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    ~. PRODU

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    ada emais importante para a produ-cao agropecuaria do que solo. Se aterra e ruim, a planta e ruim e a pro-

    ducao de leite tambern e ruim. Por isso, aspraticas de conservacao do solo sao funda-mentais. Nao sabemos explicar, ainda, porque razao muitas del asnao sao adotadas pe-los produtores e f icarn restritas area da pes-quisa. Mas esse nao e urn problema brasilei-ro. E comum em diversos paises', observa professor Gerd Sparovek, do Departarnentode Solos da Escola Superior de AgriculturaLuiz de Queiroz (Esalq/USP). Segundo ele,nao existem dados precis os sobre numerode toneladas de terra erodidas anualrnentepelas aguas da chuva em territ6rio brasilei-ro. Mas em muitas regioes, 0numero chegaa ser ate 20 vezes superior ao que podemoscharnar de toleravel, que e de lOa 12 tonela-das de solo por hectare a cada ano, diz. Esti-ma-se, segundo 0engenheiro agronomo Ri-valdo Dhein, que a natureza leva aproxima-damente 500 anos para formar uma camadade um centimetro de terra. Em proprieda-des nas quais nao se ado tarn praticas con-servacionistas, perde-se, entao, em questaode minutos, milhares de anos de trabalhonatural, afirma.

    Os prejuizos causados pela erosao sao financeiros e ambientais.A superficie do soloea camada mais rica em materia organica eprincipal fornecedora dos nutrientes neces-sarios ao born desenvolvimento das plantas. E justamente essa parte mais rica da terraque acaba sendo removida corn as enxurra-das, prejudicando a fertilidade do solo,lem-bra Sparovek. Quanto ao ritrno de queda deprodutividade relacionada a erosao, e difi-cil apresentar numeros. Infeizmente, hapoucas pesquisas associando perda de solo equeda de produtividade no hernisferio suI.Ha informacoes sobre terras norte-ameri-

    canas, mas elas nao servem de parametropara nossa realidade, diz professor.

    Os estudos disponiveis indicam, no en-tanto, caracteristicas interessantes. 0 solobrasileiro resiste erosao durante muitotempo. Por isso, a queda de producao s6 eperceptive quando problema ja esta emestagio avancado, resultando num solo cornpoucos nutrientes e condicces impr6priaspara desenvolvimento vegetal. Essa ea-muflagem do problema e resultado da apli-cacao de fertilizantes quirnicos, correcao dosolo e ciclagem de materia organica, quernantern os bons resultados do solo mesmocorn desgaste , diz. Nao percebendo osefeitos da erosao, muitos produtores naoado tarn logo as medidas para conservar aterra. Aarea aravel de urn hectare e de apro-ximadamente 2 rnilhoes de quilos de terra,razao pela qual aperda de 10ou 12toneladase considerada toleravel', explica Dhein. Se-gundo agronorno, e praticarnente inviavelmedir, em uma propriedade, a relacao entrea perda de solo e a queda na producao. Deacordo corn Sparovek, ha dois model os rnaisutilizados no Brasil para se estimar a perda:o Unive rsa l S oil L oss quation (Usle) eo Wa ~

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    MAlO 2002 I PRODUTOR

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    Alem do prejuizo financeiro, ha a possibi-lidade de problemas ambientais nas pro-priedades agricolas. A terra que escorre jun-to corn a agua pode ser responsavel pelo as-soreamento de rios e pela sua contarninacaopor fertilizantes, herbicidas e outros produ-tos aplicados na lavoura. A terra tambernpode tornar a agua turva, impedindo a pas-sagem de sol e matando a fauna e a flora. 0excesso de nutrientes, depositados na aguacorn os fertilizantes, pode levar a eutrofiza-cao - proliferacao macica de algas -, queacaba reduzindo oxigenio da agua, Corn aumento de terra, ha tambem a reducao dacapacidade de diluicao da agua, e os alaga-mentos podem se tornar mais freqentes.

    Existem sinais emitidos pela natureza quepodem servir de alerta ao produtor do riscosde erosao, Raiz para fora da terra nao e pro-blema da planta, mas do solo. E urn indicati-vo de que a carnada superficial de terra foiarrastada. 0 mesmo vale para surgimentode pedras no terreno. Plantas invasoras saooutro sinal de que a terra apresenta proble-mas. Se ela esta bem, normalmente as plan-tas invasoras perdem em competitividadepara as culturas tradicionais', explica Dhein.

    PRODU< ; :AO

    t er r osi o n P re dic tio n Progam (Wepp). En-tretanto, ha a opcao de apenas estimar ris-eo de erosao em vez de determinar quan tode terra foi perdido, afirma professor. Eum processo mais agil e barato, em que osmapas de declividade, de uso, de manejo ede solos sao sobrepostos e estabelece-se umindice de risco de erosao,

    FERTll IZANTES

    As perdas anuais deferti lizantes NPK,pela acao das aguasda chuva sobre osterrenos chegam a

    A erosao leva consigo, tarnbem, inves-timento feito em fertilizantes quimicosaplicados na propriedade. Segundo artigodo pesquisador Altir Correa, de agosto de2000, disponivel no site da Embrapa So-los, as perdas anuais de fertilizantes NPKcarregados pela acao da agua da chuva so-bre os terrenos chegam a R$ 7 bilhoes,considerando-se uma media de perda desolo de 12,5 toneladas para cada toneladade grao produzido e para um total de 1 bi-lhao de toneladas de solo, anualmente.Esse tipo de inforrnacao nao e aceio emmuitos casos , diz Sparovek. Segundo ele, dado leva em conta que to dos os nutrientesperdidos pela erosao teriam de ser rep os-tos. Isso seria verdade se as camadas maisprofundas do solo nao tivessem nenhumnutriente disponivel, diz. A conta certa,para ele, seria repor apenas a diferenca en-tre a quantidade de terra erodida e a queficou. Nesse caso, os numeros seriarn me-nores , completa.

    PROOUTOR I MAID 2002A T E RR A Q U E E SC O RR E C OM A AG U A C AU SA A SS OR E AM E N TO

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    ~ Como em quase todas as situacces da

    agropecuaria, prevenir e bem mais interes-sante, e facil, do que remediar. Em algunscasos, nao ha como recuperar solo, em ra-zao do clima, da topografia e do grau de ero-sao , afirrna Sparovek. Os custos para umarecuperacao do solo tambem podem ser ele-vados. 0 importante e lembrar que a erosaoesta associada ma exploracao da terra ou aoseu uso excessivo. Esgotar solo e torna-lovulneravel a erosao, completa.o tipo de solo tarnbern favorece a erosao,

    Quanto mais arenoso for, men or a sua ca-pacidade de resistir a forca das aguas, poispossui uma estrutura pobre.

    CONSERVA< ;AOSolo coberto e a primeira medida da boaconservacao. Qualquer outra pratica temrespostas muito baixas se nao for combina-da corn a adocao de uma boa cobertura dosolo, principalmente nos periodos de maiorconcentracao de chuvas , diz Sparovek. Asforrageiras, utilizadas na alirnentacao do re-banho, sao uma boa alternativa para evitar aerosao, 0 sucesso de um controle corn for-rageira ou qualquer outra cobertura vai de-

    pender, tambern, do seu manejo, alerta.o grande problema do solo descoberto eo imp acto das gotas de chuva, que desagre-ga as particulas de terra, deixando-as soltase favorecendo seu escorrimento junto corna agua, Aenergia cinetica aplicada pelo im-pacto das got as de chuva, de media a alta in-tensidade, na superficie de um hectare deterra e maior do que a liberada por umabomba atornica, afirma agronomoDhein. Segundo ele, para se ter uma ideiadessa forca, basta observar as paredes dascasas rodeadas por solo descoberto. A sujei-ra chega a ficar mais de um metro acima dochao, exemplifica. Por isso, a opcao pelaforrageira deve levar em conta a quantidadede plantas capazes de se desenvolver porhectare. Quanto menas espayo existir en-tre uma planta e outra, melhor. E as plantasperenes sao mais indicadas do que asanuais, pois reduzem a necessidade de re-volvimento do solo, afirrna. ~

    Aene rg i aclnetlca ap l i cadap elo im p ac to d eg otas d e c hu vafo rte n as u p er fic ie d ater ra e m aio r d oq u e a l ib er ad ap o r um a b om baatomica

    MAlO 2002 PRODUTOR

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    :1 : : Assi ne a mel ho r f l SiM,querofazeruma assinatura da Op~oes de pagamento ' ~ revista Produtor Parmalat pelo 7 a r ev ls la d o s elo r periodo de um ana (12 edicoes] Autorizacao decobranca par bo leto bancarlo .... E 1 I d B I por apenas: ~ el eno rasl . R 4S,OO(B;asil} Cheque nominal para a EditoraContadinoLtda.= C1 US 48,00 (Exterior) Av. Paulista, 2.006 - conj . 903/904 CEP:01310-200 Sao Paulo-SP'c:IQa:

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