Livro de EPT

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1 A educação profissional e tecnológica e os espaços de diálogo interinstitucional na América Latina: a contribuição da rede de instituições de Cinterfor/OIT Diane Andreia de Souza Fiala Faculdade de Tecnologia de Itu Resumo: Pesquisas sinalizaram que a construção do espaço de diálogo na América Latina não é recente, já que o Cinterfor/OIT, em 1964, constituía núcleo formado por representantes de instituições e organismos que trabalhavam com a formação profissional dos estados membros da OIT na América e na Espanha. Por este motivo o objetivo principal é sinalizar que muitas instituições partícipes deste núcleo estão interessadas em cooperação internacional. A partir das pesquisas surgiu o seguinte interrogante: Qual a contribuição de Cinterfor na construção do diálogo interinstitucional na América Latina? A metodologia incluiu revisão de literatura, pesquisa documental e contatos institucionais. O principal resultado é que as instituições que trabalham com educação profissional na América Latina buscam por espaços de diálogo interinstitucional. INTRODUÇÃO Foi durante a primeira edição do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília, no ano de 2009, que se conheceu o trabalho do Cinterfor/OIT (em 1963, o Cinterfor recebeu a denominação de Centro Interamericano de Investigación y Documentación sobre Formación Profesional e, em 2007, passou a se chamar Centro Interamericano para el Desarrollo del Conocimiento en la Formación Profesional, da Organização Internacional do Trabalho), mas somente na quarta edição da Feira Tecnológica Paula Souza (FETEPS 1 ), organizada pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza 2 (conhecido como Centro Paula 1 A Feira Tecnológica Paula Souza (FETEPS) é organizada pela Coordenadoria do Ensino Técnico (CETEC) do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza desde 2007; a cada ano o evento vem crescendo e é uma feira onde os alunos de Faculdades de Tecnologia (FATECs), Escolas Técnicas (ETECs) administradas pelo Centro Paula Souza, instituições estrangeiras ou dos demais estados brasileiros apresentam projetos voltados a inovação e tecnologia, concorrendo a prêmios. Ver: www.feteps.com.br. 2 Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o Centro Paula Souza administra 203 Escolas Técnicas (Etecs) e 52 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em 157 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 216 mil estudantes nos Ensinos Técnico e Médio. Atualmente, são oferecidos 119 cursos técnicos para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços. Este número inclui 3 cursos técnicos oferecidos na modalidade semipresencial, 20 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e 2 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Já nas Fatecs, 54.657 alunos estão matriculados nos 61cursos de graduação tecnológica. Ver: www.centropaulasouza.sp.gov.br.

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Educação e tecnológica na América Latina

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  • 1

    A educao profissional e tecnolgica e os espaos de

    dilogo interinstitucional na Amrica Latina: a

    contribuio da rede de instituies de Cinterfor/OIT

    Diane Andreia de Souza Fiala Faculdade de Tecnologia de Itu

    Resumo: Pesquisas sinalizaram que a construo do espao de dilogo na Amrica Latina no recente, j que o Cinterfor/OIT, em 1964, constitua ncleo formado por representantes de instituies e organismos que trabalhavam com a formao profissional dos estados membros da OIT na Amrica e na Espanha. Por este motivo o objetivo principal sinalizar que muitas instituies partcipes deste ncleo esto interessadas em cooperao internacional. A partir das pesquisas surgiu o seguinte interrogante: Qual a contribuio de Cinterfor na construo do dilogo interinstitucional na Amrica Latina? A metodologia incluiu reviso de literatura, pesquisa documental e contatos institucionais. O principal resultado que as instituies que trabalham com educao profissional na Amrica Latina buscam por espaos de dilogo interinstitucional.

    INTRODUO

    Foi durante a primeira edio do Frum Mundial de Educao Profissional e

    Tecnolgica, em Braslia, no ano de 2009, que se conheceu o trabalho do

    Cinterfor/OIT (em 1963, o Cinterfor recebeu a denominao de Centro Interamericano

    de Investigacin y Documentacin sobre Formacin Profesional e, em 2007, passou a

    se chamar Centro Interamericano para el Desarrollo del Conocimiento en la Formacin

    Profesional, da Organizao Internacional do Trabalho), mas somente na quarta

    edio da Feira Tecnolgica Paula Souza (FETEPS1), organizada pelo Centro

    Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza2 (conhecido como Centro Paula

    1 A Feira Tecnolgica Paula Souza (FETEPS) organizada pela Coordenadoria do Ensino

    Tcnico (CETEC) do Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza desde 2007; a cada ano o evento vem crescendo e uma feira onde os alunos de Faculdades de Tecnologia (FATECs), Escolas Tcnicas (ETECs) administradas pelo Centro Paula Souza, instituies estrangeiras ou dos demais estados brasileiros apresentam projetos voltados a inovao e tecnologia, concorrendo a prmios. Ver: www.feteps.com.br.

    2 Autarquia do Governo do Estado de So Paulo vinculada Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia e Tecnologia, o Centro Paula Souza administra 203 Escolas Tcnicas (Etecs) e 52 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais em 157 municpios paulistas. As Etecs atendem mais de 216 mil estudantes nos Ensinos Tcnico e Mdio. Atualmente, so oferecidos 119 cursos tcnicos para os setores Industrial, Agropecurio e de Servios. Este nmero inclui 3 cursos tcnicos oferecidos na modalidade semipresencial, 20 cursos tcnicos integrados ao Ensino Mdio e 2 cursos tcnicos integrados ao Ensino Mdio na modalidade de Educao de Jovens e Adultos (EJA). J nas Fatecs, 54.657 alunos esto matriculados nos 61cursos de graduao tecnolgica. Ver: www.centropaulasouza.sp.gov.br.

  • 2 Souza), na cidade de So Paulo, no ms de outubro de 2010, que se deu a

    oportunidade de aproximao instituio e conhecimento de uma rede formada por

    instituies e organismos que trabalhavam com a formao profissional dos estados

    membros da OIT na Amrica e na Espanha, cujos representantes institucionais se

    reunem a cada dois anos para apresentao de trabalhos, assinatura de convnios de

    cooperao internacional e prestao de contas aos pases membros. importante

    ressaltar que, apesar de trabalhar na instituio, a pesquisadora que apresenta este

    artigo, at este momento, desconhecia que o Centro Paula Souza participava desta

    rede de instituies.

    A partir desta constatao e de vivncias de sala de aula, na Faculdade de

    Tecnologia de Itu Dom Amaury Castanho (uma das cinquenta e duas faculdades de

    tecnologia administradas pelo Centro Paula Souza, (conhecida como FATEC Itu)),

    comeou-se a desenhar projeto que permitisse estreitar laos institucionais com as

    instituies de educao profissional (de nvel tcnico e tecnolgico) partcipes da rede

    de instituies do Cinterfor.

    As pesquisas realizadas na pgina web do Cinterfor sinalizaram que a

    construo do espao de dilogo na Amrica Latina no era um tema recente, j que o

    a formao do ncleo de instituies do Cinterfor/OIT, datava de 1964 (CINTERFOR,

    1974a). Tambm se encontrou importante fonte documental: relatrios do perodo de

    1964 a 2007, resgatando no somente a histria da instituio, mas tambm da

    educao e formao profissional na Amrica Latina.

    A partir da descoberta dos relatrios e de contatos iniciais via e-mail com

    instituies partcipes da rede Cinterfor, surgiu o interrogante: Qual a contribuio do

    Cinterfor na construo do dilogo interinstitucional na Amrica Latina? A hiptese foi

    a de que a rede de instituies de Cinterfor, ao promover o encontro dos

    representantes institucionais, colabora com o processo de busca por cooperao

    institucional, consequentemente, com a rpida resposta recebida por grande parte das

    instituies contatadas.

    Dados tabulados, a partir de pesquisas exploratrias iniciais, sinalizam que

    vrias instituies responderam a um e-mail inicial enviado, cujo assunto era interesse

    em cooperao internacional. Por este motivo o objetivo principal sinalizar que

    muitas instituies partcipes deste ncleo esto interessadas em cooperao

    internacional e a rede de instituies do Cinterfor um facilitador para tal busca.

    A metodologia incluiu, inicialmente, reviso de literatura e pesquisa documental

    e, numa segunda etapa, contatos institucionais como pesquisa exploratria. O

    principal resultado que as instituies que trabalham com educao profissional na

    Amrica Latina buscam por espaos de dilogo interinstitucional.

  • 3 1 BREVE CONTEXTUALIZAO DA EDUCAO PROFISSIONAL NA AMRICA

    LATINA E A CONTRIBUIO DO BRASIL PARA A CRIAO DOS ESPAOS DE

    DILOGOS

    Apesar das instituies de educao profissional pblica, no continente latino

    americano existir, em alguns pases, a mais de cem anos esta ainda uma rea com

    escassez de pesquisas acadmicas, o que refora a importncia de novas pesquisas

    sobre a educao profissional no continente latino americano. Portanto, ao abordar

    esta temtica neste artigo o que se tem como intuito tambm narrar experincias

    que surgem a partir do momento que se busca a cooperao internacional com outras

    instituies que trabalham com educao profissional na Amrica Latina, numa

    tentativa de desmitificar alguns assuntos relacionados rea.

    Segundo Leite (1999, p 29), a maior parte das escolas tcnicas e de

    instituies de formao profissional na Amrica Latina, data da dcada de 1940, com

    excees de alguns pases em que h instituies que surgiram na poca da

    colonizao:

    Los modelos institucionales de la educacin profesional en Amrica Latina y el Caribe tienen races en las dcadas de los aos cuarenta y cincuenta, aunque algunos institutos estn establecidos desde los tiempos de la colonizacin, como las escuelas establecidas por los jesuitas. Aquellos modelos se estructuraron, en gran parte, en el contexto de: gobiernos populistas y otros autoritarios; desarrollo basado en mercados protegidos; empresas poco competitivas; baja preocupacin en la calidad, bajos sueldos, utilizacin masiva de mano de obra de baja calificacin; altas tasas de expansin del sector industrial. [.] Estos factores, entre otros, contribuyeron a definir un arreglo institucional marcado por dos tipos de organizaciones: las escuelas o colegios tcnicos nacionales y las instituciones de formacin profesional. []

    De acordo com Weinberg (2002), num primeiro momento, na Amrica Latina, o

    que se tem uma educao profissional desenhada a partir de trs principais

    modelos: a) pases onde a formao era planificada, pensada e executada por um

    rgo pblico (geralmente o Ministrio do Trabalho); b) pases em que a formao era

    desenhada, planificada e implementada por um conjunto de instituies e a gesto

    ficava a cargo das organizaes empresariais; c) pases em que a formao se

    encontrava presente na educao regular. Em alguns casos, como o Brasil, poderia

    existir mais de uma tipologia, que no fugia regra acima. Mas, atualmente, para dar

    conta do aumento de demanda por formao e educao profissional, os pases

    constroem novas formas de organizar a formao do trabalhador, com destaque a

    quatro vertentes:

  • 4

    A. Arreglos donde tanto la responsabilidad por la definicin de polticas y estrategias, como la que hace a la ejecucin directa de acciones formativas, se concentra en una sola instancia, normalmente en instituciones nacionales o sectoriales de formacin. [] B. Arreglos organizativos donde la definicin de polticas y estrategias se concentran en una sola instancia, que tiene a su vez un rol preponderante en la ejecucin directa de acciones formativas el cual, sin embargo, contiene estrategias de complementacin mediante esquemas de gestin compartida y centros colaboradores. [] C. Casos de coexistencia e interrelacin entre dos arreglos predominantes con lgicas diferentes. Uno, normalmente asociado a los Ministerios de Trabajo, donde stos, mediante instancias especializadas, asumen un rol de definicin de polticas y estrategias sin ejecutar, en ningn caso, acciones de formacin, tarea sta ltima que es asumida por una multiplicidad de oferentes y actores. Otro, asociado a instituciones de formacin, nacionales o sectoriales, que pueden responder a las caractersticas descritas para los tipos de arreglos (A) o (B). [] D. Arreglos en los cuales el nivel de definicin de polticas y estrategias en materia de formacin, es asumido de forma completa por el Ministerio de Trabajo a travs de instancias especializadas, las cuales, no obstante, no ejecutan ninguna accin directa de formacin, sino que dicha tarea es asumida por mltiples oferentes y actores. (WEINBERG, 2002, p. 99-106)

    At o comeo deste sculo, de acordo com Fausto e Yannoulas (2002), Fausto,

    Pronko e Yannoulas (2003) e Leite (1999), o que se levantava como caractersticas

    comuns a estas instituies era a gesto centralizada, o distanciamento ou falta de

    contato com as instituies do mesmo setor (apesar de existir desde 1964 uma rede

    de instituies de pases membros do Cinterfor/OIT que trabalham com educao

    tcnica e tecnolgica ou formao profissional na Amrica Latina, como se ver a

    seguir).

    Tambm era evidente um modelo de formao profissional concebido a partir

    da dicotomia educao bsica versus educao para o trabalho, preocupada mais em

    atender a necessidade de mo de obra, sem propostas de cursos que levassem em

    considerao a questo de gnero, raa, incluso social, acessibilidade e populaes

    vulnerveis (FAUSTO, PRONKO e YANNOULAS, 2003), o que, no entanto, um

    esboo simplificado dos dficits da educao profissional na regio para com a

    sociedade (LEITE, 1999).

    Portanto na Amrica Latina, durante o sculo XX, a funo da educao

    profissional dar conta de suprir a falta de mo de obra capacitada. Em alguns pases

    (como foi o caso do Brasil e do Uruguai), a educao profissional era a oportunidade

    de inserir os menos favorecidos (desprovidos de capacidade de seguir a educao

    propedutica) na vida laboral.

    No Brasil, os documentos que mostram a mudana de comportamento

    daqueles que estavam inseridos no contexto da educao profissional data de 2003,

    quando ocorre o Seminrio Nacional de Educao Profissional (BATISTOTTI, 2007),

  • 5 seguido das Conferncias Estaduais (2006) que culminaram na I Conferncia Nacional

    de Educao Profissional e Tecnolgica (2006), cuja reflexo permitiu a realizao da

    primeira edio do Frum Mundial da Educao Profissional e Tecnolgica, que

    aconteceu no Brasil em 2009 (a segunda edio do Frum Mundial de Educao

    Profissional e Tecnolgica acontecer de 28 de maio a 1 de junho de 2012, em Santa

    Catarina).

    Apesar de todos estes avanos as pesquisas bibliogrficas apontam poucos

    trabalhos detalhando essas discusses em busca de novos rumos para a educao

    profissional. J que de acordo com Weinberg (2002, p. 114),

    Resulta ya parte del sentido comn en la esfera productiva que el capital humano es un componente central y definitorio dentro de las estrategias de productividad y competitividad de las empresas y sectores econmicos. La formacin aparece entonces, en este escenario, como una herramienta fundamental tanto para desarrollar esta nueva tecnologa como para aprovechar y utilizar eficazmente cualquiera otra.

    E ainda so poucos os trabalhos como o do autor Scopel Velho (2011) e

    Moraes (dois trabalhos escritos no ano 2000, da Fundao SEADE (Sistema Estadual

    de Anlise de Dados) e da ANPED (Associao Nacional de Ps-graduao e

    Pesquisa em Educao)), que traam perspectivas para uma educao profissional e

    tcnica emancipadora.

    Muitos trabalhos do nfase a uma educao profissional assistencialista e que

    forma mo de obra barata, porm, pesquisas sinalizam que, atualmente, alunos

    egressos de cursos superiores de tecnologia de faculdades pblicas (como, por

    exemplo, do Centro Estadual de Educao Profissional e Tecnolgica Paula Souza,

    So Paulo) alm de serem gestores tambm so portadores de competncias que as

    empresas precisam em seu quadro de funcionrios3.

    Tambm so poucos os trabalhos que discutem a necessidade de polticas

    pblicas para a educao profissional, com o intuito de unio da educao e do

    trabalho, para a formao do cidado produtivo emancipado, aqui importante

    destacar o trabalho desenvolvido pelo Grupo Tcnico para Elaborao de Propostas

    de Polticas para Adolescentes de Baixa Escolaridade e Baixa Renda, ano de 2002,

    numa convocatria da UNICEF em 2001, com propostas viveis na rea de polticas

    pblicas para educao profissional4 e dos autores Fausto e Yannoulas (2002) e

    Fausto, Pronko e Yannoulas (2003).

    3 http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/sai/Livreto%20Egressos%20Fatec.pdf

    4 http://www.abmp.org.br/textos/8013.pdf

  • 6 2 A REDE DE INSTITUIES DE CINTERFOR E REFLEXES SOBRE O ESPAO

    DE DILOGO INTERINSTITUCIONAL

    Na consulta aos relatrios (CINTERFOR 1974a, 1974b, 1975, 1984, 1993,

    2007), principalmente no primeiro, que data de 1974, o que fica claro que este

    Centro de Pesquisa sobre a Formao Profissional foi demandado pelos empresrios,

    e muitas reunies foram necessrias para se decidir onde ficaria o escritrio da

    instituio na Amrica Latina.

    El Centro Interamericano de Investigacin y Documentacin sobre Formacin Profesional (CINTERFOR) surgi como resultado de un esfuerzo conjunto de la OIT y los pases de la regin, reunidos en la 7a. Conferencia de los Estados de Amrica miembros de la Organizacin Internacional del Trabajo (OIT), que tuvo lugar en Buenos Aires, en 1961, destinada a promover el desarrollo de la formacin profesional (FP) sobre todo a travs de la investigacin y el intercambio de informaciones y experiencias, dentro de la novedosa concepcin de la CTPD (Cooperacin Tcnica entre Pases en Desarrollo), mucho antes que la comunidad internacional (en Buenos Aires, en 1978, y en Caracas, en 1980) acordara los principios orientadores de ese mecanismo. (CINTERFOR, 1993, p. 7)

    o primeiro relatrio (CINTERFOR, 1974a) que sinaliza a preocupao

    alarmante dos empresrios na dcada de 1950, sobre a urgncia da capacitao da

    mo de obra no continente latino americano, e importncia dada temtica, pois em

    1961 j se realizava a 45 reunio da Conferncia Internacional do Trabalho e, em

    1946, a 3 Conferncia Regional dos Estados da Amrica, cuja temtica (capacitao

    da mo de obra) j era ordem do dia. Os dados divulgados pela UNESCO em 1950

    (denominado Censo da Amrica) denunciavam o dficit educacional na Amrica

    Latina: a proporo de analfabetos entre a populao de 15 anos ou mais no

    continente era de 40% aproximadamente, em mdia com um ano de escolaridade.

    Ainda no relatrio de 1974 (que faz o resgate histrico da instituio no perodo 1963-

    1974) encontra-se meno de que a baixa escolaridade, ou a falta desta, afetaria o

    nvel de produtividade do trabalhador causado pelo avano da tecnologia, e para

    atender a exigncia social e econmica era necessrio que cada pas da regio

    aumentasse as verbas destinadas a este fim. Como resultado deste esforo

    governamental aumentar-se-ia o nvel de escolaridade da populao, propondo-se um

    plano de desenvolvimento econmico e social de maneira que alcanasse o objetivo

    de favorecer o desenvolvimento da personalidade dos indivduos, preparando-os para

    a participao ativa na economia e na sociedade. Um dos motivos para a construo

    urgente, naquele momento, do dilogo era que os pases latino-americanos, devido

    aos baixos oramentos que tinham para destinar educao (em geral) frente a

    grandes necessidades e urgncias sociais, precisavam de sadas eficientes e eficazes

  • 7 para capacitar um maior nmero de trabalhadores, gastando-se menos (CINTERFOR,

    1974a).

    De acordo com o relatrio de 1978, o desenvolvimento da formao

    profissional e da educao profissional na Amrica Latina se da por causa da

    demanda: a) da industrializao e demanda de mo de obra qualificada; b)

    desenvolvimento industrial e educao; c) por instituies nacionais de formao

    profissional. nesta poca que surge como sada no capacitar somente antes de se

    comear a trabalhar, mas oferecer a capacitao durante toda a vida profissional do

    indivduo, de acordo com as necessidades do trabalhador e dos setores produtivos. E,

    por fim, o relatrio ainda apresenta que a regio, em seus dilogos, deve pensar no

    processo constante dos sistemas e mtodos da formao profissional com o objetivo

    de aproveitar de maneira mais eficaz os recursos disponveis (CINTERFOR, 1974a).

    O primeiro relatrio (CINTERFOR, 1974a) tambm evidencia que, desde sua

    origem, no ano de 1963, o Cinterfor j incorporava em sua misso institucional o

    intercmbio de experincias (com base na pesquisa, documentao e divulgao) com

    enfoque nas atividades de formao profissional, por isso a constituio de um ncleo

    (formado por instituies e organismos que trabalhavam com a formao profissional

    dos estados membros da OIT na Amrica e na Espanha) era demandado pela prpria

    misso institucional e pelos empresrios da regio.

    Cinco relatrios (CINTERFOR 1974a, 1974b, 1975, 1984, 1993), evidenciam

    que a rede de instituies do Cinterfor, desde o momento de sua concepo,

    pensada para a participao de representantes institucionais e chega at a se intitular

    club de amigos: nas reunies da Comisso Tcnica os responsveis institucionais

    eram (e ainda so) aqueles que traam estratgias que solucionem a falta de mo de

    obra capacitada, ou seja, a rede no foi pensada como espao de reflexo para os

    atores que esto na base (professores, alunos e, administrativos).

    Los fundadores tenan conciencia de la necesidad de asegurar, en el nivel ms alto, un lazo permanente y directo entre el Centro y las instituciones nacionales, con el fin de mantener contacto con la realidad de los problemas de formacin profesional y de orientar el programa de trabajo de Cinterfor en funcin de las necesidades ms urgentes. Por esa razn fue creada la Comisin Tcnica, cuyo papel es asistir al Director General de la OIT en la orientacin del programa de actividad del Centro, aprobar dicho programa y evaluar su ejecucin. Esta comisin est encargada tambin de aprobar el presupuesto del Centro. La integran los representantes de los pases de Amrica que han expresado el deseo de asociarse a los trabajos del Centro y se rene una vez por ao. (CINTERFOR, 1978, p. 23)

    Sobre a intencionalidade de promover a integrao horizontal entre organismos

    que trabalham com educao ou formao profissional na regio, o relatrio de 1978,

    que escrito por Eric Maertens, traz como ttulo Cinterfor: um instrumento de

    Cooperao Tcnica entre os pases em desenvolvimento e, vrios outros relatrios,

  • 8 trazem a denominao Cooperao Tcnica Regional, para o trabalho desenvolvido

    pelo Cinterfor, cuja meta responder s demandas levantadas na Assemblia Geral

    das Naes Unidas de 1972, quando se autorizou ao PNUD (Programa das Naes

    Unidas para o Desenvolvimento) criar um grupo de trabalho com a finalidade de

    estudar os meios de comunicao com que contavam o terceiro mundo, na inteno

    de melhorar a assistncia para o desenvolvimento desta regio e colocar em evidncia

    as possibilidades e vantagens que a cooperao tcnica regional e entre regies

    brindariam.

    A reflexo que a leitura dos relatrios traz tona que o fato de no ser uma

    rede para atores que esto na base da educao profissional acabou colaborando

    para que Congressos, Conferncias, Fruns, entre outros fossem espaos pensados

    para a participao e troca de experincias destes outros atores institucionais, mas

    esta uma reflexo que no ser abordada neste estudo.

    Por agora o que se constata que esta rede de instituies do Cinterfor tem

    um papel importante nos resultados quantitativos que sero apresentados a seguir,

    pois o fato destes representantes participarem j mostra que a instituio est em

    busca de cooperao internacional,

    Esta gran diversidad de experiencias y enfoques, as como el desarrollo y la complejidad alcanzada por muchas instituciones, representan un capital fundamental para fomentar el intercambio y la cooperacin horizontal entre ellas, con el propsito de conocer y aprender de las experiencias recprocas. Esta ha sido la razn de ser de OIT/Cinterfor desde su creacin. Hoy en da, gracias tambin a la labor de OIT/Cinterfor, las instituciones se conocen entre s, tienen acceso e intercambian informacin sobre las respectivas estrategias, actividades y lecciones aprendidas, comparten materiales tcnicos y didcticos y, en muchos casos, colaboran directamente en programas de cooperacin horizontal y asistencia tcnica.(CINTERFOR, 2007. p. 17)

    Mas tambm necessrio analisar que o fato de ser uma rede de

    representantes institucionais, afastando os demais atores desta esfera de debate pode

    haver contribudo para a no obteno de resposta das demais instituies,

    inicialmente, alguns motivos levantados, so: a) ambientes institucionais rigidamente

    hierarquizados; b) os representantes institucionais, muitas vezes, tm pouco ou

    nenhum contato com a base para pensar linhas de ao, fechar parcerias e

    apresentao de relatrios; c) os resultados das reunies no so massivamente

    divulgados nas instituies; d) o representante, algumas vezes, no possui

    representatividade e poder de deciso no momento de se fechar convnios; e) os

    convnios firmados no so massivamente divulgados nas instituies.

  • 9 3 O INTERESSE EM COOPERAO INTERNACIONAL

    A quarta edio da FETEPS, realizada no ano de 2010, foi uma experincia

    inicial para se ter conhecimento da rede de instituies do Cinterfor e primeiros

    contatos com algumas instituies que eram partcipes desta rede na Amrica Latina,

    pois nesta mesma edio da feira foi possvel conversar com atores da educao

    profissional da Argentina, Peru e Costa Rica (em geral alunos e professores), que

    representavam suas instituies e vieram ao Brasil para expor seus projetos de

    inovao tecnolgica no evento. Nesta primeira experincia foi possvel constatar que

    estes representantes tampouco sabiam que suas instituies participavam da rede de

    instituies de Cinterfor, mas que, seguramente, um convnio com interesse em

    cooperao internacional seria bem aceito e com parecer favorvel por parte da

    instituio que cada um deles representava, (sem desmerecer o fato de que estas

    instituies participavam de um evento organizado por uma das instituies membros

    de Cinterfor, que era o Centro Paula Souza).

    Logo aps a edio da feira tecnolgica, numa aula de Fundamentos de

    Marketing na FATEC Itu, identificou-se que, numa atividade desenvolvida em sala de

    aula, referente a propaganda de empresa de determinado pas latino americano, os

    alunos se interessaram mais em debater sobre a Amrica Latina, costumes e cultura

    do pas que sobre a propaganda apresentada, este foi mais um fato norteador para a

    construo de um projeto que teria como objetivo fazer contato com as instituies

    partcipes da rede Cinterfor com intuito de levantar dados que permitissem identificar

    interesse em cooperao internacional, aproveitando a oportunidade para fechar

    convnios que possibilitasse aos alunos, docentes e administrativos participar de

    intercmbios acadmico-culturais.

    Na pgina web do Cinterfor identificou-se a 61 instituies participando da

    rede: 57 da Amrica Latina e Caribe e 4 da Espanha, classificando-as como: 16

    educao profissional pblicas, 12 formao profissional pblico-privadas, 16

    formao profissional pblicas e 17 rgos governamentais relacionados temtica da

    educao ou formao profissional5.

    5 importante esclarecer que no site do Cinterfor no h a diviso por categorias proposta

    acima. Na diviso apresentada encaixou-se a instituio de acordo com informaes encontradas em artigos cientficos ou na prpria pgina web da instituio.

  • 10

    Grfico 1 Instituies que participam da rede de instituies de pases membros do Cinterfor/OIT Fonte: criado pela autora a partir de dados extrados da pgina web do Cinterfor.

    Nota-se que h uma distribuio equilibrada entre categorias, o que no

    intencional, pois de acordo com os relatrios no h paridade de distribuio, j que

    qualquer instituio pblica ou privada pode participar da rede.

    O e-mail institucional foi direcionado somente s 20 instituies que

    respeitavam o seguinte critrio: trabalhar com educao ou formao profissional

    pblica, num dos pases hispanos da Amrica Latina. Este recorte foi proposto j que

    o projeto desenhado na FATEC Itu, para cooperao internacional, tem a inteno de

    manter contato com instituies da Amrica Latina (num primeiro momento),

    hispnicos pela possibilidade de pessoal na faculdade com conhecimento do idioma

    espanhol, que comearam em 2011 a oferecer curso extra-curricular aos alunos,

    professores e administrativos interessados em participar de projetos de intercmbio (

    importante esclarecer que at o momento o idioma espanhol no est inserido na

    matriz curricular dos cursos superiores de tecnologia oferecidos na unidade).

    Por uma questo de sigilo no se divulgam os nomes das instituies e os

    pases a que pertencem, mas sim uma anlise quantitativa que permita algumas

    consideraes e reflexes iniciais.

    Dos 20 e-mails enviados, 12 destes foram respondidos num intervalo de 7 dias

    e outros 3 num intervalo de 15 dias, ou seja, teve-se um retorno positivo de 75% dos

    e-mails enviados. Estas instituies que responderam ao e-mails enviado esto

    interessadas em cooperao internacional e aes de intercmbio acadmico-cultural.

    As outras 5 instituies no responderam ao e-mail e ainda tenta-se manter contato,

    por este motivo no se pode afirmar que no esto interessadas em acordos de

    convnios que promovam a cooperao internacional e intercmbio acadmico-

    cientfico.

  • 11

    Grfico 2 Retorno obtido de e-mails enviados a instituies de formao ou educao profissional pblicas da Amrica Latina Fonte: criado pela autora a partir de dados extrados da pgina web do Cinterfor.

    O interesse em cooperao internacional foi confirmado tambm durante a

    quinta edio da FETEPS, que aconteceu em outubro de 2011, quando o nmero de

    projetos internacionais passa de 11 (edio de 2010) a 18 (na edio de 2011) e o

    nmero de pases de Amrica Latina participando do evento de 3 (Argentina, Peru e

    Costa Rica) a 5 (Argentina, Costa Rica, Peru, Repblica Dominicana e Uruguai), todas

    as instituies que participaram so partcipes da rede de instituies do Cintefor. De

    acordo com o Coordenador do Ensino Mdio e Tcnico, o professor Almrio

    Melquades de Arajo,

    A FETEPS um espao em que a criatividade, individual e coletiva, de alunos de cursos tcnicos e tecnolgicos, se materializa e brilha na apresentao de 358 projetos. Nesta 5 FETEPS teremos a representao de instituies da educao profissional da Argentina, do Peru, da Costa Rica, do Uruguai e da Repblica Dominicana, por intermdio de 18 projetos, alm da presena do CINTERFOR (Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formao Profissional), o que amplia e solidifica importantes relaes de parcerias internacionais [grifo nosso]. (http://www.feteps.com.br/pdf/ manual2011.pdf)

    O quadro1 traz aes que foram encaminhadas durante a 5 edio da

    FETEPS de 2011, a partir de conversas com representantes de instituies de

    educao e formao profissional pblicas da Amrica Latina. Estes representantes

    alm de acompanhar os alunos e professores tambm tinham como meta buscar

    parceria para o desenvolvimento de projetos em conjunto. Os convnios bilaterais

    esto em fase de aprovao entre as instituies citadas e o Centro Paula Souza, tal

    trmite se faz necessrio para a formalizao e documentao das aes que venham

    a se realizar. importante destacar que as aes citadas a seguir so pensadas no

    projeto em desenvolvimento na FATEC Itu, mas os convnios bilaterais assinados so

    institucionais e no direcionados determinada faculdade de tecnologia ou escola

    tcnica.

  • 12

    INSTITUIO PAS AES

    INFOTEP Rep. Dominicana Troca de experincia na rea de capacitao docente.

    Min. Educao Argentina / Chubut

    Argentina/Chubut Apresentao de trabalho dos alunos da FATEC Itu (3 colocado entre as FATECs) e do trabalho dos alunos de Chubut (1 colocado entre os projetos internacionais) premiados na 5 edio da FETEPS, 2011 - via skype para promover interao inicial, incluindo traduo simultnea e possibilidades para desenho de projetos futuros.

    Escola Tcnica e Universidad Tecnolgica del Chaco (ARG)

    Argentina/Chaco 1) Intercmbio de idiomas - o professor Juan (argentino) daria aula aos alunos do curso extracurricular de espanhol apresentando a dura realidade de quem vive na regio do Chaco (ARG) e, ns, conversaramos com os alunos que fazem aula de portugus com ele na Argentina em portugus - para estreitamento de laos institucionais - a partir do momento que os alunos estejam interagindo construiremos projetos interinstituies - possveis de se aplicar a distncia para apresentarmos na FETEPS 2012.

    Sector de Operacionalizacin de Coordinacin Internacional /SENATI

    Peru Intercmbio acadmico-cultural, com possibilidade de visitas tcnicas incluindo viagens de grupo de alunos, docentes e professores da FATEC Itu e do SENATI.

    Universidad del Trabajo de Uruguai

    Montevidu, Uruguai

    1) Tem interesse em visitas tcnicas; 2) H possibilidade de enviar alunos, professores e administrativos; 3) H a possibilidade de recebermos alunos e professores para visitas tcnicas e desenho de trabalhos em conjunto

    INA Costa Rica H interesse envolvendo curso de mecatrnica industrial.

    Quadro 1 Aes levantadas a partir de contatos estabelecidos na quinta edio da FETEPS, 2011, com representantes que acompanhavam a equipe no evento Fonte: elaborado pela autora

    possvel visualizar acima aes de intercmbio cultural e acadmico que

    podem ser desenvolvidas com apoio das tecnologias da comunicao e informao,

    no encarecendo o projeto e podendo ser desenvolvido no mbito das instituies

    pblicas de educao profissional, sem onerar suas atividades.

    J as viagens de intercmbio pedem um envolvimento maior de recursos

    humanos e econmicos, o que se torna num desafio para as instituies que

    trabalham com educao profissional pblicas, pois muitas contam com escassos

    recursos humanos e econmicos, neste sentido as parcerias e o envio de projetos a

    rgos de fomento a pesquisa, para financiamento de projetos como estes, so

    essenciais.

    A conversa informal com estas instituies tambm sinalizam que a recente

    presena do Brasil como sexta maior economia do mundo coloca o pas numa posio

    estratgica, facilitando o fechamento de parcerias com demais instituies da Amrica

    Latina, este tema tambm merece pesquisa detalhada e no ser pormenorizado

    neste trabalho.

  • 13 CONSIDERAES FINAIS

    Pensando numa rede de instituies, cujos membros so representantes

    institucionais que levam sua demanda, apresentam projetos e recebem a prestao de

    contas a cada dois anos, o que se nota que a rede faz seu papel de facilitador e de

    construtor das relaes interinstitucionais na regio, como mostram os relatrios

    pesquisados. E o fato de haver enviado e-mails a instituies que pertencem a uma

    rede de cooperao tcnica colaborou para com a rpida resposta e interesse no

    desenvolvimento de trabalhos em parceria.

    preciso esclarecer que a hiptese inicial para que a resposta dos e-mails

    enviados haja vindo em pouco tempo a de que o fato destas instituies participarem

    de uma rede j predispe seus representantes busca por cooperao internacional,

    e sabendo que quem enviava o e-mail era uma instituio da mesma rede contribui

    para a resposta positiva e breve destes correios eletrnicos.

    Outra hiptese para uma pesquisa futura que estas instituies, pelo

    posicionamento do Brasil na Amrica Latina querem firmar convnios de cooperao

    bilateral com este pas. Porm como expressou o representante de uma instituio

    partcipe da rede Cinterfor, os projetos precisam ser possveis de se realizar para que

    sejam aceitos pelas instituies, neste sentido, segundo ele, a rede Cinterfor busca

    evidenciar a importncia de convnios prticos, o que tambm tema para uma

    pesquisa futura pela complexidade do tema.

    O que mais chama a ateno a abertura que h na Amrica Latina para a

    construo de projetos em conjunto e aes de intercmbio acadmico-cultural. Estas

    oportunidades no podem ser desaproveitadas, at mesmo porque o dilogo

    interinstitucional exclui da discusso aos demais atores (professores, alunos e

    administrativos) que buscaro por seus espaos de dilogo (como o caso da rede de

    instituies de educao tcnica e tecnolgica proposta durante o II Encontro

    Latinoamericano de Educao Tcnica e Tecnolgica, Mendoza, Argentina, nov/2011

    e da primeira edio do Frum Mundial da Educao Profissional e Tecnolgica

    Braslia, 2009 e a segunda edio acontecer em Santa Catarina, maio/junho de

    2012), na tentativa de levar suas demandas para uma discusso e reflexo macro.

  • 14 REFERNCIAS

    CINTERFOR. Orgenes de Cinterfor: situacin de la formacin profesional em Amrica Latina hacia 1960. v. 1. Cinterfor: Montevidu, 1974. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Orgenes de Cinterfor: contribucin documental v. 2. Cinterfor: Montevidu, 1974. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Cinterfor 1964-1973: formacin profesional en Amrica Latina. v. 1. Cinterfor: Montevidu, 1975. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Cinterfor: um instrumento de cooperacin tcnica entre pases em desarrollo. Montevidu, 1978. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Cinterfor 1964-1984: veinte aos de solidaridad. Cinterfor: Montevidu, 1984. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Treinta aos de Cinterfor 1963-1993. Cinterfor: Montevidu, 1993. Disponvel em: . Acesso em 29 dez. 2011.

    CINTERFOR. Plan estratgico para la accin futura de OIT/Cinterfor. Cinterfor: Montevidu, 2007. Disponvel em: < http://www.oitcinterfor.org/sites/default/files/file_evento/plan_est.pdf>. Acesso em 29 dez. 2011.

    FAUSTO, Ayrton; YANNOULAS, Silvia C (orgs.). Idias sociais e polticas na Amrica Latina e Caribe: estudos comparados sobre as PPTRs. Anais Seminrio Internacional. Braslia: FLACSO, 2002.

    FAUSTO, Ayrton; PRONKO, Marcela; YANNOULAS, Silvia C (orgs.). Processos de integrao supranacional e articulao de polticas pblicas. v. 1. Anais Seminrio Internacional. Braslia: FLACSO, 2003.

    LEITE, Elenice Montero. Agenda de una nueva institucionalidad para la educacin profesional en Amrica Latina y el Caribe. Boletn Cinterfor. n. 140, set./dez. Cinterfor: Uruguai, 1999.

    MEHEDFF, Nassim. A construo da PPTR no Brasil e na Amrica Latina. In: FAUSTO, Ayrton; YANNOULAS, Silvia C (orgs). Idias sociais e polticas na Amrica Latina e Caribe: estudos comparados sobre as PPTRs. Anais Seminrio Internacional, 2000. Braslia: FLACSO, 2002, p. 147-154.

    WEINBERG, Pedro Daniel. Modernizacin de la formacin profesional en Amrica Latina y el Caribe. In: FAUSTO, Ayrton e YANNOULAS, Silvia C (orgs.). Idias sociais e polticas na Amrica Latina e Caribe: estudos comparados sobre as PPTRs. Anais Seminrio Internacional. Braslia: FLACSO, 2002, p. 92-146.

  • 15