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Setembro 2014 Lisbon Street Shopping A afirmação do Comércio de Rua em Lisboa

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Setembro 2014

Lisbon Street ShoppingA afirmação do Comércio de Rua em Lisboa

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Se é bem verdade que Lisboa está na moda, também é verdade que o comércio de rua é uma tendência que veio para ficar.

Devemo-lo não só ao crescente número de turistas que gostam de visitar e fazer compras na nossa cidade, mas também aos consumidores portugueses que, continuando a reconhecer a qualidade e conveniência dos centros comerciais, valorizam também a experiência de comprar em lojas de rua e descobrir conceitos novos, ao mesmo tempo que vivem e apreciam a sua cidade, cada vez mais moderna e cosmopolita.

Devemo-lo também à alteração da lei do arrendamento ocorrida em 2012 e que pôs este mercado a funcionar, ao permitir que edifícios em mau estado de conservação fossem transacionados e alvo de reabilitação, surgindo lojas que satisfazem a procura e os requisitos de marcas que querem entrar ou expandir no mercado de retalho nacional.

Basta passear por Lisboa para descobrir as diferenças em relação a alguns anos atrás. Novas marcas, novos conceitos, lojas renovadas, restaurantes e muitas esplanadas são a face mais visível de uma cidade em transformação. E não são apenas as marcas internacionais que escolhem as ruas de Lisboa para abrir lojas, são também vários os exemplos de empreendedorismo português que, um pouco por toda a cidade primam pelo desenvolvimento de conceitos inovadores, bem posicionados, com um design atrativo, um marketing diferenciador e que muitas vezes vendem “criação nacional”, divulgando e exportando o que de melhor se faz por cá.

É também muito interessante notar que cada segmento encontrou o seu lugar e o seu target ao ponto de termos, hoje em dia e cada vez mais, zonas comerciais consolidadas e bem demarcadas no mapa da cidade.

O luxo, por exemplo, encontrou a sua morada de eleição na Avenida da Liberdade, onde a presença de reconhecidas cadeias internacionais é cada vez maior, motivada em parte pela crescente procura por estrangeiros de origem brasileira, chinesa, russa e angolana.

Quase que como extensão da Avenida da Liberdade, surge a Rua Castilho, onde predominam as marcas premium, sobretudo de moda feminina. O sucesso desta zona é fruto da união dos principais lojistas

Prefácio

Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoPrefácio

agrupados no conceito Castilho Fashion Street, que promove o comércio através de diversas iniciativas.

O Chiado é a zona mais trendy, fashion e cosmopolita da capital,onde convivem a tradição e a modernidade, as marcas nacionais eas internacionais, as lojas premium e as mass-market, os turistas e oslisboetas. A procura tem superado em muito a oferta e quem quiserter aqui uma loja terá de pagar a renda mais elevada do mercado.

Na vizinhança do Chiado, encontramos a Baixa, outrora o epicentro do comércio em Lisboa e que aos poucos ganha vida, não só devido aos inúmeros turistas que calcorreiam a Rua Augusta, o principal eixo desta zona, mas também pela afluência de um número crescente de consumidores portugueses. Quanto mais não seja porque os restaurantes e esplanadas do renovado Terreiro do Paço são agora um excelente ponto de atração.

O Príncipe Real representa hoje a inovação e diferença no que diz respeito à oferta de espaços e conceitos comerciais. Os Palacetes Embaixada e Entre Tanto, locais onde a originalidade e empreende-dorismo se conjugam num espaço surpreendente, vieram consolidar ainda mais o Príncipe Real como um destino de compras com um charme único na cidade de Lisboa.

Não posso acabar este tour sem fazer menção à mais surpreendente zona que vai emergindo em Lisboa. Falo do Cais do Sodré/São Paulo, para onde alguém, um dia, teve uma ideia peregrina: reabilitar com poucos recursos um bar noturno que, sem renegar o seu passado, pode ser frequentado por gente de todas as idades, a qualquer hora da noite – a conhecida Pensão Amor. A revitalização desta zona ganhou nova vida com o recém inaugurado Mercado da Ribeira e ganhará novo fôlego com a inauguração da nova sede da EDP.

Muito mais há a dizer sobre o comércio de rua em Lisboa, o otimismo e a dinâmica que o caracteriza. É disso que falamos nas páginas desta publicação, que convido, desde já, a ler com toda a atenção.

Patrícia AraújoHead of Retail

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Os planos de expansão das grandes cadeias, que passam por uma maior internacionalização e diversificação de mercados, estão cada vez mais focados nos centros das cidades. Em simultâneo, há uma crescente pressão para o aumento da rentabilidade e da margem do negócio e há mudanças estruturais decorrentes do aumento dos canais de vendas, nomeadamente o e-commerce. Todos estes fatores têm contribuído para estratégias expansionistas cada vez mais cuidadosas, seletivas e racionais.

A atratividade das cidades é baseada numa complexa combinação de vários fatores: dimensão, maturidade, capacidade de recuperação e perspetivas de crescimento, familiaridade, concorrência, transparência e risco de cada mercado, são analisados ao pormenor pelos retalhistas internacionais.

Apresentamos as principais conclusões do estudo “Destination Europe 2013” realizado pela JLL – equipa EMEA, o qual analisa a presença das 250 maiores cadeias internacionais nos principais mercados Europeus (57 cidades).

Destinos de Retalho na Europa

Top 3 – Rendas Prime(para uma área de 100 m2)

1.030 €/ m2/ mês

1.500 €/ m2/ mês

Top 10 – Mercados Europeus(presença dos 250 retalhistas analisados)

Londres

Paris

Moscovo

Milão

Madrid

Roma

Munique

São Petersburgo

Praga

Barcelona

10º

235

217

196

174

168

151

146

142

140

138

PremiumMass Market Luxo

LondresOxford Street

ParisAvenue des Champs Élysées Zurique

Banhnhofstrasse

630 €/ m2/ mês

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Prefácio Europa

A procura pelo melhor espaço nas principais localizações mantém-se forte e muito resiliente face aos ciclos económicos. Muitos retalhistas não prescindem de ter a sua flagship store em localizações emblemáticas.

Londres é a cidade mais atrativa para os retalhistas internacionais, diferenciando-se não só pela dimensão e maturidade do mercado como também pelo seu elevado grau de transparência.

As marcas escolhem numa fase inicial a expansão para os mercados maduros e só depois internacionalizam para mercados em crescimento, observando-se o sucesso crescente de cidades como Moscovo, São Petersburgo ou Istambul.

Lisboa encontra-se em 19º lugar na lista das cidades com mais presença de marcas internacionais, à frente de outras capitais europeias como Bruxelas, Dublin e Budapeste.

Paris, Londres e Zurique são as cidades da Europa com as rendas mais elevadas. A maturidade dos mercados tem uma grande influência nos níveis de renda praticados.

19ºno ranking com maior presença de cadeias internacionais.

Lisboa

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A Zara e a H&M são as marcas com presença em mais mercados na Europa.

Os retalhistas americanos Guess, Forever 21, Apple, Starbucks e Mac Cosméticos e também os europeus Michael Kors e Calzedónia são os mais ativos em termos de expansão.

Itália é o maior exportador de marcas internacionais, nomeadamente marcas de luxo, apesar dos Estados Unidos estarem a crescer muito rapidamente.

As marcas The Body Shop e Lush também integram os primeiros 10 lugares do ranking. O modelo de franchising utilizado por ambas, proporciona uma expansão mais rápida e com menos risco. Além disso, a necessidade de espaços de pequena dimensão, e uma oferta de produtos com preços acessíveis, facilita o sucesso da sua expansão.

Top 10 – Maiores Retalhistas(por cobertura dos mercados analisados)

Zara

The Body Shop

H&M100%

97%

93%

Benetton93%

Mango

Tommy Hilfiger

Lush93%

87%

87%

Timberland81%

G-Star Raw

Legenda:

Foot Locker78%

78%

Premium Mass Market

O grupo Inditex conta atualmente com 6.300 lojas espalhadas por todo o mundo.

Maiores Exportadores(de insígnias nos principais mercados europeus)

ItáliaBenettonDieselMax Mara

Reino UnidoThe Body ShopLushBurberry

FrançaLouis VuittonPetit BateauEscada

3º4º

AlemanhaAdidasHugo BossNew YorkerE.U.A.

TimberlandTommy HilfigerFoot Locker

EspanhaZaraMangoMassimo Dutti

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Top 10 – Maiores Retalhistas de Luxo(por cobertura dos mercados analisados)

Max Mara

Burberry

Louis Vuitton75%

72%

61%

Mont Blanc58%

Emporio Armani

Bally

Cartier58%

54%

47%

Ermenegildo Zegna46%

Bulgari

Giorgio Armani44%

42%

O mercado de luxo manteve-se relativamente resiliente face à crise económica global. Após um curto período de redução de vendas em 2009, o mercado recuperou em 2010 e continuou a florescer. As grandes casas internacionais saíram rápido e mais fortes da crise financeira.

Nas marcas de luxo, a Max Mara e a Louis Vuitton contam com o maior número de lojas nas principais cidades europeias.

As marcas de luxo em expansão incluem a Tory Burch, Bottega Veneta e Mulberry.

Londres lidera o ranking em termos de presença de lojas de bens de luxo, pouco acima de Paris. Moscovo, um mercado em franco crescimento encontra-se na 3ª posição, seguido por Milão, Madrid, Roma e Munique.

Burberry, Gucci Group, Hermès, LVMH, Polo Ralph Lauren e Richemont revelaram fortes crescimentos nas suas vendas, e alguns chegam mesmo a evidenciar vendas recordes durante 2013. Apesar das políticas de expansão destas marcas estarem muito orientadas para a região da Ásia-Pacífico, onde as operações registam atualmente os melhores resultados, a Europa mantém-se como o mercado de referência, maduro e chave para a maioria dos retalhistas de topo.

Top 5 – Destinos de Luxo

3º Moscovo

4º Milão

1º Londres

5º Madrid

2º Paris

22ºcidade europeia com mais marcas de luxo.

Lisboa

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Num mundo global e altamente competitivo, cada cidade e cada região tem que se afirmar, necessariamente, pela diferença, pelo que a torna especial. É essa diferença que a torna mais atrativa, para quem tem que escolher um destino de férias, de shopping, de estudo, de trabalho, de investimento ou para qualquer outro objetivo.

O comércio de uma cidade pode, e deve, ser um dos elementos distintivos e diferenciadores entre cidades. O comércio teve, sempre, ao longo da nossa história um papel muito relevante e, continua a ter um lugar de destaque na vida económica, social e cultural da cidade. Posicionar o comércio como marca diferenciadora de cidade e, simultaneamente, actividade económica geradora de emprego, exige a articulação de diferentes e complementares medidas.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) tem vindo a apoiar um conjunto muito amplo de iniciativas ao nível do comércio local, algumas dinamizadas pela própria Câmara, outras que são organizadas pelas várias Associações de Comerciantes existentes na cidade, e outras por Instituições Públicas ou Privadas. Estes apoios são muito diversificados em função do evento ou iniciativa e podem ir desde o apoio institucional do Município, à emissão em tempo útil de licenças ou autorizações para a ocupação de espaço público ou alterações no tráfego, até a divulgação e promoção nos meios que a autarquia dispõe para divulgar atividades relevantes para a cidade.

A promoção internacional da cidade como destino de compras constitui um eixo estratégico da atuação do Município, considerando a particular relevância que o sector do comércio tem na nossa economia sendo da maior pertinência o apoio a projetos que tenham o potencial para atrair novos públicos e novos consumidores.

Neste âmbito, gostaria de salientar alguns projetos que estamos já a desenvolver e que pensamos que serão importantes para o futuro do comércio local em Lisboa.

Destino Lisboa“Lisbon Shopping Destination” – tem como principal objetivo o posicionamento de Lisboa como um destino internacional de compras (faz a ligação do potencial turístico de Lisboa com o comércio e economia local) e a organização das zonas de comércio da cidade, através da dinamização de zonas e bairros de comércio com perfil e identidades diferenciados, complementando estas zonas com as atrações de natureza cultural, gastronómica e económica. Disponibiliza aos turistas que chegam a Lisboa, informação sobre itinerários comerciais, lojas de excelência e divulgação das diversas zonas/bairros consolidados da cidade, em várias vertentes, assim como tendências económicas/comerciais.

Face aos desafios que o comércio tradicional se tem vindo a debater, importa também destacar a aposta da CML na promoção do empreendedorismo ao nível do sector do comércio através da abertura da Startup Lisboa Commerce – incubadora de empresas na área do comércio, turismo e serviços, apoio ao desenvolvimento de novas ideias e tendências - tem alojadas cerca de 30 startups (com mais de 80 postos de trabalho criados), é um projeto em crescimento, com uma rede de parcerias e apoios para o acompanhamento e desenvolvimento de novos projetos, com vista a minimizar os riscos e a otimizar as condições de sucesso.

Outro projeto de apoio direto ao pequeno comércio é o Lisboa Empreende – parceria com a CASES, entidade que gere o Programa Nacional de Microcrédito, cujo objetivo é dinamizar a economia da Cidade apoiando as pessoas a criar os seus negócios. Promove o acesso a técnicos especializados, que acompanham o projeto durante todo o processo de criação de negócio (ideia, plano negócios, financiamento e implementação), e a uma rede de parceiros que facilitam todo este processo. Poderá ainda beneficiar de apoios ou isenções de taxas no primeiro ano de atividade.

“A promoção internacional da cidade como destino de compras constitui um eixo estratégico da atuação do Município.”

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É também nosso objetivo a reabilitação urbana de espaços e equipamentos comerciais e industriais, abandonados/devolutos permitindo a sua utilização para atividades económicas (ex: Mercado da Ribeira, Mercado Campo Ourique, Mercado Forno Tijolo, Hospital do Desterro).

O comércio da cidade de Lisboa está já a posicionar-se como um comércio de grande qualidade e diversidade em várias vertentes (esta imagem de marca de qualidade e diversidade está a crescer internacionalmente), nomeadamente, no nicho de luxo, nos produtos gastronómicos gourmet, no vinho da região Lisboa, em produtos de design, produtos de manufatura com a utilização de materiais diferentes, como é o caso da malha de cortiça para vestuário, sabonetes, etc.

O comércio de Lisboa está, portanto, a diversificar-se, a incorporar inovação e design, a entrar em novas áreas de negócio, a especializar-se.

É preciso encorajar e apelar á criatividade e ao empreendedorismo dos promotores, e, no atual contexto económico ter presente o mercado global. Temos bons exemplos de boas ideias que geraram negócios com grande potencial de internacionalização.

As dinâmicas que podemos observar na cidade de Lisboa permitem-nos ser bastante otimistas quanto ao futuro do comércio local, porque nos demonstram como os nossos empresários estão a ser capazes de enfrentar os desafios atuais.

Vereadora Graça FonsecaCâmara Municipal de Lisboa

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Portugal está definitivamente na moda e Lisboa na mira do turismo mundial. História, tradição, modernidade, beleza, praia, clima, gastronomia, simpatia, formam um destino único na Europa e a preços muito acessíveis, que tornou o país merecedor de mais de 50 distinções internacionais durante 2013.

Portugal foi considerado o melhor destino do mundo para viajar pela Condé Nast Traveller, sendo Lisboa eleita como o melhor destino da Europa para City Break, pela Word Travel Awards e pela Amadeus & WTM Travel Experience Awards. Subiu ainda à 9ª posição do ranking de melhor destino para congressos elaborado pela ICCA (International Congress & Convention Association). Também o Porto foi distinguido pela Lonely Planet como o melhor dos 10 destinos de férias de eleição na Europa.

Turismo

Lisboa é considerada a 6ª cidade do mundo com melhor clima pelo site americano Weatherwise.org, tornando-a das cidades mais confortáveis do mundo.

21ºCtemperatura média

Clima

Origem das Dormidas(estrangeiros)

12,3% Espanha 10,7%

França

8,9% Alemanha

3,2%Rússia

3,2% Angola

1,3% China

12,2%Brasil

6,6% E.U.A.

A quota de turistas angolanos, russos e chineses ainda é bastante reduzida, no entanto, a previsão de crescimento exponencial da classe média nestes países terá, com certeza, impacto no turismo nacional.

7,3 milhões

Dormidas(Cidade de Lisboa – 2013)

80% são estrangeiros, os quais tiveram um crescimento de 9,4%.

2013 vs. 2012 7,0%

Fonte: INE

65,0%

Taxa de Ocupação(Grande Lisboa)

Em 2015 Lisboa vai liderar o crescimento da ocupação hoteleira na Europa, prevendo-se que atinja os 67,4%.

2013 vs. 2012 4,2%

16 milhões 559 mil

N.º de Passageiros

Os passageiros de cruzeiros que escalam em Lisboa, colocam a capital Portuguesa no top 10 de destinos a visitar.

Até ao final de 2014 o Aeroporto de Lisboa contará com 111 destinos, representando um crescimento de 13% face a 2013.

2013 vs. 2012 4,6% 2013 vs. 2012 7,0%

Fonte: ANA – sobre o aeroporto de Lisboa; Porto de Lisboa Fonte: Estudo “Room to grow” publicado pela PwC em Março de 2014

Nota: Não estão referidas todas as nacionalidades dos turistas que visitam Lisboa.

€ 84,8ADR(Average Daily Rate – Grande Lisboa)

2013 vs. 2012 1,4%

16ª posição: uma das 18 cidades europeias com os preços mais competitivos.

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EuropaPrefácio Destino Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoTurismo

Principais Atividades Turísticas(Grande Lisboa – 2012)

Zonas mais Visitadas(Grande Lisboa – 2012)

Fonte: Survey to Tourists’ Activities and Information – 2012

Baixa Museus e Monumentos

Chiado Sair para jantar

Belém Compras

Bairro Alto Exposições

94,1% 84,4%

86,5% 56,9%

75,3% 51,8%

67,7%

48,2%62,9%

48,6%Av. da Liberdade Excursões

Dos centros históricos de Lisboa e Porto, às praias Algarvias, Portugal apresenta um grande potencial de crescimento turístico, que se reflete também no comércio, o qual tem chamado a atenção de muitas marcas internacionais. Visitantes de países emergentes como China, Rússia, Brasil e Angola, cujo número de turistas tem crescido muito nos últimos anos, vêem Lisboa como um destino para fazer compras, não só pela falta de variedade que por vezes sentem nos seus países, como também pela vantagem dos preços praticados em Portugal serem, geralmente, mais baixos.

Podemos afirmar que Portugal se posiciona cada vez mais como destino turístico, tendo um grande potencial de crescimento a este nível. Segundo o estudo “Room to grow” recentemente publicado pela PwC, Lisboa irá liderar o crescimento da ocupação hoteleira em 2015, mantendo-se simultaneamente como uma das cidades europeias com os preços dos hotéis mais competitivos.

Sabia que...?O contributo do turismo para o PIB em 2013 foi de 25,6M€, correspondendo a 15,6% do PIB total. Ainda de acordo com os dados revelados pela PwC, prevê-se que esta contribuição aumente em quase 2% em 2014.

Comércio de Rua em Lisboa

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Apesar dos centros comerciais continuarem a ser o principal destino dos consumidores portugueses, o interesse pelo comércio de rua veio para ficar. Aproveitando o crescimento do número de turistas e a mudança dos hábitos de consumo dos portugueses, a “rua” assume-se cada vez mais como uma localização estratégica e um canal de expansão para os operadores nacionais e internacionais.

O padrão de consumo está de facto a mudar. A proximidade e a “experiência”, são fatores cada vez mais valorizados por consumidores que necessitam de poupar tempo e dinheiro e ao mesmo tempo estão cada vez mais informados por via do aumento dos canais de venda, no qual se destaca o e-commerce. A “experiência” e a capacidade de surpreender, assumem assim o papel principal no processo de fazer compras, e o comércio de rua, como elemento fulcral e dinamizador da vida de uma cidade, ganha vantagem.

Os principais destinos comerciais de Lisboa concentram-se no centro histórico e diferenciam-se na oferta de produtos e marcas dirigidas a diferentes perfis de consumidor: na Avenida da Liberdade encontram-se as principais marcas de luxo; a Rua Castilho assume-se como um prolongamento da grande avenida, concorrendo com uma oferta igualmente prestigiada, mas menos luxuosa; o Chiado é tudo, é cool e tradicional, é para turistas e lisboetas, é para as massas, mas também para os mais “endinheirados”; para a Baixa a palavra de ordem é turismo, muito turismo e com isso mass market/tradicional/souvenirs; e por fim o Príncipe Real, cuja oferta é totalmente diferente, única e alternativa.

Comércio de Rua em Lisboa

A prestigiada revista britânica Monocle veio a Lisboa fazer as suas compras de Natal, revelando ao mundo inteiro o seu roteiro pelas zonas comerciais da cidade, na edição de Dezembro de 2013.

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EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoComércio de Rua em Lisboa

A lei está finalmente a ajudar…

Apesar da procura imensa, com grandes operadores internacionais cheios de vontade de ter um espaço na capital portuguesa, a lei das rendas refreava os ânimos e a falta de espaços foi até agora o maior entrave à expansão do comércio de rua.

Mas, entre as diversas reformas exigidas pela Troika, a Lei do Arrendamento Urbano foi revista no final de 2012 e os resultados estão à vista: no pior cenário, em 7 anos (5+2) as rendas ficam livres de condicionalismos e passam a vigorar os valores de mercado.

Esta mudança, associada a uma maior facilidade de despejar inquilinos que não cumprem os seus compromissos, já começa a dar resultados. Vários negócios, que sobreviviam apenas por terem rendas muito baixas, começam agora a dar lugar aos mais inovadores. Em 2013 a Avenida da Liberdade bateu o recorde em termos de aberturas, com 11 lojas inauguradas.

Top Nacionalidades(vendas a estrangeiros em Lisboa – Premier Tax Free)China

Angola

Brasil28,6%

26,7%

24,5%

4,6%Rússia

O turismo tem tido um papel fundamental na dinamização do comércio de rua de Lisboa. Os Chineses nas vendas tax free, registam uma quota de quase 30%.

Destino Lisboa

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EuropaPrefácio Turismo R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoAv. Liberdade

A “Avenida” é sinónimo de luxo, prestígio, elegância e exclusividade. Construída ao estilo dos Champs Élysées, a Avenida da Liberdade é o eixo central da principal zona de escritórios de Lisboa e dos principais hotéis de 5 estrelas da cidade.

No comércio, é a morada das principais marcas de luxo em Portugal, cuja presença direta é cada vez maior. Antes da entrada da moeda única, em 2002, os artigos de luxo eram vendidos essencialmente em lojas multi-marca, como a Loja das Meias, a Stivali ou a Rosa & Teixeira. Atualmente 63% do comércio de luxo tem loja própria na “Avenida”, das quais são exemplo a Louis Vuitton, Max Mara, Cartier ou a Prada.

Contabilizámos 30.000 m2 de área comercial ocupada ao longo da avenida. A moda e acessórios é o setor dominante, mas as joalharias e relojoarias têm também um peso significativo. Num total de 14 lojas e cerca de 3.300 m², os joalheiros tradicionais portugueses como a Torres Joalheiros, Boutique dos Relógios ou a David Rosas, misturam-se com cadeias internacionais, como a Officine Panerai e a Montblanc.

Av. da Liberdade

“A Avenida da Liberdade é hoje em Lisboa um ex-libris relativamente à história da cidade e do seu comércio. Atualmente, quem quiser estar próximo do turismo sempre crescente na cidade e tenha uma proposta vencedora junto deste target tem de estar presente nesta avenida. Abrimos a nossa primeira loja em 1988 na Avenida, e tem sido sempre um sucesso crescente a nossa atividade comercial neste local da cidade.”

Ronald BrodheimGrupo Brodheim – Timberland, Tod’s, Guess, Furla, Burberry, Betrend

Cadeias nacionais e internacionais

77%

Novos conceitos/lojas únicas

8%

Comérciotradicional

15%

30.000 m2

* Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial.

Área Ocupada*

Setores

Restauração

Joalharia e relojoaria

Moda e acessórios

54%

25%

11%

Destino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

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Os restaurantes presentes na “Avenida” e sua envolvente dirigem-se aos executivos que ali trabalham e aos turistas que se instalam nos diversos hotéis existentes. Restaurantes como Brasserie Flo, Gambrinus, Sushi Avenida, Guilty ou Avenue, juntamente com o Honorato ou a Pizzaria Luzzo, vão dos ambientes mais requintados aos mais modernos e descontraídos.

O turismo é uma importante alavanca para o comércio de rua em geral e para o mercado de bens de luxo em particular, cuja procura é feita essencialmente por estrangeiros de origem brasileira, chinesa, russa e angolana.

A procura de grandes marcas internacionais tem crescido nos últimos anos e a lista de espera tem aumentado. As alterações ao NRAU (Nova Lei do Arrendamento Urbano) que entraram em vigor no final de 2012, vêm abrir uma janela de oportunidades do lado da oferta, mas claramente insuficiente para fazer face aos inúmeros pedidos que têm surgido.

4.800m2

Disponibilidade

Segmento(moda e acessórios)

Premium37%

55%Luxo

8% Mass Market

Origem

32%

Multi-marcas15%

Nacional 53% Internacional

Renda Prime

75 €/ m2/ mês

Consumidores

Lojistas

Espaços

•Hugo Boss•Fashion Clinic•Longchamp•Maria João Bahia

2005

•Burberry•Vilebrequin•Tru Trussardi•Becode

2006Principais aberturas

•Escada

1990

•Timberland•Emporio Armani

1997

•Adolfo Dominguez

1999

•Purificación Garcia•Carolina Herrera•Philosophie

2000

•David Rosas•Maison

2002

• Hard Rock Café

2003

•Louis Vuitton•Gant

2004

Ticket Médio(estrangeiros)

Target

Média/baixa(área: 100 m2)

Sabia que...?A Avenida da Liberdade tem cerca de 1.000 metros de comprimento e é servida pelo metropolitano em 3 pontos.

Os estrangeiros são quem mais compra os artigos de luxo vendidos nas lojas desta avenida.

•Tod’s•Loewe

2007

LuxoPremier Tax Free(primeiros 5 meses de 2014)

871

17

•Machado Joalheiros

2008

•Furla•Rosa Clará

2009

•Prada•André Ópticas•Fly London•Dara Jewels•Foreva

2010

•Pronovias• Il Pinco Pallino•Fashion Clinic (man)•Stivali•Porche Design•Zadig & Voltaire•Gilles Joalheiros

2011

•Gucci•Miu Miu•Boutique dos Relógios Plus•BoutiqueOfficine Panerai

2012

•Elisabetta Franchi•Aristocrazy Joyas•Torres Joalheiros•Max Mara•Cartier

•Fancy Jewelry•Michael Kors•A. Lange & Söhne•Rimowa•Marina Rinaldi•Penhalta Noivas

2013

Mapa da Av. LiberdadeFancy JewelsLuis OnofreTru TrussardiMarina RinaldiTricanaJuliana HercMax MaraTorres Joalheiros Fendi Casa CollectionCartier Fly LondonVilebrequinEmporio ArmaniPradaRosa & TeixeiraBurberryFurlaTimberlandTod’sGuessBoutique dos Relógios PlusFashion ClinicLongchampLouis VuittonEscadaLoeweErmenegildo ZegnaHugo BossAristocrazy JoyasHackettHugo BossBoutique dos Relógios PlusDara Jewels

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Gilles Fine JewelleryMont BlancPronoviasTivoli Fórum: Adolfo Dominguez Gucci Fashion Clinic Maison B Code Machado JoalheirosRimowaPinco PallinoCarolina HerreraPurificaciónGarciaA. Lange & SöhneAndré ÓpticasMangoMassimo DuttiMichael KorsMaria João BahiaMiu MiuTony MirandaZadig & VoltairePorsche DesignStivaliGantPenhaltaElisabetta FranchiDavid RosasOfficinePaneraiCOSRosa ClaráVisionlab

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Marquês de Pombal

Avenida da Liberdade

Prç. da Alegria

Restauradores

R. do SalitreR.

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Abre brevemente

•Luis Onofre•Tricana•Juliana Herc•Ermenegildo Zegna•Guess•Hugo Boss•Boutique dos Relogios Plus

2014

•Hackett•COS•Fendi Casa Collection

EuropaPrefácio Turismo R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoAv. LiberdadeDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

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EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoR. Castilho

Rua CastilhoA Rua Castilho, moderna, cosmopolita e “feminina”, prolonga a elegância da sua vizinha “Avenida” a um segmento principalmente premium. Também localizada no Prime CBD de escritórios e “morada” dos hotéis de 5 estrelas Ritz Four Seasons e Tiara Park Atlantic, é muito frequentada por executivos e estrangeiros que procuram as lojas de prestígio como a Loja das Meias, BCBG Maxazria, La Perla, Coccinelle, entre muitas outras.

A rua é extensa, mas o comércio concentra-se essencialmente entre a Rua Joaquim António Aguiar e a Rua Rosa Araújo, onde registámos cerca de 5.500 m2 de área comercial ocupada. Aqui as lojas pertencem maioritariamente a cadeias nacionais e internacionais (59%) e ao setor de moda e acessórios (60%). Neste trecho é difícil encontrar um bom espaço vago. Atualmente não há mesmo disponibilidade de lojas com montra virada para a rua.

Cadeias nacionais e internacionais

60%

Novos conceitos/lojas únicas

22%

Comérciotradicional

18%

* Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial.

Área Ocupada*

Setores

Restauração

Moda e acessórios

59%

10%

5.500 m2

Saúde e beleza

“A Rua Castilho é uma artéria importantíssima no comércio em Lisboa, reúne várias marcas de moda e lifestyle de renome nacional e internacional e impõe-se em Lisboa como sendo a fashion street. Além de apresentar uma dinâmica comercial fortíssima oferece estacionamento e outros serviços interessantes, o que tem atraído muitos clientes nacionais e estrangeiros, e reflectindo-se no aumento de vendas e na notoriedade desta área comercial.”

Manuela Saldanha Loja das Meias

13%

Destino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

20

Premier Tax Free(primeiros 5 meses de 2014)

O dinamismo ganho nos últimos anos deve-se também à união dos principais lojistas aqui presentes no conceito Castilho Fashion Street. Esta organização, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação do Comércio e Serviços, procura promover o comércio através da realização de diversas iniciativas: Castilho Golden Xmas, Pink Day ou a adesão ao Vogue Fashion Night Out, são alguns exemplos de sucesso que captam a atenção de um público cada vez mais informado e exigente.

A oferta de restauração não é muito grande, nomeadamente para o número de pessoas que trabalha nesta área. O clássico 33 e a descontraída hamburgueria Bun’s garantem sempre a casa cheia ao almoço.

0m2

Disponibilidade

Segmento(moda e acessórios)

Premium64%

17%Luxo

19% Mass Market

Origem

46%

Multi-marcas15%

Nacional 39% Internacional

Renda Prime

45 €/ m2/ mês

Consumidores

Lojistas

Espaços

Principais aberturas

•Loja das Meias

1971

•Gerard Darel

2000

•Coccinelle

2003

•Weill

2007

•Max & Co.•Karen Millen•Hoss Intropia

2009

Premium

Ticket Médio(estrangeiros)

Target

Muito baixa

Sabia que...?A Loja das Meias surgiu em 1905 na Rua Augusta, vendendo apenas meias e espartilhos. O negócio foi crescendo e nos anos 60 abre o leque ao pronto-a-vestir, importado sobretudo de Itália, França e Inglaterra. No final da década de 60 a Loja das Meias introduziu pela 1ª vez em Portugal as calças jeans – da marca Levi’s – que fizeram o maior sucesso. Em 1971 abre a 2ª loja no Edifício Castil, situado na Rua Castilho.

Ticket Médio(estrangeiros)

673

2001

•BCBG Maxazria

(área: 100 m2)

21

Mapa da Rua CastilhoVC by NicaWeillÓpticas OCRSheAna CalheirosLa PerlaKaren MillenMarellaStivaliGerard DarelMala NostraTHEStefanelVeste CoutureHoss IntropiaMax & CoAnton BeillEdifício Castil Loja das Meias Mim LD LXLanidor & CoFrank ProvostCoccinelleBCBG MaxazriaWickett Jones

R. Alexandre Herculano

R. Mouzinho da Silveira

R. Rosa Araújo

Marquêsde Pombal

Largo do Rato

R. Castilho

Av. da Liberdade

R. Br

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1

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4

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10

22

•Stefanel

2011

•Wickett Jones•Marella

2012

•Lanidor & Co•Frank Provost•Anton Beill

2013

•LD LX•Mala Nostra

2014

•THE

2010

EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoR. CastilhoDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

22

23

O Chiado junta a história e a tradição portuguesa com as novas tendências e conceitos, sendo considerada uma zona trendy, fashion e vibrante. As suas ruas inclinadas e tipicamente lisboetas dão espaço às emblemáticas livrarias e pastelarias, que juntamente com as grandes marcas internacionais são pontos de paragem obrigatória dos milhares de turistas e lisboetas que por ali passam.

No total contabilizámos 43.500 m2 de área ocupada por espaços comerciais. No setor da moda, representado por 46% do comércio no Chiado, grandes cadeias internacionais como a Zara, a Bershka ou a H&M e conceitos premium e de luxo como a Hermès, a Hugo Boss e a Marc Jacobs, partilham o espaço com lojas tradicionais, as quais têm vindo gradualmente a perder peso.

Os projetos nacionais representam 53% do comércio desta zona: novos conceitos como A Vida Portuguesa, a Loja do Burel ou os 5 restaurantes do Chef José Avillez estão presentes numa zona onde a Livraria Bertrand, ou a pastelaria A Brasileira mantêm as suas lojas há mais de 100 anos. São estes novos conceitos e as lojas emblemáticas que proporcionam a experiência diferenciadora que os consumidores buscam cada vez mais.

Chiado

“O Grupo Multifood detentor da marca Vitaminas, acredita na revitalização urbana, na valorização de longo prazo e na qualidade superior dos centros das cidades. Temos um olhar progressista no que toca a reabilitação e desenvolvimento urbano, tendo como objectivo uma agregação de valor de longo prazo em bens e imóveis num ambiente de negócios completo que permita catalisar movimento e alma às nossas cidades.”

Rui Sanches Grupo Multifood – Vitaminas, Honorato, Cais da Pedra, Delidelux, Wok to Walk, Milano, Aprazível, Capri

Cadeias nacionais e internacionais

61%

Novos conceitos/lojas únicas

20%

Comérciotradicional

19%43.500 m2

* Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial.

Restauração

Casa e decoração

Moda e acessórios

46%

24%

13%

Setores

EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

Área Ocupada*

24

Principais aberturas

• Pastelaria A Brasileira

1905

• Luvaria Ulisses

1925

•Gardenia

1990

• Hermès•Benetton

2001

•Bershka

2000

• Armazéns do Chiado

1999

• Zara

1995

•H&M• Izu Chiado

2003

•Diesel

2004

3.200m2

Disponibilidade

Eixo Principal: muito baixaRuas Secundárias: média/baixa

Segmento(moda e acessórios)

Premium18%

2%Luxo

80% Mass Market

Origem

53%

Multi-marcas6%

Nacional 41% Internacional

Target

Mass MarketTrendy

Ticket Médio(estrangeiros)

Premier Tax Free(primeiros 5 meses de 2014)

235

Renda Prime

95 €/ m2/ mês

As principais ruas, como a Rua Garrett, Largo do Chiado e Rua do Carmo são locais de eleição dos retalhistas. Os espaços nestes eixos são tão procurados que muitas vezes são tomados antes mesmo de chegarem ao mercado, pelo que o comércio se tem expandido pelas ruas adjacentes, como a Rua Nova do Almada, a Rua da Misericórdia, a Rua Ivens ou o Largo Rafael Bordalo Pinheiro, onde atualmente se concentram diversos espaços de restauração.

De facto, há cada vez mais restaurantes no Chiado, não só pela sua centralidade como também a proximidade às zonas de animação noturna do Bairro Alto e do Cais do Sodré. A oferta estende-se entre os restaurantes de referência como o Tavares e o Belcanto e os mais hipster como o Kaffeehaus e o Café Royale.

Consumidores

Lojistas

Espaços

Sabia que...?Em 2010, a Bertrand e a respetiva livraria no Chiado ganharam o Guinness World Records para “os mais antigos livreiros em atividade” e “a mais antiga livraria em atividade”, respetivamente.

•Livraria Ferin•Livraria Bertrand•Barbearia Campos•Paris em Lisboa

1800–1900

(área: 100 m2)

25

• Hugo Boss -Hugo Store

•Gardenia

2005

• Hugo Boss -Boss Store

2007

•Kiehl’s

2008

•Marc Jacobs•G-Star Raw

2009

•Muji•Acessorize•Swarovski•Santini•Vitaminas• Eureka

Shoes

2010

•Vintage Bazar•My Lisbon Fashion•Massimo Dutti•Nike•Blanco•Sax Store•Cubanas•Cantinho do Avillez

2011

•Godiva•Salsa•Up! Town•Zara Home•Nespresso•Tous•WESC

•Bairro Arte• Perfumes &

Companhia•Skinlife•A Padaria Portuguesa•Belcanto

2012

•Geox•Havaianas•Prof•Stradivarius•Zilian•Levi’s•Skunkfunk•So Chic

• Aldeia da Bolota

• Arte Assinada

•Arcádia• Chocolataria

Equador•L’Oréal

2013

•Chiado Factory•Pop Traditions•GMS Store•Empatias•The Meating•Mini Bar•Sacolinha•Lisbon Lovers•Mikels

2014

Mapa do ChiadoLeitão & IrmãoVista AlegreSalsaHermèsCasa HavanezaZilianDu Pareil au MêmeHugo BossStradivariusGardeniaTousHavaianasProfBershkaSwarovskiGeoxU.C. of BenettonParis em LisboaLivraria BertrandVitaminasAndré ÓpticasLanidorIntimissimiBlancoImaginariumNikeMassimo DuttiZaraÓptica do SacramentoHugo BossPull & BearNespressoSantiniPerfumes & CompanhiaFoot Locker

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Zara HomeW52MujiAna SalazarLuvaria UlissesJoalharia do CarmoArmazéns do Chiado:

FnacKiko CosmeticSephoraStarbucks

SpringfieldWomen’SecretH&MGMS Store AppleEric KayserLivraria Aillud LellosOculista do CarmoAccessorizeMultiOpticasPepe JeansSkunkfunkOctoberTeresa AlecrimLivraria FerinSax StoreIntukasaEureka ShoesLisbon LoversL’OréalRulysEl GansoSacoor BrothersSandro FerroneWESC

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Inter designHarmour Concept StoreRoofKiehl´sEmpatiasSacolinhaSkinlifeBairro ArteMarc Jacobs66

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GodivaLoja do BurelQuiosque das BonecasCubanasA Vida PortuguesaOrgani CosméticaPop TraditionGardeniaG-Star Raw

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Izu ChiadoSo ChicChiado nº8Levi’sAdolfo DominguezBonpointAldeia da BolotaPadaria PortuguesaDiesel

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Jorge WelshMade InChiado FactoryUp! Town LisboaTM Colection OrganiiJosé Antonio TenenteMikelsGardenia for Man

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Lrg. Luís de Camões

Lrg. da Trindade

Lrg. de S. Carlos

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R. da Trindade

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EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasPríncipe RealChiadoDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

26

27

EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho TendênciasPríncipe RealChiado Baixa

BaixaTradicional, turística, diversificada, majestosa e claro, Pombalina! A Baixa é a zona comercial mais antiga da cidade, onde no passado os vários ofícios se organizavam pelas ruas com o mesmo nome: Correeiros, Douradores, Fanqueiros, Sapateiros são alguns dos exemplos. Caraterizada pelas suas ruas simétricas, a Rua Augusta assume-se como eixo principal. Aqui misturam-se lojas de souvenirs com lojas de moda e acessórios mass market, das quais fazem parte algumas das principais insígnias internacionais como a Zara, H&M ou Pull & Bear, mas onde ainda têm um peso relevante as lojas tradicionais como sapatarias e boutiques portuguesas.

Lisboetas e muitos, muitos estrangeiros serpenteiam entre os vários artistas de rua que já são considerados uma verdadeira atração turística. Sim, turística: a Rua Augusta é uma das ruas com maior tráfego pedonal, sendo passagem obrigatória do crescente número de turistas que visitam a melhor cidade para city breaks. A edição espanhola da revista Condé Nast Traveler selecionou a Rua Augusta como uma das mais belas do mundo entre as “31 ruas a percorrer antes de morrer”, destacando que a famosa rua lisboeta apresenta “o encanto do velho, do novo e da mistura entre ambos numa simbiose inigualável”.

“A abertura, em 2010, da nossa loja na esquina da Rua Augusta com o Rossio foi uma aposta ganha. Mesmo num período complexo da economia do país, a loja revelou desde o início um crescimento constante das suas vendas. A abertura da U.C. Benetton contribuiu, sem dúvida, para a revitalização desta zona, cujo potencial de crescimento comercial e turístico é ainda muito grande.”

Alessandro TuciUnited Colors of Benetton

Cadeias nacionais e internacionais

60%

Novos conceitos/lojas únicas

10%

Comérciotradicional

30% 12.000 m2

* Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial.

Área Ocupada*

Setores

Restauração

Casa e decoração

Moda e acessórios

54%

11%

25%

Destino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

28

Principais aberturas

•Casa Pereira da Conceição

1933

•Sapataria Lord

1942

•Seaside•Calzedonia•Stradivarius

2002

•H&M

2003

• Intimissimi

2004

1.345m2

Disponibilidade

Baixa

Segmento(moda e acessórios)

Premium2%

98% Mass Market

Origem

61%

Multi-marcas2%

Nacional 37% Internacional

Target

Mass MarketTradicional

Ticket Médio(estrangeiros)

Premier Tax Free(primeiros 5 meses de 2014)

235

Renda Prime

55 €/ m2/ mês

Consumidores

Lojistas

Espaços Sabia que...?Outrora o epicentro de todas as atividades e do comércio de Lisboa, a Baixa mantém atualmente em operação lojas centenárias, como a Conserveira de Lisboa e a Chapelaria Azevedo.

De facto, o turismo veio reanimar a zona em termos comerciais e agora, mais do que nunca, assistimos a um verdadeiro corrupio por parte de grandes operadores na procura de um espaço nesta artéria.

Na Rua Augusta contabilizámos um total de 12.000 m2 ocupados por espaços comerciais, dos quais o comércio tradicional tem uma expressão relevante (30%). Ainda assim, são as lojas pertencentes a cadeias nacionais e internacionais que têm um maior peso nesta artéria, representando 60% do total ocupado.

Tal como nas restantes zonas analisadas, a moda e acessórios é o setor dominante. A casa e decoração tem um peso de 10%, que se deve maioritariamente à loja Viva que tem quase 1.000 m2.

E para terminar em beleza... o Terreiro do Paço. Uma das maiores praças do mundo, onde os pisos térreos dos edifícios pertencentes aos ministérios foram recentemente reconvertidos em restaurantes com amplas esplanadas. Museu da Cerveja, Can the Can, o tradicional Martinho da Arcada e a discoteca Lust Lisbon são alguns do exemplos da nova ocupação da Praça do Comércio.

(área: 100 m2)

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10

U.C. BenettonVitaminasFarggiCasa MacárioVitrineSolarisW52AmorinoNunes CorrêaSeasideSapataria LordCamisaria PittaChez ChemiseMade InZaraSapataria LisbonenseBijou BrigitteAle-hopMarionnaud

R. de Santa Justa

R. da Assunção

R. da Vitória

R. da Conceição

R. de S. Nicolau

R. Augusta

R. dos SapateirosR. Áurea

R. da Prata

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Praça do Comércio

Praça D. Pedro V

Praça da

Figueira

Baixa/Chiado

Rossio

Mapa da Baixa

•Ydentik•Amorino•A Padaria Portuguesa

2012

•United Colors of Benetton

2010

•Parfois

2008

•Pull & Bear•Typographia•Vitaminas

2013

•Seaside•Fred Perry

2014

TruzCalzedoniaForevaH&MTypographiaIntimissimiParfoisStradivariusBershkaPull & BearCasa Pereira da ConceiçãoYdentilkAugustusMangoVivaSpringfieldH&MFred PerryA Padaria Portuguesa

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EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho TendênciasPríncipe RealChiado BaixaDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

30

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EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasChiado Príncipe Real

Príncipe RealBoémio, alternativo, autêntico, chic, são os adjetivos que melhor caracterizam o Príncipe Real. Esta zona, cujo comércio tem vindo a emergir ao longo dos últimos 5 anos, está definitivamente no radar. Conceitos inovadores, ateliers de moda, espaços alternativos têm vindo a implementar-se nesta zona e o lema “a união faz a força” está aqui muito presente: conceitos tipicamente de rua juntam-se em palacetes dotados das funcionalidades típicas de uma galeria comercial. A Embaixada focada na manufatura nacional e o Entre Tanto mais enfocado na moda, conveniência e espontaneidade, são bons exemplos onde se juntam no mesmo espaço empreendedores e conceitos diferenciadores.

Com um total de 8.700 m2 de espaços comerciais ocupados, esta zona tem uma elevada representatividade nacional, com mais de 85% dos lojistas com origem lusitana. Os conceitos que a marcam e distinguem pertencem essencialmente ao setor de moda e acessórios, cuja quota é de 42%. Grande parte destas lojas dirigem-se a um segmento premium, caracterizado pelo estilo alternativo e hippie chic que podemos encontrar no público que por aqui passa.

“O Príncipe Real é cosmopolita e, simultaneamente, uma zona onde se respira um ambiente de bairro. Somos suspeitos, com quase 20 prédios investidos aqui, mas achamos esta zona a mais atraente de Lisboa, totalmente transversal em culturas urbanas, estratos etários e níveis socioeconómicos. Estas características refletem-se e originam-se (tudo é causa e efeito...) no comércio de rua onde pode encontrar, como em nenhum outro bairro, inovação e o “trendy-chic” autenticamente português dinamizado por uma nova geração de empreendedores nacionais.”

Catarina LopesEastBanc

Cadeias nacionais e internacionais

10%

Novos conceitos/lojas únicas

55%

Comérciotradicional

35%8.700 m2

* Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial.

Área Ocupada*

Setores

Restauração

Moda e acessórios

42%

26%

Casa e decoração

16%

Destino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

32

Principais aberturas

860m2

Disponibilidade

Média

Segmento(moda e acessórios)

Premium86%

14% Mass Market

Origem

87%

Multi-marcas10%

Nacional 3% Internacional

Target

PremiumAlternativo

Ticket Médio(estrangeiros)

Premier Tax Free(primeiros 5 meses de 2014)

473

Renda Prime

35 €/ m2/ mês

Consumidores

Lojistas

Espaços

Sabia que...?O romântico Jardim do Príncipe Real é palco de diversos mercados e “feirinhas” onde se comercializam desde velharias e artesanato a produtos hortícolas biológicos.

Vários lojistas nos relataram que mais de 80% das suas vendas são realizadas a estrangeiros.

Os produtos para casa e decoração também têm peso nas ruas do Príncipe Real, contando com mais de 10 lojas, das quais 80% são ocupadas pelos antiquários tão característicos desta zona.

Paredes meias com o Bairro Alto, o Príncipe Real é há muitos anos destino de vários restaurantes trendy e destino de um público muito cosmopolita e seguidor das principais tendências. Este movimento mantém-se, continuando a abrir portas diversos restaurantes que dão que falar: o Prego da Peixaria, o The Decadente ou o recente Fluid são o rosto do estilo desta zona tão cool.

•Pavilhão Chinês

1986

•Charcutaria Moy

2005

•Urze/Em nome da Rosa

2004

•B-bazar

2009

•Espaço B•Barbour•D’ici et lá•Lidija Kolovrat•Lost In•Pizza à Pezzi

2010

(área: 100 m 2)

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Espaço - São MamedeAmélie au ThéatreRoyaleEntreTanto indoor marketSlow Retail Concept Store21Pr Concept StoreUrze/Em nome da RosaLisbon LoversNuno GamaDel RioEspaçoBAli-JoCharcutaria MoyBarbourD’ici et LáAmerican VintageLidjia KolovratAlexandra MouraÓptica do Príncipe RealBaazarJasmin NoirPó di TerraLost In; Nau Catrineta & Mini LunaIn-mageObjectismoMuseCasa Praia Botellón

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Jardimdo Príncipe Real

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Mapa do Príncipe Real

•Poison D’Amour•The Decadente•Honorato•Lisbon Lovers

2011

•Entre Tanto• In Image•Nuno Gama•El Tomate•Pub Lisboeta•Jasmin Noir

2014

•21Pr Concept Store•Amélie au Théatre•American Vintage•Royale•Origami

2012

•Bettina & Nicolló•Hamburgueria do Bairro•Alexandra Moura•Sotão•Óptica do Príncipe Real

•Embaixada•Real Slow Retail Concept Store•Ali-Jo

2013

•Nails Meeting•Objectismo•O Prego da Peixaria•Frozz Yoghurt

EuropaPrefácio Turismo Av. Liberdade R. Castilho Baixa TendênciasChiado Príncipe RealDestino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

34

Por força da conjugação de diferentes fatores, os indivíduos estão a mudar a forma como se movimentam e ocupam o território. Seja por motivos relacionados com a maior escassez de dinheiro ou de tempo, pela mudança de estilo de vida ou de relação com o consumo, ou mesmo pelo impacto de crescentes melhorias, em termos de oferta e infra-estruturas, nas diferentes cidades do país, os portugueses estão a redefinir o seu raio de ação e o uso que dão aos diferentes espaços de consumo e de lazer que visitam.

O C-The Consumer Intelligence Lab, projeto que desenvolvemos na Return On Ideas, lançou uma investigação no final de 2013 que pretendeu compreender essas mudanças, dimensioná-las e tentar projetar a sua evolução futura. As ideias agora partilhadas são sustentadas precisamente nesses resultados.

Vivência positiva da proximidade:Redesenho de uma nova “zona de conforto” para o consumo e lazerSão 65% os indivíduos que afirmam estar cada vez mais a procurar concentrar as coisas que fazem no dia-a-dia na proximidade do sítio onde moram/trabalham. Apesar da razão primordial para a redução do raio de ação ser a necessidade de ajustamento económico, é inequívoco que a transferência dos fluxos para a proximidade também tem na base motivações que estão fortemente relacionadas com novos modos de vida. Quando as cidades nos oferecem alternativas, mudam-se os tempos e as vontades, tal como comprova a evolução dos diferentes padrões de relação com o retalho, com os espaços de lazer ao ar livre ou com os centros comerciais observados em Lisboa e noutras cidades do país.

Tendências que estão a ditar mudanças na vivência da cidadePor Clara Cardoso Return On Ideas

Antecipa-se que esteja realmente a ser construída uma nova zona de conforto para o consumo mais confinada à conveniência dos trajectos quotidianos. “Longe” e “perto” ganham nova medida, da mesma forma que o “a caminho” se apresenta com um novo significado, mais relevante.

A afirmação do espaço público:Oportunidade para criar clusters de vivência e bem-estarSe no que toca ao andar mais a pé, uma inversão da situação económica pode significar uma reversão do comportamento, na vivência mais intensa do espaço público que decorre de novos modos de vida (mais desporto ao ar livre, mais convívio em torno de outros interesses…), a conquista é de tal forma reportada como positiva que muito dificilmente o hábito se alterará, mesmo num contexto económico mais favorável.

Na realidade, como no C-Lab temos vindo a defender, há muito que este processo da redescoberta do espaço público deixou de ser parte de um ajustamento necessário. É um novo modo de vida conquistado.

A simbiose entre consumo e espaço público, entre consumo e lazer, é inevitável. A união de esforços em torno da criação de clusters de vivência e de bem-estar (necessariamente multifuncionais) será certamente bem-sucedida. A adesão dos portugueses à experiência oferecida por formatos híbridos como o Ikea, a Fnac, ou, numa outra escala, os centros comerciais e alguns bairros/ruas como o Chiado, não deixa margem para dúvida.

“O regresso à vida e aos negócios de bairro é uma tendência clara nos dias de hoje. As famílias, neste período de menor poder de compra, querem evitar visitar shoppings por serem verdadeiras catedrais de consumo. Nota-se também a procura de enraizamento social, a vizinhança está a voltar a padrões antigos – nas lojas A Padaria Portuguesa, temos várias Mães a deixarem a chave de casa para os filhos.”

Nuno CarvalhoA Padaria Portuguesa

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EuropaPrefácio Turismo Av. da Liberdade R. Castilho Baixa Príncipe RealChiado Tendências

Procura de novos formatos e vivências alternativas: A busca crescente da novidade em termos de formato ou oferta Há espaços de consumo que começam a ganhar relevância na escolha dos portugueses, sobretudo em contexto de lazer. Não só as feiras temáticas e os mercados de rua se multiplicam pela cidade, como há cada vez mais lojas, novas ou remodeladas, que representam uma novidade em termos de espaço, oferta ou experiência. É sobretudo esse fator de novidade e de experiência que mais atrai para o comércio local, o que explica porque não se traduz, por exemplo, num regresso significativo ao comércio tradicional de frescos – talhos, frutarias, peixaria, etc.

Este fenómeno de regresso à rua ainda está muito circunscrito às grandes cidades, e a zonas onde existe maior empenho na revitalização urbana, mas sugere que há uma procura crescente por alternativas aos formatos mais massificados, sobretudo em contexto de lazer e em categorias em que o espaço pode condicionar muito da experiência de consumo, como é o caso da restauração e horeca. A procura de alternativas parece tanto mais expressiva quanto maior a maturidade em relação ao consumo, razão pela qual nos distritos de Lisboa e Porto haja mais indivíduos a manifestar interesse neste novo tipo de oferta.

Exemplos de modernização de formatos como as hamburguerias ou A Padaria Portuguesa, e de viabilização da vivência de jardins e praças, como ocorre com os quiosques e esplanadas que se multiplicam pela cidade de Lisboa, são ganhos inequívocos aos olhos dos consumidores.

O facto do canal online se apresentar, cada vez mais, como uma boa alternativa ao físico, também desafia as lojas a elevar o “ir às compras” a entretenimento, a exploração, a uma experiência sensorial.

Enquanto uma compra online apela fundamentalmente ao sentido da visão, uma feira ou uma loja pode ter cheiro, pode ter toque, pode ter sabor, pode ter música. A possibilidade de oferecer experiência dificilmente terá paralelo no online.

A mudança nos mapas de consumo e lazer dos portugueses, traduzida nos números ao lado, mostra quão relevante é a oportunidade de reinvenção de conceitos de experiência.

Substituição por Formato Mais Próximo

Procura de Formatos Alternativos Exploração do Canal

Online

Supermercado

Hipermercado

Gasolineira29%

28%

27%

Lojas de Frescos27%

Praça/Mercado

Papelaria/Tabacaria22%

18%

24%dos inquiridos vai cada vez mais a lojas/espaços de rua com ofertas alternativas às grandes marcas.

69%dos inquiridos faz compras no canal online.

18%dos inquiridos vai cada vez mais a feiras e mercados de artigos em 2ª mão.

20%dos inquiridos faz compras no canal online frequentamente.

18%dos que mudaram o local onde faziam compras de natal, fizeram compras no comércio de rua/local.

12%dos que mudaram o local onde faziam compras de natal fizeram compras em lojas online.

Fonte: C -The Consumer Intelligence Lab

Destino Lisboa Comércio de Rua em Lisboa

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