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2 | CRISTAL ESCARLATE – LIVRO 2 -VERSÃO DIGITAL

Antes de mais, obrigado por expressar curiosidade em conhecer o meu livro «Cristal Escarlate». Esta versão digital pretende mostrar o que vai poder encontrar no livro, servindo de apresentação ou até de aperitivo! Está prestes a ir bem mais longe no oculto mundo ORDO que se irá revelando à medida que avança no livro e, posteriormente, nos restantes da série. Esperando que goste, eis o que preparei para si logo após uma pequena introdução sobre mim.

Mário Portela

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Ficha Técnica Título: Cristal Escarlate Sub-Título: ORDO – Livro 2 ISBN: 978-989-20-7407-8 Atribuído pela APEL – Associação Portuguesa de Editores e Livreiros Copyright © 2017 por Mário Portela Registo de Direitos safeCreative 1-703081072841 de 08/03/2017

Capa e Design: Mário Portela

1ª Edição: Março de 2017

Edição de Autor em self-publishing sob a chancela PORTUGAL MÍSTICO – EDITORIAL, presidido por Mário Portela Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo, fotocópia, xerocópia ou gravação, sem autorização prévia do autor ou da instituição reguladora e difusora da obra. Exceptua-se desta proibição a transcrição de curtas passagens para efeito de apresentação crítica ou debate por parte de alunos ou membros com autorização expressa.

Todos os direitos reservados ao autor

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Recomenda-se a leitura prévia da obra:

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S ESTRONDOS ERAM ASSUSTADORES de cada vez que o aríete batia na porta principal do castelo, nas muralhas interiores. Uma e outra vez a um ritmo lento

faziam tremer as enormes dobradiças da frondosa porta de madeira e as duas traves ameaçavam quebrar a cada impacto. Ninguém fazia ideia como poderiam ter penetrado tão facilmente as muralhas externas, mas certamente tinham conseguido ajuda de alguém que estava dentro das muralhas. Seria o fim para mais de uma centena de pessoas que ali se encontravam

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protegidas. Felizmente, quando soaram os sinos de alarme a população indefesa conseguiu refugiar-se no castelo principal. Apesar de, há muito, que não haviam ataques normandos a população estava habituada ao caos que reinava por todo o território. Os gritos de agonia que se podiam ouvir no recinto exterior, juntavam-se cada vez mais às batidas ensurdecedoras do aríete nos grandes portões. Os normandos estavam a massacrar os homens que tinham ficado no exterior a defender as suas lojas e casas. Cada grito e cada batida pareciam dilacerar o coração da nobre Alanna, o seu povo estava a sofrer e ela nada podia fazer para o evitar.

Relatório, Niall! - gritou ela para as ameias, onde o seu mais fiel caseiro dava assistência aos arqueiros.

Lady Alanna de Farnham, descendente de uma linhagem de origem celta e orgulhosa bretã tinha a seu cargo a localidade há pelo menos dois anos, desde que o seu pai havia partido para auxiliar na resistência inglesa e se juntar às forças de Eduardo de Inglaterra em Dorset.

São cerca de uma centena, sua senhoria! - respondeu, berrando, o fiel servente. - Parecem normandos…

Pelos pregos de Cristo, mas esses cães sarnentos não desistem? - vociferou Alanna correndo para os portões e dirigir a defesa.

Ela tinha acordado com o alerta dos sinos e imediatamente tinha começado a preparar-se,

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vestiu a armadura e dirigiu as operações de instalação das crianças e das mulheres foragidas nas catacumbas mais seguras do castelo. Fora obrigada a ser esperta nas artes da defesa, que aprendera com o pai, já que sempre se recusara aos casamentos arranjados que ia tendo. Uma mulher de vinte anos, sem homem e a dirigir soldados era quase um sacrilégio em toda a Inglaterra… o Bispo Morley chama-lhe a bruxa dos cabelos de fogo!

Lady Alanna, os homens no exterior não conseguem detê-los! - avisou o jovem Niall.

Rústicos! - insultou ela tentando recompor as operações de defesa. - Atirem mais combustível a esse fogo! Quero esse óleo a ferver agora e não quando o sol raiar.

Alanna comandou de imediato as operações, pediu que os fogos fossem avivados para ter óleo fervente, ordenou que pesadas pedras fossem levadas para as ameias ao cimo dos portões, comandou que se não poupassem as flechas. Movia-se rapidamente, apesar da sua armadura de couro endurecido ser algo pesada, arrancou a sua capa de tecido grosso verde, destapando com isso os longos cabelos ruivos, e atirou-a para o fogo.

Queimem os testículos se tiver de ser… quero este fogo mais forte, agora! Marlon leva as pedras também… dominem esse aríete!

Alanna deixou dois homens a carregar o fogo e instruiu quatro plebeus para levarem as pedras pesadas para o topo das ameias. O exército invasor podia ser de uma centena, mas a este ritmo

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tomariam o castelo rapidamente. Farnham estava muito abaixo da sua guarnição habitual, no último par de anos, só restavam cerca de quarenta e cinco activos e nem todos estavam presentes, naquele momento podiam contar-se uns vinte homens de armas e dez arqueiros e Alanna suspeitava que os restantes estariam a combater no recinto exterior.

Vamos cambada de castrados… - Alanna incentivava enquanto subia às ameias. - Ainda podemos ganhar isto.

Com cuidado espreitou por cima do parapeito e fez sinal para que um dos plebeus atirasse uma das pedras aos carregadores do aríete. Para seu espanto viu cair a grossa rocha a um metro do aríete em movimento para, depois, rolar inofensivamente para o fosso seco que rodeava a muralha. Irada lançou um olhar assassino ao seu vassalo. Era um desajeitado rapaz, com uns vinte e três anos… filho do moleiro, achava ela.

Rústico d'um raio! - espetou ela na cara dele com um grito. - É suposto quebrar a casca que cobre o aríete e não lhes sacudir os pés!

As pedras são pesadas, Lady Alanna. - o rapaz desculpou-se como se isso desculpasse o desperdício de projécteis úteis naquela altura.

Não tens músculos, vai fazer o que consegues então! Busca mais óleo ou combustível, quero isso pronto agora…

Ela empurrou o jovem, que obedeceu rapidamente, e desceu com ele sempre a gritar palavras de alento. Chegada ao pátio maior, com a pressa ia derrubando

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uma criança que corria para ela. Com os bracinhos esticados, agarrou-se à perna dela para evitar cair. O coração de Alanna subiu-lhe à garganta, por um triz que o pequeno Isaac não caiu na grande fogueira que alimentava os caldeirões de óleo.

Pelos pregos de Cristo, que fazes aqui! - gritou ela com ar furioso pelo susto que tinha levado.

Os olhos pardos da criança, com uns sete anos, criaram imediatamente lágrimas. Nunca antes Alanna havia gritado com ele; até hoje tivera sempre e apenas palavras amáveis e um ombro suave aonde o menino chorava as suas penas. Órfão como era desde os três, Alanna tinha cuidado dele como seu, junto com a sua aia particular… tinha-o ajudado a superar tantas enfermidades infantis que o considerava um filho.

Que…ria ajudar, Alanna. - respondeu o pequeno Isaac.

Ela respirou fundo, para se controlar em nome do que a ligava àquela criança, e ajoelhou-se para lhe limpar a humidade das bochechas com a esperança que o seu sorriso forçado apagasse o rasto da sua severidade repentina.

Ainda bem que vieste, Isaac. - mentiu, enquanto interpunha as suas costas, protegida pela armadura, entre o menino e as flechas que pudessem eventualmente superar a muralha. - Vim tão depressa que nem avisei as minhas aias o que é preciso fazer. Vai ter com a Ellen e diz-lhe que corte trapos e se prepare para receber os

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feridos. Fica com ela para ajudar, sim? Sabes como elas são umas tolas sempre com medo, certo?!

Sim, senhora… são só umas tolas! - ele riu-se e partiu na sua missão aparentemente tão importante.

«E tu, só um bebé!», pensou ela com ternura. «Pelo menos o teu orgulho vai intacto, meu pequeno Isaac.» Repentinamente sentiu um forte encontrão e sobre as suas costas o peso de alguém que a fez tombar redonda no chão. Enquanto caía ouviu um silvo de uma flecha que lhe roçou o cabelo, perto da bochecha.

Meu bom Jesus, senhora, quase…

Ela acabara de perceber que Niall lhe salvara a vida neste momento que os fez rebolar para o chão, ou estaria agora com uma flecha espetada na nuca.

Estás bem? - o olhar de Niall era de uma preocupação atroz, olhava para ela como se fosse o bem mais precioso do mundo.

Alanna sorriu-lhe e anuiu com a cabeça, com os seus olhos brilhantes e gratos. De seguida, olhou em volta e sentindo-se observada soltou um impropério para a assistência, como se tentasse esconder um segredo.

Sai de cima de mim imbecil! - grunhiu, sem retirar o sorriso dos lábios.

Mas, senhora… - ele acompanhou a deixa.

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Tenho uma defesa para dirigir, vamos… defenderemos o que é nosso agora! Não vamos cair!

Orgulhosa, desembainhou a espada mal se levantou e olhou na direcção dos homens de armas com um ar majestoso e persuasivo.

Os normandos querem as nossas carnes, as nossas casas e as vossas mulheres! Vamos deixar?

Eles olharam uns para os outros e com igual determinação ergueram as espadas num sonoro não.

Pensam que somos fracos… mas eu ainda estou aqui! Defenderei o meu próprio destino! Eu não vou tombar hoje… Por Farnham!?

Por Farnham. - gritaram as quase duas dezenas de vozes levantando as armas e seguindo a Lady Alanna de Farnham até aos portões, que estavam a ceder.

Quando todos se aproximaram dos portões, Alanna deu ordem de acção aos quatro plebeus que haviam carregado um dos grandes caldeirões de ferro fundido cheio de óleo fervente, usando duas vigas de carvalho. Por fim, o seu plano de defesa iniciava e ela sabia que aquele poderia ser o último dia deles. Rumores contavam de outras zonas que tinham caído nas mãos dos normandos e onde todos os soldados e nobres tiveram chacina imediata. O óleo chovia sobre os atacantes que manobravam o aríete e de imediato Alanna gritou para os arqueiros que, habituados a esta táctica, esperavam agora que os queimados se expusessem para os abater. Os

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gritos por trás da porta excitaram os defensores que começavam a espumar de vontade de fazer algo por Farnham, cada pingo de medo diluía-se na adrenalina. O aríete tinha uma espécie de carapaça, como era habitual dos normandos que dizimavam os animais domésticos e selvagens da zona para usarem as peles como protecção. Era uma espécie de tartaruga armada com um largo e pesado tronco, certamente dos bosques de Farnham, ao qual tinham acoplado uma ponta de ferro espinhada. O que os atacantes não esperavam é que a defesa usasse óleo fervente em vez de água e o que as peles cruas não seguravam saltava em respingos ardentes que queimavam a pele até ao osso ou que impregnavam as roupas e armaduras fazendo as vítimas lançarem-se ao chão. Quando Alanna percebeu que os arqueiros começavam a tombar os incautos em desespero olhou Niall, que se encontrava no topo das ameias, à espera da ordem de ataque porta fora.

Malditos! Malditos! - gritou Niall abanando a cabeça freneticamente. - Procurem abrigo! - alertou catapultando-se para o chão das ameias em sua própria defesa.

A maior parte dos soldados e arqueiros, experientes nestas andanças, repetiram o gesto procurando abrigo, fosse junto às muralhas ou debaixo de um par de carroças que ali estavam estacionadas. Contudo, nem todos entendiam da bárbara arte da guerra e, abstraídos do perigo e confusos, não evitaram a chuva de flechas que, em arco ultrapassou as muralhas. Os normandos tinham usado uma linha de

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arqueiros para recuperar o golpe da defesa, fazendo-os recuar por abrigo, e possibilitando que a tartaruga de embate fosse recomposta! E lá recomeçaram as investidas estrondosas na madeira, já fraca, dos portões. Porém, Alanna estava já ocupada a ajudar um dos plebeus, com uma flecha espetada na lateral da clavícula. Ela tentou segurar o ferido, mas como pesava muito para ela, ambos caíram ao chão fazendo-a rebolar sem sustento e, quando ela recuperou para voltar a ajudar não conseguiu evitar que ele cometesse um erro. O plebeu, achando que fazia o mais viril dos actos, arrancou a flecha do ombro, rasgando o músculo deltóide… agora havia ali uma enorme ferida aberta e ela não tinha nada para deter a hemorragia. O plebeu, pouco resistente à dor, desmaiou e ela não podia deixar que sangrasse até à morte.

Preciso de um pedaço de pano, qualquer coisa… - gritou.

Ninguém lhe prestava atenção, uma nova chuva de flechas silvava o ar e os estrondos do aríete abafavam a súplica dela. A ponte levadiça estava já destroçada e agora o aríete embatia directamente na última camada de madeira que os separava do invasor. Alanna olhou em volta, estavam rechaçados e sem hipótese de ripostar. Não se lembrava de outra saída que não retirar para dentro do castelo e organizar um último bastião de defesa às mulheres e crianças… ia ser um massacre! Alanna tinha as mãos ensopadas em sangue, para impedir que saísse em golfadas, e podia ver que pelo

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menos mais dois plebeus estavam estendidos no chão. Olhava para as ameias, numa espécie de pedido de socorro por telepatia a Niall, mas este estava de olhos esbugalhados a observar o horizonte.

Pela bata sagrada do Papa… - gritou ele.

O que foi? - tentou ela fazer-lhe chegar no meio do ruidoso evento.

Jesus! Meu bom Jesus! - Niall fez o sinal da cruz e olhou o céu.

O que foi agora…

Alanna, eles receberam reforços! Pela porta exterior estão a entrar homens a cavalo. Jesus, são mais de trinta cavaleiros… e mais ainda a pé!

Ela sentiu o sangue gelar. Estavam perdidos! O medo apoderava-se dela… se aí vinham cavaleiros… se pelo menos ainda tivessem as muralhas exteriores. Quando o aríete tratar da porta já os cavaleiros dizimaram todos os mal-afortunados no recinto exterior, e depois seria uma limpeza até ao castelo. Ali estava, Lady Alanna de Farnham, cravada ao chão, com os braços tão cansados de sustentar a ferida do plebeu…

Continuam a chegar, senhora! São já uns oitenta e há mais ainda… Esperem! Jesus meu!

Maldito sejas, Niall… o que se passa? - berrou ela.

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O «Cristal Escarlate», que dá seguimento ao primeiro livro «Envelope Amarelo», é uma fantástica viagem ao passado, alternando com vislumbres do presente e traz ao leitor os detalhes esotéricos e os meandros ocultos que ficaram por revelar. Não lhe quero chamar romance, nem novela, já que este livro não precisa de um rótulo para chegar a si, pois acredito que o que escrevo chega exactamente a quem tem de chegar na altura certa. Não me considero um escritor, mas um contador de histórias. Conto histórias carregadas de simbologia, onde cada detalhe é pensado ao pormenor e nasce não só da minha inspiração e conhecimentos, mas também das minhas valências nas artes esotéricas e no oculto em geral. Este livro não está à venda nas livrarias, apesar de possuir ISBN e todos os requisitos e registos legais… é um livro escrito, preparado, ilustrado, produzido e publicado por mim e à minha conta e risco!

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