LIPPING - Microsoft · 8 anos distante, e vi isso aqui parecia que a cidade tinha sido bombardeada....
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Grupo de Comunicação
CLIPPING 21 de agosto de 2019
PARQUE IBIRAPUERA Inaugurado em 21 de agosto de 1954
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SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Tom político marca solenidade de inauguração do Piscinão de São Bernardo ......................................... 4
S. Bernardo entrega piscinão para combate de enchentes .................................................................. 6
Por que é possível falar do Pinheiros limpo para 2022 ........................................................................ 7
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 8
Emissão de CO2 e consumo de derivados de petróleo é considerada próxima do sustentável em Atibaia .. 8
Cetesb autoriza retomada de obras após aparecimento de água em rodovia de Itapetininga ................. 10
Serviços ambientais em Hortolândia agora podem ser pedidos via internet ......................................... 11
Moradores de SP coletam água preta de chuva em dia que a cidade ficou sob nuvem escura ................ 12
Análises confirmam presença de partículas de queimadas maior do que o normal em água de chuva preta de SP ......................................................................................................................................... 14
Apex-Brasil e UNICA comemoram resultados alcançados por missão empresarial à China ..................... 16
Sabesp, Citig e Sesc Guarulhos passam a integrar o Codemgru ......................................................... 18
CEI do Aeroporto deve sugerir execução de TAC ............................................................................. 18
Rede D’Or São Luiz é eleita empresa do ano no prêmio Valor 1000 .................................................... 19
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 20
Poda de árvores pau-brasil preocupa morador em Santo André ......................................................... 20
PGR recebe representação contra Salles por reduzir fiscalização na Amazônia ..................................... 22
Ministro Ricardo Salles participa do terceiro dia da Semana do Clima em Salvador .............................. 23
VÍDEO: Jovem dá cigarro para chimpanzé fumar em santuário de primatas: 'Fumando com o brother' ... 25
Tartarugas são salvas após ficarem presas no meio do lixo em praia de SP ........................................ 26
Parque Ibirapuera completa 65 anos de olho no futuro ..................................................................... 28
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 29
Painel: Às vésperas do caso Aécio, 23 dos 29 deputados do PSDB condenam ‘rito sumário’ na sigla ...... 29
Congresso derruba MP que facilita privatização da Eletrobras ............................................................ 31
Onda de queimadas já atinge 68 áreas protegidas somente nesta semana ......................................... 32
Salles diz que relacionar céu escuro em SP a queimadas na Amazônia é fake news ............................. 34
Mônica Bergamo: Mãe de sequestrador de Niterói diz que ele estava desaparecido desde o dia anterior . 35
ESTADÃO ................................................................................................................................... 37
Negócio de energia do Pátria atrai dois fundos canadenses ............................................................... 37
Aneel vai monitorar redes sociais para identificar 'influenciadores e detratores' ................................... 38
Novo embaixador da UE no Brasil diz que 'política de confronto' não serve ao acordo Mercosul ............. 39
Bolsonaro levanta suspeita sobre ONGs por queimadas na Amazônia ................................................. 40
Brasil aguarda os US$ 100 bi prometidos por países ricos no Acordo de Paris, diz Salles ...................... 42
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 43
Para empresários, persistência nas reformas é crucial ...................................................................... 43
Para empresários, reforma continua a ser prioritária ........................................................................ 44
Integrar agenda ambiental com emprego é desafio .......................................................................... 46
Críticas de Bolsonaro dificultam ratificação, diz embaixador da UE ..................................................... 47
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Impasse com Paraguai pode levar Itaipu a segurar gasto ................................................................. 49
Atlas investe R$ 1,3 bi e chega a quatro usinas solares no Brasil ....................................................... 51
Presidente da Petrobras defende fim de partilha .............................................................................. 53
Etanol poderá alcançar novo recorde no mix de produção das usinas ................................................. 55
Setor de óleo e gás deve ganhar participação ................................................................................. 57
Carvão vegetal ajuda a reduzir a pegada de carbono ....................................................................... 59
Fabricantes querem reciclar 60% das embalagens até 2031 ............................................................. 61
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ENTREVISTAS Veículo: RD Repórter Diário online
Data: 20/08/2019
Tom político marca solenidade de
inauguração do Piscinão de São Bernardo
Com críticas a seu antecessor Luiz Marinho e
ao PT, o prefeito de São Bernardo, Orlando
Morando (PSDB) entregou nesta terça-feira
(20/08), data em que a cidade completa 466
anos, a maior obra do seu mandato, o Piscinão
do Paço, uma obra iniciada pelo petista em
2013 e que promete resolver o problema de
enchentes na região central com a capacidade
de armazenamento de 220 milhões de litros
de água. A obra custou R$ 353 milhões, sento
R$ 204 milhões do governo federal e R$ 148
milhões do município através de financiamento
com a CAF (Banco de Desenvolvimento da
América Latina.
A inauguração foi o ponto alto das
comemorações do aniversário que começou
com missa, seguida de desfile cívico e
terminou com diversos shows na esplanada do
paço. “Quando eu voltei a prefeitura depois de
8 anos distante, e vi isso aqui parecia que a
cidade tinha sido bombardeada. Era só um
buraco e o começo de um túnel. O outro
prefeito já tinha assinado aditivo para
aumentar o valor da obra. Pegamos uma
cidade profundamente endividada, fizemos
ajuste financeiro, duros cortes de desperdício.
Eu prometi que eu ia terminar tudo que peguei
abandonado e assim estamos seguindo a
diretriz”, discursou Morando antes de
descerrar a placa inaugural da obra, que fica
ao lado de outra onde figuram os nomes dos
mais de mil trabalhadores que atuaram no
piscinão.
Morando lembrou das perdas materiais e de
vidas por conta das enchentes. “Perda de vida
que não tem reparação. Hoje trazemos a
segurança de que não se perderão mais vidas
por enchentes no Centro da cidade e também
a tranquilidade de que não se terá mais
perdas materiais. Tenho a consciência
tranquila porque fiz isso no prazo mais breve
possível. Isso era um sonho do povo de São
Bernardo. Não tem nada mais satisfatório para
um gestor público do que entregar; nossa
meta é entregar. Tenho orgulho de entregar
as maiores e melhores obras de São Bernardo.
Ali do lado tem o museu – Museu do Trabalho
e do Trabalhador, obra não terminada pela
gestão anterior -, mas logo vou tirar ele e lá
vai ser a nossa Fábrica de Cultura”, atacou o
tucano, ao completar que os planos é que o
equipamento cultural seja entregue em
fevereiro. . “Fábrica de cultura vai iniciar em
setembro, assinando convênio com o estado.
Já está pactuado e perspectiva é de abertura
em fevereiro de 2020”.
O presidente da Câmara, Ramon Ramos (PDT)
continuou com o viés político dos discursos e
aproveitou para atacar o PT. “O PT que não
ajuda nem os trabalhadores só ajuda eles.
Teriam que estar envergonhados por tudo
aquilo que fizeram. O museu é exemplo da
corrupção do governo deles”, alfinetou.
Participaram da solenidade o superintendente
da Caixa Fernando Tadeu Passos, o
secretário estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente, Marcos Penido, e o
representante da CAF no Brasil Jaime Holguín.
“A CAF é um banco de desenvolvimento da
América Latina e temos uma parceria muito
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interessante com São Bernardo com o
piscinão, viaduto e outras obras para melhorar
a vida das pessoas. É uma obra que fica
debaixo do solo, mas os benefícios se verão”,
disse Holguín. “Quanto bem material não será
mais perdido na chuva, quantas vidas serão
salvas porque tem esse piscinão. Essa não é
uma obra que enfeita é obra de saúde pública
e de responsabilidade”, acrescentou Penido.
Investimentos
Segundo Morando, a construção e a
capacidade do piscinão levou em consideração
a média de chuvas dos últimos 50 anos. O
prefeito também lembrou do edital do governo
do estado que tornou o terreno na Capital na
divisa com São Bernardo e São Caetano, de
utilidade pública, onde será construído o
Piscinão Jaboticabal, que vai beneficiar as três
cidades e também Diadema e Mauá. O chefe
do Executivo anunciou ainda que no dia 1º de
setembro vai entregar também a obra do
viaduto na Praça dos Bombeiros.
O tucano também disse que as negociações
com os interessados em comprar a fábrica da
Ford, no bairro Taboão, continuam. A
montadora anunciou no início do ano o
encerramento das atividades daquela unidade,
750 trabalhadores já foram dispensados com o
encerramento da produção do Fiesta. “Um dos
players interessados na ford continua muito
bem, o meu otimismo só aumenta, aqui vai
continuar sendo a cidade do trabalho
indiscutivelmente”
Por fim Morando destacou o trabalho da
esposa, a deputada estadual Carla Morando
(PSDB) que, segundo ele garantiu R$ 5
milhões de emendas para a cidade e
conquistou ainda R$ 10 milhões através do
governador João Doria (PSDB) para o novo
hospital e o segundo restaurante Bom Prato.
Piscinão do Paço de São Bernardo: Momento
da entrega oficial da placa da Obra junto com
os trabalhadores. #RDTV com Leandro Amaral
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/271
3767/tom-politico-marca-solenidade-de-
inauguracao-do-piscinao-de-sao-bernardo/
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Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 21/08/2019
S. Bernardo entrega piscinão para
combate de enchentes
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Veículo: Tribuna Liberal – Sumaré
Data: 21/08/2019
Por que é possível falar do Pinheiros
limpo para 2022
http://cloud.boxnet.com.br/y2yk9s36
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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Veículo: O Atibaiense
Data: 20/08/2019
Emissão de CO2 e consumo de derivados
de petróleo é considerada próxima do
sustentável em Atibaia
Relatório aponta que Atibaia não figura entre
maiores consumidores de etanol, gás natural e
eletricidade. Emissão de CO2 está próxima dos
melhores índices.
O Atibaiense - Da redação
No início de agosto, a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA)
divulgou o 'Anuário de Energéticos por
Município do Estado de São Paulo 2019 ano
base 2018'. Atibaia apresentou índices
próximos dos considerados sustentáveis,
dentro da terceira melhor classificação de
emissão de CO2 (são sete classificações) e
com classificação regular de consumo de
energéticos.
O relatório mostra que o consumo de
energéticos total (toe) chegou em Atibaia a
um total de 197.261 toe. Das sete
classificações, Atibaia se enquadraria na
quarta - de 100.001 a 400.000 toe. A melhor
classificação é de até 5000 toe e a pior acima
de 8.000.000.
O município consumiu 42.306 toe em
eletricidade; 3.911 toe em gás natural; 22.779
toe de etanol e 128.265 toe de derivados de
petróleo.
Com relação a emissão de CO2, foram 375,48.
A unidade de medida foi 10³t/ano. O melhor
índice de emissão varia de 0-100. Atibaia está
no terceiro (201-500), em uma tabela de sete
classificações, sendo a pior de 7001-15.000.
Pelo Anuário de Energéticos por Município
2019 - ano base 2018, Atibaia consumiu
144.737.929 kWh em 60.589 unidades
consumidoras residenciais; 101.736.426 kWh
em 6.218 unidades comerciais; 26.819.407
kWh em 2.276 unidades rurais; 188.421.183
kWh em 673 unidades industriais; 13.729.044
kWh em 106 consumidores de iluminação
pública; 4.995.006 kWh em 352 consumidores
do Poder Público; 11.305.280 kWh em 62
unidades de serviço público e 183.357 kWh
em cinco consumidores de consumo próprio. O
total são 70.281 consumidores que
consumiram juntos 491.927.632 kWh.
O consumo de gasolina automotiva em Atibaia
foi de 51.841.387 litros; de gasolina de
aviação, 4.197 litros; de óleo diesel,
93.502.255 litros; de GPL, 14.132.205 quilos;
de etanol, 44.664.508 litros e de asfalto,
476.302 quilos.
No Estado de São Paulo, o relatório mostra
que os paulistas consumiram 29,5% de etanol
hidratado, 1,8% eletricidade e 2,5% de gás a
mais em 2018 do que em relação ao ano
anterior. De acordo com o estudo, foram
consumidos em 2018 9,9 bilhões de litros de
etanol contra 7,6 em 2017, 132 TWh perante
130 TWh de eletricidade e 5,5 bilhões m³
diante de 5,4 bilhões m³ de gás natural.
'Em 2018, tivemos um aumento expressivo no
consumo de etanol veicular e a redução de
5,3% no uso de derivados de petróleo. Essa
substituição refletiu na queda da emissão de
monóxido de carbono na atmosfera', explica
o secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido.
Os maiores consumidores de etanol hidratado
no estado foram São Paulo com 2,2 bilhões
litros, seguido por Campinas 325 milhões,
Ribeirão Preto 265 mi, Guarulhos 223 mi e
Sorocaba 213 mi.
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As principais cidades consumidoras de
eletricidade foram São Paulo com 20,6% do
total (27 TWh), seguido por Alumínio com
3,5% (4,6 TWh), Campinas 2,5% (3,2 TWh),
Guarulhos 2,4% (3,2 TWh) e Santo André com
2,1% (2,8 TWh).
E os municípios que mais consumiram gás
natural em 2018 foram São Paulo (18,7%),
Cubatão (6,8%), Santa Gertrudes (4,9%),
Jacareí (4,6%) e Santo André (4,4%).
'Este documento é um instrumento para que
os gestores municipais também possam
fomentar políticas públicas relacionadas ao
planejamento energético regional, alinhadas
aos conceitos de sustentabilidade, preservação
ambiental e a uma economia voltada ao bem-
estar social', comenta o subsecretário de
Infraestrutura, Glaucio Attorre.
Com base nos valores apurados, no somatório
do consumo de energéticos no Estado de São
Paulo apresentou em 2018 um ligeiro aumento
de 0,06% em relação ao ano anterior, tendo
somente o município de São Paulo contribuído
com 19,1% desse total. Dos demais
municípios, os maiores consumidores
energéticos foram Guarulhos (6,7%),
Campinas (2,8%), Cubatão (1,8%) e Santo
André (1,7%).
O consumo de derivados de petróleo em 2018
no estado teve uma redução de -5,3% em
relação a 2017 (21.394 mil toe ante 22.604
mil toe). E as emissões municipais de CO2
foram de 73 x 106 t/ano apresentando
também uma queda de -5,3%.
O documento apresenta dados de consumo
por energéticos como energia elétrica, gás
natural, etanol e derivados de petróleo, além
das emissões de dióxido de carbono (CO2)
produzidas por cada um deles.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29562419&e=577
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Veículo: G1 Itapetinin ga e região
Data: 20/08/2019
Cetesb autoriza retomada de obras após
aparecimento de água em rodovia de
Itapetininga
Cetesb disse que DER apresentou solução
técnica dentro do prazo estipulado, permitindo
a retomada das obras.
Por G1 Itapetininga e Região
Trecho de obras da rodovia Raposo Tavares
registrou aparecimento de água — Foto:
Reprodução/TV TEM
A Cetesb, Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo, autorizou a retomada
das obras no quilômetro 175 da Rodovia
Raposo Tavares, em Itapetininga (SP).
Os trabalhos no trecho estavam paralisados
desde o início de julho, quando a companhia
notificou o Departamento de Estradas de
Rodagem (DER), para apresentar, em 30 dias,
a solução para o problema de drenagem no
local, por causa do aparecimento de água
registrado durante as obras de melhorias na
rodovia.
Cetesb autoriza retomada de obras em rodovia
de Itapetininga
De acordo com informações da Cetesb, na
segunda-feira (19) o DER apresentou solução
técnica dentro do prazo estipulado, permitindo
a retomada das obras. A Cetesb disse que vai
acompanhar a execução dos trabalho.
O vazamento teria acontecido, segundo o
Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE), porque a empresa
responsável pelas obras fez uma escavação e
atingiu o lençol freático. A empresa foi
orientada a implantar um dreno para escoar a
água.
O DER disse que planeja fazer o escoamento
das águas represadas entre o quilômetro 175
e 176 da rodovia através de canalização e que
o serviço vai ser realizado após liberação do
DAEE.
A TV TEM entrou em contato com o DAEE,
mas não obteve retorno.
Trabalho em trecho de obras da Rodovia
Raposo Tavares foi suspenso devido ao
aparecimento de água — Foto: Reprodução/TV
TEM
https://g1.globo.com/sp/itapetininga-
regiao/noticia/2019/08/20/cetesb-autoriza-
retomada-de-obras-apos-aparecimento-de-
agua-em-rodovia-de-itapetininga.ghtml
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Veículo: Tribuna Liberal – Sumaré
Data: /08/2019
Serviços ambientais em Hortolândia
agora podem ser pedidos via internet
http://cloud.boxnet.com.br/y3tnpmvx
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Veículo: G1 São Paulo
Data: 20/08/2019
Moradores de SP coletam água preta de
chuva em dia que a cidade ficou sob
nuvem escura
De acordo com o Inmet, além da frente fria, a
escuridão desta segunda também foi causada
pela fumaça de queimadas na região
amazônica. Meteorologista diz que fumaça
pode contribuir para alterações na cor da
chuva.
Por Patrícia Figueiredo, G1 SP
Água escura coletada em casa de São Mateus,
na Zona Leste de SP — Foto: Leandro
Matozo/GloboNews
Moradores da capital paulista e da Grande São
Paulo coletaram água da chuva de cor escura
e com cheiro de queimado após nebulosidade
intensa que encobriu a cidade por volta das
15h da segunda-feira (19). Uma análise
preliminar do Instituto de Química da
Universidade de São Paulo (USP) confirma a
presença de uma substância marcadora de
queimada na água da chuva coletada na
capital.
A cor da chuva pode ter sido alterada pela
presença de partículas de fumaça na
atmosfera, segundo a meteorologista Beatriz
Oyama, do Instituto de Energia e Meio
Ambiente (Iema). Marcos Buckeridge, diretor
do Instituto de Biociências da Universidade de
São Paulo (IB-USP), diz que a fuligem
proveniente das queimadas também pode
conter substâncias tóxicas aos seres humanos.
"Se nós tivéssemos recebido a fumaça sobre a
cidade, sem a presença de uma frente fria que
trouxe chuva, isso poderia ter um efeito muito
pior nas pessoas", diz.
O repórter cinematográfico Leandro Matozo,
da GloboNews, coletou a água que parece
conter fuligem em baldes no quintal da casa
onde mora, em São Mateus, na Zona Leste da
capital.
"Minha mãe sempre deixa uns baldes no
quintal para coletar água da chuva. Essa água
é utilizada para atividades como lavar o chão,
dar descarga, regar as plantas e isso gera
uma baita economia nas contas, além de
ajudar o meio ambiente", explica Matozo. "Só
que a chuva de hoje chamou a nossa
atenção."
Nas redes sociais, moradores de outros bairros
das zonas Leste e Sul da cidade também
postaram imagens da água com cor escura
coletada na tarde de segunda. Um morador de
Santo André e outro de Mauá, no ABC
paulista, também registraram a água preta
que coletaram da chuva.
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), responsável pelo controle de
qualidade do ar no estado, disse que não
houve anormalidade de partículas no ar nesta
segunda-feira e que não é possível determinar
se, de fato, choveu fuligem na capital. No
boletim diário da Cetesb as estações
medidoras na região metropolitana de São
Paulo apontam condições boas ou moderadas
durante a tarde da segunda-feira.
Chuva limpa atmosfera
A meteorologista Beatriz Oyama, do Iema,
explica que as nuvens de chuva acumulam o
material particulado que se encontra na
atmosfera. Segundo Oyama, essas partículas
poderiam alterar a cor da água da chuva.
"Se, de fato, ocorreu o transporte de
partículas originadas das queimadas, essas
partículas podem ter contribuído para a água
da chuva ficar mais escura que o normal.
Contudo, são necessárias análises para que
esse transporte seja confirmado", explica.
Além de partículas de fumaça, outros
materiais poluentes também podem alterar a
cor da chuva, como as micropartículas
emitidas pelos escapamentos e freios de
veículos. No entanto, esse tipo de material
particulado nem sempre contribui para a
formação de chuvas.
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Além disso, ela destaca que as medições de
qualidade do ar da Cetesb retratam a
concentração de material particulado na
superfície, onde as pessoas respiram. No alto,
onde as nuvens se formam, a concentração de
partículas pode ser diferente da registrada
pelas estações.
"A chuva é um processo de limpeza da
atmosfera. Como a gente está abaixo da
nuvem, a gente não sabe exatamente qual é a
concentração de partículas lá em cima, onde a
nuvem se forma. No nível de superfície, o ar já
está relativamente limpo por conta da chuva",
explica.
Dia virou noite
De acordo com o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet), além da frente fria, a
escuridão desta segunda também foi causada
pela fumaça de queimadas na região
amazônica.
"O material particulado, oriundo da fumaça
produzida por esses incêndios silvestres de
grande porte que estão acontecendo na
Bolívia, conjugado com o ar frio e úmido que
está no litoral de São Paulo, causou a
escuridão", diz Franco Vilela, meteorologista
do Inmet.
Além disso, a cidade ficou "dentro de uma
nuvem" por causa da atuação de massas com
temperaturas diferentes. “Isso acontece por
conta dessa convergência de massas tão
diferentes. A frente fria da capital, junto com
as temperaturas amenas que vêm do oceano e
do vento quente do interior, provocam essa
turbulência e isso baixou o nível da nuvem,"
diz Helena Balbino, meteorologista do Inmet.
Segundo o Climatempo, a fumaça proveniente
de queimadas na região amazônica, nos
estados do Acre e Rondônia e na Bolívia,
chegou a São Paulo pela ação dos ventos. "A
fumaça não veio de queimadas do estado de
São Paulo, mas de queimadas muito densas e
amplas que estão acontecendo há vários dias
em Rondônia e na Bolívia. A frente fria mudou
a direção dos ventos e transportou essa
fumaça pra São Paulo", diz Josélia Pegorim,
meteorologista do Climatempo.
“Aqui na região da Grande São Paulo a gente
teve a combinação desse excesso de umidade
com a fumaça, então deu essa aparência no
céu", completou.
No final de semana, a direção do vento estava
levando a fumaça para o Sul do Brasil. Com a
chegada da frente fria no Sudeste, a fumaça
começou a ser direcionada para o estado de
São Paulo, segundo o Climatempo.
Os meteorologistas do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), que também
monitora o clima no país, ainda não
verificaram influência das queimadas no
aumento na nebulosidade que tornou o céu da
capital tão escuro.
"O vento até pode trazer essa fumaça de
queimadas, mas teria que ser bem intenso o
incêndio. Geralmente, isso ocorre mais com
fumaça de vulcões", diz Caroline Vidal,
meteorologista do Inpe.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/08/20/moradores-de-sp-
coletam-agua-preta-de-chuva-em-dia-que-a-
cidade-ficou-sob-nuvem-escura.ghtml
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Veículo: G1 São Paulo
Data: 20/08/2019
Análises confirmam presença de partículas de queimadas maior do que o normal em água de chuva preta de
SP
Pesquisadores explicam efeitos da fuligem de
queimadas na cor da chuva em São Paulo.
Inmet afirma que maior parte da fumaça veio
de outros países. Testes mostram quantidade
elevada de substâncias provenientes de
incêndios florestais.
Por G1 SP, GloboNews e TV Globo
Água da chuva caiu preta em São Paulo
Análises técnicas feitas por duas universidades
mostraram que a água da chuva de cor
escura, coletada por moradores de São Paulo
nesta segunda-feira (19) após nebulosidade
forte encobrir a cidade, contém partículas
provenientes de queimadas. Nas redes sociais,
moradores da Grande São Paulo postaram
fotos da água da chuva escura.
O teste feito pelo Instituto de Química da
Universidade de São Paulo (USP) identificou a
presença de reteno, uma substância
proveniente da queima de biomassa e
considerada um marcador de queimadas, na
água da chuva coletada na segunda-feira.
Já o exame realizado pela Universidade
Municipal de São Caetano (USCS) mostrou
que a concentração de material particulado,
ou seja, de fuligem, foi sete vezes maior do
que a registrada na água de uma chuva
normal.
A fumaça das queimadas atingiu as nuvens de
chuva que já estavam sobre a cidade na
segunda-feira. A fuligem, que viaja a uma
altura maior do que o material particulado
proveniente da poluição comum, foi então
absorvida pela nuvem - dando origem à chuva
"preta", segundo Theotonio Pauliquevis, físico
e professor da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp).
"As nuvens de chuva ficam de 1,5 km a 10 km
do solo. Quando a poluição parte do nível de
superfície e vem de carros ou fábricas, ela fica
presa embaixo das nuvens, formando uma
camada visível, mais escura, no horizonte",
explica. "Aí, quando a água cai, ela bate nas
partículas e a enxurrada leva essa poluição
comum."
"Já a nuvem de fumaça viaja a cerca de 3 km
ou 4 km do solo. Ela bate de frente com a
nuvem de chuva, que absorve a fuligem e
forma essa espécie de gosma que dá origem
às nuvens escuras e avermelhadas e também
à chuva 'preta', mais escura que o normal",
diz o pesquisador, que estuda a composição
química da chuva na Amazônia em períodos
de queimadas.
Enquanto os pesquisadores da USP analisaram
a identificação de reteno, que é um marcador
de queimadas, a análise da USCS verificou
quantidade de fuligem 7 vezes mais que o
normal e a presença de sulfetos 10 vezes
superior à média. A substância é proveniente
da queima de combustíveis fósseis e
queimadas.
"Se eu estou com 7 vezes mais do que deveria
ter, eu tenho nessa água substâncias químicas
que podem afetar a saúde. Agora a gente vai
ter que investigar o que que é isso", diz Marta
Marcondes, bióloga e professora da linha de
pesquisa de saúde e meio ambiente da USCS.
Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo (IB-
USP), diz que a fuligem proveniente das
queimadas também pode conter substâncias
tóxicas aos seres humanos. "Se nós
tivéssemos recebido a fumaça sobre a cidade,
sem a presença de uma frente fria que trouxe
chuva, isso poderia ter um efeito muito pior
nas pessoas", diz.
A meteorologista Beatriz Oyama, do Instituto
de Energia e Meio Ambiente (Iema), explica
que as nuvens de chuva podem acumular o
material particulado que se encontra na
atmosfera.
"A chuva é um processo de limpeza da
atmosfera. Como a gente está abaixo da
nuvem, a gente não sabe exatamente qual é a
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concentração de partículas lá em cima, onde a
nuvem se forma. No nível de superfície, o ar já
está relativamente limpo por conta da chuva",
explica Oyama.
O repórter cinematográfico Leandro Matozo,
da GloboNews, coletou a água com fuligem em
baldes no quintal da casa onde mora, em São
Mateus, na Zona Leste da capital. As amostras
recolhidas no local foram utilizadas nos
exames das universidades. Agora, novos
testes devem mostrar para a saúde das
substâncias encontradas.
Água da chuva de cor escura foi coletada em diversos pontos de São Paulo nesta segunda (19). — Foto: Luciana Cantão/TV Globo
Dia virou noite
Na tarde desta segunda-feira (19) a cidade de
São Paulo ficou com o céu encoberto por
nuvens escuras e o "dia virou noite". O
fenômeno está relacionado à chegada de uma
frente fria e também de partículas oriundas da
fumaça produzida em incêndios florestais.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), parte deste material particulado é de
origem local e oriundo da Amazônia brasileira,
mas "outra parte considerável, talvez a
predominante, de queimadas de grandes
proporções, originadas nos últimos dias perto
da tríplice fronteira da Bolívia, Paraguai e
Brasil, próximo da região de Corumbá, em
Mato Grosso do Sul."
A Climatempo confirma a análise do Inmet de
que a fumaça das queimadas atingiu o estado
de São Paulo.
"A fumaça não veio de queimadas do estado
de São Paulo, mas de queimadas muito
densas e amplas que estão acontecendo há
vários dias em Rondônia e na Bolívia. A frente
fria mudou a direção dos ventos e transportou
essa fumaça pra São Paulo", diz Josélia
Pegorim, meteorologista da Climatempo. “Aqui
na região da Grande São Paulo a gente teve a
combinação desse excesso de umidade com a
fumaça, então deu essa aparência no céu."
No final de semana, a direção do vento estava
levando a fumaça para o Sul do Brasil. Com a
chegada da frente fria no Sudeste, a fumaça
começou a ser direcionada para o estado de
São Paulo, segundo a Climatempo.
Os meteorologistas do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), que também
monitora o clima no país, ainda não
verificaram influência das queimadas no
aumento na nebulosidade que tornou o céu da
capital tão escuro.
"O vento até pode trazer essa fumaça de
queimadas, mas teria que ser bem intenso o
incêndio. Geralmente, isso ocorre mais com
fumaça de vulcões", diz Caroline Vidal,
meteorologista do Inpe.
Dia vira noite em São Paulo nesta segunda — Foto: Glauco Araújo/G1
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/08/20/analises-confirmam-presenca-de-particulas-de-queimadas-maior-do-que-o-normal-em-agua-de-chuva-preta-de-sp.ghtml
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: COMEX do Brasil
Data: 20/08/2019
Apex-Brasil e UNICA comemoram
resultados alcançados por missão
empresarial à China
Equipe Comex do Brasil
Brasília - O etanol como solução para melhoria
da qualidade do ar em grandes centros
urbanos e redução das emissões de gases de
efeito estufa. Esse foi o principal tema tratado
por executivos da União da Indústria de Cana-
de-Açúcar (UNICA) durante missão à China,
realizada no início de agosto. A participação da
UNICA faz parte do projeto setorial com a
Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
De volta ao Brasil, o presidente do Conselho
da UNICA, Marcelo Ometto (foto), o diretor-
presidente, Evandro Gussi, e o diretor
executivo da instituição, Eduardo Leão,
destacam que a missão foi bastante produtiva.
Os executivos tiveram reuniões com
representantes da indústria automobilística,
petrolífera e produtora de etanol, além do New
Development Bank (Banco de
Desenvolvimento do BRICS).
'O etanol revolucionou a qualidade do ar nas
cidades brasileiras. Desde o lançamento do
carro flex, em 2003, 535 milhões de toneladas
de CO2eq foram deixadas de ser lançadas na
atmosfera por conta do etanol hidratado e
anidro, adicionado na proporção de 27% à
gasolina. E isso também pode acontecer em
outros países', explica Evandro Gussi.
Durante encontro com os representantes
Associação da Indústria Automobilística da
China (CAAM, na sigla em inglês), a UNICA
compartilhou informações sobre o programa
de etanol brasileiro e os benefícios ambientais
e econômicos advindos da utilização da
mistura de 27% do biocombustível na
gasolina.
Os executivos do setor sucroenergético
também revelaram aos chineses que, para se
chegar a esse nível de mistura, foram
desenvolvidos diversos testes relacionados ao
impacto nos motores dos carros, durabilidade,
consumo, emissões e reflexo nos preços nas
bombas, sem que tenha sido constatado
qualquer tipo de problema associado a esse
nível de mistura.
A China tem atualmente 240 milhões de
veículos e a perspectiva é de que esse volume
dobre nos próximos 20 anos. 'Estamos falando
de quase 500 milhões de automóveis em duas
décadas. E apesar de todos os incentivos aos
carros elétricos na China, eles acreditam que
essa tecnologia não deverá ultrapassar 30%
da frota. Assim, fica claro que o etanol vai ter
que necessariamente fazer parte da equação
no esforço chinês de reduzir poluição local e
emissões de gases de efeito', destacou
Eduardo Leão.
Outra boa oportunidade para o etanol surgiu
de encontro com a PetroChina, maior
companhia chinesa, com um faturamento de
quase US$ 140 bilhões. Durante reunião com
os representantes da UNICA, demonstraram
interesse em conhecer o programa de etanol
brasileiro, cuja experiência poderá oferecer
uma alternativa de diversificação da matriz de
transportes chinesa.
17
Grupo de Comunicação
Eduardo Leão e Evandro Gussi também foram
recebidos pelo vice-presidente do New
Development Bank, Sarquis J. B. Sarquis, que
demonstrou interesse no projeto da UNICA de
internacionalização do etanol como fonte de
combustível limpo e renovável.
SEMINÁRIO
Em fevereiro de 2020, a UNICA e o Governo
Federal irão promover seminário na China com
objetivo de apresentar o programa de etanol
brasileiro e debater temas como o impacto do
etanol na indústria automobilística, questões
ambientais, regulatórias e de abastecimento.
A COFCO, maior produtora chinesa de etanol,
demonstrou bastante interesse em cooperação
para realização do seminário. A ideia é que o
Brasil possa compartilhar a experiência na
produção de etanol e as lições aprendidas nas
últimas quatro décadas.
MISSÃO
As reuniões, organizadas pela UNICA, também
contaram com a participação do Secretário de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, Gustavo Junqueira, e de Patrícia
Iglecias, diretora-presidente da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), que integram a comitiva
liderada pelo governador de São Paulo, João
Doria, para a promoção de negócios entre
Brasil e China.
'Os secretários e representantes do governo
de São Paulo nos apoiaram bastante em
nossas agendas na China. Durante as
reuniões, compartilharam a experiência
exitosa de São Paulo no uso do etanol, estado
com a maior participação relativa do
biocombustível na matriz de transportes do
Brasil', destacou Leão.
PROJETO
A Apex-Brasil e a UNICA iniciaram, em 2008,
uma parceria estratégica para promoção da
imagem dos produtos sucroenergéticos no
exterior, em especial do etanol brasileiro como
uma energia limpa e renovável. As duas
entidades assinaram um convênio que prevê
investimentos compartilhados.
O projeto pretende influenciar o processo de
construção de imagem do etanol e demais
derivados da cana junto aos principais
formadores de opinião mundial, bem como
empresas de trading, potenciais investidores e
importadores, ONGs e consumidores.
(*) Com informações da Apex-Brasil
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29574794&e=577
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Metropolitana
Data: 21/08/2019
Sabesp, Citig e Sesc Guarulhos passam a
integrar o Codemgru
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29632043&e=577
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CEI do Aeroporto deve sugerir execução
de TAC
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29633605&e=577
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo
Data: 21/08/2019
Rede D’Or São Luiz é eleita empresa do ano no prêmio Valor 1000
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29628130&e=577
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Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: RD Repórter Diário online
Data: 20/08/2019
Poda de árvores pau-brasil preocupa
morador em Santo André
Leticia Vasconcelos
Técnico agrícola e morador da Vila Gilda,
Antonio Freire se preocupa com poda irregular
das árvores (Foto: Pedro Diogo)
A poda de árvores pau-brasil realizada na
praça Pompeia, na vila Gilda, em Santo André,
preocupa Antonio Freire, 65, técnico agrícola e
morador do bairro. De acordo com Freire, os
cortes dos galhos da maneira como foram
feitos estão irregulares e podem comprometer
o desenvolvimento dos exemplares da espécie
que enfeitam a praça.
No local, percebe-se que as árvores foram
podadas recentemente. As bifurcações feitas
pelos galhos foram removidas e as feridas nos
troncos ainda não estão totalmente secas.
Outras árvores no local, de diferentes
espécies, também foram podadas e algumas
estão com aparência seca e morta.
Freire, que trabalhou com implantação e
distribuição de mudas de pau-brasil nas
décadas de 1980 e 1990, lamenta o estado
das árvores e reforça que, dessa maneira, o
risco de morte da espécie no local é muito
alto. “O pau-brasil não rebrota. Onde quebrou
seca, não cresce mais e não dá copa. A árvore
perde a função de árvore”, diz.
Freire aponta locais secos na árvore, de onde
não devem nascer novos galhos (Foto: Pedro
Diogo)
O morador afirma também que, em 2018, fez
reclamação sobre esse tipo de poda junto à
Prefeitura, via telefone, mas não obteve
nenhum tipo de resposta. “É uma judiação.
Essa árvore não pode ser cortada, nem
destruída. Faz parte da nossa história e deve
ser preservada cada vez mais”, declara.
A professora e pesquisadora de biologia da
Universidade Municipal de São Caetano
(USCS), Marta Marcondes, afirma que a poda
dos galhos laterais não é a mais indicada. De
acordo com a educadora, o ideal é podar o
galho principal da árvore, chamado de gema
apical, para que os hormônios de crescimento
da planta sejam melhor distribuídos. No caso
de poda lateral, deve-se cortar apenas as
21
Grupo de Comunicação
pontas dos galhos. “Podas radicais são erros
técnicos que causam demora no crescimento
das gemas laterais das plantas”, afirma.
Marta reforça, ainda, a importância do pau-
brasil enquanto símbolo nacional e a
necessidade de preservação das árvores
restantes da espécie. “Temos de pesar a
fragilidade dessa planta, o que representa
para nossa história, e cuidar dela”, completa.
O pau-brasil foi muito explorado no País
durante a colonização portuguesa e, desde
2004, está na lista de espécies ameaçadas de
extinção. Para preservação da árvore,
considerada nacional desde dezembro de 1978
(Lei 6.607), o Ministério do Meio Ambiente
instituiu em setembro de 2012 o Programa
Nacional de Conservação do Pau Brasil.
Por meio de nota, a Prefeitura informa que “as
podas foram realizadas no dia 2 de agosto e,
diferentemente do apontado pelo morador, o
serviço foi realizado corretamente. As cinco
árvores da espécie pau-brasil receberam a
chamada ‘poda de levantamento’, que não
prejudica o desenvolvimento e favorece o
crescimento saudável”. A Prefeitura destaca
que “não é possível determinar a idade das
árvores, pois para isso seria necessária sua
perfuração, o que não compensaria o dano
causado apenas para mensurar sua idade”.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/271
3671/poda-de-arvores-pau-brasil-preocupa-
morador-em-santo-andre/
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Zero Hora
+ 20 veículos
Data: 20/08/2019
PGR recebe representação contra Salles
por reduzir fiscalização na Amazônia
Folhapress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma
representação assinada por 19 entidades
ambientalistas ? associações que representam
mais de uma centena de organizações ? pede
investigação sobre omissões do Ministério do
Meio Ambiente na proteção da Amazônia.
"A própria omissão do ministro no
cumprimento de seu dever de ofício em
propiciar aos órgãos de fiscalização pessoal
adequado e meios para realizar esta tarefa
caracteriza improbidade administrativa",
afirma a representação.
A reportagem teve acesso ao documento
encaminhado na manhã desta terça-feira (20)
a Raquel Dodge, procuradora-geral da
República, a Deborah Duprat, procuradora
federal dos direitos do cidadão e ainda a
Eduardo Nunes de Queiroz, defensor público
nacional de direitos humanos.
"O documento foi encaminhado às instâncias
que já têm obrigação legal de tomar
providências e agora estão sendo provocadas
para fazê-lo", afirma Carlos Bocuhy,
presidente do Proam (Instituto Brasileiro de
Proteção Ambiental) e um dos articuladores da
representação.
"Nosso objetivo é que se restabeleça a
normalidade da fiscalização. O GEF [Grupo
Especializado de Fiscalização do Ibama] não
tem sido acionado", diz Bocuhy.
Apresentando a cronologia dos fatos
publicados pela imprensa, a representação
relaciona o aumento do desmatamento e da
degradação na Amazônia à redução das
operações de fiscalização do Ibama,
denunciando também a vulnerabilidade das
comunidades tradicionais no bioma, com o
exemplo do assassinato do cacique Emyra, da
etnia Wajãpi, no Amapá.
"A eventual ação do Ministro Ricardo Salles em
permitir a utilização indevida da Floresta
Amazônica, seja por madeireiros, por
empresas mineradoras ou por agricultores, por
meio do desmatamento de áreas constitui ato
de improbidade administrativa", diz o
documento.
"Não é uma acusação de improbidade, mas
um pedido de investigação já com
apresentação de evidências", diz Bocuhy.
A representação cita o artigo 225 da
Constituição Federal, que diz "todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado". No seu 4º parágrafo, o artigo
afirma que a floresta amazônica é patrimônio
nacional e sua utilização se fará "dentro de
condições que assegurem a preservação do
meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos
recursos naturais".
Procurado pela reportagem, o ministro Ricardo
Salles negou que haja omissão. "A narrativa
de certos ongueiros profissionais reflete seu
descontentamento com o fim da farra das
verbas e cargos. Seguimos firmes no combate
às atividades ilegais", afirmou.
O ministro acumula contra si processos
movidos por entidades ambientalistas,
servidores públicos e o Ministério Público ?
que, na semana passada, abriu inquérito para
apurar suspeita de enriquecimento ilícito do
ministro.
No fim do ano passado, Salles foi condenado
em primeira instância pela Justiça de São
Paulo por improbidade administrativa por
ações à frente da Secretaria Estadual de Meio
Ambiente em São Paulo. Ao blog, o ministro
havia dito em janeiro que Bolsonaro concorda
com as ações que levaram à sua condenação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=29568683&e=577
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23
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Globo
Data: 21/08/2019
Ministro Ricardo Salles participa do
terceiro dia da Semana do Clima em
Salvador
Em maio, o ministro do Meio Ambiente
anunciou cancelamento do evento e, em
seguida, voltou atrás. Debate reúne
representantes políticos e de organizações que
atuam na conservação do meio ambiente no
mundo.
Por G1 BA
O Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
participará do terceiro dia da Semana Latino-
Americana e Caribenha sobre Mudança do
Clima, realizada em Salvador, a partir das 9h,
desta quarta-feira (21). A programação do dia
terá debates e discussões sobre temas ligados
à redução dos gases de efeito estufa.
O evento também vai contar com a presença
do ex-ministro do Meio Ambiente do Peru e
líder da ONG ambiental "World Wide Fund for
Nature (WWF), Manuel Pulgar Vidal, do
coordenador residente das Nações Unidas Niky
Fabiancic e do diretor sênior de Política e
Programa de Mudanças Climáticas da ONU,
Martin Frick.
Diversas palestras discutirão temáticas da
Cúpula sobre a Ação Climática da ONU.
Durante a manhã, o destaque vai para a mesa
de discussão "Infraestruturas, Cidades e Ação
Local - áreas Urbanas e Assentamentos
Informais".
Após o almoço, às 13h30, serão ministradas
as mesas "Soluções naturais - agricultura e
manejamento de terra" e "Infraestrutura,
cidades e ações globais - transporte". Em
seguida, às 15h, haverá discussão sobre
recursos hidráulicos: "Soluções Baseadas na
Natureza - Ecossistemas Oceânicos e Recursos
Hídricos". Por fim, o evento será finalizado
com a palestra "Trajetória da Academia e da
Juventude", às 16h.
Decisões de Ricardo Salles
Organizado pela Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(UNFCCC), o evento foi alvo de polêmica três
meses antes de sua realização, após o
ministro anunciar o cancelamento da semana
e, em seguida, voltar atrás.
Na época, Ricardo Salles falou que "não fazia
sentido" o Brasil sediar um encontro para
preparar a Conferência do Clima da
Organização das Nações Unidas (Cop 25), que
não vai mais acontecer no Brasil.
Para Salles, sem a Cop 25, manter o encontro
em Salvador seria uma "oportunidade" apenas
para a turma "fazer turismo em Salvador" e
"comer acarajé".
"Vou manter um encontro que vai preparar um
outro, que não vai acontecer mais no Brasil,
por quê? Não faz o menor sentido, vai para o
Chile! Vou fazer uma reunião para a turma ter
oportunidade de fazer turismo em Salvador?
Comer acarajé?", afirmou.
Perguntado quem seria a 'turma", ele disse:
"sei lá, o pessoal de sempre".
Na época, o ministro havia dito que o
cancelamento se daria porque o Brasil já havia
desistido de sediar a Conferência do Clima da
ONU, a COP 25, que ocorrerá em dezembro e
foi transferida para o Chile.
Cinco dias após o anúncio do cancelamento da
Semana do Clima da América Latina e do
Caribe, o Ministério do Meio Ambiente voltou
atrás e anunciou que participaria do evento
em Salvador.
A Semana do Clima começou na segunda-feira
(19). Durante o dia, diversas autoridades e
especialistas ministraram discussões, no
espaço Salvador Hall, na Avenida Paralela, na
capital baiana. Entre eles, o climatologista e
pesquisador brasileiro Carlos Nobre, que
alertou para a responsabilidade dos
governantes com as mudanças climáticas.
A necessidade de investimento em
sustentabilidade com foco no financiamento
climático foi um dos principais temas no
segundo dia de evento. Em uma das palestras,
Bárbara Brakarz, especialista sênior do Clima
e Sustentabilidade da Divisão de Mudanças
Climáticas do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), falou sobre a
importância de investimento e financiamento
de projetos relacionados aos efeitos climáticos
no mundo.
O encontro também contou com as presenças
da diretora de Captação de Recursos de
Salvador, Ana Benvinda Teixeira Lage, da
analista Tatiana Alves, da Global Innovation
Lab for Climate Finance, Climate Policy
24
Grupo de Comunicação
Initiative, do consultor sênior da Sitawi
Finanças do Bem, Guilherme Teixeira, da
secretaria Municipal do Urbanismo e Meio
ambiente de Fortaleza, Águeda Muniz, e de
Luciana Capanema, Diretora do Departamento
de Financiamento de Projetos de Saneamento,
do Ministério do Desenvolvimento.
O evento segue até a próxima sexta-feira
(23), com presença de líderes, formuladores
de políticas, atores regionais e globais, de 26
países, para discutir ações climáticas para a
região.
A programação tem workshops, passeio
ciclístico, palestras sobre o meio ambiente e
mudanças climáticas. Além disso, haverá
apresentação dos cantores e compositores
Gilberto Gil e Carlinhos Brown.
O evento ocorre em meio à discussão sobre o
aumento do desmatamento na floresta
amazônica e aos anúncios de suspensão das
doações da Noruega e da Alemanha ao Fundo
Amazônia. No domingo (18), governadores de
oito estados da região da Amazônia Legal
divulgaram nota na qual lamentam que
posições do governo brasileiro tenham levado
à suspensão dos repasses para a preservação
da Amazônia.
O presidente Jair Bolsonaro havia criticado a
divulgação de dados sobre desmatamento pelo
órgão federal responsável pelo
monitoramento, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe).
Além disso, Bolsonaro disse que o Brasil não
precisa do dinheiro alemão para preservar a
floresta e que o país europeu estaria tentando
comprar a Amazônia. Também disse que a
Noruega "não tem nada a dar exemplo para
nós".
Programação completa
A lista abaixo mostra a programação diária da
Semana do Clima de Salvador, desta terça-
feira até a sexta. Além das atividades listadas,
todos os dias, durante os intervalos para
almoço, serão realizados eventos paralelos,
como os Centros de Ação (Action Hub), que
vão demonstrar atividades importantes
realizadas pela sociedade na área de meio
ambiente, e os “side speakers”, debates sobre
temas de interesse ambiental. Algumas
atividades são fechadas.
Quarta-feira (21)
8h30 - Registro e Exposição
9h - Plenário de abertura
10h - Transição da indústria
10h - Infraestruturas, Cidades e Ação Local
(Áreas Urbanas e Assentamentos Informais)
10h - Relatório de Rendimentos de Caborno
10h - Trajetória da Academia e da Juventude
12h30 - Intervalo de almoço/Eventos
Paralelos/Action Hub/Estandes de
Exposição/Esquina do Conhecimento
13h30 - Soluções Baseadas na Natureza
(Agricultura e Gestão de Terras)
13h30 - Infraestruturas, Cidades e Ação
Global (Transporte)
13h30 - Trajetória da Academia e da
Juventude
16h - Transição Energética
16h - Soluções Baseadas na Natureza
(Ecossistemas Oceânicos e Recursos Hídricos)
16h - Trajetória da Academia e da Juventude
Quinta-feira (22)
8h30 - Registro e Exposição
9h - Segmento Ministerial: Rumo à COP 25 e
Esforços para Alcançar os Objetivos do Acordo
de Paris
10h - Governo do Brasil
11h15 - Implementação da Ação Climática:
Elevando a ambição
12h30 - Intervalo de almoço/Eventos
Paralelos/Action Hub/Estandes de
Exposição/Esquina do Conhecimento
14h30 - Estratégias de Longo Prazo e
Descarbonização
15h45 - Mercados e Precificação do Caborno
17h - Financiamento das NDCs e Títulos
Verdes
19h – Recepção
Sexta-feira (23)
8h30 - Registro e Exposição
09h - Workshop 1: Transformando as CND
(NDC) em planos de investimento
09h - Via da Sociedade Civil
09h30 - Workshop 3: TEM A (Financiamento
de Adaptação)
10h - Painel de Prefeitos
10h30 - Workshop 4: TEM M (Energia e Cadeia
Alimentar)
10h30 - Workshop 2: Transparência
12h30 - Resumo, Conclusões e
Recomendações para a Cúpula dos ODS
13h - Cerimônia de encerramento
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/08/21/ministro-ricardo-salles-participa-do-terceiro-dia-da-semana-do-clima-em-salvador.ghtml
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí
Data: 21/08/2019
VÍDEO: Jovem dá cigarro para chimpanzé
fumar em santuário de primatas:
'Fumando com o brother'
Animal mora no santuário localizado em
Sorocaba (SP). Instituição afirma que houve
invasão e que vai registrar o crime na polícia.
Por Carlos Dias
21/08/2019 05h43 Atualizado há 2 horas
Chimpanzé fuma em Santuário de Primatas
em Sorocaba — Foto: Reprodução
Um vídeo onde um chimpanzé aparece
fumando no Santuário dos Primatas, em
Sorocaba (SP), viralizou na internet.
Nas imagens, um rapaz sem camiseta aparece
conversando com outros jovens enquanto o
chimpanzé está com o cigarro aceso na boca.
O grupo ri da situação.
“Dá uns tragos, brother. Fumando um aqui
com o brother” diz o rapaz.
Na sequência, ele filma o próprio rosto e faz
piada com o chimpanzé. "Ah lá, queimou o
beiço", diz, soltando uma gargalhada.
Ao G1, o santuário afirmou que está apurando
a situação e que o rapaz que aparece nas
imagens não pertence ao quadro de
funcionários.
“O santuário já está tomando todas medidas
legais na esfera criminal e civil para punição
dos responsáveis e reparação do dano
causado à integridade dos animais ali
residentes, uma vez que os autores do crime
coagiram o chimpanzé, que é uma espécie
ameaçada de extinção, a inalar substâncias
tóxicas nocivas ao seu organismo”, disse em
nota.
O complexo fica na zona rural de Sorocaba e é
rodeado por sítios. O santuário acredita que o
rapaz possa ter usado um dos imóveis para
invadir o espaço e e chegar até a área onde
estão os animais.
O G1 tentou contato com a pessoa que
aparece nas imagens, mas não houve retorno.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/08/21/video-jovem-da-
cigarro-para-chimpanze-fumar-em-santuario-
de-primatas-fumando-com-o-brother.ghtml
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Santos e região
Data: 21/08/2019
Tartarugas são salvas após ficarem
presas no meio do lixo em praia de SP
Plástico, lixo orgânico e petrechos de pesca
foram removidos da praia do Costão, em
Peruíbe, no litoral paulista.
Por G1 Santos
Animais foram encontrados presos em meio a
lixo em praia de Peruíbe, SP — Foto:
Reprodução/Ecomov
Equipes de uma ONG que atua nas praias do
litoral paulista recolheram mais de 800 Kg de
lixo, plástico e redes de pesca em uma praia
de Peruíbe. Duas tartarugas verdes (Chelonia
mydas) foram resgatadas, e bolas de natal
transportados em contêineres do navio Log In
Pantanal, que caíram no mar há mais de um
ano, também foram identificadas.
A ação foi feita pela ONG Ecomov, em trabalho
de campo sobre microlixo e impactos
ambientais, no domingo (18), na praia do
Costão. As tartarugas, macho e fêmea,
estavam presas em meio ao lixo. A primeira
delas estava letárgica e fraca, e foi socorrida
por equipes do Instituto Biopesca.
A hipótese é de que o animal tenha ingerido
plástico. A segunda estava saudável e, por
isso, foi solta no mar. Também foi feita a
soltura de um caranguejo conhecido como
Guaiamu (Cardisoma guanhumi). De cor
azulada, ele foi detectado preso em meio ao
lixo.
O material foi encontrado, em sua maioria, em
uma área de dois mil metros quadrados da
praia. Segundo a ONG, ela pode ter sido
formada pelo trabalho de varrição das praias
e, também, pela correnteza do mar que
amontoou o lixo trazido para a praia.
Área conhecida como Costão tinha quase uma
tonelada de lixo, em Peruíbe, SP — Foto:
Reprodução/Ecomov
Também foram achadas oito bolinhas de
enfeite de natal quebradas. Elas foram
identificadas como sendo as que caíram de um
dos contêineres do navio Log In Pantanal, em
2017. Ao todo, foram mais de 600 garrafas
pet, 630 quilos de redes e artigos de pesca, e
220 quilos de lixo doméstico recolhidos.
Ainda de acordo com a ONG, o resultado dos
trabalhos deverão ser apresentados o Grupo
de Atuação Especializada em Meio Ambiente,
Habitação e Urbanismo (Gaema), do Ministério
Público de São Paulo (MPSP). O grupo quer
respostas sobres os métodos de limpeza das
praias e os cuidados obtidos para a
preservação do bioma do local.
27
Grupo de Comunicação
Caranguejo também foi localizado preso em
meio ao lixo em praia de Peruíbe, SP — Foto:
Reprodução/Ecomov
Em nota enviada ao G1, a Prefeitura de
Peruíbe explicou que faz mutirões
rotineiramente na praia do Costão e em
outras, além dos trabalhos de remoção de
resíduos que são realizados diariamente
dentro de técnicas aprovadas e depositados
adequadamente, e que a ação da ONG é
desconhecida dos órgãos municipais, por não
ter explicado como, onde e de que forma
depositou o que diz ter recolhido.
A administração reitera que ressacas
recorrentes lançam nas areias da praia todo o
tipo de material que está no mar, e que a
situação é agravada pelo lixo jogado pela
população em valas e canais que afluem ao rio
Preto, que fica ao lado da praia do Costão,
favorecendo infelizmente o acumulo de
materiais em determinadas ocasiões.
Por fim, a prefeitura destacou as ações de
Educação Ambiental nas escolas com a
finalidade levar aos pais e familiares das
crianças a conscientização sobre cuidados com
o meio ambiente, o que inclui incursões
práticas aos manguezais, feitas com alunos de
escolas municipais, ações desenvolvidas pelas
Secretarias de Meio Ambiente e da Educação.
Tartarugas foram localizadas presas em meio
ao lixo em praia de Peruíbe, SP — Foto:
Reprodução/Ecomov
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/08/21/tartarugas-sao-
salvas-apos-ficarem-presas-no-meio-do-lixo-
em-praia-de-sp.ghtml
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: Metro Jornal
Data: 21/08/2019
Parque Ibirapuera completa 65 anos de
olho no futuro
Por Metro Jornal
Foto:Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress
Há exatos 65 anos, a cidade ganhava aquele
que se tornaria seu mais famoso parque. O
Ibirapuera tem uma programação especial
para celebrar a data (veja abaixo), enquanto
seu futuro é discutido com a elaboração do
Plano Diretor e, depois, com sua gestão
passando à iniciativa privada.
O Plano Diretor está em consulta pública pela
internet até domingo, clicando aqui – e é
possível fazer sugestões. Paralelamente, são
realizados fóruns e audiências públicas.
A última foi na semana passada, na Câmara,
com ainda muitos pontos carentes de
definição, na visão de conselheiros do parque
e até do Ministério Público.
Um dos representantes do Conselho Gestor do
Ibirapuera, Claudio Neslinguer, disse que o
texto ainda não deixa claro o que se pretende
para o futuro, “traçando apenas direções para
a gestão cotidiana”. Para o promotor Carlos
Henrique Prestes Camargo, a minuta teve
avanços, mas falta incluir demandas, como a
retirada da Escola de Jardinagem da
concessão.
A elaboração do Plano Diretor é condição para
que a gestão do parque seja assumida pela
Construcap, que venceu a concessão do
espaço. A empresa tem participado de
reuniões e fóruns.
Os próximos e últimos encontros previstos são
no sábado, uma audiência pública das 10h às
13h, e no dia 27, um fórum temático sobre a
água no parque, das 18h30 às 21h30. Ambos
serão na UMAPaz (avenida Quarto Centenário,
1.268 – portão 7-A). São oportunidades de
opinar sobre o futuro do Ibirapuera. Se puder,
participe!
https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/0
8/21/parque-ibirapuera-65-anos-
programacao.html
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Data: 21/08/2019
29
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Às vésperas do caso Aécio, 23 dos 29
deputados do PSDB condenam ‘rito sumário’
na sigla
Aos inimigos, a lei
Na tentativa de frear a ofensiva da cúpula do
PSDB paulista sobre Aécio Neves (PSDB-MG),
aliados do mineiro prepararam um documento,
assinado por 23 dos 29 integrantes da legenda
na Câmara, contra ritos sumários ou sem lastro
no estatuto. A peça não cita nomes, mas será
entregue ao presidente do partido, Bruno Araújo,
o principal destinatário dos pedidos de
afastamento do deputado. O próprio Aécio assina
o texto. Representação contra ele será analisada
pelo PSDB nesta quarta (21).
Respiro
Segundo pessoas próximas, Aécio espera que a
representação contra ele, patrocinada pelo PSDB
paulistano, seja apreciada com celeridade para,
em seguida, decidir que rumo vai seguir.
Sem cabresto
Há uma cobrança pública de Bruno Covas,
prefeito de SP, e do governador de São Paulo,
João Doria, para que Aécio se afaste do tucanato.
O mineiro tem dito a aliados que, na marra, não
sai.
Cicatriz
A filiação de Alexandre Frota ao PSDB foi vista
por aliados de Geraldo Alckmin como uma nova
desfeita de Doria ao homem que o antecedeu no
estado. Frota ofendeu Alckmin em 2018.
Bloqueado
O candidato a presidente pelo PSOL em 2018,
Guilherme Boulos, soube que palestras suas nos
campi do Instituto Federal de Ensino do Ceará,
quinta (22) e sexta (23), foram canceladas.
Moda que pega
Em comunicado, a direção da entidade disse que
estava suspendendo todas as atividades relativas
à Semana de Direitos Humanos para “evitar que
o evento fosse compreendido como possuidor de
um viés político-partidário”.
Vem pra rua
A direção rechaça em comunicado a acusação de
censura e diz que, na verdade, faltou um debate
prévio sobre a programação. Boulos decidiu
manter suas falas. Vai fazê-las do lado de fora
das unidades de ensino.
Trair e coçar
A preocupação com a eventual reprovação da
indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) à
embaixada nos EUA cresceu depois que aliados
de Jair Bolsonaro apontaram risco de traição
entre senadores que, neste momento, sinalizam
apoiar a escolha do presidente. O voto é secreto.
Trair e coçar 2
Questionado sobre o receio de ter a indicação
negada, Eduardo disse que tem conversado com
senadores e brincou: “Estou estudando para tirar
nota 10”.
Chegou chegando
O novo subsecretário-geral da Receita, José de
Assis Ferraz Neto, disse a colegas que não aceita
trocar o comando do órgão no Rio, como
demanda o presidente Bolsonaro. Prometeu
ainda manter a intenção de investigar
autoridades em processo suspenso pelo STF.
Mire-se
Integrantes da equipe econômica minimizaram o
risco de interferência externa no novo Coaf,
mesmo sem a exigência de composição exclusiva
de quadros do Banco Central. O conselho será
nomeado pelo presidente do BC, assim como o
Data: 21/08/2019
30
Grupo de Comunicação
Copom, argumentam. E não há queixas sobre a
isenção do Copom.
Escrito em pedra
A exigência de que o novo Coaf seja composto
apenas por servidores promete voltar durante
tramitação da MP no Congresso. Alguns políticos
demonstram preferência pela norma.
No papel
Bolsonaro pediu pareceres sobre o projeto de lei
de abuso de autoridade à AGU, à CGU e ao
Ministério da Justiça. O da Controladoria só deve
ser entregue semana que vem. O presidente quer
esperar os documentos para decidir sobre vetos.
Brecha
Parecer da Consultoria Legislativa que disse ser
viável a supressão de trechos inteiros de uma
PEC sem que isso interfira em sua promulgação
animou o PT do Senado. A bancada quer usar
esse instrumento para cortar dispositivos da
reforma da Previdência.
Queda de braço
Caminhoneiros articulam ato para pressionar o
Supremo. Em vídeo, um dos líderes da classe, o
Chorão, prega paralisação no dia 4, quando
haverá julgamento da tabela mínima de frete.
Visita à Folha
Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil,
visitou a Folha nesta terça (20). Estava
acompanhada de Luciana Coen, diretora de
Responsabilidade Social Corporativa e
Comunicação da SAP, e Venicius Gonçalves,
diretor da Imagem Corporativa.
TIROTEIO
O ativismo judicial deve ser duramente
combatido. Esta sentença envergonha o
Judiciário e compromete o Estado de Direito
Do advogado Marco Aurélio de Carvalho, do
grupo prerrogativas, sobre a condenação de
Fernando Haddad na Justiça Eleitoral de São
Paulo
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/21/a
s-vesperas-do-caso-aecio-23-dos-29-integrantes-
do-psdb-condenam-rito-sumario-na-sigla/
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Data: 21/08/2019
31
Grupo de Comunicação
Congresso derruba MP que facilita
privatização da Eletrobras
Deputados rejeitam a admissibilidade da medida
para que ela não seja discutida
Angela Boldrini
BRASÍLIA
O Congresso derrubou a medida provisória que
previa repasses de R$3,5 bilhões à Eletrobras.
O texto, editado pelo presidente Jair Bolsonaro
em abril previa os valores, a serem pagos até
2021, como forma de reembolsar a estatal por
despesas de suas distribuidoras de energia no
passado.
Ele caducaria nesta quarta-feira (21). Os
parlamentares entraram em acordo na reunião
de líderes da Câmara para derrubá-la e destravar
a pauta de votações.
Os deputados articularam rejeitar nesta terça-
feira (20) a admissibilidade da medida e ela não
chegou a ser discutida em seu mérito.
Segundo o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), o
governo já planeja enviar um projeto de lei para
tratar do assunto.
"A medida provisória que estava travando a
pauta cai, porque não há mais tempo", afirmou a
líder da minoria, Jandira Feghali (PC do B-RJ).
Apesar do acordo, partidos como PT, PSB e PRB
iniciaram um movimento de obstrução à votação
da medida provisória. Pouco depois, o centrão
retirou sua obstrução, mas a oposição conseguiu
segurar a deliberação por cerca de quatro horas.
Eles tentavam impedir o avanço para o resto da
pauta do dia, que incluía projetos sobre posse e
porte de armas.
O motivo alegado foi a falta de tempo hábil para
a votação nas duas Casas. O presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) havia dito a
integrantes da equipe econômica que se os
deputados votassem, garantiria a aprovação com
os senadores, o que foi visto como improvável, já
que não havia acordo sobre o texto.
O problema é que, como informou o Painel, a
derrubada da medida pode prejudicar os planos
do governo de privatizar a Eletrobras ainda neste
ano.
Sem os recursos que seriam advindos dela, a
estatal terá que assumir dívidas de subsidiárias,
o que comprometerá seu balanço e poderá afetar
o preço de suas ações.
Os recursos viriam de um fundo setorial mentido
com dinheiro da conta de luz, e poderão ser
complementados por outorgas obtidas por meio
de leilões de ativos.
A MP de Bolsonaro já é uma reedição. Em 2018,
o então presidente Michel Temer editou medida
com o mesmo conteúdo, mas ela caducou em
abril depois de não ser votada pelo Congresso.
As distribuidoras foram privatizadas pela
Eletrobras no fim do ano passado, mas parte das
dívidas delas e também dos créditos que elas
teriam a receber foi assumida pela estatal antes
da venda. A operação tinha o objetivo de tornar
os ativos mais atrativos à iniciativa privada.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08
/congresso-deve-derrubar-mp-que-facilita-
privatizacao-da-eletrobras.shtml
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Data: 21/08/2019
32
Grupo de Comunicação
Onda de queimadas já atinge 68 áreas
protegidas somente nesta semana
Parque Nacional de Ilha Grande (PR) já perdeu
ao menos 32,5 mil hectares de sua cobertura
vegetal; focos aumentam 83% neste ano
Fabiano Maisonnave
Phillippe Watanabe
MANAUS e SÃO PAULO
Com 72.843 focos de incêndio do início de janeiro
até segunda-feira (19), o Brasil já registra um
aumento de 83% em relação ao mesmo período
do ano passado, segundo o Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais) a partir de
imagens de satélite.
Descontrolado, o fogo também avança sobre
áreas protegidas. Somente nesta semana, houve
68 ocorrências dentro de terras indígenas e
unidades de conservação estaduais e federal.
Entre as áreas protegidas mais afetadas neste
ano está o Parque Nacional de Ilha Grande (PR).
Somente até a última quinta-feira (19), o fogo
destruiu 32,5 mil hectares, o equivalente a 206
Parques Ibirapuera, segundo nota do ICMBio
(Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade).
Em Mato Grosso, o Parque Nacional Chapada dos
Guimarães (MT), que perdeu 12% de sua
vegetação, e a Terra Indígena Parque do
Araguaia (TO), localizada na ilha do Bananal,
com 1.127 focos registrados desde o ano
passado.
Incêndio atinge a região centro-norte da unidade
de conservação Parque Nacional da Chapada dos
Guimarães, no Mato Grosso
Incêndio atinge a região centro-norte da unidade
de conservação Parque Nacional da Chapada dos
Guimarães, no Mato Grosso - ICMBio
Várias das áreas protegidas com incêndio nesta
sofrem com invasões e arrendamentos ilegais. É
o caso da Terra Indígena Kadiweu (MS) e da
Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná (RO),
com, respectivamente, 39 e 16 focos de calor
somente desde a segunda-feira (19).
Muitas vezes, o foco de incêndio está associado
ao desmatamento. Nota técnica do Ipam
(Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
desta terça-feira (20) mostra que os dez
municípios amazônicos que mais registraram
focos de incêndios foram também os com
maiores taxas de desmatamento.
Somados, são responsáveis por 37% dos focos
de calor em 2019 e por 43% do desmatamento
registrado até o mês de julho. Os municípios
mais problemáticos são Apuí (AM), Altamira (PA),
Porto Velho (RO) e Caracaraí (RR).
Por outro lado, há casos em que fogo é usado de
forma controlada para limpeza de roça, incluindo
em áreas protegidas com presença humana,
como terras indígenas e reservas extrativistas.
Data: 21/08/2019
33
Grupo de Comunicação
“Todo desmatamento gera uma queimada, mas
nem toda queimada gera um desmatamento”,
afirma Arnaldo Carneiro Filho, pesquisador do
Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia), com sede em Manaus.
A Folha enviou perguntas ao ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, questionando sobre as
razões para o aumento das queimadas, mas não
houve resposta até a conclusão deste texto.
A reportagem também solicitou informações ao
ICMBio sobre a situação das queimadas em
unidades de conservação federais, mas tampouco
houve resposta.
O mês de agosto, até o momento, também está
batendo o recorde dos últimos sete anos, com
32.932 queimadas, um aumento de cerca de
264% em relação ao mesmo período de 2018. O
valor também é cerca de 50% maior do que o
registrado no mesmo mês de 2016, o agosto até
então recordista de queimadas desde 2013.
O estado campeão de focos de incêndio é o Mato
Grosso, com 13.682 ocorrências, praticamente
um quinto dos registros do país, aumento de
87% em relação a 2018. O governador é Mauro
Mendes (DEM), próximo do agronegócio.
Em segundo lugar, aparece o Pará, com 9.487
focos até agora neste ano, explosão de 199% em
relação ao ano passado. O estado é governado
por Helder Barbalho (MDB), que recentemente
sancionou uma nova lei de terras acusada de
incentivar a grilagem e o desmatamento.
Para Carneiro Filho, o aumento não é surpresa
devido ao enfraquecimento da fiscalização
ambiental promovido pelo governo Jair Bolsonaro
(PSL), que acusa o Ibama e o ICMBio de atuarem
de forma ideológica e tem criticado os dados do
Inpe que mostram aumento no desmatamento.
“Nas campanhas corpo a corpo que ele fez em
Rondônia, em Mato Grosso, onde ele teve
votação expressiva no ruralismo de fronteira, ele
sinalizou para a expansão sobre a Amazônia,
sobre territórios indígenas, questionou as
unidades de conservação. Ele criou nesse público
associado ao desmatamento o sinal de ‘vamos
em frente, é a oportunidade’.”
Nesta terça, durante a Fenasucro (Feira
Internacional da Bioenergia), maior evento do
setor no país, Salles afirmou que todas as
equipes de combate na região Norte estão em
operação e que o principal combate ao fogo é
dado pelos governos estaduais e, em caráter
complementar, pelas equipes do Prevfogo
(Centro Nacional de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais).
“Estamos fazendo o máximo de esforço que
podemos. Isso decorre de um tempo muito seco
e há portanto essa maior incidência de
queimadas."
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
8/onda-de-queimadas-ja-atinge-68-areas-
protegidas-somente-nesta-semana.shtml
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Data: 21/08/2019
34
Grupo de Comunicação
Salles diz que relacionar céu escuro em SP a
queimadas na Amazônia é fake news
Ministro também afirma que tempo seco causa
maior incidência de incêndios e destaca esforços
para conter fogo
Marcelo Toledo
RIBEIRÃO PRETO
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
afirmou nesta terça-feira (20) que há muito
sensacionalismo ambiental e comparou a
escuridão que atingiu São Paulo na tarde desta
segunda (19) a fake news.
A afirmação do ministro foi feita em Sertãozinho
(a 333 km de São Paulo), durante a Fenasucro
(Feira Internacional da Bioenergia), maior evento
do setor no país, aberta nesta terça na cidade do
interior paulista.
“Aproveito para comentar a fumaça ou aquela
escuridão que deu ontem na cidade de São Paulo
e que alguns disseram que é a fumaça da
Amazônia que encobriu a cidade. Essa afirmação
parece até um vídeo que vi, um mês atrás, de
um helicóptero do Ibama sendo recebido a tiros
e, depois, meia hora depois, mostrou um menino
que tinha feito uma montagem”, afirmou o
ministro na cerimônia de abertura da feira.
A tarde escura na capital pode ser explicada pela
soma da chegada de uma frente fria no leste do
estado, com nuvens carregadas, e ventos que
trouxeram material particulado originado de
queimadas no Paraguai, na divisa com Mato
Grosso do Sul, segundo Franco Nadal Villela,
meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de
Meteorologia).
Salles afirmou que todas as equipes de combate
na região Norte estão em operação e que o
principal combate é dado pelos governos
estaduais e, em caráter complementar, pelas
equipes do Prevfogo (Centro Nacional de
Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).
“Estamos fazendo o máximo de esforço que
podemos. Isso decorre de um tempo muito seco
e há portanto essa maior incidência de
queimadas.”
Salles citou ainda outro episódio que qualificou
como fake news, o da morte do líder indígena
Emyra Waiãpi, no Amapá.
“Igualmente, o falecimento, o triste falecimento
de uma liderança indígena que alguns órgãos de
imprensa se apressaram em dizer que foram
garimpeiros que invadiram uma reserva e saíram
matando todo mundo, depois descobriu que o
índio tinha bebido uma cachacinha e caiu no rio
afogado. Esse sensacionalismo irresponsável na
área ambiental não contribui para as melhores
práticas e para a defesa efetiva das questões
importantes do nosso país”, afirmou.
O ministro disse ainda que não houve omissões
do Ministério do Meio Ambiente na proteção da
Amazônia, como apontado por uma
representação assinada por 19 entidades
ambientalistas, que representam mais de uma
centena de organizações, e enviada nesta terça a
Raquel Dodge, procuradora-geral da República.
“Não há nenhuma omissão do ministério em
relação a absolutamente nada, muito pelo
contrário. Nós, apesar das dificuldades
orçamentárias, do problema de infraestrutura, de
uma série de limitações que vem administrações
após administrações, estamos colocando
eficiência administrativa para disponibilizar,
nesse exato momento, todas as equipes por
exemplo, do Prevfogo, e os equipamentos estão
lá à disposição dos governos estaduais, as ações
de fiscalização continuaram sendo feitas, todas
as medidas necessárias à preservação
continuaram sendo feitas, portanto não há
omissão nenhuma”, disse.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
8/salles-diz-que-relacionar-ceu-escuro-em-sp-a-
queimadas-na-amazonia-e-fake-news.shtml
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Data: 21/08/2019
35
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Mãe de sequestrador de
Niterói diz que ele estava desaparecido
desde o dia anterior
Segundo ela, Willian Augusto falava em se matar
a todo momento
SÃO PAULO
O jovem Willian Augusto da Silva, 20, que
sequestrou um ônibus com 39 pessoas na ponte
Rio-Niterói na terça (20), estava desaparecido
desde o dia anterior. A mãe dele relatou às
autoridades que a última vez que falou com o
filho foi por WhatsApp.
BOM FILHO
“Eles ficaram sabendo do sequestro pela TV. A
família tem consciência de que era um rapaz
mentalmente transtornado. Era um bom filho,
mas extremamente depressivo”, diz a major
Fabiana Silva, que comanda a Secretaria de
Vitimização do Rio.
MERGULHO
Ela foi incumbida pelo governador Wilson Witzel
de atender os reféns e a família do rapaz, com
quem conversou por algumas horas. “Ele não
tinha amigos. Vivia enfurnado no telefone, na
internet. O primo dele fala [que Willian
navegava] em ‘deep web’. Usava remédios
controlados”, relata ainda a major.
UM JEITO
A mãe de Willian Augusto afirmou que ele falava
em se matar a todo momento. Prometeu à mãe
que não faria isso. Mas disse que arrumaria um
jeito de provocar uma ação em que fosse morto.
TRAVESSIA
E a CCR Barcas, que gere as barcas entre Niterói
e Rio de Janeiro, registrou aumento de 75% no
número de passageiros até as 15h de terça em
comparação à média dos dias úteis. A ponte Rio-
Niterói foi fechada por algumas horas durante o
sequestro do ônibus
COMO ASSIM?
A afirmação do subprocurador Antônio Carlos
Simões Martins Soares, candidato de Flavio
Bolsonaro para comandar a PGR (Procuradoria-
Geral da República), de que os ministros Dias
Toffoli e Luiz Fux o apoiavam causou
perplexidade no STF (Supremo Tribunal Federal).
DE LONGE
Na verdade, os dois, num primeiro momento,
defenderam a recondução de Raquel Dodge ao
cargo. Com o nome dela perdendo fôlego,
passaram a observar a corrida de uma distância
maior —embora ainda sejam ouvidos pelo Palácio
do Planalto.
ATÉ MAIS
Gabriel Chalita, um dos principais quadros do
PDT em SP, está deixando o partido. Ele vai se
dedicar agora a dar aulas na PUC e no Mackenzie
e planeja lançar novos livros.
EM CENAS
A atriz Maria Fernanda Cândido estrela o
documentário “O Incerto Lugar do Desejo”, que
estreou na segunda (19) no Cine Petra Belas
Artes. O jornalista Zeca Camargo, a empresária
Costanza Pascolato, o ator Sérgio Marone, a
jornalista Mônica Waldvogel e o fotógrafo Luciano
Amado estiveram lá.
DEVO...
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
está devendo R$ 669 milhões para a empresa
responsável pelas obras emergenciais do Museu
Nacional, que foi destruído em um incêndio em
2018. O valor corresponde à última parcela da
reforma.
...NÃO NEGO
A universidade confirma a inadimplência e afirma
que o valor ainda não foi quitado porque o MEC
ainda não repassou os recursos previstos
GRANDE AMOR
Angela Ro Ro canta no Bar Brahma no sábado
(24) para celebrar os 40 anos de carreira. No
repertório, os clássicos que fizeram sucesso nos
anos 1980 e 1990. Os ingressos custam de R$
130 a R$ 160
Data: 21/08/2019
36
Grupo de Comunicação
CONTADO
A proposta de Plano Diretor do Parque
Ibirapuera, publicada pela gestão Bruno Covas
neste mês, reforça que eventos como
piqueniques, grupos de ioga, de meditação ou de
contação de histórias devem ser organizados em
locais previamente estabelecidos e com público
máximo de 250 pessoas.
CRONÔMETRO
Segundo o texto, tais eventos “serão realizados
em horários delimitados” e devem ser encerrados
no máximo uma hora antes do fechamento dos
portões.
PRAZO
Abaixo do Plano Diretor, publicado no site da
prefeitura, há espaço para comentários acerca do
texto e sugestões. O período de consulta pública
termina no domingo (25), e a versão final do
documento será publicada em setembro.
BARREIRA
A roteirista Luh Maza, 32, será a primeira trans a
escrever para a TV brasileira. A estreia de um
texto dela ocorre na série “Sessão de Terapia”,
em 30 de agosto. A atração vai ao ar neste ano
na GloboPlay e em 2020 no GNT.
VISITA
A escultura de 1923 “Tocadora de Guitarra”, de
Victor Brecheret, é a obra mais antiga da
exposição Contemporâneo, Sempre – Coleção
Santander Brasil. Além do escultor, a mostra no
Farol Santander vai trazer trabalhos de artistas
como Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Portinari e
Cícero Dias. A abertura será no dia 27.
SINUOSO
O crítico Jean-Claude Bernadet prestigiou a
estreia do longa-metragem “A Serpente”,
protagonizado pelo ator Matheus Nachtergaele e
dirigido por Jura Capela. O também diretor
Cristiano Burlan passou por lá.
CURTO-CIRCUITO
O Mira, antigo Mirante 9 de Julho, promove
shows, exposição e jantar hoje.
O artista Maramgoni lança livro hoje, às 19h, na
Livraria Cultura do shopping Iguatemi.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,
GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/08/mae-de-sequestrador-de-niteroi-
diz-que-ele-estava-desaparecido-desde-o-dia-
anterior.shtml
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Data: 21/08/2019
37
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Negócio de energia do Pátria atrai dois
fundos canadenses
Argo, dona de 1,1 mil km de linhas de
transmissão que cortam três Estados do
Nordeste, é avaliada pelo mercado em R$ 6 bi
Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
Dois fundos de pensão do Canadá estão entre os
investidores que avançaram nas conversas para
a compra da empresa de energia do fundo Pátria,
a Argo. A gestora de investimentos colocou à
venda a companhia, dona de 1,1 mil quilômetros
de linhas de transmissão que cortam os Estados
do Maranhão, Piauí e Ceará, em maio. O negócio
é avaliado em R$ 6 bilhões. O valor também
inclui dívidas.
O Estado apurou que os fundos Canada Pension
Plan Investment Board (CPPIB) e o Caisse de
Dépôt et Placement du Québec (CDPQ)
avançaram nessas conversas. No Brasil, a CPPIB
é sócia da Companhia Energética de São Paulo
(Cesp), em parceria com o grupo Votorantim. Já
a CDPQ fez parte do consórcio que arrematou o
gasoduto TAG, que pertencia à Petrobrás,
liderado pela francesa Engie, por US$ 8,6
bilhões.
Negócios
Fontes familiarizadas com o assunto afirmaram
que uma eventual oferta do CPPIB pelo negócio
não envolveria uma parceria com a Votorantim,
uma vez que os negócios do grupo brasileiro
estão concentrados em geração, e não em
transmissão, principal área de atuação da Argo.
Já o fundo CDPQ poderia formar consórcio com a
Engie para disputar o negócio.
A venda da Argo não vai representar a saída do
Pátria do setor de energia. A gestora é sócia da
CPFL Renováveis, maior empresa de energia
renovável da América Latina, e tem participação
na LAP – Latin America Power, que atua em
energia hídrica e eólica no Chile e no Peru. Além
disso, controla a Tecnogera, de soluções
temporárias de energia.
Procurado, o Pátria informou, por meio de nota,
que não comenta estratégias de investimentos e
desinvestimentos. O CPPIB também não quis se
pronunciar. O CDPQ não retornou os pedidos de
entrevista.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
negocio-de-energia-do-patria-atrai-dois-fundos-
canadenses,70002975913
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Data: 21/08/2019
38
Grupo de Comunicação
Aneel vai monitorar redes sociais para
identificar 'influenciadores e detratores'
O processo de contratação será tocado por uma
equipe interna da agência. A licitação ainda não
aconteceu
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), órgão do governo que fiscaliza o
setor elétrico, decidiu contratar uma empresa
especializada para monitorar as redes sociais. O
processo de contratação será tocado por uma
equipe interna da agência. A licitação ainda não
aconteceu.
Uma das justificativas apontadas pela Aneel para
contratar o serviço quem são as “fontes
influenciadoras e detratoras” da agência. Serão
monitoradas “redes sociais, próprias ou não”,
além de elaborar “estratégias de comunicação
para a atuação da Aneel nessas mídias”.
Uma das justificativas apontadas pela Aneel para
contratar o serviço quem são as 'fontes
influenciadoras e detratoras' da agência Foto:
Estadão
“Com um serviço de monitoramento, será
possível identificar com mais precisão: o perfil do
público e seu comportamento, a repercussão de
cada postagem (atualmente dispomos apenas de
dados quantitativos, e não qualitativos) e a
identificação dos temas que devem ser melhor
trabalhados”, afirma a agência.
O plano da agência é que o serviço seja
contratado e iniciado em dezembro. O
monitoramento será feito diariamente, por meio
de um contrato com faturamento mensal, pelo
período de 12 meses, prorrogável até o limite de
60 meses.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
neel-vai-monitorar-redes-sociais-para-identificar-
influenciadores-e-detratores,70002975782
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Data: 21/08/2019
39
Grupo de Comunicação
Novo embaixador da UE no Brasil diz que
'política de confronto' não serve ao acordo
Mercosul
Ybáñez afirma que a postura de Bolsonaro e do
ministro da Economia, Paulo Guedes, em relação
ao acordo foi bem vista pelo lado europeu em
alguns episódios
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
O novo embaixador da União Europeia no Brasil,
Ignacio Ybáñez, considera que é preciso manter
um ambiente político favorável para garantir a
validação do acordo Mercousl-UE. Para ele, os
congressistas de cada bloco vão analisar não só o
conteúdo do tratado, mas também as relações
entre os países. Como consequência, avalia que
"dificuldades na relação bilateral podem significar
dificuldades na ratificação do acordo".
"É muito importante o ambiente que vamos criar.
E é claro que as declarações de uns e de outros,
da parte brasileira e da parte argentina e da
parte europeia, se vamos fazer uma política de
confronto não estamos realmente servindo ao
acordo. O acordo estabelece uma relação de
proximidade e cooperação entre UE e Mercosul
que seria realmente única em nossa relação",
disse o embaixador em conversa com jornalistas
nesta terça-feira, 20.
Apesar de admitir que o discurso do presidente
Jair Bolsonaro contra algumas autoridades
europeias pode ser ruim para a ratificação do
acordo, Ybáñez afirma que a postura de
Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo
Guedes, em relação ao acordo foi bem vista pelo
lado europeu em alguns episódios.
Um dos aspectos positivos foi o fato de Guedes e
do próprio Bolsonaro terem colocado em dúvida a
permanência do Brasil no Mercosul caso o
eventual sucessor de Mauricio Macri, o
oposicionista Alberto Fernández, vença a eleição
no país vizinho. Na visão do embaixador, isso
mostra que o Brasil valoriza tanto o acordo que
ameaça deixar o bloco caso não seja respeitado
pelos argentinos. Outro ponto destacado por
Ybáñez foi o fato de Bolsonaro ter comemorado
como uma vitória a conclusão do tratado.
Por fim, o embaixador destacou que a UE vê
como positivo o fato do Brasil e dos outros
membros do Mercosul terem acordado que basta
um dos países que compõem o bloco ratificar o
acordo junto ao Parlamento Europeu para que a
parte comercial tenha validade naquele território.
Ignacio Ybáñez tem buscado autoridades
brasileiras para reforçar a importância da
divulgação de pontos positivos do acordo
Mercosul-UE no País. Ele contou que serão feitas
audiências públicas no Congresso Nacional para
discutir o tratado, que terá que passar por
aprovação do Legislativo para ter validade.
"Existe a importância das duas partes fazerem
uma boa explicação do acordo e o que é positivo
para cada lado. Falei com autoridades brasileiras
e elas concordam que é preciso uma atitude
diferente sobre o acordo", disse.
Ele esclareceu que a etapa de revisão jurídica do
acordo só deve ser concluída no início do próximo
ano. Só então o tratado poderá ser encaminhado
para o Parlamento da União Europeia e para os
parlamentos dos membros do Mercosul -
composto por Argentina, Brasil, Uruguai e
Paraguai - para a parte comercial poder ser
ratificada.
Alguns pontos da ratificação ainda não estão
definidos, entre eles é preciso estabelecer se a
parte política do acordo também terá que passar
pela aprovação por todos os países-membro da
União Europeia ou se bastaria a aprovação do
Parlamento Europeu.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,novo-
embaixador-da-ue-no-brasil-diz-que-politica-de-confronto-
nao-serve-ao-acordo-mercosul,70002975775
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Data: 21/08/2019
40
Grupo de Comunicação
Bolsonaro levanta suspeita sobre ONGs por
queimadas na Amazônia
Presidente também acusou alguns governadores
da região de serem 'coniventes' com os incêndios
criminosos
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro considera
que Organizações Não Governamentais (ONGs)
que recebiam recursos do exterior podem estar
por trás do aumento nas queimadas que ocorrem
na floresta amazônica. Segundo ele, a intenção
seria fazer uma "campanha" contra o governo
federal. Bolsonaro também acusou alguns
governadores da região de serem "coniventes"
com os incêndios criminosos.
"O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o
possível para que esse crime não aumente, mas
nós tiramos dinheiro de ONGs. Dos repasses de
fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais.
Acabamos também com o repasse de dinheiro
público. De forma que esse pessoal está sentindo
a falta do dinheiro", disse Bolsonaro. "Pode estar
havendo, não estou afirmando, ação criminosa
desses 'ongueiros' para exatamente chamar a
atenção contra a minha pessoa, contra o governo
do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos",
afirmou o presidente a jornalistas na saída do
Palácio da Alvorada.
Ele disse que entidades de apoio ao meio
ambiente "perderam a boquinha" e levantou a
hipótese de que as mesmas pessoas que têm
registrado imagens das queimadas na Amazônia
para divulgação estariam por trás do incêndio,
alegando que "o fogo foi tocado em lugares
estratégicos na Amazônia toda". "Pelo o que tudo
indica, o pessoal foi para lá filmar e tacaram
fogo. Esse é o meu sentimento."
Questionado se o bloqueio de recursos do Fundo
Amazônia pode prejudicar ações de combate ao
fogo, Bolsonaro afirmou que 40% dos recursos
serviam para "bancar ONGs". "Me aponte uma
árvore plantada com esse recurso que veio de
fora", desafiou. O presidente também disse que é
"ingenuidade" pensar que países como Noruega e
Alemanha enviariam recursos do exterior sem
querer algo em troca. "Não existe amizade entre
países, existe interesse", disse.
Bolsonaro afirmou que é contra os incêndios
criminosos e que fará "o possível" para combater
as queimadas, mas que quer "mostrar a
verdadeira face" do que supostamente estaria
acontecendo através de ONGs. "Temos que
combater o crime, depois vamos ver quem é o
possível responsável pelo crime. Mas, no meu
entender, há interesse dessas ONGs, que
representam interesses de fora do Brasil."
Governadores
Bolsonaro também afirmou que governadores
são "coniventes" com os incêndios na Amazônia.
"Não quero citar nome, que está conivente com o
que está acontecendo e bota a culpa no governo
federal. Tem estados aí, que não quero citar, na
região Norte, que o governador não está
movendo uma palha para ajudar a combater
incêndio. Está gostando disso daí", declarou o
presidente.
Ele sugeriu que os jornalistas buscassem as
assessorias de imprensa dos governadores da
região para perguntar o que está acontecendo e
o que os governos estaduais já fizeram. "Tem
governo estadual que não fez nada, e pode
fazer", disse.
O presidente informou que o governo está
discutindo desde terça-feira, 20, de que forma
pode ajudar a combater os incêndios, citando os
ministérios da Defesa, Meio Ambiente e Justiça.
"A Justiça pode mandar, acredite, 40 homens da
Força Nacional para lá. É uma gota d'água no
Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
meio do oceano. As Forças Armadas, devemos
usar, talvez a partir de amanhã, unidades ali da
região, porque não tem como deslocar daqui para
lá. Vai faltar comida para o Exército a partir de
setembro. É a situação em que nós nos
encontramos."
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,bolsonaro-levanta-suspeita-sobre-ongs-
por-queimadas-na-amazonia,70002976284
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Data: 21/08/2019
42
Grupo de Comunicação
Brasil aguarda os US$ 100 bi prometidos por países ricos no Acordo
de Paris, diz Salles
'Brasil está indo bem nas suas metas, mas a
Europa já disse que não vai cumprir', afirma o
ministro
Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
afirmou nesta terça-feira, 20, que aguarda os
US$ 100 bilhões anuais prometidos por países
desenvolvidos aos em desenvolvimento, dentro
do Acordo de Paris. A fala do ministro ocorre dias
após Alemanha e Noruega suspenderem o apoio
financeiro ao Fundo Amazônia e após o governo
brasileiro ampliar as críticas à Europa sobre as
questões ambientais.
“O Brasil está indo bem nas suas metas (do
Acordo de Paris); mas a Europa já disse que não
vai cumprir”, disse o ministro, na abertura da
27ª Feira Internacional da Bioenergia
(Fenasucro), em Sertãozinho (SP). Assinado em
2015, o acordo climático prevê que países
desenvolvidos, como os Estados Unidos e os da
União Europeia, devem contribuir com US$ 100
bilhões por ano para projetos de adaptação e de
mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Esses projetos seriam empreendidos pelos países
em desenvolvimento.
Indagado se o governo não temia sanções dos
europeus dentro do recém-assinado acordo
comercial entre Mercosul e União Europeia, Salles
disse que foi o atual governo que conseguiu
celebrar negociações entre os dois blocos e se
manteve no Acordo Paris, mesmo com a posição
inicial contrária do presidente Jair Bolsonaro.
O País “aguarda volume de recursos naquele
montante”, disse o ministro. “Precisamos elencar
mecanismos com volume e escalabilidade para
receber esses recursos internacionais, para
projetos que efetivamente contribuam para o
Brasil manter sua biodiversidade. Temos certeza
que estamos no caminho correto”, completou.
Salles comentou também as críticas feitas pelo
ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, em
entrevista ao jornal Valor Econômico, sobre a
postura agressiva do governo atual. “Conversei
com o ministro Maggi. Ele é grande aliado nosso
e a preocupação dele é a mesma nossa: poder
comunicar o que está sendo feito ao mudo.”
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,brasil-aguarda-us-100-bi-prometidos-por-
paises-ricos-no-acordo-de-paris-diz-
salles,70002975868
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Data: 21/08/2019
43
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Para empresários, persistência nas reformas
é crucial
Por De São Paulo
Em uma frase, o resumo das manifestações
sobre a economia brasileira dos representantes
das melhores empresas brasileiras, premiadas
ontem pelo Valor, poderia ser o seguinte: o
governo deve persistir nas reformas, mesmo com
a frustração das previsões de crescimento do
primeiro semestre e com as ameaças de uma
possível recessão global.
Em evento com cerca de 700 convidados, o Valor
lançou a 19ª edição do anuário " Valor 1000",
com o ranking das mil maiores empresas do país,
as 25 melhores em cada setor e a campeã do
ano, a Rede D'Or. O anuário, com 392 páginas,
circula hoje com o jornal e estará à venda em
bancas.
Para os empresários, a persistência nas reformas
é crucial. "Elas poderão trazer estabilidade
para as contas públicas e segurança,
abrindo a possibilidade de novos
investimentos", disse Benedito Braga,
presidente da Sabesp, escolhida a melhor
empresa do setor de Água e Saneamento.
"Estou otimista", disse Flavio Silva, presidente da
Atlas Schindler, vencedora na categoria
Mecânica. Ele acredita que a reforma da
Previdência "já criou as condições para agirmos
em outras frentes, como a reforma tributária."
Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil,
premiada no setor de Papel e Celulose, observou
que, além das reformas, o país precisa investir
na desestatização, por meio de concessões,
privatizações e parcerias público-privadas, para
atrair investimentos em infraestrutura.
Presente ao evento, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi entrevistado perante
a plateia de executivos e reforçou a necessidade
de prosseguir com as reformas. "Há ambiente no
Parlamento, sim, para aprová-las", assegurou.
Segundo ele, a ideia é unificar os dois textos
sobre a reforma tributária que tramitam no
Congresso e aprová-lo, ao menos em uma das
duas Casas, até o fim deste ano.
https://www.valor.com.br/brasil/6399663/para-
empresarios-persistencia-nas-reformas-e-crucial
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Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
Para empresários, reforma continua a ser
prioritária
Por De São Paulo
Os resultados ainda são incipientes, mas as
reformas de Previdência e tributária são
essenciais e devem permanecer como prioridade
na agenda governamental, segundo empresários
que representam as maiores companhias do
Brasil, homenageadas ontem no prêmio "Valor
1000". As incertezas em relação à economia
global e seus reflexos para o Brasil, que não
conseguiu engrenar uma retomada prevista para
este ano, reforçam a importância dessas
mudanças, na visão dos executivos.
As reformas estruturais atualmente em
discussão são um passo importante para o
país voltar a crescer de modo sustentado,
diz Benedito Braga, diretor presidente da
Sabesp. "Elas poderão trazer estabilidade para
as contas públicas e segurança, abrindo a
possibilidade de novos investimentos." Sua
avaliação coincide com a de Flavio Silva,
presidente da Atlas Schindler, que defende o
avanço de reformas que melhorem o ambiente
de negócios como estímulo ao crescimento:
"Estou otimista, pois com a reforma da
Previdência encaminhada acredito que criamos as
condições de contorno necessárias para agirmos
em outras frentes, como a reforma tributária".
Existe, porém, uma questão de ritmo para os
ajustes. A equipe econômica do governo tem
falado das ações que são necessárias, como a
redução dos gastos públicos, a realização das
reformas, a abertura da economia e a redução do
sistema tributário. "As ações que precisam ser
tomadas já são conhecidas, a grande questão é
quando elas serão realizadas. O quanto mais
rápido ocorrer, mais cedo o país voltará a crescer
de forma sustentável, que é o desejo de todos",
afirma Heráclito Brito, presidente da Rede D'Or,
escolhida como Empresa de Valor.
Uma vez que já se trabalha em uma agenda
macroeconômica favorável à retomada, o país
deve encaminhar outras medidas para garantir o
crescimento de modo sustentado, diz Fernando
Musa, presidente da Braskem. "É preciso agora
um esforço para endereçar a reforma tributária e
outras reformas importantes para termos um
maior dinamismo na economia e destravar
investimentos em infraestrutura que são cruciais
para viabilizar esta nova fase de crescimento",
diz.
Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil,
defende também a ampliação da pauta: "Investir
em medidas como desestatização, por meio de
concessões, privatizações e parcerias público-
privadas, para estimular a economia e atrair
investimentos em infraestrutura de áreas como
transporte hidroviário, energia e saneamento".
Ele também enfatiza a importância da
simplificação tributária e da modernização da
legislação, para promover segurança jurídica e
diminuir custos e burocracia.
O investimento em infraestrutura é central para a
retomada, avalia Eduardo Augusto Ayroza Galvão
Ribeiro, presidente da CBMM. "A infraestrutura
gera emprego e é o que o Brasil está precisando.
Dentro de infraestrutura, temos o setor de
saneamento, que é fundamental para a saúde.
Depois disso, fica faltando só educação."
Pensando no longo prazo, investimentos em
educação devem ser prioridade, afirma Lucinaldo
Jerônimo Ângelo, diretor geral da Baterias Moura.
"A reforma da Previdência já foi aprovada, acho
que vai ser bom para o país, e temos a reforma
fiscal também, que pode ser boa. Mas importante
mesmo é a reforma da educação."
Os executivos consideram fundamental ter um
quadro claro e estável para a retomada dos
investimentos. Especialmente nas áreas ligadas à
infraestrutura. "Em um setor regulado, como o
Data: 21/08/2019
45
Grupo de Comunicação
de transmissão de energia elétrica, quaisquer
reformas que possam gerar mais estabilidade e
previsibilidade são importantes. Tudo o que o
governo empreender nesse sentido pode
contribuir para o crescimento sustentado", diz
César Ramirez, presidente interino da ISA Cteep.
O presidente da Copersucar, uma das maiores
comercializadoras de açúcar e etanol do mundo,
João Roberto Teixeira, avalia que "a
sustentabilidade do equilíbrio das contas
públicas" é um dos fatores que deve levar o
Brasil a crescer de forma sustentada. Ele defende
também que o segundo fator de crescimento e de
geração de empregos deve ser um "amplo
programa de concessões nos setores de
infraestrutura".
Stephane Dezaunay, presidente da PGS do Brasil,
afirma que, no setor de óleo e gás, "o Brasil
precisa manter a previsibilidade no negócio:
estabilidade na questão tributária, manter os
calendários de rodadas do ANP que prevê
previsibilidade de até três anos. Assim as
empresas podem montar plano de negócio no
futuro com estabilidade".
Além das reformas estruturais, o Brasil precisa
ampliar a oferta de crédito e retomar a geração
de emprego, afirma Ricardo Cons, presidente da
Electrolux. "No nosso setor, a retomada de oferta
de crédito é essencial." Para ele, a recuperação
do mercado de construção civil também é
fundamental. "Não só pela questão do déficit
habitacional, mas pensando em oferta de
emprego. O importante para o otimismo é a
retomada de emprego."
Embora em um ritmo mais lento que o desejado,
é possível identificar avanços na economia.
Eduardo Parente, presidente da Yduqs, antiga
Estácio Participações, vê passos relevantes dados
nos últimos anos para viabilizar uma trajetória de
crescimento sustentado. "Esse é um processo
que não traz resultados imediatos", ressalta o
executivo. "O cenário com inflação baixa e juros
em queda dá confiança numa retomada."
Colaboraram: Beth Koike, Camila Maia, Camila
Souza Ramos, Chiara Quintão, Juliana
Schincariol, Rodrigo Carro, Sergio Ruck Bueno,
Stella Fontes, Tais Mayumi Alves Hirata
https://www.valor.com.br/brasil/6399635/para-
empresarios-reforma-continua-ser-prioritaria
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Data: 21/08/2019
46
Grupo de Comunicação
Integrar agenda ambiental com emprego é
desafio
Por Daniela Chiaretti | De Salvador
"O mundo do trabalho não faz parte desta
agenda. O primeiro desafio é justamente este,
incluí-lo na agenda da mudança climática." A
frase de Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta para
um contexto global em que as pautas ambientais
e sindicais historicamente não convergiam. O
quadro, contudo, parece estar mudando.
Na Alemanha as políticas climáticas já são um
importante "fator econômico", disse ontem Lutz
Morgenstern, primeiro-secretário para assuntos
ambientais da Embaixada da Alemanha no Brasil,
na Semana do Clima da América Latina e Caribe,
em Salvador.
"Um em cada 30 empregados deve seu trabalho
a elas", continuou, em evento promovido pelo
Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pela
embaixada alemã.
Cerca de 1 milhão de pessoas trabalham na
prestação de serviços da proteção ambiental e na
reestruturação energética dos edifícios. Quase
300 mil empregados atuam em energias
renováveis, e 85 mil pessoas, na produção de
bens utilizados no combate à mudança do clima.
O número de patentes de artigos relacionados ao
desafio da mudança climática cresce duas vezes
mais rápido que o das demais.
O grande debate alemão dos últimos anos foi
como realocar os mineiros do setor de carvão
após o país tomar a decisão de limpar sua matriz
energética e reduzir a zero o consumo de carvão.
Tilman Christian, chefe da divisão de
planejamento ambiental da cidade alemã de
Bottrop relatou como a cidade vem reinventando
sua economia. Às margens do Reno, Bottrop tem
117 mil habitantes e tinha forte dependência ao
carvão. A última mina foi fechada em dezembro.
"Mas este processo começou há 20 anos.
Tivemos tempo para nos planejar."
Bottrop tem 47 mil empregados e taxa de
desemprego de 7%. O esforço tem sido em criar
postos de trabalho investindo na reestruturação
de moradias ambientalmente saudáveis e na
mobilidade elétrica.
Na mudança de perfil econômico de Bottrop,
muitas empresas ajudaram, como Bosch e
Siemens. O maior investimento na
reestruturação da cidade vem do setor privado.
"A transição justa é absolutamente fundamental.
É preciso olhar com atenção para os setores que
vão perder empregos", disse Ana Toni, diretora-
executiva do iCS. No caso brasileiro, continuou,
"o setor do petróleo, do gás e do carvão vão
perder. Mas, em comparação com países
completamente dependentes de carvão, talvez
aqui a transição possa ser mais amena." "Temos
que ter bioeconomia criando empregos cada vez
mais qualificados. Não se pode ir contra a
história", seguiu. "
A jornalista viajou a Salvador a convite do
Instituto Clima e Sociedade (iCS)
https://www.valor.com.br/brasil/6399621/integr
ar-agenda-ambiental-com-emprego-e-desafio
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Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
Críticas de Bolsonaro dificultam ratificação,
diz embaixador da UE
Por Fabio Murakawa | De Brasília
O novo embaixador da União Europeia no Brasil,
Ignacio Ybáñez, disse ontem que as declarações
do presidente Jair Bolsonaro contra líderes como
a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente
francês Emmanuel Macron "não são positivas" e
podem impor dificuldades para os parlamentos
europeus para ratificarem o acordo Mercosul-
União Europeia. Segundo ele, "se vamos fazer
uma política de confronto não estamos realmente
servindo ao acordo".
Ele ponderou, no entanto, que o bloco trabalha
"mais com fatos do que com declarações".
Bolsonaro vem há semanas criticando os
governantes de Alemanha e França por supostas
pressões que vem recebendo na área ambiental.
O tom das críticas, sobretudo a Merkel,
aumentou depois que a Alemanha e a Noruega,
decidiram cortar doações que somam cerca R$
290 milhões anuais para projetos de preservação
da Amazônia depois que dados apontaram alta
no desmatamento e por conta da política
ambiental do governo Bolsonaro.
"A Noruega não é aquela que mata baleia lá em
cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo
também lá? Não tem nada a oferecer para nós.
Pega a grana e ajuda a Angela Merkel a
reflorestar a Alemanha", disse o presidente
brasileiro na semana passada, após a Noruega
ter anunciado o congelamento de R$ 134 milhões
em repasses para o Fundo Amazônia.
O fundo, gerido pelo BNDES, agrega doações de
países destinadas à preservação ambiental.
Ybáñez, que recebeu jornalistas ontem em sua
residência oficial em Brasília, está há menos de
um mês no Brasil e ainda não apresentou suas
credenciais a Bolsonaro.
Ele afirmou que a UE ainda não definiu se
bastará a aprovação do Parlamento Europeu para
que o acordo seja ratificado ou se o acordo terá
que passar pelo crivo dos parlamentos de cada
um dos 28 países do bloco - ou 27, quando o
Reino Unido de fato sair.
Porém, disse, "é claro que qualquer coisa que
você introduz como uma dificuldade na relação
entre a UE e os países do Mercosul vai ser uma
dificuldade para ratificação".
"É muito importante o ambiente que vamos criar.
E é claro que as declarações de uns e de outros,
da parte brasileira e da parte argentina e da
parte europeia, se vamos fazer uma política de
confronto não estamos realmente servindo ao
acordo", afirmou. "O acordo estabelece uma
relação de proximidade e cooperação entre UE e
Mercosul que seria realmente única em nossa
relação."
O embaixador disse que os indícios até o
momento são de que "o Brasil está satisfeito com
a relação com a União Europeia". "Nós, como
todos os países, vamos trabalhar com as
declarações, mas muito mais com os fatos",
afirmou.
Ele citou como exemplo o fato de o presidente
brasileiro sempre ter dito que priorizaria a
relação com os EUA, mas "o primeiro resultado
concreto que você encontra na realidade do
governo Bolsonaro é o acordo UE-Mercosul".
"É claro que há umas declarações, e vocês
[jornalistas] falaram delas, da chanceler alemã,
Data: 21/08/2019
48
Grupo de Comunicação
do presidente francês que não são positivas, eu
não posso dizer que é uma boa", disse. "Para nós
não é bom que qualquer político vai falar dos
responsáveis das instituições dos membros da
UE. Mas realmente na realidade, na parte das
negociações, a atitude do governo Bolsonaro nós
não temos mais do que reconhecimento."
https://www.valor.com.br/brasil/6399641/critica
s-de-bolsonaro-dificultam-ratificacao-diz-
embaixador-da-ue
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Data: 21/08/2019
49
Grupo de Comunicação
Impasse com Paraguai pode levar Itaipu a
segurar gasto
Por Rodrigo Polito | De Foz do Iguaçu
O impasse entre a Eletrobras e a paraguaia
Administración Nacional de Electricidad (Ande)
relativo ao contrato de energia da hidrelétrica de
Itaipu pode afetar a saúde financeira da usina, se
não for equacionado até o fim do ano. O diretor-
geral da parte brasileira da Itaipu Binacional,
Joaquim Silva e Luna, porém, demonstra
otimismo e acredita em uma solução para o caso
no curto prazo, sem precisar datas.
"[O impasse hoje] não chega a afetar [a saúde
financeira]. Logicamente, se isso prosperar até o
fim do ano, vai afetar. Seria como se houvesse
um contingenciamento no recurso que está
previsto no Orçamento", disse ontem o
executivo, em entrevista coletiva. "Quanto mais
cedo for resolvido esse problema de contratação,
nós teremos saneada a nossa parte. Mas não
deixamos de honrar nenhum de nossos
compromissos, com relação a royalties, contratos
e convênios."
Eletrobras e Ande negociam novos volumes de
contratação de energia de Itaipu. A ideia é que
cada parte informe adequadamente o volume de
energia que pretende utilizar da usina por ano. O
Valor apurou que, hoje, sem um contrato em
vigor, a Ande declara uma necessidade de
energia inferior à necessária e completa sua
demanda com a produção excedente da
hidrelétrica, cujo custo é mais baixo.
Enquanto as partes não chegam a um acordo,
Eletrobras e Ande pagam à Itaipu o valor que
julgam ser adequado ao volume de energia que
entendem necessitar da hidrelétrica. Com isso,
existe um volume de energia controverso
referente à usina e que não está sendo faturado.
A companhia evita falar em números, mas
estima-se que, do cerca de US$ 1,5 bilhão de
faturamento da empresa no primeiro semestre,
US$ 50 milhões deixaram de ser pagos devido à
controvérsia. Calcula-se que essa fatia em aberto
poderá alcançar US$ 130 milhões até o fim do
ano.
As partes, porém, já retomaram as negociações.
"Aguardamos a decisão e tenho certeza, pelo
vínculo que existe entre Brasil e Paraguai, que
eles celebrarão [o contrato] no curto prazo. Os
entendimentos já foram iniciados. E no curto
prazo teremos uma solução", disse Silva e Luna.
O Valor apurou que a proposta da Eletrobras
prevê basicamente três pontos: o pagamento
pela Ande de quatro parcelas anuais referente a
energia que consumiu acima do montante
contratado previamente, a inclusão de um gatilho
que faça com que a Ande pague um valor a mais
sempre ultrapassar determinado patamar da
demanda declarada previamente e o
ressarcimento à Eletrobras caso a Ande consuma
parte da energia contratada pela estatal
brasileira.
"A nossa ação é aguardar que as partes
responsáveis façam isso. Se precisarem de
qualquer tipo de informação de natureza técnica,
vão nos consultar", afirmou Silva e Luna. "Nossa
missão é produzir o máximo de energia. Quanto
mais energia nós produzirmos, mais ganho terão
os dois países. Como eles vão fazer para
contratar isso aí, eles vão ter que sentar e tomar
uma decisão."
Segundo ele, a troca de comando em cargos
importantes da administração paraguaia, após o
impasse criado em relação a uma ata assinada
em maio na tentativa de firmar um contrato que
acabou não se concretizando, não afetou a
produtividade da hidrelétrica. A usina fechou o
primeiro semestre com produção de 50 milhões
Data: 21/08/2019
50
Grupo de Comunicação
de megawatts-hora (MWh), volume equivalente a
dois terços do total que a usina precisa entregar
anualmente (75 milhões de MWh) e está
proporcionalmente próximo do recorde registrado
em 2006, de 103,1 milhões de MWh.
O diretor disse não acreditar que o atual impasse
afete de alguma maneira as negociações
relativas ao Anexo C do Tratado de Itaipu. O
documento, que trata das bases financeiras e de
prestação dos serviços de eletricidade de Itaipu,
vence em 2023.
"A nossa percepção é que, qualquer que seja a
decisão tomada para o Anexo C, em 2023, será
um 'ganha-ganha'. A forma de fazer isso será
encaminhada." Ele acrescentou que a negociação
deverá ser feita com transparência. "A sociedade
quer participar disso".
Até 2023, Itaipu espera ter amortizado
integralmente a dívida relativa à construção da
usina. Para este ano, a empresa prevê pagar US$
2,1 bilhões, do saldo devedor atual de US$ 5,8
bilhões. O principal credor é a Eletrobras.
Com relação aos planos do governo brasileiro de
capitalização e privatização da Eletrobras, Silva e
Luna disse que qualquer alternativa que seja
proposta e apresentada ao Congresso deverá
preservar a natureza de Itaipu. "Isso não vai
modificar o espírito e a natureza de Itaipu."
Como Itaipu é constituída por um tratado firmado
entre Brasil e Paraguai, a empresa não poderá
ter como parte contratante a Eletrobras, se a
elétrica for privatizada. Outra empresa que não
poderá fazer parte da Eletrobras privatizada é a
Eletronuclear, dona de usinas nucleares. A
tendência é que as duas empresas sejam
segregadas da Eletrobras no processo de
privatização.
Sobre os seis meses à frente da segunda maior
hidrelétrica do mundo em capacidade instalada,
com 14 mil megawatts (MW), atrás apenas da
chinesa Três Gargantas (22 mil MW), Silva e
Luna destacou que sua gestão é caracterizada
pela austeridade e pela eficiência. O executivo,
por exemplo, determinou o enxugamento do
escritório de Curitiba e a transferência de 120
funcionários da capital paranaense para Foz do
Iguaçu. A companhia espera economizar R$ 7
milhões, nos próximos quatro anos, com os
cortes no pagamento de aluguel e a manutenção
do prédio locado.
O repórter viajou a convite de Itaipu Binacional
https://www.valor.com.br/brasil/6399639/impas
se-com-paraguai-pode-levar-itaipu-segurar-gasto
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Data: 21/08/2019
51
Grupo de Comunicação
Atlas investe R$ 1,3 bi e chega a quatro
usinas solares no Brasil
Por Rodrigo Polito | Do Rio
A Atlas Renewable Energy, empresa que conta
com US$ 600 milhões de um fundo criado pela
gestora britânica Actis para investimentos em
geração de energia renovável, prevê chegar ao
fim deste ano com quatro usinas solares em
operação no Brasil, totalizando uma capacidade
de 421 megawatts-pico (MWp, unidade de
potência de projetos do tipo) e investimentos de
R$ 1,3 bilhão. Desse total, R$ 600 milhões foram
financiados pelo Banco do Nordeste do Brasil
(BNB). Criada em 2017, a companhia tem como
meta alcançar 1,5 gigawatts (GW) de potência
nos próximos anos na América Latina,
principalmente no Brasil.
"O Brasil é o maior mercado da América Latina.
Mas temos outros, como o Chile, que está muito
desenvolvido. Nosso trabalho como Atlas é
sempre trazer para nosso portfólio aquelas
oportunidades que sejam mais interessantes,
independentemente do mercado em que
estejam", disse o gerente-geral da Atlas no
Brasil, Luis Pita, ao Valor.
A companhia concluiu, neste ano, a construção
de seu maior parque solar em operação no Brasil,
localizado em Juazeiro, na Bahia. Com
investimentos de R$ 650 milhões, a Central
Fotovoltaica Juazeiro Solar tem 156 MWp e vai
produzir energia suficiente para atender a 207,6
mil famílias, ou cerca de 1 milhão de pessoas.
Segundo Pita, o empreendimento também é o
primeiro do tipo na América Latina a utilizar uma
subestação totalmente digital. A instalação ocupa
um espaço 90% menor que uma subestação
convencional. "Ela diminui de forma muito
considerável a intervenção humana, portanto
diminui o risco", disse. Além disso, observou, o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem
acesso mais dinâmico às informações e ao
controle da usina, contribuindo para a
estabilidade do sistema elétrico brasileiro.
Até o fim deste ano, a empresa vai colocar em
operação seu quarto parque de geração solar no
Brasil. A unidade, de 117 MWp, ficará no
município de Barreiras, no interior da Bahia. O
investimento direto estimado no projeto é de R$
200 milhões, além de outros R$ 200 milhões
financiados pelo BNB.
Além dos projetos em Juazeiro e Barreiras, a
Atlas tem no Brasil os parques São Pedro,
também na Bahia, com capacidade de 67,1 MWp,
e Sol do Futuro, no Ceará, com capacidade de 81
MWp.
Para disputar investimentos da Atlas com outros
países da América Latina, o Brasil tem como
atrativos os leilões de contratação de energia
nova no mercado regulado, por meio dos quais
foram viabilizados os projetos da empresa no
país, e a possibilidade de firmar contratos de
compra e venda, no longo prazo, com grandes
consumidores no mercado livre.
O principal executivo da Atlas no Brasil contou
que a empresa estuda participar do próximo
leilão de energia nova, em outubro, que
negociará contratos de empreendimentos para o
início de suprimento em seis anos (2025). Mas a
companhia também busca contratos no mercado
livre.
"Nós temos conversas muito avançadas com
diferentes 'players' na indústria, de forma que
esperamos, daqui a pouco, poder anunciar
nossos planos de expansão concretos já com
números que possam ser compartilhados",
afirmou Pita. "Estamos de olho nessa
oportunidade que o mercado pode apresentar."
Data: 21/08/2019
52
Grupo de Comunicação
Questionado sobre a possibilidade de aquisições
de ativos e empresas no mercado de energia
renovável no Brasil, o executivo afirmou que a
companhia pode avaliar oportunidades de
negócio. "Se for interessante para os acionistas e
para o desenvolvimento do setor no Brasil,
podemos ver qualquer oportunidade que
tivermos na frente e que entre no nosso escopo
de participação", disse.
Em relação à estratégia da companhia para o
Brasil, Pita contou que a Atlas está concentrada
no desenvolvimento de grandes usinas solares
centralizadas. Por enquanto, não faz parte dos
planos da empresa investir em pequenos projetos
de geração distribuída de energia solar no país.
As usinas hidrelétricas ainda predominam no
Brasil, mas outras fontes renováveis, como as
usinas solares e eólicas, ganham espaço. De
acordo com dados da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), em 2017 as hidrelétricas
respondiam por 62,9% da capacidade de geração
do Sistema Interligado Nacional. Em 2027, essa
fatia deve cair para 49,4%. Já a participação de
outras fontes renováveis deve passar de 21,7%
para 29% no mesmo período.
https://www.valor.com.br/empresas/6399705/atl
as-investe-r-13-bi-e-chega-quatro-usinas-
solares-no-brasil
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Data: 21/08/2019
53
Grupo de Comunicação
Presidente da Petrobras defende fim de
partilha
Por André Ramalho | Do Rio
O presidente da Petrobras, Roberto Castello
Branco, disse ontem que o Brasil precisa,
"definitivamente", acabar com o regime de
partilha do pré-sal, ou ao menos flexibilizar o
modelo. Em discurso voltado para uma plateia de
executivos da indústria de óleo e gás, ele afirmou
que a partilha e a política de conteúdo local
"pertencem ao passado" e não contribuem para a
eficiência do setor.
"Temos que fazer com que o Brasil ingresse no
caminho da prosperidade. E não vai ser com
conteúdo local ou regime de partilha que vamos
conseguir fazer isso. Isso pertence ao passado,
que não nos foi favorável, e temos que romper
com isso", afirmou o executivo, em seminário
sobre competitividade dos projetos offshore do
Brasil, promovido pelo Instituto Brasileiro do
Petróleo (IBP).
De acordo com Castello Branco, o regime de
partilha não traz estímulos à eficiência e foi
criado para "atender conveniências políticas". Por
esse modelo, as empresas destinam parte do
volume de óleo e gás produzido para a União e
ainda pagam royalties, com base numa alíquota
de 15% - superior, portanto, à alíquota de até
10% prevista na concessão. Na partilha, por
outro lado, as companhias não pagam
participações especiais (compensação financeira
que incide sobre campos de maior produtividade
no regime de concessões).
Instituído em 2010, no governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o regime de partilha
tem a administração de contratos considerada de
natureza mais complexa. A legislação atual,
contudo, garante uma vantagem à Petrobras
nesse modelo: a estatal brasileira possui direito
de preferência na aquisição da operação de todas
as áreas licitadas sob esse regime, o que não
ocorre com a concessão.
"Definitivamente temos que ou mudar a lei do
pré-sal, acabar com a partilha, ou então, num
movimento mais moderado, acabar com o
polígono do pré-sal e deixar à escolha da
autoridade o regime de concessão ou partilha
[das áreas licitadas]", disse Castello Branco.
Ao defender a flexibilização da lei de partilha,
Castello Branco faz menção a um pleito corrente
na indústria petrolífera, favorável ao fim do
polígono do pré-sal. A intenção, por trás dessa
flexibilização, é permitir que áreas de menor
atratividade, como ativos do pós-sal situados
dentro do polígono, possam ser licitadas sob o
regime de concessão. Pela legislação atual, áreas
localizadas na região do polígono só podem ser
leiloadas sob o regime de partilha, concebido
originalmente para os projetos de alto grau de
produtividade do pré-sal. Na visão de parte da
indústria, campos de menor produtividade têm
mais dificuldades para se viabilizar
economicamente no modelo de partilha da
produção.
Sobre o conteúdo local, Castello Branco elogiou a
flexibilização da política nos últimos anos, depois
que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deixou
de tomar "atitudes beligerantes com a indústria
do petróleo". O executivo, porém, questiona a
natureza da política de nacionalização.
"Se a indústria brasileira é tão boa, não precisa
de conteúdo local. Se ela não é eficiente, 22 anos
depois da Lei do Petróleo, é hora de acabar com
isso. Vinte e dois anos é tempo suficiente para as
empresas aprenderem alguma coisa. Quem não
se preparou, paciência", disse.
No mesmo evento, horas depois, o presidente da
Shell no Brasil, André Araujo, fez um
Data: 21/08/2019
54
Grupo de Comunicação
contraponto, ao dizer que é possível trabalhar
com conteúdo local na indústria brasileira de óleo
e gás. "Somos defensores do conteúdo local, mas
sempre de um conteúdo local competitivo para os
nossos projetos. É possível, sim, falar de
conteúdo local e avançar em conteúdo local",
afirmou.
Castello Branco comentou também sobre a
competitividade da Petrobras e disse que vê
possibilidade de redução dos custos de extração
do pré-sal, que encerraram o segundo trimestre
em US$ 6 o barril. "O pré-sal é um ativo de
classe mundial, com custos de extração de US$ 6
o barril e com possibilidade de redução disso."
Ele acrescentou que a empresa está empenhada
em reduzir seus custos gerais e administrativos,
com medidas como a revisão de contratos de
aluguel de edifícios.
O executivo mencionou, ainda, que a Petrobras
está fazendo a gestão de sua dívida. E citou o
pré-pagamento integral de um contrato de
financiamento com o China Development Bank
(CDB), totalizando US$ 3 bilhões, cujo
vencimento ocorreria em 2024. "O CDB foi
parceiro nos piores momentos. Se não fossem os
chineses, a Petrobras teria que pedir socorro ao
Estado brasileiro. Mas gerou-se uma
concentração de dívida importante", afirmou, ao
explicar o motivo para a quitação antecipada do
empréstimo.
https://www.valor.com.br/empresas/6399693/pr
esidente-da-petrobras-defende-fim-de-partilha
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Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
Etanol poderá alcançar novo recorde no mix
de produção das usinas
Por Camila Souza Ramos | De São Paulo
A safra sucroalcooleira 2019/20 do Centro-Sul
começou com uma grande incógnita: o quanto as
usinas dariam de preferência à produção de
açúcar e de etanol, já que não se sabia quando
as cotações do adoçante reagiriam à redução da
produção brasileira. Passados mais de quatro
meses do início da moagem de cana, o preço do
açúcar ainda não reagiu, e uma parcela maior do
mercado está mais convencida que a produção
de etanol deverá manter ou ganhar mais espaço
no mix de produção, podendo inclusive superar o
recorde da safra passada.
Do início da temporada, em 1º de abril, até 1º de
agosto, 64,7% do caldo da cana processada
pelas unidades da região foi destinado à
produção do biocombustível (anidro e hidratado).
Na segunda quinzena de julho, 62,96% da cana
foi para o etanol. Em geral, o mix é mais
açucareiro no meio da safra, já que a
concentração de sacarose é maior durante o
período seco (inverno). A tendência, portanto, é
que, com a aproximação do fim da safra, o mix
fique mais alcooleiro.
"Aquela previsão que todos tínhamos de fazer
mais açúcar provavelmente não vai mais
acontecer. Vamos ter menos açúcar que na safra
passada", avaliou Julio Borges, diretor da JOB
Economia.
Em relatório divulgado ontem, o escritório do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) no Brasil estimou que 64% da matéria-
prima processada em todo o país será destinada
ao etanol em 2019, ante 64,1% em 2018.
Na safra encerrada em março, as usinas do
Centro-Sul destinaram 64,8% do caldo da cana
ao etanol. A última temporada em que o mix foi
quase tão alcooleiro foi a 2009/10, quando a
fatia foi de 60,3%. No último ciclo, a preferência
pelo etanol foi determinada pela fraqueza do
mercado de açúcar, cujos preços mal pagavam o
custo de produção, e pelo início de aquecimento
do mercado de etanol.
Neste ciclo, a demanda pelo etanol continuou
crescendo de forma surpreendente, segundo um
executivo de uma grande companhia do setor,
ocupando o espaço que a gasolina tem deixado
por estar muito cara aos consumidores. Com o
consumo em disparada, os estoques físicos de
etanol (anidro e hidratado) registrados pelo
Ministério da Agricultura estão quase 30%
menores. Somavam 5,8 bilhões de litros em 1º
de agosto, frente a 8,2 bilhões um ano antes.
A combinação de uma demanda aquecida e com
os baixos estoques está puxando os preços do
etanol em pleno pico de safra, aumentando a
distância entre a remuneração que o produto
gera à usina em relação ao que o açúcar oferece.
Na semana de 12 a 16 de agosto, o indicador
Cepea/Esalq para o etanol hidratado que sai das
usinas de São Paulo subiu pela oitava semana
consecutiva e ficou em R$ 1,7452 o litro -
patamar 25,5% superior ao indicador do mesmo
período da safra passada e acima, até, do valor
médio registrado pelo indicador nos três
primeiros meses deste ano (R$ 1,6963 o litro),
em plena entressafra do Centro-Sul.
As usinas, porém, ainda estão cautelosas quanto
à estratégia que ditará o ritmo das vendas até o
fim da temporada. Após apresentarem seus
resultados do primeiro trimestre, a maioria das
empresas com ações listadas concordou que a
demanda está elevada e que o Centro-Sul deve
ter uma safra mais alcooleira. Porém, há um
receio de que, como na temporada passada, uma
aposta forte em carregar muito etanol para a
Data: 21/08/2019
56
Grupo de Comunicação
entressafra pressione os preços numa época em
que isso não costuma acontecer.
Maior produtora de etanol do país, a Raízen
Energia direcionou 51% da cana processada no
primeiro trimestre para o etanol, 1 ponto
percentual a menos do que um ano atrás. A
companhia reduziu as vendas no primeiro
trimestre para carregar o produto em estoques
para "quando a rentabilidade for maximizada",
disse Phillipe Casale, gerente de relações com
investidores da Cosan, sócia da Shell na Raízen.
Ele não indicou quando as vendas devem ser
concentradas. Mas, para evitar sustos, a empresa
tem atuado com futuros de gasolina, o que lhe
garantiu no trimestre o maior preço médio de
etanol das três empresas com ações listadas no
Brasil, de R$ 1.916 o metro cúbico.
O Grupo São Martinho também teve um perfil
mais açucareiro no primeiro trimestre, fruto de
injunções climáticas e do cumprimento de
contratos de açúcar. Seu mix de produção tem
sido decidido dia a dia, mas as vendas deverão
ser menos concentradas na entressafra do que
em 2018/19, embora a oferta total de etanol
deva ser impulsionada pela maior moagem de
cana. Em teleconferência com analistas, Felipe
Vicchiato, diretor financeiro da empresa, disse
acreditar que os preços do etanol devem
convergir para os 70% de paridade com a
gasolina na entressafra.
Por sua vez, a Biosev elevou sua aposta no
etanol já desde o primeiro trimestre, elevando a
parcela da cana voltada ao biocombustível para
66,3%, ante 64,9% no mesmo trimestre do
último ciclo. Ao Valor, Juan Blanchard, CEO da
companhia, disse que a expectativa é que a
produção do Centro-Sul seja mais alcooleira que
na safra passada e que a tendência para os
preços é de maior estabilidade, com menor
potencial de alta na entressafra.
Listada na bolsa de Nova York, a Adecoagro
também maximizou sua produção de etanol,
destino de 75% da matéria-prima processada
entre abril e junho, ante 73% no mesmo período
de 2018. Porém, a empresa indicou que deve ter
uma estratégia menos agressiva de
carregamento de estoques, "considerando o
cenário construtivo de preços de etanol para
frente".
https://www.valor.com.br/agro/6399579/etanol-
podera-alcancar-novo-recorde-no-mix-de-
producao-das-usinas
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Data: 21/08/2019
57
Grupo de Comunicação
Setor de óleo e gás deve ganhar
participação
Por Roseli Loturco | Para o Valor, de São Paulo
Caso aprovado, o projeto de lei 9.830 pode
tornar a cadeia de petróleo e gás um dos mais
relevantes consumidores de aço do país.
O PL, apresentado no ano passado e que está
sendo reeditado na nova legislatura da Câmara
dos Deputados, estabelece política de conteúdo
local para as atividades de exploração e produção
de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos
fluidos, aplicável ao regime de concessão.
Apesar de ainda não ter alcançado de maneira
homogênea todos os níveis da cadeia de valor, a
política de conteúdo local, na visão de agentes e
analistas do setor, pode ser responsável no longo
prazo pelo desenvolvimento de diversos
segmentos industriais e pela atração de
vultuosos investimentos no Brasil em instalações
industriais, como estaleiros e, principalmente, em
centros tecnológicos das principais empresas
siderúrgicas nacionais e transnacionais.
Hoje a participação da siderurgia no segmento de
petróleo e gás é considerada irrelevante, mas a
indústria diz que se capacitou para fornecer ao
setor, com base nas políticas de governos
anteriores que não foram efetivamente aplicadas,
devido a mudanças de gestão e aos escândalos
envolvendo a Petrobras. "Estamos defendendo o
que é factível. Em termos de conteúdo local, o PL
9830, fala em participação de conteúdo local nas
plataformas em torno de 35% e 40%, o que seria
razoável para ser implementado pela siderurgia
local", afirma Marco Polo de Mello Lopes,
presidente do Instituto Aço Brasil.
O executivo lembra que países que adotaram
política de conteúdo local desenvolveram o
conjunto de sua cadeia produtiva e tecnológica
impactando positivamente no Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de suas
populações. "Países como Canadá, Estados
Unidos, Noruega e Reino Unido, que adotaram
essas políticas, estão mais bem classificados no
ranking do IDH global, enquanto Angola, Nigéria
e Líbia, estão entre os piores", exemplifica, Mello
Lopes.
A indústria identifica uma infinidade de
aplicações de seus produtos - especialmente de
chapa grossa, aços longos e tubos - na
construção das plataformas de exploração de
petróleo e gás e nas tubulações de transportes e
navios.
"Essa ação do governo para reduzir o preço do
gás, por exemplo, vai demandar investimentos
para aumentar a oferta do produto. A nova
regulamentação para o setor indica isso.
Acreditamos que esta política vai gerar
possibilidade grande de nova demanda para o
aço", defende Eduardo Zanotti, vice-presidente
comercial de aços planos da América do Sul da
ArcelorMittal.
Hoje, o setor de petróleo e gás representa entre
3% e 5% da produção da siderúrgica no Brasil.
Mas a Arcelor acredita que o potencial de
crescimento futuro é enorme com a aprovação da
lei de conteúdo local, o que deve alavancar
outros segmentos também. "Nós estamos
preparados. Temos capacidade. Se estou
exportando 60% da produção do país, tenho
grande capacidade e qualidade para atender o
mercado local, garante Zanotti.
O executivo diz acompanhar as exigências de
segurança nos setores de óleo e gás com
atenção. "Essas questões estão na agenda e
estamos prontos para atender com nossas placas
e bobinas quentes", afirma.
Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
Para os especialistas, a cadeia de petróleo e gás
pode ser protagonista da volta de crescimento na
siderurgia nacional se essas políticas forem
aprovadas junto com a descentralização de
exploração e comercialização de seus produtos.
"A transformação da cadeia de óleo e gás é
importante e deve trazer mais volume de
investimento com geração de demanda maior do
aço. E isso aliado ao crescimento das outras
grandes indústrias, tende a ser relevante. Óleo e
gás podem obter maior representatividade",
avalia Adeodato Volpi Netto, estrategista-chefe
da Eleven Financial. "Especialmente com a
postura de descentralização e privatização dentro
desta indústria e com a quebra do monopólio do
refino, a partir da renovação da demanda por
investimentos", diz.
Já na visão do analista-chefe da Mirae Asset
Wealth Management, Pedro Galdi, a partir do ano
que vem melhora o cenário para a atividade de
gás e, um pouco mais ao longo prazo, também
para o mercado de petróleo no país. "Com o
petróleo será mais lento porque a Petrobras terá
primeiro que vender parte de seus ativos e
depois farão investimentos no pré-sal. Isso deve
levar de cinco a dez anos. E, com a indústria
naval retomando os investimentos, este motor
ficará grande", conclui Galdi.
https://www.valor.com.br/empresas/6399235/se
tor-de-oleo-e-gas-deve-ganhar-participacao
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Data: 21/08/2019
59
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Carvão vegetal ajuda a reduzir a pegada de
carbono
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
O aço brasileiro tem uma peculiaridade que pode
significar vantagem competitiva no cenário de
mitigação das mudanças climáticas: o uso de
carvão vegetal obtido de florestas plantadas com
eucalipto para essa finalidade industrial. "Apesar
da expectativa de ganhos com a pegada
ambiental, produtos com essas características
são ainda pouco valorizados", afirma Frederico
Ayres Lima, presidente da Aperam South
America, empresa que tem 100% da produção de
aços especiais baseada em fonte renovável de
energia. Aperam criou um selo verde na tentativa
de se diferenciar e replicar o conceito no
mercado, sob contínua pressão por práticas de
sustentabilidade.
Novos instrumentos econômicos como o da
precificação de carbono, que cresce no mundo e
está em construção no Brasil, com intuito de
favorecer quem emite menos gases de efeito
estufa, tendem a valorizar o uso de carvão
vegetal na produção do aço, e não do carvão
mineral, que é uma fonte fóssil. "O diferencial
pode ser estratégico no contexto da competição
com os asiáticos, cuja pegada de carbono é bem
maior", avalia o executivo.
Para Lima, "já se percebe, mesmo de forma
tímida, que uma nova geração de consumidores
leva em consideração a origem dos produtos, e
não somente preço e qualidade, mas falta maior
divulgação desses atributos por parte das
empresas em suas cadeias produtivas".
Com floresta de 126 mil hectares, sendo 30 mil
hectares de área preservada e o restante de
eucalipto, no Vale do Jequitinhonha (MG), a
Aperam BioEnergia obtém madeira para fazer o
carvão utilizado nos fornos de produção do ferro-
gusa, principal matéria-prima das aciarias.
Enquanto o insumo vegetal permite a captura de
1,1 tonelada de dióxido de carbono por tonelada
de aço, já descontando as emissões ao longo do
processo, no carvão mineral o resultado do
balanço é oposto. Nesse caso, ocorre a liberação
de 1,8 tonelada de carbono por tonelada de aço,
segundo dados da empresa.
Além da quantidade resgatada da atmosfera, a
produção baseada em florestas plantadas traz
ganhos adicionais ao evitar o lançamento de
gases de efeito estufa pelo uso de carvão
mineral, cuja substituição em maior escala
depende de tecnologias de longo prazo. Junto a
isso se somam a autossuficiência de insumo
energético e a redução da pressão sobre a mata
nativa como fonte de madeira.
Com produção em torno de 1 milhão de
toneladas de aço por ano, escala em que o uso
do insumo florestal no processo industrial é
técnica e economicamente viável, a empresa
opera em Turmalina (MG) um dos maiores fornos
de carvão vegetal do mundo, capaz de processar
2 milhões de metros cúbicos de madeira (34
carretas), o triplo em relação à tecnologia
anterior. "Desta forma, produzimos carvão de
melhor qualidade a menor custo na concorrência
com a matéria-prima mineral", aponta Lima. A
expansão, segundo ele, ocorrerá a partir do
aumento da produtividade dos plantios, hoje
quatro vezes maior do que quatro anos atrás.
De acordo com a Ibá, associação que representa
o setor florestal, os segmentos da siderurgia e
carvão vegetal representam 13% dos 7,84
milhões de hectares de árvores plantadas do
país. Atualmente, a matéria-prima de florestas
corresponde a 10% da produção brasileira de
aço: "Como já atingimos o limite tecnológico e
econômico do uso dessa fonte, os esforços
viáveis para mitigar emissões de carbono estão
principalmente na busca por maior eficiência
energética e no aumento do uso de sucata",
revela Cristina Yuan, diretora de assuntos
Data: 21/08/2019
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institucionais e sustentabilidade do Instituto Aço
Brasil. "O atual excesso de capacidade de
produção de aço no mundo leva à necessidade de
se reinventar para sobreviver, com melhoria de
processos e redução de desperdícios".
"Pretendemos desenvolver uma estratégia de
gestão de carbono e identificar riscos e
oportunidades relacionados às mudanças
climáticas", ressalta Gustavo Ribeiro de Carvalho,
especialista em meio ambiente da CSN. A
companhia segue resolução do órgão ambiental
do Rio de Janeiro exigindo que as siderúrgicas
apresentem inventários de gases de efeito estufa
verificados por instituições de terceira parte,
como a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Além de atestar emissões de carbono, a
organização foi demandada pelo mercado a
elaborar normas de produção sustentável para o
ferro-gusa a carvão vegetal, cuja atividade se
concentra em Minas Gerais, com 76% da
capacidade produtiva nacional para fornecimento
a fundições (40%) e indústrias de aço (60%). A
partir de 2012 empresas do setor assumiram
compromissos ambientais voluntários no
Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal,
prevendo medidas como manter relacionamento
comercial somente com empresas que cumprem
as exigências socioambientais legais.
https://www.valor.com.br/empresas/6399215/ca
rvao-vegetal-ajuda-reduzir-pegada-de-carbono
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Data: 21/08/2019
61
Grupo de Comunicação
Fabricantes querem reciclar 60% das
embalagens até 2031
Por Andrea Vialli | Para o Valor, de São Paulo
Automóveis, eletrodomésticos, vergalhões de
construção civil, embalagens de alimentos ou
tintas - praticamente todo o aço descartado tem
potencial para ser reciclado e voltar à indústria
siderúrgica como matéria-prima. A cadeia de
valor da sucata de aço no Brasil está bem
estabelecida, mas ainda tem espaço para
crescer, especialmente no que diz respeito às
embalagens feitas com o material. Hoje 47,6 %
delas retornam à indústria para virar aço
novamente, num volume equivalente a 200 mil
toneladas por ano.
A Abeaço, associação que representa os
fabricantes de latas de aço, quer aumentar esse
índice para 60% até 2031. Para isso, está dando
suporte à criação de centros de coleta do
material e postos de entrega voluntária (PEV),
além de capacitar cooperativas de catadores para
receber o material.
Em 2012, a indústria de embalagens de aço
investiu R$ 1 milhão na Prolata Reciclagem,
entidade de gestão da reciclagem formada por 12
empresas para tratar da reciclagem e logística
reversa dessas embalagens, como estratégia
para cumprir as diretrizes da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS).
A Prolata recebe as embalagens coletadas por 51
cooperativas de catadores, tem entrepostos para
o descarte de grandes volumes em sete Estados
e, mais recentemente, firmou parcerias com
fabricantes e revendedores de tintas para
disponibilizar PEVs aos consumidores em São
Paulo, Manaus e em quatro municípios da
Baixada Santista.
"Para atingir a meta, precisamos do engajamento
do consumidor para o descarte seletivo das latas
pós-consumo. Esse é nosso desafio atual", diz
Thaís Fagury, presidente da Abeaço.
O modelo da Prolata foi desenvolvido após a
observação da estratégia de países com alto
índice de reciclagem das embalagens de aço, tais
como Bélgica (93% das latas voltam à indústria)
e Suécia, com um índice de 83%. O material
coletado é negociado diretamente com a Gerdau,
parceira no projeto.
Entre os produtos de aço, as embalagens são os
que levam menos tempo para retornar à
indústria: cerca de dois anos. O aço da
construção civil leva até 50 anos para ser
descartado e o metal contido nos automóveis,
em torno de 20 anos.
Além da chamada sucata de obsolescência, que
são os produtos de aço ao fim de sua vida útil, as
siderúrgicas se abastecem ainda dos refugos
industriais que chegam da indústria
metalmecânica e de aparas de empresas que
revendem o material. A cadeia é bem azeitada,
justamente pelo alto valor da sucata de aço, que
varia conforme a região do país, mas pode
chegar a R$ 400 a tonelada.
"O Brasil é um exemplo em reciclagem, não
existe sucata de aço que não tenha valor de
mercado", diz Luiz Carlos Araújo Picone, gerente
nacional da Açovisa, empresa distribuidora que
trabalha com aços longos e aço carbono. Todos
os meses, a empresa produz cerca de três
toneladas de sucata proveniente das aparas do
corte do aço e da limalha de ferro, volume que é
todo encaminhado para siderúrgicas como
Gerdau e ArcelorMittal.
Maior recicladora da América Latina, a Gerdau
tem na sucata uma importante fonte de
Data: 21/08/2019
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Grupo de Comunicação
fornecimento: 73% do aço produzido é feito com
material reciclado, com a transformação anual de
12,6 milhões de toneladas de sucata em aço
novo. "A reciclagem da sucata ferrosa é hoje a
nossa principal matéria-prima, e isso traz muitas
vantagens do ponto de vista ambiental e
econômico", diz Débora Baum, gerente de
planejamento e marketing de metálicos da
Gerdau. Os índices da empresa estão acima da
média brasileira: o país processou 8,9 milhões de
toneladas de sucata nos processos siderúrgicos
em 2018, de acordo com o Instituto Aço Brasil.
https://www.valor.com.br/empresas/6399219/fa
bricantes-querem-reciclar-60-das-embalagens-
ate-2031
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