LONA 490- 21/05/2009

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Curitiba, quinta-feira, 21 de maio de 2009 - Ano XI - Número 490 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L UFPR anuncia uso do Enem para compor nota de vestibulandos A Universidade Federal do Paraná (UFPR) anunciou ontem que vai integrar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ao resultado dos estudantes que prestarem vestibular na instituição. A medida foi divulgada pelo Conselho Universitário da instituição. A primeira e a segunda fase do processo seletivo da federal paranaense terão peso de 90% na nota final do vestibulando, cabendo os outros 10% à nota do Enem. Um dos casos que ainda não ficou resolvido é sobre os estudantes que não fizerem o Enem, já que este não é obrigatório. No último dia 15, o Ministério da Educação (MEC) tornou pública a possibilidade de tornar o Exame Nacional do Ensino Médio uma prova obrigatória a todos os estudantes. Caso seja implantada, a obrigatoriedade passaria a valer em 2010. Dentro da proposta, o aluno seria obrigado a participar da avaliação, além de ter uma nota mínima para poder receber o diploma do antigo 2º grau. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Ensaio Ensaio mostra Las Vegas, lembrada por ser cenário de clássicos do cinema e pelos jogos de azar Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Apesar de um grande número de pes- soas terem acesso à internet, esse setor, no que diz respeito à publici- dade, ainda é pouco explorado. E isso tanto pelos anunciantes como, também, pelas agências. Porém, es- pecialistas asseguram que esse meio possui um grande potencial, e que pode crescer nos próximos anos. Publicidade na internet representa pequena parcela de investimentos O Lona publica hoje a se- gunda reportagem de uma série sobre bicicletas. Ontem foi pu- blicada a primeira, que tinha o título “Bike é hype”. O tema de hoje é a transformação da bici- cleta de veículo de final de se- mana para um meio de trans- porte diário. Bicicletas se tornam veículos de transporte de todos os dias Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 O vai e vem das alianças entre partidos no Brasil Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Coluna Pedro Henrique Kuchminski

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, quinta-feira, 21 de maio de 2009 - Ano XI - Número 490Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

UFPR anuncia uso doEnem para compornota de vestibulandosA Universidade Federal do Paraná (UFPR) anunciou ontem que vai integrar a nota do Exame Nacional do EnsinoMédio (Enem) ao resultado dos estudantes que prestarem vestibular na instituição. A medida foi divulgada peloConselho Universitário da instituição. A primeira e a segunda fase do processo seletivo da federal paranaenseterão peso de 90% na nota final do vestibulando, cabendo os outros 10% à nota do Enem. Um dos casos queainda não ficou resolvido é sobre os estudantes que não fizerem o Enem, já que este não é obrigatório. Noúltimo dia 15, o Ministério da Educação (MEC) tornou pública a possibilidade de tornar o Exame Nacional doEnsino Médio uma prova obrigatória a todos os estudantes. Caso seja implantada, a obrigatoriedade passaria avaler em 2010. Dentro da proposta, o aluno seria obrigado a participar da avaliação, além de ter uma notamínima para poder receber o diploma do antigo 2º grau.

Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Ensaio

Ensaio mostra Las Vegas, lembrada por ser cenário de clássicos do cinema e pelos jogos de azar Página 7Página 7Página 7Página 7Página 7

Apesar de um grande número de pes-soas terem acesso à internet, essesetor, no que diz respeito à publici-dade, ainda é pouco explorado. Eisso tanto pelos anunciantes como,também, pelas agências. Porém, es-pecialistas asseguram que esse meiopossui um grande potencial, e quepode crescer nos próximos anos.

Publicidade na internet representapequena parcela de investimentos

O Lona publica hoje a se-gunda reportagem de uma sériesobre bicicletas. Ontem foi pu-blicada a primeira, que tinha otítulo “Bike é hype”. O tema dehoje é a transformação da bici-cleta de veículo de final de se-mana para um meio de trans-porte diário.

Bicicletas setornam veículosde transportede todos os dias

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5

O vai e vem dasalianças entrepartidos no Brasil

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Coluna

Pedro Henrique Kuchminski

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Curitiba, quinta-feira, 21 de maio de 20092

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Planejamento e Avalia-ção Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

Expediente

OpiniãoComportamento

De mãos dadas com a

TecnologiaPaulicéia Curitibana

Giovanna Lima

Estamos completamente co-nectados. Com a chegada denovas tecnologias, o processode compartilhamento de infor-mações cresceu de forma explo-siva. Se as pessoas ou empre-sas quiserem informações so-bre você, provavelmente irãoconseguir. Isso faz com queuma maioria esmagadora re-clame e bata o pé na luta porprivacidade. Confesso que nãoconcordo com todo esse medoda sociedade em existir virtu-almente. Portanto, minha pro-posta é fazê-los pensar sobreos benefícios de vivermos nes-sa era de super exposição.

Vou começar revelando mi-nha experiência. Decidi passaro ano novo com meus amigosno Rio de Janeiro. Por falta decondições financeiras para en-carar a compra de uma passa-gem de avião para o Rio, opta-mos por ir de carro e dividir agasolina. O problema era quenenhum de nós conhecia a es-trada e nem mesmo a maneirade chegar até lá. Se esse proble-ma tivesse ocorrido há seisanos, provavelmente teríamosdesistido. Mas, felizmente, tí-nhamos o Google Earth – pro-grama construído a partir deimagens de satélites que permi-te identificar cidades, estados,rodovias e até mesmo pessoas– como aliado. Não tivemos di-ficuldade para sair da ÁguaVerde em Curitiba e encontrara Rua dos Inválidos, no centrodo Rio.

O motivo da minha viagemao Rio de Janeiro foi conheceruma menina que conheci pelainternet há quatro anos. Masnão era uma menina qualquer.Nos conhecemos na época dosvelhos fotologs e quando nosdemos conta a amizade virtu-al havia se transformado emuma relação sólida. Obviamen-te, não foi da noite para o dia.A amizade faz com que o ser

humano cresça em vários aspec-tos. Não vou citar todos nem meprolongar nesse assunto porqueseria meio cansativo. Mas opini-ões diferentes e trocas de conhe-cimento certamente são algunsdos muitos benefícios de umaamizade.

Vocês devem estar pensandoagora: chega de experiências,queremos fatos conhecidos, da-dos históricos e todas essas coi-sas que dão credibilidade a umtexto. Então vamos lá. O surgi-mento dos blogs transformou ainternet. O blog permite que osusuários mostrem seu conteúdopara três, 30 ou 300 internautas.Algumas vezes, isso pode até vi-rar profissão, bastante atual e ameu ver, inspiradora. EdneySouza, mais conhecido no mun-do virtual como Interney, aban-dou seu emprego de gerente desistemas em 2005 para viver noseu blog. A jogada deu certo.Dois anos depois, o blogueiro fa-turava com seu site o dobro dosalário que tinha como gerente.Esse número deve ter crescidomuito mais nos dias de hoje.Edney é celebridade na internet.Seus textos e opiniões influenci-am milhares de internautas. Oblogueiro acertou em apostar nanova tecnologia.

Outro ponto é que o compar-tilhamento de informações possi-bilita que sejamos mais seletivosem relação ao que consumimos.Deixamos de comprar certos pro-dutos depois que lemos opiniõesnegativas em alguma comunida-de ou fórum. Assistimos a um fil-me novo, depois de uma indica-ção de alguma pessoa ou site.Podemos, sem muita dificuldade,até mobilizar grupos de pessoaspara boicotar alguma empresa.

Gostaria de me estender maissobre esse assunto, mas sei queo espaço é limitado e não permi-te muitas divagações. Só queriaque vocês, antes de atirarem pe-dras nas tecnologias, revissemtodos os benefícios que já foramproporcionados por elas.

Tecnologia Cássio Bida

Uma experiência sensacio-nal. Assim posso resumir minhaprimeira saída do ambiente pa-cato e provinciano, ao qual estoutão acostumado. Foi um impac-to tremendo sair da minha zonade conforto e mergulhar na estra-da por mais de seis horas, trêsdelas mergulhadas no infernaltrânsito paulistano.

Logo ao chegar em Taboão daSerra, notei que o dia seria lon-go. A primeira atração turísticafoi o congestionamento, no qualficamos presos por mais de trêshoras. Abri a janela para sentiro ar daquela nova cidade. E afragrância foi das mais fortes.Um cheiro urbano, autêntico.Cheiro de vida desenfreada, ace-lerada, corrida, com pressa.Tudo parecia apressado. Menoso meu tempo.

Meu relógio interior parecianão andar. Meu corpo estava emSão Paulo, mas meu organismoainda respirava como um curiti-bano. Um autêntico jacu, bestifi-cado ao ver a Paulista, aindaque de longe. Descendo a Rua daConsolação, mesmo no ônibus,senti como se estivesse correndoa São Silvestre. A parada finalfoi em frente à Estação da Luz.Visita rápida ao Museu da Lín-gua Portuguesa. E o meu relógio

não andava. Ali não senti chei-ro de “velharia”, como algunsmuseus da minha capital. Aliás,todos os outros sentidos esta-vam aguçados. Menos o olfato.Os outros três: tato, visão e au-dição, compensaram. Era umMuseu para se sentir, se tocar, enão apenas admirar.

Ao parar para o almoço,hora do olfato e do paladar seaguçarem outra vez. O MercadoMunicipal. Este sim, um verda-deiro paraíso das fragrâncias.Desde a incômoda nicotina atéa mistura do cheiro dos peixes,queijos e outras iguarias. Amais famosa: o sanduíche demortadela. Sair de São Paulosem prová-lo é como ir à Romasem ver o Papa. E mais um pas-tel para rebater. Só faltou o cal-do de cana. O oásis em meio à

“Boca do Lixo”. Sem falar nosfeirantes, autênticas figuras quebatalham pelo pão de cada dia,cativando os fregueses a levaralgo para casa.

Na Pinacoteca o cheiro dachuva se misturava ao cheiro dahistória. Um passeio por Tarsi-la e outros grandes nomes real-mente encheu os olhos de lágri-mas. O nariz quase trancou ta-manha a emoção.

Final da tarde, hora de vol-tar. Mas não sem antes medespedir com as lembrançasde uma metrópole. De uma vi-sita, ainda que rápida, a umacidade mutante e cheia de al-ternativas como São Paulo.Hei de um dia voltar, mas,como disse Judy Garland em OMágico de Oz: “Não há lugarcomo o nosso lar”.

Foto: divulgação

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EducaçãoVestibular

Maria Carolina Lippi

O Conselho Universitário daUniversidade Federal do Paranáanunciou ontem (20) a decisãoda utilização do Enem comoparte da média final do vestibu-lar. O peso do exame será de10% no resultado obtido pelosvestibulandos.

Segundo Laís Muratami, dodepartamento de comunicaçãoda instituição, as provas de 1ªe 2ª fase permanecerão, mascom valor de 90%, os outros10% serão do resultado doEnem. “Foi feito um estudo peloNúcleo de Concursos (NC –UFPR) utilizando o Enem demaneira bem criteriosa”.

Ainda não se discutiu comoficará a situação do concorren-te caso não faça o exame. O es-tudo para se chegar à definiçãodurou cerca de um mês e aindaestá sendo analisado pelo NC.

A reformulação do Enem foiproposta pelo ministro da edu-cação Fernando Haddad emmarço, como forma de unifica-ção dos vestibulares no país ede reestruturação na educaçãono Ensino Médio, já que o pre-paro é feito para o vestibular dopróprio estado da região. Anova prova terá 200 questões de

Vestibular da UFPR passaa considerar nota do Enem

múltipla escolha e uma reda-ção, com aplicação em doisdias. Um dos objetivos é quecom o resultado do Enem, o alu-no possa concorrer a vagas ematé cinco cursos e cinco institui-ções diferentes, competindocom estudantes de todo o país.

Ainda de acordo com o mi-nistro Haddad, a prova vaianalisar a compreensão do alu-no com os temas propostos, enão somente sua capacidade dememorização. É também o quediz a 2ª Tenente Debora Cristi-na Scremim, do Colégio da Po-lícia Militar: “O objetivo que agente [colégio] observa é de seruma prova inteligente, que apessoa tem que estar bem instru-ída e ter um conhecimento bá-sico em todas as áreas. Não équestão de saber decorar e che-gar ao vestibular. E isso, comcerteza, irá avaliar melhor oaluno.”.

Enem: Educaçãopública em cheque

Resultado de exame reveladisparidade entre as redes pú-blicas e privadas de ensino

O resultado das instituiçõesde ensino no Exame Nacionaldo Ensino Médio (ENEM) de2008, revelado no último dia 29

pelo Ministério da Educação(MEC), mostra mais uma vez adiferença na qualidade do ensi-no entre escolas públicas e pri-vadas no país. A média nacio-nal na prova objetiva em 2007,que era de 51, 52, caiu para41,69 no ano passado. A reda-ção passou de 59,35 para 55,99em uma escala de zero a 100.

As dez piores notas no exa-me do Paraná são de escolaspúblicas, sendo o Colégio Esta-dual Alcindo Fanaya Júnior, deCuritiba, o de pior média (26).Entre as dez melhores médias,somente duas são de institui-ções públicas, as federais UTF-PR de Medianeira (67,12) e oColégio Militar do Paraná(69,79), que também tem a me-lhor nota de Curitiba, superan-do as instituições particulares.Entre as escolas estaduais omelhor desempenho foi do Co-légio da Polícia Militar (60,77),ficando na 59ª posição.

Na capital, além do ColégioMilitar do Paraná, a Escola Téc-nica da Universidade Federal doParaná (65,16) também ficou en-tre os melhores classificados dacidade. Nas instituições particu-lares, o Marista Santa Maria fi-cou com a maior média (69,66).

Esses dados mostram a fal-ta de investimento em educaçãono nosso país. Porém, mesmocom verbas públicas reduzidas,algumas instituições de ensinoalcançaram boas médias.

Em Curitiba, o Colégio da Po-lícia Militar alcançou, pelo quar-to ano consecutivo, a melhor mé-dia no exame entre as escolas es-taduais paranaenses. Criada há50 anos, a escola, inicialmente eraexclusiva para filhos de policiaismilitares. Atualmente, aceita ou-tros alunos, que ingressam pormeio de processo seletivo.

A instituição demonstra em

seus resultados o diferencial emsua estrutura educacional. Obom desempenho não se refleteapenas no Enem, há um grandenúmero de aprovação dos alu-nos na UFPR e em grandes uni-versidades privadas do estado.Além disso, a instituição conse-gue os primeiros lugares nasOlimpíadas de Matemática dasEscolas Públicas todos os anos.

Segundo a Oficial de Comu-nicação Social do colégio, a 2ªTenente Débora Cristina Scre-mim, não há somente um cuida-do com o conteúdo oferecido,mas também com a formação ci-dadã do estudante. “Nós temosuma visão pautada de que,além da educação, é precisotambém uma preocupação com

Método de pontuação será implantado este ano; questões sobre quem não prestar o exame do ensino médio ainda não foram resolvidas

a hierarquia e a disciplina. Émuito importante trazer próxi-mo ao aluno a questão do res-peito à pátria e valorização docivismo, que se tem perdido emoutros colégios”.

Apesar de toda rigidez que acoordenação tem com os alunos,há um clima de companheiris-mo entre os dois lados. “No co-légio eles procuram dar uma vi-são maior de mundo, e tambémhá amizade. Eles procurammanter uma relação sadia, res-peitosa e ao mesmo tempo pró-xima. Acredito que isso nos aju-da a querer estudar mais, dar onosso melhor.”, é o que diz a ex-aluna Lisiane Mari de Souza,que concluiu o Ensino Médio nainstituição no ano passado.

O Enem é aplicado a estudantes que estão ou já con-cluíram o ensino médio. Criado em 1998, seu principalobjetivo é avaliar o desempenho dos alunos da rede pú-blica e privada ao término de sua escolaridade básica.Ele se diferencia de outras avaliações, como o vestibular,por ser um exame que exige a reflexão, e não apenas amemorização de fórmulas e conteúdos.

Atualmente é usado com pré-requisito no ProgramaUniversidade Para Todos ProUni, que oferece bolsas deestudos para alunos com renda específica, em universi-dades privadas.

A prova

Divulgação/Colégio da Polícia Militar

O Colégio da Polícia Militar ficou em primeir lugar entreas escolas públicas estaduais do Paraná no Enem de 2008

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EspecialModa

que virou meioCada vez mais curitibanos fazem da bicicleta seu principal veículo de transporte

A diversãoA diversão

Silvia Henz

A bicicleta tem sido um re-curso cada dia mais utilizadopor pessoas que querem fugirdo trânsito, do aperto e dos al-tos preços das passagens deônibus. Estas pessoas são co-nhecidas como ciclistas urba-nos, que usam a bicicleta comomeio de transporte alternativopara pequenas e grandes dis-tâncias.

O ator Alexandre Zampierabandonou o carro há mais detrês anos e garante que só ga-nhou com isso: “Com bicicletaé mais rápido, também tem todaa questão econômica. O preçoda passagem pode parecer pou-co, mas se for calcular todo dia,dá uma boa economia. Eu façoesse trajeto entre o Cabral e oCentro duas vezes por dia, idae volta. Com a bike eu chegobem mais rápido, e ainda faço

exercício”.Além da questão prática e

econômica, os ciclistas defen-dem uma questão política eecológica contra o uso exage-rado de automóveis. Para dis-seminar essas idéias, os ciclis-tas urbanos, ou “amigos da bi-cicleta” como também gostamde ser chamados, fazem “bici-cletadas”. Esse é o nome que sedá para passeios de bicicletasem destino programado. To-dos se encontram em um deter-minado local e os que vão àfrente fazem o caminho. Tam-bém existe a “bicicletada” no-turna, que acontece toda a se-gunda sexta-feira do mês, sain-do do pátio da reitoria.

Os ciclistas urbanos saemem grupo por companheiris-mo, por ser mais seguro e parachamar a atenção para o pro-blema do crescimento desenfre-ado do número de carros e to-

das as demais dificuldades de-correntes deste aumento. Nospasseios os participantes apro-veitam o momento da concen-tração das bicicletas para fazerprotestos pacíficos. Algo como,ocupar uma vaga de carro comum sofá, um tapete e uma pla-ca explicativa onde se lê “Umcarro a menos”.

A estudante universitáriaRaquel Rosseto viu o protestoe não achou graça. “Eles só fa-lam isso por que não têm car-ro. Se tivessem a história eraoutra”, desabafa e dá a voltapara tentar achar outra vaga.

O automóvel foi uma in-venção que ocupou e aindaocupa um lugar muito impor-tante na sociedade. Ele encur-tou as distâncias, trouxe con-forto, mas também trouxe e trazmuitos problemas, como aci-dentes, poluição e estresse.

Segundo psicóloga EloáAndreassa, o carro hoje é maisdo que um meio de transpor-te: “Ele virou uma extensão dapersonalidade, uma forma deego narcisista e status paraalimentar este ego. Aindamais devido a tanto estímuloda propaganda associando ocarro ao sucesso profissionale pessoal, por exemplo, ho-mens com lindas mulheres ecarros possantes. Tambémexiste uma ligação da potênciado carro com a potência sexu-al do homem”.

Já a bicicleta, desde os seusprimeiros dias, fundiu suahistória com a história da clas-se trabalhadora. Isso resultouem uma hostilidade por parte

dos motoristas.

CicloturismoPara fugir dessa falta de res-

peito do ambiente urbano, háquem prefira se refugiar no cam-po. São os ecoturistas, que fa-zem pequenas ou grandes via-gens de bicicleta. José AméricoReis Vieria faz ecoturismo cole-tivo. Muitas vezes, eles esco-lhem o destino e levam a bici-cleta na bagagem, não chegampedalando, mas fazem passeiosde bicicleta entre as vilas rurais.

O artista e cicloativista Fer-nando Rosenbaum conseguepedalar grandes distâncias,sempre em grupo, e diz que ascoisas mais interessantes sãoas trocas culturais e as dife-renças que se nota entre os an-fitriões: “O interessante nes-se tipo de viagem é que vocêconhece um pouco do povo dolugar. Nas cidades do interior,quando a gente parava parapedir comida, ou pedir parausar o banheiro, as pessoaseram mais acolhedoras. Já per-to das cidades elas são maisdesconfiadas”. Alexandre re-solveu ir mais longe: fazeruma viagem de bicicleta com anamorada para o Chile. “Oplano era ir pedalando atécerto ponto, pegar carona, de-pois vender as bicicletas parater algum dinheiro, mas deu omaior rolo, a gente foi rouba-do, não deu certo”.

José Américo, além de ciclo-turista, há mais de 10 anos en-sina pessoas a andar de bici-cleta. Na sua escolinha, nobairro Pilarzinho, dá aulas

práticas e ensina regras detrânsito para o ciclismo urba-no. Segundo ele, carros e ci-clistas podem conviver emharmonia, mas para isso, asautoridades deviam fazer umtrabalho de conscientizaçãocom as pessoas que andam debicicleta. “Você tem deveres edireitos como ciclista. Se vocêestá andando na contramão,está infringindo a lei de trân-sito. Na lei, a bicicleta é con-siderada um veículo, deve se-guir as regras, sinalizar se vaivirar.

Planos das Bikes BrancasUma das ações que promo-

ve a visibilidade das bicicletasé o “Plano das Bikes Brancas”,criado pelo artista e cicloati-vista Fernando Rosenbaum. Oplano foi inspirado num mo-delo holandês da década de60 e funciona assim: quem temuma bicicleta, ou parte dela,“encalhada”, largada emcasa, doa para este projeto. Asbicicletas ou partes recebidassão reformadas, pintadas debranco e repassadas para ins-tituições que farão o uso cole-tivo, ou seja, elas voltam paraa sociedade. A cada doação,uma árvore é plantada.

Ano passado, foi feita a di-vulgação deste plano com aconstrução de uma árvore denatal de 7 metros de altura emfrente à Casa Vermelha, noLargo da Ordem. A árvore foimontada, em cima de uma es-trutura de bambu, com bicicle-tas e peças que vieram de do-ações. Em alguns casos, os or-

Os ciclistas defendem o uso da bicicleta pela questão ecológica;para disseminar suas ideias, realizam “bicicletadas”

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Especial

ganizadores do plano chega-ram a buscar as bicicletas nacasa dos doadores.Desafio intermodalno Trânsito

Outra ação realizada com ointuito dar visibilidade à neces-sidade de incentivos ao uso dabicicleta como meio de transpor-te, foi o Desafio Intermodal noTrânsito. Uma prova onde dife-rentes meios de transporte saemao mesmo tempo de um mesmolocal no horário de pico e devemchegar a um destino comum. Asregras são simples, cada partici-pante sai da Rua Augusto Stres-ser, 207 e deve chegar à Prefei-tura, tendo que passar obrigato-riamente pela Câmara Munici-pal. Sempre respeitando as leisde trânsito e as regras de segu-rança de cada modal utilizado.

Essa prova já foi realizadaduas vezes, nos dois anos o mo-dal vencedor foi a bicicleta. Em2008, o ciclista Alex Mayer fez otrajeto, de quase sete quilôme-tros, em 18 minutos e foi o pri-meiro a chegar. O segundo colo-cado, Gunnar Thiessen, tambémé ciclista e chegou um segundodepois do primeiro. O único tre-cho com ciclovia, em todo o per-curso, foi no Passeio Público.

O carro ficou em sexto colo-cado - com 32 minutos -, atrás deum skatista e outros quatro ci-clistas. Posição melhor que de2007, quando ficou em últimolugar. Ano passado participa-ram ainda uma moto, um pedes-tre, dois usuários de ônibus e umde táxi, que chegaram depois. Oúltimo colocado demorou 46 mi-nutos para chegar ao ponto final,

quase meia hora de-pois do primeiro par-ticipante.

O Desafio Intermodal foiorganizado pelo grupo Bicicleta-da-Curitiba em parceria com oPrograma Ciclovida, da Univer-sidade Federal do Paraná. A ini-ciativa gerou grande repercussãona mídia e uma discussão naci-onal sobre o tema.

Tanto o desafio Intermodal,como o Plano das Bikes Brancassão tentativas de construir umacultura favorável à utilização dabicicleta. Várias ideias vêm daHolanda, reconhecida internaci-onalmente como o país das bici-cletas.

Lá a realidade é outra, porexemplo, é comum notar nas ruascrianças, idosos, homens de ter-no e mulheres de saia e às vezesaté salto alto se equilibrando emcima de bicicletas, é normal tam-bém levar as compras nas cesti-nhas.

A bicicleta no mundoExistem outros exemplos em

países como França, Itália, Bélgi-ca e Espanha. Em Barcelona exis-te um sistema de transporte de bi-cicletas pago. O cidadão compraum cartão anual ou mensal epode emprestar uma bicicleta porduas horas e depois devolvê-laem qualquer outro bicicletário dacidade.

Mas, até essa cultura se de-senvolver um pouco mais noBrasil, a falta de estrutura e derespeito do motorista pelo ciclis-ta faz com que o hábito seja umaaventura perigosa. “Eles fazemasfalto e calçada compartilhada.

Como opedestre pode compartilhar umespaço com uma bicicleta, seuma batida a 10km/h pode serfatal? As ciclovias daqui foramfeitas com o intuito de benefici-ar o lazer, não visaram a ciclo-via para trabalhar. Elas são chei-as de voltas, se vier a pé, chegamais rápido”, afirma Américo.

Mesmo com a falta de segu-rança, muitos curitibanos, princi-palmente os jovens, investem nabicicleta e apostam nela como oveículo do futuro, que não neces-sita combustível, não polui omeio ambiente e promove a inte-gração: “A gente vê uma pessoaem cada carro, sozinha, de vidrofechado, trancado em um conges-tionamento, cheio de barulho debuzina, gente estressada. Se a bi-cicleta fosse o veículo oficial, issonão aconteceria”, é o que diz oestudante universitário e “amigoda bicicleta”, Milton FonsecaAraújo.

Quem resolver sair pedalan-do, pode ainda ter outras van-tagens. Alguns bares, por exem-plo, têm dias na semana em quenão cobram entrada de quemchega de bicicleta. E quem, mes-mo com todos os benefícios, nãotroca o conforto do seu carropor um passeio de bicicleta,pode fazer uma boa ação doan-do sua bicicleta que está para-da em casa para o Plano das Bi-kes Brancas, e ajudar assim, aconstruir uma cidade mais lim-pa e menos barulhenta.

“O interessante nesse tipo de viagem éque você conhece um pouco do povo dolugar. Nas cidades do interior, quandoa gente parava para pedir comida,ou pedir para usar o banheiro, aspessoas eram maisacolhedoras. Já perto dascidades elas são maisdesconfiadas”FERNANDO ROSENBAUM, ARTISTA E CICLOATIVISTA

Em Barcelona existe um sistema detransporte de bicicletas pago. Ocidadão compra um cartão anual oumensal e pode emprestar uma bicicletapor duas horas.

Fotos: divulgação

Moda

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ColunaEsportes Política

Gabriel Hamilko

Foi definido. Enquanto a maioria esperava uma alian-ça política entre Osmar Dias e Lula, o Partido dos Traba-lhadores resolveu manter a estabilidade e não magoar nin-guém: colocou a catarinense Ideli Salvatti, do próprio par-tido, na liderança do governo no Senado. A principal po-lêmica era em relação ao PMDB, que exigia a continuidadeno comando do cargo, puxado pelo seu líder no Senado,Renan Calheiros. A cúpula governista disposta a não ar-riscar um racha com os peemedebistas – fundamentaispara a composição de alianças para a sucessão presiden-cial – resolveu não colocar seu “favorito” e, de quebra, con-tinuar com a casa sob controle, em meio a investigações queassombram o governo e a Petrobras.

A própria Ideli, juntamente com o senador Aloízo Mer-cadante, indicaram e apoiavam a ida de Osmar Dias paraa liderança do governo, fato que agradava Lula, pensandoem um “bom palanque” para a sua discípula Dilma Rous-sef no Paraná, o que dividia o senador paranaense entretucanos e petistas. Seria o primeiro paranaense a ser líderdo governo no Senado Federal.

De qualquer maneira continuam as conversas entre oPT e Osmar, mediada de perto por Paulo Bernardo, mas a“paquera” não continua a mesma como antes, apesar deser a aliança mais suscetível, pois provavelmente os tuca-nos vão de candidatura própria e o PT não vai arriscar maisum resultado decepcionante. Nesse caso, melhor se aliar aquem tem condições e, ainda por cima, tentar garantir umaboa votação para Dilma aqui no Paraná.

Tucanos e Alvaro

Enquanto Álvaro Dias se ilude com a pesquisa que “vaicolocar” ele na frente e fazer todo o resto – seu brother eseu colega Richa – desistir, a bancada estadual do PSDBprefere o prefeito de Curitiba. Álvaro espera somente oapoio da população mesmo, pois até o momento, não tevenenhuma manifestação de apoio, mas mesmo assim, a ideiade se candidatar não é removida de seus planos.

Para o senador tucano, sua candidatura seria melhorpara a campanha de Serra e obteria apoio de Requião, quebusca uma vaga no Senado Federal. Mas os deputados nãopensam da mesma forma. Vamos ver o que o público pensa.

Bem me quer,mal me quer

Luiz Fernandes

Que sufoco! A classificaçãodo Coritiba para a semifinal daCopa do Brasil foi dramática.Poderia ter sido tudo mais fácil,mas a má atuação da equipe,salvo alguns jogadores, fezos bravos ponte-pretanoscrescerem no jogo e inco-modarem o Coritiba. Otécnico René Simões pre-cisa acordar e mexer notime, pois ficou claroque o Coxa tem sériosproblemas quanto a suaescalação.

Salvo o gol de Ariel eas boas atuações de Van-derlei, Marcelinho e Lean-dro Donizete, os outros jo-gadores tiveram uma atua-ção razoável ou até ruim. Co-meçamos pelo ponto mais cri-ticado pela torcida: a lateral es-querda. Na partida contra aPonte, Vicente começou como ti-tular, mas em menos de 20 mi-nutos já recebia vaias de váriostorcedores. Errava passes, nãocruzava, não marcava, enfim,nada fazia.

Outro jogador que vem abai-xo da média é o atacante MarcosAurélio. Claro, é muito bom joga-dor, mas há tempos não faz umbom jogo. Na terça, não era nematacante, nem meio de campo.Foi inoperante dentro de campo,até que foi sacado do time, paraa entrada de Ramon. Aliás, quemdisse que esse Ramon é jogador?Até agora não mostrou a queveio no Coritiba. Muito fraco parajogar em um grande clube do fu-tebol brasileiro.

Mas a minha maior criticavai ao técnico René Simões. Sor-te, muita sorte e a competênciado goleiro Vanderlei livraram ocoxa do fracasso contra a Pon-te. Desde o inicio da partida, o“verdão’ não jogou bem, perdeuo meio de campo, mas René

Mexer na formação,para chegar à decisão

prefe-riu mantera equipe e correrriscos.

A formação que o Coritibavem jogando, o 3-5-2, poderiadar certo se tivéssemos jogado-res de mais qualidade. Ali nomeio, só da Marcelinho, e quan-do não é ele, só dá o adversá-rio. Com esse time, o esquematático para a Copa do Brasilprecisa ser mudado.

Para começar, acredito quepara o Coxa jogar a semifinal épreciso jogar no esquema 3-6-1,que seria mais ofensivo e demais qualidade. O goleiro Van-derlei e os três zagueiros conti-nuam na deles. Na ala, MarcioGabriel vive bom momento edeve ficar. Na esquerda, Vicen-te deve ser sacado e CarlinhosParaíba deve assumir a posição

No meio de campo, faria al-gumas mudanças. O Coritibaprecisa de mais qualidade nameia cancha. Colocaria Leandro

Donizete,Pedro Ken,

Renatinho e Marce-linho, deixando Ariel so-

mente no ataque. Essa formaçãoseria a ideal para jogar a semifi-nal, que certamente será mais di-fícil. Assim, o Coritiba teria ummeio de campo mais consisten-te e com mais qualidade.

Alguns podem achar queAriel ficaria muito isolado.Contra a Ponte Preta ele jogousozinho, pois Marcos Aurélionão estava inspirado. Com Re-natinho e Marcelinho no meio,eles podem encostar e jogarcom Ariel. Infelizmente, Marce-linho não joga a 1ª partida dasemifinal, mas para o jogo devolta essa formação é ideal.

Esta é uma alternativa paraque a torcida não sofra nova-mente. É hora de acordar,René. Serão dois jogos difíceispara o Coritiba, mas que po-dem glorificar o alviverde noano do centenário.

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Curitiba, quinta-feira , 21 de maio de 2009 7

InternetPublicidade

Gustavo Alberge

Banners, selos e botões emsites, anúncios em DHTML e,até mesmo, os famosos pop-upssão algumas das formas deanunciar na internet. Segundodados de uma pesquisa realiza-da pelo Ibope Mídia, por meioda ferramenta Monitor Evoluti-on, a publicidade na internet fa-turou quase 1,6 bilhões de reais– 2,7% do total gasto com todasas mídias em 2008. Esse meioainda representa uma pequenaparcela dos investimentos compublicidade no Brasil, mas deacordo com especialistas, essesetor apresenta grande potenci-al de desenvolvimento.

A publicitária e mestre emComunicação Integrada Chris-tiane Monteiro Machado, apon-ta dois prováveis fatores quepodem ser a causa do baixo in-

Investimentocom publicidadena internetainda é discretoDesconhecimento de empresas é uma das principais causas à falta de procura

vestimento nesse setor. “O pri-meiro seria por parte dos anun-ciantes, que preferem os meiosde comunicação em que eles sesintam mais seguros com rela-ção aos resultados. E na inter-net ainda é difícil mensurar re-sultados”. O segundo ponto le-vantado, com cautela, porChristiane, é que existe certo“comodismo” das agências depublicidade, que acabam porutilizar apenas os meios tradi-cionais. Afinal, segundo a pu-blicitária, a internet exigiria umraciocínio diferente por partedas agências.

Outro fator que implica namodesta participação da publi-cidade na internet, de acordocom o publicitário e gerente demídia online da agência “MídiaDigital”, Marcelo Andrade, é acarência de bons profissionaisnesse campo. “Hoje sentimos

dificuldade na hora de buscarprofissionais no mercado comesta capacitação”.

De qualquer forma, especia-listas na área afirmam que aprocura por anúncios na inter-net ainda não é tão grande porconta do desconhecimento dasempresas anunciantes. “Muitasainda têm medo de anunciar naweb, pois não conhecem bem ostipos de anúncio e o retorno doinvestimento. Mas, quando elespercebem que podem atingir ousuário diretamente, evitandodispersão, os clientes passam aacreditar, investir mais e indicara publicidade na web”, diz opublicitário e coordenador deSEO (Otimização para Motoresde Busca) também da empresa“Mídia Digital”, Gabriel Soto.

Perfil do anuncianteO publicitário Marcelo An-

drade afirma que o ranking deempresas que mais investem eminternet é diferente daquele queavalia os investimentos globaisem publicidade. Para ele, o se-tor financeiro ocupa o primeirolugar, seguido pelo ramo auto-motivo. A publicitária Christia-ne compartilha parcialmente davisão de Andrade, apenas colo-ca as empresas de telefonia emsegundo lugar. Ela tambémacredita que o varejo é um setorque poderia usar a internet otempo todo, mas anuncia pou-

quíssimo na internet, compara-do com o que anunciam nas mí-dias tradicionais.

PerspectivaSegundo os especialistas, o

setor de anúncios publicitáriosveiculados na internet prevêcrescimento constante. “Na me-dida em que mais usuáriosacessam a internet, não impor-ta de onde, ganhamos mais emais pessoas com potencial deconsumo, que buscam por rela-cionamentos mais ricos commarcas de produtos e serviços”,explica Andrade.

Christiane diz não ter dúvi-das de que a publicidade na in-ternet vai crescer. Porém, paraque isso aconteça, ela afirmaque, antes de tudo, as pessoasdevem aprender a buscar infor-mações na internet. Depois, asempresas vão perceber que éimportante anunciar na web.Por fim, as agências passam aoferecer essa possibilidade aosanunciantes. A publicitáriatambém acredita que, aliado aocrescimento, uma série de no-vos formatos devem surgir.“Nós estamos longe de chegara uma maturidade na internet,muitos formatos [de anunciar]ainda estão sendo testados”.

Com relação aos usuáriosbuscarem informações via inter-net, Andrade levanta como fun-damental a criação de progra-mas de inclusão digital paraque esse setor publicitário sedesenvolva. “Os anunciantesprecisam ver que mais pessoasacessam a internet para que seinteressem”.

Os famigerados Pop-upsAo navegar pela internet,

quem nunca se deparou comuma janela com anúncios quesurgiu inesperadamente natela do computador? Pratica-mente, todos já estiveram nes-sa situação – lendo notícias,abrindo o email ou acessandosites. O problema, segundo opublicitário e pesquisador so-bre a publicidade na internetSérgio Czajkowski Júnior, é queo consumidor atual não admi-te que invadam o seu espaço.“Uma das coisas mais desagra-dáveis, e também compartilhodessa opinião, é de repente,sem você sequer imaginar, le-vantar três ou quatro pop-upsna sua tela. Isso tudo é muitoirritante para o consumidor. Oconsumidor quer receber infor-mação, mas no momento emque ele acha adequado”.

Agências de publicidade são pouco solicitadas poranunciantes que querem mostrar produtos aos internautas

“Muitas ainda têm medo de anunciarna web, pois não conhecem os tipos deanúncio e o retorno do investimento.Mas, quando eles percebem que podematingir o usuário diretamente osclientes passam a acreditar mais eindicar a publicidade na web”GABRIEL SOTO, COORDENADOR DE SEO

Gustavo Alberge/LONA

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Curitiba, quinta-feira, 21 de maio de 20098

EnsaioLas Vegas

Entre luzese jogos de

Texto e fotos: Pedro Henrique Kuchminski

Cenário de vários filmes e seriados, Las Vegas possui umahistória marcada por espetáculos, lutas de boxe, corrupção e,obviamente, jogos de azar. Ao caminhar pela famosa Strip Ave-nue, é quase impossível não se deixar seduzir pelas luzes doscassinos, que podem ser vistas do espaço. Eventos, conven-ções e encontros são o novo atrativo dessa cidade que não parade se renovar.

azarazar