Manual Cozinha

77
5/20/2018 ManualCozinha-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/manual-cozinha-56195aa739208 1/77

Transcript of Manual Cozinha

  • MANUAL DE TCNICAS DE COZINHA E PASTELARIAndice

    01 | Introduo histrica

    02 | A cozinha e a sociedade

    03 | Gastronomia nacional, regional e internacional

    04 | O pessoal

    05 | As facas e os pequenos utenslios

    06 | A cozinha e o seu equipamento

    07 | A carne de aougue

    08 | Os peixes e marisco

    09 | Os legumes e frutos

    10 | As especiarias, ervas aromticas, condimentos e aromas

    11 | As massas alimentares

    12 | Os ovos e gorduras

    13 | Os produtos lcteos

    14 | Mtodos de confeco

    15 | Fundos de cozinha

    16 | Preparaes base

    17 | Pastelaria

    18 | Vocabulrio tcnico

    17 | Bibliografia

    4 - 6

    7 - 8

    9 - 11

    12 - 16

    17 - 20

    21 - 23

    55 - 57

    58 - 61

    62 - 67

    68 - 71

    72 - 73

    74

    24 - 28

    29 - 30

    31 - 39

    40 - 45

    46 - 47

    48 - 51

    52 - 54

    PARTE - OS CONCEITOS

    PARTE - OS GNEROS

    PARTE - A PRODUO

  • MANUAL DE TCNICAS DE COZINHA E PASTELARIA

  • 4 5

    Intr

    odu

    o h

    ist

    rica

    INTRODUOHISTRICA

    01

    A histria da cozinha confunde-se com a histria do prprio Homem, consideran-do os antroplogos modernos a descoberta do fogo como o ponto de partida da aventura humana.

    Com o fogo, surge o primeiro cozinheiro, que ao aproximar o alimento da chama constatou que ele se tornava mais saboroso e a sua mastigao mais fcil. A partir deste momento a gnese da cozinha tinha nascido.

    No sculo IV a. C. na Grcia, os cozinheiros apesar da sua vil condio de escravos tinham uma posio considervel, pois era nas casas em que serviam que melhor se comia, e aonde afluam artistas e homens de letras.

    Em Atenas sobressaem sobre os outros servidores da casa, na qualidade de mestres.

    Os utenslios culinrios dos gregos eram ainda rudimentares, mas rapidamente se aperfeioam.

    As cozinhas romanas eram constitudas por espaosos compartimentos bem equi-pados, possuindo j cisternas, pias de despejos, forno para o po, mesas de trabalho, trips, entre muitos outros.

    No sculo VI, com os grandes festins de luxo, so necessrios cozinheiros com dotes para os preparar. O cozinheiro, at ento escravo, pago a vil preo, comea a cotar-se. O que no era mais do que uma ocupao passa a ser uma arte.No tempo do Imperador Adriano, chegaram a formar uma academia chamada COLEGIUM COGUORUM.

    Em Roma tal como na Grcia, o pessoal de cozinha das grandes casas tinha j, cada um deles, atribuies bem definidas. Esta diviso do trabalho foi a gnese das briga-das de cozinha de hoje.

    Durante os sculos tormentosos da Idade Mdia, os mtodos de produo aperfei-oaram-se muito pouco, e a evoluo alimentar foi muito lenta, associada a perodos de doena e fome.

    No sculo XVI, a agricultura aperfeioa-se e a alimentao melhora. Chegam novos alimentos fruto das descobertas. A batata, o milho, o tomate, o caf e o chocolate, entre outros, so introduzidos na Europa.

    PARTE - OS CONCEITOS

    O inciO

  • A Renascena trouxe cozinha uma verdadeira revoluo, nomeadamente no reina-do de Lus XV. As cozinhas das casas mais importantes eram lugares luxuosos, onde imperava a ordem e a limpeza.

    No fim do sculo XVIII, incio do sculo XIX, a arte culinria atinge o seu apogeu.Em Frana, Carme, Dubois, Gouff definem os seus princpios, e colocam a cozinha francesa como expoente mximo internacional.

    Procura-se o verdadeiro, o slido, o espesso, o consistente, oposto ao leve, ao inst-vel, ao inspido; as receitas tornam-se mais pesadas, incorporam quantidades consi-derveis de manteigas e de gorduras que tornam o alimento pesado como chum-bo, arredondam os sabores, mas tambm as formas dos comedores, respondendo a uma esttica corporal oriunda de sculos de fome, que vem na gordura um sinal de prestgio, de bem-estar social.

    Durante o sculo XIX, os foges e todo o material de cozinha sofrem uma evoluo considervel. O fogo de ferro fundido com depsito interno, chamin e fornos in-tegrados funcionando indiferentemente a carvo vegetal ou mineral, ser saudado como um progresso considervel. Estes novos foges permitem executar gratina-dos, souffls, bolos, o que no se conseguia com os foges antigos.No final do sculo XIX e incio do sculo XX assiste-se aliana da arte e da cincia, da tecnologia e do savoir-faire.

    Este perodo marcado claramente pelo triunfo das prticas de restaurante, no que os cozinheiros das casas burguesas tenham desaparecido, mas a literatura e o jornalis-mo gastronmico que se desenvolvem, fazem incidir as luzes sobre os restaurantes.

    O incio do sculo XX marcado pelo pensamento do grande Chefe Auguste Esco-ffier (1846-1935) que, atravs de um vasto movimento, simultaneamente de sim-plificao e de desenvolvimento das receitas, comea a reestruturao da cozinha clssica a fim de a melhorar e adaptar aos imperativos da poca.Com efeito, publica o livro Guia Culinrio, obra de grande envergadura reconhecida no mundo inteiro como obra de referncia.

    O sculo XX traz tambm a disseminao da iluminao e o aparecimento dos apa-relhos de refrigerao que revolucionam a cozinha.A Europa entra ento num perodo de guerras que, com a reconstruo, se prolonga at aos anos 50, do sculo XX.

    Em 1960, o crescimento econmico contnuo. A cincia explode, sonha-se chegar Lua.

  • Intr

    odu

    o h

    ist

    rica

    A c

    ozin

    ha e

    a s

    ocie

    dade

    6 7

    Numa sociedade de abundncia, a distino faz-se pela elegncia. Uma diettica racional, clnica, vulgariza-se e anuncia-se o divrcio do bom e do saudvel, da gas-tronomia e da diettica.

    Entretanto, os cozinheiros no se conseguem libertar das suas referncias clssicas. Como compensao ao progressismo, surge uma valorizao da simplicidade rsti-ca e da qualidade natural.

    Na dcada de 70 florescem as lojas dietticas, restaurantes vegetarianos e macro-biticos. Como uma recusa do assassinato alimentar, uma recusa em participar na ordem social e cultural considerada pervertida, degradada em relao perfeio natural, que convm reconquistar.A pouco e pouco vai-se procedendo a uma contextualizao imaginria que ir per-mitir a ecloso da nova cozinha.

    A imposio diettica de uma alimentao saudvel Um modelo de esttica corporal, a magreza O desejo de harmonia com a natureza

    Com o choque petrolfero e o incio da crise, assiste-se renovao da gastronomia. Sopra ento um ar novo sobre os foges.Os cozinheiros fazem a sua revoluo: cansados de repetir os clssicos de Escoffier, comeam a viver a sua prpria cozinha, estava criada a Nouvelle Cuisine onde se coloca em primeiro lugar o respeito pelo gosto natural dos alimentos, onde o molho apenas deve preservar, ou revelar o gosto do produto que acompanha.

    Momentos e descobertas determinantes na evoluo da cozinha:

    (d.C.) 1300 - Introduo do acar na Europa, a partir do Mdio Oriente; 1500 - O peru, o abacate (entre outros) comeam a chegar Europa trazidos do Novo Mundo; 1554 - Criao acidental do queijo Camembert; 1615 - Introduo de caf na Europa; 1747 - Acar de beterraba; 1756 - Criao da maionese e do molho trtaro; 1762 - Criao das sanduches; 1765 - 1. Restaurante abre em Paris; 1856 - Criao do leite condensado; 1851 - Criao das conservas; 1860 - Criao da margarina; 1869 - Primeira sopa enlatada; 1889 - Criao da Pizza; 1904 - Criao da banana split; 1906 - Primeiros Corn Flakes; 1917 - Criao da vichyssoise; 1922 - Primeiro frigorfico; 1924 - Incio da comida congelada; 1955 - 1. Restaurante MacDonalds.

  • A COZINHA E A SOCIEDADE 02

    A cozinha est em constante evoluo. As possibilidades que a indstria alimentar lhe d hoje nunca foram to grandes. A mundializao alimentar, sendo um proces-so novo est em constante desenvolvimento desde o sc. XVI, com a expanso das plantas oriundas do Novo Mundo, passando pelo surgimento da indstria alimentar j no decorrer do sc. XIX.Hoje em dia em qualquer zona urbana se tem acesso s cozinhas do mundo, quer atravs da diversidade dos produtos comercializados, quer atravs da prpria res-taurao de cariz tnico.Existe tambm um conjunto de preparaes que se podem enquadrar nesta pers-pectiva de World Food, pois esto presentes em todas as culturas, so os casos da pizza, do kebab, do cappuccino, do hambrguer ou do sushi, e muitos outros se poderiam referenciar.

    Se existem mil maneiras de nos alimentarmos, a forma como o fazemos um dos aspectos mais diferenciadores das sociedades, e um factor de socializao per se. Comer com os dedos ou com garfo e faca, so expresses de cultura e grupo social, tal como o comer sentado ou de p, em mesas altas ou baixas, sentado em cadeiras ou sentado no cho.

    esta diferenciao que faz desta profisso um constante desafio.

    A maioria das sociedades condicionaram de alguma forma os seus membros a aban-donar voluntariamente determinados consumos alimentares por razes religiosas ou filosficas.

    O Cristianismo, o Judasmo e o Islamismo, as trs religies do Livro manifestam todas elas interditos, ou reservas a determinados alimentos. o sentido de pertena a um grupo que explica este abandono voluntrio, que se reveste de carcter sagrado ou no oposto de carcter impuro, caso do porco no mundo judaico e islmico.

    Para alm da repartio geogrfica pela apetncia pelos quatro sabores salgado, doce, amargo e cido, as sociedades revelam gostos bem especficos que podem espantar ou at chocar. Os sabores esto muito dependentes dos aspectos culturais. O gosto pelo acar um dos mais universais, porque se liga aos sabores registados no aleitamento materno, outros esto profundamente marcados pela origem geo-grfica, os doces e cidos no Mdio Oriente, os picantes na sia e Amrica Latina.

    inTeRdiTOS

    SABOReS

  • A c

    ozin

    ha e

    a s

    ocie

    dade

    Gas

    tron

    omia

    nac

    iona

    l, re

    gion

    al e

    inte

    rnac

    iona

    l

    8 9

    Um nmero crescente de pessoas est condenado a precaues e vigilncias sobre um conjunto de alimentos que lhe pode chegar ao prato, devido a alergias.Cerca de 90% dessas alergias provm de: amendoins, cereais com glten (trigo, ce-vada, aveia ), mariscos, ovos, determinados peixes, soja, protena do leite de vaca, nozes ( amndoas, avels, caju), gros de ssamo, aipo e frutos de caroo (alperce, cerejas, pssegos ).

    Para o cozinheiro no existe outra alternativa que no seja uma boa comunicao, para que toda a informao sobre o prato chegue ao cliente no momento da sua escolha mesa.

    A obesidade uma epidemia mundial. Segundo a Organizao Mundial da Sade, este flagelo atinge 300 milhes de pessoas, dos quais um tero em pases pobres.Os pratos gordurosos e doces, fceis de adquirir e de consumir, substituem gradual-mente uma nutrio mais cuidada e demorada a preparar. A noo de equilbrio alimentar no se deve aplicar apenas refeio mas sim com-binao das refeies e da comida fora delas, assunto a que o profissional alheio, competindo-lhe a responsabilidade de criar ou confeccionar pratos equilibrados do ponto de vista nutricional.

    ALeRGiAS

    OBeSidAde

  • GASTRONOMIA NACIONAL,REGIONAL E INTERNACIONAL

    A GASTROnOMiA nAciOnAL

    inquestionvel que a identidade cultural de um povo, a par dos seus bens corp-reos que testemunham o respectivo percurso civilizacional, integra ainda um vasto patrimnio intangvel, muitas vezes sem suporte fsico e mais vulnervel do ponto de vista da respectiva preservao, mas contudo relevante pelo contributo para a caracterizao de uma nao ou das partes que a compem. Figura neste campo, entre outras, a gastronomia.

    Entendida como o fruto de saberes tradicionais que atestam a prpria evoluo his-trica e social do povo portugus, a gastronomia integra o patrimnio intangvel que todos devem salvaguardar.

    A gastronomia nacional constituda por um conjunto de iguarias, cuja confeco segue os mesmos princpios em todo o territrio:

    Carne de Porco Lulas Recheadas Caldeirada Portuguesa Bacalhau Assado Pescada Assada

    Podendo ter igualmente como designao o nome do seu criador, ou um nome de homenagem:

    Amijoas Bulho Pato Creme Rainha D. Amlia Bacalhau Gomes de S Torned Cames

    03

  • 10 11

    Gas

    tron

    omia

    nac

    iona

    l, re

    gion

    al e

    inte

    rnac

    iona

    l

    Na gastronomia regional o receiturio varia de regio para regio, devido aos costu-mes tradicionais, aos hbitos sociais e aos produtos nelas mais abundantes.

    Exemplos de algumas iguarias do receiturio regional portugus:

    A GASTROnOMiA ReGiOnAL

    Rancho Moda de Viseu

    Vitela Moda de Lafes

    Creme Belmonte

    Migas de Vinha dAlhos

    Chanfana Moda da Bairrada

    Leito da Bairrada

    Morcelas de Arouca

    Bacalhau ao Z do Pipo

    Polvo Moda do Minho

    Rojes Moda do Minho

    Tripas Moda do Porto

    Alheiras

    Bola de Sardinhas

    Truta com Amndoas

    Feijoada Transmontana

    norte

    Ensopado de Borrego

    Migas com Carne de Porco

    Pezinhos de Coentrada

    Sopa de cao

    Aorda

    Gaspacho

    Amijoas na Cataplana

    Arroz de Lingueiro

    Bifes de cebolada de Atum

    Lulas Moda de Olho

    Xarm

    Iscas com elas

    Peixinhos da Horta

    Bacalhau Lisbonense

    Torricado

    Fataa na Telha

    Sopa da Pedra

    Salmonetes Setubalense

    Carne Assada no Forno

    Carne de Vinha dAlhos

    Espetada

    Cozido Madeirense

    Alcatra das Quatro Ribeiras

    Caldeirada Moda dos Aores

    Coelho Panado

    Sopa do Esprito Santo

    centro

    Alentejo

    AlgarveAores

    Madeira

    Lisboa e Vale do Tejo

  • A Gastronomia Internacional engloba as iguarias provenientes de um determi-nado pas e que se tornaram to conhecidas que so replicadas um pouco por todo o Mundo.

    Cozinha Internacional, como todo o conjunto de iguarias e pratos provenientes dos diversos pases:

    Engloba igualmente as iguarias oriundas do receiturio clssico, criadas pelos grandes chefes Carme e Augusto Escoffier e que se continuam hoje em dia a con-feccionar, tais como:

    Filetes de Linguado Sarah BernhardSalmo estufado Almirante courbetRodovalho cozido eduardo ViiLombo de Vaca WellingtonSela de Vitela Metternich

    A GASTROnOMiA inTeRnAciOnAL

    Caril de Frango Sushi Tempura Pato lacado

    cozinha Africana Muamba de Galinha

    Muqueca

    Chicken MaryLand

    Caesar Salad

    Waldorf Salad

    Apple Pie

    cozinha Americana

    Paelha

    Pizza

    Goulash

    Rosbife

    cozinha europeia

    Caril de Frango

    Sushi

    Tempura

    Pato lacado

    cozinha Asitica

    Couscous

    Mousaka

    Kebab

    cozinha Mediterrnea

    Muamba de Galinha

    Muqueca

    Calulu

    Cachupa

    cozinha Africana

    Feijoada Brasileira

    Tacos

    Guacamole

    Enchilada

    cozinha Sul-Americana

  • 12 13

    O p

    esso

    al O trabalho desenvolvido numa cozinha (mdia/grande dimenso) cabe a um con-junto de profissionais, os quais ocupam, na hierarquia de cozinha existente no es-tabelecimento, uma determinada posio. Este conjunto de profissionais comum designar-se por Brigada.

    Foi Auguste Escoffier (1846-1953) que desenvolveu um sistema de trabalho, para resolver a anarquia ento existente nas cozinhas profissionais, criando um sistema hierrquico de responsabilidades e funes (a Brigada).

    Actualmente a viso de cozinhas com muitos elementos vai diminuindo, devido no s ao avano tecnolgico dos equipamentos e utenslios mas tambm a uma maior especializao da profisso de cozinheiro.

    A BRiGAdA

    O PESSOAL 04

    O trabalho na cozinha exige ao cozinheiro certas atitudes inerentes profisso, nun-ca esquecendo que o cliente pode estar a v-lo e julgar a unidade pelo seu compor-tamento. Como tal exige-se:

    Sobriedade

    Mtodo de trabalho

    Rapidez

    Memria

    Iniciativa

    Pontualidade

    Rigor

    Disponibilidade

    Esprito de equipa

    PeRFiL

    nha.

    chefe de cozinha

    Subchefe de cozinha

    Saucier

    no exerccio das respectivas funes.

    Rotisseur

    chefe de Partida

    Confecciona as bases e molhos de carne.

    Confecciona todas as carnes e aves estufadas e salteadas; a caa, excepto assada ou grelhada.

    Confecciona as carnes assadas, grelhadas e fritas

    Prepara e confecciona todas as batatas destinadas a serem fritas.

    Legumier

    Confecciona todos os legumes

  • Actualmente so raros os hotis que possuem brigada completa. As Partidas que se mantm so normalmente o Garde-manger e o Pasteleiro.

    Entremetier

    Confecciona os pratos de ovos,

    Confecciona massas italianas,

    Confecciona caldos, consomms, sopas, cremes

    Confecciona dietas.

    Poissonier

    Confecciona todos os peixes,

    Prepara molhos e caldos de peixe.

    Garde-manger

    Mantm o stock de mercadorias conforme as necessidades do estabelecimento, distribui os gneross restantes partidas durante o servio, medida que vo sendo requisitados pelo chefe.

    Prepara todas as carnes e peixes ( limpa, corta, ata, tempera ).

    Confecciona os pratos frios, molhos frios, saladas e acepipes.

    grandes casas o Chefe de Frio.

    Famlia

    Confecciona as refeies do pessoal, seguindo as instrues do Chefe de Cozinha.

    Tournant

    Substitui o Chefe de Partida nas suas folgas

    Guarda

    Tem por misso atender algum pedido que surja fora da hora n mal das refeies.

    Pasteleiro

    Confecciona bolos, gelados, sorvetes...

    Confecciona todas as massas salgadas para a cozinha (vol-au-v

    Ajudantes de cozinha

    Coadjuvam os Chefes de Partida.

    Aprendizes

    Coadjuvam os Chefes de Partida e os Ajudantes de Cozinha.

    or

  • 14 15

    O p

    esso

    al

    A cor base da indumentria de cozinha o branco, no por ser a cor em que melhor se nota o estado de limpeza, mas pelo facto de repelir o calor, a que todos os cozinheiros esto expostos.

    Ter sido o grande chefe Ca-rme o primeiro a ter a ideia de trocar o pouco gracioso barrete de algodo usado at ento pelo barrete branco. O barrete reflecte o carcter da pessoa que o usa. Casimiro Noisson, chefe da Maison Do-re de Paris, usava um barrete chamado Torre Eiffel, que se assemelhava muito ao dos nossos dias.

    conselhos de segurana:

    A farda deve ser de tecido no inflamvel;

    O calado deve ser antiderrapante;

    Nunca utilizar panos hmidos.

    indUMenTRiA

    constituio Tradicional da indumentria:

    Casaco branco Em algodo de cor branca;

    Calas Em algodo, padro pied-de-poule;

    Leno de pescoo Em algodo de cor branca, tem como fina-

    lidade proteger o pescoo, sendo utilizado para absorver o suor;

    Avental Em algodo de cor branca;

    Pano de cinta

    Em algodo de cor branca, sendo utilizado para pegar em recipientes quentes;

    Calado Socos de pele rija, para proteco quanto a

    queimaduras e queda de objectos cortantes; Barrete Em algodo com pregas vincadas de cor

    branca, sendo utilizado para impedir a que-da de cabelos para as preparaes e para proteco do cabelo quanto a temperatu-ras, odores e humidades (actualmente os modelos descartveis so mais comuns).

  • HiGiene

    Ao cozinheiro cabe a responsabilidade moral de fornecer ao cliente uma prestao de grande qualidade higinica; nunca se esquecendo que desse parmetro resulta tambm o sucesso do estabelecimento.Sendo assim, necessrio aplicar regras de cariz pessoal e profissional, a fim de criar um esprito voluntrio e automtico de higiene.

    Regras de cariz pessoal Tomar um duche antes e depois do trabalho;

    Cabelo devidamente cortado, arranjado, limpo e protegido;

    Limpeza das mos frequente e unhas cortadas;

    Barba feita (se aplicvel);

    No usar relgios no pulso, pulseiras ou anis;

    Usar farda prpria, limpa e em bom estado de conservao;

    Usar calado prprio para a funo;

    No fumar durante o servio.

    Regras de cariz profissional Manter o posto de trabalho em perfeita ordem e higiene;

    Verificar rigorosamente a qualidade sanitria e a validade dos produtos;

    Retirar imediatamente os produtos deteriorados;

    Realizar a limpeza dos legumes em locais prprios;

    Lavar o local de trabalho aps a limpeza dos legumes;

    Recusar embalagens amolgadas ou opadas;

    Verificar diariamente as temperaturas dos equipamentos frigorficos;

    Limpar as facas aps cada utilizao;

    Respeitar as regras de armazenamento dos produtos;

    No confeccionar um molho emulsionado em cima de outro antigo;

    Verificar a temperatura das frituras; filtrar o leo regularmente;

    Lavar e desinfectar periodicamente os filtros das hottes; Raspar, lavar, desinfectar as placas de corte;

    No deixar entrar animais na cozinha;

    Todas as pessoas que trabalham na restaurao em geral devem efectuar um exa-me mdico completo no incio da actividade profissional e, pelo menos, uma vez por ano.

    Sempre que os trabalhadores tenham contrado ou suspeitem ter contrado doen-a contagiosa ficam interditos de todas as actividades directamente relacionadas com os alimentos, devendo informar a chefia para que sejam tomadas as devidas providncias.

  • o pe

    ssoa

    l

    16 17

    As

    faca

    s e

    os p

    eque

    nos

    uten

    slio

    s

    Higiene das instalaesPara que os alimentos num estabelecimento de restaurao se mantenham em boas condies para o consumo humano necessrio que as instalaes estejam de acor-do com um conjunto de requisitos, aplicveis em diferentes reas.

    As limpezas nem sempre so uma tarefa popular entre os manipuladores de alimen-tos; contudo, uma cozinha limpa, alm de ser um local de trabalho muito mais agra-dvel, previne a contaminao dos alimentos e reduz o risco de pragas.

    importante estabelecer rotinas de limpeza, limpar medida que se suja, nas super-fcies de preparao e equipamentos que contactam directamente com os alimentos utilizando:

    gua quente

    No processo de higienizao deve ser usada gua quente, pois remove mais facilmente as sujidades.

    Detergentes

    Desinfectantes

    So produtos qumicos que, juntamente com a gua, ajudam remoo de gorduras, sujidades e resduos de alimentos. No entanto, no destroem as bactrias.

    So produtos qumicos que eliminam a maioria das bactrias, mas no destroem os seus esporos. Embora no possam eliminar a totalidade das bactrias, o seu nmseguro, nas superfcies desinfectadas. No entanto, a aco do deinicial com detergente e gua tiver sido bem efectuada.

  • O trabalho em cozinha obriga utiliza-o de facas de diversos tipos.Algumas dessas facas, de uso mais cor-rente, so tradicionalmente pertena do cozinheiro, sendo por isso comum a uti-lizao de estojos ou malas.

    AS FAcAS

    AS FACAS E OS PEQUENOS UTENSLIOS

    05

    Mala profissional

    Devemos escolher a faca que mais se adapte a um determinado trabalho, que permita cortar com preciso, rapidamente e com toda a segurana e perfeio.

    As facas so utenslios particularmente pontiagudos e cortantes e como tal perigosos

    Outras facas de utilizao mais especfica podem pertencer ao estabelecimento, caso do cutelo e do fusil, entre outros.

    As lminas podem ser curtas, longas, espessas, flexveis ou rgidas, sendo sempre adaptadas a um determinado tipo de operao.

    conselhos de segurana:

    Evitar que as facas estejam desordenadas dentro das malas ou bolsas;

    Devem estar todas acondicionadas no mesmo sentido;

    Nunca colocar as malas, as bolsas ou as prprias facas num nvel superior ou inferior

    ao plano de trabalho; Nunca devem trabalhar duas pessoas na mesma placa de corte;

    Devemos pegar na faca com a mo fechada no cabo e nunca na lmina;

    Comprar facas de boa qualidade;

    Nunca colocar as facas nas tinas para lavar;

    Concentrao mxima durante o manuseamento das facas;

    Controlar a zona orbital de corte da faca;

    A faca nunca deve ser transportada em riste; mas sim com a ponta voltada para baixo;

    Deve-se gravar as iniciais ou o nome no cabo ou na lmina;

    Lavar aps cada utilizao com gua fria e detergente e secar.

  • As

    faca

    s e

    os p

    eque

    nos

    uten

    slio

    s

    18 19

    PROceSSO de AFiAR A FAcA e LiMPAR O FiO

    Facas de corte de legumes

    FAcAS MAiS UTiLiZAdAS e A SUA FUnO

    Facas para peixes

    Facas para carnes Trinchantes para confeccionados

    Limpar o fio da lmina com o fusil

  • PeQUenOS UTenSLiOS

    Um conjunto de pequenos utenslios faz normalmente parte do estojo ou mala do Cozinheiro. So eles:

    Agulha de lardear Descaroador

    Agulhas de empernar Pina

    Esptulas Tesouras

    Descascadores Espalmador

  • As

    faca

    s e

    os p

    eque

    nos

    uten

    slio

    s

    20 21

    A c

    ozin

    ha e

    o s

    eu e

    quip

    amen

    to

    Raspadores

    Pincis Corta-ovos

    Escamador

  • Considerando-se a funcionalidade e a rentabilidade do servio, a Cozinha dever situar-se, sempre, no mesmo piso do Restaurante. Assim, no aconselhvel a distri-buio de instalaes de Cozinha por diferentes pisos.

    De um modo geral, a estrutura da Cozinha constituda pelo conjunto dos compar-timentos destinados s suas seces, ligados entre si, nomeadamente:

    Pr-preparao (legumes; peixes; carnes)

    Cozinha fria (Garde-manger)

    Cozinha quente (Confeco)

    Lavagem do trem (Plonge)

    Pastelaria

    iMPLAnTAO dA cOZinHA

    A COZINHA E O SEUEQUIPAMENTO

    06

    Economato

    TemperaturaNormal

    Congelao

    Refrigerao

    Pr-Preparao Garde Manger

    Confeco

    Pastelaria Plonge

    Roda

    Restaurante

    Esquema de funcionamento de uma cozinha convencional:

    Esquema de funcionamento de uma cozinha Fast-Food:

    Economato

    TemperaturaNormal Congelao

    Restaurante

  • A c

    ozin

    ha e

    o s

    eu e

    quip

    amen

    to

    22 23

    Para que o trabalho a desenvolver seja eficiente, necessrio que a cozinha possua o equipamento adequado.

    Nesse sentido, dever-se- proceder a um estudo prvio e criterioso do equipa-mento necessrio, tendo em conta:

    A dimenso da cozinha; tipo de cliente; tipo de ementa; n de lugares do restaurante; n de refeies; ().

    Independentemente de outras classificaes, a mais comum agrupar o equipa-mento em funo de famlias ou da energia que consomem.

    OS eQUiPAMenTOS

    Grupo exemplos

    Produtores de frio

    Produtores, geradoresde calor

    Mquinas hoteleiras

    CBancadas refrigeradas

    Clulas de arrefecimentoProdutora de gelo (cubo)

    equipamento neutro

    FornosFogies

    FritadeirasMarmitas

    Banho-mariaEstufas

    GrelhadoresSalamandras

    AmassadeirasBatedeiras

    Cortadores de legumesDescascadora de batatas

    LaminadorasTriturador

    BancadasCubas

    Cepos de corteMesas

    ArmriosLavadourosLava-mos

    Carros cubaCarros de carga

    Balde de detritos

  • Para alm do equipamento, surge ligada a esta designao a Bateria, Trem ou Pala-menta de Cozinha.

    Esta compreende todo o material mvel, necessrio preparao dos alimentos.Dever ser feita de materiais resistentes, tendo em conta a sua frequente utilizao, sendo que os mais vulgarmente utilizados so o ao inox, o cobre e o ferro.

    Tambm segundo o fim a que se destinam podemos agrup-los em:

    A BATeRiA de cOZinHA

    exemplos

    Utenslios de cozer

    Utenslios acessrios

    Material de empratar

    Banhos-mariaTachos

    CaarolasFrigideirasAssadeiras

    Tabuleiros de Forno

    TigelasEscumadeiras

    PassadoresConchas

    AlmofarizEspetosPeneiros

    Varas

    TravessasLegumeiras

    TerrinasTigelas de barro

    Pcaras

    conselhos de segurana:

    Observar o interior dos fornos antes de os acender;

    Verificar a chama dos queimadores aps se verter um lquido;

    Arrefecer imediatamente todas as tampas retiradas do forno;

    No colocar material cortante dentro das tinas;

    No transportar recipientes contendo lquidos tapados;

    Colocar as facas todas no mesmo sentido ao lado da placa de corte.

  • 24 25

    A c

    arne

    de

    aou

    gue

    A CARNE DE AOUGUE 07

    O termo designa o tecido muscular dos animais comestveis, com os seus vasos san-guneos, tendes, nervos, gorduras e ossos aderentes, criados para consumo huma-no, abatidos e preparados em matadouros em condies higinicas, com a pele e ex-tremidades removidas e as vsceras separadas. A carcaa dividida ao meio meias carcaas - pela espinha raquidiana.A carne o nosso principal fornecedor de protenas.

    As carnes classificam-se normalmente, segundo a sua origem, em:

    A rotulagem obrigatria da carne comporta:

    O seu nome varia segundo a regio geogrfica de Portugal onde consumida. Boi na regio Norte, vaca na regio Sul.

    Toda a carne proveniente do mesmo animal ser da mesma qualidade, no entanto comercialmente classificada em 3 categorias:

    carnesvermelhas

    brancas

    boi, vaca, carneiro, cavalo ...

    vitela, porco, borrego ...

    A VAcA/BOi

    PARTE - OS GNEROS

    cdigo de referncia:

    nascimento:

    Abatido em:

    Nmero que assegura a relao entre o animal e a carne

    Local de nascimento dos animais e onde foram engordados

    desmancha em:

    Origem: Pas de origem (se a indicao for abatido em Portugal,que o animal no nasceu em Portugal)

    1

    2

    3

    No deve possuir osso. Lombo, vazia, alcatra, pojadouro, bola ou rabadilha, ch de fora, chde dentro, ganso, acm redondo, cheio da p, espelho da p

    A % de osso no deve exceder os 25%. Peito alto, acm comprido ou fundo de acm, aba grossa, aba descarregada, agulha da p...

    Prego do peito, ma do peito, aba das costelas ou carregada, cachao, chambo da p, chambo da perna

  • Para ser de boa qualidade deve ter sido bem alimentada e ter entre trs e cinco me-ses de idade, e peso entre 90 e 200 kg. A carne deve ser esbranquiada, apresentan-do-se levemente rsea.

    A ViTeLA

    diviso de peas na carcaa:

    diviso de peas na carcaa:

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    13

    14

    15

    16

    Chambo da perna

    Chambo

    Ch de fora

    Ganso redondo

    Rabadilha

    Alcatra

    Vazia

    Lombo

    Acm redondo

    Acm comprido

    Cachao

    Cheio da p

    Aba das costelas

    Aba descarregada

    Peito

    Peito

    2

    3

    19

    8

    4

    5

    6

    7

    3

    1

    9

    84

    5

    6

    7

    2

    31

    9

    10

    11

    13

    14

    15

    16

    17

    8

    4

    5

    6

    7

    12

    2

    3

    1

    9

    10

    11

    13

    14

    15

    16

    17 5

    6

    7

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    Cachao

    P

    Costelas do fundo

    Costelas com p

    Vo de costelas

    Perna

    Chambo da perna

    Peito

    Chambo da p

  • 26 27

    A c

    arne

    de

    aou

    gue

    Caractersticas exteriores da carcaa idnticas aos bovinos. A sua carne de mais fcil digesto.

    Carne bastante apreciada, no entanto das mais saborosas e indigestas.

    O cARneiRO

    O PORcO

    diviso de peas na carcaa:

    diviso de peas na carcaa:

    A

    B

    c

    d

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    Cabea

    Lombada

    Cachao

    Costeletas do fundo

    Costeletas com p

    Costeletas do lombo

    Perna

    P

    Entrecosto

    Entremeada

    Chispe

    23 D

    C BA

    4

    56

    77

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    Perna

    Costeleta do lombo

    Costeleta com p

    Costeleta do fundo

    Peito e Aba

    P

    Cachao

  • VSceRAS e eXTReMidAdeS

    Representam aproximadamente 15% do peso de um animal adulto. Segundo o seu interesse comercial podemos agrup-la da seguinte forma:

    Fressura - designa um conjunto de vsceras (pulmes, corao, rins, fgado)

    Nesta designao englobam-se todas as aves criadas em cativeiro para fins alimentares, onde se passou a englobar tambm o coelho pois o seu modo de criao idntico.

    A etiquetagem obrigatria classifica as carcaas em classes, de acordo com a massa muscular, a presena de penas ou pelos e fracturas.

    cARneS de cRiAO

    carnes de criao

    com penas

    com plo

    galinha, frango, pato, peru, codorniz, pombo

    coelho

    Outras designaes obrigatrias so o nome e morada do matadouro, data limite de venda, temperatura de arma-zenagem (0C a + 4C, para os frescos, e -18C para os congelados)

    diviso de peas na carcaado coelho:

    Vsceras vermelhas

    Vsceras brancas

    Outras vermelhas

    Fgado de vaca, rins de vaca, rins de carneiro, lngua de vitela

    Miolos de vaca, miolos de carneiro, rins de vitela, cabea de vaca

    Fgado de borrego e de porco, rins de porco, corao de vitela e de boi/vaca, lngua de carneiro e de vaca, pulmes.

    Outras brancas Miolos de porco, rins de borrego, mo de vaca, p de porco, p de borrego

    1

    2

    3

    4

    Mo

    Lombo

    Cofre

    Perna

    123 4

    classe

    A

    B

    c

    Sem defeitos

    critrios de Qualidade

    Um ou mais defeitos

    TA e B, destinados indstria de

    transformao

  • A c

    arne

    de

    aou

    gue

    28 29

    Os

    peix

    es e

    mar

    isco

    cARneS de cAA

    As carnes de caa provm de um conjunto de animais de carne comestvel que vi-vem em estado selvagem. A caa processa-se em perodo fixo, consoante a espcie, sendo anualmente fixado o seu calendrio.

    Hoje em dia fruto da globalizao a caa comercializada congelada durante todo o ano, no entanto no Outono que tem maior procura nas cartas dos restaurantes. A sua carne bastante apreciada, e digestiva.

    Existem dois tipos de caa a comum ou menor e a caa grossa.

    caa menor

    caa grossa

    com penas

    com plo

    Perdiz, Pombo, Pato,...

    Coelho, Lebre,...

    javali, veado,...

  • A pesca transformou-se numa verda-deira indstria, os barcos fbrica tratam hoje em dia todo o pescado no prprio local de pesca. A tecnologia aperfeiou--se para dar resposta ao constante au-mento das capturas. Por outro lado, a procura crescente originou outros fen-menos, como a aquicultura (criao de peixe em cativeiro).O peixe caracteriza-se por ser rico em protenas, gorduras e vitaminas.

    OS PEIXES E MARISCO 08

    OS PeiXeS

    O peixe surge no mercado: Fresco, congelado, fumado, seco e em conserva.

    Segundo o seu habitat, proveniente de: gua doce truta, barbo, achig, perca, gua salgada pargo, atum, tamboril, robalo, garoupa, gua salgada/doce migratrios (salmo, svel, lampreia, ).

    Podem igualmente ser classificados segundo a sua percentagem de gordura:

    O peixe altera-se com bastante facilidade, por isso de extrema importncia o reco-nhecimento dos seus caracteres de frescura:

    Magros

    Meio gordos

    Gordos

    Menos de 5% de lpidos (linguado, pescada, bacalhau,...)

    De 5% a 10% de lpidos (salmonete, bonito,...)

    Mais de 10% de lpidos (sardinha, salmo, atum,...)

    cheiro

    Olhos

    escamas

    Caracterstico, agradvel

    Claros e brilhantes

    Brilhantes e aderentes

    Guelras

    carne

    Vermelhas

    Consistente

  • Os

    peix

    es e

    mar

    isco

    30 31

    Os

    legu

    mes

    e fr

    utos

    A preparao de um peixe comporta as seguintes fases:

    O peixe proporciona uma vasta gama de confeces culinrias: Grelhado, assado, cozido, salteado, gratinado, frito, estufado, ()

    A tradio do consumo de marisco em Portugal bastante antiga. Embora sendo um alimento de caractersticas indigestas, rico em protenas, vitaminas e sais minerais. Saliente-se que existem espcies muito apreciadas e valorizadas economicamente e outras nem tanto, caso por exemplo do caranguejo e do camaro do rio. O marisco no deve ser sujeito a coces prolongadas. utilizado como acepipe, em sopas e confeces principais ().

    O marisco divide-se em dois grandes grupos:

    O MARiScO

    Escamar

    Arranjar

    Aparar

    Consiste na extraco das escamas.

    Consiste na extraco de vsceras, guelras, ovas (...).

    Consiste em cortar a cauda, barbatanas, (...).

    cortar De acordo com a confeco, o peixe pode ser cortado:es, em trancha, em cubos, inteiros, (...).

    cRUSTceOS

    MOLUScOS

    Animais invertebrados protegidospor uma car osta articulada

    Animais invertebrados de corpo mole protegido por concha com duas valvas articuladas (bivalves)ou apenas por uma nica concha(univalves)

    Lagosta, lavagante, sapateira, camaro,percebes, lagostim, navalheira, (...)

    Bivalves: Amijoa, berbigo, vieira, ostra, mexilho, navalha, (...)

    Univalves: Lapa, bzio, burris

  • Os legumes e os frutos so um elemento indispensvel na alimentao do ponto de vista nutricional.A compra e armazenagem destes produtos difcil, pois fcil a sua deteriorao, por serem organismos vivos perdem qualidades rapidamente, pelo que devem ser convenientemente armazenados acautelando-se uma boa qualidade nutricional e higio-sanitria.

    Segundo normas comunitrias, a comercializao de legumes e frutos, para alm da sua etiquetagem obrigatria, obedece a 3 critrios de classificao:

    (Contedo da etiqueta)

    Os legumes e os frutos podem ser comercializados sob diferentes gamas:

    Uma 6 gama se perfila para os produtos secos desidratados e liofilizados.

    Os actuais meios de produo e comercializao tornaram os legumes sazonais em legumes de todo o ano. Por outo lado permitiram, com a crescente pesquisa agrcola, o surgimento de legumes ano ou baby, e o aparecimento de legumes exticos nas cozinhas ocidentais (o inhame, as algas).

    OS LEGUMES E FRUTOS 09

    embalador/expedidor

    Origem categoria

    calibre nmero ou peso

    Produto - Variedade

    LeGUMeS

    Superior

    Boa

    Razovel, comercivel

    categoria/classe

    extra

    i

    ii

    Qualidade cor da etiqueta

    Vermelha

    Verde

    Amarela

    1 gama

    2 gama

    3 gama

    4 gama

    5 gama

    Produtos frescos

    Produtos conservados ou semi conservados

    Produtos congelados e ultra-congelados

    Produtos sous vide crus

    produtos sous vide cozinhados

  • Os

    legu

    mes

    e fr

    utos

    32 33

    Os legumes so normalmente agrupados segundo a sua parte edvel, sendo o agru-pamento que se apresenta o mais comum:

    A armazenagemOs legumes so conservados em cmaras frigorficas (+3C a +8C), no economato em ambiente seco e temperatura ambiente, ou no congelador a (-18C).

    Os frutos, para alm de consumidos na sua forma natural, tambm so utilizados de variadssimas formas: em sumo; na pastelaria, em confeces de cozinha (ace-pipes, molhos, saladas, decoraes, guarnies), em preparaes de bar e em ar-ranjos decorativos.

    O agrupamento de frutos que se apresenta o mais comum:

    FRUTOS

    de folha

    crucferas

    Tubrculos

    Razes

    Rebentos

    Bolbos

    Frutos hortcolas

    Leguminosas

    Fungos

    Acelga, espinafre, agrio, chicria, alface...

    Batata, batata-doce, inhame, nabo, beterraba...

    Cenoura, rabanete, aipo...

    Espargos, alacachofras, endvia...

    Cebola, alho, alho-francs, cebolo...

    Pimento, beringela, tomate, pepino, courgette, abbora...

    Gro-de-bico, feijo, lentilha, tremoo, ervilha, milho, feijo-verde, fava...

    Cogumelos, trufa, tartufo, tbera...

    com pevides

    citrinos

    Bagas

    com caroo

    exticos ou tropicais

    Outros frutos

    nozes

    Ma, pra

    Laranja, limo, tangerina, toranja, clementina...

    Framboesa, groselha, morango, amora,...

    Pssego, ameixa, alperce, cereja, damasco

    Banana, kiwi, maracuj, papaia, anans , anona, manga (...)

    Melo, melancia, meloa, uvas

    Amndoa, pinho, noz, avel, caju

  • PRePARAO de LeGUMeS

    Os legumes longos, como a cenoura, a courgette e outros de idntico porte, devem ser descascados sobre uma placa de corte:

    Cortar as pontas com a faca de legumes;

    Pegar na extremidade com o polegar e o indicador;

    Pelar no sentido do comprimento com ajuda do descascador,

    ou faca de legumes; Lavar os legumes.

    descascar vegetais com a pele muito fina ou muito espessaDevemos utilizar uma faca de legumes para pelar os legumes ou frutas:

    com pele espessa: pra abacate, nabo, aipo ou com pele muito fina: cebola, alho, chalota

    Para estes ltimos eliminar primeiro as extremidades.

    Preparar Pimentos1 Lavar em gua corrente

    2 Descascar com o descascador retirando a pele aos pimentos

    Pimentos assados Colocar os pimentos envoltos em folha de alumnio no forno a 200 C.

    Retirar do forno e colocar dentro de uma saco de plstico prprio para alimentos.

    Pelar quando arrefecerem.

    1 2

  • Os

    legu

    mes

    e fr

    utos

    34 35

    descascar e cortar Alhos1 Esmagar a cabea de alho com as mos

    separando os dentes

    2 Pelar o dente de alho com ajuda da faca de legumes

    O alho pode depois ser cortado nas se-guintes formas:

    Ao meio

    Laminado

    Esmagado

    Picado

    Pelar Tomates Lavar os tomates e retirar o pednculo.

    Fazer uma ligeira inciso em forma de cruz na pele do tomate.

    Mergulhar o tomate em gua a ferver durante

    15 segundos, arrefecer em gua fria. Retirar a pele com ajuda de uma faca de

    legumes.

    Tomate concass Cortar os tomates previamente pelados ao

    meio no sentido perpendicular em relao ao pednculo.

    Pressionar com a mo sem esmagar.

    Cortar em cubos.

    1

    2

  • Preparar couve1 Cortar o tronco da couve com a faca de chefe2 Retirar as folhas velhas3 Cortar a couve ao meio e de seguida em

    quartos4 Retirar o pednculo dos quartos de couve5 Separar ao meio os quartos

    Preparar nabos Cortar as duas extremidades ao nabo

    Descascar os nabos com a faca de legumes

    Preparar Alho-Francs1 Cortar a raiz do alho-francs com ajuda da

    faca de chefe2 Cortar a extremidade3 Cortar ao meio no sentido longitudinal4 Lavar muito bem

    1 2 3

    54

    1 2

    43

  • Os

    legu

    mes

    e fr

    utos

    36 37

    Preparar courgettes 1 Lavar as courgettes2 Cortar as pontas com a faca de chefe3 Descascar na totalidade com o descascador.

    Ou canelar com o canelador

    Preparar Brcolos1 Retirar as folhas com a mo ou com ajuda

    de uma faca de chefe2 Separar os brcolos em pequenos pedaos.

    Cortar o caule. Golpear em cruz para facilitar a cozedura do caule

    3 As folhas e os caules dos brcolos podem ser utilizados em outras preparaes

    4 Desinfectar os brcolos

    1

    32

    1

    32

    4

  • Preparar couve-de-bruxelas1 Retirar as folhas velhas da couve-de-bruxelas.2 Desinfectar as couves-de-bruxelas.3 Lavar em gua abundante.

    Preparar couve-flor1 Retirar as folhas com ajuda de uma faca.2 Separar os bouquets com ajuda de uma

    faca de legumes.3 Limpar bem os bouquets de couve-flor.4 Fazer uma inciso em forma de cruz no caule.5 Desinfectar a couve-flor.6 Lavar em gua abundante.

    1

    2 3

    1 2

    3 4 5

    6

  • Os

    legu

    mes

    e fr

    utos

    38 39

    Preparar Agries1 Lavar muito bem os agries e desinfectar2 Escolher os agries.

    Devem ser escolhidos haste por haste3 Agries prontos a serem utilizados

    Preparar Salsa1 Lavar e desinfectar bem a salsa2 Separar os caules 3 Escolher

    1

    3

    3

    1

    2

    2

  • descascar citrinosAparar as extremidades da fruta, colocar a fruta na vertical em cima da placa de cor-te, eliminar a casca com ajuda de uma faca de legumes, efectuando cortes de cima para baixo.

    No contexto de uma refeio de almoo ou jantar, a salada de legumes, mediante a sua composio, pode ser sugerida em determinado momento da refeio. De acor-do com a constituio da salada, esta pode ser considerada como:

    SALAdAS

    PRePARAO de FRUTOS

    1. Rodelas de limo e laranja2. Dados de limo3. Gomos de laranja e limo

    com

    post

    am

    ista

    sim

    ples Composta, apenas, por um tipo de

    legume e temperada.(azeite/vinagre/sal)

    Salada, normalmente, sugerida comoacompanhamento de uma iguaria principal

    Composta por dois ou mais legumese temperada.

    (azeite/vinagre/sal)

    Salada para acompanhamento de iguariaprincipal ou, por vezes, consumida no incio

    de refeio

    Combinao de legumes ou frutos comoutro(s) alimento(s) e temperada com

    molho adequado sua composio da saladaSalada, essencialmente, sugerida como acepipe

  • As

    espe

    ciar

    ias,

    erva

    s ar

    omt

    icas

    , con

    dim

    ento

    s e

    arom

    as

    40 41

    Na natureza existem certas plantas que, isoladamente ou em combinaes sublimes, so ingredientes essenciais s confeces de cozinha. Estas plantas, que quando se-cas do origem as especiarias, enquanto verdes so normalmente tratadas por ervas aromticas.

    A maior parte das especiarias tem origem no Oriente. Por elas foram travadas guer-ras e perdidos imprios. impossvel falar de especiarias sem as associar aos Des-cobrimentos portugueses, que tornaram o seu comrcio uma actividade altamente rentvel e a sua expanso avassaladora.

    As especiarias j foram utilizadas para conservar alimentos em molhos, normalmen-te para disfarar determinados gostos.Hoje o emprego das especiarias moderado e utilizado para realar cores ou aromas.

    A histria das especiarias contm toda a histria do mundo.

    Curnowsky

    eSPeciARiAS

    AS ESPECIARIAS, ERVASAROMTICAS, CONDIMENTOSE AROMAS

    10

  • nOMe APLicAO

    Pratos de peixe(paelha, zarzuela bouillabaisse)estufados de criao, carne de vaca, molhos base de tomate

    Pes, peixes, mariscos, molhos base de tomate, vegetais

    Pratos da cozinha Oriental (porco,pato, galinha), pratos de peixe e

    mariscos

    Pastelaria

    Pastelaria, bebidas quentes, guisados

    Pratos de carnearenques de conserva

    Pickles, hortalias, carne guisada,salsicharia molhos base de

    tomate

    Guisados de carne de vaca, borrego e porco, recheios de carne,lngua ou outras carnes cozidas, marinadas para carnes de caa

    Ps de caril, pickles, chutneys, ovos,pratos de feijo e de lentilhas, arroz, criao, peixe, marisco,

    Ps de caril, pickles, chutneys, ovos,pratos de feijo e de lentilhas, arroz, criao, peixe, marisco,

    Molhos base de tomate, cebolas,abacates, feijes, queijos macios,

    salsichas, carne guisada, aves, peixe e mariscos

    Seca: sopas, guisados,Preparada forte: molhos para aves,

    assados, carnes frias, salsicharia, maionese

    Preparada fraca: molhos, peixes (salmo e arenque)

    Estufados, purs, molhos, massas,vegetais, espinafres

    Estufados e guisados, molhos

    Estufados, guisados, court-bouillons, salteados, etc...

    Conservas, marinadas, peixes, caa, carnes, arroz, vegetais

    ASPecTO

    Seco , modo

    Sementes - secas, frescas

    Seco - inteiro, partido,modo e sementes

    Vagem inteira,e essncia

    Em pau e moda

    Seco - cpsulas, sementes soltas,

    sementes modas

    Sementes - inteiras emodas

    Botes - secos, inteirosou modos

    Fresca e seca - inteirae moda

    Fresco - inteiroSeco - em lascas

    ou modo

    Frescas - verdes,amarelas e modas.

    Secas - inteiras, modase esmagadas

    Sementes - secas,inteiras, leo

    Preparadas - forte,aromatizada,fraca

    Inteira, moda

    moda

    Fresca - inteiraSeca - inteira, esmagada

    e moda

    Bagas - inteiras ou modas

    Bagas - frescas e secasMarinadas para carnes ou caa, infuso em molhos, recheios,

    enchidos, couves

    ORiGeM

    Turquia

    Mdio Oriente

    China

    Amrica do Sul

    Mdio Oriente

    Oriente

    Molucas

    ndia, China eMdio Oriente

    sia Tropical

    Mxico e Amricado Norte

    MediterrneoOcidental

    Ilhas Molucas

    Hungria

    ndia

    Antilhas

    Aafro

    Anis

    Anis estrelado

    Baunilha

    canela

    cardamomo

    cominhos

    cravo da ndia (Cravinho)

    curcuma

    Gengibre

    Malagueta

    Mostarda

    noz-moscada

    Paprika

    Pimenta

    Pimenta da Jamaica

    Zimbro

  • As

    espe

    ciar

    ias,

    erva

    s ar

    omt

    icas

    , con

    dim

    ento

    s e

    arom

    as

    42 43

    MiSTURAS de eSPeciARiAS

    eRVAS AROMTicAS

    As ervas aromticas tm como objectivo realar o sabor e o aroma de determinados alimentos. A utilizao das ervas aromticas perde-se no incio da Civilizao, ha-vendo registos que testemunham o seu cultivo e uso na alimentao no Egipto, na Grcia e em Roma.

    Existe uma grande variedade de espcies, umas cultivadas, outras silvestres, poden-do na sua maioria serem utilizadas frescas, na sua poca de cultivo, ou secas. As ervas aromticas podem-se empregar separadamente ou misturadas.Nas ervas aromticas o mais importante, alm da correcta relao alimento-erva aro-mtica, a manuteno do seu aroma caracterstico uma vez que a fragrncia deste tipo de plantas efmera, desaparece rapidamente com a aco do calor, sendo esta a razo pela qual as ervas aromticas frescas s se devem adicionar aos alimentos quando estes estiverem na fase final da confeco.

    Os aromticos so a alma e o esprito escondido de um bom cozinheiro.

    Grimod de la Reynire

    Sementes de coentros

    Mostarda

    Pimenta preta

    Gengibre

    Curcuma

    Tomilho

    Cardamomo

    caril (base) colombo(caril preparado nas Antilhas)

    Harissa(Pasta de cor avermelhada

    muito utilizada no Norte de fricana preparao de diversos couscous)Curcuma

    Pimenta

    Alho

    Tamarindo

    Gros de mostarda

    Sementes de coentros

    Anis

    Funcho

    Cravinho

    Pimentos vermelhos (esmagados)

    Alho

    Tomate

    Azeite

    Especiarias diversas

  • nOMe ORiGeM ASPecTO APLicAO

    Folhas - frescasRaminhos - frescos

    Flores - frescas

    caules - frescos, picados,secos e congelados

    Flores- frescas

    Folhas - frescas

    Pratos de carne (borrego, porco, galinha), molhos base de tomate, vegetais estufados.

    caules: ovos, saladas, queijos macios, molhos e sopas

    saladas

    Peixes e mariscos cozidos, sopas base de natas, omeletas e ovos

    mexidos, galinha, molhos delicados de manteiga

    Folhas - frescas e secasRazes - frescas

    Sementes - inteiras e modas

    Folhas frescas: sopas, estufados,caris, fritadas, vegetais, saladas,

    peixe, criao, molhos de tomateSementes: caris, pratos de carne

    ou criao, vegetais e pickles

    Folhas: queijos macios, omeletas,peixes, molhos base de mostarda,

    sopas frias, batata, vitela

    Molho Bearns, omeletas, peixes cozidos, cogumelos, aves e

    tempero de saladas

    Folhas - frescas e secascaules - frescos e secos

    Sementes - secas

    Folhas frescas: peixes grelhados ou assados, caldeiradas, maionese,molhos, estufados, sopas, vinagrete,saladas de peixes, carne de porcoSementes: po, salsichas, carnes

    Folhas frescas e secas: sopas, saladas, molhos, guisados, carnes,

    peixes, criao

    Ramo de cheiros, pratos de carne e criao, estufados, guisados, molhos

    para massas, pratos de peixe

    Molhos de tomate e de carne, peixes,saladas esparguete, cogumelos,

    sopas, guisados, ovos, arroz

    Temperos para saladas, anchovas,criao, caa, peixe, sopas, feijo, massas, carnes, molhos base de

    tomate

    Omeletas, saladas, vegetais, sopas,ovos, molhos, arroz, massas, peixe,

    marisco, carne, criao, etc...

    Recheios de galinha com cebola, carnes gordas (porco e ganso),

    salsichas, enchidos, vitela,saladas, etc...

    Folhas - frescas e secasSementes - inteiras e modas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas e secas

    Folhas - frescas, secase modas

    Folhas - frescas e secas

    Legumes (lentilhas, feijo verde ebranco), saldas de vegetais

    cozidos, carnes de vitela e porco assadas, aves, coelhos, sopas,

    carnes frias, etc...

    Folhas - frescas e secas

    Qualquer prato cozinhado lentamente, guisados, sopa,

    molhos base de tomate, carne assada ou grelhada, recheios, etc...

    Regio Mediterrnea

    Sul da Europa eMdio Oriente

    Sibria

    Sul da Europa

    sia e Europa

    sia Oriental

    Europa e sia

    Grcia

    Sul da Europa

    RegioMediterrnica

    Mediterrnico

    Grcia

    Alecrim

    cebolinho

    cereflio

    coentros

    endro

    estrago

    Funcho

    Hortel

    Louro

    Manjerico

    Orgo

    Salsa

    Salva

    Segurelha

    Tomilho

  • As

    espe

    ciar

    ias,

    erva

    s ar

    omt

    icas

    , con

    dim

    ento

    s e

    arom

    as

    44 45

    cOMBinAeS de eRVAS AROMTicAS

    A palavra condimento provm da palavra latina condire , que queria dizer conser-var. Assim na Idade Mdia o hbito de condimentar era interpretado como a maneira de conservar os alimentos.classificao dos condimentos:

    cOndiMenTOS

    Herbes de Provence(Trata-se de uma mistura de ervas originrias

    do Sul de Frana, empregue em estufados,tomates, pizzas , ou grelhados)

    Ramo de cheirosO ramo de cheiros uma seleco de plantasaromticas, atadas num pequeno feixe paraas impedir de se espalharem nas confeces

    Orgos

    Segurelha

    Tomilho

    Alecrim

    Manjerona

    Salsa

    Louro

    Alho-Francs

    Aipo

    Cognac, Armagnac, Calvados, Rhum, Kirsch...

    Porto, Madeira, Moscatel, Vinhos brancos e tintos ...

    Grand Marnier, Cointreau...

    condimentos Acres condimentos Salgados

    Alho

    Cebola

    Alho-francs

    Rbano

    Sal marinho

    Sal gema

    Glutamatos de sdio

    Salitre

    condimentos doces condimentos cidos

    Acar de cana

    Acar de beterraba

    Mel

    Adoantes sintcticos (sacarinas)

    Sumo e zestes de citrinos

    Mostardas doces e aromatizadas

    Vinagres, simples ou perfumados

    Pickles, cornichons, alcaparras...

    condimentos Agri-doces condimentos Gordos

    Chutneys de manga, ma, etc...

    Ketchup

    Molho worcestershire 1

    Molho de soja 2

    Manteigas simples e compostas

    Margarinas

    leos simples e perfumados

    Azeites simples e perfumados

    condimentos Alcolicos Picantes

    Tabasco 3

    1 Molho WorcestershireCondimento ingls feito base de vinagre de malte, melao, chalota, alho, tamarindo, cravinho, essncia de anchovas e extracto de carne.

    2 Molho de SojaCondimento de base no Sudoeste Asitico e no Japo. Chamado de shoyu no Japo e de jiang yong na China, este molho obtido a partir de soja, de trigo, de gua e de sal.

    3 TabascoCondimento picante produzido a partir de pequenos pimentos vermelhos do Lousiana (E.U.A.), vinagre, lcool e sal.

  • Na Antiguidade, no Mdio e Extremo Oriente, as flores de roseira e da laranjeira j eram usadas na alimentao. Na regio mediterrnica, as flores da courgette h mui-to que so fritas ou grelhadas.

    Flores mais utilizadas na alimentao:

    FLOReS cOMeSTVeiS

    conselhos de segurana:

    Usar flores cultivadas sem pesticidas ou outros qumicos;

    No serem txicas;

    Colher as flores de manh e enxagu-las;

    Limpar bem a flor.

    Flores Utilizao

    cravo

    Violeta

    Amores-Perfeitos

    Borragem

    Frsia

    ervilha-de-cheiro

    Rosa

    Margaridas

    chagas

    Madressilva

    Lrio-Vermelho

    Saladas

    Pastelaria

    Saladas

    Guarnecer bebidas e sopas

    Infuso com acar

    Pratos de vegetais

    Guarnio

    Aromatizar azeite

    Aromatizar bolos, sorvetes e refrescos

    Aromatizar sopas

  • As

    mas

    sas

    alim

    enta

    res

    46 47

    Marco Polo das suas andanas pela China, trouxe para Itlia a receita base das mas-sas. Catarina de Mdicis introduziu-as em Frana, alastrando o seu conhecimento Europa Central.Durante o Imprio Napolenico as massas ficaram ainda mais conhecidas, sendo no entanto j muito consumidas nas regies italianas de Npoles e Roma.Com a industrializao, as massas comearam a ser consumidas em grande escala.

    O fabrico das massas alimentares consiste em amassar a farinha com gua, incorpo-rando outros ingredientes (ovos, glten, aromas, legumes,...).

    1 Consoante a utilizao que se pretende para a massa, assim trabalhado o seu formato.

    2 As massas frescas devem ser consumidas rapidamente devido ao seu contedo de gua. No entanto pode-se proceder secagem.

    AS MASSAS ALIMENTARES 11

    MASSA de BASe

    ingredientes

    1kg de farinha de trigo

    10 ovos

    5cl de leo

    Preparao

    Peneirar a farinha para um monte, fazer uma cova (vulco).

    batidos.

    Mexer para dissolver o sal.

    Incorporar a farinha pouco a pouco, comeando do centropara o exterior.

    Amassar bem.

    Dividir a massa em duas partes e deixar repousar durante

    30 minutos.

    1

    2

    3

    4

    5

    6

  • VARiedAdeS de MASSAS

    Devem ser cozidas em grande quantidade de gua e um pouco de gordura. A coze-dura deve ser feita sem tampa. Nunca deixar as massas na gua da cozedura. Deve-se escorrer e esfriar para parar a cozedura.

    60 g a 70 g por pessoa. 20 g por pessoa para guarnecer sopas

    cOZedURA dAS MASSAS

    cAPiTAO dAS MASSAS

    Massas para sopa:

    Muito pequenas e de formas variadas

    pequenos gros

    estrelinhas

    aletria

    conchinhas

    pequenas argolas

    letras

    (...)

    Massas para gratinar Massas para rechear

    Massas para cozer:

    Podem ter diversos tamanhos:

    Tagliatelli, fettucine (massas mais ou menos largas)

    Esparguete (redondas e compridas)

    Macarro

    Conchinhas

    Ninhos

    (...)

    Lasanhas

    Macarro grosso

    Cotovelos estriados

    estas massas so previamente cozidas

    (...)

    Cannelonis

    Raviolis

    Tortelinni

    Conchas grossas

    (...)

  • Os

    ovos

    e g

    ordu

    ras

    48 49

    OS OVOS E GORDURAS 12

    OVOS

    Os ovos desempenham um papel relevante na cozinha/pastelaria, assim como na panificao.

    Em centros de classificao, os ovos so inspeccionados (ovoscpio) e desde que ga-rantam, para o consumidor, condies de salubridade e integridade so classificados por categorias e classes de peso.

    categoria ADevem apresentar-se com casca e cutcula normais, limpas e intactas. No devem ser lavados nem limpos antes ou depois da classificao nem submetidos a qualquer tratamento ou refrigerao abaixo de +5C.

    Os ovos da categoria A so classificados de acordo com as seguintes classes de peso:

    categoria BSo considerados de categoria B os ovos que no renam as condies de exigncia relativas aos ovos de categoria A.

    Esses ovos so encaminhados para a indstria.

    Utilizao:Os ovos so utilizados na cozinha em confeces simples de pequeno-almoo, em acepipes, saladas, guarnies e como ingrediente de outras confeces.

    As confeces, simples, mais frequentes so:

    superior a 73 gentre 63 e 73 gentre 53 e 63 ginferior a 53 g

    classe XLclasse L classe Mclasse S

    Ovos la coque Ovos duros (cozidos) Ovos escalfados

  • Ovoprodutos / Ovo pasteurizadoSo os produtos obtidos a partir do ovo (gema e clara) depois de retirada a casca e destinados ao consumo humano. Podem ser complementados com outros produtos alimentares ou aditivos.

    Os ovoprodutos podem encontrar-se no estado: Lquido; concentrado; desidratado, cristalizado, congelado e ultracongelado.

    Aplicao: Ovo inteiro pasteurizado

    Bolos, gelados, croissants, omeleta, tortilha e maionese (...). Gema de ovo pasteurizada

    Pudins, leite-creme, gelados, molhos e maionese (...). Clara de ovo pasteurizada

    Mousses, merengues, sorvetes, chantilly, pats, soufls (...).

    Ovos estrelados

    Omeleta Tortilha

    Ovos fritos Ovos mexidos

  • Os

    ovos

    e g

    ordu

    ras

    50 51

    A gordura uma substncia que facilita a preparao dos alimentos ao nvel da con-feco, textura e sabor.

    As gorduras so normalmente classificadas segundo a sua origem:

    Origem animal Manteiga, banha

    Origem vegetal Azeite, leo, margarina

    Origem animal Manteiga

    a nata do leite batida at se transformar numa emulso. Esta agitao faz com que a matria gorda se una dando origem manteiga.

    No mercado existe manteiga com sal, meio sal e sem sal.

    Banha a gordura de porco. Devido a conter gordura saturada a sua utilizao na cozinha contempornea tem vindo a diminuir.

    Origem vegetal Azeite

    O azeite a gordura produzida a partir da azeitona. Trata-se de um ingre-diente de uso regular na alimentao mediterrnica e presentemente muito utilizado.

    A qualidade do azeite , sobretudo, determinada pelos seguintes factores:

    Acidez, cor, sabor e cheiro.

    O consumidor pode encontrar no mercado azeite com percentagens de aci-dez distintas. Sendo denominados segundo a seguinte classificao:

    GORdURAS

    < 1%

    < 2%

    < 3,3%

    > 3,3%

    Azeite

    Virgem extra

    Virgem

    Virgem corrente

    Acidez Observaes

    Virgem Lampante

    Comercializado directamente aps a extraco

    No apto para consumo directo

    Comercializado directamente aps a extraco

    No apto para consumo directo.Necessita de r a ser comestvel

  • leoO leo vegetal destinado alimentao uma substncia extrada, essen-cialmente, de frutos ou sementes de plantas oleaginosas. rico em cidos gordos insaturados e com baixo teor de colesterol.

    O leo, segundo as suas caractersticas, tanto pode ser indicado para fritar como para temperar. O mercado oferece uma vasta gama de origens:

    Amendoim, girassol, milho.

    MargarinaA margarina produzida com uma grande variedade de leos e/ou gorduras vegetais, geralmente misturados com gua, sal, leite e emulsionantes. Deve ser processada, acondicionada, armazenada e conservada conforme as boas prticas de higiene.

    Esta gordura utilizada na cozinha assim como na pastelaria.

    Pode encontrar-se acondicionada em embalagens com peso entre 250 g e 1 kg.

    Quadro resumo com as caractersticas das gorduras:

    s

    Animal

    +32/35 C

    nome

    Origem

    Ponto deFuso

    Manteiga Banha Margarina

    Animal

    leo de Girassol

    +36/40 C

    +130 CTemperatura

    crtica+210 C

    Pastelaria Tempero Couvert

    Utilizao

    Utilizao restrita. Determinadaspreparaes de cariz regional

    leo de Soja Azeite

    Vegetalou Animal

    +25/37 C

    +140 C

    Tempero Fundos Pastelaria

    Vegetal

    -15 C

    +210 C

    Tempero Fundos Pastelaria

    Vegetal

    -15 C

    +220 C

    Tempero

    Vegetal

    +5/7 C

    +210 C

    Tempero Couvert Cozinha

    Regional

  • Os

    prod

    utos

    lct

    eos

    52 53

    O leite a secreo nutritiva de cor branca produzida pelas glndulas mamrias das fmeas dos mamferos. Sendo que em cozinha quando se fala de leite se trata sem-pre do leite de vaca.

    comercializado: Pasteurizado ou leite do dia

    Submetido a aquecimento de 73/76C durante 15 segundos. Ultrapasteurizado(UHT)

    Submetido a aquecimento de 145 C durante 2 a 4 segundos. Esterilizado

    submetido a aquecimento de 120/130 C, por um perodo de tempo alongado. Condensado

    evaporao parcial da gua do leite, adicionando-se acar. P

    produto obtido pela evaporao da gua do leite.

    Utilizao:Ao natural, em preparaes de bebidas de cafetaria/bar, na pastelaria e em confec-es de cozinha.

    derivados:

    O iogurte obtido pela aco dos fermentos lcteos lactobacillus bulganicus e strep-tococus termophilus sobre o leite. O iogurte contm um baixo teor de lactose e uma grande variedade de minerais, sendo o clcio o que mais se destaca.

    comercializado: Natural, com aromas/polpas/pedaos, lquido

    Segundo o seu teor de gordura pode ser: Magro, meio-gordo e gordo

    Utilizao:Ao natural, na pastelaria, em saladas, sendo frequente na refeio de pequeno- -almoo.()

    OS PRODUTOS LCTEOS 13

    LeiTe

    iOGURTe

  • A nata ou creme de leite, a camada gordurosa que se forma superfcie do leite quando em repouso.

    Utilizao:Em confeces culinrias, na pastelaria e em preparaes de bar. o elemento base da preparao da manteiga.

    A manteiga um produto obtido do bater da nata do leite fresco at se transformar numa emulso qual se incorpora ou no sal.

    (ver gorduras pg. 48/49)

    Admite-se que o queijo tenha sido descoberto mesmo antes da manteiga.Os Assrios, Egpcios, Gregos e Romanos foram grandes apreciadores de queijo e j o fabricavam em imensas variedades.

    O queijo um alimento slido, proveniente de um s tipo de leite ou da mistura de vrios, e que passa por um processo exigente de fabrico.

    Podemos agrup-los segundo a:

    Utilizao:Em confeces de cozinha, na pastelaria, em saladas, acepipes, sandes, como com-plemento de refeio de almoo ou jantar.

    nATA

    MAnTeiGA

    QUeiJO

    Origem do leite

    Vaca

    Ovelha

    Cabra

    Mistura

    Massas para gratinar

    Origem do coalho

    Animal

    Vegetal

    Qumico

    Textura

    Cremes

    Semi mole

    Semi dura

    Dura

    Extra dura

    O teor em gordura

    Creme triplo (75%)

    Creme duplo (60%)

    Gordo (45%)

    Meio gordo (entre 20 e 35%)

    Magro (inferior a 25%)

    Maturao

    Fresco

    Curado

  • Os

    prod

    utos

    lct

    eos

    54 55

    Mt

    odos

    de

    conf

    ec

    o

    Queijos europeus

    Queijos Portugueses com denominao de origem protegida (DOP)

    Queijo de nisa Leite de ovelha

    abaal Leite de cabra e ovelha

    Amarelo de castelo B

    t

    t

    Alemanha Limburger

    Edelpilz

    lia

    Leite de ovelha

    Queijo Serra da estrela

    Leite de cabra e ovelha

    Rabaal

    Leite de ovelha

    Azeito

    Leite de vaca

    S. Jorge

    Leite de ovelha

    Queijo de Serpa

    Leite de ovelha

    vora

    Leite de ovelha e cabra

    Mestio de Tolosa

    Leite de ovelha

    Queijo de nisa

    Leite de ovelha

    Leite de ovelha e mistura com cabra

    Leite de ovelha ou cabra ou mistura dos dois

    Amarelo de castelo Branco

    Amarelo da Beira-Baixa

    Picante da Beira-Baixa

    Leite de ovelha

    Terrincho

    Stilton

    Cheddar

    inglaterra

    Manchego

    Mahon

    Cabrales

    espanha

    Camembert

    Roquefort

    Brie

    Port-Salut

    Frana

    Caciocavallo

    Gorgonzola

    Mozarella

    Parmigiano

    itlia FetaGrcia

    Quargel

    ustria

    Emmemtal

    Gruyre

    Suia

    Limburger

    Edelpilz

    Alemanha

    Danish Blue

    dinamarca

    Edam

    Gouda

    Holanda

    Leite de vaca

    ilha do Pico

  • Confeccionar um alimento, exp-lo ao calor para modificar o seu aspecto, o seu gosto, a sua textura, a sua composio qumica e torn-lo mais apetitoso, mais di-gestivo e mais so, pela destruio parcial de microrganismos (segundo a durao da cozedura e a temperatura aplicada).

    A confeco modifica o aspecto, a cor, o odor, o sabor, o volume e a textura dos alimentos.

    A corVaria em funo do modo de confeco escolhido e da natureza e origem do alimento confeccionado.

    O odorA confeco permite transformar, desenvolver, concentrar ou atenuar o odor dos alimentos.

    O saborSegundo a tcnica de confeco e a matria gorda utilizada, refora-se ou atenua-se o sabor dos alimentos. As tcnicas de confeco com colorao (grelhar, saltear, fritar, ) fazem surgir sabores muito apreciados.

    O volumeA confeco aumenta ou diminui o peso ou o volume de alguns alimentos. Os alimentos gordos perdem peso, o arroz e as massas alimentares aumen-tam de volume absorvendo a gua da cozedura.

    A texturaA confeco pode resultar conforme o caso:

    Num amolecimento da celulose, legumes tornam-se mais tenros

    Num amolecimento dos tecidos e das fibras musculares da carne

    No engrossar dos molhos ou dos creme ligados com base de amido

    (roux, farinhas, smolas, ) Numa crosta prpria dos fritos e dos assados.

    A partir dos 60C as confeces permitem destruir progressivamente microrganismos.A confeco modifica igualmente a composio qumica dos nutrientes (simplifica-es moleculares) e torna os alimentos mais digestivos, modificando tambm o seu valor nutricional (perda de vitaminas).

    MTODOS DE CONFECO 14

    MOdiFicAeS ORGAnOLPTicAS ReSULTAnTeS dA cOnFecO

    MOdiFicAeS FSicO-QUMicAS ReSULTAnTeS dA cOnFecO

    PARTE - A PRODUO

  • Mt

    odos

    de

    conf

    ec

    o

    56 57

    A confeco facilita ainda o desenvolvimento de alteraes fsico-qumicas:

    Seja do interior do alimento em direco ao exterior: as protenas hidrossolveis passam para o lquido da cozedura (caldos, sopas, molhos, )

    Seja do exterior em direco ao interior do alimento: a carne perfuma-se e tempera-se graas guarnio aromtica e ao sal que se acrescenta ao lqui-do da cozedura.

    Estes fenmenos permitem-nos classificar as confeces alimentares em trs categorias:

    1 confeces com colorao preservam ao mximo o sabor no interior do alimento assar, grelhar, saltear, fritar,

    2 Confeces sem pr-colorao permitem a passagem de elementos sol-veis para os lquidos de cozedura cozer.

    3 confeces mistas, corados previamente e cozidos dentro de um lquido ou dentro de um molho estufar

    Processos de confeco:

    Cozer Processo de confeco em que os gneros so submetidos a um calor vivo, transmitido por um lquido, normalmente gua.

    Cozer a vaporProcesso de confeco em que os gneros so cozidos por efeito de vapor de gua.

    AssarProcesso de confeco em que os gneros so temperados, colocados em recipiente apropriado e sujeitos a temperatura num forno.

    FritarProcesso de confeco em que os gneros so mergulhados em leo a uma temperatura de 160C.

    SaltearProcesso de confeco em que os gneros so confeccionados em frigideira com pouca gordura.

  • GrelharProcesso de confeco em que os gneros so confeccionados sobre grelha.

    GratinarProcesso de confeco em que os gneros so, depois de empratados, co-bertos com molho ou polvilhados com queijo ou po ralado e submetidos ao forte calor da salamandra ou do forno.

    escalfarProcesso de confeco em que os gneros (frequentemente peixe, ovos) so submetidos a uma cozedura em gua ou caldo, cuja ebulio no seja forte de forma a evitar que a iguaria seque, encolha ou endurea.

    estufarProcesso de confeco em que os gneros so colocados em recipiente fe-chado com elementos gordurosos e aromticos.

    GuisarProcesso de confeco em que os gneros so submetidos a uma cozedura lenta em recipiente que pode estar destapado, com elementos gordurosos, aromticos e bastante lquido.

  • Fund

    os d

    e co

    zinh

    a

    58 59

    FUNDOS DE COZINHA 15

    Os fundos de cozinha so sucos destinados confeco de molhos. A sua qualidade depende sobretudo do respeito pelas tcnicas de preparao e pelos ingredientes utilizados na sua preparao.

    composio:Os fundos obtm-se da juno de 3 elementos:

    1 elemento nutritivo (que determina o nome de base) De vaca: Ossos, chambo, p e aparas, De aves: Carcaas e aparas, De peixes magros: Espinhas e aparas.

    2 elemento aromtico Cenouras, cebolas, consoante o fundo que queremos, Tomate concass ou tomate concentrado, Vinho branco, tinto, do Porto, da Madeira, ervas aromticas

    (estrago, cereflio...), ou especiarias.

    3 elemento de molha Normalmente gua fria, vinho branco ou tinto

    Os principais fundos utilizados so:

    Fundos Brancos De aves, de borrego e de vitela.

    Fundos escuros De vaca, de vitela e de caa.

    Fumet De peixe.

  • FUndO eScURO

    FUndO BRAncO

    A confeco dos caldos escuros idntica, variando somente a base.

    confeco

    Precaues Utilizao

    Passar muito bem os fundos pelo chins;

    Manter os fundos em ebulio lenta e constante;

    Arrefecer rapidamente os fundos;

    Guardar os fundos em recipientes tapados e etiquetados.

    Aveludados de carne e aves

    Derivados dos aveludados

    Sopas, cremes

    Estufados, guisados

    Arroz pilaf

    (...)

    2 Colocar os ossos dentro de uma panela com guafria e deixar ferver alguns minutos, escumandode vez em quando

    4 Colocar os ossos dentro de uma panela com guafria e deixar ferver, adicionar o ramo de cheirose os legumes aromticos cortados em pedaos bem lavado

    6 Passar o caldo pelo chins

    1 Partir os ossos, remover gorduras e medula

    3 Arrefecer com gua fria

    5 Deixar ferver lentamente e escumar de vez em quando (1hora - Fundo de aves; 2 a 3 horas - Fundo de vitela)

    desengordurar o caldo, arrefecer e guardar bem tapado em ambiente refrigerado

    s

    confeco

    Utilizao

    Base para fazer Molho espanhol e Demi-Glace Confeco de Glaces de carne Confeco de estufados e alguns guisados Sopas

    1 Cortar os ossos

    3 Adicionar a cebola e as cenouras em pedaos, deixar corar alguns minutos

    5 Colocar os sucos extrados dentro da panela comos ossos e os aromticos

    7 Adicionar o caldo de carne ou de aves at cobriros ossos

    9 Adicionar o tomate em concass ou concentrado,o ramo de cheiros e pimenta

    Passar pelo chins e estamenha11

    2 Levar os ossos ao forno dentro de um tabuleiro (sem gordura), para corar (sem excessos)

    4 Retirar os ossos e os legumes aromticos do tabuleiro e colocar dentro de uma panela

    6 Colocar o tabuleiro em cima do fogo ao lume e fazer (um refrescar) com gua

    8 Levar ao lume, e escumar de vez em quando

    Deixar ferver lentamente durante 2 a 3 horas, e escumar

    10

  • Fund

    os d

    e co

    zinh

    a

    60 61

    As glaces de carne, de aves, de caa ou de peixe so fundos, no temperados, que se reduzem muito lentamente, por evaporao de uma grande parte da gua e con-centrao de sucos.

    So preparaes culinrias de base, simples, compostas em partes iguais, de mantei-ga e de farinha. Podem ser:

    Aveludados (Carne, peixe, aves)Os aveludados so obtidos de um fundo de carne de aves ou de peixe, adicionado de embamata, ligado com manteiga e temperado com sal e pimenta.

    GLAceS

    ROUX OU eMBAMATA

    FUMeT

    confeco

    Utilizao

    Sopas Molhos

    1 Aparas e espinhas de peixe

    3

    5 Passar pelo chins e arrefecer

    2 Suar as aparas, espinhas e guarnio aromtica

    4 Escumar

    6 HORAS DE COCO

    Meio-Fundo GlaceFundo

    4 HORAS DE COCOINCIO + +

    Manteiga e farinha

    embamata branca

    embamata escura

    composio

    cerca de 4 minutos

    cerca de 8 minutos

    Manteiga e farinha

    confeco

    Utilizao

    Dar untuosidade e estabilidade a alguns molhos realizados por reduo

    1 Ferver o fundo a utilizar

    3 Adicionar o fundo pouco a pouco mexendo sempre com umas varas devendo a misturahomognea e sem grumos

    5 Deixar cozer durante 15 minutos, mexendo de vez em quando

    7 Ligar com manteiga e guardar em banho-mariaa uma temperatura superior a 65C

    2 Preparar o embamata colocar a manteiga dentro de um tacho e deixar derreter Adicionar a farinha a mexer Deixar cozer lentamente e mexer Deixar arrefecer

    4 Mexer sempre e deixar ferver, temperar

    6 Passar o aveludado pela estamenha

    Tempo de confeco

    Adicionar gua e bouquet deixar ferver

  • Os molhos so composies lquidas, quentes ou frias, que acompanham ou servem para acompanhar uma iguaria. A funo de um molho a de valorizar um alimento e estar em harmonia com ele.

    nos sculos XVII e XVIII que aparecem receitas dos molhos bechamel, soubise, e maionese. Foi Carme que classificou os molhos como molhos frios e molhos quen-tes, dividindo os quentes em molhos escuros e brancos, dando origem a inmeros molhos compostos que deles derivam.

    Molhos Base

    MOLHOS

    Escuro

    Escuro

    nome

    espanhol

    demi-Glace

    cor composio Aplicao

    Fundo escuro, tomate concentrado, vinho branco, bacon, manteiga,

    toucinho, farinha, cenoura, cebola, ramo de cheiro, sal, pimenta (...)

    Confeces de carne, ovos, massa,

    peixe

    Forma

    QuenteAssados, estufados

    Aperfeioamento do Molho Espanholcom vinho da Madeira e glace de

    carne.

    Quente

    Vermelho--Escuro

    Tomate Massas / ovosAzeite, cebola, cenoura, alho, tomate,

    farinha, ramo de cheiro, caldo de carne, pimenta em gro, sal (...)

    Quente

    Amarelo--Suave

    Maionese Saladas / peixe frito(...)

    Ovos, leo / azeite, vinagre, sal, pimenta e mostarda.

    Frio

    ClaroVinagrete Saladasleo / azeite, vinagre, sal, pimenta, mostarda.

    Frio

    Amarelo--Suave

    BearnsBifes, lombo de vaca

    e certos peixes Grandes posta

    Gemas de ovo, manteiga, vinho branco, vinagre estrago, chalota, sal,

    pimenta e cereflio picado.Morno

    Amarelo--Suave

    Holands Peixe e legumes emcaldo aromtico

    Gemas de ovo, manteiga, gotas de gua, sumo de limo, sal e pimenta

    caiena.Morno

    BrancoBechamelConfeces escalfadas, gratinadas

    Manteiga, farinha, leite, cebola inteira,cravinho, noz moscada, sal e pimenta

    em gro.

    Quente

    derivados

    Mornay, Soubise (...)

    Malts, Mousseline,

    Mostarda (...)

    Paloise, Foyot, Choro (...)

    Andalus, Chantill (...)

    Ravigote, Mostarda (...)

  • Prep

    ara

    es

    base

    62 63

    Designam-se por manteigas compostas o resultado que se obtm da mistura de de-terminados elementos cozidos, pisados no almofariz e passados por uma peneira fina, com manteiga. As manteigas compostas podem ser frias ou quentes.Apresentam-se as mais usuais:

    PREPARAES BASE 16

    MAnTeiGAS cOMPOSTAS

    SOPAS

    A sopa a consolao primeira de um estmago necessitado

    Brillat-Savarin

    O sucesso de uma refeio largamente condicionado pela forma como ela ini-ciada, assumindo as sopas uma importncia fulcral neste domnio. De facto, quer se trate de um caldo, um pur ou um creme, servido quente ou frio, a sopa tanto pode ser suficientemente leve para permitir apreciar um fausto banquete, como rica e substancial ao ponto de reconfortar um estmago vazio e um corpo fatigado aps um longo dia de trabalho.Do ponto de vista nutricional, a sopa um elemento valioso da refeio, que pela sua versatilidade de preparao pode veicular praticamente todos os nutrientes in-dispensveis a uma alimentao saudvel, destacando-se como um meio de intro-duo de legumes na dieta diria.

    As sopas podem ser agrupadas em:

    Sopas Claras Sopas Ligadas

    Manteiga, sumo de limo, salsa picada, sal e pimenta

    Manteiga, sumo de limo, sale pimenta

    Manteiga

    Mordomoou

    Matre dhotel

    Moleiraou

    Meunier

    composio Aplicao

    Iguarias grelhadas

    Iguarias salteadas

    Forma

    Fria

    Quente

    Manteiga, glac de carne, salsa e estrago picada, sumo

    de limo, sal e pimentacolbert Iguarias fritas Fria

    Manteiga, alho, sal e pimentade alho Vrias Fria

  • Sopas claras: Consomms

    Substncia nutritiva que obtida da cozedura de carnes, aves, peixes ou legumes, sendo depois coada, clarificada e desengordurada. O consomm pode ser servido quente, frio ou em geleia.

    Obs. Os consomms so sobretudo indicados para a refeio de jantar e servios especiais.

    Sopas Caldo guarnecido com legumes, leguminosas, carnes, peixes, mariscos, mas-sas, arroz, po, ovos, etc.

    Obs. Mais indicadas para a refeio de almoo.

    Sopas Ligadas: Cremes e aveludados

    So sopas geralmente feitas com legumes e leguminosas que so passadas e ligadas com gemas, natas ou embamata (aveludados)

    Obs. Indicados para as refeies de almoo/jantar.

    Consomms:

    Sopas:Sopa Glria

    canja

    esquema de confeco

    4 Passar pela estamenha

    1 Confeco do fundo base, carne, ossos, gua, aromticos e temperos. Deixar ferver durante 3 horas

    3 Levar a lume forte no deixando agarrar.Deixar cozer mais 1 hora.

    2 Clar om adio de cenoura, cebola, alho- -francs e claras de ovo batidas

    esquema de confeco

    1 Legumes diversos com gua (feijo-verde, cebola,tomate e azeite)

    3 Batatas cozidas e esmagadas

    5 Adicionar hortel e servir

    2 Levar a lume p/ cozer os legumes

    4 Adicionar

    esquema de confeco

    1 Caldo de galinha

    3 Adicionar arroz, cebola e cenoura

    5 Servir com os midos da galinha carnee hortel

    2 Ferver

    4 Deixar cozer

  • Prep

    ara

    es

    base

    64 65

    cremes base de legumes

    cremes base de leguminosas secas

    creme base de farinha de arroz

    nota:A farinha de arroz deve ser diluda em gua fria antes de ser adicionada ao caldo. O creme deve ser passado pelo mix antes de adicionar a farinha de arroz, para evitar que com a aco do mix a farinha se separe do caldo.

    esquema de confeco

    exemplo: Creme de Legumes, Creme de Abbora

    1 Manteiga, cebola, alho-francs

    3 Adicionar legumes, leguminosas frescas, tubrculos, caldo de carne, sal

    5 Mix e chins

    7 Rec emperos

    2 Refogar

    4 Cozer

    6 Ferver

    8 Ligar e guarnecer

    esquema de confeco

    exemplo: Creme Cond, Creme Belmonte, Creme Cartaxense

    1 Azeite, cebola, alho-francs

    3 Adicionar tubrculo, caldo de carne, sal

    5 Vinho tinto

    7 Leguminosa seca cozida

    9 Mix e chins

    Rec emperos

    Guarnecer

    11

    13

    2 Refogar

    4 Cozer

    6 Reduzido

    8 Ferver

    Ferver

    Ligar c/ manteiga12

    10

    esquema de confeco

    exemplo: Creme Argenteuil, Creme Carolina, Creme de Galinha (...)

    10

    1 Manteiga, cebola, alho-francs

    3 Tubrculo, elemento base (ex. espargos), caldo de carne ou de aves), sal

    5 Mix e chins

    8 Passar a chins

    Rec emperos

    Guarnecer12

    2 Refogar

    4 Ferver

    6 Adicionar a farinha de arroz (diluda em gua fria)

    7 Ferver

    9 Ferver

    Ligar11

  • creme base de tomate

    AcePiPeS

    Os acepipes so preparaes ligeiras, simples ou elaboradas, frias ou quentes, que se destinam a ser consumidas no incio da refeio, ou seja, antes da iguaria principal.

    Em grande parte dos restaurantes, os acepipes esto descritos nas cartas como en-tradas , nos menus so colocados logo a seguir s sopas.

    Funo do acepipe Abrir o apetite; Ocupar o tempo de espera pela iguaria principal; Impressionar favoravelmente o cliente.

    A variedade de acepipes imensa, sendo a possibilidade de misturar produtos crus (alface, cenoura, ... ), com produtos cozidos ( batata, feijo-verde, carnes,...) que per-mite ao cozinheiro uma grande criatividade.

    A apresentao dos acepipes depende do esprito e imaginao, assim como do sen-tido artstico do cozinheiro.

    O Garde-manger o responsvel pela elaborao dos acepipes frios, sendo o En-tremetier ou o Pasteleiro os responsveis pela elaborao dos acepipes quentes.

    Os acepipes frios so geralmente temperados com molho vinagrete ou seus derivados.

    Em alguns casos podem-se utilizar molhos com natas, iogurtes, sumos de frutas, queijos, ...

    esquema de confeco

    exemplo: Creme de tomate, Creme Americano, Creme Espanhol, Creme Gasco (...)

    1 Manteiga, cebola, alho-francs

    3 Tomate concass, elemento engrossante (ex. batata ou farinha de trigo), caldo de carne, sal

    4 Passar pelo passe-vite e chins

    2 Refogar

    5 Ligar e guarnecer

    notaOs cremes de tomate no devem ser passados pelo mix porque mudam de cor (ficam cor de laranja), devendo por isso ser passados no passe-vite.

  • Prep

    ara

    es

    base

    66 67

    Base de Pats1:Foie gras, galantinas, terrinas, (...)

    Base de Marisco:Lagosta, sapateira,ostras

    ex. Sapateira recheada

    Base de Frutos:Pra abacate, melo, anans, figos

    ex.: Pra abacate com camaro

    Acepipes Frios

    Base de Legumes:Alcachofras, espargos, etc...

    ex.: Espargos com molho maionese

    Base de Fumados:Salmo, espadarte, presunto

    ex.: Canaps, sortidos de fumados

    Saladas compostas

    Saladas cuja combinao de ingredien-tes proporciona uma infinidade de pre-paraes.

    O resultado final depende essencial-mente da originalidade, sabor, tempero e apresentao.

    1 TerrinasOs preparados chamados terrinas so muitos e variados. Para cozer as terrinas em banho-maria usam-se recipientes prprios em grs, porcelana, ou inox de vrios feitios. As terrinas de carne normalmente so forradas com bacon em fatias ou toucinho gordo. A maior parte das terrinas de carne contm uma certa quantidade de carne de porco (gordo ou magro), misturada ao elemento que lhe d o nome. No caso de no serem forradas; so escorridas no fim de cozidas, prensadas e arrefecidas.

  • ex.: Quiche Lorraine

    Base Mousses2 e Quiches:Legumes, marisco, aves, (...)

    ex.: Mousse de legumes

    Base Legumes Recheados: Tomate, courgettes, (...)

    ex.: Tomate, courgette e batata

    Acepipes Quentes

    Base de Massa:Vol-au-vent, crepes, blinis.

    ex.: Val-au-vent de marisco

    Base Marisco:Lagosta, vieiras, ostras, (...)

    ex.: Ostras gratinadas

    2 MoussesPreparado salgado, leve e macio, composto por ingredientes finamente triturados e adicionados de natas ou molho Be-chamel. O elemento que determina o seu nome pode ser um peixe, marisco, ave, fgado, fiambre, presunto, legumes, entre muitos outros. As mousses so, por vezes, moldadas e geralmente servidas frias, at geladas, como acepipe.

  • Past

    elar

    ia

    68 69

    PASTELARIA 17

    AS MASSAS, CREMES E PONTOS DE ACAR

    As massas e os cremes so as bases essenciais da pastelaria. Da correcta manipula-o depende a boa qualidade; h que ter em conta que os ingredientes, na paste-laria, tm de ser usados por conta e medida, pois alguns gramas a mais ou menos podem alterar toda a confeco.

    Na pastelaria as massas podem-se agrupar em:

    Massas Secas Massas Moles Massas Montadas

    Quebrada

    Folhada

    Areada ou Doce

    Massas Levedadas

    De Chouxou Fartos

    Massa de Crepes

    Genovesa

    De Biscuit

    Vinh ou para fritar

    De Brioche

    De Savarine Baba

    De Pizza

    Tarteletes, Quiches, Tartes, Rissis

    Empadas, Flores, Vol- -au-vent (...)

    Fundos de Tarte, Fundosde Tarteletes

    Geignets, Gnocchi

    Guarnies de consomms, Acepipes

    variados

    Panados (...)

    Pizza

    Massas composio Utilizao

    cozinha Pastelaria

    Tarteletes, Tartes de fruta, Tarte Alsaciana

    Carrs, Mil-folhas,