Manifesto do Partido Comunista

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E.E.FREI CARLOS FILOSOFIA-2°01 MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA (FRIEDRICH ENGELS E KARL MARX) ALUNO: LUCAS COSTA SANTOS (32) 1

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Resenha detalhada sobre o manifesto criado por Friedrich Engels e Karl Marx, onde você encontra um pouco sobre a vida de cada um dos autores, as teorias aplicadas no manifesto, e suas observações e reflexoes na politica atual.

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E.E.FREI CARLOS

FILOSOFIA-2°01

MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

(FRIEDRICH ENGELS E KARL MARX)

ALUNO: LUCAS COSTA SANTOS (32)

PIEDADE DE CARATINGA-MG

2015

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Aluno: Lucas Costa Santos

MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

(FRIEDRICH ENGELS E KARL MARX)

Trabalho apresentado a matéria de Filosofia da escola

estadual Frei Carlos Piedade de Caratinga– MG como

requisito parcial para conclusão da matéria.

Orientador (a): Prof. Cláudio.

PIEDADE DE CARATINGA-MG

2015

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 04

2. VIDA E OBRA DE FREDERICH ENGELS.......................................................04

3. VIDA E OBRA DE KARL MARX......................................................................05

4. TEORIA DETALHADA DE OBRA...................................................................06

5. TESES DE POLITICA CONTIDA NA OBRA E SUA

INFLUENCIA NA POLITICA ATUAL...................................................................09

5.1A concepção materialista da História............................................................................... 09

5.2 "A História de todas as sociedades até os nossos dias não foi senão a história elas lutas de classes.".................................................................................................................................... 09

5.3 A anatomia do capitalismo.................................................................................................10

5.4. A tendência do capitalismo em rebaixar o nível de vida dos operários, a torná-los cada vem meais pobres...................................................................................................................................... 10

5.5. Em oposição ao Manifesto, que descrevia as crises comercial-industriais como uma série de crescentes catástrofes................................................................................................................10

5.6. "O governo moderno nada mais é do que um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa. "..........................................................................................................10

5.7. "Toda luta de classe é uma luta política"....................................................................... 11

5.8.0 proletariados não podem conquistar o poder por meio das leis promulgadas pela burguesia. 11

5.9. Para a transformação socialista da sociedade é necessário que a classe operária concentre em suas mãos o poder capaz de varrer todos os obstáculos políticos que se anteponham em sua trajetória até a nova ordem..................................................................................................................... 11

5.10. O desenvolvimento internacional do capitalismo determina o caráter internacional da revolução proletária................................................................................................................................. 11

5.11. “A partir do momento em que, o curso do desenvolvimento, as diferenças de classe tenham desaparecido e que toda a produção este) a concentrada rias mãos de indivíduos associados, o poder público perde seu caráter político. ”.......................................................................................12

5.12. "Os operários não têm pátria."................................................................................... 12

6. CONCIDERAÇOES FINAIS..............................................................................12

7. ANEXOS..............................................................................................................14

8. REFENCIAS BIOGRAFICAS............................................................................15

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RESUMO: O Manifesto do Partido Comunista (Manifest der Kommunistischen Partei - alemão) foi escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico Karl Marx e Friedrich Engels e expressa o programa e propósitos da Liga Comunista. Os autores defendiam a queda da burguesia, a soberania do proletariado, a dissolução da antiga sociedade burguesa e a fundação de uma nova sociedade sem “classes” e sem “propriedade privada”. Esse manifesto é uma análise da luta de classes e um pedido de “união” entre os operários do mundo. Este texto teve sua primeira versão publicada em alemão em 1848, somente depois foi traduzido para outros idiomas.

PALAVRA-CHAVE: Manifesto – Comunista- Burguesa –Proletariado

1-INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos analisar a vida e obra dos autores de um dos manifestos que marcou a história no mundo, Frederich Engels e Karl Marx, e como a teoria contida no manifesto foi aplicado na história, sua influência na política atual. A obra que traz as visíveis diferenças do regime capitalista da época e quanto ela fazia questão de expor a situação da desigualdade social, o comunismo era a favor da abolição das propriedades privadas.

2-VIDA E OBRA DE FRIEDRICH ENGELS.

Friedrich Engels (Barmen, 28 de novembro de 1820.Londres, 5 de agosto de 1895) foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo cientifico ou marxismo. Ele foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador.

Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria comunista, a partir do materialismo histórico e dialético, era o mais velho de nove filhos de um rico industrial de Barmen (Alemanha)

(Ver em anexo).

Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fabricas de sua família. Fruto dessa indignação, Engels desenvolve um detalhado estudo sobre a situação de classe operaria na Inglaterra.

Quando estudante, adere a ideias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester e suas observações nesse período formam a base de uma de suas obras principais: A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra, publicada em 1845.

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Encaminhado para uma fábrica da família em Manchester, Inglaterra, Engels, que já se posicionava a favor da liberdade, contrário à tirania e à opressão, passou a conviver com a realidade dos operários.

“Abandonei a sociedade, os banquetes e a champanha da burguesia e dediquei minhas horas livres ao contato com verdadeiros operários, tratando da vida real”.

Essa convivência produziu a Situação da Classe Operária na Inglaterra, que “constitui uma terrível acusação contra o capitalismo e a burguesia; é a obra que melhor representa a situação do proletariado contemporâneo […] Nem antes de 1845 nem depois se fez uma descrição tão brilhante e verdadeira dos sofrimentos da classe operária”. (Lênin)

Muitos de seus trabalhos posteriores são produzidos em colaboração com Marx, o mais famoso deles é o Manifesto Comunista (1848). Escreveu sozinho, porém, algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do Marxismo, como Ludwing Feuebach e o fim da propriedade privada e do Estado.

Seu último trabalho (1895) foi o prefácio à reedição de As Lutas de Classe na França, de Karl Marx. Nele, Engels faz considerações sobre o desenvolvimento da luta de classes e situa, pela primeira vez na teoria marxista, a distinção entre guerra de movimento e guerra de posições.

No dia 5 de agosto de 1895, vitimado por um câncer no esôfago, falece Engels. Nos seus funerais, Wilhelm Liebknecht, líder operário, discursou: “Nele, teoria e prática se fundiram num todo único”. Presentes, atendendo ao seu pedido, apenas alguns parentes e amigos. Um grupo menor ainda, no qual estava Eleanor, filha caçula de Marx, atendeu a outro desejo, lançando as cinzas do seu cadáver no mar de Eastbourne, a duas milhas da costa.

3-VIDA E OBRA DE KARL MARX

Karl Marx (Trier, 5 de maio de 1818 - Londres, 14 de março de 1883) nasceu em uma família de classe média em Trier, às margens do rio Mosela, na Alemanha. Descendia de uma longa linhagem de rabinos, tanto da parte materna quanto paterna, e seu pai, embora fosse intelectualmente um racionalista de formação tipicamente iluminista, que conhecia Voltaire e Lessing de cor, só concordara em ser batizado como protestante para não se ver privado de seu trabalho como um dos mais conceituados advogados de Trier.

(Ver em anexo).

Aos 17 anos, Marx matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Bonn e mostrou-se sensível ao romantismo que ali predominava. No ano seguinte, o pai de Marx mandou-o para a Universidade de Berlim, maior e mais séria, onde ele passou os quatro anos seguintes e abandonou o romantismo em favor do hegelianismo que predominava na capital naquela época. Quando o acesso à carreira universitária lhe foi vedado pelo governo prussiano, Marx transferiu-se para o jornalismo e, em outubro de 1842, foi dirigir em

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Colônia o influente Rheinische Zeitung (Gazeta Renana), jornal liberal apoiado por industriais renanos.

Os incisivos artigos de Marx, particularmente sobre questões econômicas, levaram o governo a fechar o jornal, e o seu diretor resolveu emigrar para a França. Durante os primeiros meses de sua permanência em Paris, Marx tomou-se logo comunista convicto e começou a registrar suas ideias e novas concepções em uma série de escritos que mais tarde ficariam conhecidos como Oekonomisch-philosophischen Manuskripte (Manuscritos econômicos e filosóficos), mas que permaneceram inéditos até cerca de 1930.

Nestes manuscritos, Marx esboçava uma concepção humanista do comunismo, influenciada pela filosofia de Feuerbach e baseada num contraste entre a natureza alienada do trabalho no capitalismo e uma sociedade comunista na qual os seres humanos desenvolveriam livremente sua natureza em produção cooperativa.

Foi também em Paris que Marx iniciou a colaboração com Friedrich Engels, que duraria toda sua vida. Em fins de 1844, Marx foi expulso da capital francesa e transferiu-se (com Engels) para Bruxelas, onde passou os três anos seguintes, tendo nesse período visitado a Inglaterra, que era então o país industrialmente mais adiantado do mundo.

(Ver em anexo).

Em princípios de 1848, Marx transferiu-se novamente para Paris, onde a revolução eclodira primeiro, e em seguida para a Alemanha, onde fundou, de novo em Colônia, o periódico Neue Rheinische Zeitung (Nova Gazeta Renana). O jornal, que teve grande influência, sustentava uma linha democrática radical contra a autocracia prussiana, e Marx dedicou suas principais energias à sua direção, já que a Liga Comunista havia sido praticamente dissolvida.

Com a onda revolucionária, porém, o jornal de Marx foi proibido e ele buscou asilo em Londres, em maio de 1849, para começar a "longa e insone noite de exílio" que deveria durar o resto de sua vida.

Cientista social, historiador e revolucionário, Marx foi certamente o pensador socialista que maior influência exerceu sobre o pensamento filosófico e social e sobre a própria história da humanidade. Embora em grande parte ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, o conjunto de ideias sociais, econômicas e políticas que desenvolveu conquistou, de forma cada vez mais rápida, a aceitação do movimento socialista após sua morte, em 1883.

4- TEORIA DETALHADA DA OBRA.

O resumo desta teoria contida no manifesto, veem com surgimento do comunismo e como esse novo modelo de política veio “assombrar” a classe dominante europeia, onde, poderosos como o papa e o tsar, Metternich e Guizot, radicais franceses e polícias alemães” trataram de perseguir para acabar com o ideal revolucionário que estava prestes a emergir.

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O comunismo já era visto por outros poderes, como “poder”. Por essa razão os comunistas tendem a difundir as suas ideias, modo de ver e objetivos para o mundo opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo. No Manifesto do Partido Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels difundiram de maneira simples, em formato de “Manifesto”, sua nova concepção de Filosofia e de História.

Antes de iniciar a parte I, que trata dos burgueses1 e proletariado21 é importante conceituar burguesia e proletariado. Para Engels (1888) “por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletariado compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se veem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir”. Esse capítulo é destinado a um resgate histórico das lutas entre classes existentes.

É histórica a desigualdade entre burgueses e proletariados, pois “a história de toda a sociedade até aqui é a história de lutas de classes”, entre opressores e oprimidos, ora oculta ora aberta, que acabaram por modificar a sociedade, e a levar ao declínio comum as classes em luta.

A ideia de classes (ou ordens sociais) existe desde a Roma antiga. Mesmo com o declínio do feudalismo, a sociedade burguesa emergente não aboliu a distinção existente entre as classes. Com isso fez surgir “novas classes, novas condições de opressão, novas configurações de luta, no lugar das antigas”. Dessa luta surgiram duas grandes classes sociais que até hoje se enfrentam: burguesia e proletariado.

Fatores sociais e comerciais, dentro do contexto histórico, desde o declínio da sociedade feudal vieram fortalecer e consolidar a classe burguesa, O descobrimento e a colonização da América, o intercâmbio com as colônias, a multiplicação dos meios de troca e das mercadorias em geral, substituição da manufatura, desaparecimento da divisão do trabalho entre as diversas corporações e o surgimento da divisão do trabalho na própria oficina singular, estão entre os fatores.

Com o surgimento da indústria moderna e com ela os ricos detentores dos meios de produção. Surge também o mercado industrial que “deu ao comércio, à navegação, às comunicações por terra, um desenvolvimento imensurável. Este, por sua vez, reagiu sobre a extensão da indústria, e na mesma medida em que a indústria, o comércio, a navegação, os caminhos-de-ferro se estenderam, desenvolveu-se a burguesia, multiplicou os seus capitais”, ou seja, fez nascer a burguesia, como resultado desse desenvolvimento da produção, e extinguiu outras classes. Simultaneamente a esses estágios de desenvolvimento obtêm-se um progresso político opressor (associação armada, comuna, impostos...).

O modelo de Estado representativo surge para “administrar os negócios comunitários de toda a classe burguesa”. A burguesia tem seu papel significante na história, ou seja, revolucionário. Esse processo é entendido “numa palavra, no lugar da exploração encoberta

1 Burgueses- Por burguesia entende-se a classe dos modernos capitalistas, que são os proprietários dos meios de produção social e exploram o trabalho assalariado. [Nota de F. Engels para a edição inglesa de 1888. ]1.2Proletariado-A classe dos modernos operários assalariados que, uma vez que não possuem meios de produção próprios, estão na dependência de vender a sua força de trabalho para poder viver. [Nota de F. Engels para a edição inglesa de 1888. ]

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com ilusões políticas e religiosas, pôs a exploração seca, direta, despudorada, aberta”. Ela transformou toda a sociedade em “trabalhadores assalariados pagos por ela”. Reduziu tudo a uma relação de dinheiro. Através da ideia de globalização (mercado mundial) determinou “modo cosmopolita a produção e o consumo de todos os países”. A indústria deixou de ser nacional, agora é fragmentada, onde as matérias primas são importadas de outros países do mundo. Criando dependências entre as nações (unilateralidade). Até as literaturas locais tornam-se mundiais. Através dos instrumentos de produção e da comunicação facilitada “arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização”, tornando-as burguesas.

A burguesia cria no mundo a sua própria imagem. Ela criou os grandes centros urbanos populacionais, desqualificou a vida rural, deixando-a dependente da cidade. Centralizou “os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos”, surgindo a centralização política.

Se entende que “a história da indústria e do comércio é apenas a história da revolta das modernas forças produtivas contra as modernas relações de produção, contra as relações de propriedade que são as condições de vida da burguesia e da sua dominação”. Surge a epidemia da sobre produção gerando diversas crises, gerando homens munidos de informação, ou seja, os operários modernos, conhecidos como os proletários.

O proletariado se desenvolve na mesma medida em que a burguesia e o capital. Esses operários modernos “só vivem enquanto encontram trabalho e só encontram trabalho enquanto o seu trabalho aumenta o capital... têm de se vender à peça, são uma mercadoria como qualquer outro artigo de comércio... igualmente expostos a concorrência e oscilações do mercado”. O proletariado perdeu sua característica autônoma e seu estímulo, através da modernização da maquinaria e da divisão do trabalho. Ele é apenas um acessório que maneja a maquinaria, ou seja, “servos da máquina, do vigilante, e sobretudo dos próprios burgueses fabricantes singulares”. O proletariado significa “força de trabalho”, seja de homens ou mulheres, porém com custos diversos e a sua “luta contra a burguesia começa com a sua existência”.

A luta começa singela, depois se estende. Dirigem seus ataques seus ataques contra as relações de produção e também contra os instrumentos de produção. Formam então uma massa dispersa dividida pela concorrência. A força tende a crescer e os interesses e situação se vida se tornam semelhantes entre eles. Salários baixos e oscilantes colidindo com as classes. Então “os operários começam por formar coalisões contra os burgueses; juntam-se para a manutenção do seu salário. Fundam eles mesmas associações duradouras para se premunirem para as insurreições ocasionais. Aqui e além a luta irrompe em motins”.

Vence transitoriamente unindo-se. Entram em contato uns com os outros, centralizado as lutas nacionais em luta de classes. “Esta organização dos proletários em classe, e deste modo em partido político, é rompida de novo a cada momento pela concorrência entre os próprios operários. Mas renasce sempre, mais forte, mais sólida, mais poderosa”. Criam leis que os beneficiam e fortalece-os.

Os autores alertam também que essas duas classes se mesclam devido a interesses comuns. Afirmam que:

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“Em tempos em que a luta de classes se aproxima da decisão, o processo de dissolução no seio da classe dominante, no seio da velha sociedade toda, assume um caráter tão vivo, tão veemente, que uma pequena parte da classe dominante se desliga desta e se junta à classe revolucionária, à classe que traz nas mãos o futuro”.

Porém a burguesia não oferece subsistência para o proletariado, pois “o operário torna-se num indigente e o pauperismo desenvolve-se ainda mais depressa do que a população e a riqueza. Torna-se com isto evidente que a burguesia é incapaz de continuar a ser por muito mais tempo a classe dominante da sociedade e a impor à sociedade como lei reguladora as condições de vida da sua classe. Ela é incapaz de dominar porque é incapaz de assegurar ao seu escravo a própria existência no seio da escravidão, porque é obrigada a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de ser ela a alimentá-lo, em vez de ser alimentada por ele”.

A condição essencial para a existência e dominação da classe burguesa está na “acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado”.

Marx e Engels através desta análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não deixa, porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico e religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como uma simples peça de trabalho ou fator de produção, alienando e reduzindo a liberdade humana à simples liberdade de consumo e não a liberdade intrínseca como valor humanista.

Após essa análise burguesia x proletariado, os autores fazem uma análise entre proletariados e comunistas. Dizem que “os comunistas não são nenhum partido particular face aos outros partidos operários. Não têm nenhuns interesses separados dos interesses do proletariado todo. Não estabelecem nenhuns princípios particulares segundo os quais queiram moldar o movimento proletário”. Diferenciam-se dos partidos proletariados “eles acentuam e fazem valer os interesses comuns, independentes da nacionalidade, do proletariado todo”.

Eles têm “sobre a restante massa do proletariado, a vantagem da inteligência das condições, do curso e dos resultados gerais do movimento proletário”. E dizem que o que distingue os comunistas dos demais não é a defesa da “abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa”. Condensam a sua teoria numa única expressão: supressão da propriedade privada. Existem distinções entre sociedade burguesa e comunista, esta visa sempre o bem coletivo.

5-TESES DA POLITICA CONTIDA NA OBRA E SUA INFLUENCIA NA POLITICA ATUAL.

5.1A concepção materialista da História.

Formulada por Marx pouco tempo antes da aparição do texto e que nele se encontra aplicada com perfeita maestria, resistiu completamente à prova dos acontecimentos e aos golpes da crítica hostil. Todas as outras interpretações do processo histórico perderam todo significado científico. Podemos afirmar, com segurança, que anualmente é impossível não apenas ser um militante revolucionário, mas simplesmente um observador politicamente instruído sem assimilar a concepção materialista da História.

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5.2 "A História de todas as sociedades até os nossos dias não foi senão a história elas lutas de classes." O primeiro capítulo do Manifesto começa por esta frase.

Esta tese, que constitui a mais importante conclusão da concepção materialista da História, em pouco tempo transformou-se em elemento da luta de classes. A teoria que trocava o "bem-estar comum", a "unidade nacional" e as "verdades eternas da moral" pela luta entre interesses materiais, considerados como a força motriz da História, sofreu ataques particularmente ferozes da parte de reacionários hipócritas, doutrinários liberais e democratas idealistas. A eles acrescentaram-se mais tarde, desta vez a partir do próprio movimento operário, os ataques dos chamados revisionistas, isto é, dos partidários da revisão do marxismo em favor da colaboração e conciliação de classes. Finalmente, em nossa época, os desprezíveis epígonos da Internacional Comunista (os stalinistas) tornaram o mesmo caminho: a política daquilo a que se dá o nome 'frentes populares" decorre, inteiramente, da negação das leis da luta de classes. Entretanto, vivemos na época do imperialismo que, levando todas as contradições sociais ao seu extremo, demonstra o triunfo teórico do Manifesto do Partido Comunista.

5.3 A anatomia do capitalismo.

Visto este como um estágio determinado da evolução econômica da sociedade, foi destrinchada por Marx de forma cabal em O Capital (1867). Mas, já no Manifesto as linhas fundamentais da análise futura foram traçadas com clareza:

a) a retribuição à força de trabalho do equivalente de sua reprodução; b) a apropriação da mais-valia pelos capitalistas; c) a concorrência como lei fundamental das relações sociais; dg a ruína das classes médias, isto é, da pequena burguesia das cidades e do campesinato; e) a concentração da riqueza nas mãos de um número cada vez mais reduzido de possuidores, em um dos polos sociais, e o crescimento numérico do proletariado em outro; f) a preparação das condições materiais e políticas prévias ao regime socialista

5.4. A tendência do capitalismo em rebaixar o nível de vida dos operários, a torná-los cada vem meais pobres.

Esta tese foi violentamente atacada. Os padres, os professores, os ministros, os jornalistas, os teóricos sociais-democratas e os dirigentes sindicais levantaram-se contra a assim chamada teoria do "empobrecimento". Invariavelmente enumeravam sinais do bem-estar crescente dos trabalhadores, tomando a aristocracia operária por todo o proletariado, ou tomando uma tendência temporária por uma situação perdurável. Paralelamente, a própria evolução do mais poderoso capitalismo, o dos Estados Unidos transformou milhões de operários em párias, sustentados às custas da caridade estatal ou privada.

5.5. Em oposição ao Manifesto, que descrevia as crises comercial-industriais como uma série de crescentes catástrofes.

Os revisionistas afirmavam que o desenvolvimento nacional e internacional dos monopólios garantiria o controle do mercado e a abolição gradual das crises. Não há dúvida de que a passagem do século passado ao atual caracterizou-se por um desenvolvimento tão impetuoso do sistema que as crises pareciam interrupções "acidentais". Mas esta época es'

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irremediavelmente ultrapassada Em última análise, também com respeito a esta questão, a verdade está do lado de Marx.

5.6. "O governo moderno nada mais é do que um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa. "

Nesta fórmula sucinta, que os dirigentes socialdemocratas desprezavam como um paradoxo jornalístico, encontra-se, na verdade, a única teoria científica sobre o Estado. A democracia idealizada pela burguesia não é, como pensavam Bernstein e Kautsky, uma casca vazia que se pode, tranquilamente, encher sem se importar com o conteúdo. A democracia burguesa só pode servir à burguesia.

O governo de "Frente Popular" dirigido por Blum ou Chautemps, Caballero ou Negrin é tão somente "um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa". Quando este comitê se sai mal em seus negócios, a burguesia expulsa-a do poder a pontapés.

5.7. "Toda luta de classe é uma luta política"

“A organização dos proletários em classe é, consequentemente, a sua organização em partido político...” Os sindicalistas por um lado e os anarco-sindicalistas, por outro, durante muito tempo, e ainda hoje, vêm procurando fugir à compreensão dessas leis históricas. O sindicalismo 'puro" recebeu, atualmente, um golpe fulminante em seu principal refúgio: os Estados Unidos. O anarco-sindicalismo sofreu uma derrota esmagadora em sua última cidadela, a Espanha. Como nas outras questões também aqui o Manifesto demonstrou estar certo.

5.8. 0 proletariados não podem conquistar o poder por meio das leis promulgadas pela burguesia.

“Os comunistas... proclamam abertamente que seus fins só podem ser atingidos pela derrubada violenta da ordem social existente. “ O reformismo tentou explicar esta tese do Manifesto pela imaturidade do movimento operário da época e pelo insuficiente desenvolvimento da democracia. A sorte das “democracias” italiana e alemã, e de muitas outras, demonstrou que se alguma coisa não estava madura eram as próprias ideias reformistas.

5.9. Para a transformação socialista da sociedade é necessário que a classe operária concentre em suas mãos o poder capaz de varrer todos os obstáculos políticos que se anteponham em sua trajetória até a nova ordem.

“O proletariado organizado em classe dominante”, eis o que é sua ditadura. Ao mesmo tempo, trata-se da única e verdadeira democracia proletária. Sua amplitude e profundidade dependem das condições históricas concretas. Quanto maior for o número de Estados que se lançarem no caminho da revolução socialista, mais livres e flexíveis serão as formas da ditadura, mais ampla e profunda será a democracia operária.

5.10. O desenvolvimento internacional do capitalismo determina o caráter internacional da revolução proletária.

Uma das primeiras condições para a emancipação da classe operária consiste em sua ação comum, pelo menos nos países civilizados. O desenvolvimento posterior do capitalismo

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uniu de forma tão estreita as diversas partes de nosso planeta, as “civilizadas” e “não civilizadas”, que o problema da revolução socialista adquiriu, completa e definitivamente, um caráter mundial. A burocracia soviética tentou liquidar o Manifesto nessa questão fundamental, mas a degeneração bonapartista do Estado soviético é a mortal ilustração do engodo que significa a teoria do “socialismo em um só país”.

5.11. “A partir do momento em que, o curso do desenvolvimento, as diferenças de classe tenham desaparecido e que toda a produção este) a concentrada rias mãos de indivíduos associados, o poder público perde seu caráter político. ”

  Em outras palavras, o Estado extingue-se. Resta a sociedade liberta de sua camisa-de-força. E é exatamente isso o socialismo. O teorema inverso: o monstruoso crescimento da imposição e violência estatais na URSS demonstra que a sociedade soviética se afasta do socialismo.

5.12. "Os operários não têm pátria."

Esta frase do Manifesto foi frequentemente considerada pelos filisteus como uma simples fórmula de agitação. Na verdade, ela oferece ao proletariado a única diretriz justa a respeito da "pátria" capitalista. A supressão deste princípio pela II Internacional conduziu não apenas à destruição da Europa durante quatro anos, mas também à atual estagnação da cultura mundial. Diante da nova guerra que se aproxima, cujo caminho foi aberto pela III Internacional, o Manifesto permanece, ainda hoje, o mais seguro conselheiro sobre a questão da 'pátria" capitalista.

6-CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Concluo que esta pequena obra dos dois jovens autores continua a fornecer indicações indispensáveis a respeito das questões mais fundamentais e candentes da luta pela emancipação. Que outro livro poderia, mesmo que de longe, estar à altura do Manifesto do Partido Comunista. Entretanto, isto não significa, absolutamente, que, após noventa anos de desenvolvimento sem parar das forças produtivas e de grandiosas lutas sociais, o Manifesto não tenha necessidade de retificações e complementos. O pensamento revolucionário nada tem em comum com a idolatria. Os programas e os prognósticos verificam-se e corrigem-se à luz da experiência, que é para o pensamento humano a suprema instância O Manifesto requer correções e complementos, entretanto, mesmo correções e complementos não podem ser aplicados com sucesso senão nos servimos do mesmo método que se encontra à base do Manifesto, como, além disso, a prova a própria experiência histórica.

Colocando um ponto negativo aos autores vemos que Marx e Engels se coloca a respeito dos prazos históricos decorria, de um lado, da subestimação das possibilidades posteriores inerentes ao capitalismo e, de outro, da superestimação da maturidade revolucionária do proletariado. A revolução de 1848 não se transformou em revolução socialista, como o Manifesto havia previsto, mas criou, para a Alemanha, a possibilidade de um formidável

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desenvolvimento capitalista. A Comuna de Paris2 demonstrou que o proletariado não pode arrancar o poder à burguesia sem ter à sua frente um partido revolucionário experiente. Contudo, ao longo período de desenvolvimento capitalista que se seguiu à Comuna conduziu não à educação de uma vanguarda revolucionária, mas, ao contrário, à degeneração burguesa da burocracia operária que se tornou, por sua vez; o principal obstáculo à vitória da revolução proletária. Esta "dialética "os autores do Manifesto não podiam prever. O Manifesto, escrito para uma época revolucionária, contém, no final do segundo capítulo, dez reivindicações que respondem ao período da imediata transição do capitalismo ao socialismo. No prefácio de 1872, Marx e Engels mostraram que essas reivindicações se encontravam parcialmente superadas e que, de qualquer modo, não tinham mais que um significado secundário.

Os reformistas se apoderaram desta avaliação para interpretá-la no sentido que, para eles, as palavras-de-ordem revolucionárias transitórias davam definitivamente lugar ao "programa mínimo” da socialdemocracia que, como sabemos não ultrapassava os limites da democracia burguesa.

Na verdade, os autores do Manifesto indicaram de modo preciso a principal correção a ser feita em seu programa transitório: "Não basta que a classe operária se utilize da máquina estatal para colocá-la a serviço de seus próprios fins. "A correção era contra o fetichismo a respeito da democracia burguesa. Ao Estado burguês, Marx opôs, mais tarde, o Estado do tipo da Comuna. Este "tipo" tomou, em seguida, a forma muito mais precisa de sovietes. Em nossos dias não pode haver programa revolucionário sem sovietes e sem poder operário. Quanto ao mais, isto é, às dez reivindicações do Manifesto que na época da pacífica atividade parlamentar, pareceram "caducar", é preciso que se diga que recobraram, hoje, todo seu verdadeiro significado. O que caducou inapelavelmente foi o "programa mínimo" socialdemocrata.

Para justificar a esperança de que "a revolução burguesa alemã... será o prelúdio da revolução proletária", o Mania esta cita que as condições gerais da civilização europeia de então, assim como do proletariado, eram bem mais desenvolvidas do que na Inglaterra do Século XVII ou na França do Século XVIII. O erro deste prognóstico não está apenas na questão do prazo, alguns meses mais tarde, a Revolução de 1848 mostrou, precisamente, que, em presença de condições mais avançadas, nenhuma das classes burguesas é capaz de levar a revolução até o fim: a grande e a média burguesia estão muito ligadas aos proprietários fundiários e muito unidas pelo medo das massas; a pequena burguesia muito dispersa e seus dirigentes muito dependentes da grande burguesia.

Como demonstrou a posterior evolução dos acontecimentos na Europa e na Ásia, a revolução burguesa, em si mesma, não mais pode realizar-se. A purificação da sociedade dos males feudais só é possível se o proletariado, liberto das influências dos partidos burgueses for capaz de se colocar à frente do campesinato e estabelecer sua ditadura revolucionária. Em

2 Comuna de Paris- A primeira experiência de ditadura do proletariado na história, governo revolucionário da classe operária criada pela revolução proletária em Paris. Durou 72 dias: de 18 de março a 28 de maio de 1871.A Comuna de Paris foi resultado da luta da classe operária francesa e internacional contra a dominação política da burguesia. A causa direta do surgimento da Comuna de Paris consistiu no agravamento das contradições de classe entre o proletariado e a burguesia decorrente da dura derrota sofrida pela França na guerra contra a Prússia (1870-1871). [MARXISTIS; DicionárioPolitico, secçãoC/marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/c/comuna_paris.htm].

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função disso, a revolução burguesa mescla-se com a primeira fase da revolução socialista para, neste dissolver-se em seguida. A revolução nacional torna-se, assim, apenas um elo da revolução proletária internacional. A transformação dos fundamentos econômicos e de todas as relações sociais adquirem um caráter permanente.

8-ANEXOS.

FONTE: Marx_Karl/ Disponível em: <www.rollingstone.com/html>. Acesso em 23/11/2015. Dimensões 624 × 420

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FONTE: Engels_Frederich/ Disponível em < www.diarioliberdade.org>. Acesso em 23/11/2015. Dimensões 300 × 338.

FONTE: Marx/ Engels/ Escreveram a "quatro mãos" aquele que viria a se tornar o mais conhecido panfleto político mundial/ Disponível em http://www.paginadowill.com/2010/04/ html / Acesso em 23/11/2015. Dimensões 624 × 420

8- REFERENCIAS.

MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA. Disponível em:<http://www.paginadowill.com/2010/04/-manifesto-do-partido-comunista.html>. Acesso em 23 de novembro de 2015.

MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA Disponível em: <http://www.culturabrasil.org/manifestocomunista.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2015.

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MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA Disponível em:<http://escoladosruralis.blogspot.com.br/2013/11/analise-da-obra-manifesto-do-partido.html Acesso em 23 de novembro de 2015.

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MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA Disponível em:<http://averdade.org.br/2012/04/biografia-de-friedrich-engels-nele-teoria-e-pratica-se-fundiram-num-todo-unico/ Acesso em 23 de novembro de 2015.

MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA Disponível em:<http://escoladosruralis.blogspot.com.br/2011/10/normal-0-21-false-false-false.html Acesso em 23 de novembro de 2015.

MANIFESTO- DO –PARTIDO- COMUNISTA Disponível em:<http://sociologiadodireitounesp.blogspot.com.br/2012_08_13_archive.html Acesso em 23 de novembro de 2015.

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