronquite crónica, asma e cancro das vias respiratórias. Por isso, o fumo deve sempre ser eliminado de for-ma adequada. Proteja a pele contra a luz ultravioleta e as faíscas. A luz da soldadura também pode provocar lesões oculares permanen-tes.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOSoldadura e corte

Materiais com revestimento de superfície

Graxa, tinta e outros revestimentos de superfície deverão ser removi-dos antes de se iniciar a soldadura. Limpe mecanicamente todo o pos-sível e somente utilize solventes orgânicos quando não conseguir limpar a superfície de outra maneira. Certifique-se de que os vestígios de solventes foram removidos antes da soldadura.

Fumos de soldadura

Elimine os fumos de soldadura e poeira de rebarbagem com um siste-ma de ventilação e aspiração adequado. Utilize equipamento portátil caso não seja possível instalar equipamento central de ventilação. Se isso também não for possível, utilize equipamento de proteção respi-ratória adequado.

Caso não seja possível instalar sistema de ventilação de processo efi-caz com exaustão para o exterior, será preciso decidir como se evitará a disseminação a outras áreas do estaleiro; deverão ser colocada si-nalização que indique que o trabalho e a circulação na área somente deverá ocorrer com equipamento de proteção respiratória.

Ruídos

O trabalho em metais, como o corte e a rebarbagem, normalmente acarretam ruídos que podem danificar a audição. Isto pode ser evita-do com encapsulamento ou amortecimento do ruído. Também pode ser necessário utilizar proteção auditiva adequada. Não se deve expor terceiros a ruídos desnecessários ou nocivos à saúde. As áreas onde se deve utilizar proteção auditiva devem ser delimitadas, e deverá ha-ver sinalização que indique a necessidade de utilização de proteção auditiva.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Soldadura e corte

Formação

A realização de trabalhos de soldadura e de corte térmico em metal e a rebarbagem na sequência desses trabalhos exige formação especí-fica na área da saúde e segurança. Para outras modalidades de rebar-bagem não se exige a formação específica. Os mesmos critérios de formação se aplicam aos operadores de equipamentos de soldadura e corte que geram fumos.

A formação deverá ser homologada pelo Serviço de Inspeção do Tra-balho e deverá ser oferecida em vários lugares.

Luvas

Utilize luvas quando realizar trabalhos de soldadura. As luvas protegem contra a radiação e queimaduras provocadas pela chama da soldadura.

Ao se realizar trabalho de soldadura de joelhos, é preciso utilizar joe-lheira/almofadas e protetores de tornozelo e avental coo proteção contra faíscas e respingos de metal incandescente.

Proteção ocular

Utilize capacete de soldadura, máscara de mão ou óculos adequados com proteção late-ral caso tenha que soldar ou estar nas proximidades do lo-cal da soldadura. Utilize o tipo adequado de filtro ótico no ca-pacete de soldadura, máscara de mão ou óculos adequados. Melhor ainda é utilizar prote-ção fixa ou móvel, onde o grau de escurecimento é o mesmo

dos óculos de proteção.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOSoldadura e corte

Luz da soldadura/oftalmia dos soldadores

Sensibilidade à luz, olhos lacrimejantes, pálpebra inchada e fortes do-res nos olhos são sintomas típicos de "oftalmia dos soldadores".

Pomada oftálmica

Utilize a pomada oftálmica Zinkokain (anteriormente denominada CInkain) para aliviar as dores nos olhos. A pomada pode ser adquirida em farmácia. No entanto, não deve ser utilizada no trabalho ou ao conduzir, pois a pomada tem um efeito anestésico nos olhos.

Perigo de incêndio

As substâncias combustíveis devem ser removidas do local da solda-dura. Quando houver necessidade de se realizar trabalho de soldadu-ra na proximidade de substâncias combustíveis que não podem ser afastadas, deve-se contar com a assistência de uma pessoa de guar-da e um extintor de incêndio.

Examine as salas contíguas ligadas ao local da soldadura por tuba-gens. Verifique também se um eventual incêndio poderia bloquear as possibilidades de evacuação. Realize sempre uma inspeção de con-trolo quando terminar o trabalho de soldadura.

Soldadura elétrica

Não toque em objetos condutores de eletricidade, que frequente-mente se encontrar entre as condutas o atrás de recipientes, etc. O solo húmido pode ser condutor de eletricidade. Por isso, muita aten-ção se estiver molhado da chuva ou transpiração.

Quando tiver que efetuar soldadura:

● Utilize luvas de soldadura inteiras e secas, eventualmente também para o assistente. Não é permitido tocar o elétrodo com luvas isolantes.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Soldadura e corte

● Não posicione o elétrodo entre o braço e o tórax na hora da troca.

● Não passe o cabo de soldadura pelo braço ou pescoço.

● Mantenha a roupa de trabalho seca e inteira.

● Substitua equipamento de soldadura danificado imediatamente.

Se houver o risco de que o corpo chegue a tocar elementos conduto-res (por ex., caldeiras, recipientes), os seguintes são os critérios para os grupos electrogéneos:

● A corrente em circuito aberto deve ser reduzida a 12 volt de corren-te alternada ou transformada a, no máximo 100 volt de corrente contínua em 0,2 seg. depois do arco ser desligado.

● Deve ser encontrado um dispositivo de vigilância para controlar a prote ção

Soldadura a gás/autógena

Lista de verificação em soldadura autógena:

● Os cilindros de aço devem ser protegidos contra choques, golpes, derrube ou exposição ao calor.

● Conserve-os longe do sol e da chuva.

● Conserve os cilindros cheios e vazios separados.

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5. PROCESSOS DE TRABALHOSoldadura e corte

● Nos cilindros vazios, as válvulas devem estar fechadas e protegidas com a tampa.

● Mangueiras de gás e oxigénio devem estar intactas e não devem apresentar juntas.

● As válvulas dos cilindros não devem ser lubrificadas ou manusea-das com força.

● Os cilindros com válvulas defeituosas não devem ser utilizados.

● Os cilindros devem ser transportados em carrinho próprio.

● Verifique se os cilindros foram submetidos à inspeção periódica. A data da próxima inspeção deverá estar carimbada em cada cilindro.

Soldadura MIG

A soldadura MIG produz ozono, que se acumula sob forma de uma esfera à volta do arco, e chega a um metro de distância.

O ozono, que é nocivo à saúde, somente pode ser captado de forma eficaz com sistema de exaustão de baixa pressão, que possui uma área de captação muito maior do que a exaustão de alta pressão.

Proteja-se contra a pulverização e radiação ótica com um capacete com proteção de pescoço e com luvas e vestuário de trabalho que cubra todo o corpo.

O capacete deve ser dotado de uma lente de soldadura de auto escu-recimento que ajusta a tonalidade da lente quando deteta o arco. A lente de auto escurecimento reduz o risco de oftalmia dos soldado-res, pois evita a exposição que se produz quando o capacete fecha tarde demais depois de aceso o arco.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Soldadura e corte

Além disso, instale barreiras para proteger os colegas da radiação óti-ca direta e refletida.

Com corrente elétrica altas, e em soldadura com alumínio, o ozono formado se estende a tal distância do arco que a exaustão de baixa pressão não consegue captar o ozono de forma eficaz. Por isso, nessa situação, a exaustão a baixa pressão deve ser combinada com o uso de equipamento de proteção respiratória contra o ozono. O equipa-mento de proteção respiratória com ventilação assistida (máscara com ventilação assistida) somente é aceite pelo Serviço de Inspeção do Trabalho quando o sistema de exaustão de baixa pressão conse-gue efetivamente captar todo o fumo; caso contrário, deverá ser usa-do equipamento de proteção respiratória com fonte de ar fresco.

Oxigénio

A garrafa de oxigénio deve ser azul com colarinho branco. As garrafas, cabos e aparelhos não podem entrar em contato com óleo ou outras gorduras que podem levar a auto-inflamação.

Ar atmosférico, Acetileno, Gás liquefeito, Dióxido de carbono e Oxigénio

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5. PROCESSOS DE TRABALHOSoldadura e corte

Acetileno (gás)

A garrafa de acetileno é castanha. O acetileno é altamente explosivo. Jamais utilize uma garrafa se a válvula apresenta fugas ou outra ava-ria. A garrafa deve permanecer em pé, verticalmente, durante o uso. Para evitar o retrocesso na garrafa de acetileno, é preciso montar uma válvula de segurança na válvula de redutora. O retrocesso ou forte aquecimento pode levar à explosão da garrafa.

Brasagem e fundentes

Ao serem aquecidos, quase todos os fundentes produzem vapores (frequentemente ácidos) que são nocivos à saúde. Os vapores podem ser eliminados com exaustão antes que alcancem o nariz e a boca. Os fundentes e os metais de brasagem não devem conter mais de 0.1% de cádmio por causa do risco de envenenamento.

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Observações

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObservações

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5. PROCESSOS DE TRABALHO Observações

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5. PROCESSOS DE TRABALHOObservações

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Aspetos gerais dos equipamentos de proteção individual

ASPETOS GERAIS DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os equipamentos de proteção individual consistem no capacete de se-gurança e nos equipamentos de proteção respiratória ou outros que protegem os empregados durante o trabalho. Consulte as ilustrações.

O equipamento de proteção individual é o último recurso.

Exempo: caso seja necessário utilizar uma cola que contenha solventes, é preciso determinar se:

1. A cola pode ser substituída por um produto menos nocivo - cola à base de água, por exemplo.

2. Em caso negativo, é preciso providenciar ventilação de processo especial (exaustão).

3. Caso essa medida não seja suficiente para evitar a inalação dos solven-tes, também será preciso utilizar equipamento de proteção respiratória adequado.

Proteção auditiva

Máscara (equipamento de proteção respiratória)

Vestuário de trabalho especial

Calçados de segurança

Luvas

Proteção contra quedas(arnês de segurança com cabo)

Óculos de proteção(proteção ocular)

Capacete

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOAspetos gerais dos equipamentos de proteção individual

Os problemas associados à saúde e segurança no local de trabalho devem ser resolvidos onde têm origem. Os equipamentos de proteção pessoal só devem ser uma opção quando todas as demais opções já tenham sido esgotadas.

Critérios para os equipamentos de proteção

Proteção: Certifique-se de que o equipamento de proteção oferece a proteção necessária. Exemplo: O equipamento de proteção respiratória deve possuir os fil-tros adequados. Por exemplo: filtros de poeira não podem ser utiliza-dos no trabalho com solventes.

Comodidade: Os equipamentos de proteção não devem incomodar mais do que o necessário para que possam funcionar.Exemplo: Nem todas as pessoas podem usar o mesmo calçado - por isso, não é suficiente que haja apenas um modelo.

Adequação: O equipamento de proteção deve ser adequado à tarefa em questão.Exemplo: Se o trabalho deve ser realizado onde há água - em área de escavação, por exemplo - é preciso utilizar botas de segurança de bor-racha, e não calçados de segurança.

Os equipamentos de segurança não devem possuir mais propriedades do que o necessário, pois as propriedades adicionais podem acarretar menor comodidade.

Entrega, custo, manutenção e propriedade

É responsabilidade e tarefa do empregador assegurar que os empre-gados recebam os equipamentos de segurança corretos. O emprega-dor também é responsável pela limpeza e manutenção do equipamen-to.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Aspetos gerais dos equipamentos de proteção individual

Uma exceção podem ser os calçados de segurança e vestuário espe-cial de trabalho. Nesses casos, a organização patronal e os sindicatos (ou o empregador e os empregados, quando não haja um acordo cole-tivo) acordam que os empregados contribuam com o pagamento.

Quando o empregador paga e é proprietário dos equipamentos de pro-teção, ele poderá exigir que os trabalhadores deixem o equipamento no local de trabalho no final da jornada de trabalho.

Responsabilidade pelos equipamentos de proteção

É responsabilidade do empregador:

● Assegurar que os trabalhadores utilizam os equipamentos de pro-teção durante a execução do trabalho.

● Instruir sobre a utilização do equipamento de proteção e assegurar que os trabalhadores sigam as instruções.

● Explicar aos empregados as consequências que a não observação das instruções podem ter na saúde e segurança.

É responsabilidade dos empregados:

● Utilizar os equipamentos de proteção desde o início dos trabalhos até a sua conclusão. Isto requer, naturalmente, que o equipamento de proteção seja entregue e que os empregados tenham recebido instruções sobre a sua utilização.

● Informar o capataz ou o empregador quando houver uma avaria ou deficiência nos equipamentos de proteção.

Limites de utilizaçãoA utilização do equipamento de segurança pode trazer desconforto, o que exige a limitação do tempo de trabalho - com a introdução de

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

pausas, por exemplo. Alguns equipamentos de proteção respiratória têm um limite de uso determinado de utilização.

Instruções para uso e marcação

O fornecedor deverá sempre incluir as instruções para uso na entrega do equipamento de proteção individual.

As instruções para uso deverão estar em dinamarquês e redigidas de forma clara.

As instruções para uso devem conter informações sobre:

● Como utilizar o equipamento de proteção.

● Conservação, utilização, reparação e desinfeção.

● Resistência comprovada através de ensaio técnico.

● Que acessórios podem ser utilizados com o equipamento de prote-ção.

● Limites de utilização do equipamento de proteção.

● Data de expiração da vida útil do equipamento.

● Embalagem adequada para o transporte do equipamento de prote-ção.

● Significado de eventuais marcações.

Todos os equipamentos e acessórios de proteção in-dividual devem portar a marcação CE.

Aspetos gerais dos equipamentos de proteção individual

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Capacetes

CAPACETES

Hjelmpåbudt

Se houver risco de lesões à cabeça, o uso do capacete é obrigatório a todo momento.

O risco pode ser classificado em quatro áreas:

● Queda ou desabamento de materiais, ferramentas, etc.

● Presença de objetos protuberantes, ou materiais e equipamentos pesados pendurados ou oscilantes.

● Presença de cabos elétricos que não estão isolados.

● Espaços restritos, que dificultam os movimentos sem choques com objetos.

Utilize sempre o capacete quando houver sinalização de obrigatorie-dade de uso de capacete.

Escolha do capacete de proteção

Em geral, as condições específicas do local de trabalho determinam o tipo de capacete que deve ser utilizado. Caso haja o risco de esmaga-mento da cabeça, é preciso selecionar um capacete que possa ofere-cer a proteção adequada.

Às vezes, a cor e o forma-to do capacete indicam a função a que se prestam. O capacete do responsá-vel pela lingagem deverá ser de cor forte, o que faci-lita a visibilidade do con-dutor da grua.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOCapacetes

É importante que o capacete não pese mais do que o necessário.

Nos trabalhos em condições de frio, deve ser possível usar gorro sob o capacete ou aplicar forro térmico por dentro ou proteção isolante por fora.

O capacete deve ser dotado de francalete quando houver risco de que o capacete caia em condições de vento forte ou algumas postu-ras de trabalho específicas.

Utilize apenas acessórios adequados ao capacete. Isso garante que as propriedades de segurança não sejam afetadas. Capacetes que devem ser usados com equipamento de proteção respiratória, auditi-va ou ocular devem ser específicos para esse uso.

Adaptação e manutenção

O capacete deve ser descartado quando apresentar rachaduras ou quando tiver sido submetido a fortes impactos ou esmagamentos.

O capacete deve se ajustar à cabeça, e deve haver uma distância de segurança adequada entre a cabeça e o casco do capacete.

O forro do capacete está exposto à transpiração, sujidade e calor, e por isso se deteriora mais rapidamente do que o casco. Por isso, o forro deve ser examinado periodicamente, e deve ser substituído de acordo com as recomendações do fornecedor e, no mínimo, quando apresentar sinais de desgaste. Em caso de dúvida, descarte o forro.

Todos os capacetes devem ser lavados com água (até 45°C) e sabão.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção auditiva

Vida útil

O capacete não deve ser pintado/pulverizado ou limpo com solven-tes, pois isso pode danificar a resistência do capacete. Além disso, a exposição prolongada do capacete a fatores como o frio, calor, luz forte, humidade e transpiração afetam as propriedades de proteção do capacete. Os produtos utilizados para a pele e cabelo tem o mes-mo efeito.

O fornecedor pode oferecer informações sobre as propriedades do capacete depois de períodos prolongados de uso.

Os capacetes não devem ser armazenados à luz do sol.

PROTEÇÃO AUDITIVA

Critérios para utilização de proteção auditivaQuando o empregador avaliar que o empregado está exposto a riscos decorrentes dos ruídos, a avaliação do local de trabalho deverá con-ter uma análise da exposição aos ruídos. Nesse contexto, para poder estabelecer as características da exposição, é preciso realizar medi-ções.

Høreværnpåbudt

As medições podem assegurar uma decisão correta so-bre a necessidade do uso de proteção auditiva. Em geral, quando duas pessoas distantes um metro uma da outra só puderem comunicar-se entre si com gritos, será preci-so utilizar proteção auditiva, sempre que os ruídos não

puderem ser reduzidos de outra forma.

É responsabilidade do empregador fornecer proteção auditiva adequada aos trabalhadores quando a exposição ao ruído for superior a 80 dB(A), quando os valores de pico dos impulsos superarem 135 dB(C) e também sempre que a exposição ao ruído for nociva ou muito incómoda.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOProteção auditiva

Os trabalhadores deverão utilizar a proteção auditiva quando não for possível eliminar a exposição ao ruído ou amortizar os ruídos a um ní-vel inferior a 85 dB(A). O mesmo se aplica a valores de pico de impul-sos que não se consegue baixar para um nível inferior 137 dB(C). Ain-da que a exposição aos ruídos esteja abaixo de 85 dB(A), é preciso utilizar proteção auditiva quando se suspeita que o trabalho pode causar danos à audição.

A organização setorial da construção civil - BAR Bygge & Anlæg - reco-menda, em todas as situações, que se utilize protetor auditivo entre 80 e 85 dB(A) para evitar lesões auditivas. A proteção auditiva deve ser utilizada durante todo o tempo de expo-sição aos ruídos. Até mesmo curtos períodos sem a proteção auditiva em áreas ruidosas podem diminuir a audição de forma significativa.

Aspetos gerais da proteção auditiva

A proteção auditiva deverá ter a marcação CE. A embalagem e as ins-truções para uso devem conter indicações sobre os valores de amor-tecimento do ruído nas diferentes frequências.

As informações permitem determinar qual a proteção auditiva que amortece o ruído de forma adequada.

A proteção auditiva não deve amortecer o ruído totalmente, pois o utilizador deverá manter a capacidade de se comunicar com os de-mais e ouvir os sinais acústicos de advertência.

O amortecimento do ruído não deve impedir que o utilizador ouça o que acontece à sua volta, isto é, o ruído deve ser amortizado ao nível de aprox. 75-80 dB(A).

Quando vários tipos de proteção auditiva atenderem as exigências, cada empregado poderá selecionar aquele que melhor se adapta a ele.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção auditiva

Normalmente, é possível assegurar uma proteção um pouco maior quando se combinam vários tipos de proteção auditiva - tampões e protetores auriculares, por exemplo. Isto significa que os tampões au-riculares continuam a proteger, quando se retiram os protetores auri-culares.

Tampões auriculares

Os tampões auriculares podem ser descartáveis ou reutilizá-veis. Quase todos os tipos po-dem ser moldados e, assim, acomodados ao canal auditivo de cada um.

Também existem os tampões rígidos - de vários tipos, que são produzidos de acordo com as caraterísticas individuais.

Manipule os tampões auricula-res com mãos limpas, pois a sujidade no canal pode provo-car irritação e eczema.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOProteção ocular

Protetores auriculares

Os protetores auriculares co brem as duas orelhas e são fixados através de um arco ou cinta que se pode adaptar à cabeça. Devem ficar aper-tados.

Deve-se controlar periodicamente as bordas (almofadas) dos proteto-res auriculares, que devem ser subs-tituídas quando começarem a endu-recer ou partir

Existem protetores auriculares que podem ser montados ao capace-te. Também existem tampões auriculares com dispositivos eletróni-cos ou filtros incorporados e que ajudam a limitar ou regular o som que penetra nos protetores auditivos. Os protetores auriculares ele-trónicos com filtros oferecem a vantagem de amortizar o ruído quan-do ultrapassa um certo nível (75-80 dB(A).

PROTEÇÃO OCULAR

Øjenværnpåbudt

A proteção ocular inclui óculos de proteção, máscaras de cara ou capacete de soldadura. Deve-se sempre utilizar proteção ocular quando se trabalha ou se circula em áreas onde há o risco de ser atingido por partículas em suspensão e salpicos, ou ser exposto a gases e vapores corrosivos ou radiação nociva.

Os protetores oculares devem ficar bem ajustados, sem que os aros ou cinta apertem ou magoem.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção ocular

Caso haja necessidade de um protetor ocular estanque, o dispositivo deverá ser tratado de forma a não embaciar.

Quando se utiliza protetor ocular em combinação com equipamento de proteção respiratória ou outro equipamento de proteção, não pode haver diminuição da proteção. Se esse for o caso, é preciso utilizar outro tipo de equipamento de proteção combinada.

O protetor ocular deve ser de dimensão suficiente para permitir uma visão clara e para se trabalhar de forma segura. Se a pessoa já usa óculos, o protetor ocular deverá ser de dimensão suficiente para que haja espaço para os óculos; caso contrário deverá ser utilizado prote-tor ocular com lentes corretivas.

Óculos de proteção

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOEquipamentos de proteção respiratória

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Há três tipos principais de equipamentos de proteção respiratória:

● Equipamento de proteção respiratória filtrante com resistência à respiração.

● Equipamento de proteção respiratória com ventilação assistida sem resistência à respiração.

● Equipamento de proteção respiratória com fonte de ar. Os equipamentos de proteção respiratória filtrantes limpam o ar atra-vés de um filtro. Há muitos tipos.

O equipamento de proteção respiratória com fonte de ar fornece ar de áreas não contaminadas ou de garrafas. Esse tipo de proteção deve ser utilizada:

● para proteção contra forte contaminação,

● em trabalhos onde se utilizam produtos com códigos altos (código MAL),

● quando se desconhece a composição da contaminação, ou

● quando existe o risco de falta de oxigénio.

Independentemente do tipo, é preciso utilizar o equipamento do início ao final da tarefa.

A utilização de meia máscara ou de máscara completa depende do trabalho a ser realizado. Constate também se é preciso utilizar ócu-los, capacete, protetor auditivo, etc.

O equipamento de proteção respiratória deve ficar bem ajustado à cara. Caso tenha barba, é sempre preciso utilizar equipamento de pro-

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Equipamentos de proteção respiratória

teção respiratória com fonte de ar ou máscara de ventilação assistida.

A vida útil e o grau de proteção do equipamento de proteção respira-tória depende totalmente da observação das recomendações do for-necedor que devem estar em dinamarquês e acompanhar o produto. Nas recomendações deve haver informação sobre como utilizar, con-servar, limpar, manter, reparar e desinfetar o equipamento de prote-ção respiratória.

Limitações da jornada de trabalho

O trabalho com equipamento de proteção respiratória é sempre cansa-tivo. É muito cansativo trabalhar com equipamento de proteção respira-tória com filtro, que sobrecarrega a respiração. Por isso o tempo de uso é limitado, Observe as limitações, pois a circulação (coração) pode ficar sobrecarregada, e pode haver a acumulação de água nos pulmões.

No caso de utilização de equipamento de proteção respiratória sem unidade de ventilação assistida, o tempo máximo de utilização é de três horas. Caso seja necessário trabalhar mais do que três horas, será preciso utilizar equipamento de proteção respiratória com unida-de de ventilação assistida ou equipamento de proteção respiratória com fonte de ar.

É sempre cansativo trabalhar com equipamento de proteção respira-tória, independentemente do tipo, e por isso os períodos de trabalho com esse tipo de equipamento deverão ser limitados, com intervalos adequados. Nesses períodos, pode-se realizar outro tipo de trabalho que não exija a utilização do equipamento.

No caso de trabalho com amianto e produtos com códigos altos, o tempo máximo de trabalho é de 6 horas por dia com equipamento de proteção respiratória com fonte de ar ou ventilação assistida, incluin-do as pausas adequadas. Em trabalhos de demolição o trabalho é re-duzido ainda mais, a até 4 horas incluindo as pausas adequadas.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOEquipamentos de proteção respiratória

Jovens com menos de 18 anos somente poderão trabalhar quatro ho-ras diárias com equipamento de proteção respiratória com fonte de ar, e somente no âmbito de uma formação profissional.

Equipamento de proteção respiratória filtrante

O equipamento de proteção respiratória filtrante é utilizado nos tra-balhos com poeira e aerossóis.

Vantagens:

● Liberdade de movimentos.

● Fácil solução para tarefas isoladas e trabalhos em locais variados.

Desvantagens:

● Não protege de todas as substâncias.

● Vida útil limitada.

● Somente pode ser utilizado três horas por dia, se sobrecarrega a respiração.

O equipamento de proteção respiratória existe sob forma de máscara descartável ou máscara completa e meia-máscara com filtros de par-tículas que podem ser substituídos. Há três tipos de filtros:

● Classe P1 - filtros de proteção limitada contra a poeira. Não devem ser utilizados em valores limite abaixo de 5 mg/m3. Não protegem contra fibras de amianto e pó de sílica.

● Classe P2 - filtros que protegem contra a maioria das poeiras noci-vas. Esses filtros somente oferecem proteção contra partículas sólidas ou partículas sólidas e aerossóis liquefeitos. O filtro que

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Equipamentos de proteção respiratória

atende a norma EN149:2001 oferece proteção tanto contra partí-culas sólidas quanto aerossóis liquefeitos, por exemplo, nuvens de pulverização. Não protege contra bactérias e vírus.

● Classe P3 - filtros que protegem como os filtros da classe P2, mas também contra poeira radioativa, bactérias e vírus.

O filtro de poeira não protege contra gases ou vapores nocivos.

Equipamento de proteção respiratória com filtro de gás

Máscara completa ou meia-máscara com filtro de gás que pode ser substituído. Há vários tipos de filtros, divididos segundo as proprieda-des de absorção gases e vapores:

● Os filtros do tipo A protegem contra terebentina mineral, tolueno, xileno e acetato de butilo e outros vapores de solventes orgânicos com ponto de ebulição de, pelo menos, 65°C.

● Os filtros tipo AX protegem contra vapores de solventes orgânicos com ponto de ebulição até 65°C. Esses filtros devem ser descarta-dos no mesmo dia em que foram utilizados.

Equipamento de proteção respiratória filtrante. Máscara completa

Equipamento de proteção respiratória filtrante. Meia-máscara com filtros gémeos

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOEquipamentos de proteção respiratória

● Os filtros tipo B protegem contra o cloro e ácido cianídrico e outros gases similares.

● Os filtros tipo E protegem contra dióxido de enxofre e gases simila-res.

● Os filtros tipo K protegem contra amoníaco e gases similares.

● Os filtros tipo Hg-P3 protegem contra vapores de mercúrio e partí-culas.

● Os filtros tipo NO-P3 protegem contra gases nitrosos e partículas.

● Os filtros tipo SX protegem contra substâncias especiais.

Os filtros estão disponíveis em várias classes:

● Os filtros na classe 1 são de baixa capacidade.

● Os filtros na classe 2 são de capacidade intermédia.

● Os filtros na classe 3 são de alta capacidade.

Não se deve utilizar equipamento de proteção respiratória com filtros de gás quando o ar contém outros gases ou vapores além daqueles contra os quais o filtro pode proteger. Além disso, o teor dos gases ou vapores no ar não deve também ser superior à capacidade do filtro.

Alguns filtros protegem contra vários tipos de substâncias simulta-neamente.

Caso seja necessária a proteção contra partículas e gases simulta-neamente, será preciso utilizar dois filtros. O filtro de poeira é coloca-do por fora, e o filtro de gás, mais próximo da cara.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Equipamentos de proteção respiratória

Em trabalhos de pintura por pulverização ou similar, é uma boa ideia utilizar um ante-filtro que poderá proteger o filtro de partículas.

Equipamento de proteção respiratória com fonte de ar

Utilize sempre equipamento de proteção respiratória com fonte de ar quando:

1. Constatar falta oxigénio (a concentração de oxigénio é inferior a 17% no ar de inspiração).

2. Há alta concentração de contaminação do ar.

3. A contaminação do ar é desconhecida ou excessiva.

4. Não houver um filtro adequado.

5. A máscara não se ajusta adequadamente.

6. O trabalho levará mais de três horas no total. 7. O trabalho é pesado, e é difícil respirar.

8. A legislação sobre saúde e segurança no local de trabalho exige o seu uso em trabalhos com amianto, estireno ou outras substâncias com código MAL alto.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOEquipamentos de proteção respiratória

Certifique-se sempre de que haja ar limpo fornecido de uma área não contaminada quando utilizar equipamento de proteção respiratória com fonte de ar.

Equipamento de proteção respiratória com ventilação assistida

O equipamento de proteção respiratória com ventilação assistida faz passar o ar por um filtro (equipamento de proteção respiratória filtrante), que é introduzido no interior da máscara/capuz. Isto significa que não há resistência à respiração, e o equipamento de proteção respiratória por-tanto somente pode ser utilizado até 6 ho-ras ao longo de uma jornada de trabalho. O equipamento de proteção respiratória com ventilação assistida somente poderá ser utilizado onde normalmente se poderia usar um equipamento de proteção respiratória filtrante convencional. Portanto, não se pode utilizar quando o código MAL exige um equipamento de proteção res-piratória com fonte de ar como, por exemplo, trabalho com estireno.

É fácil respirar com uma máscara de ventilação assistida e, em geral, também há mais mobilidade do que quando se utiliza um equipamen-to de proteção respiratória com fonte de ar convencional.

Selecione o tipo com a maior capacidade de ar possível. Isso garante que o visor não embacie, e aumenta a proteção da máscara/capuz, pois se cria uma sobrepressão.

Fator de proteção

O fator de proteção descreve até que ponto o equipamento de prote-ção respiratória pode reduzir a concentração de uma substância noci-

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Equipamentos de proteção respiratória

va no ar inspirado. O fator de proteção indicado pelo fornecedor é fi-xado através de medição em laboratório.

Na utilização no local de trabalho, não é possível contar com uma pro-teção da mesma qualidade. A proteção efetiva dependerá de vários fatores, como o grau de ajuste da máscara à cara. Muitas máscaras de poeira não se ajustam totalmente à cara. Por isso não são indica-das para utilização em muitas tarefas no estaleiro. Este é o caso de muitas máscaras descartáveis.

O fator de proteção também pode ser reduzido quando o utilizador tem barba ou usa óculos. A recomendação é utilizar equipamento de proteção respiratória com fonte de ar com capuz com sobrepressão ou ventilação assistida.

Substituição do filtro de partículas (filtro de poeira)

Leia as instruções para uso do fornecedor.

Ao adquirir equipamento de proteção respiratória com ventilação as-sistida, normalmente o produto acompanha um jogo de teste para se utilizar no controlo do filtro. A vida útil do filtro pode ser prolongada com a utilização de um pré-filtro.

Em equipamentos de proteção respiratória convencionas (com resis-tência à respiração) a regra geral é que o filtro deve ser substituído quando se notar um aumento significativo da resistência à respiração.

Substituição do filtro de gás

Leia as instruções para uso do fornecedor.

Um filtro de gás somente pode absorver uma determinada quantida-de de contaminação do ar, e logo perde a eficácia. Por isso é preciso substituir o filtro a tempo.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOEquipamentos de proteção respiratória

Se começar a sentir cheiro de gás, é hora de substituir o filtro, a me-nos que o cheiro se deva a uma máscara mal ajustada. A necessidade de substituição pode ocorrer mesmo que o fornecedor tenha indicado uma vida útil mais longa.

É importante saber se o gás de trabalho tem cheiro.

Os filtro A1 devem ser utilizados como filtros descartáveis em traba-lhos de curta duração (1/2 hora), em baixas concentrações (aprox. 3 x o valor limite).

Quando a vida útil do filtro não estiver indicada, o melhor será utilizar um equipamento de proteção respiratória com fonte de ar.

Marcação

Os filtros de partículas filtros de poeira) tem a marca P1, P2 , P3 e são brancos.

Os filtros que protegem contra partículas sólidas devem ter a marcação "Apenas para utilização contra partículas sólidas" e ter a marcação S.

Os filtros de gás são marcados com o tipo e a classe, e seguem um código de cores:

● Castanho para filtros A

● Cinzento para filtros B

● Amarelo para filtros E

● Verde para filtros K

Os filtros para vários gases diferentes e combinações de partículas e gases tem código de cor para cada tipo específico.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção contra quedas

Sinalização

ÅndedrætsværnKlasse:

Nas áreas de trabalho onde a utilização de equipamento de proteção respiratória é obrigatória, a exigência deve constar de sinalização. A placa deverá fornecer informa-ções sobre o tipo de equipamento de proteção respirató-ria adequado.

As placas são especialmente importantes nos estaleiros, onde várias empresas trabalham simultaneamente, para que os empregados de outras empresas sejam advertidos de que não se permite a entrada em áreas onde o uso de equipamento de proteção respiratória é exigido.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

Quando houver o risco de queda, é preciso tomar as medidas neces-sárias contra a queda. A prevenção poderá ser efetuada, por exemplo, com a montagem de grades de proteção, andaimes, barreiras ou sus-pensão de redes de segurança. Além disso, o trabalho pode ser orga-nizado de outra forma, para que possa ser realizado em dispositivo de elevação pessoal com plataforma de trabalho.

Em trabalhos de curta duração (máximo de 4 horas), ou onde não é possível garantir outro tipo de medida preventiva, pode-se utilizar equipamento de proteção individual como dispositivos de amarração contra quedas.

Quando se utilizam dispositivos de amarração contra quedas, é preci-so seguir as instruções para uso do fornecedor.

● Selecione dispositivos adequados à tarefa.

● Selecione dispositivos que previnam a queda e não que apenas de-tenham a queda.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOProteção contra quedas

● É necessário utilizar amortecedores de queda com os dispositivos de detenção de queda.

● O ponto de ancoragem deve poder absorver uma carga dinâmica de, pelo menos, 10 kN (1000 kg).

● Em caso de uso de dispositivo de detenção de queda, a pessoa que sofre a queda deve poder ser rapidamente resgatada para cima ou para baixo.

Controlo e inspeção

O controlo, inspeção, utilização e conservação dos dispositivos de se-gurança contra quedas devem seguir as recomendações do fornece-dor. Na compra de dispositivos, um manual de instruções de uso em dinamarquês deve acompanhar o produto.

Verifique todos os componentes antes de utilizar o dispositivo - mes-mo que seja totalmente novo: ● Os paraquedas e os sistemas antiquedas devem estar limpos.

● Não deve haver fios rotos, fendas ou desgaste visível.

Descarte imediatamente os dispositivos ou providencie a reparação em caso de avarias que possam interferir nas suas funções. Um dis-positivo que tenha sido utilizado para deter uma queda deverá sem-pre ser substituído.

O dispositivo deve ser inspecionado por pessoa competente ao me-nos uma vez por ano e mais frequentemente, se o dispositivo for utili-zado com frequência. Leia nas instruções para uso se o dispositivo deve ser inspecionado com maior frequência. O dispositivo deverá estar marcado com a data da revisão mais recente.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção contra quedas

Os dispositivos de prevenção de quedas duram mais quando conser-vados limpos, secos e protegidos da luz do sol. Os componentes me-tálicos não devem oxidar. Normalmente, os dispositivos não duram mais do que 5 anos.

Arneses

O objetivo do arnês é apanhar uma pessoa ao cair. É importante que o cabo seja fixado ao arnês de forma que a pessoa que sofre a queda possa ficar pendurada vertical-mente após a queda.

O arnês deve ser ajustado de for-ma a se adaptar ao utilizador, e vestuário folgado sob o arnês não é recomendado.

Quando houver o risco de queda li-vre deve-se usar o cinto-arnês e o amortecedor de quedas.

Utilize o arnês com cabo para bai-xar ou suspender pessoas:

● em trabalhos em recipientes com aberturas estreitas.

● em trabalhos em poços profun-dos ou em silos.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOProteção contra quedas

Cintos de segurança/colete

Se tiver que utilizar as mãos para trabalhar - em tarefas em postes, por exemplo - é uma boa ideia utilizar um cinto de se-gurança que limita a área de trabalho, de forma a não perder o equilíbrio (dispositivo de pre-venção de quedas).

O cinto de segurança não deve ser utilizado onde possa ocorrer uma queda livre. Caso haja peri-go de queda livre, será neces- sário utilizar um cinto-arnês e amortecedor de quedas.

Cabos

Os cabos ligam o arnês à outra parte do equipamento de segu-rança contra quedas, e devem ser feitos de corda sintética, cabo de aço ou corda.

O cabo deverá ser o mais curto possível - incluindo o amortece-dor de quedas, os elementos de conexão, etc.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção contra quedas

Linha de ancoragem

A linha de ancoragem é um cabo de aço (ver ilustração na página an-tecedente) presa a suportes. Há conexões à linha de ancoragem que podem passar por sobre os suportes. Caso não seja possível utilizar esse sistema, pode-se usar duas linhas curtas com um mosquetão, para que se possa prender uma delas antes de se soltar a outra, caso seja necessário ultrapassar um suporte. Os suportes e os cabos utili-zados em sistema de proteção contra quedas normalmente são subs-tituídos quando tenham sido sujeitos a sobrecarga.

Talhas

Uma talha automática mantém o cabo estirado durante o trabalho.

Normalmente, as talhas devem ser posicionadas acima da cabeça da pessoa, mas alguns tipos/modelos, são utilizados em telhados pla-nos, caso sejam observadas as recomendações do fornecedor.

Amortecedores de queda

O amortecedor de queda reduz a força do impacto ao absorver uma parte da energia da queda, de forma que a paragem não seja demasia-do brusca.

Os amortecedores de queda podem ser, por exemplo, um cabo com amortecedor de queda incorporado, ou alguma outra forma de absor-ção da energia.

Em sistemas de prevenção de quedas, deverá sempre haver amorte-cedores. Os arneses e cabos não podem ser utilizados isoladamente.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOProteção contra quedas

Elemento de conexão - gato de mola, por exemplo

Os componentes individuais do dispositivo são geralmente ligados com um mosquetão ou um outro elemento de conexão. Devem ser do tipo de fecho automático, e que podem ser bloqueados - manual ou automaticamente.

É importante que se opere com uma só mão, e que possa ser aberto com, no máximo, dois movimentos. Não utilize o bloqueio manual caso deva abrir e fechar várias vezes ao longo de uma jornada de trabalho.

Utilize sempre um ponto de ancoragem adequado para o dispositivo antiqueda. Não utilize tubagens, radiadores ou similares, pois são im-próprios para a ancoragem.

O ponto de ancoragem deve poder aguentar a carga resultante da queda de uma pessoa. Isso corresponde a uma carga de 10 kN (1.000 kg). O cabo, o guia, etc. não podem se soltar do ponto de ancoragem.

O ponto de ancoragem deverá estar localizado acima do local de tra-balho e não muito distante. Isso garante que a queda livre seja curta.

Sinalização

Faldsikringpåbudt

Se o sistema de segurança utilizado for coletivo, com su-portes e cabos, a área de trabalho deverá ser sinalizada.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Vestuário de proteção

VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO

Beskyttelsesdragtpåbudt

O vestuário de proteção consiste em protetores de bra-ços, fatos-macaco ou similares, que protegem contra substâncias químicas ou o frio.

Caso o fato-macaco tenha que proteger contra substân-cias químicas, é preciso saber quanto tempo leva para a

substância penetrar na vestimenta - tempo de penetração. Isso de-termina quanto tempo a vestimenta pode ser usada. Consulte o tempo de penetração do fato-macaco ou as etiquetas. Ou pergunte ao fornecedor.

Observe que o fato ma-caco deverá proteger contra várias exposi-ções simultaneamen-te: substâncias quími-cas, temperatura, desgaste, etc.

Ao se usar uma motos-serra, as calças devem ter reforço resistente a cortes, que protegem a parte dianteira das per-nas de forma eficaz.

Em situação de frio ou correntes de ar, o vestuário deverá ser térmico, pois assegura uma temperatura relativamente constante no interior do fato-macaco.

Em calor extremo, pode-se utilizar vestuário de tecido metalizado. An-tes de utilizar as o vestuário de proteção, é importante verificar se está intacta.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOLuvas

Caso seja necessário trabalhar em áreas de circulação, ou outros lu-gares onde é importante ser visto, deve-se utilizar vestuário com si-nalização (consulte a seção sobre trabalho em estradas).

LUVAS

Hudbeskyttelsepåbudt

O contato direto com substâncias nocivas pode causar eczema de contato. Os ácidos, bases, solventes, produ-tos de limpeza e óleo de maquinação são algumas das substâncias que irritam a pele com maior frequência. O cromato, os produtos de epóxi, os conservantes e o ní-quel produzem alergias e, alguns, até o cancro da pele.

Proteja a pela da seguinte forma:

● Evite utilizar substâncias que irritam a pele ou provocam alergias. Quando for tecnicamente possível, selecione as substâncias que produzem menos irritação.

● Evite que a pele entre em contato direto com substâncias nocivas e com vestuário de trabalho que esteja contaminado ou completa-mente molhado.

● Evite sabonete e cremes com aditivos desnecessários como perfume, por exemplo. Selecione produtos com rotulagem informativa completa.

● Não limpe nem lave as mãos em produtos mais fortes do que o ne-cessário e evite mantê-las na água durante muito tempo.

● Antes de iniciar o trabalho, remova o relógio, anéis e jóias.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Luvas

Cuidados com a pele

A pele seca e maltratada deve ser tratada com creme. Isso torna a pele macia, até que a função própria da pele seja restabelecida.

Utilize creme com poucos aditivos, e evite cremes com desinfetantes, pois não são necessários no local de trabalho convencional.

Os cremes protetivos, também chamados "luvas químicas" ou creme de tratamento da pele não podem substituir as luvas ou outras medi-das de segurança.

Escolha das luvas

Consulte o fornecedor sobre o tipo de luvas mais adequado ao traba-lho que deverá ser realizado.

É responsabilidade do empregador assegurar que as luvas de tipo adequado possam sem utilizadas desde o início das tarefas.

É importante, por exemplo, que as luvas sejam do tamanho correto. Luvas demasiado pequenas dificultam a circulação e isso diminui a sua capacidade de isolar contra o frio ou o calor.

Para absorver a humidade, pode-se utilizar luvas interiores de algo-dão.

Proteção contra as substâncias químicas

As luvas de proteção apenas conseguem proteger das substâncias químicas durante um período determinado de tempo, até que a subs-tância penetre pela luva. Esse período é denominado tempo de pene-tração. Observe que o período começa no momento em que a luva entra em contato com a substância - mesmo quando, aparentemen-te, a luva não está suja nem contaminada.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOCalçados de segurança

Um tipo de luvas pode ter excelente propriedade protetora contra uma substância, mas não necessariamente contra outra semelhante.

Observe que as misturas de substâncias químicas podem ter outras propriedades além daquelas que se espera de cada uma da substân-cias individualmente.

Uso perigoso de luvas

Em algumas situações, pode ser arriscado utilizar luvas. É o caso dos trabalhos com ferramentas rotativas, em que as ferramentas podem prender a luva e puxar a mão para o interior do mecanismo.

CALÇADOS DE SEGURANÇA

Værnefodtøjpåbudt

Utilize calçados ou botas com biqueiras de aço caso haja o risco de prender ou ferir o pé com objetos que possam cair. Esse é o caso de trabalhos com peças pesadas ou de difícil manuseio, isto é, com peso entre 16-20 kg.

O uso de biqueiras de aço é recomendado nos trabalhos de:

● Lingagem.

● Trabalho de montagem e desmontagem de elementos pré-fabrica-dos de betão, painéis e caixas, placas de gesso ou painéis elétricos.

● Manuseio de materiais de esgotos, poços, condutas de calor, blo-cos de Leca, chapas de telhado, portas, janelas, elementos pré-fa-bricados de cozinhas, eletrodomésticos, lavatórios, sanitas, ba-nheiras, radiadores, caldeiras para instalações de aquecimento a óleo e tanques de água quente.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Calçados de segurança

● Montagem e retirada de andaimes.

● Pavimentação de lancil e passeios.

Os calçados com sola de proteção devem ser utilizados quando há risco de pisar em extremidades afiadas como pregos, cacos de vidro, etc.

No setor da construção civil normalmente é necessária uma combina-ção de biqueira de aço e sola de proteção.

Normalmente, é preciso selecionar o calçado conforme as condições do local de trabalho. O loca é frio ou húmido, e a superfície é irregular, dura ou escorregadia?

Também há diferença, dependendo de como se realiza o trabalho: em circulação ou parado, em pé.

Isto significa, que é melhor utilizar calçados com sola que possa ab-sorver os choques, e calçados que se ajustem bem, quando se traba-lha em superfície irregular, como é muitas vezes o caso nos estaleiros.

Os calçados de segurança também devem ser adaptados a cada em-pregado e às suas necessidades. O sapato ou a bota deve ficar ajus-tado e ter uma boa forma. Isso é muito importante, principalmente no caso dos calçados com biqueira de aço, que não assumem a forma do pé.

Por isso, é bom que o empregado tenha a possibilidade de selecionar entre diferentes tipos de calçado, e que possa trocar, dependendo da tarefa a ser executada.

Em trabalhos em escadas, armações e outro tipo de base, ou em tra-balho em estradas, onde se caminha muito, é preciso utilizar calçados com uma sola muito flexível e com o tacão independente.

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6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOObservações

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O Manual é publicado pela Organização setorial da construção civil da Dinamarca

e pode ser obtido através da editora Erhvervsskolernes Forlag, tel. +45 63 15 17 00

ou no sítio www.at.dk

A publicação também pode ser obtida gratuitamente no sítio www.bar-ba.dk.

Em caso de dúvidas sobre o Manual, entre em contato com

BAR Bygge & Anlæg pelo tel. 36 14 14 00 or por correio eletrónico: [email protected]

LEGISLAÇÃO SOBRE A SAÚDE E SEGURAN-ÇA NO LOCAL DE TRABALHO

EXPOSIÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO

TÉCNICA

CONFIGURAÇÃO DO ESTALEIRO

PROCESSOS DE TRABALHO

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO

MA

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