Manifesto Anticompras

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Considere um coletivo formado por pessoas a quem você tem consideração afetiva: amigos e amigas e famílias – suas e de seus amigos e de suas amigas. Se um começa a oferecer carona aos outros isso poderá chegar a uma escala em que a produção e venda de automóveis será diminuída. Isso acarretará prejuízos às indústrias e demissão de parte desse coletivo – os que trabalham nessas indústrias e em seus fornecedores. Construtoras fecharão. Restaurantes de quilo fecharão, fabricantes de salgadinhos venderão menos e mais pessoas serão demitidas, em cascata... Além disso, imagine que a alimentação que essas pessoas pratiquem, possa ser oriunda de agricultura orgânica. Agencias de publicidade irão à falência, as de embalagens plásticas também; tecnologias agrárias serão reformadas: mais amigos e amigas desempregados. Então, as doenças serão outras e todo esse arsenal farmacológico industrial que se usa hoje, também terá queda de vendas, assim como os planos de saúde. Mais desemprego, pois todos dependem da cadeia de produção que envolve doenças e esses produtos cujas vendas diminuirão. Amigos médicos perderão o emprego porque a quantidade de pessoas que são acostumadas a procurarem tratamento para suas intoxicações com produtos industriais por padrão cultural (e que nem se dão conta disso) não precisará mais de planos de saúde. As empresas de telecomunicação não terão mais criatividade para seus planos de pagamento, pois outros grupos poderão oferecer outras tecnologias solidárias e (quase) gratuitas de que não se falam, pois estas não precisam de leilão de frequência concedida, portanto, não prescindem dos políticos governamentais. Mais desemprego! Talvez uma auditoria da dívida conclua que o dinheiro que se leva a sério, não tem nenhum valor, pois seu valor atual parte de crença ensinada sem reflexão, e muito será revelado fictício e que grande parte dele é apropriado por meio de sofisticados esquemas criminosos. Outros meios de troca são debatidos. Isso é o fim ou o início do mundo? Ou somente um arroubo de abolicionismo amplo? Dentre tantas coisas... a solidariedade é um perigo, nesse mundo que se acaba.

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Apernas um inicio meio grosseiro de um manifesto anti-industrial

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Considere um coletivo formado por pessoas a quem voc tem considerao afetiva: amigos e amigas e famlias suas e de seus amigos e de suas amigas.Se um comea a oferecer carona aos outros isso poder chegar a uma escala em que a produo e venda de automveis ser diminuda. Isso acarretar prejuzos s indstrias e demisso de parte desse coletivo os que trabalham nessas indstrias e em seus fornecedores. Construtoras fecharo. Restaurantes de quilo fecharo, fabricantes de salgadinhos vendero menos e mais pessoas sero demitidas, em cascata...Alm disso, imagine que a alimentao que essas pessoas pratiquem, possa ser oriunda de agricultura orgnica. Agencias de publicidade iro falncia, as de embalagens plsticas tambm; tecnologias agrrias sero reformadas: mais amigos e amigas desempregados. Ento, as doenas sero outras e todo esse arsenal farmacolgico industrial que se usa hoje, tambm ter queda de vendas, assim como os planos de sade. Mais desemprego, pois todos dependem da cadeia de produo que envolve doenas e esses produtos cujas vendas diminuiro. Amigos mdicos perdero o emprego porque a quantidade de pessoas que so acostumadas a procurarem tratamento para suas intoxicaes com produtos industriais por padro cultural (e que nem se do conta disso) no precisar mais de planos de sade.As empresas de telecomunicao no tero mais criatividade para seus planos de pagamento, pois outros grupos podero oferecer outras tecnologias solidrias e (quase) gratuitas de que no se falam, pois estas no precisam de leilo de frequncia concedida, portanto, no prescindem dos polticos governamentais. Mais desemprego!Talvez uma auditoria da dvida conclua que o dinheiro que se leva a srio, no tem nenhum valor, pois seu valor atual parte de crena ensinada sem reflexo, e muito ser revelado fictcio e que grande parte dele apropriado por meio de sofisticados esquemas criminosos. Outros meios de troca so debatidos.Isso o fim ou o incio do mundo? Ou somente um arroubo de abolicionismo amplo?Dentre tantas coisas... a solidariedade um perigo, nesse mundo que se acaba.