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iSETEMBRO DE 1954

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N.° 2026 ANO XLIX

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O sPÁSSAROS

/ OMO fizemos com os insetos.V—' os peixes e os crustáceos.aqui oferecemos alguns pássarosdos tipos os mais curiosos existen-tes em todo o mundo. São criatu-

. ras aladas que vivem nas Guia-nas, nas Antilhas. na África Cen-trai, na China, Nova Guiné. Ma-dagascar e em nosso país, tiposexóticos criados pela Natureza eque é curioso conhecer.

Todos sabemos que os pássaros,voam, mercê de uma grande fôr-ça muscular e de sua enormeagilidade. A plumagem é um re-vestimento de natureza epidér-niiça. Cada pena nasce como nas-cem os nossos fios de cabelo. Asgrandes penas da cauda, todavia,implantam-se muitas vezes, comoas das asas, diretamente nosossos.

A maior parte dos pássarostem grande inteligência. Muitospossuem sentimentos de sociabi-lidade. e nidificam, caçam c mi-gram em comum.

Conhecem-se mais de 10.000espécies de pássaros, de todas ascores. O regime alimentar dospássaros é extraordinariamentevariado. Muito poucos são carní-voros e há alguns, como o casoare o avestruz, que vivem exclusiva-mente de cogumelos e de raízes. yàm /\\f

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SETEMBRO11118

Meus netinhos: v

NO mês vindouro võo-se .realizar eleições em todo o Brasil. O povo

vai escolher, por meio do voto, Governadores para os Estadose os homens que o deverão representar nas Câmaras legislativasdos Municípios, dos Estados e da própria Nação.

Não será demais chamar a atenção de vocês para a belezado sistema democrático, isto é, do sistema de governo do povo pelopróprio povo, através de pessoas escolhidas pelo voto de cada um.Num dia de eleição, cada pessoa que vota tem uma grande respon-sabilidade, pois vai escolher quem o representará, quem falará e agi-rá em seu nome, escolhendo entre o certo e o errado, entre o direi-to e o condenável, entre o bom e o mau.

Por isso é que se costuma dizer que cada povo tem o Go-vêrno que merece. Escolhendo bem os seus representantes, o povoterá bom governo e bons legisladores. Errando ou sendo mal orienta-do na escolha, pagará fatalmente por seu erro. Será mal governadoe não se sentirá feliz.

Através das eleições, através do voto, o POVO governa aNação. Governa pelos seus delegados que representam, cada um, avontade de muitos. E' isso o que se chama DEMOCRACIA, e o regi-me assim instituido é o REGIME DEMOCRÁTICO.

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yAGNO ¦r:í ARLOS Magno nascera em^—^ Neustria, no ano de 742. Era ofilho mais velho de Pepino, o Breve,e aos vinte e seis anos, mortos o paie seu irmão, Carlos Magno viu-se& frente dum reino enorme, rodeado deambiciosos e de inimigos. O Papa LeãoIII, conforme o seu antecessor GregórioIII já fizera, pediu aos francos auxiliocontra os desejos desmedidos do rei daLombardia. Carlos Magno teve então aprimeira grande campanha militar dasua vida: não só libertou o Papa das amea-ças que o importunavam, mas tambémsubmeteu e conquistou toda a Lombardia.

Dai em diante, as vitórias sucederam-se num ritmo crescente e apaixonante.Carlos Magno tomou fama de invencível.

Assim, nasceu dentro de si o sonho derestaurar o império romano. Pensam unsque essa idéia lhe foi sugerida pelo pró-prio Papa. Opinam outros que ela lhe veioà mente, quando êle conquistou o norteda Itália.

Caso curioso, porém: enquanto o Papa pro-curava, a todo o transe, coroar pessoalmente Car-los Magno, este, com verdadeira sutileza, furta-va-se sempre a tal homenagem.

Apesar de tudo, o último foi vencido. Defato, no dia de Natal do ano 800, quando CarlosMagno se encontrava orando na basílica de S.Pedro, em Roma, inesperadamente o Papa LeãoIII, que premeditara tudo isso, convidando-opara a cerimônia, sem revelar nada do que iriaacontecer, coroou, perante a multidão, CarlosMagno como imperador do Ocidente. Os aplau-sos subiram, ecoaram pelas abóbadas numa apo-teose de triunfo. Desde esse instante, havia umsucessor de Rómulo Augusto, o último imperadordo Ocidente. Esse sucessor era César Augusto —era Carlos Magno I Mas, entre todos os pre-sentes, só um homem não estava satisfeito. Cairánuma armadilha. Esse homem era, também, Car-los Magno!

Seu nome ficaria como um dos maiores nahistória universal, não apenas comoguerreiro mas igualmente como educa-dor e legislador. Sem saber lêr nem es-crever, ele foi um dos grandes protsto-res das letras e das artes, reorganizar-do mesmo a famosa escola palatina e

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com toda a sua família, adiscussões teológicas entre

assistindo,acaloradasos sábios.

Consta que Carlos Magno, por intermédio dos seus escribas, secorrespondia com o califa Harum-Al-Raschid, tão falado e popula-rizado nos inesquecíveis contos das "Mil e Uma Noites". Além dis-so, os próprios árabes forneciam-lhe documentos valiosos traduzi-dos diretamente do latim e do grego, dando assim a conhecer asverdades de Aristóteles, de Epicuro e de outros. Geralmente, du-rante as refeições, Carlos Magno ordenava que todos se calassempara ouvir ler os últimos versos de qualquer sábio...

Homem grande e estranho, este, na verdade. Ignorante, temi-vel, tirano nos seus gestos e nas suas ações — e, ao mesmo tempo,sensível às coisas belas, protetor do espírito e fanático da inteligência.

Não admira, pois, que a sua figura se tornasse lendária com o decorrerdos tempos. Os peregrinos cantavam pslas estradas trovas de louvor a CarlosMagno. Os seus combates — ficaram eternos. E os heróis que o acompanha-vam, alcançaram a imortalidade, como por exemplo Rolando.

Rolando era um dos mais bravos cavaleiros de Carlos Magno. Um dos dozepares de França — companheiros dile :os do rei em todas as suas aventuras eem todas as suas batalhas. Certa vez, o emir de Saragoça pediu auxilio a Car-los Magno contra o Califa de Córdova. Pioneiro da Justiça, Carlos Magnonão se fez rogado. E juntamente com os seus doze companheiros, à frente dumgrande exército, avançou por terras de Hispânia. A seu lado, cavalgava Ro-lando, o herói. A viagem fez-se bem. Todavia, notícias da última hora referen-te a um ataque dos seus inimigos, obrigaram Carlos Magno a voltar atrás.Simplesmente, entre os doze pares do rei havia um traidor. Há sempre um trai-dor no meio das causas belas. Jesus Cristo teve Judas. Carlos Magno teve Ga-nelon, assim se chamava o traidor. E no regresso, quando o grande exércitoatravessava o terrível desfiladeiro de Roncesvalles, os vascónios, trazidos atéali pela traição de Ganelon, cairam inesperadamente, impetuosamente, sobrea retaguarda das tropas de Carlos Magno. Rolando, o herói, teve o pressenti-mento da tragédia. Sem nada dizer, acompanhado apenas por seu primo Oliver, (&.loca-se à frente dos soldados, lutando como um leão contra a morte que o assaítapor todos os lados. Mas os vascónios são muitos. Aparecem de todos os pontos. Aemboscada fora completa. Se Rolando fizesse soar a sua trompa, Carlos Magno e oscompanheiros acorriam decerto a salvá-lo. Mas Rolando teme que o seu rei e os seuscamaradas caiam também na cilada da traição. E não faz soar a trompa. E nãopede auxílio algum. E luta, luta sempre, fazendo brilhar a espada ao sol ardente etendo nos olhos o brilho dos heróis. E tomba ferido de morte, ao lado de Oliver—en-quanto lá longe Carlos Magno e os seus seguem tranqüilamente o caminho da ter-ra amada... Rolando ainda respira. Ainda tem força para levantar aos céus a suamanopla. É a derradeira homenagem que presta ao seu Deus — é o derradeirogesto do herói moribundo I

No dia em que Carlos Magno morreu, houve luto em toda a Europa desse tem-po. E nada mais rçatural, porque ele dominava quase toda a Europa — depois de ter«realizado o seu sonho de gigante. De fato, a fronteira do império de Carlos Magnoiniciava-se na fronteira da Hispânia e abrangia todo o resto do Continente até àsproximidades da fronteira da Rússia atual. Mas o belo castelo de cartas levantadopor Carlos Magno não poderia durar muito tempo mais. Êle bem o compreendeu, àhora da morte, devidindo o império por estados e entregando um estado a cada umdos filhos. De nada servia, porém, a sua intenção. O destino estava marcado. Dosfilhos, só um sobreviveu: Luís, o Bonachão. E o desmembramento do que fora umaespantosa realidade começou muito em breve. Apesar de tudo, porém, a civilizaçãoque Carlos Magno conseguira trazer até aos seus estados, serviu de muito para ascivilizações futuras. Agora, já não havia meras lutas de aventura. Os homens dis-putavam um território, a que chamavam pátria. E assim se iniciou a formaçãodas primeiras grandes pátrias do Mundo: a Alemanha, a Inglaterra, a França...O castelo de cartas desfizera-se, sim. Um império tão grande — não servia aoMundo. Em seu lugar, porém, ficou oualquer coisa de mais duradoiro, de maispossível. O esforço de Carlos Magno não foi inútil. GENTIL MARQUES

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BEm-MM. BOL/TO e AZ£/TOiVALOCAO

PARAFUSOFAZ NASCER'CABELOS

CTÉ EM BOLASDE BILHAR

MUITO BREVE, NINGUÉM MECHAMARÁ MAIS DE CARECA /UIssodeveX

f SERVIR PARAJ -,'S MIM/ J ^7^-^p^^ "

__ __YJjLf_JÁ FAZ UMA SEMANA QUE USO ALOCAO E AINDA NÃO APARECEU

NEM UM ROZlr -ho... _y

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Luiise_a |^^>^ —\l **••—*? ___ ^-^^ _

0 BOLÃO JÁ GASTOU SEIS VIDROS DELOÇÃO PARA FAZER NASCER CABE-LO

'E ATE' AGORA NADA

li 9{& Çjenhoum^ yUL/// é W\ \Jd^iay-^X* ^%

^mmm\ Á't$ rT\T "m\. _^_____ U«\

80LA0, A"LOÇÃO PARAFUSO" FEZ NASCERUNS fV.RAFUS.NHOS NA SUA CABEÇA .

àUt -O TICO-TICO SETEMBRO — 1954

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(DualblSO MESMO

A GENTERINDO!

25è® '. ^ ' Ti

— Ai, que eu me enganei quando levei asfazendas ao alfaiate !

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BANHO MORNO"~

P^vSvW — A que deve o senhor ter vivido cem anos?— A ter nascido em 1854 !— Aquele bicho horrível me mordeu ! ...

SETEMBRO — 1954 O TICO-TICO

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mm^ãs^ i?m$$®§COMEÇAMOS HOJE A PUBLICAÇÃO DO

rvÇSÉPIO P& NATALrjr

P" STAMOS começando hoje¦—" a publicação das páginas

que vão compor o tradicionalPresépio de Natal d'0 TICO-TICO, que êste ano é origina-líssimo.

Basta dizer que pode ser ar-mado quase sem auxílio decola, porque as figuras e pe-ças são montadas e encaixa-das umas nas outras.

Reparem nos traços fortesmarcados com letras: neles se-rão feitos entalhes, ou cortes,a canivete.

E, de acordo com as letrasindicatrizes, neles se enfiamas aletas das outras peças. Osnúmeros indicam, também,onde ficam as figuras. Certosriscos mais fortes indicamcortes com tesoura. As linhas

interrompidas indicam sem-pre DOBRAS. Observandoisso, e observando o modeloque aqui oferecemos, a arma-ção do Presépio se reduz a ope-ração simples ao alcance dequalquer um.

A publicação das peças será** feita nas edições de Se-Setembro, Outubro e Novem-bro.

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MOITeiO TER/W NAPOr> TH.O-rn u SETEMBRO. 19SÍ

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Um Grande EducadorBrasileiro

Abílio Ce_or Bori?--

Abilio Cesar Borges, mais

tarde barão de Macau-bas, nascido a 9 de setembrode 1824, foi um dos mais fa-mosos educadores brasileiros.Depois de formado em Medi-cina, no Rio de Janeiro, voltouêle à Bahia, sua terra natal,onde o destino lhe reservariaa missão gloriosa de ser o pre-parador de homens da estirpemoral e intelectual de CastroAlves, Rui Barbosa, RodolfoDantas, Lino de Andrade e ou-tros que se destacaram navida pública do Brasil.

Como médico, instalouum hospital em Vila da Barra,ao mesmo tempo em que fim-dava um colégio. Êle desfral-dava uma bandeira para serseguida pelos governos: ins-trução e saúde. Um sanatórioe uma escola formavam umprograma.

Anos depois, dava à sua ter-ra natal esse tradicional e le-gendário Ginásio Baiano. Foipor esse colégio que passaramos vultos mais eminentes doBrasil. Viajou pela Europa e,de volta, surgiu no Rio de Ja-neiro o Colégio Abilio, situadono bairro das Laranjeiras.

Esse educandário, segundo atradição, honrava, não sòmen-te a capital do Império, mastodo o Brasil. A mocidade en-controu nele muita coisa queüie faltava.

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ü M 1887, Abílio Cesar Bor-""¦¦' ges retornou à Europa.De regresso fundou mais doiscolégios: um em Barbacena(Minas Gerais) e outro emBotafogo (Rio de Janeiro).Este último tomou o nome deNovo Colégio Abílio.

O Imperador Pedro n, que-rendo confirmar o respeito dopaís por tão notável benemé-rito, deu-lhe o título de Barãode Macaúbas, "com grande-za". O grande brasileiro repre-sentou o Brasil no CongressoPedagógico de Buenos Aires,sendo a figura máxima doconclave, saindo dele consa-grado por todas as delegações.

A campanha abolicionistateve em Abílio Cesar Borgesum dos seus mais apaixona-dos baluartes. Um homem queeducava a juventude nos bonsprincípios cristãos e no cultodo Direito e da Justiça, nãopodia ficar inerte ante a luta

AMÉRICOPALHA

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pela liberdade. Na Bahia crioua "Sociedade Baiana Sete deSetembro". Manteve o jornal"O Abolicionista" e, quandoesteve em Roma, solicitou aintervenção do Papa Pio IX afavor dos escravos brasileiros.

Ainda representou o Brasilna Conferência dos America-nistas reunida na Europa.Realizou várias conferênciassobre assuntos pedagógicosem Londres e Paris e delas re-sultou a vinda de uma missãopedagógica ao nosso país, daqual faziam parte ilustresprofessores ingleses, francesese alemães, entre eles o profes-sor Bockel, de renome mun-dial. Abriu cursos gratuitos deleitura para alunos pobres,aos quais fornecia todo o ma-terial escolar.

i~\ Papa agraciou-o com o^ grau de Comendador daOrdem de São Gregorio Mag-no. O Imperador ainda lheconcedeu o Hábito da Ordemde Cristo e a comenda da Or-dem da Rosa.

Faleceu o Barão de Macau-bas a 17 de janeiro de 1891.Foi uma figura popularíssimano Rio de Janeiro, onde nin-guem o chamava pelo títulode nobreza. Era, para todos, odr. Abilio, o bom dr. Abüio. Foiquerido porque pôs sempre acultura a serviço do Bem. Nãopode haver para um homemmaior título, nem maior con-decoração. A sua herança mo-ral é um exemplo para todosos educadores brasileiros edeve ser aproveitada como umtesouro de primeira grande-za. O bem que êle espalhou sô-bre a terra deu-lhe a imorta-lidade. Ninguém pode falarem educação da mocidade semcitar o nome desse baiano ilus-tre que foi Abílio Cesar Bor-ges.

SETEMBRO. 1954 O TICO-TICO

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rf^êa.AVENTURAl A WRE N C EDA ARÁBIA

LAWRENCE ero um jovem estu-

dante de Oxford, pequenino emagricela, apaixonado pela Arqueo-logia, que um dia partira de Londrespara estudar, no deserto da Síria, oscastelos das Cruzadas. Em 1914 re-benta a grande guerra e oOriente se transforma numafogueira. Os povos nômades daArábia se revoltam contra odomínio turco.

Lawrence está no Egito etem 26 anos. O exército inglêsnão o aceitou, por causa de suapouca altura e foi então quecomeçou sua aventura, ao ladodos povos do deserto, desejososde se tornar independentes.

Lawrence, cujo prestígio diaa dia crescia entre as tribus, é o seuconselheiro.

Vestido à maneira árabe, comum albornoz branco, forma um nume-roso exército. Dentre os componentesdeste, escolhe os melhores homens efaz incursões terríveis nas retoguar-das turcas. Surpreende sempre, ata-

ca e desaparece, levando o que pôde. Liberta cidades doMar Vermelho, foz saltar pontes, corta linhas telegráfi-cas, capta mensagens importantes. Os turcos põem suacabeça a prêmio. Mas não o conseguem aprisionar. Até ves-tido de mulher, Lawrence penetra nas cidades como Damas-co, para colher informes úteis à sua causa.

Em 1917 ataca comboios turcos que levam armas ereabastecimentos. Aqui e qli, linhas férreas são destruídaspor êle. Trens são despedaçados: em 7 meses 25 comboios

são destruídos. O tráfico turco está desorganizado até Alep.Note-se que a Turquia estava, na primeira Guerra, ao lado

dos alemães, contra os Aliados. E, por sua ação tão efeti-,¥0, Lawrence é nomeado... co-ronel do Exército Inglês, quenão o quisera aceitar por serbaixinho... Tem, agora, 28anos. Sua estratégia militarassombra os Estados Maiores.

Com seus cavala ria nos atacaefetivos muito maiores que osseus, e bate-os. Nos primeirosmeses de 1918 as cidades deHedjaz e dá Transjordâniacaem umas após outras. Milha-res de prisioneiros são feitos. Os

turcos batem em retirada. Os ingleses tomam a ofensiva masLawrence vai à frente e a 30 de outubro de 1918 à noite está,

com sua tropa, diante dos muros de Damasco, a célebre ei-dade.

No dia seguinte, coronel aos 29 anos, com o traje dosPríncipe de Meca, entra vitorioso na cidade rendida. Todaa população festeja o libertador da Arábia, gritando seunome sem cessar.

Estava ganha aguerra do deser-to, pelo espírito sadio da aventura dopequenino herói bri-tânico.

NO PRÓXIMO

NUMERO

A VIDA DE UM

NOVO HERÓI

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10 O TICO-TICO SETEMBRO 1954

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COLAI? *OBPBCARTOLINA

RECORTAR

DOBRARNAS FttRTES

PONTIC-HAPAS

(Continua) fr'^"*^%\ \W_ jm- \\ \

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(CONTINUA ADIANTE)

SETEMBRO — 1954 O TICO-TICO I!

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12 O TH.O-TICO SETEMBRO, 1954

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1*

TRZCMOescomipoA FAMÍLIA

A família é o núcleo,o germe da socie-

dade. Nela é que se for-mam todas as virtudes ese amolda o caráter, queé a feição d'alma.

E' a oficina sagradaonde se prepara, entre oamor e o respeito dos paise no exemplo dos ante-passados, o futuro cida-dão.

O que se adquire nainfância leva-se até amorte.

Assim como o corpo sedesenvolve na sua con-formação, a alma dilata-

•se nos princípios em quefoi iniciada.

O culto da família, quefoi a primeira religião dohomem, deve manter-seno coração de todos, por-que é êle que estabelecea solidariedade entre osmembros da mesma casa,perpetuando a honra deum nome pelos temposadiante.

As Pátrias são agre-gações de famílias e,quanto mais virtuosos fo-rem os lares, que são oselos, mais forte será acadeia da Nacionalidade.

COELHO NETO

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f ÓLEO DE OVO ^V jRMarca Registrada y^S_5s--"-**"^

Cabelos sedosose ondulados

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1908 - EXPÍ22^^|l|s DIPLOMA DE HONRA PH ÉI ~V j|» EXPOSIÇÃO DO CENTEN*g>0 Vy.

jj ||p jrO LEGÍTIMO!

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Ê5Si] Exija o legítimo de ^^

5CARL0S 3ARB0SA LEITE?je^, ATE Çrt10,QO_c^

Exija u legítimo deCARLOS BARBOSALEITE que traz o nomede garantia

PI TICOIOVO

MÁXIMAS DO MARQUES DE MARICÁA ignorância crê tudo, porque de nada duvida.

Para bem viver importa muito saber sofrer e abster-se.

O nosso amor próprio, muito ocupado de si mesmo, parece nãosuspeitar sem avaliar o dos outros.

•A inveja e o ciúme do mérito alheio, acusam e revelam a médio-

cridade do próprio.

Ler sem refletir, é comer sem digerir.

Uma boa cabeça não justifica um mau coração.

Desconfiai de vós, dos homens e do mundo, mas confiai sempreem Deus.

O anão, quanto mais alto sobe, mais pequeno se afigura.B

As amizades, como as árvores, bem cultivadas produzem copio-sos frutos.

SETEMBRO, 1954 O TICO-TICO U

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14 O TICO-TICO SETEMBRO — 1954

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TENDO

regressado D. João VI para Portugal, ficara no Brasil, como regen-te, o principe D. Pedro, então com vinte e quatro anos. Estávamos, à re-tirada daquele rei, pobres e anarqulzados.

Fôra-se o dinheiro do Banco do Brasil. As correntes políticas da época de-gladlavam-se - uns contra a nossa emancipação, outros pela independência.Os soldados portugueses da Divisão Auxiliadora, comandados por Jorge Avi-lez, exigem se jurasse obediência à Constituição Portuguesa, como que incitados

pelo procedimento das Cortes de Lisboa, que tentavam reduzir o Brasil — entãoReino Unido — à sua antiga situação de colônia.

Querem extinglr, entre outras instituições, o Desembargo do Paço, a Juntado Comércio, o Conselho de Fazenda. Separa-se o governo das Províncias doRio de Janeiro fazendo-os depender diretamente da metrópole. Exige-se, porifim, a retirada do principe D. Pedro, a pretexto de completar a sua educação,em Portugal. Vem o dia do "Fico", em 9 de Janeiro de 1822. D. Pedro atendea multidão. Lança, como os grandes reis, a sua frase célebre: "Com0 é parabem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto; diga ao povo que fico".

Compõe-se o ministério popular. José Bonifácio tece as primeiras tramasda nossa emancipação política.

Vem o decreto de 16 de Fevereiro de 1822, convocando um Conselho Repre-senta.tivo das Províncias, perante o regente. Determina-se que nenhuma lei dasCortes; de Lisboa seria executada no Brasil, sem o "cumpra-se" do principe re-gente. Aceita este, depois, o titulo de "Defensor perpétuo do Brasil".

Convoca-se a Assembléia Constituinte. Jura o principe defender a Regên-,cia,. Proíbe-se aos ligados ao partido português 0 exercício dos cargos públicos.

E^quando, então, vai D. Pedro até Santos, a fim de resolver graves de-^inteligências, ali surgidas. Serenados os ânimos, volta para o Rio. Mas, àsmargens do riacho Ipiranga, recebe volumosa correspondência, pelo correio daCorte. São cartas de José Bonifácio e da princesa Leopoldina, que lhe trans-mitem novas da Corte de Lisboa. Nestas se ordena a punição de José Bonifá-cio, bem como que fossem processados os signatários do manisfesto do "Fico".

Impetuoso e bravo, revolta-se D. Pedro contra a ignominiosa atitude da-quelas Cortes. Arranca os laços de cores portuguesas e brada: "Laços fóra,,sol-dados ! Camaradas, as Cortes de Lisboa querem mesmo escravizar o Brasil:cumpre, portanto, declarar já a sua independência. Estamos definitivamente,separados de Portugal".

E numa atitude heróica que o imortalizou, gritou, naquela manhã históricade 7 de Setembro de 1822: "Independência ou Morte, seja a nossa divisa !

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SFTEMBRO — 1954 O TICO-TICO 15

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Pensa e reflexlonaantes de prometer;mas cumpre, fiel-mente, o que prome-teste. E' assim quoprocede o homem decaráter.

Goethe definiu acorola da rosa comoum conjunto de fô-lhas diferenciadas.Quer dizer que, noseu entender de na-turalista, as pétalassão, igualmente, fó-lhas, com aspecto econtextura diferente.

•Os Aztecas tam-

bém ficaram célebrescomo arquitetos eescultores. Destaca-vam-se como Joa-lhelros, como cera-mistas, como tece-lões. E, como flze-ram sempre todos ospovos, selvagens, dan-cavam muito. Aliás,associavam, às ceri-mônias religiosas, adança e o canto.

•A mais brilhante de

todas as civilizaçõesindígenas da Améri-ca foi a dos Incas.Moralmente, porém,eram multo inferio-res, pois — exata-mente como, emnosso tempo, comu-nistas ei facistas — e-ram um povo escra-vo, trabalhando pa-ra a classe domina-dora...

•Flébtl faz o piu-ral flébels. Mas que

cmer dizer a palavranétdl?... Você pre-cisa ler, de quandoem quando, o dicio-nário. E' ótima lei-tura, que nos ensinamuita coisa... alémde enriquecer nossovocabulário. Que se-rá flébll?...

Explica-se o moti-vo que, ao tempo emque o Brasil nasciapara a civilização, o-brigava os portugue-ses a manter-se nolitoral. E" que eles.necessitavam de re-pelir os ataques doscorsários. Quantas,vezes lutaram paraexpulsar os bandosde estrangeiros que,perigosamente, pre-tendiam qui estabe-lecer-se — não comoamigos, sim comoconquistadores.

•O banho de sol é

magnífico para asaúde. Mas não a-ruserci! o abuso podec a u s'a r prejuízosmuito sérios.

•E' em 23 de Abril

que se comemora oDia do Escoteiro

l fHrs

Foi o Barão deMauá, Irincu Evan-gelista, quem crioua primeira ferroviano Brasil.

•O amigo certo co-

nhece-se nos momen-tos incertos. São pa-lavras de Cícero, be-las e Justas.

•Coser (costurar) é

com s. Cozer (cozi-nhar) é com z.

•Nunca me arre-

psndi do que nãodisse (D. FranciscoManuel de Melo).

•João Pessoa (antl-

ga Paraíba), capitaldo Estado da Paraí-ba, acha-se na mar-gem direita do rioSanhauá, e a. umquilômetro de sua fozno rio Paraíba doNorte.

Voltaire foi mui-ias vezes ouvido porCatarina, da Rússiae por Frederico, oGrande. E' que amajestade da inteli-gência e da culturacausa admiração àmajestade dos tro-nos...

1

Em francês o vocá-bulo hotel significatambém palacete, pa-lácio, edifício. Porisso é comum erra-rem os tradutoresapressados, que che-gam a usar a expres-são: "hotel" de Ver-sailles, absolutamen-te imprópria.' •

Foi o portuguêsFernão de Magalhãesquem, dirigindo umaesquadra espanhola,deu a primeira voltaao mundo. Com suaviagem, ficara pro-v a d o, indiscutível-!mente, que a Terraera redonda.

W)O apreciado brin-

quedo que nós cha-mamos boneca, emfrancês tem o nomede poupée, em inglêsé doll e em espanholé mufieca, que se lêmunheca.

•"O último tamôlo" éum quadro, verdadei-ramente belo, muitoexpressivo, do adml-rável pintor brasilei-ro Rodolfo Amoedo.

No dia 30 de Abrildo ano de 1822, o in-comparável patriotabrasileiro Joa-quim Gonçalves Ledo,publicou vibrante ar-tigo entusiasmandoD. Pedro a procla-mar a independênciade nossa Pátria. "ORevérbero constitu-cional Fluminense"foi que estampou onotável artigo deLedo.

•O alimento do sei-

vicola brasileiro de-pendia, quase exclu-sivamente, da caça ecia pesca. Não co-nheciam instrumen-tos agrícolas; nãodispunham de ani-mais domésticos, nemde qualquer espécie.

•E* erro a forma"beneflciência". O

certo, Indiscutível, é"beneficência".

K^lE" de Joaquim Mur-

tinho, que foi gran-de economista brasi-«eiro, esta frase:"Quanto mais conhe-ço os homens, maisprefiro os cachorros".

•Fácil de escrever, e

não fácil de se escre-ver. Por que? —perguntará o leitor.Mas vamos explicar.O infinito com pre-posição já tem o sen-tido passivo. Portan-to, é demasiado o"se".

•De quando em,

quando vocês encon-tram nos Jornais es-ta expressão: edil. E'o mesmo que verea-dc Plural: edis.

Na antiga Roma,edil era o magistra-do.

Embora esteja ado-tada — por comodis-mo, ignorância ou ex-cesslva tolerância —a pronuncia novel éerrada. O certo énovel, novéis (novo,novos).

Trata-se de purafantasia, isso de te-rem os gatos sete fó-legos. São animaismuito resistentes, is-so sim, mas a "len-da" das sete vidas épura invencionicc.

•Certo, claramente.

certo, absolutamentecerto é: Moro na ruatal; Situado na ave-nida x; Estabelecidona rua z; Instaladona travessa d, O "à",nesses casos, é errosem nenhuma defe-sa. Apenas, uns fo-ram imitando os ou-tros e a maioria pas-sou a aceitar a toli-ce.

•22 de Abril de 1500

— data do descobri-mento do Basil.

•Foi em 1534 que D.

João resolveu realizarsua aspiração de di-vidir o Brasil em ca-pitanlas heriditárias.

•A atual Constitui-

ção do Brasil, de 18de Setembro de 1946,declara que "a capi-tal da União sevátransferida paia oplanalto central dopaís e, efetuada atransferência, o atualDistrito Federal pas-sara a constituir oEstado da Guana-bara".

•Os irmãos gêmeo»são >s que têm nume-

ro t e 11.

O TICO-TICO

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AVENTURAS DE ZÉ MACACO

O casal Macaco convidou dois amigos, Estavam passando um filme de mocinho e de bandido. OZé da venda e o Chico da quitanda, para se de- bandido não era sopa nem nada. Pegava a mocinha pelo gas-liciarem com o seu aparelho de televisão com nete e dava cada sacudidela ! Faustina torcia contra o ban-tela panorâmica e som saladejantarofônico. dido, mas havia um convidado...

... que não gostou da torcida e disse que Faustina não ligou à ...e Zé Macaco teve que intervir,se ela não fechasse o bico, deixando os ou- ameaça e o homem cumpriu o que mais aumentou a confusão,tros ouvir em paz, êle ia bancar o bandido ° que tinha dito. Fechou o Houve sopapo, tabefe, pescoçãotambém. tempo na sala... cascudo...

... e acabou a sala se transformando ¦ • • estavam os convidados em mísero estado, e sairam jurandoem tablado de luta "vale tudo". Quando que nao assistiriam nunca mais a um filme em televisão nenhu-o filme acabou... ma> quando houvesse "torcida" perto... E o pescoço de Faus-tina, até hoje, dói...

SETEVHKO, 1954 O TlCO-ltCO 17

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PR5S5PIOPS NATAU

(Continua)

As páginas quecompõem o

PRESÉPIO

sairão nas edições

de

SETEMBRO,

OUTUBRO e

NOVEMBRO

COLAR SOBRECARTOLINA

DOBRAR NA* RARTCSPOMTILHAPA*

RÇCORTAR(Vêr explicação em outra página)

SETEMBRO — 195418 O TICO-TICO

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TOSSI7

_________ ______[_# «__ * ^^^_____

CODEINOLNUNCA FALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO.PREFERIDO POR TODOS PORSER O REMÉDIO QÜB ALIVIA

ACALMA E CURA.Infalível contra resfriados, Asma

e bronqultes.

Em alguma:, escolas da Suíça existe oensino obrigatório do xadrez, pois essejogo, constitui um excelente exercíciopara o cérebro.

SABIAISTO?

Ponce de Leon foi odescobridor da Florida.

.Os Estados Unido-:

compraram o Alaska daRússia.

*O poeta lírico Luiz

Del fino foi médico.*

O general brasileiroque venceu os holande-ses foi André Vidal deNegreiros.

*Osvaldo Cruz, o famo-

so cientista patrício,morreu em IV trópoiis,em fevereiro de 1917.

*0 rei judaico que dor-

mia num aposento intei-ramente de marfim cha-mava-se ACAB.

*Garibaldi, herói italia-

no, foi revolucionário noBrasil.

#Napoleão era cunhado

de Murat, pois este ca-sou-se com Paulina Bo-naparte.

VAMOS DESENHAR?

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3

o-/r\64 !

mO menor cantor da"RádioMauá"

m***ta**aa*sa*m**j***a**ã**0 Luiz Carlos, ^dM-JMMy***^

que se vê na foto, é o menor cantorda Rádio Maná. Atua no programa"Hora do Pequeno Trabalhador",que é uma excelente oportunidadepara os fühos dos trabalhadorescom vocação artística. Esse progra-ma, dirigido pela professora EvaBrayer, é transmitido pela PRH-8,em 1.130 quüociclos, todos os do-mingos, das 11 às 12 horas.

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20 O TICO-TICO SETEMBRO. /''...

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Fiehdpio> EstudiosoBRASILEIROS NOTÁVEIS

m

Considerado o "pai da indústriabrasileira", nobre -do Império, íoiquem dotou o Rio de Janeiro de ilu-minação a gás, construiu a nossa pri-meira estrada de ferro e ligou oBrasil ao mundo pelo cabo subma-

9

Foi o chefe supremo da Revoluçãoriograndense de 1835. chamada dos'Farrapos".

Caudilho dos pampas, encarnoubem a alma heróica do gaúcho va-loroso, cheio de dignidade e pátrio-tismo.

Foi o presidente da AssembléiaConstituinte republicana, que formu-lou a Carta Magna de'1891, vigoran-te até 1930. Primeiro Presidentecivil da República proclamada em1889, é considerado o Pacifica-dor.

BRASILEIROS NOTÁVEIS1

m

Sacerdote e político, ocupou altoscargos de relevo no Brasil monar-qulco, tendo, inclusive, governado opaís- como regente.

Grande patriota, enérgico, foi umdevotado à grandeza e ao progressode nossa pátria.

Foi quem proclamou a indepen-cia do Brasil, em 1822. Principe desangue português, ardoroso, impe-tuoso, versátil, '

mas devotado aoBrasil até ao extremo de romperpor êle, ligações de sangue e afei-çao.

Médico dos mais notáveis, profes-«or e político, fez parte da Aca-demia de Letras e representou oBrasil em congressos científicos.Grande paladino da instrução. Suaorigem era a mais humilde. Extre-mamente bom e caridoso.

ISTO não é concurso. Trata-se de proporcionar ao leitor (estudioso) o meio de formar um interessan-

te fichário, mas que êle mesmo terá de organizar, com o auxílio de "O TICO-TICO". Nesta mesma edi-

cão e nas seguintes, o leitor encontrará os retratos que deverá colar sobre as respectivas legendas, até com-

pletar as fichas, que devem ser coladas em cartolina, recortadas e arquivadas. Se não encontrar todos nesta

edição, aguarde a próxima. Esta página, com outras fichas e novas legendas, será também publicada nas

próximas edições.

SETEMBRO, 19540 "'CO. TICO 2>l

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yflMflEDDE)©— Falhei na filmagem de "Guilherme Tell" — confes-

sou Tamarindo ao dono do Estúdio. Mas aqui estáum argumento de deixar o De Mille de miolo mole!Sabe o que é ? "Os Gansos do Capitólio" ! Que tal ?

Obtida a autorização, começou o nosso cineasta areunir material. Primeiro comprou duas dúzias de g&n-sos, para ensinar os bichos a serem do Capitólio. Queriacomeçar pelo princípio . . .

.w^yM^l ks*, i PS ^ sr

Estão vendo aqui ? Isto é um gaulês, homem nas-cido na Gália. Gaulês e Galo, é a mesma coisa. Sabiamdisso ? Tanto faz, como tanto fez. Quando uns gaiosiguais a este aparecerem, vocês . . ,

. . . abrirão o bico a gritar, dando o sinal. Foi issoo aue aconteceu na velha Roma. Uns primos de vocêssalvaram a pátria ... Ah! Aqui estão vocês ! Vocês se«lrão os gaios, no filme, hein?

Carapetão e Simplício, por essa não esperavam . . .— Vamos ter que trabalhar de gaios, sêo compadre! —disse o dr. Carapetão. — Antes de galo que de galinha,não ? — disse o secretário, piadista.

Depois daquela conversa, concordaram que traba-lhar de galo era pinto. E no dia da filmagem, quandotudo estava O. K. e o diretor deu o grito para os Gaiosaparecerem, houve a surpresa!

Tendo entendido "mal a~recomendaçao, e nada entendendo de História, Carapetão e Simplício travestiram-se de galináceos, com enormes cristas, e assim entraram em cena . . . Foi um horror . . .

22

. . . sobrtjTOl^^à^^ramarinnô; que sofreu maisuma vez a fúria do homem estudioso, isto é, dono doEstúdio, que ainda lhe soltou em cima os gansos, gri-tando e bicando furiosos também!(Continua)

O TICO - TICO SETEMBRO — 1954

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AGÔ& VOU EKBÔR. ÜEFl UlTIYA-MENTE* m ATURO MAIS ESTErPATRÃO A"yxibtí. .. _ r

ADEUS, KAX.HBOW? M«flQUECOH HEUS 45 AMOS OE QRDEMAD-?QUE HE DEVE. NUNCVxtíAlS

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AGORA ,T0CA AAWANJAfcL.«tHPGCÃO. vôU OOMPRAI^LÍMJORNAL* ô_eco «STOAO

QUEffcGUE.

ÕUANTOS ANUNClO_ «ÔUAL E O QUE. PAGAHELHOS. 1

SEtf CRIADO,QUE VOU EA2__ _4CH0QUE VOU HUPAC DE CASA.PAf_^. LONGE/->^y

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ESTE AMÍNC<£ HE CONVÉM VOU JA,ANTES QUE AUSUfr-f ) j I DEVE SEI? AÔUI FEL1--NEH-PREasA-S_DECRIAOO.BC_C5A_€ CHEGUE rZZ^ZZT TE ESTA'IflM&E DE OHOE v

_JfctL_i___y ™552>iL^) HORA (Z^JT

" AtíTES DE BffrER .E'pi_3C!íC I VOU T_D1E O MÁXIMO XTo^N iU^l f^^

PENSAR.rA^?NO QRDEKACX? -^^00 SALÁRIO Q#/^^/$/^

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23SETEMBRO — 1954 O TICO-TICO

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OS INVENTORES

TÊM SIDO

Graham Bell, e o invento erao telefone, que tem enrique-cido tanta gente, depois queEdison o tornou, para gáudiodo mundo, a preciosa reali-dade que. sabemos. Essenão é um caso isolado dadesconfiança e incompreen-são com que os inventoresde todos os tempos têm sidorecebidos por pessoas ou go-

O milionário Vanderbilt,considerado o "rei" das es-tradas de ferro, recebeu

proposta para estudar umnovo sistema de freios paravagões, idealizados de talmodo que revolucionariatodo o seu material ferrovia-rio. Olhou a coisa superfi-cialmente e sentenciou:

— Digam a esse moço que

MAL COHPREENDIDOTTM dia o célebre escri-*~' tor Mark Twain — oautor das Aventuras de TomSawyer — foi procurado porcerta pessoa, aliás tão cabe-

vêrnos a que recorrem parapedir auxílio.

Geralmente, o que acon-tece é que as pessoas pro-curadas não acreditam na

luda e barbada quanto êle, possibilidade de sucesso do

que pretendia conseguir500 dólares para poderlevar avante um inven-to... que ainda estavaem fase de imaginação,isto é, andava a encher-lhe a cabeça. Ovisitan-te propunha ao con-sagrado homem de le-trás bom negócio, nasua opinião; em paga-mento pelo empréstimo,Twain teria metade doslucros com que contavaver coroada a invenção.

Mark Twain, que eradotado de profundo espiri-to prático, pensou... erecusou. Preferia não ar-riscar os 500 dólares. Enão arriscou mesmo.

Pois bem: o inventor era

Thomas Alva Edison

invento. E, por isso, descon-versam e acabam por negaro apoio de que o inventor —

quase sempre com cara desonhador e modos de idealis-ta — tanto precisa.

não tenho tempo para per-der com malucos.

O "maluco" era Westin-ghouse, que, mais tarde, setornou milionário como êle,graças aos freios de alta pre-

cisão que havia imagi-nado e que, por outrosmeios, conseguiu fabri-car.

Outro caso típico: osobrinho de um magna-ta das finanças, Chaun-cey, tendo apreciado osplanos de um certo Hen-ry Ford, veio-lhe proporassociar-se ao inventor.Bastava, dizia Depeu, osobrinho, que o tio lhedesse autorização paraentregar a Ford 15.000dólares.

— Deixe de maluquice !— respondeu o tio milioná-rio. — Isso é coisa de visio-nário ! E' gastar dinheirocom bolhas de sabão ! Nun-ca um motor, por mais sim-

24 O TICO-TICO SETEMBRO, 1954

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pies que seja, substituirá os

músculos de um bom cavalo,

para fazer mover uma vio-tura !

Os carros de Henry Ford,logo depois da primeiraguerra mundial, tiveram aaceitação que têm hoje osjipes, e Ford se fez muitasvezes milionário, com o seumotor barato e singelo. Nãoeram bolhas de sabão. . .

Um grande escritor, quefoi H G. Wells, e que es-creveu audaciosos livros sô-bre coisas do futuro, nãoacreditava, entretanto, noêxito do submarino.

Leonardo da Vinci imagi-nara esse engenho, chegara

a desenhar um, com seus de-

talhes, construíra mesmo

uma "amostra". O escritor

genial que foi Juiio Verne,

escreveu aquele livro estu-

pendo para a juventude, queé "Vinte mil léguas subma-

rinas", onde aparece o"Nautilus", dirigido pelo Ca-

pi tão Nemo. Mas Wells não

acreditava, embora fosseêle o autor de livros de ima-

ginação de coisas futuras"O submarino — disse êle,

diante de membros do Almi-rantado Britânico — é um

veículo quimérico. Eu me re-

$*«»W. y* 1T.~ _ A A^ mWÈW

Julio Verne

cuso a crer que possa servir

para. outra coisa que não

seja levar para o fundo do

mar uma equipagem conde-nada a morrer asfixiada !

Entretanto, nós sabemoso que são os submarinos dehoje...

-^í^-" f ^ mmmrm/m^ ' -mmm^ ^^ * íVüE\ji'/'//^__fí ¦

Mark Twain

Melhor, entretanto, é ocaso de um "sábio" francês,membro do Instituto das

Ciências que, em plena ses-são acadêmica, suspeitouabertamente de que um seuconfrade e r a ventríloquo,

quando êle apresentou, pelaprimeira vez, ali, um fonó-

grafo, a grande invenção deEdison, de que se originou,mediante aperfeiçoamentos,

a vitrola, atualmente ele-tro'a.

E' por isso mesmo admi-rável, o espírito de teimosiaconstrutiva, de determina-ção e persistência, dos in-ventores, -em todos os tem-

pos.Criaturas privilegia-

das, dotadas por Deus deuma forma rara de percep-ção das coisas, que a maio-na não consegue vislumbrar,têm dado à Humanidadeuma bela parte do seu con-forto atual, enfrentando des-crença, indiferença, críticas,

pouco-caso e incompreen-

são. Mas parece que o pró-prio Deus, que lhes dá o dom

de "imaginar" e "inventar"

coisas, dá-lhes, igualmente,

coragem, persistência e for-

ça de vontade para vencer.

J. ANTÔNIO DURAN

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íwm'^l- -y^--

HÁ muitos anos vivia numa localidade, cujo nome as crô-

nicas não registram, uma viuva chamada Maria, quetinha uma filha muito linda e muito boa, cujo nome eraFlorindo.

Era esta muito bonita, com seu rosto claro e os cabeloslouros. E tão boa menina, que quando passava pelo bosque ospássaros entoavam seus melhores cantos para saudá-la e atéo qrroio detinha suas águas ao vê-la passar. Florindo ia sem-pre buscar morangos e amoras no bosque, levando uma ces-tinha que logo se enchia, pois aquelas frutas abundavampor ali.

Como todas as casas do povoado, a de Maria tinha umamplo galinheiro onde havia muitas galinhas. Uma noite

houve grande ruido no galinheiro e Maria e Florindo, acudindo, puderam ver, fugindo, a raposaque carregava uma das galinhas mais gordas. E o pior não foi isto: foi que cada noite a visitantelevava uma das aves e era tão esperta que, apesar de todas os tentativas, não podiam pegá-la. Fio-rinda, pensando na melhor maneira de pôr fim às travessuras da raposa, disse:

Ela gosta muito de ovos. Colocarei, então, ovos na minha cesta e irei procurá-la no mato.E assim fez, Como Florindo era muito criança, e tinha um aspeto tão inofensivo, a raposa não

se alarmou ao vê-la; ao contrário, foi ao seu encontro, pois tinha visto os ovos na cesta.Bons dias, menina Florindo — disse amàvelmente (naquele tempo os animais falavam). —

Que é que te traz aqui?E' o prazer de ver-te e de te oferecer estes ovinhos frescos... Como sei que gostas muito...

Acredito ! — exclamou a raposacontente. Mas corou até à ponta do fo-cinho, ao pensar nos roubos que tinha fei-to na casa da mãe de Florindo.

A menina, porém, parecia não notarsua perturbação.

Também sei — disse Florindo —

que gostas de pintos novinhos e gordi-nhos...

É verdade!—respondeu a raposa.Pois eu sei — prosseguiu a meni-

na — onde podes achá-los e comê-los atéfartar...

Sim ? '. — exclamou a ladra. —E onde fica esse luger ?

Não longe daqui — explicou Fio-rinda. — Numa clareira do bosque. Sequiseres eu te guiarei até lá com muito

gosto.A raposa imediatamente aceitou e

SETEMBRO — 1954

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V^wS«-S26 O TICO-TICO

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C- .O Ml \*

começaram a andar. De repente, po-rém, Florindo perguntou:

Conheces o caminho das for-migas ?

Não — respondeu a raposa.E' possível ? . — acrescen-

tou a menina. — Não conheces obosque de ponta a ponta ? Chamam-no assim porque há muitos anos pas-saram por ali milhões de formigasque fugiam de uma inundação.

Pois gostaria de conhecê-lo— disse a raposa. — Mas não aca-bou de falar porque soltou um gritode dor e de raiva. Uma de suas patastinha ficado presa numa armadilha !Em vão a comedeira de galinhas pu-xou a perna, mas só conseguia feri-Ia, sem poder fugir.

______Éa~mm*Tu sabias disto ! — gritou, —¦<—>-'dirigindo-se à menina, no cúmulo dafúria e do desespero.

Não ! Não sabia! — disseFlorindo. — Esta armadilha foi pos-ta aí, naturalmente por alguma vítima dos teus assaltos aos galinheiros. Como vives procedendo mal,os homens te perseguem e espalham armadilhas para te apanhar. Mas eu não sabia !

Mas vocês também matam as galinhas para comer ! — disse a raposa.Mas são nossas — replicou Florindo. — Se tu nos tivesses pedido comida, nós teríamos dado.Tira-me daqui! — pediu a raposa. — Prometo que, se me livrares desta armadilha, serei

como um cão fiel e te acompanharei a toda parte!E tanto suplicou, e prometeu, e chorou, que Florindo se comoveu e abriu a armadilha. A raposa

se atirou a seus pés e lambeu-lhe os sa-.patinhos, dizendo: — Tu te podias ter

vingado e não o fizeste. Como és boa !Cumprirei a minha palavra !

QUANDO Maria viu a filha chegar

em casa, acompanhada peía rapo-sa, pensou que estava sonhando; MasFlorindo explicou: — Mamãe, a raposavai morar agora conosco e será nossaprotetora. Defenderá a casa como se fos-se um cão. Não voltará a roubar galinhas.Está arrependida de suas más ações e

quer que a perdões como eu a perdoei.Maria perdoou e as três viveram felizes.

Certos cães que até hoje existem,são descendentes dessa raposa.

Por isso, uma vez ou ou-tra eles ainda gostam, por brinquedo, decorrer atrás das galinhas.SETEMBRO — 1954

Ch^J/> sM&O TICO-TICO 27

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1 CURIOSA ORIGEM Dl PALAVRA...

DELIBERARA palavra de hoje, o verbo deliberar, tem sua origem no ato de "pesar nos

balanças".

Sabemos que decisão bem "deliberada" é aquela que se toma, ou adoto, de-

pois de bem pesar os fatos, sopesar os prós e os contras, como se diz, com-

parando os argumentos a favor e os contrários.

Deliberado vem do latim "deliberatus", particípio passado do verbo deliberore,

que se formou de "librare", que significa "pesar".

Librara, por sua vez, vem de libra, uma balança ou um por de pesos.

(Nos signos do zodíaco a balança aparece com esse nome: Libra).

28 O TICO-TICO SETEMBRO, 1954

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^iW^wwmmimCONCURSO N.° 327

m> _. làl^ S_F /d^___k. [C BtB

SEJA UMMENINO

LEVADO, MAS

SEMPREBEM PENTEADO

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# __. f/#/__/_._/_

Reuna e cole em fo-lha de bloco os selaifragmentos ao lado,4reconstituindo um or-nato Interessante.

Assine seu nome porextenso e Indique seuendereço completo, re-metendo para:

"NOSSOS OONCUR-SOS" Redação dé"a ¦nocM-ioo" — r.Senador Dantas, 15 —5/ andar — Rio —D. F.

E aguarde a ediçãode Novembro com oresultado.

oooooooooooooooooo<SOLUÇÃO EXATA DOCONCURSO N. 325

TE¦_¦__¦3 IO! 6

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FIXADOR POR EXCELÊNCIA

Atende a pedidos pelo ««m^l» PostalPretos: — Potes oo bísnagai — _"* IMJ

Ca.teirir.ha- S-0»L»b. Rua General Rodrijne», 39 — RIO.

"JOSÉ- DE ALENCAR"A S Edições Melhoramento» incorporaram

à soa coleção "Grandes vultos das Le-trás" a figura de José de Alencar. O criadorde "Iracema" é um dos mais queridos e dis-cutidos dos nossos escritores de todos os tem-pos. O livro, "José de Alencar", é de anto-ria de Hernani Donato, que já nos tem dadooutras obras também de valor, especialmen-te para a juventude.

QUADRO DE HONRAFORAM CLASSIFICADOS PORSORTE, PARA SAIR NO QUADRODE HONRA, OS SEGUINTES CON-CORRENTES QUE NOS ENVIARAMSOLUÇÕES CERTAS DOS DOIS

ÚLTIMOS CONCURSOS.

— CELSO BOAMORTE — SantaAndré — São Paulo.— NILZA CAMARGO PRATE8 »-Três Corações — Minas Gerais.— MARIA APARECIDA P. CRUZItabuna — Bahia.— SILVIO ROMERO DANTAS —Piedade — Ria — D. F.— AGLAÉ PINHEIRO REIS Leblon — Rio — D. F.— ONDDJO CORDEIRO — SãoGonçalo — Estado do Rio.— MAURO P. SOARES CAMPOSSão Paulo — E. de São Paulo.— TERÊNCIO A. DROIT — Pe-trópolls — Estado do Rio.— VERA-ENÔE BOPPERT — CO-pacabana — Rio D. F.

10 — ALICE MARIA MENDES CA-RRAL — ??? — Rio — D. F.

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17 — CARLOS HENRIQUE OLIVEI-RA — Recife — Pernambuco.

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20 — MAURÍCIO PIO CASTILHOSEngenho de Dentro — Rio — D, F.

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Propriedade da S. A. -OJMALHO'Diretor: Antonio A. de Sousa e Silva

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ASSINATURAS(Sob registro postal) 12 ndineros -... ç*q »9.?_Número avulso Cr 4.00 — Atrasado. 5.00

OBSERVAÇÃOA TENDENDO a que as soluções enviadas pelas leito-

**¦ res residentes nos Estados nos chegam sempre com

grande atraso, resolvemos, no ses próprio interesse, mo-dificar a forma de sorteio dos nomes «oe devem apare-eer, cada mês, ne Quadro de Honra.

Assim, o sorteio abrangera sempre es soluções DOSDOIS ÚLTIMOS CONCURSOS,

SETEMBRO, 1954 0 TICO-TICO 29

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OC3 SM0CIMH0 fiOMCJIUMHIO

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A fuga dos colonos era cada vez mais difícil, porque tinham quesubir morros, morretes e morrinhos. Mas, com a graça de Deus. iamavançando sempre.

O pior é que os Caras-sujas não tinham desistido... Lá vinhameles, chefiados pelo cacique Roque-Roque em pessoa. Logo atrás vi-nha o Ramirão, ajudante de desordens.

Quando chegaram ao sopé da montanha, evistaram lá no altoum dos carroções dos colonos que fugiam guiados pelo mocinho Gon-calinho o "maior".

Se os Caras-pálidas tinham subido, eles, Caras-sujas, tinhamque subir também, que Cara-suja vale muito mais! — foi o quepensou Roque-Roque.

¦**• j**. g*» rar%^B^ #> \v \- rara ¦; ra_

Ah ! Ah ! Mas é que o nosso invicto mocinho estava lá emcima, atento... A arma secreta que êle havia preparado

"ia fun-cionar ! Um ! Dois ! E... Três !

Enquanto o carroção, cheio de pedras, descia aosGonçalinho montava e partia, para alcançar o grossoque chefiava.

trambolhos,da caravana

\\W *pt>& ^^g§^^^^^^\ \ % o^o^^O ^ímJ^^^^E, quando menos esperavam, osTaras-Sujas foram envolvidos Cada qual gemia com mais gosto e mais perfeição. Todos chin-

numa verdadeira chuva de pedras, e foi cabeça quebrada, dente ar- gavam Gonçalinho, com uma raiva danada. Era mais uma derrota,rançado, um horror! E que derrota!

{Continua)30 O TICO - TICO SETEMBRO — 1954

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MILHO

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SETEMBRO — 1954 O TICO -a ICO 31

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MILHOffof/lny õel/AGáMBA

(VE» ILUSTRAÇÕES NO OUTRO LADO DA PAGINA)

ORIGINÁRIO do América do

Sul, já o milho era cultivadopelos indígenas quando os portu-gueses aqui aportaram.

E' um vegetal que apresenta raí-zes fasciculadas, caule reto e alto,folhas largas e lanceoladas. Os fru-tos, de côr alaranjada quando ma-duros, são vulgarmente chamados"grãos de milho" e apresentam-sereunidos em espigas.

A cultura do milho é muito ren-dosa, pois são inúmeras os suas apli-cações.

O milho, quando verde, constituedelicioso prato, quer cozido ou

assado, ou em mingau conhecidocomo "canjica". Do leite extraído dosgrãos ainda verdes, fabrica-se ocurou e a pamonha, o acaçá e o"mingau de milho azedo".

O fubá, obtido pela moagem dogrão, é o principal alimento dos po-pulações rurais, em forma de angu,brôas e belos. Do milho branco, pi-lodo, prepara-se a "canjica", ou"munguzá" das baianas. Do milhose extrai a maizena.

A palha, seca e fina, é utilizadoem envoltórios de cigarros.

O sabugo é um excelente com-bustível para os engenhos.'tf'ÁRIAS são as qualidades de mi-

* lho cultivadas aqui no Brasil,destacando-sé o cristalino, cateteamarelo, catete branco, pérola, den-te de alho, dente de cavalo e quaren-tino.

Há também o milho roxo e omilho de pipoca, de grão peque-nino.

Atualmente o Brasil ocupa o ter-ceiro lugar como produtor de milho,aparecendo nos primeiros lugares osEstados Unidos da América do Nor-te e 0 Argentina.

O milho é cultivado em todos osEstados do Brasil. Alguns, porém,sobressaem como seus principaisprodutores, tais como:

— Minas Gerais;— São Paulo;— Rio grande do Sul;— Paraná;— Santa Catarina;— Ceará.

n O TICQ-TJCO SETEMBRO, 1954

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QUAIS OS IRMÃOS GÊMEOS?

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f%ti Of^ft (I%hI~ *-*SAWSa*W ^BWsjtmi*- k-J r*ar

OT^f®ra m/^ki^v) í^^i^w fif^i^wH & p \™ & IÃI J & i/10 11

DOIS destes rapazes são irmãos. E gêmeos. Se você reparar bem, notará que apenas esses dois são,

em tudo, semelhantes, até na côr dos olhos (quase dizíamos até no "branco" dos olhos.Procure descobrir quais são. Se achar, confira a resposta com a solução que vai na página 16 desta

mesma edição. Vamos ver se você é bom fisionomista...

FICHÁRIO DO ESTUDIOSO

^^^mmx^xm^^^ AúMm\\\ wÊmmA^ mm\mmmmamm\aamm\mma\

CASTRO ALVES 1 | VISC PE CA>RÚ 1

IHfe*- JM

a\?a^sTIaA **^"* **l

SETEMBRO, 1954 O TICO TICO

r-j estaque os re-^tratos patA co-lar nos seus luga-res exatos, nas fi-chás.

Leia as legendasantes de colar, paranão errar.

No próximo nú-mero sairão outrosretratos e nos an-teriores já saíramoutros e outras fi-chos como a$ dapagina 21.

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"^-^ ^/ ^S jTj ^ UKorinha.oão-Çoi ? ^^

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WANunca mais serei "N r2T^ONÍivQuJesu5to11 TÍ ?]

__L__f ia»' __Z . /v /A 6C bastando oc\ r"7^ Ir-^J éf t»*i »_ ; •* ¦( p íloresk9 Y§ ^

'*- EU sempre fe» *a*M> iVuclTf»^ .ím j-ena1/3 D'íy i\\ \

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34 O TICO-TICO SETEMBRO — 1184

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P/ISSAT£MPOLIGUE COM UMTRAÇO OS PONTOSNUMERADOS

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( 45 -t4 43 4/ 4° '3- )

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I ^A^F kf JT ^m**mM*m*mmm*. __Ur___S__l ^r Jr^v ^^1 ^\ __f __ ¦ mt^mm»*^' ^^^V J I_«f

^^Ignorando o perigo dos dois bigodudossem coração que os esperavam com asclavas pontuadas, Chiquinho e Benjamimcontinuaram a subir. E quando passaram...

... os dois sentinelas descarregaram os clavas, mas eles foram mais ágeis e as maçasdesceram foi mesmo nos cocos dos que as manejavam, caindo os dois sem sentidos,dando tempo, assim, para Chico e Benja fugirem

Saíram eles correndo, pelo corredor, onde havia um lindo tapete, e mal.

. pisaram no tapete, este escorregou ecomeçou a se mover. — Isto é tapete má-gico — disse Chiquinho, que andara lendolivros de aventuras no Oriente.

E vai, então, o tapete voador começoua voar com eles, e se elevou no espaço,adejondo como se fosse um avião de pas-sei0.„ — Senta, corvãozinho ! Senta !.. .

. ordenou Chiquinho, e Benjamim sen-tou. — Está até gostoso, não é ? — per-guntou o pretinho. — Eu quero é ver comovai acabar isto — disse Chiquinho.Tmüà

I—7W WlfiTT"—^t-^^M JlV^ \ ]p -^fT^ \__>^\V<<«f^^ ^Jf^T^/L. ^ ^ 1\

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Mol acabou de fala . o *apete voadoicomeçou o descer, vertiginosamente, dei-xando os passageiros com cara de quemestá vendo o próximo (>•" \

Próximo já do chão, o tapete virou eeles vieram de ponra-cabeça. . Chiqui-nho já sentia o galo crescer quando,bateu no chão.. . e, então, acordou !

— Ora, graças a Deus ! murmurou, por-que tudo não passara de um sonho.—Mas,que pena que foi sonho '. Eu gostei tantoda flautinha mágico doquele faquir ! !

<.I(AFICA PIMENTA DE MKI.I.O S. A