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lona.redeteia.com Segundo a coordenadora do local, Maristela Garcia, são os adultos quem mais usufruem do acervo e das oficinas “Foram prometidas ao todo mais de 16 mil vagas para a educação infantil durante essa atual gestão.” “Dizem que exagero quando digo que Breaking Bad é a melhor série da histó- ria, mas sustento minha opinião.” Banda que teve música regravada pelo Jota Quest, Tianastácia, faz po- cket show em Curitiba. “Chegamos a nossa última coluna, confesso que achei que não chegarí- amos até aqui. Mas desde já gostaria de agradecer a oportunidade dessa aprendizagem. “ “As canções de Chico Buarque de Hollanda encantam com sua gama de possibilidades. Canções românticas entre homem e mulher, ou até mesmo entre eu-liricos homossexuais. “ Público adulto é o maior frequentador da Gibiteca de Curitiba Novembro é o mês de conscientização masculina Inspirado no Outubro Rosa, que visa conscientizar sobre o câncer de mama, o Novembro Azul busca alertar para os perigos do câncer de próstata, que atava os homens Ano XV > Edição 964 > Curitiba, 04 de novembro de 2014 Uliane Tatit e Nicole Braga Bruno Requena COLUNISTAS OPINIÃO EDITORIAL #PARTIU p. 2 p. 5 p. 5 p. 2 p. 6 p. 4 p.3 O único jornal-laboratório diário do Brasil Foto: Arquivo SGNH Foto: Guilherme Dea

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lona.redeteia.com

Segundo a coordenadora do local, Maristela Garcia, são os adultos quem mais usufruem do acervo e das oficinas

“Foram prometidas ao todo mais de 16 mil vagas para a educação infantil durante essa atual gestão.”

“Dizem que exagero quando digo que Breaking Bad é a melhor série da histó-ria, mas sustento minha opinião.”

Banda que teve música regravada pelo Jota Quest, Tianastácia, faz po-cket show em Curitiba.

“Chegamos a nossa última coluna, confesso que achei que não chegarí-amos até aqui. Mas desde já gostaria de agradecer a oportunidade dessa aprendizagem. “

“As canções de Chico Buarque de Hollanda encantam com sua gama de possibilidades. Canções românticas entre homem e mulher, ou até mesmo entre eu-liricos homossexuais. “

Público adulto é o maior frequentador da Gibiteca de Curitiba

Novembro é o mês deconscientização masculinaInspirado no Outubro Rosa, que visa conscientizar sobre o câncer de mama, o Novembro Azul busca alertar para os perigos do câncer de próstata, que atava os homens

Ano XV > Edição 964 > Curitiba, 04 de novembro de 2014

Uliane Tatit e Nicole Braga

Bruno Requena

COLUNISTAS

OPINIÃO

EDITORIAL

#PARTIU

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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LONA > Edição 964 > Curitiba, 04 de novembro de 2014

EDITORIAL OPINIÃO

Um professor de química de uma es-cola americana, em situação financei-ra complicada, ouve do médico a pior notícia possível naquele momento: ele está com câncer de pulmão e não há o que fazer – a doença é inoperá-vel. Em transe pelo o que tinha aca-bado de ouvir, acaba se prendendo a uma mancha de mostarda no jaleco do médico. Chega em casa e encon-tra uma festa surpresa realizada pela sua mulher, grávida, e é obrigado a aturar piadas do seu cunhado, um policial da divisão da narcóticos. Não tem coragem de contar o que havia acontecido. Acompanhando a prisão que o esposo da irmã da sua mulher fez pela televisão, percebe que pode começar a produzir metanfetamina para deixar uma herança financeira aos familiares. A vida de Walter Whi-te, a partir daquele momento, nunca mais seria a mesma.

Quando começou a produção da droga juntamente com seu ex-alu-no, o polêmico e explosivo Jesse Pinkman, Walter colocou na cabe-ça de que só estava fazendo aquilo porque não poderia deixar a mu-lher à deriva para cuidar de dois fi-lhos. O problema foi que a venda o transformou no maior traficante da região de Albuquerque, Novo Mé-xico, gerando atritos com chefes do tráfico no local. Decidiu adotar para si o codinome “Heisenberg” e, por uma questão de estilo, passou a desfilar com um chapéu preto.

A sinopse de Breaking Bad, por si só, já carrega uma grande expectativa em quem assiste à série pela primei-ra vez. Com o desenrolar dos episó-dios, fica difícil parar para fazer qual-quer outra coisa. Cativante, o enredo faz com que os capítulos estejam di-retamente ligados entre si, tornando

difícil a compreensão quando se co-meça a partir de um episódio aleató-rio. A série não é tão espetacular nos primeiros momentos, mas a curiosi-dade em saber o que acontecerá a seguir prende os espectadores. Não pretendo dar spoilers sobre o seria-do, mas costumo dizer que, pra mim, há uma vida antes de Breaking Bad e uma vida depois de Breaking Bad.

Walter White, antes um mero pro-fessor, se transformou em um ver-dadeiro monstro, temido por todos.

A vontade, que antes era deixar um legado financeiro, foi sobreposta pelo desejo de ser o maior e o me-lhor. Dizem que exagero quando digo que Breaking Bad é a melhor série da história, mas sou enfático em sustentar minha opinião. Muitas vezes, o seriado não deixa nada a desejar às grandes produções cine-matográficas. Não há na televisão alguém como Walter. Muito mais do que uma história de transformação ou de um vilão, Breaking Bad é uma história de superação – e de êxito.

Durante a acirrada campanha eleitoral de 2012 que levou o candidato Gustavo Fruet, do PDT, a se tornar prefeito da cidade de Curitiba pelos próximos quatro anos, promessas envolvendo melhorias precisas e consistentes na área da educação foram uma das prioridades impostas por ele e toda a sua equipe.

Mais precisamente, foram prometidas ao todo mais de 16 mil vagas para a educação infantil durante essa atual gestão, números esses que envolvem a ampliação de escolas desde a cre-che até o ensino pré-escolar, para crianças com 0 a 5 anos.

A principal meta da “era Fruet” é ultrapassar o número de vagas abertas nas gestões anterio-res de Beto Richa, do PSDB, e de Luciano Ducci, do PSB, que assumiu o cargo logo após o tuca-no se ausentar para concorrer às eleições para o cargo de governador do estado do Paraná. Juntos, entre os anos de 2005 e 2012, Richa e Ducci criaram mais de 13 mil vagas escolares para o público infantil, contando com a cons-trução de alguns Centros Municipais de Educa-ção Infantil, os CMEIS.

No entanto, o atual prefeito, Gustavo Fruet, não conseguirá terminar os 46 novos CMEIS pro-metidos por ele no seu plano de metas, pois apenas sete dessas obras estão previstas para serem entregues no início do ano de 2015. Ao invés de construir novos centros educacionais para a cidade, Fruet pretende promover uma adaptação nas escolas de ensinos fundamen-tais para que estas possam receber crianças com idades entre 4 e 5 anos.

Com a iniciativa a prefeitura pretende abrir mais de 8 mil vagas para o ensino infantil, se os resultados se confirmarem a atual gestão dá passos largos para alcançar o plano de metas estipulado para a área da educação.

A incógnita que fica é, a medida não abrange crianças entre 0 a 3 anos que necessitam do berçário, e historicamente Curitiba sofre com a excessiva falta de vagas nas creches. Para parte da população que depende dos serviços, talvez fosse mais benéfico que em vez de se preocupar tanto com metas, a gestão se preocupasse mais em atender a demanda dos mais necessitados.

Adaptar mais, construir menosO professor que virou um monstroMatheus Gripp

ExpedienteReitorJosé Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de AdministraçãoArno GnoattoDiretor da Escola de Comunicação e NegóciosRogério Mainardes

Pró-Reitora AcadêmicaMarcia SebastianiCoordenadora do Curso de JornalismoMaria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadoraAna Paula Mira

Coordenação de Projeto GráficoGabrielle Hartmann GrimmEditoresAna Justi, Alessandra Becker e Bruna KarasEditorialDa Redação

Ilustração: Zero Byte

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Curitiba, 04 de novembro de 2014 > Edição 964 > LONA

NOTÍCIAS DO DIA

“Mudando a cara das doenças masculi-nas”. Esse é o slogan do Novembro Azul, campanha que surgiu na Austrália em 2003 com o intuito de conscientizar ho-mens em relação ao câncer de próstata. A ideia foi de um grupo de jovens de Adeilaide, que deixaram os bigodes cres-cerem durante o mês de novembro, para arrecadar fundos para caridade durante o mês de novembro, por isso o nome do movimento: Movember é uma mistura de das palavras moustache(bigode) e november(novembro). O projeto não teve esse mês de promoção escolhido sem motivo: no dia 17 é dia mundial de combate ao câncer de próstata.

Desde a fundação da Movember Fou-ndation, em 2004, já foram arrecada-dos mais de 500 milhões de dólares e, segundo a própria fundação, mais de 800 projetos em 21 países são aju-dados anualmente. Hoje o Movember, tal qual o Outubo Rosa, já vai além do combate ao câncer de próstata e se de-dica a todas as doenças que venham

a afetar homens ao redor do mundo. As formas de promoção do evento são semelhantes às do Outubro Rosa: são iluminados pontos turíticos, algumas grandes empresas fazem menções a campanha e embaixadores são esco-lhidos para apresentar esse trabalho ao redor do mundo, como no caso do pi-loto de Fórmula 1 Jenson Button, que deixou o bigode crescer em 2012.

O câncer de próstata continua sendo um dos tipos de câncer mais fatais aos homens, pois o principal tipo de exame preventivo é bastante invasivo e cul-turalmente sua aceitação é mínima. O exame mais utilizado para a detecção do câncer de próstata ainda é o exame de toque, que sofre preconceito por seu processo. Mesmo que esse receio com exame ainda seja grande, ele ainda é o caminho mais seguro para saber se o homem tem ou não o câncer de prós-tata, pois os outros tipos de exame, através de ecografia, por exemplo, não deem 100% de certeza de seus resul-

tados. Além desses dois já citados, podem ser feitos ou-tros tipos de exame, como: ultrassonografia transretal, que em muitos casos não detecta o câncer no início, a cintilografia óssea, sendo utilizada para detectar me-tástases desse tipo de cân-cer, que muitas vezes apa-recem nos ossos da bacia e região pélvica, a tomografia computadorizada, ressonân-cia magnética e a Varredura Prostacint, que funciona de forma muito parecida com a cintilografia óssea, mas tam-bém detecta metástases nos gânglios linfáticos e outras regiões não ósseas.

A prevenção ao câncer é a maior arma ao seu com-bate. Segundo dados do INCA, Instituto Nacional

do Câncer, o Paraná é o terceiro esta-do com maior incidência de câncer de próstata, com uma média de 89,30 casos a casa 100 mil habitantes, fican-do atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 105,70 casos, e do Rio de Janeiro, 103,38 casos. Por outro lado, o Amapá é o estado com menor incidência, com apenas 20,96 casos, o Pará tem apenas 25,09 e o terceiro estado com o menor

Movember: o bigode que salva vidas

Vinicius Arthur Santos

“Queremos mudar a cara das doenças masculinas.”

número é o Amazonas, com 27,94 ca-sos por 100 mil habitantes. As taxas de mortalidade em relação ao número de casos registrados giram em torno de 20% do total de casos registrados. O estado do Tocantins tem a maior taxa de mortalidade do Brasil, com 18,72 óbitos relacionados ao câncer de prós-tata, seguido do Acre, 17,78, e Rio de Janeiro,17,19, para cada 100 mil ho-mens. Os estados que menos tem ca-sos de óbitos associados à doença são o Maranhão, com 11,26 óbitos, o Pará, com 11,60 e Alagoas, com 12,48 de mortes a cada 100 mil homens.

Assim como no Outubro Rosa, monumentos ganham iluminação colorida > Foto: Arquivo Ver Mais Design

Campanha visa conscientizar sobre câncer de próstrata > Imagem: Arquivo Revifé

Logo após o Outubro Rosa, ao redor do mundo tem início o Outubro Azul, onde o combate as doenças masculinas ganham os holofotes

Câncer de mamaMuitos homens não sabem que o cân-cer de mama também pode afetar o sexo masculino e a prevenção é essen-cial. O exame tem o mesmo processo do feminino e os sintomas são: protu-berância ou inchaço, geralmente indo-lor, pele ondulada, retração do mamilo, vermelhidão ou descamação da pele da mama ou do mamilo, inchaço nos linfonodos axilares. Igual aos sintomas, as causas da doença partem do mes-mo princípio, sendo comumente alte-rações hormonais, alterações genéti-cas hereditárias ou adquiridas.

Por mais que ainda sejam pequenos, comparados aos casos femininos, já existem casos de mortalidade mascu-lina relacionada ao câncer de mama. Na escala de óbitos a cada 100 mil ho-mens, os números aprecem quase ine-xistentes, mas já são pelo menos, 0,33 vítimas de câncer de mama em Goiás, 0,30 no Rio de Janeiro e 0,28 em Tocan-tins. Em muitos estados não houve re-gistro de morte masculinas por câncer de mama ou suas complicações, mas o alerta deve ser dado e o período do outubro azul é onde essas informações estão ainda mais evidentes. Muito me-lhor do que fazer um exame que gere um pouco de constrangimento para muitos homens, é poder viver uma vida tranquila e com a segurança de que sua saúde está em dia.

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LONA > Edição 964 > Curitiba, 04 de novembro de 2014

Em uma movimentada rua do centro da capital paranaense, ergue-se um casarão vermelho cheio de detalhes e ornamentos. No fim do pátio deste casarão se encontra uma garagem, decorada com famosas revistas em quadrinhos, de todas as épocas, e um grande letreiro amarelo, que anuncia ao visitante o que se encontra ali: A Gi-biteca de Curitiba.

Inaugurada em 16 de outubro de 1982, a Gibiteca nunca foi pensada como apenas uma “biblioteca de gibis”, e sim como um espaço para cartunistas, de-senhistas e quadrinistas compartilha-rem suas obras e interagirem entre si. É o que conta o idealizador da Gibite-ca, o arquiteto e professor aposentado Key Imaguire Júnior.

“Então comecei a pensar que isso de-veria existir, um espaço em que eles pudessem conversar, montar revistas, para ler gibi, enfim. E essa é a ideia da Gibiteca. Nunca foi uma biblioteca de gibis. Era sempre um local de encontro e reunião dos cartu-nistas, do pessoal envolvido com pro-dução”, diz o arquite-to, que no final dos anos 70 emprestava seu escritório – que ficava no térreo da casa de seus pais – para os autores da revista Casa de Tolerância. Nesta épo-ca, o Brasil viva a fase do chamado “Ci-clo Alternativo de Revistas” – revistas com conteúdo alternativo produzido primariamente por estudantes e ser-viu de ponto de partida para inúmeros ilustradores brasileiros.

No começo dos anos 80 a ideia chegou até o Prefeito de Curitiba na época, Jai-me Lerner, que então selecionou Key e Domingos Bogestabs (o arquiteto da Ópera de Arame) para realizar os pro-jetos da futura Gibiteca. Porém a insta-

Gibiteca de Curitiba oferece mais do que apenas leituraCom um público adulto predominante, a Gibiteca é um espaço que funciona além do empréstimos de exemplares de HQ’s e gibis

bilidade econômica do período levou ao cancelamento do projeto – afinal, era uma mídia que ainda não estava consolidada. A ideia em si sobreviveu, e finalmente, em 1982, a Gibiteca foi fundada em uma das salas da presti-

giosa Galeria Scha-ffer, na Rua XV de Novembro. O acer-vo foi montado por meio de doações de editoras e coleciona-dores locais.

Com um fluxo inten-so de oficinas, ex-

posições, cursos e grupos de criação, o crescimento do local foi tanto que a Galeria Schaffer já estava pequena. Então houve a mudança do local para o Complexo Solar do Barão, mais es-pecificamente na Casa da Baronesa. “Como a Gibiteca não cabia mais na Schaffer, em 1989 veio para a Casa da Baronesa. Ótimas condições, podería-mos ter o acervo que quiséssemos, ex-posição em sala própria, enfim, tinha toda a estrutura para funcionar bem e funcionou muito bem”, relembra Key.Infelizmente, nem mesmo o sucesso impediu que a Gibiteca fosse movida

para a garagem do Solar do Barão para dar lugar ao Museu da Fotografia. O point dos cartunistas beirou o fecha-mento, mas foi salvo graças aos seus visitantes, com conta o pai da Gibiteca. “Houve a reação das pessoas frequen-tadoras da Gibiteca. Esse pessoal que se formou aqui, que vinha aqui, que se reunia aqui, reagiu e em função desta reação que eles [a Prefeitura] tiveram que mantê-la.”

E é na garagem que a Gibiteca se en-contra até hoje. Inicialmente o local não estava em con-dições ideais para manter os gibis, mas com o tempo e a dedicação de seus funcionários, tudo foi se organizando.

Se engana quem acha que o principal público da Gibiteca são as crianças. “Por incrível que pareça, todo mundo acha que são as crianças. Mas o maior público de quadrinhos é o

adulto”, diz a coordenadora da Gibite-ca, Maristela Garcia. “As crianças, quan-do vem, vem com as escolas ou com os pais. O público que lê mais é o adoles-cente para adulto.”

A Gibiteca funciona como uma biblio-teca normal. Há cerca de 24.000 gibis (com alguns datados da década de 50), além de livros teóricos sobre quadri-nhos e livros de RPG. A variedade de quadrinhos disponível impressiona, e vai de quadrinhos americanos clás-sicos, passando por mangás, quadri-nhos alemães, italianos, espanhóis, até curitibanos (muitos deles formados na Gibiteca). Há até mesmo as primeiras edições nacionais de Batman, Capitão América, O Globo Juvenil (datados da década de 40) e uma coleção completa do Pasquim.

Para quem quer ir além da leitura, são ofertados cursos de quadrinhos, que vão do básico ao avançado e cobrem diversas especificidades, como man-gás, caricatura e figuras humanas.

A Gibiteca fica na Rua Carlos Cavalcan-ti, número 533, no Centro de Curitiba. Ela fica aberta durante a semana entre 9h e 12h durante a manhã e entre 14h a18h da tarde. Aos sábados, funciona apenas a tarde.

Guilherme Dea

GERAL

“O maior público de quadrinhos é o adulto, não as crianças.”

Fachada da Gibiteca > Foto: Guilherme Dea

Espaço também recebe desenhistas, oficinas e palestras > Foto: Guilherme Dea

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COLUNISTAS

Catwalk

História da MPB

Uliane Tatit e Nicole Braga

Bruno Requena

Curitiba, 04 de novembro de 2014 > Edição 964 > LONA

É o fim da temporada para nós

Simplesmente Chico

Uliane TatitKarl Lagerfeld homenageou Gabrielle Chanel com o filme “The Return”; Gisele Bündchen resolveu investir nos vocais; Cara Delevingne e Kate Moss dividiram ensaios fotográficos; Costanza Pascolato e Marilu Beer inovaram com um sofachat via YouTube; Anna Wintour, que não fazia dessas há um bom tempo, ignorou o des-file de Giorgio Armani; a Moschino ganhou as passarelas; Jean Paul Gaultier deu adeus ao prêt-à-porter; Oscar de la Renta, infeliz-mente, não está mais entre nós; e, nesta temporada, o maior evento de moda bra-

sileira, o São Paulo Fashion Week completa 20 anos. A partir de agora, todos esses mo-mentos farão a diferença no que será usa-do e feito nos próximos anos. É um pouco arriscado apostar nisso antes que 2014 termine, mas, provavelmente, é o início de uma nova era na moda. Acredito que também seja importante prestar atenção na moda masculina, na moda prática (de rua), em movimentos como o “Fashion Re-volution Day” e nos próximos trabalhos de Jeremy Scott (para mim, ele será o estilista que afetará grande parte dos vestiários). Esses são meus comentários finais. Espero,

As canções de Chico Buarque de Hollanda encantam com sua gama de possibilidades. Canções românticas entre homem e mulher, ou até mes-mo homossexuais. Chico ousa em sua obra, levando sua arte ao extremo. Um belíssimo eu lírico feminino em can-ções como “Olhos nos olhos”, música que Maria Bethânia lançou e que marca uma revolução no cancioneiro popular, mostram uma mulher dando a volta por cima em um término de relaciona-mento, acabando com a culpa que lhe era atribuída. E como é indispensável falar sobre este grande compositor (se não o melhor)! Vou comentar algumas canções de seu repertório vasto e en-cantador. Senhoras e senhores, Chico é tudo de bom!

Chico estourou na época dos festivais com a canção “A Banda”, que levou seu nome aos quatro cantos do Brasil. De-fendida juntamente com Nara Leão, “A Banda se tornou a queridinha do festi-val. Nara conta em entrevista que de-

morou muito tempo pra que ela se “li-vrasse” da canção, porque aonde quer que fosse, restaurantes, bares, boates, na escola dos filhos, solicitavam com fervor que cantasse-na. Um sucesso tremendo, o empurrão que Chico pre-cisava para divulgar sua ótima música. Não posso esquecer de dizer que foi Nara Leão quem lançou Chico Buarque. Elis Regina conta em uma entrevista ao programa Ensaio, da Tv Cultura de 73, que Chico, ainda desconhecido, foi até sua casa mostrar algumas de duas can-ções, mas era muito tímido e Elis achou que ele não tinha gostado dela e que não queria que cantasse suas músicas. Ela comenta que ele entrou calado, meio amuado e quase nada disse, um tanto desconfortável” descreveu a can-tora, “perdi de lançar o Chico, e Nara Leão lançou”.

No começo da sua carreira Chico era muito comparado com o compositor Noel Rosa. Fazia sambas geniais e de-liciosos que logo caíram na boca do

nesse ano, ter mostrado que moda é muito mais que passar um cartão de crédito em uma liquidação. Espero ter mostrado um significado que, em cada peça, complete sua personalidade.

Nicole BragaA moda tem história e cada pedacinho dela é diferente. Cada inspiração, cada “retorno” têm um motivo. Vamos combinar que esse ano não faltaram foram “looks antigos”! Queria fazer uma retrospectiva de algumas das nossas publicações favoritas. Come-çando com o MET gala 2014. Criamos uma expectativa e acabamos nos decepcionan-do. Nada em destaque. O tema principal da festa pouco foi lembrado. Mas gosto dessa coluna especificamente porque tive que ceder o meu lado fã e ser imparcial. Minha segunda publicação favorita é recente. O que podemos dizer sobre o último desfile da Dolce & Gabbana? Até agora continuo apaixonada e esperando pela replicação com um valor menor, claro. Parece que é fácil chegar e escrever. Na maioria das ve-zes eu fiz o papel consumidor, e olhando hoje, minha opinião mudou muito des-de a nossa primeira coluna. Muitas vezes

você precisa deixar o seu gosto pessoal e encarar que certo detalhe merece um tom crítico. Inúmeras vezes tive que admitir es-tar errada sobre determinado look e perce-ber que eu mesma estava usando errado. Chegamos a nossa última coluna, confesso que achei que não chegaríamos até aqui. Mas desde já gostaria de agradecer a opor-tunidade dessa aprendizagem. Graças a essa coluna me forcei a sair da minha zona de conforto, tive que correr atrás de apren-der sobre um assunto que pouco sabia.

E o São Paulo Fashio Week?No primeiro dia, o SPFW não trouxe mui-ta novidade. É terrível como a moda bra-sileira se deixa levar pelo estrangeirismo. Porém, o evento também trouxe mo-mentos interessantes como o debate en-tre Paulo Borges e Altuzarra, que comen-taram a importância dos desfiles. Outro detalhe curioso será a parceria entre Riachuelo e Versace, apresentada nesta quinta-feira (06). E, para “quebrar o gelo” do evento, no último domingo, o SPFW realizou a pré-estreia do filme “Saint Lau-rent” no Brasil. Para saber quais serão os próximos desfiles, clique aqui.

povo como: “Pedro Pedreiro” e “Ole Olá”. Logo depois emplacou sucessos como “Tem Mais Samba” e “Roda Viva”, que foi tema da peça de mesmo nome. Nos tempos de ditadura, a encenação foi invadida por um grupo de caça aos comunistas, os atores da peça apanha-ram e tiveram suas roupas e cenários completamente destruídos.

Chico Buarque nunca foi de fazer mui-tos show e transitou por vários meios e linguagens: teatro, literatura, cinema, carnaval, entre outros. Um dos shows mais emblemáticos de sua carreira foi o que dividiu o palco com Maria Bethâ-nia, em 75. O espetáculo deu origem a

um disco recheado de sucessos: “So-nho Impossível”, “Sem açúcar” e “Gota D’água”. Chico conta, em entrevista ao programa Vox Populli da Tv Cultura, no final dos anos 70, que muitas pessoas reclamavam que ele esquecia a letra nos espetáculos, ele ri: “Nada mais jus-to reclamarem”.

Que Chico Buarque é uma preciosi-dade em nossa arte, não é mistério algum, ele faz parte da imagética bra-sileira, trazendo à cena artísticas ricas composições com grandes parcerias: Tom Jobim, Francis Hime, Edu Lobo, Roberto Menescal, Gilberto Gil entre outros. É só ouvindo pra entender.

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LONA > Edição 964 > Curitiba, 04 de novembro de 2014

O Amor VenceuLocal: Teatro Regina VogueData: 5, 6 e 7 de novembroHorário: 20h30Ingressos: a partir de R$30

O Incrível Menino Preso na FotografiaLocal: Teatro da CaixaData: 5, 6, 7 e 8 de novembroHorário: 20hIngressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

TianastáciaLocal: Livrarias Curitiba – Shopping PalladiumData: 5 de novembroHorário: 19h30Ingresso: gratuito

Lorena Chaves - Voz e ViolãoLocal: Teatro do PaiolData: 5 de novembroHorário: 20hIngressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)

DesapegoLocal: On The Road Business Communication CenterData: até 20 de dezembroHorário: segundas, das 8h às 21hIngresso: gratuito

IDEA/Brasil 2014Local: Museu Oscar NiemeyerData: até 1º de março de 2015Horário: terças, das 10h às 18hIngressos: R$6 (inteira) e R$3 (meia)

O Shopping Palladium recebe o pocket show “Love, Love”, da banda Tianastácia. O show tem o mesmo nome do álbum lançado em 2013 cuja música tema in-tegra a trilha sonora do filme “Mato Sem Cachorro”. Entre as músicas do repertório estão “Alô, Alô, Alô” e “El Nobre Aventu-rero”. A banda surgiu em 1992 como um hobby, mas três anos mais tarde virou coisa séria quando venceu o FestValda, com a música “Cabrobó”. Em sua disco-grafia, Tianastácia já acumula dez discos e teve grande reconhecimento quando, em 2005, o Jota Quest regravou a música “O Sol”, de autoria do guitarrista Antônio Júlio Nastácia. O grupo é formado pelos músicos Antônio Júlio Nastácia (guitar-ra), Beto Nastácia (baixo), Glauco Nastá-cia (bateria), Maurinho Nastácia (vocal e violão) e Podé Nastácia (vocal e violão).

O Museu Oscar Niemeyer recebe a exposição da 7ª edição do prêmio IDEA/Brasil – edição brasileira do prêmio americano IDEA Awards – com mais de 100 projetos de design premia-dos pelo evento.

Os projetos estão distribuídos em 24 catego-rias: Ambientes, Acessórios Pessoais, Casa, Co-merciais e Industriais, Comunicação, Design de Interface, Escritório, Embalagens, Estratégia de Design, Ecodesign, Entretenimento, Informáti-

ca, Jóias, Lazer e Recreação, Médicos e Científi-cos, Pesquisa, Têxteis e Transportes.

A mostra segue até o dia 1º de março de 2015, tem curadoria de Joice Joppert Leal e é realiza-do pela Associação Objeto Brasil. Há 18 anos a organização promove o aperfeiçoamento téc-nico e estético de produtos e serviços no país. O prêmio tem como objetivo dar mais visibili-dade para os participantes e ajudar na constru-ção do design brasileiro.

Trabalhos de design ganham exposição no MON

Barack Obama é eleito presidente dos EUA

Em 4 de novembro de 2008, Barack Obama ganhou a presidência dos Es-tados Unidos com 69,4 milhões de vo-tos, sendo o presidente mais votado da história do país e o segundo mais votado do mundo.

Obama tornou-se o primeiro afro-a-mericano a ser eleito presidente. Obama ganhou com 52,9% dos vo-tos populares, contra 45,7% de seu concorrente, John McCain, nomeado como candidato republicano. Em 10

de fevereiro de 2007, Obama anun-ciou sua candidatura, prometendo acabar com a Guerra do Iraque, au-mentar a independência energética e fazer com que os serviços de saúde fossem universais, em uma campanha de “esperança” e “mudança”. Na Con-venção Nacional Democrata, Hillary Clinton pediu aos seus partidários que o apoiassem e, junto com o ex-presi-dente Bill Clinton, fizeram campanha a seu favor, que fez o discurso de aceita-ção para mais de 75 mil pessoas.

Tianastácia faz pocket show em Curitiba

ACONTECEU NESTE DIA

#PARTIU

O presidente americano Barack Obama > Foto: Arquivo Oficial da Casa Branca

Teatro

Shows

Exposições

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A banda Tianastácia > Foto: Divulgação