Llamado para el envío de resúmenes

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Llamado para el envío de resúmenes- Grupo de Trabajo 40- OS ESTUDOS SÓCIO – ESPACIAIS E A ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA: TRAJETÓRIAS, DIÁLOGOS E COOPERAÇÃO NO CONE SUL X reunión de antropologia del mercosur X reunião de antropologia do mercosul Temos o prazer de convidá-los a participar da X Reunião de Antropologia do MERCOSUL, que se realizará na cidade de Córdoba, Argentina, de 10 a 13 de Julho de 2013. Este encontro científico bianual, em sua origem, fomentado pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), se realiza desde 1995. Organizada por antropólogos e cientistas sociais de universidades e instituições científicas do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Bolívia e Chile), a RAM promove a participação de pesquisadores dos países membros, bem como de universidades ou instituições dos países associados e integrantes da comunidade científica internacional. http://xram2013.congresos.unc.edu.ar GRUPO DE TRABALHO 40 OS ESTUDOS SÓCIO – ESPACIAIS E A ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA: TRAJETÓRIAS, DIÁLOGOS E COOPERAÇÃO NO CONE SUL JOSE EXEQUIEL BASINI RODRIGUEZ [email protected] Departamento de Antropologia Programa Pós- graduação em Antropologia Social Universidade Federal do Amazonas – Brasil. LELIO NICOLAS GUIGOU MARDERO

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Llamado para el envío de resúmenes- Grupo de Trabajo 40- OS ESTUDOS SÓCIO – ESPACIAIS E A ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA: TRAJETÓRIAS, DIÁLOGOS E COOPERAÇÃO NO CONE SUL

X reunión de antropologia del mercosur

X reunião de antropologia do mercosul

Temos o prazer de convidá-los a participar da X Reunião de Antropologia do MERCOSUL, que se realizará na cidade de Córdoba, Argentina, de 10 a 13 de Julho de 2013.

Este encontro científico bianual, em sua origem, fomentado pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), se realiza desde 1995. Organizada por antropólogos e cientistas sociais de universidades e instituições científicas do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Bolívia e Chile), a RAM promove a participação de pesquisadores dos países membros, bem como de universidades ou instituições dos países associados e integrantes da comunidade científica internacional. http://xram2013.congresos.unc.edu.ar

GRUPO DE TRABALHO 40

OS ESTUDOS SÓCIO – ESPACIAIS E A ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA: TRAJETÓRIAS, DIÁLOGOS E COOPERAÇÃO NO CONE SUL

JOSE EXEQUIEL BASINI RODRIGUEZ

[email protected]

Departamento de Antropologia

Programa Pós- graduação em Antropologia Social

Universidade Federal do Amazonas – Brasil.

LELIO NICOLAS GUIGOU MARDERO

[email protected]

Facultad de Humanidades y Ciencias de La Educación

Maestría en Antropología de la Cuenca del Plata

Departamento de Antropologia Social, FHCE, UDELAR.

Universidad de La República – Uruguay

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Resumos

O envio de resumos será até segunda feira 25 de fevereiro de 2013.

Os resumos terão um máximo de 350 palavras. Deverão conter os aspectos problemáticos do tema a ser desenvolvido.

O tipo de letra é Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5.

Se admitirá um resumo por participante em forma individual ou em co-autoria (máximo dois co- autores).

Os resumos deverão ser enviados aos correios eletrônicos dos coordenadores de cada GT.

Os candidatos serão comunicados pelos coordenadores a respeito do aceite ou não da proposta da comunicação até segunda feira 25 de março de 2013.

Comunicações

O envio das comunicações se realizará até segunda feira 6 de maio de 2013.

Os critérios de apresentação se definirão por parte da comissão organizadora da X RAM 2013 na próxima circular.

FUNDAMENTAÇÃO

A consolidação de um “pensamento espacial”, tal como Edward Soja denominou, tem mostrado ser uma necessidade imperiosa em um mundo moderno, diversificado, cheio de mutações, de explosões e implosões que quebram as estruturas convencionais de produção dos espaços e provocam a emergência incessante de novas espacialidades. Nelas (espacialidades), as sociabilidades apelam para códigos e âncoras diversas. A dinâmica expansiva da globalização econômica, juntamente com a primazia do capitalismo e o ajuste estrutural sob o regime neoliberal, tem provocado uma transformação espacial sem precedentes, tanto em partes visíveis – sejam elas paisagens, cidades, povos, edifícios ou infra-estrutura -, quanto em componentes mais intangíveis, mas essenciais à organização sócio-espacial – sejam eles memórias, saberes, práticas e/ou conhecimentos. A cidade contemporânea é por si mesma um laboratório de tensões que busca dirimir o ordenamento territorial, a maioria das vezes em função das disposições e ideários do Estado- nação constrangido pela dinâmica de intervenção e exercício do poder provenientes de escalas supranacionais. A cidade projeto se desvanece e incluso os ordenamentos hegemônicos mais obstinados tropeçam em meio a relações geopolíticas que põem em primeiro plano assuntos que escapam ao controle da “inteligência” Estatal do antigo regime moderno. Na cidade de hoje, aparecem desordens múltiplas, formas incompreensíveis de luta que se colocam como absurdas espacialidades que recusam o enquadramento em moldes predispostos pela

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enteléquia espacial do planejamento urbano. Com as contradições suscitadas pelo crescimento econômico emergem espacialidades de fuga, formas criativas de reafirmar o direito à cidade que transgridem fronteiras e fazem com que os espaços vazios e obsoletos da área urbana cobrem sentido ao serem reclamados e apropriados como lugares de vida pelos sem-teto, migrantes, desempregados, apóstatas, libertários ou, simplesmente, excluídos. (III CONGRESE, 2011)

Aspectos metodológicos

Os processos sócio-espaciais configuram um problema inicial na medida em que nos colocam numa instância epistêmica elusiva, dentro de uma variedade de elementos que acham seu domínio no espaço das redes e dos fluxos, sejam estes econômicos, simbólicos ou políticos, junto a tradições de conhecimento e de saberes constituídos e transmitidos. Em outras palavras, o desafio apresentado suscita a pertinência de criar estratégias de pesquisa assim como instrumentos analíticos que sejam dinâmicos, para entender os movimentos que se originam nos contextos cambiantes dentro de inscrições urbanas tão próprias como as cidades do MERCOSUL e de Latino-américa.

Em outras palavras, a sócio- espacialidade abre um leque amplo de possibilidades para olhar a cidade como um laboratório aberto onde a hibridação, as misturas e os regimes de transformação possam ser visualizados e compreendidos, ainda dentro de procedimentos rigorosos. Desta forma, abordamos o estudo realizando uma crítica aos procedimentos assépticos que operam por meio da purificação dos objetos (ou sujeitos?) para produzir “realidades”. Em suma, a produção dos conhecimentos, valida-se dentro dos processos de subjetivação, ainda mais, na qualidade relacional entre atores sociais, agências, tecnologias, redes, nós e enclaves. Ali, os contextos de enunciação são permanentes, enquanto que as manifestações urbanísticas resultam de formas de habitar o espaço e formas de pensamento que supõem escolhas e também conflitos cartográficos ou “guerras de mapas” a respeito das formas de habitar e circular que os grupos de interesse – povos tradicionais, minorias étnicas e raciais, políticos, planejadores urbanos, empresários, entre outros – atribuem-se em instâncias socioculturais e socioeconômicas decisivas. (BASINI & GUIGOU, 2010)

Os demos ou laboratórios abertos

Neste contexto, a delimitação categórica do “dentro” e do “fora” – como o “programa Newton-Kant” postulou para a física moderna e a filosofia transcendental -, torna-as métodos incompletos ou falsas epistemologias (BATESON, 1988). Também caducam teorias como as de Boyle e de Hobbes que a partir da física e da política postularam os laboratórios “in vácuo” para isolar “ruídos” e “desvios”, e assim produzir fatos científicos puros. Ambos referenciam e instrumentam a ciência moderna a partir de uma purificação crítica mediante duas práticas que sempre devem se diferenciar: a tradução entre gêneros de seres e a purificação de duas zonas ontológicas: os humanos e os não humanos (LATOUR, 2007)

Dentro dessa linha de reflexão, não reveste interesse localizar não-lugares ou espaços u-tópicos. Pelo contrário, trata-se de desenvolver práticas espaciais em laboratórios abertos – demos, os quais, tendo deixado atrás tanto o olhar de uma “neutralidade axiológica” ou um “desde nenhuma parte”, não apenas tentam compreender “genealogias” e “conectividades”

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das múltiplas formas do espacial em mundos, como o mundo urbano, senão também a produção de imaginários, imaginações e espaços.

Trajetória e estilos de habitar a cidade

Um outro aspecto metodológico em questão diz respeito ao estudo das trajetórias dos grupos que constituem estilos de habitar na cidade. Temporalidades, velocidades e espacialidades que são construídas – ao mesmo tempo que sofrem o constrangimento das próprias dimensões urbanas além de suas práticas e possibilidades materiais e simbólicas- fazem estilos de habitar e viver na cidade, que exigem a pesquisa das trajetórias e narrativas de ditos grupos, na medida que conformam memórias plurais e matrizes espaço-temporais da cidade. A “guerra de mapas” é também conflito, redes de aliança, construções do Outro (o Outro vizinho, o Outro- inimigo, como “tipos ideais” com todas as variantes do caso) que exigem etnografar as diferentes temporalidades, enunciados e narrativas dos grupos que fazem as cidades. (GUIGOU & BASINI, 2011)

O ALCANCE DA CONVOCATÓRIA

A presente proposta tem como intuito atingir a rede existente sobre estudos sócio-espaciais no campo da antropologia, e de outras disciplinas afins; aprofundar as abordagens e discussões que vêem sendo produzidas em diversos eventos de caráter internacional e regional sobre este assunto; e finalmente agregar na referida reunião do Cone Sul, novas perspectivas que renovem e aprofundem a reflexão existente sobre os pressupostos teórico – metodológicos desta temática, no contexto de uma antropologia contemporânea atenta aos processos e modos específicos de situar-se no tempo e no espaço.

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