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  • 8/16/2019 Manual de Projetos Culturais

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    Manual de apoio à elaboração de projetos culturaisUm projeto tem como objetivo transformar idéias e aspirações em ações concretas que possamaproveitar oportunidades, solucionar problemas, atender a necessidades ou satisfazer desejos.

    Para isso, deve apresentar um conjunto de atividades proramadas para acontecer num determinadoper!odo de tempo, com objetivos precisos, estratéias consistentes e indicadores coerentes paraavaliar os resultados alcançados.

     " realização de um espet#culo musical, a montaem de uma peça de teatro, a publicação de um livroou a ravação de um filme são projetos culturais t!picos. Porém, não são apenas as atividadesliadas à produção que definem um projeto cultural. "tividades que visam arantir o acesso e ampliar as pr#ticas culturais da população também podem ser consideradas projetos em si, ou podemcomplementar projetos de produção. $estes casos, por sua natureza, confiuram%se como projetosde democratização cultural.Etapas para a elaboração de um projeto cultural

    & ponto de partida para elaborar um projeto de democratização cultural é a identificação de umademanda ou oportunidade. " partir delas é que se estrutura o plano de ação. 'sse processo pode ser 

    facilitado e obter maior sucesso se for dividido em etapas. (ada etapa deve responder a questõesespec!ficas.

     "bai)o seue um roteiro que pode ajud#%lo na elaboração de um projeto, com e)emplos voltados àdemocratização cultural.

    1. Título

    *odo projeto deve ter um t!tulo que seja capaz de dar uma idéia concisa e clara da sua proposta. Umbom t!tulo orienta a construção do projeto. Porém, ele pode ser atualizado quando o projeto forconclu!do para que incorpore as mudanças e aprimoramentos que possam ter sido realizados aolono do processo.

    2. Descrição e Justificativa

    +eralmente, inicia%se um projeto respondendo à seuinte questão

    Por que o projeto deve ser implementado-

    'sse item deve esclarecer que o projeto responde a uma determinada demanda percebida eidentificada pela pessoa, comunidade ou entidade que o empreende.

     " suestão é apresentar um dianstico que re/na elementos capazes de enfatizar a relev0nciadessa demanda, tais como dados sobre a reião e a população atendida, suas necessidades

    sociais, a acessibilidade a atividades culturais, os antecedentes e outros esforços j# implementados.

     "s peruntas abai)o também podem ajudar a elaborar essa etapa• 1ual a import0ncia dessa demanda2questão para a comunidade-

    • 1ue benef!cios serão alcançados pelo p/blico%alvo do projeto-

    'm um projeto de democratização cultural, a demanda eralmente est# na bai)a incid3ncia depr#ticas culturais entre a população, o que se mede pela escassez de equipamentos 4teatros,cinemas, museus etc.5, pela bai)a acessibilidade a eles, pela oferta restrita de opções culturais nareião, ou, simplesmente, pela falta de con6ecimento e informação a respeito das opções alipresentes.

    3. Objetivos

     "o se especificar o objetivo de um projeto, deve%se buscar respostas para as questões para que-e para quem-

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    &s objetivos devem ser formulados visando especificar aquilo que se quer atinir a partir darealização do projeto, apresentando soluções para uma demanda ou respondendo a umaoportunidade.

    &s objetivos podem ser classificados em dois n!veis• Objetivo geral corresponde ao produto final pretendido pelo projeto.

    7eve e)pressar o que se quer alcançar no lono prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duraçãodo projeto. & projeto não pode ser visto como fim em si mesmo, mas como um meio para alcançar

    um fim maior.• Objetivos específicos correspondem às ações que se propõe e)ecutar 

    e aos resultados esperados até o final do projeto.

    Um projeto de democratização cultural tem por objetivo, no lono prazo, a formação de indiv!duos %crianças, jovens e2ou adultos % mais aptos para a vida e para a construção de uma nova realidade.8eus objetivos espec!ficos se concentram na realização das atividades propostas como meio paraessa finalidade maior. "luns e)emplos são a realização de uma oficina de artes, a viabilização doacesso de uma determinada população a um espet#culo de dança, a capacitação de professorespara atuarem como mediadores, entre muitos outros.

    !. "etas

     "s metas detal6am os objetivos espec!ficos do projeto. $esse sentido, devem ser concretas,e)pressando quantidades e qualidades que permitam avaliar, posteriormente, a efetividade doprojeto.

    Uma meta dimensionada de maneira coerente ajuda a definir os indicadores que permitirão, ao finaldo projeto, evidenciar o alcance da atuação. 'm um projeto de democratização cultural, as metaspodem definir, por e)emplo, qual setor da população ser# atendido, quantas pessoas serãobeneficiadas, por quanto tempo cada pessoa estar# envolvida nas atividades, com que rau departicipação, entre outros.

    #. "etodologia

     " metodoloia de um projeto deve responder basicamente à seuinte questão

    Como o projeto vai alcançar seus objetivos? $esse sentido, deve descrever as estratéias e técnicasque serão empreadas.

    'm projetos de democratização cultural, v#rias estratéias podem ser adotadas, dentre elas• ')ibição, circulação, difusão e distribuição cultural oferecer, facilitar e qualificar a fruição

    art!stica pelo p/blico beneficiado.

    • Pr#ticas culturais e sensibilização2educação art!stica vivenciar o fazer art!stico, seja por meiode oficinas, cursos ou outras atividades de car#ter educativo.

    • 9ormação art!stica e capacitação de mediadores formação e2ou profissionalização de futurosartistas, mediadores ou arte%educadores.

     "lém disso, a metodoloia pode descrever de que maneira ser# a interação com o p/blicobeneficiado e como ser# a estão do projeto.

    $. %ro&ograma

    & desenvolvimento do cronorama deve responder à perunta quando?*odo projeto possui um prazo determinado para acontecer e apresenta alumas ações que sealternam ou se coordenam nesse per!odo. " elaboração do cronorama visa oranizar essasatividades em uma seq:3ncia lica e coerente que permita alcançar os resultados no prazo

    determinado.'. Orçame&to

     " elaboração de um orçamento deve permitir a previsão e o controle dos astos que o projeto ter#.

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    $essa perspectiva, responde à questão quanto?

    & orçamento deve servir como um resumo financeiro do projeto no qual se indica quanto ser# astopara sua realização e como. ; uma ferramenta importante na estão do projeto para oacompan6amento das despesas previstas e realizadas.

    +eralmente, arupam%se os custos em blocos de despesas material de consumo< administração<equipe< serviços de terceiros< cac63s< aluuel de espaço e equipamentos< alimentação e

    6ospedaem< transporte< divulação< instalações e infra%estrutura, entre outros. =sso facilita aoranização e o controle dos astos.

    (. "e&suração de resultados

    Um projeto coerente é aquele que estabelece indicadores para medir seus resultados. &sindicadores podem ser

    • )ua&titativos consolidam n/meros para avaliar o cumprimento das metas estabelecidas, ae)emplo do n/mero de comunidades atendidas, atividades realizadas, ou p/blico dos espet#culos.Podem ser obtidos por meio da contabilização do n/mero de pessoas beneficiadas, por e)emplo.

    • )ualitativos trazem uma an#lise em profundidade sobre alum aspecto, como a

    metodoloia empreada, os conte/dos de uma atividade, entre outros. *ais dados podem ser obtidospor meio de pesquisas de opinião, entrevistas, question#rios de avaliação etc.

    =ndependentemente de serem qualitativos ou quantitativos, os indicadores devem sinalizar se asmetas foram atinidas, além de permitir avaliar se a estratéia empreada foi bem sucedida,sinalizando quais pontos podem ser aprimorados.

    *rojetos suste&t+veis

    Para que um projeto seja sustent#vel, ou seja, aconteça da forma como foi planejado e atinja seusobjetivos e metas, é preciso atentar aos seuintes aspectos

    • *osicio&ame&to deve%se definir, com uma proposta clara, qual o foco de atuação do projeto.Um projeto com uma missão bem definida evita, desde o planejamento, crises provocadas peladispersão de esforços.

    • ,tuação deve%se buscar sempre uma atuação de qualidade. *odos os detal6es devem serplanejados para que o projeto ocorra da mel6or forma poss!vel, sem imprevistos ou fal6as quepossam erar uma m# e)peri3ncia do p/blico participante.

    • %omu&icação o projeto deve ser con6ecido pelos p/blicos que se quer atinir. 7e nadaadianta uma ação e)emplar se o p/blico não fica sabendo da sua realização.

    • E-uipe deve%se contar com um n/mero suficiente de pessoas para a realização dasatividades, com qualificação e remuneração adequadas. "lém dos prprios protaonistas da ação, énecess#rio pensar quem serão os respons#veis pela produção, comunicação,controle financeiro e do cronorama etc.

    • ecursos a sustentação econ>mica do projeto deve ser baseada no planejamento para aobtenção de recursos junto às diferentes fontes de recursos dispon!veis. 7iscutiremos a seuir asfontes de financiamento e)istentes.

    %aptação de recursos

    8eundo ?osana @isilA, Brecursos são todos os bens, insumos e serviços utilizados na realização dasatividades do projeto. 'quipamentos, suprimentos, sal#rios da equipe, benef!cios trabal6istas dosfuncion#rios, viaens, consultores e)ternos etcC.

    (aptar sinifica reunir todos os tipos de recursos necess#rios para viabilizar o projeto verba,produtos, serviços, trabal6os volunt#rios, entre outros.

    ?efer3nciaD @=8=E, ?. 'laboração de projetos e propostas para oranizações da sociedade civil. 8ão Paulo +lobal, FGGH.

    /o&tes de captação de recursos

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    Uma das maiores preocupações dos estores de projetos culturais normalmente é sobre como eonde captar recursos. & primeiro passo é entender e identificar quais são as poss!veis fontes derecursos dispon!veis para projetos culturais. & ideal é combinar diversas fontes, evitando que seuprojeto dependa de apenas uma delas. 8eue aqui um descritivo das principais fontes a serembuscadas.

    1. 0over&o

    & investimento do poder p/blico em cultura pode ser feito pela inst0ncia federal, estadual oumunicipal. (ada uma delas tem mecanismos prprios de atuação.

    •  " forma mais simples de o overno investir em cultura é quando ele mesmo abre umconcurso ou edital para inscrição de projetos e premia aqueles que obt3m mel6or avaliação comdestinação direta de recursos. $esses casos, o overno tem a c6ance de estabelecer, j# noconcurso, os critérios de avaliação que jula mais importantes e, assim, direcionar o investimentopara o interesse p/blico. 9ique sempre atento a concursos e editais. 'les costumam ser divuladosnos randes jornais, mas voc3 também pode pesquisar no site do Ministério da (ultura e nos sitesdas secretarias de cultura do estado e do munic!pio onde voc3 est#.

    • &utra forma de investimento overnamental bastante comum é a formação de conv3nios comoranizações da sociedade civil. =sso acontece quando o poder p/blico entende que alumaoranização civil é capaz de e)ercer determinada função ou e)ecutar determinada ação de interessecoletivo. 'ntão, ele repassa verba a essa oranização para que ela realize o trabal6o. Para formarum conv3nio, voc3 precisa pertencer a uma oranização e deve procurar os rãos p/blicos do seumunic!pio, tais como a 8ecretaria de (ultura, a de 'ducação e o (onsel6o *utelar.

    •  " terceira forma de investimento p/blico em cultura se d# por meio das leis de incentivo.*rata%se de uma leislação que permite a pessoas f!sicas e jur!dicas repassar um percentual de seuimposto devido a projetos culturais que juluem interessantes. "ssim, parte do que seria pao aooverno é destinado diretamente aos projetos, sem intermediação.

     " lei de incentivo de maior amplitude no Pa!s é a Eei 9ederal de =ncentivo à (ultura ou Eei ?ouanet4HIIH5. 'ssa lei permite que as empresas financiem até HGGJ do valor dos projetos selecionados,com até KJ do imposto de renda devido à União. $o entanto, a fim de arantir a qualidade dosprojetos beneficiados, s podem receber esses recursos projetos previamente aprovados por umacomissão técnica institu!da pelo Ministério da (ultura.

    Para isso, o primeiro passo é inscrev3%lo nos proramas de incentivo dispon!veis e obter autorizaçãopara captação 4informe%se a respeito nos sites do Ministério da (ultura e das secretarias municipal eestadual de onde estiver localizado5. & seundo passo é apresentar o projeto para pessoas f!sicas e jur!dicas que possam repassar ao projeto parte do imposto devido.

    2. &divíduos

    Uma fonte poss!vel de captação de recursos são os prprios indiv!duos. 8eundo pesquisa realizadaem HIII, LGJ da população adulta no rasil faz doações individuais a instituições e projetos queconsidera relevantes 4FHJ doa din6eiro e FIJ doa apenas bens, em sua maioria alimentos5A. Umoutro estudo nos mostra que, no mundo, em média HKJ da verba total de uma oranização sem finslucrativos provém de doações individuaisAA.

     "ssim, o contribuinte individual é um doador importante. 8ua motivação est# relacionada à missão doprojeto, à causa que ele defende. Muitas pessoas doam apenas quando solicitadas< outras doamanualmente< 6# ainda quem doe 6eranças e patrim>nios inteiros.

    & importante, para conseuir doadores, é encontrar pessoas que se identifiquem com a causa doprojeto e convenc3%las de que se trata de um bom projeto. Nalorize e aradeça cada doação,mostrando ao doador que ele é um importante parceiro nas ações. 7ivulue metas e resultados,mostrando que o din6eiro foi bem aplicado e qual foi o retorno do investimento. "ssim, ele ter#motivação para investir novamente. ', por fim, peça para os investidores fiéis ajudarem a obternovos doadores. & testemun6o deles vale muito.

    http://www.cultura.gov.br/http://www.cultura.gov.br/

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    ?efer3nciasA E"$7=M, E.< 8("E&$, M. (. 7oações e trabal6o volunt#rio no rasil % uma pesquisa. ?io de Oaneiro 'd. Eetras, FGGG.AA 8"E"M&$, Eester e outros. +lobal (ivi l 8ocietQ dimensions of t6e nonprofit sector. altimore Oo6ns RopSins (enter for (ivil8ocietQ 8tudies. HII.

     " captação com indiv!duos também pode ser dar por meio de eventos e apresentações p/blicas emque as pessoas compram um inresso para assistir a um espet#culo ou participar de uma festapromovida pelo projeto ou instituição. $esse caso, lembre%se sempre que a democratização cultural

    est# associada à ratuidade. 8e for necess#rio cobrar inressos, pratique preços acess!veis ao seup/blico.

    3. /u&daçes e ag&cias

    ')istem no mundo alumas oranizações cujo objetivo é distribuir recursos para projetos einstituições que considerem importantes. 'las apiam ações buscando erar resultados e benef!ciosp/blicos. & financiamento é feito normalmente durante um per!odo determinado 4eralmente de um atr3s anos5. 'spera%se que, nesse per!odo, a entidade ou projeto apoiado encontre outras formas dese manter, tornando%se auto%sustent#vel.

    ')istem tr3s tipos de fundações as de empresas, as de fam!lias e as de comunidades. O# asa3ncias internacionais normalmente são respons#veis por destinar recursos de pa!ses maisdesenvolvidos para aqueles em processo de desenvolvimento. $esse caso, interessamespecialmente as &$+s e rupos de interesse 4tais como sindicatos internacionais ou associações5que destinam recursos a projetos comunit#rios menores em pa!ses em desenvolvimento.$ormalmente, a3ncias e fundações atuam em torno de uma causa espec!fica e em uma reiãodeterminada. "ntes de procur#%las, cabe descobrir se

    • R# alin6amento entre essa causa e a missão do seu projeto

    •  " reião foco de atuação desta oranização é a reião onde o seu projeto ou instituição est#localizado

    •  " oranização apenas realiza projetos prprios ou se também destina recursos a iniciativas

    de terceiros!. 0eração de re&da pr4pria " eração de renda prpria é também uma das formas comuns de obtenção de recursos. 'la podeser implementada com a oferta de produtos e serviços oferecidos pela oranização. ons e)emplossão a venda de camisetas e brindes do projeto, artesanato, comida ou, ainda, por meio de cursos eoutros serviços que possam ser oferecidos. (onv3nios com +overno por meio dos quais a instituiçãoou &$+ fornece um serviço que é contratado pelo poder p/blico também são considerados umaforma de eração de renda prpria.

     " rande vantaem é a autonomia com recursos prprios não é necess#rio depender de terceiros. &importante, nesse caso, é ter bons produtos e serviços que possam ser oferecidos. & risco é 6averuma distorção na missão do projeto. +erar renda prpria não deve se tornar o objetivo principal doprojeto, mas contribuir para que se atinjam os objetivos oriinais.

    #. *arcerias e articulaçesUma das fontes de captação mais simples e eficientes são as parcerias. Para realizar um projeto,não é preciso fazer tudo sozin6o e nem criar soluções que j# e)istem. Pode%se contatar pessoas eoranizações que au)iliem nesse processo.

    & primeiro passo é buscar parcerias nas localidades onde o projeto acontece. =dentifique pessoas ouoranizações que

    • *en6am objetivos semel6antes aos do seu projeto

    • *en6am p/bicos semel6antes aos do seu projeto

    • &cupem espaços pr)imos ou similares aos do seu projetoProcure essas pessoas. 7iscuta com elas os problemas que tem enfrentado e propon6a açõesconjuntas que beneficiem as duas partes. " palavra de ordem aqui é cooperação. $uma parceria, aidéia é que todas as partes saiam an6ando.

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    Um passo um pouco mais ambicioso é buscar oranizações que desenvolvam randes projetos namesma #rea do seu, ainda que não atuem na sua reião. 'ssa busca pode ser feita de v#riasmaneiras a partir de relacionamentos com outras pessoas 4contatos com rãos p/blicos e &$+s,por e)emplo5, participação em eventos importantes da sua #rea de atuação, busca em sitesespecializados, participação em fruns na internet etc.

    *em sido comum as oranizações se articularem em torno daquilo que se c6ama rede. 9alamos em

    rede porque diferentes oranizações se conectam em torno de objetivos comuns, entrelaçando%se.'ssas articulações servem para trocar informações, compartil6ar e)peri3ncias e atuar na buscaconjunta de soluções para problemas sociais de 0mbito local, nacional ou lobal.

    (om o desenvolvimento tecnolico e a possibilidade de comunicação via internet, as redesan6aram força. "proveite a c6ance e os benef!cios de se comunicar com pessoas que fazem amesma coisa que voc3 em qualquer luar do Pa!s e do mundoT

    $. *atrocí&ios empresariais

    &utra fonte de captação bastante comum é o patroc!nio empresarial. Muitas empresas patrocinam

    projetos, por meio de financiamento direto ou de permuta.Permuta é uma forma de apoio em que a empresa não fornece din6eiro, mas sim produtos ouserviços em troca de visibilidade para a sua marca no projeto. Uma tecelaem, por e)emplo, podeoferecer tecidos para o fiurino de uma peça e, como contrapartida, ter seu nome no material dedivulação. &u uma r#fica, que oferece a impressão de convites em troca de ter sua marca e)ibidaao lado do palco em uma apresentação de m/sica.

    9inanciamento direto é quando a empresa investe din6eiro no projeto e o realizador pode eri%loconforme o planejado, comprando de terceiros os produtos e serviços necess#rios. & financiamentodireto também se d# em troca de visibilidade para a marca e outras contrapartidas que podem seracordadas entre as partes.

    & patroc!nio empresarial pode ser feito com recursos prprios 4quando a empresa destina parte deseu orçamento ao apoio de projetos5 ou incentivados 4quando os recursos são provenientes de partedo imposto devido, o que é viabilizado pelas leis de incentivo5. Para a destinação de recursosincentivados é necess#rio que o projeto ten6a sido autorizado a captar recursos pelo +overno.

    /atores valori5ados pelas empresas &a escol6a de projetos

     "bai)o seuem alumas peruntas que podem ajud#%lo a preparar seu projeto para a apresentaçãoa uma empresa, destacando pontos relevantes para os patrocinadores.

    %omo o meu projeto pode ajudar a co&struir uma reputação cidadã para a marca da empresa7

    Uma série de fatores de mercado tem levado as empresas a buscar a associação de suas marcas aações de interesse p/blico.

    & primeiro deles é a necessidade de encontrar formas de comunicação que c6amem atenção emmeio à en)urrada de informações que as pessoas recebem todos os dias pela *N, internet, r#dio,meios impressos etc. & outro é a preocupação cada vez maior que as empresas t3m para com obem da sociedade.

    & patroc!nio a ações de interesse coletivo 4como projetos culturais e sociais5 que associem umaempresa a uma postura ética e participativa na sociedade é uma forma de comunicação quediferencia a marca e ajuda a construir uma reputação cidadã. 'nfatize sempre essas caracter!sticasno seu projeto.

    *or -ue o i&vestime&to em cultura ser+ um ca&al difere&ciado para o meu patroci&ador7

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    Por mais que o investimento em cultura seja crescente e muitas empresas estejam começando apratic#%lo, a iniciativa ainda é surpreendente e vista como positiva pela população. "lém disso, oinvestimento em cultura normalmente é associado a uma série de qualidades que nem sempre asempresas conseuem transmitir com a propaanda responsabilidade social, e)cel3ncia, emoção,beleza etc.

    Um projeto ser# sempre mais interessante para uma empresa se for inovador, pois aumenta o raude diferenciação do patroc!nio. Nalorize os diferenciais e as caracter!sticas de inovação do seu

    projeto.

    *or -ue o patrocí&io ao meu projeto 8 um ca&al de comu&icação mais efetivo para a empresa9falar: com seus p;blicos7

    1uando uma empresa escol6e um projeto a ser patrocinado, est# sempre atenta ao p/blico quepoder# ser atinido com essa ação, seja diretamente ou por meio das ações de comunicação. & quea empresa busca não é BfalarC com todos os p/blicos poss!veis, mas com sementos espec!ficos quea interessam. & importante é que 6aja uma apro)imação real da marca com esse seuimento dep/blico.

    7essa maneira, a empresa sempre analisar# o projeto em relação ao potencial que ele oferece paraerar oportunidades de relacionamento e comunicação com p/blicos de interesse 4funcion#rios,clientes, consumidores, comunidade do entorno etc.5. Uma f#brica, por e)emplo, pode querer falarcom as pessoas que vivem nas suas pro)imidades. $esse sentido, um projeto que atenda a essacomunidade por meio de atividades culturais passa a ser interessante para ela. O# uma outraempresa pode querer falar com pessoas que valorizam a ação cultural, mas que não sãobeneficiadas diretamente por ela % um rupo de artistas ou a imprensa, por e)emplo. $esse caso,utilizam%se as ações que comunicam o projeto para atinir essas pessoas.

    1uando for apresentar seu projeto para uma empresa, destaque com quais p/blicos ela serelacionar# diretamente e apresente quais serão as ações e peças de comunicação realizadas e paraquais p/blicos serão diriidas.

    $a formatação do projeto para apresentar a uma empresa, procure ser objetivo e sintético. =lustre aapresentação com imaens e insira a marca de seu potencial patrocinador.

    Utilize um roteiro lico, como aquele apresentado no cap!tulo anterior, procurando enfatizar ospontos de maior relev0ncia para a tomada de decisão da empresa./i-ue ate&toH. "o comportamento das empresas com relação aos patroc!nios. Muitas empresas j# investemem cultura e alumas determinam um foco para esse investimento. "nalise o foco e veja se seuprojeto est# alin6ado a ele. 8e não 6ouver alin6amento, procure outras empresas. & ajuste entre osobjetivos do projeto e os objetivos da empresa é fundamental.

    F. s matérias que saem na m!dia sobre a empresa. 1uanto mais informações for poss!vel

    reunir, mais c6ances voc3 tem de avaliar se seu projeto est# adequado ou não a essa empresa.V. "os processos adotados para a seleção de projetos pela empresa

    o

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    descartada por c6ear uma semana atrasada.

    'm eral, o mel6or per!odo de abordaem às empresas é no seundo semestre do ano, por volta dom3s de setembro, quando estão sendo definidos os investimentos do ano seuinte.

    %o&trapartidas

    1uando levar um projeto a uma empresa, é fundamental apresentar um plano de contrapartidas.

    (ontrapartida é aquilo que o projeto oferece à empresa em troca do patroc!nio. "s contrapartidas vãodesde a e)posição da marca em materiais de comunicação até uma cota de inressos para asapresentações, ou um espaço e)clusivo para venda de produtos em um evento.

    & rande objetivo de um plano de contrapartidas é apresentar ao patrocinador a visibilidade e asoportunidades de comunicação e relacionamento que o projeto pode oferecer a ele. Para isso, o idealé identificar e avaliar todas as ações e peças de comunicação em que o nome do patrocinadorpoder# aparecer, assim como as possibilidades que ele ter# de se beneficiar a partir do projetopatrocinado, seja convidando clientes e funcion#rios para a participação, seja promovendo parte doevento dentro da empresa e assim por diante. " marca sempre deve estar em destaque para que opatrocinador se sinta atra!do pela contrapartida.

    Um conjunto de contrapartidas deve estar sempre associado a uma cota de patroc!nio.

    *la&o de cotas

    Uma das peruntas que voc3 pode ouvir na apresentação de seu projeto a uma empresa é quais sãoas cotas de patroc!nio previstas e quais os valores e contrapartidas previstos em cada uma delas.

    O -ue 8 uma cota de patrocí&io7

    1uando um projeto pretende ter mais de um patrocinador, é preciso reulamentar a participação quecada um deles ter# no projeto. =sso deve ser diretamente proporcional ao valor do patroc!nio quantomaiores os recursos disponibilizados, maiores devem ser as contrapartidas. Marcas que investemmais devem ter benef!cios maiores.

     " delimitação e a valoração de um conjunto de contrapartidas compõem o que se c6ama de cota depatroc!nio.(ostuma ser uma rande preocupação das empresas que, loo na propostade patroc!nio, fique claro qual o montante que devem investir e as alternativas poss!veis para osbenef!cios.

     "s cotas devem ser adequadas ao porte da empresa e ao rau de interesse dela no patroc!nio. "lumas delas, por e)emplo, sempre e)iem ser as patrocinadoras principais de um projeto. "ntesde fazer uma abordaem, procure descobrir como a empresa se comporta em relação ao patroc!nio.

    $ão se deve mostrar todas as opções de cotas, mas sim a cota que seja a mais adequada àquelaempresa.

    *er um bom plano de cotas também ajuda os realizadores. 7e in!cio, permite que se planeje on/mero de patrocinadores necess#rios para a e)ecução do projeto. +arante também que o projetonão dependa de um /nico patrocinador caso alum desista, e)istem outros patrocinadores e,eventualmente, voc3 poder# até revender a cota abandonada.

    Para montar seu plano, faça contas e simulações até c6ear à mel6or definição.

    *ergu&tas -ue podem orie&tar a elaboração de um pla&o de cotas

    8er# que uma /nica marca pode investir todo o montante necess#rio ao projeto ou énecess#rio mais de um patrocinador-

    • 1uantos patrocinadores são necess#rios-

    • 1uanto cada patrocinador precisa investir-

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    • 7entre os poss!veis patrocinadores, alum tem maior poder de investimento- 1uanto elepoderia investir-

    • Para cada cota criada, quais as contrapartidas que podem ser oferecidas-

    • (omo diferenciar na comunicação do projeto as diferentes marcas patrocinadoras e asdiferentes cotas-

    /ormul+rios de i&scrição

    Muitas empresas, principalmente aquelas que realizam seleção p/blica, e)iem um formato padrãopara apresentação de projetos. =sso se d# por meio de um formul#rio. $esses casos, voc3 não ter# ac6ance de defender seu projeto presencialmente. 1uando isso acontecer, redobre a atenção com aredação e com a adequação do projeto ao foco da empresa. Eeia o formul#rio antes de preenc6er.(ertifique%se de que voc3 compreendeu e)atamente o que cada campo solicita e, em caso ded/vidas, não 6esite em contatar o serviço de suporte da empresa. 8 depois comece a preenc63%lode forma técnica, sucinta e objetiva. $ão seja repetitivo, proli)o ou enaltecedor das ações dopatrocinador.

    &ce&tivos fiscais legislaçes federal= estaduais e mu&icipais

    (omo vimos, uma das formas de financiamento p/blico à cultura são as leis de incentivo. Porém,

    trata%se de uma forma peculiar, pois quem escol6e o projeto a ser patrocinado é a empresa ou apessoa que destinar# os recursos.

    O projeto passa por dois tipos de avaliação• Pelo rão p/blico Ministério da (ultura ou secretarias que autorizam que o projeto capte

    recursos.

    • Pela fonte patrocinadora empresa ou pessoa f!sica que destinar# ao projeto parte de seuimposto devido.

    O# apresentamos os processos relacionados às fontes de financiamento. 9alta, aora observar comose d# o processo de aprovação nos rãos p/blicos.

    ')istem leis de incentivo fiscal em munic!pios, estados e na federação. Noc3 deve procurar seinformar sobre todas elas a fim de compreender quais podem beneficiar o seu projeto e osprocedimentos requeridos para que isso aconteça.

     "s leis municipais se referem à isenção de impostos arrecadados pelas prefeituras, como o =88 e o=P*U, por e)emplo. $ormalmente, são voltadas a projetos que atuam em 0mbito municipal e quetrazem alum benef!cio à cultura local.

     "s leis estaduais normalmente atuam sobre o =(M8. "ções que valorizam a cultura da reião ou queprojetam o estado para outras reiões do Pa!s, por e)emplo, são diretrizes adotadas em alunsestados.

     "s leis federais, mais utilizadas, destinam%se a projetos de relev0ncia nacional, que atendam àsprincipais demandas culturais da população brasileira como um todo.

    >ei oua&et

    & Min( abriu debate p/blico para discutir as novas reras para a Eei ?ouanet. Nisite o lo do Minc.

    http://www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/mecanismos-de-apoio-do-minc/lei-rouanet-mecanismos-de-apoio-do-minc-apoio-a-projetos/http://www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/mecanismos-de-apoio-do-minc/lei-rouanet-mecanismos-de-apoio-do-minc-apoio-a-projetos/

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    UMA FABRICA DE PROJETOS

    CULTURAIS

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    Wellington R Costa · São Paulo, SP 

    21/5/2007 · 98 · 0

    Atendendo uma solicitação de informações acerca de minha atuação perante ao PA!Pro"rama de Ação ultural# de Paula $ernanda do %alle & 'A ( )*P & 'speciali+ação em,estão de Pro-etos ulturais. + um relato do ue poderamos chamar de uma $A34A' P36'6* ))3A4*:

    A !ooperati;a ultural rasileira# < uma cooperati;a ue nasceu atendendo a certa

    demanda do mercado de m=sicos !tendo por nome inicial 36P36>). ooperati;a dosProssionais da >usica# e rapidamente começou a prestar ser;iços para o Pro-eto ,uri!fornecimento de ocineiros e tairinue. *'*: ecorrente de tal di;ersicação de suaproposta de ori"em em 200@ assumiu o nome de :A contando com um uadro atual de cerca de 500 cooperados. notou um nicho demercado aBerto pela P !ooperati;a Paulista de eatro# ue < a concorrCncia pelas;erBas puBlicas dos editais e fomento a ultura: A P ;oltada por suas premissasinicialmente somente a atores com 3 deiDa;a uma lacuna no mercado cooperati;o e a

    decidiu me contratar interinamente para desen;ol;er o epartamento ultural. doual me tornei o respons?;el com um car"o eui;alente a iretor do epartamentoultural:om a ocorrCncia dos editais do PA $undo + o encaminhamento das documentaçõesnecess?rias para tornar a apta a ser proponente de pro-etos e começamos umtraBalho de captação de pr no ual apos a inscrição depro-etos. estes entram em uma lista ue esta dispon;el para potenciais patrocinadorescadastrados em outra instancia ue podem escolher no leue de pro-etos apro;ados

    uais dese-am patrocinar com uma parcela do 4> de;ido: 6u se-a. no PA teoricamentenão h? a necessidade de captadores de recursos: laro ue operações casadas. nasuais de um lado produtores culturais fa+em pro-etos ue se adeuam Gs necessidadesespecicas de uma empresa podem ocorrer mas por hora ainda não foram detectadospelos olhares crticos:aptamos dentro do uni;erso de cooperados H0 pr

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    independentemente seu prJprio pro-eto:6 pra+o para a elaBoração destes H0 pro-etos foi de 5 dias contando com a atuação deduas pessoas. eu mesmo < uma consultora eDterna contratada para me auDiliar noprocesso: Pelo eD"uo do tempo e ao lidarmos com mais de @00 artistas. tA ' AMN6 ))3A ' *'3'A34A ' '*A6 ' '))3A ' *N6PA)6

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    Pro-eto %alorO$ossari ,roup 3Q 1000.00Oilei 3Q 1000.00O$oia ;erde 3Q 1000.00OA"nus ( 4tinerante de ordas. 3Q 1H000.00O*ão Paulo 'semBle 3Q 1H000.00

    Ooncla;e 3Q 1H000.00OA histJria do soldado 3Q 20000.00Oid?tico amerata de Jpera 3Q 20000.00O6 sentido da trans modernidade na m=sica para piano de ,ilBerto >endes ( 3ecital R>aster lassO 3Q 20000.00OPedro e o loBo 3Q 20000.00Ooncerto & >=sica 'letrSnica >ista 3Q 20000.00Ooncerto did?tico na escola 3Q H0000.00Oiclos rasileiros ( 100 anos amar"o ,uarnieri % 3Q 1H000.00OTar+uelas 'spaUolas 3Q 1H000.00

    O%ocal )> 3Q 1H000.00O>=sica G la carte 3Q 1H000.00O*erenata a trCs 3Q 1H000.00O6s amores do poeta 3Q 20000.00Oanções *acras 3Q 20000.00

    3eprodu+o a parte de meu currculo acerca de minha atuação perante a / PA

    & ooperati;a ultural rasileira 200@/2007& AcessJria de Pro-etos ulturais e 3elações PuBlicas !200@#:& 4nstauração do epartamento ultural:& hea do epartamento ultural:& 4mplantação da poltica de Parcerias ulturais:& 4mplantação da Poltica de Apoio a Pro-etos ulturais:& 'laBoração de pro-etos culturais para o PA !Pro"rama de ação ultural da *ecretaria'stadual de ultura de *ão Paulo#:& Apro;ação de 19 pro-etos para o PA 'dital:O$ossari ,roupE OileiE O$oia ;erdeE OA"nus ( 4tinerante de ordasE O*ão Paulo'semBleE Ooncla;eE OA histJria do soldadoE Oid?tico amerata de JperaE O6 sentidoda trans modernidade na m=sica para piano de ,ilBerto >endes ( 3ecital R >aster

    assOE OPedro e o loBoE Ooncerto & >=sica 'letrSnica >istaE Ooncerto did?tico naescolaE Oiclos rasileiros ( 100 anos amar"o ,uarnieri %E OTar+uelas 'spaUolasEO%ocal )>E O>=sica G la carteE O*erenata a trCsE O6s amores do poetaE Oanções*acras& 6r"ani+ação do 1I *arauarte:& 6r"ani+ação da AssemBl

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    Ka Atualidade não mais traBalho internamente na . mas continuo como cooperado:%i;enciei Boas f

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    • 6 pro-eto. uma ;e+ reali+ado. foi Bom se os alunos aprenderam muito. não se o produtocou Bonito ou o resultado Bem apresentado:

    MODELO PARA ORGANIZAR UM PROJETO

    1. Apresenta!" #$%e&'(

    apa. ttulo do pro-eto. coordenador do pro-eto. euipe tuitoschamam esta etapa de Zm

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    . B/-2/"ra5a #$%a/s as ;"ntes'(e;er? ser relacionada ao nal do pro-eto. aBran"endo li;ros. arti"os. documentos. etc:

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    COM ?UE' ?%a/s ser!" "s re3%rs"s &ater/a/s e =%&an"s ne3essr/"s'