LONA 710 - 08.05.2012

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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 710 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 8 de maio de 2012 Dias das Mães promete movimentar o comércio de cosméticos e perfumaria Juros mais bai- xos e controle da inflação de- vem impulsionar as vendas deste ano, de acordo com a Confedera- ção Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) Pág. 3 Prefeitura Municipal ESPORTE Arbitragem gera polêmica no futebol paranaense Pág. 4 OPINIÃO A importância da literatura na sociedade atual e o con- traste com o jornalismo Pág. 2

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 8 de maio de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 710Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 8 de maio de 2012

Dias das Mães promete movimentar o comércio de cosméticos e perfumaria

Juros mais bai-

xos e controle

da inflação de-

vem impulsionar

as vendas deste

ano, de acordo

com a Confedera-

ção Nacional de

Dirigentes

Lojistas (CNDL)

Pág. 3

Prefeitura Municipal

ESPORTE

Arbitragem gera polêmica no futebol paranaense

Pág. 4

OPINIÃO

A importância da literatura na sociedade atual e o con-

traste com o jornalismo

Pág. 2

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Curitiba, terça-feira, 8 de maio de 2012

O primeiro AtleTiba da final do paranaense se foi, e é como se ele não tivesse existido. Graças ao regulamento da final que usa a soma dos pontos para definir o campeão e não o placar agregado, como de costume em confrontos de “mata-mata”, pode se dizer que o jogo do último domingo foi inútil. Com a forma de disputa usada, se houver um ven-cedor na partida de domingo que vem, no Couto Pereira, este será campeão. Se houver um empate, seja qual for o placar, a decisão vai para os pênaltis, ou seja, se houvesse apenas o jogo de semana que vem, não faria diferença alguma.

Na peleja da Vila Capanema, os dois arquirrivais empa-taram em 2x2, um placar que dá a falsa impressão de uma boa partida. Ambos os times não tiveram muita competência no ataque, e por muitas vezes o jogo se concentrou no meio de campo, sem nenhuma objetividade. A grande quantidade de gols se deveu muito a falhas defensivas grotescas dos dois times, algo que já havia acontecido no AtleTiba de duas semanas atrás, vencido pelo alviverde por 4x2 e que certa-mente deve ser fator chave no jogo de volta desta grande final.

Como o AtleTiba é um clássico não dá para apontar um franco-favorito para o título, entretanto, como o Coritiba joga em casa leva certa vantagem (afinal, o alviverde não perde em seus domínios há 26 jogos). Já o Atlético tenta “lavar sua alma”, pois viu o seu rival ganhar o Paranaense na Arena da Baixada por três vezes nos últimos oito anos, e vem de um recente descenso a segunda divisão nacional. Agora o rubro-negro vê a chance de conquistar a taça em pleno Alto da Glória e devolver uma das quebras de mando em finais estaduais.

Se por um lado, a primeira perna da decisão do estadual foi aquém das expectativas e das emoções que um AtleTiba proporciona normalmente, a segunda perna deve ser emo-cionante, com mais um capítulo sendo escrito na história deste jogo que há décadas divide Curitiba.

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Editorial Opinião

Nem pensem em perder a volta Daniel Zanella

Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Gustavo Vaz

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Uma simples passada por um portal de notícias nos coloca diante de um natural paradoxo contemporâneo: nunca se teve tanto acesso à informação, nunca foi tão impossível se informar. Se cada página jornalística comum conta com mais de 50 entradas informativas, num processo infinito que pode ir de um link para a nova série do cartunista Laerte à repercussão do gato italiano mais gordo, é trans-lúcido que o excesso de informação e o caráter cada vez mais coleti-vo do ser humano, engendrado na externalidade e no chamado inces-sante à interação, está moldando um novo perfil de socialização – e de evasão do indivíduo.

Em Seis Teses Sobre os Valores da Literatura, o escritor e crítico literário paranaense Miguel Sanches Neto analisa o predomínio atu-al dos espaços coletivos e a forma como a literatura pode devolver ao ser humano um pouco de ilha de solidão e escuta interna. “Acos-tumamo-nos tanto a existir dentro de um conjunto que o encontro com nós mesmos ficou impossibilitado. Podemos nos encontrar com as pessoas mais distantes geograficamente, mas raramente cruzamos o espelho para encontrar quem somos”.

Para ele, seis princípios regem a importância da literatura: 1) A literatura nos lega, neste imenso pandemônio, um espaço de

solidão; 2) A literatura é um exercício profundo de imaginação;3) Literatura é música silenciosa;4) O universo da literatura é poderoso antídoto contra o consumo;5) A literatura nos apresenta um tempo sem margens;6) Por transcender o real, a literatura é a história ampliada da

humanidade.Miguel Sanches Neto aponta que a experiência de leitura será

sempre um ato solitário, que faz com que o mundo externo e ime-diato emudeça e as vozes inaudíveis dos livros se sobressaiam, reti-rando o ruído e levando o indivíduo a um processo natural de auto-escuta.

É um estudo que permite traçar um contraste entre o papel do Jor-nalismo na construção de uma sociedade cada vez mais consumista e esvaziada com uma plataforma – o livro – cada vez mais difícil de ser absorvida.

O avesso do avesso do Jornalismo

Expediente

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Curitiba, terça-feira, 8 de maio de 2012 3

Vendas para Dia das Mãesdevem crescer 5%

Com o Dia as Mães, no próximo domingo (13), a estimativa da Confedera-ção Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), para esta data, é que os consumido-res gastem, em média, R$ 80 com presentes. Segundo a CNDL, os produtos que podem ter maior número de vendas são os de perfumaria e cosméticos.

Em comparação com o mesmo período do ano pas-sado, a CNDL estima que em 2012 haja uma alta de 5% em relação ao varejo, pois o cenário econômico mais favorável para o con-sumo impulsiona o cresci-mento das vendas.

Para os segmentos de vestuário, calçados, joias e semi-joias também são es-perado bom desempenho. Em quarto lugar no índice de procura dos consumido-res estão os eletrodomés-ticos que, de acordo com a CNDL, vêm sendo menos procurados nesta época do ano.

A estudante Bianca Mas-say conta que vai comprar um kit de cosméticos com creme, sabonete líquido e perfume para presentear sua mãe este ano. Já a pro-fessora de inglês Mayara Gabriela Gomes diz que no ano passado deu um perfu-me para sua mãe, mas este ano vai dar um chinelo per-sonalizado com frases cari-nhosas, como “Mãe Eu te

amo”. O presente de Mayara

para sua mãe deste ano cus-ta R$ 30, o que mostra que é possível dar um bom pre-sente sem gastar muito.

Presentes criativos são uma boa opção para as mães. A arquiteta Adriana Giglio Martins Oliveira tem duas filhas e conta que elas sempre a surpreende com nos Dias das Mães.

“Não faço ideia do que vou ganhar, porque todo ano é uma surpresa diferen-te”, alega Adriana. “No ano passado, ganhei das minhas filhas dois dias em um Spa”.

De acordo com a CNDL,

Eletrodomésticos vem perdendo destaque nas vendas

Adriana Martins com suas duas filhas Cecília, na esquerda e Clara, na direita

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eira

Carolina PereiraRafaela GuimarãesVitória Peluso

as joias e semi-joias terão grande procura este ano. Adriana conta que par a sua mãe dará uma colar de pe-dras, que custa entre R$ 100 e 200.

Para o presidente da CNDL e economista, Roque Pollizzaro Junior, a econo-mia encontra-se mais favo-rável para o consumo, prin-cipalmente, por conta dos juros ao consumidor, que estão mais baixos, e tam-bém, por conta da inflação sob controle.

“Os dados econômicos recentes indicam que a re-cuperação do crescimento interno mais forte já pode

ser visto a partir deste se-gundo quadrimestre, e isso coincidirá com as vendas do Dia das Mães e todos os incentivos ao consumo ado-tados pelo governo com me-didas fiscais e monetárias”, diz Pellizzaro Junior.

Segundo a CNDL, esse crescimento foi calculado com base na estimativa de consultas feitas ao banco de dados do SPC Brasil (Servi-ço de Proteção ao Crédito) para compras com cheque ou crediário.

De acordo com a CNDL, para fazer as estimativas é feita uma sondagem do mercado. O presidente da

CNDL entra em contato com vários varejistas do Brasil, que representam o mercado nacional, para le-vantar quais são os produ-tos que estão representando maior número de vendas, como uma espécie de ter-mômetro da economia.

“As estimativas são fei-tas com base em entrevis-tas com líderes lojistas das mais 1,3 mil CDLs em todo país”, explica o presiden-te. Após o Dia das Mães, a Confederação vai verifica se as estimativas levantadas concretizaram-se para defi-nir um cenário econômico do período avaliado.

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Curitiba, terça-feira, 8 de maio de 2012 4 Esporte

Arbitragem “de fora”:

Carolina PereiraRafaela GuimarãesVitória Peluso

Clube Atlético Paranaense

Arbitragem se tornou destaque nos últimos atletibas

Arbitragem volta a ser personagem de des-taque no maior clássico paranaense, o Atletiba. O Clube Atlético Para-naense havia pedido ár-bitro de fora do Estado para as partidas finais, mas teve o pedido ne-gado. Logo que o jogo terminou, de ambos os lados, vieram as recla-mações.

Assim que a partida começou, o meia Lin-coln agrediu o atacante Bruno Furlan. O joga-dor do Atlético caiu com a cabeça em direção ao chão enquanto o adver-sário chutava em direção ao atacante, sem sequer olhar para a bola. O ár-bitro, Evandro Rogério Roman, só conversou com o jogador do Cori-tiba. No segundo tempo, dois pênaltis não foram marcados. O meia Zezi-nho recebeu a bola e dri-blou Lucas Mendes, mas foi atingido nas pernas, dentro da grande área. O árbitro ignorou a regra e

não marcou a penali-dade máxima.

O mesmo acon-teceu quando Bruno Costa, ao tocar com a mão na bola dentro da área e Roman man-dou seguir. Uma das maiores reclamações foi a atitude do árbitro Evandro Rogério Ro-man. Ele não mostrou cartão em nenhum lance.

Na última segunda-feira, 30 de abril, o Atlético encaminhou um ofício à Federação Paranaense de Futebol (FPF) solicitando que as duas partidas finais do Campeonato Paranaen-se 2012, entre Atlético e Coritiba, tenham árbi-tro de fora do Estado. O pedido foi negado, tan-to pela FPF (Federação Paranaense de Futebol), quanto pelo Coritiba. De acordo com a assessoria do Coxa, o pedido do Atlético Paranaense de haver um arbitro de fora é uma iniciativa do clu-be, por isso o Atlético deve falar sobre o assun-to. Em relação a FPF ter negado o pedido, o Coxa resolveu não contesta,r afinal a Federação é a responsável pelo campe-onato e vem escolhendo os árbitros para as par-

tidas por meio de sor-teio. O Coritiba declara ainda que os árbitros do Paraná são bons profis-sionais.

O Atlético ainda en-viou uma espécie de dossiê com os jogos em que a equipe alviverde supostamente teria sido favorecida. O Conselho Deliberativo do Atlético elencou 12 jogos. “Du-rante toda a competição, foi possível perceber o acúmulo de lances polê-micos decididos a favor do Coritiba”, diz o co-municado. Em coletiva realizada na última ter-ça-feira, o diretor de fu-tebol do Clube, Sandro Orlandelli, relembrou supostos erros do para-naense Antônio Denival de Morais no clássico do segundo turno e disse

que não há a intenção de desdenhar árbitros lo-cais.

“De acordo com o que nós estamos ana-lisando em termos dos gols que surgiram no úl-timo jogo contra o nosso rival, nós percebemos que existe uma pressão muito grande em função da magnitude da partida, deste grande clássico”, declarou o diretor no CT do Caju. Orlandelli dis-se que pelo o que o time vem observando outras federações estão suge-rindo arbitragem de pro-fissionais de fora para minimizar essa pressão. “Em nome do Atlético, estamos solicitando isso a Federação Paranaen-se”, ressalta Orlandelli.

O Clube ainda cita outros campeonatos es-

taduais, nos quais árbi-tros de fora foram so-licitados. Esse pedido dos Clubes já se tornou tendência entre as Fede-rações. A Federação Ce-arense de Futebol (FCF) encaminhou um ofício, no mesmo dia que o Atlé-tico, e foi atendido. Hé-ber Roberto Lopes api-tou a partida decisiva. A Federação Alagoana de Futebol (FAF) também vem utilizando árbitros de fora para jogos deci-sivos. Enfim, o pedido feito pelo Atlético não é inédito no cenário dos campeonatos regionais. O próprio Evandro Ro-gério Roman, árbitro do último Atletiba, já api-tou confrontos decisivos de outros Estaduais em 2012.

polêmica sem fim