Lona 835 - 24/09/2013

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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 CNJ suspende aposentadoria de Clayton Camargo Ontem o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná renunciou ao cargo ao pedir aposentado- ria alegando problemas de saú- de, porém o pedido foi suspenso pelo corregedor Francisco Falcão do Conselho Nacional de Justiça a pedido do Ministério Público Federal que alegou que Clayton estaria “fugindo” das investiga- ções conduzidas pelo CNJ. Página 3 A verdade é que, como a maioria dos impostos ex- cessivos, o pedá- gio é mais uma forma de reverter o dinheiro brasi- leiro para o pri- vado, e não para o público.” A política imigrató- ria brasileira, apesar de incentivar a imi- gração qualificada, precisa de forte rees- truturação para ser adequada a um país ciente de sua respon- sabilidade huma- nitária,” Lis Claúdia. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Rodrigo Ferraz Cesar. Editorial ONU Por onde anda? Notícia Antiga No dia 24 de setembro de 1949, Pedro Al- modóvar, um dos nomes mais importantes do cinema europeu, veio ao mundo Edição 835 Curitiba, 24 de setembro de 2013 “Vários momentos na história da huma- nidade, foram marca- dos por decisões que, mesmo contra todos os padrões legais, foram necessárias para um bem maior.”, Jorge Washington “O texto da coluna de hoje é um pou- co diferente. Não fala sobre música, mas fala sobre um assunto que aflige a quase todos: o passar dos anos”, Pamela Castilho. Política Música ANPr Idosos contam como a atividade físi- ca a qualidade de vida e o bem-estar, e quais são as melhorias notáveis na saú- de quando passam a fazer exercícios continuamente. E personal trainer dá dicas de quais são os melhores exercí- cios para serem realizados na “melhor idade”, e também quais são os benefí- cios adquiridos por idosos que prati- cam esportes regularmente. Página 4

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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lona.redeteia.com

Opinião

Colunistas

Página 5

CNJ suspende aposentadoria de Clayton CamargoOntem o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná renunciou ao cargo ao pedir aposentado-ria alegando problemas de saú-de, porém o pedido foi suspenso pelo corregedor Francisco Falcão do Conselho Nacional de Justiça a pedido do Ministério Público Federal que alegou que Clayton estaria “fugindo” das investiga-ções conduzidas pelo CNJ.

Página 3

“A verdade é que, como a maioria dos impostos ex-cessivos, o pedá-gio é mais uma forma de reverter o dinheiro brasi-leiro para o pri-vado, e não para o público.”

“ A política imigrató-ria brasileira, apesar de incentivar a imi-gração qualificada, precisa de forte rees-truturação para ser adequada a um país ciente de sua respon-sabilidade huma-nitária,” Lis Claúdia.

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Rodrigo Ferraz Cesar.

Editorial ONU Por onde anda?

Notícia AntigaNo dia 24 de setembro de 1949, Pedro Al-

modóvar, um dos nomes mais importantes do cinema europeu, veio ao mundo

Edição 835 Curitiba, 24 de setembro de 2013

“Vários momentos na história da huma-nidade, foram marca-dos por decisões que, mesmo contra todos os padrões legais, foram necessárias para um bem maior.”, Jorge Washington

“O texto da coluna de hoje é um pou-co diferente. Não fala sobre música, mas fala sobre um assunto que aflige a quase todos: o passar dos anos”, Pamela Castilho.

Política Música

AN

Pr

Idosos contam como a atividade físi-ca a qualidade de vida e o bem-estar, e quais são as melhorias notáveis na saú-de quando passam a fazer exercícios continuamente. E personal trainer dá dicas de quais são os melhores exercí-cios para serem realizados na “melhor idade”, e também quais são os benefí-cios adquiridos por idosos que prati-cam esportes regularmente.

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Expediente

Para quem acha que o valor pago pelos usuários das praças de pedágio é muito alto, uma novida-de: nessa semana, será firmado um Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) que prevê uma perda parcial da receita das em-presas responsáveis pelas rodovias que não entregarem as obras no prazo pre-visto no contrato. Ou seja, ao invés de multar a concessio-nária pelo atraso, o

documento assegu-ra uma redução na tarifa, para que o benefício se destine ao usuário. A medi-da será aplicada no próximo reajuste de tarifas.O capital arrecada-do na cobrança de pedágios deve ser investido na me-lhoria das vias para facilitar o tráfego, beneficiando – se é que “beneficiar” é o termo adequado, considerando que o cidadão está pagan-do pelo serviço - o

motorista. Porém, os únicos favoreci-dos – e dessa vez o termo está correto – são os órgãos re-guladores, que es-tabelecem preços acima da inflação justamente para angariar seus lu-cros em cima dessa receita. Essa alte-ração nas regras é a primeira decisão em prol do usuá-rio, que também é lesado tanto pelo atraso das empresas quanto pela má ma-nutenção das rodo-

vias. Se a medida for cumprida com efe-tividade, de uma forma ou de outra, o pedágio será uti-lizado para aquilo que realmente se destina. Se as obras atrasarem, a tari-fa diminui, o que, consequentemente, beneficia apenas o usuário. Para que isso não aconteça e a empresa não te-nha prejuízos, o ór-gão regulador fará o máximo para que não haja nenhum

Ou liga a britadeira ou abaixa a tarifa

Rodrigo Ferraz CesarAo longo da fa-culdade, minha principal área de interesse foi a po-lítica e no final do meu último ano fui convidado a trabalhar para a Câmara Fede-ral no gabinete de um deputado. Comecei desen-volvendo e geren-ciando mídias di-gitais, escrevendo artigos e releases. Nos 3 anos que

trabalhei na Câ-mara dos Deputa-dos assumi novas responsabilidades e coordenei toda a comunicação do gabinete. Trabalhei na equi-pe de comunica-ção e marketing de duas campanhas eleitorais vitorio-sas (uma para de-putado federal em 2010 e outra para prefeito em 2012) e desde janeiro de

2013, sou Chefe de Imprensa e Re-lações Públicas da Prefeitura de São José dos Pinhais. Faço o meio cam-po entre a Impren-sa e a Prefeitura, a edição final das notas, matérias e releases enviados para a imprensa e o planejamento de comunicação da instituição.Continuo inves-tindo na minha

O Brasil com os olhos na ONU e os braços cruzadosLis Claudia Ferreira

vavelmente não estejam dispostos a dividir. Apesar da dificuldade em conseguir o apoio dos membros permanentes, o Brasil tenta ganhar a no-toriedade necessária para conseguir alcançar seu ob-jetivo - as várias tentativas do presidente Lula em convencer Ahmadnejad a entregar o urânio enri-quecido do Irã, visavam ganhar a credibilidade in-ternacional.Entretanto, o Itamaraty e o Ministério da Justiça, não parecem tão preo-cupados em serem “bem vistos” quando o assunto é imigração. A política imigratória brasileira, apesar de incentivar a imi-gração qualificada, preci-sa de forte reestruturação para ser adequada a um país ciente de sua respon-

sabilidade humanitária.O Brasil coordena a Mi-nustah - Missão de Paz da ONU no Haiti - e havia se comprometido a conceder visto humanitário para os haitianos que desejassem vir ao Brasil fugindo da si-tuação de pobreza extrema do país. Essa decisão foi posteriormente revogada.O coronel José Mateus Tei-xeira Ribeiro é oficial de comunicação do CCOM-SEx – Centro de Comuni-cação Social do Exército, serviu na Missão de Paz do Haiti e declara que os vis-tos dados aos haitianos não são humanitários: “Quan-do o visto é concedido na embaixada brasileira, é um visto de trabalho, o fato de a população não ter a qua-lificação necessária é um problema do país”.Os haitianos continuam

entrando clandestinamen-te no Brasil e a maioria aca-ba vivendo em condições subumanas (muito próxi-mas da realidade no Haiti) na pequena cidade de Bra-sileia, no Acre. O governo brasileiro não se respon-sabiliza pela situação em que vivem esses imigrantes e não parece planejar ne-nhuma mudança nas polí-ticas de concessão de visto aos haitianos.O Brasil também tem mostrado o pouco com-promisso com políticas imigratórias em relação aos sírios. Tendo uma das maiores comunidades sí-rias fora do Oriente Mé-dio, o Brasil recebeu desde 2011 quando iniciaram os confrontos na Síria, me-nos de 300 sírios, a maioria com visto de turismo.Questinado sobre visto de

refúgio para sírios, o Ita-maraty apenas informa que para obter esse vis-to, é necessário estar em solo brasileiro e para isso, precisa possuir o visto de turismo (não surpeende os haitianos entrarem ile-galmente no país). Sobre a concessão de visto de turismo para cidadãos sí-rios o Itamaraty orienta a procurar o Conculado Brasileiro do Líbano que por sua vez, declara que só é possível obter o visto mediante apresentação de comprovante de trabalho no país de origem, extrato bancário dos últimos seis meses e carta convite. Para os sírios, é praticamente impossível conseguir os documentos solicitados pela embaixada brasileira pois muitos bancos e or-gãos públicos foram des-

truídos ou fechados por causa dos conflitos.O Brasil portanto, tem tentado (com baixíssimo desempenho) por meio da concessão de visto de turis-mo ou trabalho, ser visto como um país humanitá-rio e conseguir os olhos e apoio do mundo para sua candidatura à cadeira no Conselho de Segurança.Esperamos que o discurso da presidente Dilma, seja mais eficaz em esconder toda a falta de interesse do país em socorrer vítimas da guerra ou resolver pro-blemas que já se tornaram uma crise em Brasileia. Caso contrário, a vaga no Conselho de Segurança, será – como muitos de-claram que é – um sonho utópico distante.

Por Onde Anda?

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Isabelle Kolb

problema com o an-damento do projeto e nem no cumpri-mento da data esti-pulada. Ou seja, por mais que o valor do pedágio continue o mesmo, o cidadão pode ver o resulta-do da cobrança de impostos.A verdade é que, como a maioria dos impostos excessi-vos, o pedágio é mais uma forma de reverter o dinhei-ro brasileiro para o privado, e não para o público. Ele fun-

ciona como uma espécie de instru-mento que explo-ra os recursos para suprir gastos. Das duas, uma: ou as ro-dovias continuam desestruturadas, ou as empresas pro-longam as reformas por muito tempo. Independente do motivo, qualquer que seja a opção es-colhida, a problema permanece, e o mo-torista não é consi-derado o alvo das melhorias.

Mantendo a tradição da Assembléia Anual da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil fez a abertura dos dis-cursos nesta terça (24). O Brasil tem esse “pri-vilégio” por ter sido o primeiro país a se tor-nar membro das Nações Unidas após a 2ª Guerra Mundial.Este compromisso é es-tratégico e poderá in-fluenciar nos planos bra-sileiros de obter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Essa posição, além de ga-rantir ao Brasil o poder de interferir na manutenção da paz mundial, nos daria o prestígio político e eco-nômico que, os membros permanentes (França, Es-tados Unidos, Reino Uni-do, Rússia e China), pro-

formação acadê-mica e hoje faço MBA em Mar-keting. Também dou aulas parti-culares de inglês e faço freelas para empresas priva-das que querem melhorar seu ran-keamento no goo-gle através da pro-dução de artigos específicos para cada segmento.

Editorial

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Pedido de aposentadoria de Clayton Camargo é suspensa pelo CNJO presidente do TJ pediu ontem a aposentadoria que foi suspensa pelo CNJ a pedido do MPF. Segundo nota oficial, o MP alega que ele estaria “fugindo” das investigações feitas pelo CNJ

O Desembargador Clayton de Coutinho Camargo, Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, renunciou e pediu aposentado-ria na tarde de ontem (23) que foi suspen-sa pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão. Segundo o Ministério Público, Clayton estaria fa-zendo isso para fugir de um possível pro-cesso administrativo disciplinar. Em nota oficial, Falcão teria notificado o Minis-tério Público Fede-ral (MPF) que pediu concessão de liminar e impedir a trâmite do pedido de aposen-tadoria. Com isso, Cleyton Camargo mantém o seu cargo como presidente do TJPR. Antes de renunciar, Clayton adiou a aber-tura do processo lici-tatório de reforma do

Lucas de Lavor

Palácio da Justiça que tinha sido anulado pelo vice-presidente do TJ, Paulo Rober-to Vasconcellos. O pedido de aposenta-doria, que foi enca-minhado ao Órgão Especial, foi aprova-do por unamidade pelos desembargado-res que elogiaram as realizações de Clay-ton no curto espaço de tempo que ficou como presidente. A eleição para o novo presidente está mar-cada para as 13h30 do dia 03 de outubro. Os desembargadores que quiserem se can-didatar tem até o dia 30 de setembro. Em nota oficial, Clayton pediu a aposentado-ria por motivos de saúde.

Trajetória

Clayton Camargo assumiu o cargo de presidente no iní-

cio do ano vencen-do, nas eleições, um empate no segundo turno com o Desem-bargador Guilherme Gomes e Clayton foi eleito por ser mais velho. O ex-presiden-te do TJPR também é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça por tráfico

de influência e por suspeita de interfe-rência por parte do TJ na eleição do seu filho ex-deputado Fábio Camargo para conselheiro do Tri-bunal de Contas. O CNJ também criticou Clayton pela criação de mais 25 cargos de desembargadores e

aconselhou a desis-tir, porém o CNJ foi ignorado. A censura do jornal “Gazeta do Povo” quando Clay-ton conseguiu apro-var a não divulgação do processo de julga-mento do CNJ con-tra Clayton Camargo também faz parte do repertório do apo-

sentado, que semana passada sofreu um infarto durante o Ór-gão Especial e mes-mo assim insistiu em ir à reunião do CNJ em Brasília. Mesmo tendo 30 dias de fol-ga, Clayton voltou na sexta-feira passada e renunciando ontem.

Notícias do Dia

Apesar do desenvol-vimento de projetos pensados para se in-serirem em núcleos urbanos e contextos reais a verdade é que, na maior parte das ve-zes, os trabalhos dos alunos de Arquitetura, não passam do papel.Cerveira Pinto, ar-quiteto e docente da UFP, entende que, em Portugal, não é muito comum a aplicação de trabalhos desenvolvi-dos em contexto aca-démico na realidade externa, salientando a importância de “não se desperdiçar o po-tencial que é desen-volvido nas Universi-dades pelos próprios alunos.”Sendo os trabalhos aplicados à realida-de ou não, esta é uma área onde as técnicas, a “criatividade e a ino-vação são indissociá-veis” visto que per-mitem a exploração

de novos métodos de criação que, de algu-ma forma, são inte-grados “no processo de qualificação do es-paço urbano”, segun-do Luís Pinto de Faria. Estes fatores manifes-tam-se em qualquer projeto, tendo em con-ta a evolução do espa-ço urbano e dos edifí-cios que o constituem e para este docente, a criatividade deverá ser encarada “como um fator de diferenciação e competitividade de uma cidade bem como exercer um papel sig-nificativo no processo de criação, articulação ou implementação de novas políticas publi-cas urbanas.”

Laboratório de Estu-dos e Projetos

Na UFP, a Arquitetu-ra não passa só pela planificação, desenho

e criação: tem um ca-rácter interdisciplinar e interage diretamen-te com as mais di-versas áreas. A van-tagem é a aquisição de conhecimentos e competências para integrar um mercado de trabalho cada vez mais exigente, onde se procuram profis-sionais que saibam ir além da sua área de especialização. “A estratégia de ensino adotada não deixa de garantir uma capa-cidade real e efetiva de intervir profissio-nalmente ao nível da construção, da ar-quitetura e do pla-neamento”, assume o coordenador do cur-so, abrindo espaço para novas atividades emergentes enqua-dráveis na área onde “o arquiteto enquan-to técnico, artista e cidadão terá uma res-ponsabilidade acres-

cida na concretização deste objetivo,” de-fende Luís Pinto de Faria.Exemplo disto é a Caminhada da Aces-sibilidade organizada pelos alunos do Cur-so de Pós Licenciatu-ra de Especialização em Enfermagem de Reabilitação da UFP, na qual participam também os alunos de Arquitetura. Ao

fazerem parte desta iniciativa, os futuros arquitetos desenvol-vem uma consciência mais efetiva e críti-ca das dificuldades encontradas nas in-fraestruturas públi-cas por pessoas com mobilidade reduzida ou outro tipo de de-ficiência. Por outro lado, tanto o LEP - Laboratório de Estudos e Proje-

tos da UFP, como os estágios profissionais permitem a interação entre investigação, ensino e aprendiza-gem sem nunca es-quecer a “aproxima-ção aos atos próprios da profissão”, como ressalva Luís Pinto de Faria.

Arquitetura vs Realidade vs Inovação

Célia Martins, projeto Além Mar

Ao longo de 10 semestres, a Arquitetura e o Urbanismo integram-se num plano de estudos preparado para receber cerca de 30 alunos por ano

Construção de uma maquete

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4 Geral

Todos sabemos que a prática de exercícios f ísi-cos é essencial em todas as fa-ses da vida, mas para os idosos ela tem uma importância a mais. A ativida-de f ísica auxilia no combate de diversas doen-ças dentre elas o câncer de mama e de próstata, a obesidade, a de-pressão, o stress, a osteoporose, o diabetes, e ainda previne contra doenças cardía-cas e vasculares. Segundo a per-sonal trainer, Andressa Tats-ch, é fundamen-tal aos idosos a prática de exer-cícios pelo me-nos cinco vezes na semana, mas dois desses dias devem ser reser-vados somente para a prática de exercícios aeró-bicos. Os cuida-dos com a carga, com o tipo e a forma de pra-ticar a ativida-de devem ser dobrados, para que haja sensa-ção de bem-es-tar e não de dor ou desconforto: “p r i m e i r a m e n -te é necessário realizar uma avaliação mé-dica, para de-pois escolher os exercícios cor-retos”, explica a personal. A prática da ati-vidade f ísica faz com que os ido-sos tenham um aumento sig-nif icativo no sistema imu-nológico, con-

s e q u e n t e m e n t e há menor inci-dência de infec-ções urinárias e respiratórias, e quando alguma doença for con-traída a recupe-ração é extre-mamente mais rápida. Para a perso-nal trainer, An-dressa Tatsh, os exercícios de-vem ser de leve a médio impac-to para não pro-vocar lesões, os mais indicados para os idosos são a caminha-da, a bicicleta, e a hidroginás-tica. A muscu-lação também deve ser fei-ta para forta-lecimento dos músculos, “o alongamento, o pilates e a yoga também são óti-mas opções para aumentar a f le-xibilidade e a mobilidade”, fa-zendo um pouco de cada “haverá um retardamen-to imenso no processo de en-v e l h e c i m e n t o”, fala Andressa. A nutricionista,

Rutieli Fadter, explica que inú-meras vantagens como a f lexibi-lidade, a força muscular, a me-lhora da memó-ria, o equilíbrio, e a resistência aeróbica são ob-tidas com a prá-tica regular de exercícios f ísi-cos, e “quando esse é aliado a uma dieta rega-da a legumes, verduras, vita-minas e proteí-nas os resulta-dos são ainda mais positivos”, conta a profis-sional. Os idosos Com diversas opções de ativi-dades para esco-lher e praticar, a maioria dos idosos prefere realizar exercí-cios ao ar livre, a caminhada é considerada por eles um dos mais destressantes e prazerosos. A aposentada, Teresinha Perei-ra de 64anos e seu marido tam-bém aposentado

João Maria de 68 anos, prati-cam atividade f ísica regular-mente. Para o casal a caminha-da é o melhor de todos, mas eles também fa-zem musculação porque consi-deram essencial para f irmar os músculos. Te-resinha diz que além da cami-nhada também pratica hidrogi-nástica duas ve-zes por semana “eu tenho uma energia incrí-vel, não consi-go f icar parada um dia sequer”. Ela ainda conta que raramente f ica doente “mi-nha saúde está sempre em óti-mo estado, tudo muito controla-do, graças à mo-vimentação e a alimentação ba-lanceada”, conta a aposentada. Já o marido, João Maria, é adepto apenas da cami-nhada e da mus-culação, e diz que a alimen-tação também é fundamental para uma boa qualidade de

vida “não adian-ta você se movi-mentar e ao sen-tir fome comer bobagens, subs-tituir alimen-tos calóricos por saudáveis é a melhor coisa”, fala o aposenta-do. A pensionista, Marli Ribeiro de 66 anos, con-ta que também gosta de praticar atividades, mas sem muito es-forço “não gosto de pegar peso, prefiro fazer ca-minhada e me exercitar tam-bém nas acade-mias ao ar livre”. Para ela, quem diz que não pra-tica atividades porque não tem dinheiro para pagar academia é extremamen-te preguiçoso “você pode fa-zer caminhadas pela manhã e pela tarde e ain-da conta com muitos apare-lhos nas praças e parques para se exercitar gra-tuitamente”. A pensionista fala que faz cons-tantemente os

exames de roti-na para confe-rir como está a saúde, e que não tem nenhum problema com pressão alta ou baixa, coleste-rol alto ou bai-xo e diabetes e ela atribui esse fato a sua prá-tica contínua de atividades f ísi-cas. Marli, tam-bém mantém uma alimenta-ção controlada a base de vita-minas e proteí-nas, “quando você une a ali-mentação equi-librada e faz os exercícios regu-larmente”, a sua qualidade de vida só tende a melhorar cada vez mais, você f ica de bem consigo mesmo, “além de se sen-tir mais jovem e saudável”, conta a pensionista.

Atividade física na terceira idade previne doenças, combate o sedentarismo e aumenta a qualidade de vida

Alessandra Becker

Idosos praticam exercícios físicos para manter a saúde equilibrada e para se prevenir de graves doenças que atingem com frequência a terceira idade

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5Colunistas

PoliticalizandoDerrocada

Jorge Washington

Na última quarta fei-ra (18), o Brasil sofreu uma pesada derrota. Já adianto que nessa colu-na não citarei aspectos jurídicos, e sim morais. Afinal toda lei é feita para proteger a vida em sociedade, e não para beneficiar uma parcela da mesma. O voto do ministro do STF, Cel-so de Mello, derrubou não só a oportunidade de pela primeira vez, a punição de políticos que ajam de má fé e que pratiquem atos crimi-nosos em seus cargos, mas marcou também a derrocada da esperança da população brasileira

em uma política limpa e mais justa com o povo.Vários momentos na história da humanida-de, foram marcados por decisões que mesmo contra todos os padrões legais, foram necessá-rias para um bem maior. Certas vezes é preciso que heróis (digo mes-mo, heróis) ultrapas-sem a ordem do sistema, para que exista igualda-de para todos. Esse era o momento na quarta passada. Não houve um ato heroico de 5 homens e 1 mulher de toga. O caso “Mensalão” foi apenas um caso de cor-rupção de políticos no

país. Se lembrarmos do caso PC Farias em 1992, quando nenhum envol-vido (inclusive o então presidente, Fernando Collor de Mello) foi preso, ou então dos pos-síveis casos que virão, como estes poderão ser presos, se quando o STF teve a chance de prender réus culpados, não o fi-zeram. O suposto cartel envolvendo a empresa alemã Siemens e o metrô de São Paulo é um bom exemplo. Como punir os possíveis envolvidos nesse embuste? Só pela prerrogativa de serem os tucanos os acusados dessa vez? Me parece

que a pizza continuará a ser entregue em Brasília. O novo julgamen-to do caso “Mensalão” ocorrerá só no ano que vem. Uma boa notícia, foi a escolha (por sor-teio) do ministro Luís Fux como relator do processo. Tal qual o an-tigo relator, o célebre Joaquim Barbosa, Fux foi um efusivo comba-tente dos réus durante todo o processo. Mes-mo assim muitos mi-nistros acabarão saindo do julgamento, ou por aposentadoria compul-sória (Gilmar Mendes), ou por motivos de saúde (Joaquim Barbosa). Isso

abre espaço para a no-meação de novos minis-tros, o que infelizmente é feito por escolha pre-sidencial, e não por con-selhos da OAB ou ou-tras organizações mais competentes em aspec-tos jurídicos do que a presidenta Dilma Rou-ssef. Nomes como Dias Tóffoli (investigado por supostos empréstimos ilegais com o banco Mer-cantil) e de Luís Rober-to Barroso, dois votos que pesaram na absol-vição dos infringentes. O futuro desse caso é uma incógnita. Pois mesmo que alguns réus sejam condenados, eles

ainda continuam sol-tos, e pior, alguns até estão exercendo manda-tos parlamentares (José Genuíno, Pedro Henry e Valdemar da Costa Neto, todos deputados federais). Ano que vem temos eleições. A cada pleito o numero de elei-tores que votam em bran-co ou anulam seu voto cresce. Decisões como a de Celso de Mello aju-dam a enterrar qualquer espírito de renovação política no Brasil. Agora esperamos deitados em berço esplendido, um novo raio de esperan-ça na aurora nacional.

Eight Days a Week Pamela Castilho

O texto da coluna de hoje é um pouco dife-rente. Não fala sobre música, mas fala sobre um assunto que aflige a quase todos: o passar dos anos. O texto de hoje é um crônica sobre o meu medo de enve-lhecer e não aproveitar a vida como gostaria. Acho que todos nós te-mos um pouco desse medo... Então, espero que gostem!***Acordei num espasmo. Dei um pulo tão forte, que por pouco não caio da cama. Tinha tido um pesadelo... Mas não qualquer pesadelo. Sen-tei, esfreguei os olhos, olhei em volta e agradeci por tudo ter sido apenas fruto da minha imagi-nação. Coloquei os pés para fora da cama, cal-cei os chinelos, fui para a cozinha e tomei um copo de água. Fiquei um tempo parada ali, até que fui para o banheiro e lavei o rosto. Queria ficar acordada, pra não correr o risco de deitar e ver a continuação da-quelas imagens pertur-badoras. Olhei para o espelho, mas por pou-cos segundos... Mania minha de detestar olhar o espelho de madruga-

da, como se algo fos-se surgir atrás de mim. Bobeira. Enfim, deitei novamente, mas o cora-ção estava acelerado e o peito apertado. Demo-rei a conseguir fechar os olhos outra vez.

Sempre gostei de ex-plorar a origem dos so-nhos, os significados e afins. O motivo? Eu te-nho sonhos muito, mas MUITO incompreensí-veis. Aí você diz: “mas Pamela, todo mundo tem sonhos assim”. Ok. Mas vai dizer que não é curioso sonhar com o mesmo lugar (que você nunca esteve antes) ou com a mesma pessoa (que você não conhece) várias noites seguidas? Eu tenho isso. Tenho sonhos característicos, que vão e vem, sempre nos mesmos lugares e com as mesmas pessoas. Essa noite, porém, a mi-nha mente percorreu ca-minhos até então desco-nhecidos... E sombrios.

Eu me encontrava em frente a uma grande escadaria, com uma ta-peçaria vermelha so-bre os degraus. O teto tinha lustres de cristal e a arquitetura era im-ponente. Bonito, se não

tivesse um ar estranha-mente sombrio. As luzes estavam apagadas e um único feixe de luz passa-va por entre uma porta no fim da escadaria. Eu estava sem sapatos. Sei que pode parecer ridí-culo, afinal, quem se lembra dos sapatos que usa num sonho? O mais esquisito é que me lem-bro de sentir frio com os pés descalços no chão de mármore. Tenho a impressão que essa cena não era a primeira produzida pela minha mente. Ouvi dizer, certa vez, que nunca nos lem-bramos do começo dos nossos sonhos (ou pe-sadelos). Possível. Além de frio, eu sentia medo. Mas um medo devasta-dor, daqueles que quase não cabe em você mes-mo. A sensação era de pânico. Estava sendo perseguida? Talvez.

Próximo à escadaria, na parte de baixo (onde eu estava) havia dois corre-dores: um a direita e ou-tro a esquerda. Ambos escuros, sem sinal de vida ou de qualquer ou-tra coisa. Eu tinha que escolher para qual lado seguir. Pelo meu pânico, a escolha deveria ser fei-ta corretamente... Caso

contrário, algo muito ruim aconteceria.Sempre tive medo do im-provável, do desconhe-cido, da dúvida. Desde criança, detestei quartos totalmente escuros, dei-xando pelo menos uma fonte de luz à vista, fosse uma porta entreaberta ou um abajur. Faço isso até hoje, acredite se qui-ser. Creio que, por essa razão, escolhi o corre-dor do meio. Corri pe-los degraus, tropeçan-do, caindo de joelhos, me apavorando e me levantando para conti-nuar correndo. A escada parecia agora maior do que quando a olhei de cima... Corri, subi, cor-ri, subi, tropecei, subi mais um pouco. Era in-terminável, assim como a minha agonia. Depois de muito tempo, chego finalmente a tal porta. Entro e, surpresa desa-gradável: mais um cor-redor, dessa vez com vá-rias portas fechadas. No fim do corredor, uma mesa. Mais desespero. “Rápido, entra em algu-ma delas de uma vez!”. Entrei. Mas escolhi er-rado.

A arquitetura do lugar mudou completamente. O mármore agora era

madeira. Tábuas mal pregadas e um teto com um buraco no meio era o que eu via. Curiosamen-te, como sempre aconte-ce nos sonhos, não esta-va mais descalça. Aonde eu arranjei sapatos, vai saber. Novamente, um único feixe de luz inva-dia o ambiente, dessa vez vindo do céu, visível no buraco do teto. No meio da sala, onde a luz alcançava, um homem estava sentado de cóco-ras. Não pude ver mui-to bem ao certo como era, na primeira olhada. Com receio, me aproxi-mei. Estava maltrapilho e presumi que era ido-so, devido às rugas nas mãos e pés (estava des-calço). Ele olhava para o chão, então não podia ver seu rosto.

- Olá! Você pode me ajudar?

“Não!”

A voz dele era rouca e horrível.

- Quem é você?

“O tempo”

Assim que disse isso, ele levantou a cabeça e eu pude ver suas feições.

No lugar dos olhos, dois círculos redondos e va-zios. A boca era despro-vida de quase todos os dentes e os poucos que sobraram eram podres. O rosto era todo enru-gado, como as mãos e os pés. Não sei como, afi-nal, não via seus olhos, mas a expressão dele era de alguém mau, ruim. Era realmente assusta-dor. Ele se levantou e veio em minha direção. Eu me virei para correr, mas o que vi foi apenas o quarto de madeira va-zio. A porta, por onde antes tinha entrado, não existia mais, ape-nas uma parede. Eu bati contra ela em desespero. Senti uma mão no meu ombro e me desesperei. Foi nesse momento que acordei.

Não sei por que, mas tive a impressão de que, não importa em qual cami-nho seguisse ou em qual porta entrasse, o destino teria sido o mesmo.

Essa noite, o “tempo” vai demorar a me en-contrar. Não consigo mais dormir.

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NOTÍCIANTIGA O que fazer em Curitiba?Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Fran-cisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi.

Museu de Arte Contemporânea

Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contem-porânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e ax-posição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kamini-shi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337.

Teatro Novelas Curitibanas

De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Nove-las Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psico-délico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.

No dia 24 de setem-bro de 1949 nasceu o diretor, roteirista, compositor e ator Pedro Almodóvar.Almodóvar nunca pôde estudar cine-ma, pois nem ele nem a sua família ti-nham dinheiro para pagar os seus estu-dos. Antes de dirigir filmes, foi funcio-nário da companhia telefónica estatal, fez banda desenhada (desenho em qua-drinhos), actor de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, na qual par-ticipava travestido. Foi o primeiro espa-

nhol a ser indicado ao Óscar de melhor realizador. Publica-mente homossexual, os seus filmes tra-zem a temática da sexualidade aborda-da de maneira bas-tante aberta.Os filmes subse-quentes de Almo-dóvar incluem “La-birinto de Paixões” (1982), “Matador” (1986), “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988), indicado ao Oscar de melhor filme es-trangeiro, sendo o filme estrangeiro de maior bilheteria nos Estados Uni-

dos no ano de 1989, e o filme espanhol de maior sucesso em todos os tem-pos. Seguindo sua carreira com “Ata-me!” (1990), “Car-ne Trêmula” (1997) e o grande suces-so mundial “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), que venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Es-trangeiro e lhe ren-deu vários prêmios e indicações em todo mundo, consagran-do Almodóvar na carreira comercial.