LIPPING - Microsoft · 7 Grupo de Comunicação Veículo1: Exame.com Veículo2: Portal Terra Data:...
Transcript of LIPPING - Microsoft · 7 Grupo de Comunicação Veículo1: Exame.com Veículo2: Portal Terra Data:...
1
Grupo de Comunicação
CLIPPING 28 de junho de 2019
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Atividades em trechos da Raposo Tavares precisaram ser paralisadas por acumulo de água ................... 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Roselei repudia atraso da Cetesb na liberação do acesso à Quinta dos Buritis ....................................... 5
Moradores de Laranjal Paulista reclamam da qualidade da água .......................................................... 6
São Paulo recebe 2° Congresso Ambiental da VIEX ............................................................................ 7
DAE renovou outorga para retirada de água do Rio Batalha ................................................................ 8
Sabesp vai despoluir córregos da Bacia do Rio Pinheiros ..................................................................... 9
Sabesp entrega proposta para Semasa segunda-feira ...................................................................... 10
Representante do Procon fala em “baixo volume” de reclamações sobre Sabesp.................................. 11
Sabesp já arrecadou mais de meio milhão de peças para Campanha do Agasalho ................................ 12
Como foi a visita de estudantes de Osasco em Estação de Tratamento de Esgoto da capital ................. 13
Município deve 342,7 ‘campos de futebol’ em compensação ambiental ............................................... 14
Aberto inquérito para apurar crime ambiental ................................................................................. 16
Moradores de bairros de SP buscam lar para animais abandonados ................................................... 17
Ilha Marabá quer atrair visitantes .................................................................................................. 19
Após cinco anos fechada para reforma a Ilha Marabá em Mogi das Cruzes é reaberta nesta quinta-feira. 20
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 21
Pesquisadores da UNESP criam talheres comestíveis ........................................................................ 21
Ao liberar agrotóxicos, Brasil vai na contramão da tendência mundial, diz Le Monde ............................ 22
SCS: 1° lugar do Brasil em ranking de saneamento básico ............................................................... 23
Uma Fina Camada ....................................................................................................................... 24
Salles falará com empresários sobre privatização de florestas protegidas ........................................... 25
Da guerra contra coureiros aos criadouros legalizados: a saga do jacaré-do-pantanal .......................... 26
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 30
Painel: Prisão de grupo de ministro no caso dos laranjas do PSL deixa Bolsonaro sob pressão ............... 30
Mônica Bergamo: Alcolumbre falta em jantar para Moro, que recebe apoio ......................................... 32
Enel faz oferta para comprar ações restantes da Eletropaulo ............................................................. 34
O que a Folha pensa: Gás para todos ............................................................................................. 35
Reunião entre Bolsonaro e Macron no G20 é cancelada após críticas de presidente francês ................... 36
Ao chegar ao Japão, Bolsonaro diz que não aceitará ser advertido no G20 .......................................... 37
Macron diz que não terá acordo com Mercosul se Brasil deixar pacto do clima ..................................... 39
Empresa se dedica à reciclagem de resíduos considerados difíceis ..................................................... 41
Julio Abramczyk: Febre amarela também ataca os olhos .................................................................. 43
Petrobras inicia processo de venda de quatro refinarias .................................................................... 44
A emocionante despedida de elefantas que viveram por 40 anos em cativeiro no Brasil ....................... 45
ESTADÃO ................................................................................................................................... 48
'Vão procurar sua turma', diz Heleno a países sobre desmatamento no Brasil ..................................... 48
3
Grupo de Comunicação
Bolsonaro indica que ficará no Acordo de Paris e convida Macron para visitar a Amazônia .................... 49
‘Novo gás vai refletir no preço da energia’ ...................................................................................... 50
Em fase final de acordo, UE e Mercosul tentam acomodar interesses de agro e indústria ...................... 52
Ambiente ameaça acordo Mercosul-EU ........................................................................................... 54
Acordo entre Mercosul e União Europeia tem grandes chances de ser fechado nesta sexta, diz porta-voz 55
União Europeia defende uma 'declaração firme' do G-20 sobre mudança climática ............................... 56
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 57
França: Se Brasil sair de pacto climático, não fechamos com Mercosul ............................................... 57
Bolsonaro reage a Merkel e diz que não aceita advertência de estrangeiros ........................................ 59
Bolsonaro tem bate-papo com Macron e Merkel no G-20 .................................................................. 60
Reforma evita desastre, mas não garante PIB forte ......................................................................... 61
Analistas veem corte de juro e estímulo fiscal como ineficientes para destravar economia .................... 63
Cresce descontentamento com o governo ....................................................................................... 65
Solução para GSF destrava setor elétrico........................................................................................ 67
Petrobras espera vender ao menos uma refinaria até o fim deste ano ................................................ 69
AngloGold Ashanti investe US$ 120 milhões no Brasil ...................................................................... 70
China deverá aceitar açúcar transgênico ........................................................................................ 71
Heleno rebate Merkel: Não damos palpite sobre meio ambiente de ninguém ....................................... 73
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Data: 27/06/2019
Veículo: TEM Notícias 2ª edição
Atividades em trechos da Raposo Tavares
precisaram ser paralisadas por acumulo
de água
TEM NOTÍCIAS 2ª EDIÇÃO/TV
GLOBO/ITAPETININGA Data Veiculação:
27/06/2019 às 18h50
Duração: 00:02:17
Transcrição: Técnicos da CETESB fazem vistoria
no local
http://cloud.boxnet.com.br/y24fvma5
Voltar ao Sumário
5
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: São Carlos Agora
Data: 27/06/2019
Roselei repudia atraso da Cetesb na
liberação do acesso à Quinta dos Buritis
Pelo menos 100 moradores da Quinta dos
Buritis, que fica no quilômetro 243,5 da
rodovia Thales de Lorena Peixoto, que liga São
Carlos a Ribeirão Preto, lamentam a demora
da Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) em fornecer a licença
para construção da alça de acesso ao
condomínio. O assunto se arrasta desde 2016.
Uma audiência pública promovida pelo
vereador Roselei Françoso, com a presença
dos vereadores Moisés Lazarine e Daniel Lima,
e a aprovação dos demais, reuniu moradores
do local, proprietários de lotes, representantes
da associação dos moradores e da Prefeitura
de São Carlos na Câmara Municipal na noite
dessa quarta-feira (26). A audiência pode ser
assistida no canal do YouTube da Câmara ou
direto pelo link http://bit.ly/2Lizpxw
“Vou apresentar uma moção de repúdio à
Cetesb e encaminhar ao governador João
Dória e aos membros do Judiciário para
conhecimento”, frisou Roselei. Segundo ele, é
um desrespeito essa demora e a não
participação na audiência. Desde março de
2016, quando houve uma tentativa de
conciliação na Vara da Fazenda Pública com o
Ministério Público, Arteris e Autovias,
concessionárias da rodovia, Cetesb e
Prefeitura de São Carlos, o assunto está
travado. “Moradores e usuários da rodovia
perderam a vida ou sofreram acidentes graves
e a Cetesb fica protelando”, lembrou.
Os representantes da Prefeitura, Valdemar
Zanette (Procurador Geral) e Ana Cristina
Mattos (Habitação) explicaram o histórico do
loteamento e todos os passos já percorridos
para a liberação. Ana Cristina disse que a
Prefeitura recebeu o projeto pronto em 2016 e
apresentou à agência da Cetesb de São
Carlos, que não aceitou e encaminhou para
São Paulo. “São Paulo recomendou estudo
ambiental, fizemos vários laudos, contratamos
empresas e envolvemos várias Secretarias
Municipais”, explicou. Segundo ela, a Cetesb
de São Paulo encaminhou novamente para
São Carlos.
“Vamos aguardar o prazo que a justiça deu à
Cetesb e se ela não emitir a licença iremos
peticionar judicialmente”, explicou o
Procurador Geral do município. Com a
realização da audiência pública marcada o
Ministério Público solicitou à juíza da Vara da
Fazenda Pública, Gabriela Muller Carioba
Attanasio, que intimasse novamente a
Cetesb, agora pessoalmente, a apresentar o
parecer. Esse prazo vence nesta sexta-feira
(28).
Roselei sugeriu que a Prefeitura juntasse todos
os laudos já apresentados no processo para
serem apresentados à juíza da Vara da
Fazenda Pública, incluindo um laudo ambiental
da Prefeitura de São Carlos. “Também iremos
organizar uma visita pesada, com várias
pessoas e representantes à Cetesb,
encaminhar cópia da transcrição desta
audiência pública e sugerir uma ação de
plantio de árvores pelos moradores”, observou
o vereador.
“O processo que estava parado em São Paulo
agora volta para São Carlos. Isso é nos
chamar de palhaços. Agradecemos o apoio do
Roselei que está do nosso lado, mas
precisamos de uma solução da Cetesb, porque
o nosso papel como cidadão é pagar os
impostos e cobrar as autoridades”, disse o
morador do condomínio, Fábio Luiz Oliveira.
“Sofremos um descaso muito grande do poder
público. É um simples acesso de terra e a
Cetesb não está preocupada com as vidas
perdidas no local”, reclamou André Frujuelle,
proprietário de lote no Quinta dos Buritis.
https://www.saocarlosagora.com.br/politica/ro
selei-repudia-atraso-da-cetesb-na-liberacao-
do-acesso-a-quinta-dos/115433/
Voltar ao Sumário
6
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Itapetininga e região/ TV TEM
Data: 27/06/2019
Moradores de Laranjal Paulista reclamam
da qualidade da água
Eles alegam que líquido é oleoso, apresenta
cor e espuma. Prefeitura disse que acionou
órgãos competentes para tentar solucionar o
problema.
Por G1 Itapetininga e Região
Os moradores de Laranjal Paulista (SP) estão
incomodados com a qualidade da água na
cidade. Eles alegam que o líquido é oleoso,
tem odor e sabor ruins, além de apresentar
espuma.
A cuidadora de idosos Luciane Arruda Furlan
mora do bairro São Roque e afirma que os
primeiros problemas relacionados à água
começaram a aparecer em janeiro. Mas como
o caso não foi solucionado, ela decidiu
procurar o Ministério Público.
Moradores de Laranjal Paulista reclamam da qualidade da água da cidade
"O problema só intensifica, não melhora.
Antes acontecia com menor frequência, por
exemplo em período de chuva, que depois
vinha o gosto ruim. Parece que quanto mais a
gente fala, pior eles deixam", afirma Luciane.
Além da espuma, na casa da empresária Maria
Aparecida Peres Guerra a água da pia tem
odor forte e é oleosa. Para beber, ela compra
galões e as louças que são lavadas ficam
engorduradas.
"Essa água incomoda. A água é o bem mais
precioso que temos. Usamos no banho, para
tomar e aqui infelizmente está assim. Tomar
água da torneira não dá. A gente sempre ferve
a água para fazer café ou comida porque não
sabemos se essa água pode ser utilizada
normalmente", diz.
Moradores de Capão Bonito afirmam que água da cidade é gordurosa — Foto: Reprodução/TV TEM
A TV TEM acompanha o caso desde março de
2018 e a reclamação dos moradores era
relacionada ao sabor e odor da água. Em
fevereiro deste ano, o problema é o mesmo.
A prefeitura de Laranjal Paulista afirmou, em
nota, que acompanha a situação desde 2017 e
que notificou a Sabesp, Cetesb, Ministério
Público, Governo do Estado e Procon para
tentar solucionar o problema.
Informou que a prefeitura e instituições
notificadas irão ampliar a inspeção da água e
fiscalização em diversos pontos do Rio
Sorocaba para identificar a origem do
problema.
Ainda de acordo com a prefeitura, estudos da
Cetesb e Sabesp mostraram que, apesar do
forte odor e sabor ruim, a água é segura,
própria para consumo e não é contaminada.
Em nota, a Sabesp disse que enviou uma
equipe ao local para analisar a água, mas
nenhuma alteração foi encontrada. Afirmou
também que não recebeu reclamações de
moradores do bairro São Roque este ano.
Ainda segundo a Sabesp, a água passa por
um rigoroso processo de tratamento, com
análises de qualidade, de acordo com as
regras do Ministério da Saúde.
A TV TEM tentou entrar em contato com a
Cetesb, mas não obteve retorno. Já o MP
disse que o inquérito está em andamento.
http://cloud.boxnet.com.br/y4dfkfxm
Voltar ao Sumário
7
Grupo de Comunicação
Veículo1: Exame.com
Veículo2: Portal Terra
Data: 27/06/2019
São Paulo recebe 2° Congresso Ambiental
da VIEX
As discussões sobre temas ambientais estão
cada vez mais presentes no cotidiano das
pessoas, empresas e governos. O surgimento
de movimentos como o Lowsumerism -
tendência de consumo sustentável
caracterizada pela agência de pesquisas Box
1824 - e de políticas públicas como a Lei
12.305/2010, que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos no Brasil, demonstram
como esses debates estão mudando a
realidade do países de maneira geral.
Seguindo o fluxo, em 2018, a VIEX Américas -
empresa brasileira especializada na
disseminação de informações empresariais e
eventos de setores como infraestrutura,
petróleo e gás, energia elétrica, meio
ambiente e recursos naturais - organizou o
primeira edição do Congresso Ambiental, um
sucesso absoluto na área.
Em 2019, o Hotel Blue Tree Premium
Morumbi, em São Paulo, está recebendo a
segunda edição do Congresso Ambiental da
VIEX até dia 28 de Junho. O evento reúne as
principais lideranças dos setores ambiental e
jurídico dos maiores grupos empresariais,
industriais e do governo em um encontro
multidisciplinar, com sessões simultâneas,
técnicas e executivas abordando virtualmente
todas as facetas do setor em um ambiente de
troca de conhecimento e fomento de negócios.
Nomes como Renato Paquet, CEO da Polen -
Solução e Valoração de Resíduos - startup de
sustentabilidade focada em revolucionar a
forma como empresas lidam com seus
resíduos através de alta tecnologia -, Rose
Mirian Hofmann, Secretária de Apoio ao
Licenciamento Ambiental do Governo Federal,
Luigi Longo, Presidente do Instituto
Movimento Cidades Inteligentes e Patrícia
Iglecias, Presidente da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo,
compõem parte do grupo dos mais de 100
palestrantes do evento.
O Congresso irá debater temas fundamentais
como: gestão socioambiental, licenciamento
ambiental, direito ambiental, código florestal,
planejamento territorial, responsabilidade
social corporativa, desempenho ambiental das
empresas, gerenciamento de áreas
contaminadas, indicadores de
sustentabilidade, tecnologia, gestão de
resíduos, meio ambiente nas cidades,
saneamento, uso da água e biodiversidade.
Os organizadores do evento esperam um
público composto por mais de 1000 executivos
das esferas públicas e privadas, passando por
autoridades do governo e de órgãos
ambientais, especialistas das áreas ambientais
e sociais de grandes empresas, profissionais
da cadeia de produtos e serviços para o setor
de meio ambiente, advogados e consultores
da área ambiental, lideranças da indústrias em
geral, entre outros.
http://cloud.boxnet.com.br/y3f4eurs
Voltar ao Sumário
8
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio 94,5 FM Bauru
Data: 27/06/2019
DAE renovou outorga para retirada de
água do Rio Batalha
RÁDIO 94,5 FM/BAURU | 94 NOTÍCIAS Data
Veiculação: 27/06/2019 às 12h04
Duração: 00:03:19
Transcrição
Detalhes, com Emerson Luiz, atualmente, 550
litros, de água, por, segundo, contratando,
projeto, executivo, de reforma, e
regularização, do sistema batalha, DAEE,
Cetesb, ex-presidente da Autarquia, DAE, 40
milhões de reais, nova, lagoa, batalha. Válida
por mais 10 anos.
http://cloud.boxnet.com.br/y3y45a6s
Voltar ao Sumário
9
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo de SP
Data: 26/06/2019
Sabesp vai despoluir córregos da Bacia do
Rio Pinheiros
| Governo do Estado de São Paulo
Obras de cerca de R$ 1 bilhão vão contribuir
para melhorar qualidade da água e beneficiar
3,5 milhões de pessoas nas imediações
A Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) está
iniciando o processo de despoluição de 25
córregos dentro do Novo Rio Pinheiros. O
objetivo é devolver o rio limpo à população até
2022. O investimento do projeto é de
aproximadamente R$ 1 bilhão e inclui ações
socioambientais para engajar a população na
recuperação dos cursos-d’água.
Atualmente, as áreas de habitações
irregulares lançam o esgoto nos córregos.
Com as novas obras, a Sabesp estuda, entre
outras possibilidades, implantar estações
especiais que vão tratar a vazão de esgoto do
próprio curso-d’água. O primeiro córrego a
receber obras será o Zavuvus, na zona sul de
São Paulo.
No Zavuvus, as obras vão beneficiar 173 mil
moradores, num investimento de R$ 85
milhões, podendo chegar a R$ 94 milhões a
depender o desempenho da empresa
contratada. A expectativa é que em 2 anos e
meio ocorra melhoria acentuada na qualidade
da água do córrego, com perspectiva de
retomada de vida aquática. Com 7,8 km de
extensão, o Zavuvus deságua no Rio
Jurubatuba, um canal do Pinheiros próximo da
Represa Guarapiranga.
Outros córregos
Os outros córregos que estão no programa
são: Jaguaré, Vila Hamburguesa, Pirajussara,
Boaçava, Jockey/Cidade Jardim, Bellini,
Morumbi, Alto de Pinheiros, Cachoeira/Morro
do S, Corujas, Ponte Baixa, Rebouças,
Socorro, 9 de Julho, Sapateiro, Uberaba,
Traição, Água Espraiada, Cordeiro, Chácara,
Santo Antônio, Pouso Alegre, Santo Amaro,
Poli e Pedreira.
Além de contribuir para a melhoria do rio, o
Novo Rio Pinheiros as obras vão beneficiar
diretamente 3,5 milhões de pessoas que
moram nas imediações (o equivalente à
metade da população da cidade do Rio de
Janeiro), com melhoria da qualidade de vida e
do meio ambiente, e será um incentivo à
economia paulista, com a criação de empregos
e renda.
Ação integrada
O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada
pela Sabesp e outros órgãos estaduais
coordenados pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente. A
despoluição dos córregos requer também a
participação efetiva da população, seja para se
conectar à rede de esgoto já existente, seja
para descartar adequadamente o lixo. Jogado
na rua, o lixo vai parar nas galerias de
drenagem da água da chuva e nos córregos,
contribuindo para a poluição.
Uma das frentes do Novo Pinheiros é o
programa Córrego Limpo, feito desde 2007 em
parceria com a Prefeitura de São Paulo, para
melhorar a qualidade da água dos mananciais,
rios e córregos da capital. Já foram
despoluídos 152 córregos. Além do meio
ambiente, os benefícios chegam às pessoas
que moram próximas dos cursos-d’água por
meio de adequações no sistema de
esgotamento sanitário, limpeza, manutenção e
educação ambiental.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sab
esp-vai-despoluir-corregos-da-bacia-do-rio-
pinheiros/
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sab
esp-vai-despoluir-corregos-da-bacia-do-rio-
pinheiros/
Voltar ao Sumário
10
Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário
Data: 27/06/2019
Sabesp entrega proposta para Semasa
segunda-feira
Amanda Lemos
Serra desafia oposição a apresentar alternativa para autarquia (Foto: Pedro Diogo)
A população de Santo André vai conhecer na
próxima segunda-feira (1/7) a proposta da
Sabesp (Companhia de Saneamento
Básico de São Paulo) para adquirir a
unidade de água e esgoto do Semasa (Serviço
Municipal de Saneamento Ambiental de Santo
André). No mesmo dia haverá audiência
pública sobre o assunto. Em entrevista para a
Rádio ABC, nesta quinta-feira (27), o prefeito
Paulo Serra (PSDB) confirmou que a autarquia
estadual vai acatar todas as medidas
propostas pelos vereadores nas emendas ao
projeto.
O principal tema é a manutenção dos
empregos dos trabalhadores do Semasa. Serra
afirmou que haverá algumas adequações e
alguns trabalhadores serão transferidos para a
Prefeitura, pois, “existem setores do Executivo
que estão defasados”. Além disso, garantiu
que nos primeiros três anos não haverá
aumento da tarifa acima da inflação e que os
investimentos estão garantidos.
“Agora que a Sabesp vai mostrar os termos
deste acordo. A lei que estava na Câmara é só
autorizativa, apenas formaliza. Vamos colocar
(a proposta) para consulta pública e vamos
fazer a audiência pública, não temos nada
para esconder, mas é claro que queremos
debater”, explicou Serra.
Ao canal RDtv, o superintendente de Negócios
da Região Sul da Sabesp, Roberval Tavares,
afirmou que o plano de investimentos para
Santo André é de quase R$ 1 bilhão para os
primeiros quatro anos e que todos os
problemas de falta d’água sejam resolvidos
até o início do próximo verão.
Outro ponto aguardado para o debate é a
questão da resolução da dívida de R$ 3,4
bilhões do Semasa para a autarquia estadual.
Nesta quinta-feira, Serra afirmou que o valor
que virou precatório é de R$ 587 milhões, ao
invés dos R$ 1,4 bilhão citados em vários
depoimentos para a imprensa nos últimos dois
meses. “Nos últimos 20 anos nenhum prefeito
colocou o dedo nessa ferida. Não estou
criticando, mas estou fazendo uma
constatação, pois o tema é polêmico, porque é
difícil. Agora eu fui eleito para fazer uma
gestão diferente, um novo modelo de gestão”,
disse o prefeito.
O tucano aproveitou para fazer críticas ao PT e
aos demais oposicionistas, e chegou a
“desafiá-los” para apresentar outra fórmula
para conseguir pagar a dívida e realizar
investimentos na cidade, algo que considera
impossível.
Durante a sessão da Câmara, a vereadora
Bete Siraque (PT) voltou a fazer críticas ao
projeto. “Fizemos uma audiência pública e
ficamos aqui até 1h da manhã para debater o
projeto e cada vez que debatíamos eu tinha
mais certeza que era um projeto ruim para a
cidade”, disse a petista ao relembrar a
tentativa de barrar a proposta de concessão
na Justiça, mas o resultado não foi dado em
tempo hábil.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/269
1040/sabesp-entrega-proposta-para-semasa-
segunda-feira/
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: Guia Taubaté
Data: 27/06/2019
Representante do Procon fala em “baixo
volume” de reclamações sobre Sabesp
Chefe da divisão de Taubaté esteve reunido
com membros da CPI que apuram prestação
de serviços da empresa na cidade
Nesta quinta-feira (27), integrantes da CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) da
Sabesp, estiveram reunidos para traçar sobre
a linha de atuação e entender melhor como
age e qual o papel da Fundação Procon
perante as reclamações dos munícipes.
O chefe da divisão do Procon, Francisco
Rubim, comentou que infelizmente, a
Fundação não recebe um volume grande de
reclamações referente à qualidade de água
fornecida pela Sabesp. “O consumidor que se
sentir lesado precisa ir ao Procon com uma
declaração sobre o ocorrido, fotos ou vídeos
não são obrigatórios, já que muitas vezes não
são utilizados durante os trâmites processuais,
mas a reclamação é fundamental para que se
tomem as medidas cabíveis”, explicou.
Ainda segundo o representante, o Procon não
tem poder judicial, é apenas um órgão
mediador, mas a Sabesp, na maioria dos
casos, consegue sanar os problemas seja na
forma de desconto na conta ou ressarcimentos
dos dias em que o consumidor foi prejudicado.
Sem a demanda, a Fundação não consegue
fazer os ofícios e aguardar o retorno da
empresa.
De acordo com a Câmara, atualmente o
Procon individualiza as reclamações, ou seja,
não há como reivindicar por meio de abaixo-
assinado ou representações de bairros, por
exemplo. O que existe são audiências
coletivas, caso o assunto tratado seja o
mesmo. Portanto, é necessário que cada
munícipes realiza suas contestações
individualmente. Estes requerimentos podem
ser feitos pelo site do Procon
(procon.sp.gov.br), embora essa forma não
tenha a gerência em Taubaté e possa
aumentar o tempo do processo.
A CPI da Sabesp foi instaurada com o
objetivo de investigar e apurar os fatos
correlatados acerca da prestação de serviços
da Sabesp, proposta por requerimento do
vereador Douglas Carbonne (PCdoB), que é o
presidente da comissão.
Os outros membros da CPI são Dentinho (PV),
que é relator, Loreny (PPS), secretária, e os
vereadores Guará Filho (PR) e Nunes Coelho
(PRB), demais participantes. O prazo para a
conclusão dos trabalhos será de 180 dias,
prorrogável até o final da atual Legislatura,
para a apresentação de relatório dos
trabalhos.
https://guiataubate.com.br/noticias/2019/6/re
presentante-do-procon-fala-em-baixo-volume-
de-reclamacoes-sobre-sabesp
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: ABC DO ABC
Data: 27/06/2019
Sabesp já arrecadou mais de meio milhão
de peças para Campanha do Agasalho
Portal do ABCdoABC
Fonte: Sabesp
Mais de 4 mil cobertores foram doados, e a
meta é ultrapassar o 1,55 milhão de peças
arrecadadas no ano passado
A Campanha do Agasalho da Sabesp deste
ano já ultrapassou a marca de meio milhão
de peças arrecadadas, incluindo mais de 4 mil
cobertores novos. O número alcançado se
deve aos esforços de voluntariado
corporativo da Companhia. A Sabesp segue
com o desafio de bater o recorde anterior, já
que é uma das empresas que mais arrecadam
todos os anos. A meta é superar a marca do
ano passado, de cerca de 1,55 milhão peças.
Existem pontos de coleta da Sabesp
espalhados por todo o Estado de São Paulo,
distribuídos pelo litoral, interior e capital, com
caixas de coleta dentro das instalações da
empresa e também nas agências de
atendimento, uma forma de estimular os
clientes a contribuírem.
As principais iniciativas para arrecadação vão
desde cafés da manhã solidários, ações entre
amigos, noites do caldo, churrasco, atuação
em eventos para coleta de agasalhos, festa
junina, esportes solidários, pedágios nas
cidades do interior e litoral, arrastão do bem,
e atividades que fazem aquecer o inverno e
contribuir para diminuir as desigualdades.
No lançamento da Campanha do Agasalho, o
Fundo Social do Estado de São Paulo orientou
que os parceiros da campanha destinem
os cobertores prioritariamente a hospitais,
creches e asilos. Entre os beneficiados está o
Hospital Cruz Verde, no bairro de Vila
Leopoldina, em São Paulo, que atende a
crianças com paralisia cerebral e que conta
hoje com cerca de 200 leitos e 8 mil
atendimentos ambulatoriais por mês. No
interior e litoral, as doações serão entregues
principalmente a Santas Casas de Saúde.
Festa com a banda Demônios da Garoa
vai arrecadar cobertores
No próximo dia 5 de julho, o corpo de
voluntariado da Sabesp realizará nas
instalações do seu grêmio uma grande festa
para compra de cobertores. O palco terá show
da banda tradicional de samba paulistano
Demônios da Garoa. O espaço vai oferecer
comidinhas de quermesse, churrasco, lanches,
caldo, doces e bebidas.
O início está previsto para as 18h, com
termino às 23h. O endereço é Avenida do
Estado, 561. O valor do ingresso é de 40
reais, que pode ser adquirido no local, no dia
do evento. Para mais informações, é possível
entrar em contato pelo telefone (11) 3388-
7200.
A venda dos ingressos será revertida para
compra de cobertores que serão destinados a
hospitais, Santas Casas, asilos e albergues.
https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/sab
esp-ja-arrecadou-mais-meio-milhao-pecas-
campanha-agasalho-83905
Voltar ao Sumário
13
Grupo de Comunicação
Veículo: Secretaria de Educação de SP
Data: 27/06/2019
Como foi a visita de estudantes de Osasco
em Estação de Tratamento de Esgoto da
capital
Os estudantes da Escola Estadual Armando
Garban conheceram, na quarta-feira (19), a
Estação do Tratamento de Esgoto da
Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) da região
metropolitana do ABC. Cerca de 34 estudantes
do ensino médio, que pertencem a Equipe
Permanente de Alunos que coordenam as
ações ambientais da escola, participaram da
visita.
“O foco principal do trabalho de educação
ambiental deste é a coleta e tratamento dos
esgotos, por isso é importante que as crianças
conheçam como todo o processo funciona e a
importância que ele tem no nosso dia a dia”,
disse o professor de história José Sebastião
Rodrigues.
A visita começou com a palestra do técnico em
sistema de saneamento da Sabesp Patrick
Baldassin, que explicou aos estudantes como
funciona o tratamento de esgoto. Logo depois,
os levou para conhecer na maneira prática
como é feito o processo. Também foi exibida a
estação elevatória final, as caixas de areia, os
decantadores primários e secundários e os
tanques de aeração.
Durante todo o passeio foi ressaltado pelo
técnico a importância do trabalho da Sabesp.
“O não tratamento da água pode causar a
morte dos peixes, odores nocivos à população,
criação de escuma, alteração na cor da água e
a manifestação de doenças”, disse Patrick, que
também ressaltou a o objetivo da empresa:
“Nós evitamos que ocorram essas situações e
protegemos o meio ambiente, cuidando assim,
da qualidade de vida da população”.
Os participantes destacaram papel importante
que realizam na escola, visando a preservação
do meio ambiente. “Nós fazemos coleta na
escola, de papeis, pilhas e baterias. A
quantidade de resíduos diminuiu muito”, disse
a aluna do primeiro colegial Paloma Oliveira,
que também mostrou como o comportamento
dos jovens mudaram na escola: “Hoje nós não
desperdiçamos as folhas de nossos cadernos”.
Os comportamentos dos estudantes mudaram
dentro de casa também, como no caso do
Guilherme Jackson, estudante do primeiro
colegial: “Eu fico no pé nos meus familiares
para que gastem menos detergente e água.
Agora nós reciclamos o lixo em casa para que
eu possa levá-lo na escola e o descarte ser
feito de maneira correta”.
https://www.educacao.sp.gov.br/noticia/como
-foi-visita-de-estudantes-de-osasco-em-
estacao-de-tratamento-de-esgoto-da-capital/
Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação
Veículo: JCnet Bauru
Data: 26/06/2019
Município deve 342,7 ‘campos de futebol’
em compensação ambiental
Passivo refere-se ao total de áreas que
prefeitura tem de comprar para repor ao
ambiente por obras como ETE, interceptores,
PAC asfalto e outras
Nélson Gonçalves
O canteiro de obras da Estação de Esgoto, iniciada em 2015, gera sozinho uma compensação ambiental de 47,43 hectares
A Prefeitura de Bauru tem de adquirir
2,447.200 milhões de metros quadrados de
vegetação para "pagar" a conta por
intervenções em infraestrutura realizadas nos
últimos anos, o equivalente ao tamanho de
342,7 campos de futebol padrão Fifa (68 m x
105 m). O passivo ambiental acumulado junto
à Cetesb refere-se, sobretudo, a obras como
a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE),
instalação de rede de interceptores e
pavimentação (PAC Asfalto).
Assim, a maior parte do volume de títulos
registrados em nome do município é da gestão
passada. A transferência de outra boa parte
do total é do atual governo, que ainda não
conseguiu concluir as obras da ETE e encerrar
o cronograma do PAC asfalto em bairros da
periferia.
O passivo ambiental alimenta o mercado
imobiliário local. Proprietários de glebas de
vegetação do bioma cerrado estão com ofertas
de venda em andamento junto ao
Departamento de Água e Esgoto (DAE). A
autarquia está com edital de chamamento
público em andamento para adquirir 120
hectares. Mas, segundo o presidente Eliseu
Areco Neto, a atualização da demanda aponta
para a necessidade de compra de 114,72
hectares da "conta de compensação
ambiental". São 67,29 hectares relativos a
interceptores e outros 67,29 hectares para
"pagar" a compensação pela instalação da
ETE, informa a diretora jurídica do DAE, Mayra
Fernandes.
A vantagem do DAE sobre a Prefeitura é que
há caixa garantido para o pagamento, o que
estimula ainda mais o mercado. A autarquia
tem saldo de milhões do Fundo de Tratamento
de Esgoto (FTE) para bancar a aquisição. No
ano passado, o prefeito Clodoaldo Gazzetta
disse que ia avaliar a viabilidade de adquirir
gleba de cerrado pertencente à Cohab. A
medida significaria injetar recursos na
companhia com o uso de recursos da
compensação ambiental. A presidência da
companhia defendeu a medida. Mas não se
tem notícia de que a ação avançou no
governo.
Areco disse que o chamamento atraiu vários
interessados. "Nós temos o edital em aberto e
esse programa está vinculado a uma série de
obrigações previstas na instalação do
cronograma de saneamento, com a ETE e os
interceptores. Nossa questão nesse momento
é fazer pente fino na questão da localização,
classificação e preço de áreas que o mercado
apresentou interesse", conta Eliseu.
Conforme Areco, será necessário contratar
perícia para elaboração de laudo técnico de
avaliação. "Consideramos que o preço de
muitas áreas está acima do mercado. E essa
decisão envolve cuidado normativo. Vamos
contratar perícia para laudo especializado, a
fim de que sejam definidas diretrizes sólidas
para o valor do metro quadrado em relação a
essas áreas. Não se pode levar como
referência o metro quadrado para área
urbana, ou loteada, para gleba de mata, a
maioria rural. Vamos resolver isso para depois
caminhar com esse procedimento", adianta.
Mas, de acordo com o secretário Municipal do
Meio Ambiente (Semma), Sidnei Rodrigues, a
maior conta é da prefeitura, sem contar o
DAE. "Temos acumulado como compensação
ambiental a ser cumprida uma quantidade
muito grande relativa ao PAC Asfalto. A
Semma verificou junto à Cetesb que isso
representa hoje, como título registrado a
compensar, um pouco mais de 1.300.000
metros quadrados de área, ou 130 hectares",
conta.
15
Grupo de Comunicação
Em sua gestão como prefeito, Rodrigo
Agostinho chegou a concluir aquisições por
compensação. Um exemplo é a compra de
algo em torno de 110 mil metros quadrados
da chamada floresta urbana, mas a R$ 24,50
o metro quadrado, na oportunidade. O
município, portanto, detém parte da mata
onde se discute, em outra matrícula, a
indenização milionária de R$ 33 milhões (com
cotação a R$ 139,04 o metro quadrado).
A compensação efetivada por Rodrigo
Agostinho foi para resolver a pendência
relativa às obras da Avenida Nações Unidas
Norte, na época.
https://www.jcnet.com.br/Politica/2019/06/m
unicipio-deve-3427-campos-de-futebol-em-
compensacao-ambiental.html
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário Mogi
Data: 27/06/2019
Aberto inquérito para apurar crime
ambiental
Laércio Ribeiro
Em mais uma operação da Delegacia do Meio
Ambiente de Mogi das Cruzes, a equipe do
delegado titular Francisco Del Poente flagrou,
por volta do meio-dia de ontem, crime
ambiental que em tese foi cometido pela
empresa CS Brasil, em um terreno localizado
na Rua Joaquim Pereira de Carvalho, na Volta
Fria. Ao falar a O Diário, a autoridade explicou
que recebeu ofício da Câmara Municipal e
designou os policiais civis Sérgio Ramos e
Edmar Hideki para verificarem a área e ficou
constatado que a empresa fazia normalmente
o transbordo de resíduo sólido.
O local conforme disse o delegado Del Poente
não possui licença de operação emitido da
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo). Ele afirmou que já abriu
inquérito policial para apurar o manuseio de
lixo no terreno.
O representante da CS Brasil, Fernando
Vicente do Nascimento foi levado à delegacia,
onde a constatação da denúncia foi registrada
em boletim de ocorrência. A Polícia o informou
sobre a proibição da CS Brasil manusear lixo
no terreno.
http://www.odiariodemogi.net.br/aberto-
inquerito-para-apurar-crime-ambiental/
Voltar ao Sumário
17
Grupo de Comunicação
Veículo1: Isto É online
Veículo2: Correio Popular
Veículo3: O Liberal - Americana
Data: 27/06/2019
Moradores de bairros de SP buscam lar para animais abandonados
Indignados com o aumento de animais
domésticos abandonados, sendo que alguns
deles são vítimas de maus-tratos, moradores
do Parque Residencial D'Abril, na zona leste,
uniram-se para oferecer abrigo e tratamento
médico. Eles fazem campanhas em busca de
auxílio e de um novo lar para os animais.
Muitos atuam efetivamente como protetores
de animais.
'Os cachorrinhos ficam felizes só de receberem
ração, água ou mesmo carinho. Já ajudei a
resgatar cachorros vítimas de violência, gata
prenha e filhotes de cães abandonados até na
beira de rio', afirma a moradora Simone
Ferreira.
Ela explica que, após resgatar os bichos, ela e
outros moradores procuram um ambiente
seguro para abrigar os animais, buscam
auxílio veterinário e apoio de outros
moradores e organizações de defesa animal
para encontrar um novo lar para o bicho.
Simone recorda duas histórias, uma delas já
com final feliz. 'Com a ajuda da minha prima e
de sua sogra, conseguimos resgatar uma
cachorrinha que, embora morasse em uma
casa, não recebia cuidados médicos e nem
alimentação. Os donos aceitaram doá-la.
Depois de levarmos ao veterinário, a Belinha
encontrou um lar amoroso, como ela merece.
Está super bem e agora atende por Berlinda.
Outro caso recente é da Filó. Ela apanhava do
dono quando ele chegava alcoolizado. Ela foi
resgatada por moradores e precisou de
tratamento veterinário', disse Simone.
'A Filó foi encontrada na rua por um menino
de 14 anos, ainda filhote, só que a mãe dele
não aceitou e o irmão dela pegou a Filó para
cuidar, mas como ele é alcoólatra, toda vez
que chegava bêbado batia nela e mal dava
comida. Se ela fizesse cocô no quintal, ele
batia nela. Um absurdo', destaca texto em
grupo criado no WhatsApp por moradores que
tentam ajudar a cadelinha.
Ainda na zona leste da capital paulista,
moradora relata que há um cachorro perdido
na Rua Irmão Deodoro, 912, na Vila Princesa
Isabel.
'Preciso de ajuda. Esses dias apareceu um
cachorro aqui na minha porta. Ele chegou
machucado. Estou dando água e comida. Não
sei de onde ele veio. Já procurei o dono, mas
não o encontrei. Estou cuidando dele do jeito
que posso, mas se chover não tem onde ficar.
Ele precisa de um lar', disse uma jovem que
está cuidando do cão.
Crime
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente, o abuso ou maus-tratos de
animais é considerado crime ambiental,
conforme determina a Lei nº 9.605/98, sujeito
à detenção de três meses a um ano, além de
multa.
Em 2018 foram apreendidos 49.527 animais
silvestres e domésticos no Estado de São
Paulo e aplicadas 13.784 multas; já em 2017,
foram emitidas 12.510 penalidades e 34.454
animais apreendidos.
A aposentada Marilda Araújo também lamenta
os maus-tratos aos animais. Ela coloca água e
ração para cães que costumam passar em
frente a sua casa. 'Tem uns cinco cães.
Sempre coloco ração e água. Fico com pena
porque muitos só querem carinho', diz a
moradora que já tem dois cachorros e mesmo
assim ainda tenta ajudar outros animais.
Em pontos de táxi e postos de gasolina,
geralmente há uma casinha e vasilhas ao lado
dos animais 'adotados' por taxistas e
frentistas.
'A gente toma conta deles e eles acabam
fazendo companhia para a gente enquanto
aguardamos a chegada de clientes', disse o
taxista Nildo Sampaio.
A reportagem visitou algumas ruas do bairro
Vila Síria, na zona leste, e observou que
alguns moradores costumam dar água e ração
para os animais de rua. Alguns já são
conhecidos do bairro, outros apenas de
passagem aproveitam para fazer 'uma
refeição'.
'A Laila e a Menina são duas cachorrinhas do
bairro. Elas têm donos, mas ficam na rua a
maior parte do tempo. Elas são alimentadas
pelos moradores e comerciantes da rua. Tem
18
Grupo de Comunicação
vezes que elas aparecem apenas para receber
um pouquinho de atenção. Quem tem animal
de estimação deveria entender que ele precisa
de carinho e cuidados com a alimentação e a
saúde. Não dá para pegar um cachorro, por
exemplo, e simplesmente abandoná-lo,
quando não o quiser mais', ressalta moradora
que preferiu não se identificar.
Vale lembrar que existe um serviço de defesa
de cães e gatos. Os moradores de 39
municípios da Grande São Paulo e da capital
paulista podem fazer denúncias pelo telefone
0800 600 6428. Antes, as denúncias eram
feitas pelo telefone 190 da Polícia Militar.
Em casos de maus-tratos, o animal será
acolhido pelo Resgate PET que fará os
primeiros atendimentos médicos veterinários e
o levará a um abrigo. Assim que conseguirem
ter a saúde restabelecida e com autorização
judicial, os pets poderão encontrar uma nova
família por meio das feiras de adoção.
Manchinha
Relembre: A morte de um cachorro em
dezembro gerou uma onda de protestos contra
o Carrefour. Imagens de uma câmera de
segurança obtida pela Delegacia de Meio
Ambiente de Osasco, na Grande São Paulo,
mostrou o momento em que um homem usou
uma barra metálica para agredir um cãozinho
do Carrefour. A pessoa, identificada como um
segurança terceirizado da loja, acertou o
animal com um golpe e rasgou sua coxa
traseira. O ferimento fez com que o cãozinho
'Manchinha', como era conhecido, ficasse
sangrando. Ele não resistiu aos ferimentos.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26210099&e=577
Voltar ao Sumário
19
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Mogi
Data: 28/06/2019
Ilha Marabá quer atrair visitantes
Um exemplar da vegetação nativa da Mata
Atlântica em meio à área urbana de Mogi das
Cruzes. Este é um dos ganhos da cidade com
a reinauguração da Ilha Marabá, ontem,
dentro da programação do Junho Verde. O
espaço passa a funcionar de segunda a sexta-
feira, das 8 às 17 horas, e tem como foco
principal atrair alunos das escolas mogianas
para que a educação ambiental esteja entre os
temas debatidos por esses jovens.
Nas palavras do prefeito Marcus Melo (PSDB),
o lugar está sendo 'devolvido' à Secretaria
Municipal de Verde e Meio Ambiente, já que a
pasta desenvolveu atividades por ali durante
10 anos, mas o espaço logo mudou de
utilidade e chegou a abrigar a Coordenadoria
Municipal de Turismo.
'Estamos devolvendo o espaço para que os
alunos possam entender e serem
sensibilizados da importância da questão do
meio ambiente. Nós temos uma
responsabilidade gigantesca na nossa cidade
sobre a preservação, até por fornecermos
água para consumo na Grande São Paulo. É
muito importante que as crianças entendam a
consciência que a gente precisa ter para que,
num futuro próximo, como adultos, não
joguem lixo no chão e tenham a dimensão da
importância dessa preservação ambiental',
comentou Melo.
A Ilha Marabá passa ainda a ser uma atração
turística de Mogi, principalmente por estar em
um bairro de fácil acesso, que é o Mogilar. Por
lá, outras atividades, além da visitação,
passarão a acontecer, segundo o secretário
municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel
Teixeira de Lima. Parte do programa de
Doação de Mudas acontecerá por lá, assim
como cursos, sessões de cinema ambiental e
debates.
Para que a inauguração acontecesse, os
13.410m² do local passaram por uma
restauração. O imóvel foi todo pintado e, em
uma parceria da Secretaria com o Instituto
Embu de Sustentabilidade, recebeu novos
equipamentos, como televisão, telão e sistema
wi-fi para internet. Entretanto, a principal
reforma aconteceu na ponte sobre o trecho do
Rio Tietê que passa pela ilha. Foram investidos
R$ 48.785,09 para que a empresa
especializada contratada pela Prefeitura
pudesse substituir todo o madeiramento e
reforçar a estrutura metálica.
Pela travessia é possível ver o quanto aquele
trecho do rio está assoreado. 'O
desassoreamento é uma demanda da cidade e
o prefeito deixou isso claro para o secretário
estadual do Meio Ambiente, Marcos
Penido, que falou que uma das metas do
Governo é reiniciar este processo no Tietê. A
gente não quer esse problema, muito pelo
contrário. O que nós queremos é que
possamos trazer as pessoas para verem, se
incomodarem e cobrarem', frisou Lima.
O professor e pesquisador do Núcleo
Integrado de Biotecnologia da Universidade de
Mogi das Cruzes, Alexandre Hilsdorf, realizou
durante a inauguração uma soltura de peixes
simbólica no trecho corrente do Tietê que está
dentro da ilha. Foram levados até o local
quatro espécies, sendo 30 tabaranas, 30
carás, 300 lambaris do rabo vermelho e 50
curimbatás-da-lagoa.
'Nós fazemos este gesto simbólico como forma
de educação ambiental, mas esperamos que
eles sigam o curso da água corrente, porque a
outra parte do rio que passa por aqui está
muito assoreada e ainda tem o risco do bagre
da África, que é uma espécie que sobrevive
em situações adversas e ainda pode trazer
riscos aos outros peixes', revelou.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26251002&e=577
Voltar ao Sumário
20
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Data: 27/06/2019
Após cinco anos fechada para reforma a
Ilha Marabá em Mogi das Cruzes é
reaberta nesta quinta-feira
Esta é uma das poucas ilhas fluviais que
existem ao longo do rio Tietê.
Após cinco anos fechada para reforma, a Ilha
Marabá em Mogi das Cruzes foi reaberta nesta
quinta-feira (29). Marabá é uma das poucas
ilhas fluviais que existem ao longo da
extensão do Rio Tietê.
A principal reforma foi feita na ponte que fica
sobre o rio, onde cabos de aço e todo o
madeiramento foram trocados.
'Trocamos toda a estrutura para que o público
possa acessar a ilha, que agora é organizada
com placas indicando as trilhas', explica o
secretário de Verde e Meio Ambiente, Daniel
Teixeira de Lima.
A sede da Ilha Marabá também ganhou uma
reforma interna, com pintura e novos
equipamentos. A ideia é que o espaço volte a
funcionar como um Núcleo de Educação
Ambiental.
A Ilha Marabá é considerada um santuário
ecológico e conta com cerca de 40 espécies de
animais e mais de 100 plantas distribuídas em
13 mil e 400 metros quadrados.
Lima explica ainda que não há necessidade de
fazer agendamento, apenas para grandes
grupos que necessitam de monitor.
Para comemorar a reabertura foi realizada
,também nesta quinta-feira (27), a soltura de
peixes nativos do Tietê pelo professor
Alexandre Hilsdorf.
Os visitantes podem conhecer a Ilha de
segunda a sexta-feira das 8h às 17h. A
atração fica na Rua Delphino Alves Gregório,
número 724, no Mogilar, em Mogi das Cruzes.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26219083&e=577
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
21
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: HORA NEWS/RECORD
NEWS/SÃO PAULO
Data: 27/06/2019
Pesquisadores da UNESP criam talheres
comestíveis
HORA NEWS/RECORD NEWS/SÃO PAULO Data
Veiculação: 27/06/2019 às 17h32
Duração: 00:04:03
Transcrição
Para eles de volta responder que já pensa em
comer pratos, talheres e copos. Tudo isso
depois de uma refeição até parece estranho só
que essa possibilidade está tão distante não
embalagens comestíveis estão sendo
fabricadas aqui no interior de São Paulo, a
parte de uma pesquisa feita na Universidade
Estadual Paulista será que essa ideia agradou
o paladar de quem experimentou essa
novidade. Essa é uma das receitas mais
tradicionais da culinária japonesa. O preparo
dos terá show, começa com ar os depois vem
uma série de outros ingredientes. O prato
original da cozinha japonesa e que fez o nosso
do sushi tanto é que a tradução é sushi
espalhado, pode ser não Pato continuou na
tigela, nós adotamos o princípio da como.
Neste restaurante da zona norte de São Paulo
terá shows e servindo como um prato
executivo, mais elaborado e convenhamos
vale a pena só que essa receita tradicional e
deliciosa tem um detalhe. Ela é servida nessa
cumbuca que que mais parece ser de isopor,
mas só parece porque esse material aqui é
feito de fécula de mandioca que além de ser
biodegradável também é. Também é
comestível que é gostoso e agora tem um
detalhe mais ou para a gente entender melhor
essa história, vamos dar um pulinho lá no
interior de São Paulo, onde tudo começou,
porque estamos em Botucatu, a duzentos e
trinta quilômetros de São Paulo. Esta fábrica é
onde a fécula de mandioca mesmo ingrediente
usado para fazer a tapioca é transformada em
utensílios de cozinha. Essa Massa disposta nas
formas depois de levar ao forno sai com
resistência versatilidade e melhor ainda ter
como este. Voltamos ao restaurante japonês,
a ideia de servir o terá Xingu diz que podem
ser consumidas partiu desses dois empresários
do do que destinadas entregas vai nestas
embalagens todo mundo aqui, que recebem
acima de nós nasceu na laje em face da
Samsung e de cara é muito boa se ensina que
os clientes em será que gostaram mês. Nem
esperou a corrida chegaram fim a um Book em
si que é comestível nela não tem sabor de
nada, mas ela vai pegando gosto da das
conservas a gente esquece que o que é bem
interessante, quem adotou o conceito que
envolve esse tipo de embalagem. Não pensa
apenas em vender o produto quer também
contribuir para a preservação do meio
Ambiente e não é para menos, segundo a
Associação Brasileira de empresas de Limpeza
Urbana todos os dias no Brasil são produzidas
quase duzentas e cinquenta toneladas de lixo
urbano apenas três por cento são reciclados
pequenas atitudes podem ajudar a reduzir
essa montanha de resíduos. A produção de
riscos e se partidos gelado, a base de banana
leite de coco leite de aveia vai além do uso de
produtos orgânicos, o corpo de quatrocentos e
quarenta mililitros também a de fécula de
mandioca, ou seja, uma coisa que é puro lixo
como insensível eu acho que é isso que é
legal, a ideia de quem consome a delícia sabe
que contribui para o maior. E quem vende
também esperam soluções, diz que esse é um
exemplo para as outras empresas com melhor
começo, consumidores e de ser mais
conscientes de pensão, antes de usar um saco
de plástico com uma garrafa de plástico e para
o planeta melhor e esse pessoal tem acertados
seja no restaurante de comida japonesa. Ou o
batido gelado servido no Copa legal e gostoso
né. Quando ele andar de de conta de luz e de
Janeiro e também aqui tem que comer, não só
foi dentro, mas o corpo da menina.
http://cloud.boxnet.com.br/y3cwyqa5
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
22
Grupo de Comunicação
Veículo: UOL Notícias
Data: 27/06/2019
Ao liberar agrotóxicos, Brasil vai na
contramão da tendência mundial, diz Le
Monde
O jornal Le Monde que chegou às bancas na
tarde dessa quinta-feira (27) traz uma
reportagem de meia página sobre o Brasil. O
artigo alerta, com preocupação, para o
possível impacto na saúde da população com a
liberação de mais de 200 agrotóxicos pelo
governo brasileiro, desde janeiro.
O texto, assinado pela correspondente do Le
Monde no Brasil Claire Gatinois, começa
relatando a decisão de Johannes Cullberg,
dono de uma rede de supermercados na
Suécia, que boicotou os produtos brasileiros
em razão da presença de agrotóxicos. A
jornalista diz que o episódio pode parecer
insignificante, afinal o sueco dirige apenas
quatro supermercados. No entanto, a história,
que viralizou nas redes sociais após a criação
do #boycottbralizianfood, irritou muito em
Brasília, explica a matéria.
A ministra brasileira Tereza Cristina acusa o
sueco de difamação, relata Le Monde. A
representante do governo teria alegado que se
os alimentos brasileiros estivessem realmente
impregnados de substâncias nocivas para a
saúde, o Brasil não exportaria tantos produtos
com sucesso para 160 países.
No entanto, ressalta o texto, a ministra
"esquece de mencionar que um carregamento
de soja brasileira já foi bloqueado em
fevereiro na fronteira da Rússia por ter
ultrapassado os limites autorizados de
resíduos de glifosato", controverso herbicida
acusado várias vezes de provocar câncer.
A reportagem do vespertino também lembra
que a ministra brasileira não tem boa
reputação, e chegou a ser apelidada de "musa
do veneno", em referência ao polêmico texto
que apoia a aceleração das autorizações para
o uso de agrotóxicos, defendido por Tereza
Cristina.
Apesar de ser contestado por defensores do
meio ambiente, o projeto ganha força,
principalmente "com a chegada ao poder no
Brasil de uma extrema direita que vê o
aquecimento do planeta como um complô
marxista", frisa Le Monde, em alusão à
incredulidade do governo Bolsonaro diante dos
alertas ligados às mudanças climáticas.
Apoio do agrobusiness
O texto ressalta ainda que muitos dos
agrotóxicos autorizados esse ano no Brasil não
foram analisados para uma medição de sua
periculosidade e que algumas dessas
substâncias já são proibidas em vários países.
Ouvida pelo Le Monde, Aline Gurgel, do
Instituto Oswaldo Cruz, afirma que dos 197
agrotóxicos que começaram a ser
comercializados em maio, quase metade é
considerada extremamente ou altamente
tóxica. Mas "o governo foi eleito graças ao
apoio do agrobusiness", o que explicaria essa
falta de controle, segundo Larissa Mies
Bobardi, pesquisadora da Universidade de São
Paulo, também citada pelo jornal francês.
"Essa corrida pelos agrotóxicos, na contramão
da tendência mundial, preocupa ainda mais no
caso do Brasil, que já é considerado desde
2008 o maior consumidor mundial de produtos
químicos na agricultura", analisa Le Monde. O
vespertino aponta que, em 2017, o Instituto
Nacional do Câncer concluiu que cada
brasileiro consumia, em média, cerca de 5
quilos de agrotóxicos por ano. E o uso em
massa desses produtos, frequentemente
pulverizados nas plantações, se acelerou após
a autorização da agricultura transgênica no
Brasil desde o início dos anos 2000, assinala o
texto.
"As consequências a longo prazo podem ser
dramáticas", se preocupa Le Monde, que lista
o aumento de casos de câncer e de
malformação congênita, que já começam a ser
associados ao contato com da população com
os agrotóxicos.
http://cloud.boxnet.com.br/y2tuufwf
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
23
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha do ABC
Data: 27/06/2019
SCS: 1° lugar do Brasil em ranking de
saneamento básico
O Saesa (Sistema de Água, Esgoto e
Saneamento Ambiental) levou São Caetano,
novamente, à primeira colocação no ranking
da ABES (Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental), referente à
universalização do saneamento básico. Na
lista da 2017, com dados de 2016, a cidade
estava em 18º lugar e, agora, por dois anos
consecutivos (2018 e 2019), São Caetano
obteve nota máxima (500 pontos), por ter
atingido 100% da população em distribuição
de água, coleta e tratamento de esgoto e
coleta e destinação de resíduos sólidos.
“Temos empenhado esforços para elevar a
qualidade dos serviços prestados em toda a
cidade. Prova disso são os bons indicadores
que colocam São Caetano sempre em altos
níveis”, avaliou o prefeito José Auricchio
Júnior.
O superintendente do Saesa, Rodrigo Toscano,
demonstrou satisfação pela conquista de São
Caetano do Sul. “Tiramos a cidade da 18º
colocação e levamos ao primeiro lugar, por
dois anos consecutivos. Para nós, é motivo de
muito orgulho e comprova que estamos no
caminho certo para, em um futuro próximo,
nos tornarmos referência nacional na
prestação dos serviços de saneamento
básico”, afirmou Toscano.
No mais recente estudo, 1.868 municípios
forneceram informações à ABES e apenas três
atingiram nota máxima: Piracicaba e Rio Claro
aparecem ao lado de São Caetano no topo da
lista.
http://cloud.boxnet.com.br/y223flmo
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
24
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 23/06/2019
Uma Fina Camada
A partir de 29 de junho, “Uma Fina Camada”
promove reflexão sobre a importância de
preservar a camada que protege a Terra
Visitantes do Museu Catavento, na capital
paulista, poderão ter uma experiência imersiva
entre 29 de junho e 28 de julho com a
exposição “Uma fina Camada”. A mostra, que
traz uma reflexão sobre a importância da
preservação da atmosfera, será patrocinada
pela Air Liquide, líder mundial em gases,
tecnologias e serviços para a indústria e a
saúde, por meio de recursos do Programa de
Ação Cultural (Proac) da Secretaria estadual
de Cultura.
A vida na Terra só é possível graças à
atmosfera, uma fina camada que envolve o
planeta – composta por diferentes gases – e
que controla a entrada de radiações nocivas,
regula o clima e permite a fotossíntese e a
respiração dos seres vivos. Ela é, contudo,
muito fina: tem cerca de 1 milésimo do
diâmetro da Terra.
Ou seja, se a Terra tivesse 1 metro de
diâmetro, essa camada teria apenas 1
milímetro de espessura. Assim, pode-se
imaginar a fragilidade desta parte do planeta
que a humanidade vem, pouco a pouco,
provocando mudanças profundas. Daí, o nome
da exposição: “Uma fina camada”.
A mostra foi exibida a primeira vez em 2015 e
foi sucesso de público. Para este ano, o
catálogo da exposição também foi
reformulado, inspirado nas dinâmicas do
Museu Catavento, e tem cunho educativo com
objetivo de provocar o visitante, trazendo
sugestões de atividades e curiosidades para
que as pessoas saiam do universo da
exposição e pesquisem para além dela.
Exibição no interior
A partir de agosto, por meio de parceria com o
Museu da Imagem e do Som de São Paulo
(MIS-SP), também da Secretaria Estadual de
Cultura, a exposição circula nos Pontos MIS de
algumas cidades do interior paulista a serem
definidas em conjunto com a administração de
cada Ponto MIS contemplado no Estado.
Em três desses municípios a exibição será
acompanhada de palestra ministrada pelo
biólogo, taxidermista e educador ambiental
Roan Leonardo Luca. Graduado em ciências
biológicas no CEUCLAR na cidade de Batatais,
atua desde 2007 na área da educação e em
projetos sociais com crianças, adolescentes e
adultos. Roan compôs a equipe de “Melhores
Interlocutores do Estado de São Paulo” no
Projeto Município Verde Azul da Secretaria de
Meio Ambiente.
“Com algumas reformulações e novidades,
conseguimos qualificar a exposição para que
ela atinja um público maior e de maneira mais
democrática. A parceria com os Pontos MIS,
por exemplo, vai permitir que o documentário
seja exibido em formato de cinema para muito
mais pessoas. A experiência de 2015 teve um
êxito muito grande e, agora, estamos muito
felizes em apresentar Uma Fina Camada num
formato mais legal”, afirma Gabriel Mayor,
diretor executivo.
O documentário
O curta-metragem, intitulado “Uma Fina
Camada”, tem roteiro de Sérgio Pompéia e
Jayme Serva, e traz imagens da natureza e do
espaço, animações que narram o surgimento
da atmosfera e sua importância para a vida no
planeta.
A combinação entre as animações e as
imagens reais foi feita com software de
composição digital. Efeitos especiais foram
utilizados para simular nuvens, fogo, fumaça,
chuvas e raios. Foram usadas também
imagens das agências espaciais ESA, do Earth
Timelapse preparado pelo astronauta
Alexander Gerst, do projeto Goddard, da
NASA. Imagens de natureza foram captadas
na Reserva Betary, sede do IPBio (Instituto de
Pesquisas da Biodiversidade), em Iporanga-
SP.
“Nossa ideia é sensibilizar os visitantes para a
necessidade de conhecermos melhor o ar que
respiramos e podermos mudar atitudes e
comportamentos para que a atmosfera
mantenha a sua qualidade para todos os seres
vivos”, afirma Pompéia.
Serviço
Exposição “Uma fina camada”
local: Palácio das Indústrias – Praça Cívica
Ulisses Guimarães, s/n (Avenida Mercúrio),
Parque Dom Pedro II, Centro – São Paulo/SP.
data: de 29 de junho a 28 de julho
horário: terça a domingo, das 9h às 17h – 20
sessões por dia
informações: (11) 3315-0051
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
25
Grupo de Comunicação
Veículo: Exame.com
Data: 27/06/2019
Salles falará com empresários sobre
privatização de florestas protegidas
Por Estadão Conteúdo
A intenção do Ministério do Meio Ambiente
seria repassar para a iniciativa privada pelo
menos 20 unidades de conservação ainda em
2019
Ricardo Salles: ministro terá reunião com empresários no dia 4 de julho, em São Paulo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília – O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, tem encontro marcado com
empresários, em São Paulo, para falar dos
planos do governo para conceder florestas
protegidas da União à iniciativa privada.
O evento marcado para o dia 4 de julho, em
São Paulo, foi organizado pelo Instituto
Semeia, criada pelo empresário Pedro Passos,
um dos fundadores da Natura. A ONG atua
como intermediária entre investidores e o
setor público, para incentivar a concessão de
parques nacionais.
Reportagem publicada em março pelo jornal O
Estado de S. Paulo revelou que o governo
planeja repassar ainda este ano para a
iniciativa privada pelo menos 20 unidades de
conservação. As prioridades são os parques de
Jericoacoara (CE), Lençóis Maranhenses (MA),
Chapada dos Guimarães (MT) e Aparados da
Serra (RS). Essas quatro unidades que serão
ofertadas inicialmente são visitadas hoje por
450 mil pessoas por ano. Hoje, todas são
controladas pelo Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio).
Fernando Pieroni, diretor-executivo do
Instituto Semeia, diz que a organização
defende um modelo de concessão em que o
empresário assuma 100% das áreas de
visitação dos parques, fazendo com que a
atuação do setor público se limite às áreas que
não possam ser acessadas por visitantes.
O encontro da próxima semana vai reunir
empresas como Parquetur Participações e
Socicam Terminais Rodoviários e
Representações, as quais assumiram, em
sociedade, o Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros (GO), em concessão feita em
dezembro do ano passado. O modelo dessa
concessão foi criticado por Ricardo Salles.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro
disse que foi um péssimo negócio. “Fizeram
uma concessão meia-boca, de alguns serviços,
dizendo que 80% tinha de continuar sob o
comando do ICMBio” declarou Salles. “O
resultado é uma concessão em que o
empreendedor não tem quase nenhuma
liberdade de atuação. Vamos inverter a lógica
dessas concessões. Vamos estabelecer um
mínimo de restrições. De resto, toma que o
filho é teu”, disse.
https://exame.abril.com.br/brasil/salles-
falara-com-empresarios-sobre-privatizacao-
de-florestas-protegidas/
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
26
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 28/06/2019
Da guerra contra coureiros aos criadouros
legalizados: a saga do jacaré-do-pantanal
Há 30 anos, o comércio de peles matou cerca
de 5 milhões de jacarés em MT e MS. Região
agora desenvolve criação controlada para o
abate.
Por Ana Carolina Moreno, G1
O Pantanal tem hoje uma população estimada de mais de dez milhões de jacarés (Caimam crocodilus yacare) — Foto: Eduardo Palacio/G1
O Pantanal é atualmente a casa de mais de
dez milhões de jacarés (Caimam crocodilus
yacare), mas o Hotel Baiazinha, localizado na
margem do Rio Paraguai, em Mato Grosso,
adotou só um como jacaré de estimação. "É o
Pedrinho", contou Margarete dos Santos Silva,
funcionária do hotel, sobre o bicho de mais de
metro que recebeu a reportagem do G1 em
uma visita em maio. Pedrinho talvez ainda não
tivesse nascido na década de 1980, quando
sua espécie virou o alvo preferido do comércio
de peles que matou pelo menos 5 milhões de
exemplares, mas assistiu ao nascimento e
expansão do negócio legal de criação de
jacarés-do-pantanal para consumo.
Só em um dos criadouros, atualmente mais de
70 mil animais são criados desde a choca até
o abate - os ovos são capturados nos ninhos
das fêmeas selvagens. Os defensores do
modelo de negócios argumentam que, ao
contrário do abate ilegal dos jacarés silvestres,
no criadouro eles crescem com a carne mais
macia, e por isso é possível aproveitar quase a
totalidade do corpo.
Já os exemplares que precisam sobreviver na
natureza se locomovem muito mais, seja
dentro ou fora d'água, e por isso a única parte
comestível para humanos é o rabo.
É o caso de Pedrinho. Sempre perambulando
pelo entorno do hotel, ele já se apegou aos
funcionários, e os segue com os olhos,
ignorando os demais visitantes desconhecidos.
Como todos os demais exemplares da espécie,
ele é calmo, capaz de ficar muito tempo
imóvel e se alimenta principalmente de peixes
e animais invertebrados.
Pantanal tem um fiscal a cada 204 km² para combater a caça e a pesca ilegal
Na mira dos coureiros
Foi a docilidade que colocou o jacaré na mira
dos coureiros paraguaios, que invadiram o
Pantanal brasileiro em busca de animais para
atender à demanda por peles na década de
1980, principalmente vinda de um comprador
que chegou ao Paraguai (assista no vídeo
acima).
"Foi alguma coisa como cinco milhões de
peles de jacaré, de onça-pintada, de outros
animais que apareciam na frente deles",
afirmou o coronel Angelo Rabelo, que era
policial militar na época e foi destacado para
combater a matança.
O coronel Ângelo Rabelo foi um dos policiais militares destacados para combater os coureiros que mataram cerca de 5 milhões de jacarés na década de 1980 — Foto: Eduardo Palacio/G1
Data: 28/06/2019
27
Grupo de Comunicação
Além dos paraguaios, brasileiros e bolivianos
também se envolveram no confronto, que
durou cerca de dez anos, com as autoridades
tentando impedir que os animais fossem
mortos, suas peles retiradas e transportadas
de avião até o Paraguai.
Houve mortos dos dois lados. Rabelo chegou a
levar um tiro no ombro em um confronto que
deixou um colega seu morto, da mesma forma
como os coureiros costumavam matar o
jacaré: um tiro entre os olhos.
O coronel, que hoje está reformado e trabalha
como diretor de Relações Institucionais do
Instituto Homem Pantaneiro (IHP), explica que
a guerra contra os coureiros só se resolveu
depois que o governo brasileiro criou a Polícia
Militar Ambiental (PMA), com policiais
especializados em crimes ambientais, e
reforçou o contingente.
Na década de 1980, o combate à caça no Pantanal era feito apenas com um contingente pequeno da Polícia Militar, um dos motivos pelos quais o governo decidiu criar a Polícia Militar Ambiental (PMA) — Foto: Arquivo pessoal/Ângelo Rabelo
Resposta do governo
No fim da década, cerca de 200 policiais
atuavam nesse combate, e a experiência
adquirida, principalmente na navegação dos
afluentes e nos caminhos de água conhecidos
como corixos, que variam bastante de acordo
com o nível de inundação do bioma, ajudaram
a controlar a questão. Outro elemento
também foi chave: uma legislação mais rígida.
Apesar de a caça a animais silvestres ser ilegal
no Brasil desde 1967, foi só com a Lei Fragelli,
aprovada em 1988, que ela de fato se tornou
um crime.
"Isso fortaleceu muito as nossas ações",
lembra Rabelo. "Nós tivemos muitas situações
de passar dias por um flagrante. Chegava lá
na delegacia, a delegacia fazia o registro.
Imediatamente, com um valor muito
simbólico, o caçador era liberado novamente e
voltava a caçar."
O coronel Ângelo Rabelo, durante planejamento de operação contra coureiros no Paraguai, na década de 1980 — Foto: Arquivo pessoal/Ângelo Rabelo
Policiais tiveram que aprender as peculiaridades do bioma pantaneiro para conseguir acabar com os coureiros — Foto: Arquivo pessoal/Ângelo Rabelo
A partir da década de 1990, a população de
jacarés voltou a crescer, e desde o início da
década especialistas já estimam que há vários
milhões de exemplares do Caimam yacare no
Pantanal.
Mas se as ameaças antes eram de
compradores de pele que se aproveitaram da
legislação flexível, hoje os animais continuam
sendo alvo esporádico de moradores locais e
turistas de pesca, que, longe dos olhos da
fiscalização, matam o jacaré apenas para
arrancar a cauda e comer a carne.
A cena de um jacaré morto boiando no Rio
Paraguai foi flagrada pela reportagem do G1
em maio deste ano.
Data: 28/06/2019
28
Grupo de Comunicação
Jacaré morto boiando no Rio Paraguai: caça é proibida, mas locais dizem que ela é motivada por turistas, interessados em comer a carne da cauda do animal — Foto: Eduardo Palacio/G1
Criadouros controlados
A criação de jacarés para o abate é uma
prática permitida no Brasil, mas exige licenças
ambientais específicas. Nos últimos anos, esse
tipo de comércio tem se expandido no
Pantanal, assim como as denúncias de
criadouros ilegais e de maus tratos aos
animais.
A empresa Caimasul, em Corumbá (MS), cria e abate jacarés para o comércio legalizado de peles e para o consumo da carne — Foto: Eduardo Palacio/G1
Hoje, um dos frigoríficos que atua nesse setor
fica a cerca de 30 quilômetros de Corumbá,
em Mato Grosso do Sul. A Caimasul abriu as
portas em 2013 como um criadouro de
jacarés, e há três anos inaugurou um
frigorífico onde os animais passam pelo abate
e corte. A operação tem licença do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do
Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do
Sul (Imasul).
Atualmente, os jacarés são obtidos na
natureza, mas ainda antes de nascer. Segundo
explicou ao G1 Willer Cardoso Girardi, diretor
administrativo da planta, o ciclo da criação ao
abate começa na coleta de ovos das fêmeas
selvagens.
"É uma oportunidade de geração de renda pro
ribeirinho, que é o grupo que vai fazer a coleta
dos ovos", explicou ele. Esse processo, porém,
precisa seguir várias regras.
Em 2017, a empresa já produzia 7 toneladas
de carne por mês (assista abaixo à
reportagem do Jornal da Globo):
Primeiro frigorífico de Jacarés no MS produz sete toneladas de carne por mês
Primeiro, fazendeiros autorizam o
procedimento nos ninhos que são encontrados
dentro de suas propriedades e catalogados
dentro de um sistema de
georreferenciamento. Depois, um estudo é
feito para estimar a população de jacarés no
local e de ovos nos ninhos – no máximo 5%
dos ninhos e 40% do total de ovos por região
podem ser alvo da coleta.
"Não pode interferir no ciclo de renovação
do animal", diz Willer Girardi, da Caimasul.
No criadouro, os ovos são incubados e mais e
70 mil jacarés são mantidos em diferentes
baias. Eles são divididos de acordo com seu
tamanho, desde os pequenos recém-nascidos,
que cabem na palma da mão, até chegarem a
8 quilos, o seu peso de abate.
Data: 28/06/2019
29
Grupo de Comunicação
Nascidos em cativeiro, jacarés bebês ainda nadam com pouca destreza em uma das baias do criadouro da Caimasul — Foto: Eduardo Palacio/G1
Filhotes de jacaré nascidos em cativeiro na empresa Caimasul: coleta de ovos na natureza acontece entre dezembro e fevereiro — Foto: Eduardo Palacio/G1
Jacaré em cativeiro x jacaré selvagem
Girardi diz que, em cativeiro, os jacarés têm
comportamentos distintos do que quando
crescem selvagens. O principal é o fato de
que, no ambiente controlado e em
temperaturas ideais, eles crescem mais
rapidamente, e em cerca de 20 meses já estão
prontos para o abate.
Na natureza, um jacaré vive muito mais, e
pode chegar aos 70 anos de idade.
Além disso, o processo de amadurecimento do
jacaré silvestre é mais demorado e acontece
quando ele tem entre nove e dez anos de
idade, segundo estudos feitos por
especialistas. Na Caimasul, Girardi conta que
se surpreendeu quando, com cerca de dois
anos, os animais começaram a copular dentro
das baias.
A novidade fez a empresa apressar seus
planos de conseguir seus próprios ovos a
partir do cruzamento entre os machos e
fêmeas do criadouro. Hoje, 1.300 exemplares
são usados como matrizes, e 2018 foi o
primeiro ano em que a empresa viu nascer
seus primeiros jacarés reproduzidos em
cativeiro.
Imagens impressionantes mostram mergulho com jacarés no Pantanal
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26248999&e=577
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
30
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Prisão de grupo de ministro no caso
dos laranjas do PSL deixa Bolsonaro sob
pressão
Camila Mattoso
A prisão de um assessor especial e de dois ex-
assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio
(Turismo) em razão de investigação sobre
candidaturas de laranjas do PSL na eleição de
2018 elevou a pressão sobre Jair Bolsonaro
(PSL).
A ação desta quinta-feira (27) da Polícia Federal,
que atinge o partido do presidente da República,
é decorrência da apuração sobre caso revelado
pela Folha em fevereiro e levou à retomada das
discussões sobre o futuro do ministro no
governo.
Aliados de Bolsonaro admitiram abalos com a
situação. Presidente interino durante viagem do
titular ao Japão, o general Hamilton Mourão disse
ser "óbvio" que Álvaro Antônio será demitido "se
houver alguma culpabilidade" no caso.
Os mandados de prisão temporária e de busca e
apreensão foram autorizados pela Justiça de
Minas Gerais. Computadores e telefones celulares
foram apreendidos.
Um dos presos é Mateus Von Rondon Martins,
assessor especial no Ministério do Turismo. Ele é
um dos mais próximos aliados de Álvaro Antônio
e seu braço direito na pasta do governo de Jair
Bolsonaro.
Também foram presos Roberto Silva Soares,
conhecido como Robertinho, e Haissander Souza
de Paula. Os dois atuaram na campanha eleitoral
que elegeu Álvaro Antônio deputado federal.
Robertinho foi o coordenador da campanha no
Vale do Aço, em Minas, e figurou como assessor
de seu gabinete na Câmara de 2015 a 2018. Já
Haissander também foi assessor do gabinete, de
2017 e 2019.
Em nota, o ministério afirmou que aguarda mais
informações para se pronunciar, mas disse não
haver relação entre as investigações e as
atividades de Von Rondon na pasta. Desde o
começo das revelações, o ministro tem negado
irregularidades.
Bolsonaro tem dito que a situação do ministro
causa desgaste para o governo e que esperaria a
conclusão da apuração da PF para decidir o seu
destino.
O presidente está em viagem para o encontro do
G20 do Japão e não se manifestou sobre as
prisões até a publicação deste texto. Chegou a
fazer sua transmissão semanal ao vivo em rede
social às 19h desta quinta-feira, mas não tratou
do caso.
"Ele [Bolsonaro] aguarda o desenlace das
investigações e, óbvio, se houver alguma
culpabilidade dele [Álvaro Antônio] no processo,
o presidente não vai ter nenhuma dúvida sobre
substituí-lo", disse Mourão nesta quinta em Porto
Alegre, durante a posse do juiz federal Victor
Laus como presidente do TRF-4 (Tribunal
Regional Federal da 4ª Região).
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, saiu
em defesa de Álvaro Antônio e buscou
desvincular um eventual desgaste na imagem da
gestão Bolsonaro. "Isso tudo são questões que
não têm nada a ver com o governo", disse. "O
governo continua confiando no seu ministro."
A avaliação de integrantes da cúpula militar, no
entanto, era oposta. Para eles, Bolsonaro já
deveria ter afastado o ministro desde o início da
investigação da Polícia Federal, uma vez que sua
permanência, nas palavras de assessores
palacianos, se tornou "insustentável" e prolonga
uma crise política.
No Congresso, aliados reconheceram haver
embaraço, enquanto a oposição vê uma tentativa
de blindagem do ministro para não afetar a
reforma da Previdência —diante disso, prepara
requerimento para convocá-lo.
“Está se avançando nas investigações.
Logicamente, a situação cria abalos para todos
nós. Mas que se apure e se responsabilize quem
tem que ser responsabilizado”, disse o líder do
PSL no Senado, Major Olímpio (SP).
Procurada pela Folha, a defesa de Von Rondon
afirmou que não se manifestaria sobre a prisão e
a investigação. A reportagem não localizou os
advogados de Robertinho Soares e Haissander de
Paula.
O caso das candidaturas laranjas do PSL é alvo
de investigações da PF e do Ministério Público em
Minas e em Pernambuco. A repercussão do
Data: 28/06/2019
31
Grupo de Comunicação
escândalo resultou na queda do ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo
Bebianno, que comandou o partido
nacionalmente em 2018.
As prisões desta quinta-feira tiveram como base
provas e depoimentos que apontam, segundo a
Justiça, que eles tiveram ativa participação no
esquema de candidaturas de laranjas patrocinado
pelo PSL de Minas Gerais.
Reportagens da Folha mostraram, desde
fevereiro, que Álvaro Antônio, em 2018
presidente do PSL de Minas, patrocinou no
estado um esquema que desviou recursos
públicos por meio de candidaturas laranjas.
Para a Justiça, há suspeita de que os
investigados tenham cometido o crime de caixa
dois eleitoral (normalmente tipificado no artigo
350 do Código Eleitoral) e de apropriação, em
proveito próprio, de recursos destinados ao
financiamento eleitoral (artigo 354-A) —com
penas de até cinco e seis anos de prisão,
respectivamente.
A decisão judicial teve como base a justificativa
de que os crimes são potencialmente graves e
atentam contra os princípios básicos da
democracia.
Após indicação do PSL de Minas, presidido à
época pelo próprio Álvaro Antônio, o comando
nacional do partido de Bolsonaro repassou R$
279 mil a quatro candidatas. O valor representa
o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral
(30%) para destinação do fundo eleitoral a
mulheres candidatas.
Apesar de figurar entre os 20 candidatos do PSL
no país que mais receberam dinheiro público,
essas quatro mulheres tiveram desempenho
insignificante. Juntas, receberam pouco mais de
2.000 votos, em um indicativo de candidaturas
de fachada, em que há simulação de alguns atos
reais de campanha, mas não empenho efetivo na
busca de votos.
Dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos
R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de
quatro empresas que são de assessores,
parentes ou sócios de assessores do hoje
ministro de Bolsonaro. A Polícia Federal vê
elementos de participação de Álvaro Antônio.
Essa é a segunda operação da PF relacionada ao
caso. A primeira, batizada de Sufrágio
Ostentação, ocorreu em abril e teve como alvo
empresas contratadas pelas candidatas
suspeitas, principalmente gráficas.
Uma empresa ligada a Von Rondon, preso nesta
quinta, é investigada como o elo entre o ministro
e o esquema.
Aberta em 2013, uma empresa de serviços de
internet e marketing direto teve Álvaro Antônio
como principal cliente até 2018 por meio de
verba da Câmara dos Deputados.
Von Rondon, dono da empresa, virou assessor
especial do ministro em 23 de janeiro de 2019,
dois dias depois de ter encerrado as atividades
do negócio na Receita Federal.
A mesma empresa aparece na prestação eleitoral
de contas de quatro candidatas a deputada
estadual e federal usadas como laranjas pelo PSL
de Minas.
Procurado pela Folha, em março, Von Rondon
disse que criou a empresa para “prestar serviços
de marketing digital” e que, além do ministro,
atendeu “outros clientes das esferas pública e
privada em contratos pontuais ou continuados,
como no caso do então deputado”.
Sobre as quatro candidatas, disse que ofereceu
seus serviços “durante a convenção partidária e
no decorrer da campanha” e que “o serviço
prestado foi de planejamento de comunicação e
elaboração dos materiais de campanha”.
Bolsonaro gravou um vídeo durante a pré-
campanha, em fevereiro de 2018, ao lado de
Álvaro Antônio e de um dos presos nesta quinta-
feira, Robertinho Soares.
No vídeo, Bolsonaro chama os dois pelo nome e
convoca os interessados em disputar as eleições
para se filiar ao PSL, partido ao qual tanto ele
quanto Marcelo Álvaro haviam ingressado no
início de 2018.
Colaboraram Paula Sperb, de Porto Alegre, e
Gustavo Uribe e Daniel Carvalho, de Brasília
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/p
risao-de-grupo-de-ministro-no-caso-dos-
laranjas-do-psl-deixa-bolsonaro-sob-
pressao.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
32
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Alcolumbre falta em jantar
para Moro, que recebe apoio
Os senadores que apoiam Sergio Moro vão tentar
aprovar o projeto anticrime na CCJ (Comissão de
Constituição de Justiça) do Senado antes do
recesso de julho. A ideia é mostrar que o
ministro da Justiça tem apoio político, mesmo
depois do escândalo das mensagens.
FIO
A missão não é simples: “Não estamos fortes na
CCJ”, diz o senador Marcos do Val (PPS-ES),
relator do projeto.
FIO 2
No jantar que ofereceu a Moro na quarta (26),
com vários senadores, Val e parlamentares como
Esperidião Amin (PP-SC) e Flávio Bolsonaro (PSL-
RJ) fizeram contas e concluíram: no plenário, o
governo teria hoje 41 dos 81 votos.
FORA DE CASA
Val diz que está mudando pontos do projeto para
facilitar a aprovação. Ele vai incluir, por exemplo,
um parágrafo que muda o artigo que prevê
redução de pena para policial que cometer
excesso sob “violenta emoção”. “Em caso de
violência de marido, parceiro, a regra não será
aplicada”, diz.
FICA PARA OUTRA
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP), era aguardado para o jantar de Moro —e
não apareceu. “Ele me ligou e disse que teve um
problema particular”, diz o anfitrião.
ATÉ TARDE
A expectativa era grande, já que Alcolumbre
afirmara um dia antes que, se um parlamentar
sofresse as mesmas acusações de Moro, já
estaria cassado ou preso.
ATÉ TARDE 2
O jantar foi até as 2h da manhã.
PÁGINAS
A atriz Camila Pitanga está na capa da revista
Marie Claire de julho, que chega às bancas no dia
1º; na foto, ela posa segurando um retrato seu
de bebê com a mãe, Vera Manhães
BABADO FORTE
Os rumores de que Onyx Lorenzoni pode deixar a
Casa Civil se intensificaram depois que Jair
Bolsonaro nomeou Jorge Oliveira para a
Secretaria Geral. Ele comandava a subchefia de
Assuntos Jurídicos da Casa Civil e era
subordinado de Onyx —mas disputava com o
próprio chefe espaço junto ao presidente.
FREVO
De acordo com testemunhas que participaram de
reuniões com Bolsonaro em que os dois estavam,
eles quase foram às vias de fato no começo do
governo, quando se discutia o organograma de
órgãos ligados à Presidência.
HA, HA, HA
A cantora Jojo Todynho, o humorista Fabio
Porchat e o ator Leandro Hassum estiveram no
Megashow Risadaria, no Allianz Parque, na
quarta (26). O idealizador do Risadaria, Paulo
Bonfá, e o cantor Péricles também
compareceram.
EM CASA
Luciano Huck e o prefeito ACM Neto (DEM-BA),
de Salvador, jantaram juntos no Rio de Janeiro
na quarta-feira (26). À mesa estavam ainda o
ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM-
PE), o ex-ministro da Segurança Pública Raul
Jungmann e o ex-governador do Espírito Santo
Paulo Hartung.
PARA DEPOIS
Huck voltou a afirmar que pretende participar da
vida pública brasileira. Mas só decidirá se
disputará a presidência, como ensaiou fazer no
ano passado, mais perto da eleição —lá pelo fim
de 2021.
PÁGINAS
O psiquiatra Augusto Cury, que já vendeu mais
de 30 milhões de livros no mundo, vai lançar um
novo título: “Inteligência socioemocional”. A obra
será lançada em agosto pela Sextante e vai
tratar de métodos educacionais para pais e
professores no gerenciamento da ansiedade e
desafios de filhos e alunos.
MUDANÇA
Data: 28/06/2019
33
Grupo de Comunicação
“Precisamos passar da era do apontamento de
erros para a era da celebração dos acertos”, diz o
autor.
ESTRADA
O artista Geraldo de Barros será tema da
primeira exposição do Itaú Cultural em 2021. A
mostra traçará um panorama de sua produção,
que contempla pintura, fotografia e design, e
será organizada pelo instituto em conjunto com
suas filhas Fabiana e Lenora de Barros.
EM OBRAS
A Japan House São Paulo organizará ao longo do
segundo semestre uma série de atividades
relacionadas à arquitetura japonesa
contemporânea.
Em setembro, a arquiteta Kazuyo Sejima,
cofundadora do escritório SANAA, fará uma
palestra aberta ao público.
RIMAS E BATIDAS
Os cantores Mano Brown e Edi Rock, do Racionais
MC’s, foram ao evento de lançamento da turnê
“Racionais 3 Décadas”, no Jamile Restaurante, na
terça (25). O cantor e ator Seu Jorge passou por
lá.
CURTO-CIRCUITO
Néle Azevedo apresenta a performance “Estado
de Suspensão”. Na sexta (28), em frente ao
Theatro Municipal.
O Itaú Cultural integra pela primeira vez o júri do
Via Arts Prize. Sofia Fan representará a
instituição.
Fábio Barbirato lança o livro “O Menino que
Nunca Sorriu”. Na sexta (28), na Blooks do
shopping Frei Caneca.
O Centro de Visitação Assistida do Tribunal de
Justiça (Cevat) inaugura instalações na sexta
(28) em SP.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/06/alcolumbre-falta-em-jantar-
para-moro-que-recebe-apoio.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
34
Grupo de Comunicação
Enel faz oferta para comprar ações
restantes da Eletropaulo
Controladora italiana visa deter 100% da
empresa de energia
Júlia Moura
SÃO PAULO
A Enel vai fazer uma oferta pública de aquisição
de ações ordinárias (OPA) para comprar o
restante de ações da Eletropaulo —a companhia
italiana já detém 95,95% da empresa de energia.
Em fato relevante divulgado na quarta-feira (26),
a Enel informa que irá oferecer R$ 48,28 por
cada ação restante no mercado, que somam
4,056% do total do capital da Eletropaulo.
A notícia fez as ações da empresa paulista
dispararem na Bolsa brasileira nesta quinta (27).
Os papéis, que vinham sendo negociados na
faixa dos R$ 34 em junho, foram para R$ 46,04,
alta de 12%.
A oferta é uma sequência da OPA iniciada no ano
passado, quando a empresa comprou 73,38% da
Eletropaulo. A intenção da Enel, segundo o
comunicado, é interromper a comercialização de
ações da companhia e migrá-la para a categoria
B de companhia aberta registrada na Comissão
de Valores Mobiliários (CVM).
Nesta categoria, a empresa ainda segue a lei das
SAs, mas pode negociar apenas debêntures
(emissões de dívidas).
"Ela vai continuar sendo uma companhia aberta,
seguindo todas as regras da CVM. Mas, sendo da
categoria B, ela não deve informações tão
detalhadas, já que empresa não vai mais ter
sócios, apenas credores", afirma Erik Oioli, do
VBSO Advogados.
Outra possibilidade com a detenção total do
capital é a migração de Sociedade Anônima (SA)
para Sociedade Limitada (Ltda), que depende de
aprovação unânime dos sócios.
A aquisição do capital remanescente, no entanto,
depende dos detentores das ações. Eles precisam
emitir ordem de venda de acordo com os termos
definidos pela OPA, que ainda não foram
divulgados.
As condições financeiras são as mesmas que as
apresentadas no ano passado, com correção pela
taxa Selic. À época da aquisição, em junho de
2018, os papéis da Eletropaulo eram negociados
a cerca de R$ 45 e a oferta foi de R$ 45,22 por
cada ação.
Desde então, os papéis restantes no mercado
depreciaram e chegaram a R$ 24 em setembro.
Nesta nova oferta, caso a Enel não consiga
comprar os 4% de ações remanescentes da
Eletropaulo, já foi explicitado que ela migrará de
categoria de qualquer forma.
"A Enel até poderia ter colocado na primeira OPA
a opção de parar a circulação de ações e migrar
para a categoria B se a oferta tivesse sucesso.
Aparentemente não fizeram. Por isso a segunda
OPA", diz Oioli.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/enel-faz-oferta-para-comprar-acoes-restantes-
da-eletropaulo.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
35
Grupo de Comunicação
O que a Folha pensa: Gás para todos
28.jun.2019 às 5h48
Já parece estabelecido o consenso de que,
embora essencial, a reforma da Previdência não
bastará para tirar o país da atual prostração
econômica, mesmo se aprovada em tempo hábil
e com alcance satisfatório. Nesse sentido, é
positivo que o governo se mova em busca de
uma agenda de aumento da eficiência e da
produtividade.
Ainda que não despertem a atenção geral como
os tradicionais —e muitas vezes enganosos—
estímulos fiscais, medidas voltadas ao fomento
da concorrência e da inovação podem dar alento
mais duradouro a setores importantes.
Aqui se inclui o caso do mercado de gás, ora
objeto de uma proposta ampla de redesenho com
a qual se estimam, talvez com alguma
precipitação, investimentos de R$ 34 bilhões até
2032.
A Petrobras ocupa posição dominante nesse
segmento, com quase 80% da produção
nacional, além de deter até recentemente toda a
infraestrutura básica de transporte e
processamento. Mesmo as poucas empresas
concorrentes precisam vender seu produto para a
estatal.
O quadro piora quando se considera o restante
da cadeia. As redes de transporte que fazem a
ponte com os consumidores estão hoje
concentradas em monopólios estaduais, nem
sempre focados na melhor prestação de serviço.
Não surpreende, assim, que o gás natural custe
no Brasil entre duas e quatro vezes o valor
cobrado nos Estados Unidos e na Europa.
Nesse contexto, o projeto do governo Jair
Bolsonaro (PSL) para a abertura do setor,
embora cercado de incertezas e dificuldades,
merece ser recebido com aprovação —a começar,
porque não se alicerça em intervencionismo.
O Conselho Nacional de Política Energética
divulgou na segunda-feira (24) as diretrizes a
serem seguidas. Entre as mais fundamentais está
exigir que a Petrobras se desfaça de sua posição
dominante no transporte e na distribuição.
Para tanto haverá venda de participações em
subsidiárias, mas de modo a não permitir a
formação de monopólios regionais.
Outra medida é facilitar o acesso de terceiros à
infraestrutura de escoamento e processamento,
uma espécie de direito de passagem. Com isso,
busca-se eliminar o poder monopolista da
gigante estatal e abrir caminho para mais
investimentos na malha de transporte.
Também será um desafio lidar com as empresas
estaduais, que prestam serviços de gás
canalizado e fazem a conexão com os pontos de
consumo. Aqui se trata do chamado monopólio
natural, quando não faz sentido econômico criar
estruturas redundantes.
No governo se estudam meios de convencer os
estados a aderirem à estratégia, possivelmente
por meio da repartição de outros recursos.
Na soma geral, o plano faz sentido e surge em
boa hora, quando o país se prepara para o
grande leilão dos excedentes de petróleo das
áreas do pré-sal. O barateamento do gás pode
contribuir para viabilizar uma vasta gama de
atividades industriais hoje dormentes.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/06/
gas-para-todos.shtml?loggedpaywall
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
36
Grupo de Comunicação
Reunião entre Bolsonaro e Macron no G20 é
cancelada após críticas de presidente
francês
Talita Fernandes
O encontro entre Jair Bolsonaro e o presidente da
França, Emmanuel Macron, que aconteceria nesta
sexta-feira (28), em Osaka, foi desmarcado em
meio à ameaça do líder europeu de não assinar
acordos comerciais com o Brasil caso o país deixe
o Acordo de Paris.
A reunião bilateral estava prevista para 14h25
(horário local) desta sexta, dia que marca o início
do G20. Por volta das 11h, a assessoria de
Bolsonaro informou que a agenda foi cancelada.
Segundo o porta-voz do presidente, Otavio Rêgo
Barros, o encontro havia sido solicitado por
Macron, que também foi responsável por
desmarcar a reunião. "As razões não nos foram
avançadas”, disse ele à Folha.
Macron afirmou nesta quinta-feira (27) que não
assinará nenhum acordo comercial com o Brasil
caso o presidente Jair Bolsonaro saia do acordo
climático de Paris, ameaçando colocar em risco
os trabalhos de negociações comerciais entre
União Europeia e Mercosul.
As tratativas da União Europeia com o Mercosul
se intensificaram, com Bolsonaro dizendo neste
mês que um acordo poderia ser assinado “logo”,
enquanto o grupo europeu o chamou de
“prioridade número um”.
Autoridades brasileiras estão em Bruxelas para
negociar com os europeus.
Uma hora depois do anúncio do cancelamento da
agenda, Macron e Bolsonaro posaram lado a lado
para a foto oficial do G20.
O brasileiro entrou sozinho e, na sequência,
recebeu um cumprimento seco do francês, que
estendeu sua mão a Bolsonaro antes de se
posicionar no canto do palco montado para o
registro.
Bolsonaro, por sua vez, logo voltou o corpo para
a direção da câmera, enquanto outros líderes
conversavam à espera da fotografia.
Além de Macron, a chanceler alemã, Angela
Merkel, também disse estar muito preocupada
com a preservação da Amazônia e que
aproveitaria o G20 para “ter uma conversa clara”
com Bolsonaro.
Ao chegar ao Japão, o presidente disse que não
aceitará advertências de outros países após ser
questionado sobre a declaração da líder alemã.
"Eles [alemães] têm a aprender muito conosco. O
presidente do Brasil que está aqui não é como
alguns anteriores que vieram aqui para serem
advertidos por outros países. Não, a situação
aqui é de respeito para com o Brasil. Não
aceitaremos tratamento como no passado, de
alguns casos de chefes de estado que estiveram
aqui", disse, sem citar a quem se referia.
Integrante da comitiva do presidente Jair
Bolsonaro (PSL) para o G20, o ministro Augusto
Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
disse que ninguém tem moral para criticar a
política ambiental do Brasil.
"A política de meio ambiente é totalmente injusta
ao Brasil. O Brasil é um dos países que mais
preserva meio ambiente no mundo. Quem tem
moral para falar da preservação de meio
ambiente do Brasil? Estes países que criticam?
Vão procurar a sua turma", disse o ministro em
Osaka, à véspera do início do encontro que reúne
líderes das 20 maiores economias.
Heleno disse ainda “não ter nenhuma dúvida” de
que o pedido para que o Brasil preserve o
ambiente é uma estratégia para que outros
países possam explorá-lo no futuro.
"Eu não tenho nenhuma dúvida. Estratégia de
preservar o meio ambiente do Brasil para mais
tarde explorarem. Está cheio de ONG por trás
deles, ONG sabidamente a serviço de governos
estrangeiros. Vocês têm que ler mais um pouco
sobre isso, viu? Vocês estão muito mal
informados", disse a jornalistas na porta do hotel
em que a comitiva de Bolsonaro está hospedada.
Agora, Bolsonaro terá entre seus compromissos
seis encontros bilaterais: Donald Trump (EUA), Xi
Jinping (China), Shinzo Abe (Japão), Lee Hsien-
Loong (Cingapura), Narendra Modi (Índia) e
Mohammed bin Salman (Arábia Saudita).
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/r
euniao-entre-bolsonaro-e-macron-no-g20-e-
cancelada-apos-criticas-de-presidente-
frances.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
37
Grupo de Comunicação
Ao chegar ao Japão, Bolsonaro diz que não
aceitará ser advertido no G20
Talita Fernandes
Ao chegar ao Japão para participar da reunião do
G20, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que
não aceitará advertências de outros países. A
afirmação é uma reação à declaração da
chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o
desmatamento no Brasil.
"Eles [alemães] têm a aprender muito conosco. O
presidente do Brasil que está aqui não é como
alguns anteriores que vieram aqui para serem
advertidos por outros países. Não, a situação
aqui é de respeito para com o Brasil. Não
aceitaremos tratamento como no passado, de
alguns casos de chefes de Estado que estiveram
aqui", disse, sem citar a quem se referia.
Na quarta (26), Merkel disse ver com grande
preocupação as ações do governo brasileiro em
relação ao desmatamento na Amazônia e que
aproveitará o G20 para ter "uma conversa clara"
com o brasileiro.
"Assim como vocês, vejo com grande
preocupação a questão das ações do presidente
brasileiro [em relação ao desmatamento], e, se
ela se apresentar, aproveitarei a oportunidade no
G20 para ter uma discussão clara com ele",
afirmou a líder alemã a deputados de seu país.
Bolsonaro disse não ter problema em falar com a
alemã, mas, segundo a assessoria de imprensa
da Presidência, a chanceler não procurou a
comitiva brasileira para marcar um encontro.
Questionado se achava que Merkel havia sido
desrespeitosa, o presidente disse que só sabia do
que foi relatado pela imprensa e que
"lamentavelmente, grande parte do que a
imprensa escreve não é aquilo".
Um dos repórteres na entrevista coletiva
informou Bolsonaro de que o tema foi reportado
por jornais alemães, e Bolsonaro demonstrou
irritação.
"Não interessa, e deixa eu terminar o raciocínio.
Então tem que fazer a filtragem para não se
deixar contaminar por parte da mídia escrita em
especial", afirmou.
Bolsonaro desembarcou em Osaka pouco antes
das 14h (horário local) desta quinta-feira (27)
para sua estreia no encontro que reúne líderes
das 20 maiores economias do mundo.
Em uma breve entrevista ao chegar ao hotel
onde se hospedará nos próximos dias, o
presidente se mostrou impaciente em mais de
uma pergunta feita pelos jornalistas.
Quando questionado qual seria sua mensagem de
estreia no G20, Bolsonaro disse que veio ao
Japão "para falar e ouvir".
Após insistência sobre mais detalhes do que o
governo brasileiro apresentará, o presidente ficou
em silêncio por alguns minutos e disparou: "Quer
que eu fale o quê?".
Na sequência, disse que tratará de indústria,
internet e meio ambiente. "Tudo que estiver na
pauta nós falaremos, bem como vão nos
questionar alguma coisa, tenho certeza, e
estamos prontos para responder."
O presidente encerrou a entrevista rapidamente
e não chegou a comentar a prisão do segundo-
sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues,
que chegou a Sevilla com 39 kg de cocaína num
avião da comitiva de Bolsonaro.
O tema gerou desconforto no governo, e
Bolsonaro defendeu que o caso seja apurado.
O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo
Barros, negou que a irritação do presidente se
deva a esse episódio e disse que ele está
cansado após uma viagem de 25 horas do Brasil
ao Japão.
No G20, Bolsonaro terá entre seus compromissos
ao menos sete encontros bilaterais: Donald
Trump (EUA), Xi Jinping (China), Shinzo Abe
(Japão), Emmanuel Macron (França), Lee Hsien-
Loong (Cingapura), Narendra Modi (Índia) e
Mohammed bin Salman (Arábia Saudita).
Questionado sobre o que esperava da agenda
com Trump, o presidente disse que "esperava ter
uma conversa reservada com ele". Após
insistência dos jornalistas para saber o que está
na pauta, não quis responder. "Se é reservada, é
reservada."
Este será o segundo encontro entre os dois
líderes desde que Bolsonaro assumiu a
Presidência. Em março, ele foi recebido por
Trump na Casa Branca.
Data: 28/06/2019
38
Grupo de Comunicação
O presidente disse ainda que o Brasil não tem
lado na guerra comercial entre China e EUA, que
deve ser um dos temas centrais da cúpula.
"Não, lógico que os produtos da China para os
Estados Unidos e para cá, em parte, interessam
ao Brasil, porque tem a questão de commodities.
Então, obviamente a gente não quer que haja
briga para gente poder se aproveitar. A gente
está buscando paz e harmonia como estamos
trabalhando no caso do Mercosul e da União
Europeia", afirmou.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/
ao-chegar-ao-japao-bolsonaro-diz-que-nao-
aceitara-ser-advertido-no-g20.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
39
Grupo de Comunicação
Macron diz que não terá acordo com
Mercosul se Brasil deixar pacto do clima
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou
nesta quinta-feira (27) que não assinará nenhum
acordo comercial com o Brasil caso o presidente
Jair Bolsonaro saia do acordo climático de Paris,
ameaçando colocar em risco os trabalhos de
negociações comerciais entre União Europeia e
Mercosul.
As negociações da União Europeia com o grupo
do Mercosul se intensificaram, com Bolsonaro
dizendo este mês que um acordo poderia ser
assinado “logo”, enquanto o grupo europeu o
chamou de “prioridade número um”.
No entanto, a irritação da União Europeia em
relação ao aumento de importações de carne e a
hesitação do Mercosul sobre abertura de alguns
setores industriais, como o automotivo, fizeram
prazos anteriores para um acordo serem
descumpridos. Se um acordo estiver perto, está
além do alcance.
A França em particular está preocupada com o
impacto sobre sua vasta indústria agrícola de
importações sul-americanas, que não teriam que
respeitar as estritas regulações de meio
ambiente da União Europeia.
“Se o Brasil deixar o acordo de Paris, até onde
nos diz respeito, não poderemos assinar o acordo
comercial com eles”, disse Macron a jornalistas
no Japão, antes da reunião do G20.
“Por uma simples razão. Estamos pedindo que
nossos produtores parem de usar pesticidas,
estamos pedindo que nossas companhias
produzam menos carbono, e isso tem um custo
de competitividade”, disse ele.
“Então não vamos dizer de um dia para o outro
que deixaremos entrar bens de países que não
respeitam nada disso”, acrescentou o presidente
francês.
Em Tóquio, onde acompanha o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) para a reunião do G20, o general
Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI, evitou
comentar a fala de Macron.
Questionado se o Brasil vai permanecer no
Acordo de Paris, ele disse que “isso já foi dito".
"Pode ou não, se for perguntado. Não está na
pauta do G20 isso”, afirmou o ministro.
O ministro falou que a política de meio ambiente
é totalmente injusta ao Brasil.
"O Brasil é um dos países que mais preserva
meio ambiente no mundo. Quem tem moral para
falar da preservação de meio ambiente do Brasil?
Este países que criticam? Vão procurar a sua
turma”, disse.
Heleno defendeu que o Brasil tem que buscar "o
famoso desenvolvimento sustentável", que
aproveite as riquezas sem prejudicar o meio
ambiente.
Ele ainda afirmou que países não podem "dar
palpite no Brasil".
"A gente não dá palpite em ninguém, por que
que a gente não dá palpite no meio ambiente da
Alemanha? Quais são as florestas que o europeu
preservou? veja o que tinha de floresta no início
do século e o que tem hoje. Veja o que o Brasil
tinha de floresta e tem hoje."
Ele ainda disse não ter dúvidas de que há ONGs
por trás das estratégias de países que
questionam a proteção ambiental no Brasil.
“Eu não tenho nenhuma dúvida, eu nunca tive
nenhuma dúvida. Estratégia de preservar o meio
ambiente do Brasil para mais tarde eles
explorarem. Está cheio de ONG pro trás deles,
ONG sabidamente a serviço de governos
estrangeiros. Vocês têm que ler mais um pouco
sobre isso, viu? Vocês estão muito mal
informados.”
Mais cedo neste ano, a França votou contra a
abertura de negociações comerciais entre a União
Europeia e os Estados Unidos por conta da
decisão de Washington de deixar o acordo
climático de Paris.
No entanto, a medida francesa não bloqueou a
abertura de negociações comerciais porque a
maioria necessária de membros da União
Europeia a apoiou. Não está claro se a França
Data: 28/06/2019
40
Grupo de Comunicação
seria capaz de levar outros países do bloco a
votarem contra o acordo do Mercosul.
Antes mesmo da reunião começar, a chanceler
da Alemanha, Angela Merkel, disse a
parlamentares alemães que vê com grande
preocupação as ações do governo brasileiro em
relação ao desmatamento.
"Assim como vocês, vejo com grande
preocupação a questão das ações do presidente
brasileiro [em relação ao desmatamento] e, se
ela se apresentar, aproveitarei a oportunidade no
G20 para ter uma discussão clara com ele",
afirmou a chanceler.
Com Talita Fernandes, de Tóquio
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/macron-diz-que-nao-assinara-acordo-com-
mercosul-caso-brasil-deixe-pacto-climatico.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
41
Grupo de Comunicação
Empresa se dedica à reciclagem de resíduos
considerados difíceis
Mariana Grazini
Da crescente demanda de empresas e
consumidores por soluções sustentáveis nasceu a
Boomera, empresa que se especializou em
soluções para resíduos difíceis de reciclar.
Cápsulas de café descartadas são transformadas
em suportes plásticos para novas unidades,
fraldas usadas dão origem a lixeiras e cabides, e
embalagens coletadas no mar do Rio de Janeiro
viram cones para aulas de educação física.
São considerados difíceis de reciclar os materiais
que misturam dois ou mais tipos de plástico no
mesmo produto, segundo Guilherme Brammer,
presidente da Boomera e engenheiro de
materiais. Embalagens revestidas de alumínio,
como as de biscoito, também pertencem à
categoria.
Tecnologia de novos materiais, investimento em
pesquisas científicas e impacto social são os
pilares da Boomera, que faturou R$ 40 milhões
em 2018. Pretende chegar a R$ 70 milhões neste
ano.
Na cartela de clientes, estão Nestlé, Adidas,
Natura, Unilever e Procter and Gamble. “A crise
não chegou para nós, estamos crescendo todo
ano”, afirma Brammer.
Fundada em 2011, a Boomera atrai empresas
que queiram dar soluções sustentáveis para suas
cadeias de produção.
Após um estudo dos processos produtivos do
cliente, é criada uma metodologia para coletar e
transformar o lixo gerado. A demanda para
reprocessar materiais difíceis é levada para os
engenheiros e pesquisadores da empresa.
Para Orlando Cattini, professor de gestão de
operações e logísticas da Fundação Getúlio
Vargas, em São Paulo, empresas de logística
reversa têm potencial de crescimento no Brasil. O
setor é responsável por reprocessar resíduos
para que voltem para a indústria.
De acordo com Cattini, a maioria dos catadores,
agentes importantes para o funcionamento do
setor, operam na informalidade, com
equipamento precário e baixa remuneração.
Nessas condições, explica o professor, menos
resíduos são coletados e a reciclagem fica restrita
a poucos produtos, como alumínio e papelão.
Para ele, este cenário abre espaço para indústrias
inovadoras que trabalham na formalidade e dão
destino a outros tipos de materiais.
Cattini afirma que a política nacional de resíduos
sólidos também é um incentivo ao setor de
reciclagem por obrigar empresas a ter um plano
para o lixo que geram. A lei de 2010
responsabiliza fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes e cidadãos pelo
manejo de resíduos sólidos urbanos.
Com matriz em São Paulo, a Boomera tem
fábrica em Cambé (PR), cerca de 15 km de
Londrina. É nesse local que transforma
principalmente resíduos plásticos, mas também
aceita pedidos de reciclagem de papel e aço,
além de produtos eletrônicos.
“Algumas empresas que nos procuram já sabem
o que querem reciclar. Mas, na maioria dos
casos, desenhamos uma estratégia de acordo
com a marca, o material e o momento da cadeia
em que vamos atuar”, afirma Brammer.
O material gerado a partir do lixo, que pode ser
uma matéria-prima ou um produto final, volta
para o cliente ou é reaproveitado pela Boomera.
Um exemplo deste último caso são as lonas
agrícolas feitas pela empresa com 70% de
material reciclado. Segundo o presidente, elas
são comercializadas em mais de 15 mil pontos de
venda, como casas de construção.
O próximo passo, explica Brammer, é oferecer o
aluguel das lonas em época de safra para que o
material deixe de ser comprado. “A reciclagem é
o primeiro ponto da economia circular, mas
inovação também é não gerar lixo. Queremos
quebrar o ciclo vicioso de ter a posse de um
produto.”
Data: 28/06/2019
42
Grupo de Comunicação
Praticar a economia circular, segundo Daniel
Guzzo, professor do tema no Insper, é uma
forma de garantir a sustentabilidade de um
negócio. Ele explica que tirar recursos da
natureza os encarecem, afetando o custo dos
produtos finais. Para Guzzo, flutuações no preço
de insumos podem ser amenizadas quando os
materiais são reaproveitados.
A Boomera tem 145 funcionários, entre
engenheiros, químicos, publicitários,
economistas, administradores e designers.
Além disso, cerca de 200 cooperativas, que
somam 6.000 catadores, são parceiras da
empresa. Elas recebem treinamentos e
equipamentos, como prensas e esteiras.
Brammer mantém ainda ligação com o meio
acadêmico para levar inovação ao seu negócio. A
Boomera tem um laboratório dentro do Instituto
Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul
(SP), onde professores e alunos desenvolvem
novos materiais a partir da reciclagem. “Não
acho que a inovação esteja na cabeça de um
gênio. Ela nasce como uma ideia ainda pela
metade e vai sendo construída com parceiros que
a complementam”, diz o engenheiro.
No segundo semestre deste ano, o presidente
pretende lançar uma linha própria de produtos
para o varejo, mas não antecipa detalhes. A
empresa está analisando se os itens serão
vendidos em lojas físicas ou em ecommerce. A
segunda fábrica da Boomera, desta vez em São
Paulo, também será inaugurada em 2019.
“Queremos tentar andar sozinhos agora e
começar a ter projetos independentes de clientes
e parcerias”, afirmou Brammer.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/empresa-se-dedica-a-reciclagem-de-residuos-
considerados-dificeis.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
43
Grupo de Comunicação
Julio Abramczyk: Febre amarela também
ataca os olhos
Durante os surtos de febre amarela no Brasil,
cientistas identificaram que a doença pode
também afetar os olhos.
O diagnóstico de retinopatia em pacientes com
febre amarela, examinados durante dois surtos
no sudeste do Brasil, foi relatado na revista Jama
Ophthalmology por médicos da UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais).
O professor Camilo Brandão de Resende e equipe
realizaram exames em 64 pacientes, dos quais
20% (13) foram diagnosticados com hemorragia
e lesões na retina, entre outros achados.
A retinopatia é consequência de lesões na retina
ocular, problemas observado em diabéticos
(retinopatia diabética) e em hipertensos
descompensados (retinopatia hipertensiva). Daí a
importância de exames regulares de fundo de
olho nesses grupos de pessoas.
Exames dos participantes do estudo afastaram a
hipótese de hipertensão e diabetes associados à
retinopatia.
No caso da febre amarela, além da icterícia
observada nos olhos, pouco tem sido relatado
sobre alterações oculares.
Em janeiro deste ano, também na revista Jama
Ophthalmology, a professora Silvana Vianello e
cientistas da Unifesp e de Juiz de Fora
descreveram achados oculares associados à
infecção aguda pela febre amarela em dois
pacientes.
No Brasil, de 2017 a 2018, foram registrados
1.376 casos de febre amarela e 483 mortes pela
doença, o que, mais uma vez, mostra a
importância da vacinação para a população que
se encontra em áreas de risco.
Julio Abramczyk
Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação
Científica) e J. Reis de Divulgação Científica
(CNPq).
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/julioabra
mczyk/2019/06/febre-amarela-tambem-ataca-
os-olhos.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
44
Grupo de Comunicação
Petrobras inicia processo de venda de
quatro refinarias
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (28) a
primeira fase do programa de venda de
refinarias, incluindo quatro ativos, como parte de
um plano maior de vender oito unidades
equivalentes a metade da capacidade de refino
do país.
Nessa primeira fase, a Petrobras informou que
vai vender as refinarias Rnest, em Pernambuco;
Rlam, na Bahia; Repar, no Paraná; e Refap, no
Rio Grande do Sul, assim como seus ativos
logísticos correspondentes.
Na véspera, o presidente da Petrobras, Roberto
Castello Branco, afirmou que a empresa espera
vender pelo menos uma refinaria em 2019.
As oportunidades de venda da segunda fase do
plano de venda de refinarias, que incluem Regap,
Reman, Unidade de Industrialização do Xisto e
Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do
Nordeste), serão divulgadas ainda este ano, disse
a empresa.
A Petrobras espera obter até US$ 20 bilhões (R$
76,6 bilhões) com a venda de oito ativos de
refino em um processo que deve durar um ano e
meio para ser concluído, disse uma fonte da
empresa, em abril.
"Os desinvestimentos em refino estão alinhados
à otimização de portfólio e à melhoria de
alocação do capital da companhia, visando à
maximização de valor para os nossos acionistas",
disse a companhia, que voltou seu foco para
exploração e produção de petróleo e gás em
águas profundas.
Os desinvestimentos em refino representam
capacidade de cerca de 1,1 milhão de barris por
dia de petróleo processado.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/petrobras-inicia-processo-de-venda-de-quatro-
refinarias.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
45
Grupo de Comunicação
A emocionante despedida de elefantas que
viveram por 40 anos em cativeiro no Brasil
Vinicius Lemos
Cuiabá
Diante do corpo de grandes proporções caído à
sua frente, na noite de segunda-feira (24), Maia
permaneceu em silêncio. Hesitante, cheirou
vagarosamente a amiga, que a acompanhou por
mais de quatro décadas. Não havia mais sinais
vitais em Guida. Mesmo sem respostas,
permaneceu ao lado da companheira.
Juntas, as duas encontraram a liberdade há dois
anos e oito meses, quando chegaram ao
Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Chapada
dos Guimarães (MT) –o primeiro lugar destinado
à conservação de tais animais na América Latina.
As elefantas asiáticas, segundo estimativas do
SEB, têm entre 45 e 47 anos. Elas passaram
quatro décadas sofrendo maus-tratos em circos
brasileiros. Em dupla, eram usadas em
apresentações por diversas cidades.
Representantes do santuário acreditam que elas
vieram ao país após serem traficadas da
Tailândia, com o objetivo de serem usadas em
espetáculos circenses.
"Elas chegaram ao Brasil ainda filhotes. Existe
um método que chamam de sensibilização, no
qual dizem que o quanto antes tirar o elefante da
mãe, mais fácil será para que ele se torne
submisso. Esses animais costumam ser
espancados para obedecer ordens", explica o
biólogo Daniel Moura, um dos diretores do SEB.
No Brasil, apresentações de animais em circos
são ilegais em 12 Estados. Há um projeto de Lei
Federal em discussão há anos na Câmara dos
Deputados, para que a proibição seja adotada em
todo o país. Porém, a medida segue sem prazo
para ser votada pelos parlamentares.
Quando faziam apresentações circenses, Maia e
Guida chegavam a viajar acorrentadas e
espremidas em um trailer com mais dois
camelos. Em 2010, foram retiradas de um circo
da Bahia pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente (Ibama) e levadas a um sítio em
Paraguaçu (MG), onde viveram por seis anos
acorrentadas.
A relação entre as duas elefantas não era boa
durante o período em que viviam na propriedade
rural em Minas Gerais. Elas eram mantidas
afastadas para que não brigassem. Segundo
especialistas, o estresse era causado pela falta
de espaço, que dificultava o convívio entre os
animais.
Em outubro de 2016, as elefantas percorreram
1.600 quilômetros em contêineres, de Minas
Gerais a Mato Grosso, para que chegassem ao
SEB. Elas são as primeiras moradoras do lugar,
localizado em uma antiga fazenda de gado de
1.100 hectares. O santuário se mantém por meio
de doações feitas por simpatizantes do exterior e
do Brasil.
Desde que chegaram ao SEB, que não é aberto
ao público para evitar incômodo aos animais, o
estresse das elefantas cessou e elas se tornaram
grandes companheiras.
Guida estava abaixo do peso e ganhou 400 quilos
no primeiro ano no santuário. Ela passou a ser
brincalhona e a tristeza deu lugar à vontade de
desbravar a natureza que antes parecia tão
distante. Maia deixou o rótulo de "garota má" e
se tornou mais dócil.
Juntas, caminhavam durante todo o dia pelos 29
hectares disponíveis no santuário - somente as
áreas já adaptadas são liberadas aos animais,
para que eles possam circular com o apoio
necessário na mata. Na parte destinada às
elefantas, há área médica, tanques de água e
setor de alimentação para elas.
A REDESCOBERTA DA VIDA
Guida e Maia redescobriram a vida somente na
maturidade. Segundo especialistas, os elefantes
se tornam idosos a partir dos 60 anos. Em casos
de animais que ficaram em cativeiros, a
expectativa de vida é menor e muitos consideram
que devem ser tidos como idosos a partir dos 50
- período próximo às estimativas aplicadas às
duas elefantas.
Data: 28/06/2019
46
Grupo de Comunicação
Os dois animais tinham muito em comum, mas
também havia muita diferença. Maia costuma
fazer movimentos bruscos e involuntários.
Sutilmente desajeitada, ela arranca risos de
quem a acompanha.
Guida era considerada mais tranquila. Ela
costumava comer sempre três folhas de uma
árvore, duas de outra e uma de palmeira.
"Ela é uma dama", diziam aqueles que a
conheciam. Em contrapartida, Maia é pouco
exigente com comida. Apesar das diferenças
entre elas, o presidente do SEB, o americano
Scott Blais avalia a relação das duas como
extremamente positiva.
"Elas eram praticamente inseparáveis e
celebravam suas vidas dentro do santuário,
emitindo alguns trombeteios de alegria",
comenta.
Em dezembro passado, elas receberam a
companhia da elefanta asiática Rana, que
também sofreu maus-tratos em circos durante
décadas. Logo se tornaram amigas.
O SEB tenta trazer outros elefantes do Brasil e de
outros países da América do Sul, que tenham
sido vítimas de exploração, mas ainda não há
prazo para que novos animais cheguem ao
santuário. "Estamos resolvendo as questões
burocráticas, que levam tempo", justifica Daniel
Moura.
O ADEUS A GUIDA
Guida fazia uma trilha na tarde da última
segunda-feira quando ficou presa em um trecho
do percurso. Os veterinários a auxiliaram. A
fraqueza e o cansaço dela surpreenderam, pois a
elefanta sempre foi considerada uma grande
desbravadora e costumava atravessar diversas
áreas do SEB.
Em certo momento, ela se deitou no chão, como
se precisasse descansar. Conforme os
representantes do SEB, os veterinários aplicaram
soro intravenoso nela, a medicaram e colheram
amostras de sangue. Depois, a deixaram
descansar.
"Após algum tempo, a respiração dela começou a
oscilar até que simplesmente parou de respirar",
relata a americana Kat Blais, vice-presidente do
santuário. Silenciosamente, sem emitir sinais de
dores, Guida morreu. "Ela se foi em paz. Não
esperávamos que ela se fosse", relata Kat.
A morte da elefanta causou surpresa nos
especialistas que a acompanham no SEB.
Segundo Scott, que trabalha há mais de trinta
anos com elefantes, as décadas de maus-tratos
colaboraram para fragilizar a saúde do animal.
"Tragicamente, os danos cumulativos causados
pela negligência do cativeiro podem criar
impactos devastadores e inesperados na vida dos
elefantes", afirma. "Impossível imaginar que
Guida não estará mais lá quando formos cuidar
das meninas. Muito difícil aceitar que seus
trombeteios infantis do dia anterior foram os
últimos que ouvimos", lamenta Kat.
Maia avistou a amiga caída no solo e se
aproximou, hesitante. Conforme Kat, a amiga de
quatro décadas manteve a tromba distante do
corpo de Guida, a princípio. Depois, a cheirou
vagarosamente e se afastou. "Após alguns
momentos tocando e cheirando Guida, ela
conseguiu entender o que aconteceu", diz a vice-
presidente do SEB.
"Esse processo [de luto] será particularmente
difícil para a Maia. Ela precisará de tempo para
se adaptar. Não há dúvida de que ela e todos nós
carregaremos, em nossos corações, a alegria
pura e plena que a Guida dividiu com todos que
tiveram a chance de conhecê-la", diz Scott.
Maia permaneceu calada e desorientada diante
da partida de Guida. Os veterinários a deixaram
sozinha por um tempo, diante do corpo da
amiga. De longe, Rana acompanhou a cena, em
silêncio. "É devastador olhar para Maia e saber
que ela perdeu sua melhor amiga poucos anos
depois de ter, realmente, a encontrado", lamenta
Kat.
Na madrugada de terça-feira (25), Maia se
manteve próxima do corpo da amiga. Durante o
dia, por diversas vezes, em silêncio, observou o
corpo. Calada, Rana também se aproximou do
corpo de Guida várias vezes.
"Permitimos que elas ficassem com Guida
durante a noite, tendo o tempo necessário para
prestar suas homenagens e se despedirem dela.
É comum que elefantes honrem a morte dos
membros de sua família", afirma Scott.
Maia continuou perto da amiga morta durante a
madrugada desta quarta-feira (26). Ela apenas
se afastou após a chegada de uma equipe de
patologistas da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT), que foi ao santuário para fazer a
necropsia do corpo de Guida.
Os especialistas irão investigar as causas da
morte da elefanta. Não há previsão para os
resultados dos exames. Os representantes do
SEB comentam que ainda não há suspeitas sobre
a causa da morte de Guida.
Data: 28/06/2019
47
Grupo de Comunicação
"Ela estava muito bem dias antes. O falecimento
dela foi uma surpresa. O que imaginamos é que
há impacto do período em que ela sofreu maus-
tratos e exploração", diz Daniel Moura. Nos
próximos dias, o corpo de Guida será enterrado
em uma área do santuário.
BBC News Brasil
https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/06/a-
emocionante-despedida-de-elefantas-que-
viveram-por-40-anos-em-cativeiro-no-
brasil.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
48
Grupo de Comunicação
ESTADÃO 'Vão procurar sua turma', diz Heleno a
países sobre desmatamento no Brasil
- Sustentabilidade - Estadão
Beatriz Bulla e Célia Froufe - Enviadas especiais a
Osaka, O Estado de S.Paulo
O ministro do Gabinete de Segurança
Institucional, general Augusto Heleno, alegou
nessa quinta-feira, 27, que países como a
Alemanha têm interesse em explorar florestas
brasileiras no futuro e, por isso, dão "palpite" na
política ambiental do País. A afirmação vem
depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, se
declarar muito preocupada com políticas
ambientais do governo Bolsonaro e com o
desmatamento no Brasil. Mais cedo, ao
desembarcar no Japão, o presidente Jair
Bolsonaro já havia afirmado que o Brasil tinha
exemplo a dar a Alemanha e que ele não foi ao
país para ser "advertido" por outros países.
"O que não pode é país dar palpite no Brasil. A
gente não dá palpite em ninguém. Por que a
gente não dá palpite no meio ambiente da
Alemanha? Quais são as florestas que o europeu
preservou? Vejam o que a Europa tinha de
floresta no início do século e o que tem hoje.
Nunca lembraram disso, agora vêm pra cima do
Brasil? É muita coincidência, né, um país rico
como o Brasil é e eles vêm cobrar a preservação
do meio ambiente da gente", disse o ministro.
Ele disse não ter "nenhuma dúvida" de que há
uma estratégia econômica por trás da
preocupação com o meio ambiente no País.
"Estratégia para preservar o meio ambiente do
Brasil para eles mais tarde explorarem. Cheio de
ONG por trás deles, ONG sabidamente a serviço
de governos estrangeiros, vocês têm que ler
mais um pouco sobre isso, viu? Vocês estão
muito mal informados", afirmou. "Veja quantas
ONGs têm na Amazônia, o número até hoje
ninguém conseguiu calcular, mas eu garanto que
é muita ONG", afirmou, dizendo que é preciso
"limitar a atuação" das organizações não
governamentais.
"O que o Brasil não pode é abrir mão das
riquezas em prol de mais tarde essas riquezas
serem exploradas pelo estrangeiro. Número dois:
hoje pela lei, 80% das propriedades da Amazônia
têm que ser preservadas. É justo você comprar
uma propriedade e 80% você não poder mexer?
Não poder fazer nada?", criticou o ministro.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro rebateu a
chanceler alemã, Angela Merkel, e disse que o
Brasil "tem exemplo para dar para a Alemanha"
sobre meio ambiente. "O presidente do Brasil que
está aqui não é como alguns anteriores, que
vieram aqui para ser advertidos por outros
países, não", disse Bolsonaro.
Heleno classificou a crítica da chanceler alemã
como "totalmente injusta" e afirmou que Brasil é
um dos países que "mais preserva o meio
ambiente no mundo". "Quem tem moral para
falar da preservação de meio ambiente no Brasil?
Esses países que criticam? Vão procurar sua
turma", rebateu o general.
Segundo ele, não há previsão de que Bolsonaro
reitere, no G-20, que o Brasil não vai sair do
Acordo de Paris. "Isso já foi dito. Pode (repetir),
se for perguntado. Não é obrigatório, não está na
pauta do G-20 isso", afirmou.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,para-heleno-alemanha-quer-preservar-
florestas-brasileiras-agora-para-explora-las-
depois,70002891331
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
49
Grupo de Comunicação
Bolsonaro indica que ficará no Acordo de
Paris e convida Macron para visitar a
Amazônia
- Política - Estadão
Beatriz Bulla e Célia Froufe, Enviadas especiais a
Osaka
O presidente Jair Bolsonaro se encontrou com o
presidente da França, Emmanuel Macron, após
idas e vindas sobre a realização da reunião.
Depois de a presidência anunciar uma reunião
bilateral com o francês e, posteriormente, o
cancelamento do encontro, os dois tiveram uma
agenda informal durante o G-20, no Japão, nesta
sexta-feira, 28.
Nessa quinta-feira, 27, o francês havia ameaçado
não assinar nenhum tratado comercial com o
Brasil caso Bolsonaro saia do acordo climático de
Paris. A declaração tem potencial de colocar em
risco os trabalhos de negociações comerciais
entre a União Europeia e o Mercosul. No
encontro, Bolsonaro reiterou o compromisso de
permanecer no Acordo de Paris e convidou o
francês para visitar a Amazônia.
O cancelamento da reunião havia sido informado
pela assessoria do Planalto, logo na sequência de
críticas feitas por Macron à política ambiental de
Bolsonaro. Horas depois, no entanto, os dois se
reuniram.
Uma verdadeira batalha de informações e
contrainformações sobre a reunião entre os
presidentes se desenrolou durante o primeiro dia
do encontro em Osaka. Quando a reunião ainda
estava confirmada na agenda do brasileiro, a
imprensa e assessoria francesas afirmaram que
não havia previsão de um encontro bilateral de
Macron com Bolsonaro.
Pouco depois, o encontro foi oficialmente
cancelado pelo lado brasileiro. No final do dia, o
porta-voz da presidência, general Otávio Rêgo
Barros, afirmou que na verdade o time de Macron
tentou mudar a bilateral para um encontro às
23h da quinta, 27, o qual Bolsonaro teria
rejeitado.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bol
sonaro-conversa-com-macron-e-o-convida-para-
visitar-a-amazonia,70002893247
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
50
Grupo de Comunicação
‘Novo gás vai refletir no preço da energia’
- Economia - Estadão
RIO - O novo mercado de gás natural vai ajudar
a reduzir o preço da conta de luz – inclusive para
empresas. Pelo cálculo de Décio Oddone, diretor-
geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), é possível
cortar à metade o custo do megawatt produzido
nas usinas térmicas, uma das principais fontes de
geração da matriz energética brasileira.
Na segunda-feira, o governo lançou um pacote
para baratear o combustível. Os primeiros efeitos
devem aparecer no leilão de energia de outubro.
Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast,
Oddone disse esperar que sejam oferecidos mais
projetos a gás e a um preço menor que o da
última concorrência. Outra aposta é que os
investimentos em gasodutos e novas usinas
térmicas se concentrem no Sudeste, onde está o
pré-sal e será extraído grande volume de gás, e
também o principal centro consumidor de
energia. Leia os principais trechos da entrevista:
Se todo gás do pré-sal estivesse sendo
produzido, seria exportado, por falta de
demanda. O que justificaria, hoje, investimentos
na expansão dos gasodutos?
É natural que haja conexão maior entre o
mercado de gás e o sistema elétrico. A âncora é
começar a ter geração térmica a gás em maior
escala. Para o futuro, uma maior presença da
geração térmica a gás. A partir daí, poderia ter
construção de gasodutos, desenvolvimento da
oferta de gás offshore e um mercado adicional
para a indústria, veículos e comércio.
A energia elétrica vai ficar mais barata?
Sim. Hoje, boa parte da geração é com óleo
combustível e diesel. Com o gás, o valor é bem
menor. Roraima, por exemplo, estava gerando
com o diesel a mais de R$ 1 mil por megawatt.
Agora, com o gás, o preço caiu à metade. Essas
medidas vão se refletir em redução do preço da
eletricidade.
Mas a redução de preço não vai acontecer
agora...
Não tem almoço grátis. Ou começamos a fazer as
coisas para ter resultado daqui a um, dois, três,
quatro anos, ou não fazemos nada. O preço,
porém, já vai estar refletido no leilão de energia
deste ano.
Haverá a associação de petroleiras com
empresas do setor elétrico para a construção de
térmicas a gás?
Tenho certeza. Tem um projeto com esse modelo
no Porto do Açu (no Rio de Janeiro). A Shell
entrou num projeto de térmica em Macaé, em
parceria com o fornecedor da turbina (da
térmica). É um modelo que vamos começar a ver
com mais frequência.
A tendência é que as térmicas sejam instaladas
próximas aos campos produtores, ou seja, mais
no Rio e em São Paulo?
Coincidentemente, no Brasil, o consumo de
energia elétrica está próximo do centro de oferta
de gás. O pré-sal está na frente do Rio e de São
Paulo.
Faz sentido, então, que as térmicas sejam
instaladas no Sudeste?
Sim. Como faz sentido que, no Nordeste, onde há
dependência de térmicas a óleo combustível e
diesel, haja substituição por modelos a gás. A
gente também não quer depender do
combustível importado para o resto vida, tendo
gás em Sergipe e no Sudeste. Então, como
vamos prever nos próximos leilões de energia a
substituição do gás importado pelo doméstico?
São essas coisas que estão sendo discutidas.
Quem vai colocar dinheiro na expansão dos
gasodutos?
A próxima expansão vai ser feita pelas
operadoras do gasoduto, pela Engie ou
Broookfield. Quem quiser usar o duto vai ter de
contratar a capacidade de transporte.
A ANP tem ideia de quanto gás a Petrobrás deixa
de produzir atualmente?
É difícil fazer esta avaliação (mas há outras
oportunidades), como no shale (gás de xisto).
Nos Estados Unidos, ele fez uma revolução. No
Brasil, há a estimativa de que existam 230
Data: 28/06/2019
51
Grupo de Comunicação
milhões de pés cúbicos de gás (do tipo shale) de
recurso.
Mas por que mexer nisso, que provoca tanta
contestação por parte dos ambientalistas?
Isso já foi feito 700 mil vezes nos EUA. Não há
forma de mitigar riscos de algo que está sendo
praticado há décadas? Estamos considerando os
riscos, o único que a gente não considera é a
pobreza. Vamos abrir mão desses recursos?
Como o shale será vendido?
No dia em que conseguirmos convencer a
sociedade, ele vai ser leiloado via oferta
permanente, porque não tem mais leilão de
áreas em terra. Temos de acabar com as
barreiras.
https://economia.estadao.com.br/noticias/negoci
os,novo-gas-vai-refletir-no-preco-da-
energia,70002892602
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
52
Grupo de Comunicação
Em fase final de acordo, UE e Mercosul tentam acomodar interesses de agro e
indústria - Economia - Estadão
Em um momento tido como o mais próximo da
conclusão de um acordo comercial entre Mercosul
e União Europeia (UE), os dois blocos buscam,
em decisões políticas de primeiro escalão,
acomodar os interesses dos setores agrícola e
industrial em ambos os lados da mesa para
alcançar um desfecho positivo após 20 anos de
negociação.
Nesta sexta-feira, 28, autoridades se reúnem em
nível ministerial na sede da Comissão Europeia,
em Bruxelas, sinalizando que, na mais recente
rodada de conversas de negociadores
especializados e diplomatas, entre 20 e 25 de
junho, se avançou até o limite da convergência
em nível técnico.
Entre quem acompanha o assunto, a visão
otimista é de fazer os últimos acertos políticos
agora e levar o documento para assinatura
durante a reunião do G-20, que ocorre até este
sábado, 29, em Osaka, no Japão. Outra
possibilidade seria anunciar ainda nesta sexta,
em Bruxelas, uma outra data em que o acordo
possa ser assinado.
Liderando a comitiva brasileira na capital belga
estão os ministros de Relações Exteriores e da
Agricultura, Ernesto Araújo e Tereza Cristina,
respectivamente, e o secretário especial de
Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do
Ministério da Economia, Marcos Troyjo. A
reportagem do Estadão/Broadcast tem procurado
as pastas ao longo dos últimos dias para saber o
resultado das conversas realizadas até agora,
mas a etapa sensível das tratativas impõe
discrição às autoridades.
"Para ter chegado a uma decisão ministerial, é
porque a situação está adiantada", diz o
professor de pós-graduação em Negócios
Internacionais da Escola Superior de Propaganda
e Marketing (ESPM), José Luiz Pimenta Junior.
"Isso dá otimismo."
Há, porém, quem já tenha visto outros
momentos de "quase lá" ao longo das duas
décadas de tratativas birregionais e, por isso,
recomende precaução.
"Tendo em conta a importância de se chegar a
um acordo, questiono se há algum tipo de plano
B para o caso de que, uma vez mais, ele não seja
assinado", aponta o diretor do Instituto de
Comércio Internacional da Fundación ICBC, Felix
Peña, que participou dos primeiros anos de
negociação entre Mercosul e UE como
subsecretário de Comércio Exterior do Ministério
da Economia da Argentina e, depois, consultor
externo.
Nesse plano B, esclarece Peña, poderia haver
abertura comercial de "muito menos" de 90% do
comércio bilateral - atualmente em torno de US$
90 bilhões anuais -, como falado em Bruxelas,
"mas que ainda fosse um passo adiante na
construção de uma associação estratégica entre
as duas regiões".
Pendências
Boa parte dos itens pendentes nesta atual
aproximação gira em torno da abertura do
mercado europeu às exportações agrícolas do
Mercosul, notadamente às do Brasil. "A cota de
carne de frango já estaria até praticamente
finalizada. As cotas tarifárias de carne bovina,
etanol e açúcar entraram na pauta política. Vão
ficar para decisão dos ministros", comenta
Pimenta Junior, da ESPM.
Uma fonte que acompanha as negociações
afirmou que o segmento de proteína animal
brasileiro enfrenta não só a resistência de países
com agropecuária fortemente subsidiada, mas,
também, questionamentos na seara
fitossanitária. "A Operação Carne Fraca foi
encerrada há dois anos e ainda falam disso",
relatou.
Por outro lado, a eventual mudança na
nomenclatura de lácteos nacionais, que utilizam
padrões europeus, e a menor tributação na
importação desses produtos do bloco europeu
estão "bem encaminhadas", ainda segundo a
fonte. O segmento de vinhos no Brasil é outro
em que Bruxelas busca, ao mesmo tempo, maior
acesso e indicações geográficas mais rigorosas.
No entanto, é no setor industrial que o Mercosul
fica mais na defensiva. Como nesta fase as
decisões são tomadas pelo primeiro escalão dos
Executivos dos blocos, e não mais dentro de
aspectos técnicos de cada capítulo do
documento, cabe às autoridades políticas
acomodar os interesses usando como moeda de
troca demandas ainda em aberto.
Data: 28/06/2019
53
Grupo de Comunicação
Os produtores sul-americanos de manufaturados
seriam protegidos com um período de
"desagravação" relativo à importação de bens
industriais europeus, em um período de transição
que poderia se estender por 15 anos para se
adaptar à tarifa zero em produtos que hoje têm
cobrança adicional de cerca de 30% a 35%.
Segundo Pimenta Junior, é vontade do Brasil
incluir também no acordo o regime aduaneiro
especial chamado drawback, que consiste na
suspensão ou eliminação de tributos incidentes
sobre insumos importados para utilização em um
produto exportado, apesar de a questão ser vista
como "sensível" por Bruxelas.
O professor de economia da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Jackson
Bittencourt comenta que Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai precisam consentir em torno
de uma política industrial única para que o
Mercosul se insira nas cadeias globais de valor.
Para ele, a inserção nessas cadeias "vai exigir
que a gente agregue mais valor aos produtos e
tenha mão de obra mais qualificada".
O agronegócio do velho continente, por sua vez,
teria guarida em cotas tarifárias - para a carne
bovina, por exemplo, a cifra de 99 mil toneladas
por ano é aventada como o limite que os
europeus aceitariam importar com tarifa reduzida
ou zerada dos pecuaristas do Mercosul.
"Pode ter vários arranjos: cota tarifária,
desgravação maior para determinado produto,
tarifa específica", enumera Pimenta Junior, da
ESPM. "Não dá para falar se 100 mil toneladas
(para carne bovina) é muito ou pouco. Mas tem
que ser factível."
Apoiadores e detratores
Para além do cabo de guerra de setores
individuais das economias envolvidas, a
proximidade de uma conclusão do acordo de
livre-comércio divide opiniões também nas
capitais nacionais e na sociedade civil da UE.
Há uma semana, sete chefes de governo de
Estados membros do bloco, entre eles Angela
Merkel, da Alemanha, Pedro Sánchez, da
Espanha, e António Costa, de Portugal, enviaram
uma carta ao presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, pedindo que se apresente
uma proposta "balanceada e razoável" ao
Mercosul "que possa pavimentar o caminho para
a conclusão do acordo" em breve.
Entidades como a Confederação das Empresas
Europeias, conhecida como BusinessEurope, e a
Associação das Câmaras de Comércio e Indústria
Europeias (Eurochambres) também
manifestaram publicamente o seu forte apoio a
um desfecho positivo das negociações.
Associações agrícolas do continente vão no
caminho contrário e, recentemente, se
ampararam na carta aberta divulgada por mais
de 340 organizações não-governamentais
urgindo o bloco a "interromper imediatamente"
as tratativas comerciais como forma de usar sua
influência para evitar um "agravamento da
situação de direitos humanos e ambiental no
Brasil" sob o governo do presidente Jair
Bolsonaro.
Uma das vozes mais poderosas do bloco
europeu, o presidente da França, Emmanuel
Macron, é visto como um dos principais
empecilhos à assinatura do acordo com o
Mercosul, tanto pelo forte protecionismo ao
agronegócio francês como pela imagem de líder
no combate às mudanças climáticas.
No entanto, comenta-se em Bruxelas que, no
"toma lá, dá cá" à la União Europeia, Macron
poderia ceder na frente do comércio para ser
recompensado de outra forma, como a nomeação
de um francês para assumir a presidência da
Comissão Europeia em novembro.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e
m-fase-final-de-acordo-ue-e-mercosul-tentam-
acomodar-interesses-de-agro-e-
industria,70002893449
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
54
Grupo de Comunicação
Ambiente ameaça acordo Mercosul-EU
- Economia - Estadão
BRASÍLIA - A troca de farpas entre chefes de
Estado de Brasil, França e Alemanha aumentou a
tensão sobre as negociações dos detalhes finais
do acordo entre Mercosul e União Europeia,
discutido há duas décadas. Havia expectativa de
que um consenso entre os ministros dos dois
blocos pudesse ser alcançando ainda ontem, mas
as conversas avançaram a noite em Bruxelas
sem que um anúncio final fosse feito. A decisão
sobre o futuro do tratado ficou para esta sexta-
feira, 28.
Os impasses sobre alguns termos do acordo
ainda não foram totalmente solucionados, mas
foi o clima político que pesou. O presidente
francês, Emmanuel Macron, afirmou ontem,
antes da reunião de cúpula do G-20 em Osaka,
no Japão, que não assinaria um acordo com o
Mercosul se o presidente Jair Bolsonaro levasse
adiante a promessa de retirar o Brasil do acordo
climático de Paris. Ele fizera ameaça similar no
ano passado. Em meio a esse clima tenso, sem
uma justificativa oficial, na manhã desta sexta-
feira (horário de Osaka), 28, a assessoria de
Bolsonaro, que está no Japão para participar do
G-20, informou o cancelamento de um encontro
bilateral que o presidente teria à tarde com o
líder francês. Os dois presidentes, no entanto,
acabaram tendo um encontro informal, no qual
Bolsonaro reiterou o compromisso de permanecer
no Acordo de Paris e convidou o francês para
visitar a Amazônia.
Ainda na quinta-feira, 27, antes de seguir para o
encontro de líderes mundiais, a chanceler alemã,
Angela Merkel, também já havia dito que queria
ter uma “conversa clara” com Bolsonaro sobre
desmatamento e que via com preocupação a
posição do brasileiro. Os europeus estão sendo
pressionados por ONGs a questionar o acordo
entre Mercosul e União Europeia. Apesar disso,
Merkel se disse favorável à conclusão do tratado.
O governo brasileiro reagiu às criticas e mirou
em Merkel, justamente uma aliada no acordo. O
general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de
Segurança Institucional, disse que ninguém tem
“moral” para falar sobre preservação com o Brasil
e que a Alemanha deveria “procurar sua turma”.
Surpresa negativa
O embate político pegou os negociadores de
surpresa. Pela manhã desta quinta-feira, 27,
representantes do governo brasileiro estavam
otimistas e diziam que um anúncio poderia vir
horas depois. Uma fonte do Itamaraty afirmou
que o chanceler Ernesto Araújo, que está em
Bruxelas para etapa decisiva de negociações,
poderia fazer o anúncio de um acordo.
Representantes do setor produtivo também
haviam sido comunicados que, na manhã desta
sexta-feira, 28, um encontro poderia ocorrer na
Bélgica justamente para que os principais pontos
do acordo fossem explicados.
O bloco europeu entendia que a disputa climática
havia sido de certa forma superada. Apesar das
críticas na Europa sobre os discursos de
Bolsonaro em relação ao meio ambiente, os
europeus avaliavam que a decisão do Brasil de
não deixar imediatamente o Acordo de Paris foi
uma sinalização de que nem tudo o que o
presidente brasileiro prometeu na campanha será
colocado em prática.
Fontes próximas aos negociadores europeus não
descartam, porém, dificuldades para a ratificação
do acordo. Isso porque, após assinado, o tratado
precisa passar pelo crivo do Parlamento de todos
os países envolvidos, além dos parlamentares da
União Europeia. Enquanto isso, pode vigorar com
regras transitórias. O avanço dos “verdes” no
Parlamento Europeu, porém, pode causar
dificuldades nessa fase.
Pontos sensíveis do acordo Mercosul-UE
Para que se chegue a essa fase, no entanto, será
preciso que os ministros de Mercosul e União
Europeia alcancem um acerto sobre pontos
sensíveis, como o prazo para que o Mercosul zere
tarifas para bens como automóveis, e quanto os
europeus concordarão em aumentar as cotas de
importação para produtos agrícolas.
Fontes próximas às conversas relataram ao
Estado que avanços significativos já haviam sido
feitos em pontos que preocupavam o Brasil. Os
europeus haviam aceitado, por exemplo,
incorporar ao acordo regras mais rígidas para a
aplicação de barreiras sanitárias do que as que
seguem atualmente. A União Europeia é
conhecida por usar o argumento de risco à
segurança sanitária para inibir importações,
notadamente de produtos agrícolas. /
Colaboraram Beatriz Bulla E Célia Froufe, De
Osaka
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
mbiente-ameaca-acordo-mercosul-
ue,70002892711
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
55
Grupo de Comunicação
Acordo entre Mercosul e União Europeia tem
grandes chances de ser fechado nesta
sexta, diz porta-voz
- Economia - Estadão
Há grandes chances de o acordo entre Mercosul e
União Europeia ser fechado nesta sexta-feira, 28,
de acordo com o porta-voz da Presidência,
general Otávio Rêgo Barros. Questionado em
Osaka, no Japão, durante encontro do G-20,
sobre se as chances estariam em torno de 80%,
ele respondeu: “Eu diria mais”. De Bruxelas, uma
fonte comunicou ao Broadcast/Estadão, no
entanto, que as negociações avançam e que os
dois lados estão muito perto de encerrar um
processo que se arrasta há 20 anos, mas que
ainda há “desafios a superar”.
A grande expectativa, segundo o porta-voz, é
que as duas partes cheguem a um consenso
suficiente para que o anúncio seja feito, mas vai
depender “do que acontecer lá (em Bruxelas)”
nas próximas horas. O Japão está sete horas à
frente de Bruxelas e 12 horas à frente do Brasil.
Em contato com representantes do Brasil que
estão na Europa, o general disse que recebeu
como informação a avaliação de que o acordo
estava “muito avançado”. “Não sei o que está
faltando”, afirmou. Um dos pontos que tratavam
as negociações há um mês envolvia a questão
dos vinhos.
O governo aposta todas as suas fichas para
finalmente destravar esta questão que dura duas
décadas. Por causa da mudança na composição
da Comissão Europeia, há um interesse em
fechar logo o acordo antes que novos empecilhos
possam surgir com a próxima equipe. Há pouco
mais de um mês, um integrante do governo
brasileiro avaliou, em relação ao fechamento do
acordo Mercosul-União Europeia, que era “now or
never” (agora ou nunca).
Entrada na OCDE
O Brasil está muito bem posicionado em seleção
de países para entrar na Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE). A avaliação foi reforçada ao governo
brasileiro, após encontro do presidente Jair
Bolsonaro com o secretário-geral da entidade,
José Ángel Gurría, e também após a reunião
bilateral com o presidente americano Donald
Trump, segundo o porta-voz da Presidência,
Otavio Rêgo Barros.
Um dos motivos que levam a crer nessa
“vantagem” do Brasil diz respeito ao
adiantamento da adesão do País aos requisitos
exigidos pela instituição que tem sede em Paris.
Mesmo sem ter a sua candidatura ainda
confirmada, o governo vem trabalhando para se
adequar aos 248 instrumentos e normas exigidos
por ela. Em maio, o secretário-executivo do
Ministério da Economia, Marcelo Guaranys,
afirmou que cerca de 200 deles teriam o aval da
Organização.
O porta-voz lembrou nesta sexta, no entanto,
que há uma questão cronológica para que novos
membros passem a disputar uma vaga na
entidade. Além de Brasil, também estão na
corrida Argentina, Romênia, Peru, Bulgária e
Croácia. Há um impasse, no entanto, sobre como
esses novos participantes devem entrar na OCDE
na visão europeia e na americana. Gurría
apresentou a proposta de uma entrada
sequencial, que ainda não foi definida. O Brasil
estaria na terceira posição, após Argentina e
Romênia, mas ainda não há uma definição
fechada.
Em março, Trump prometeu a Bolsonaro que
passaria a apoiar o ingresso brasileiro na
instituição, o que foi feito em maio. “Avançou
numa expectativa positiva na inserção do Brasil”,
disse o porta-voz sobre os encontros de hoje.
“Houve um alinhamento entre o que ocorreu com
a reunião da OCDE e na de Trump e Bolsonaro”,
acrescentou.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
cordo-entre-mercosul-e-uniao-europeia-tem-
grandes-chances-de-ser-fechado-nesta-sexta-
diz-porta-voz,70002893301
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
56
Grupo de Comunicação
União Europeia defende uma 'declaração
firme' do G-20 sobre mudança climática
- Sustentabilidade - Estadão
OSAKA - O presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, afirmou nesta sexta-feira,
28, que o G-20 "precisa fazer uma declaração
firme" sobre as mudanças climáticas na cúpula
que ocorre em Osaka, no Japão.
Juncker se pronunciou após ser questionado em
entrevista coletiva sobre as expectativas da
declaração final que os líderes do G-20 devem
fazer nas reuniões de sexta e sábado.
"Precisamos de uma declaração firme sobre as
mudanças climáticas", disse, lembrando o fiasco
do tema na última cúpula, realizada em
dezembro do ano passado, em Buenos Aires.
Naquela ocasião, os países concordaram em um
documento a favor do cumprimento do Acordo de
Paris contra a mudança climática, embora os
Estados Unidos tenham se retirado do texto,
depois de o governo de Donald Trump decidir
deixar unilateralmente o marco multilateral
acordado em 2016 na capital francesa.
A previsível oposição americana torna difícil para
o G-20 fechar um texto mais substancial em
Osaka. Tanto Juncker quanto o presidente do
Conselho Europeu, Donald Tusk, disseram que as
delegações ainda trabalham no texto e esperam
progredir.
Ambos evitaram dizer se bloqueariam uma
declaração final que não foi firme o suficiente,
depois que o presidente da França, Emmanuel
Macron, ameaçou não assinar o texto de
conclusões de Osaka nesse cenário, já que se
trata de "uma linha vermelha" para seu governo.
"Se não falarmos do Acordo de Paris, e se para
chegar a um acordo na reunião do G-20, não
fomos capazes de defender a ambição das metas
climáticas, será (um acordo) sem a França",
disse Macron, na última quarta-feira, 26, em
Tóquio. / EFE
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,uniao-europeia-defende-uma-declaracao-
firme-do-g-20-sobre-mudanca-
climatica,70002892908
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
57
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO França: Se Brasil sair de pacto climático,
não fechamos com Mercosul
OSAKA (JAPÃO) - O presidente francês,
Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira
que não assinará nenhum acordo comercial com
o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro saia do
acordo climático de Paris, ameaçando colocar em
risco os trabalhos de negociações comerciais
entre União Europeia e Mercosul.
"Se o Brasil deixar o acordo de Paris, até onde
nos diz respeito, não poderemos assinar o acordo
comercial com eles", disse Macron a jornalistas
no Japão, antes da reunião do G-20. "Por uma
simples razão. Estamos pedindo que nossos
produtores parem de usar pesticidas, estamos
pedindo que nossas companhias produzam
menos carbono, e isso tem um custo de
competitividade", disse ele.
"Então, não vamos dizer de um dia para o outro
que deixaremos entrar bens de países que não
respeitam nada disso", acrescentou o presidente
francês.
As negociações da União Europeia com o grupo
do Mercosul se intensificaram, com Bolsonaro
dizendo este mês que um acordo poderia ser
assinado "logo", enquanto o grupo europeu o
chamou de "prioridade número um".
No entanto, a irritação da União Europeia em
relação ao aumento de importações de carne e a
hesitação do Mercosul sobre abertura de alguns
setores industriais, como o automotivo, fizeram
prazos anteriores para um acordo serem
descumpridos. Se um acordo estiver perto, está
além do alcance.
A França em particular está preocupada com o
impacto sobre sua vasta indústria agrícola de
importações sul-americanas, que não teriam que
respeitar as estritas regulações de meio
ambiente da União Europeia.
Em Tóquio, onde acompanha o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) para a reunião do G-20, o
general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI,
evitou comentar a fala de Macron. Questionado
se o Brasil vai permanecer no Acordo de Paris,
ele disse que "isso já foi dito". "Pode ou não, se
for perguntado. Não está na pauta do G-20 isso",
afirmou o ministro.
O ministro falou que a política de meio ambiente
é totalmente injusta ao Brasil. "O Brasil é um dos
países que mais preserva meio ambiente no
mundo. Quem tem moral para falar da
preservação de meio ambiente do Brasil? Estes
países que criticam? Vão procurar a sua turma",
disse.
Heleno defendeu que o Brasil tem que buscar "o
famoso desenvolvimento sustentável", que
aproveite as riquezas sem prejudicar o meio
ambiente. Ele ainda afirmou que países não
podem "dar palpite no Brasil". "A gente não dá
palpite em ninguém, por que que a gente não dá
palpite no meio ambiente da Alemanha? Quais
são as florestas que o europeu preservou? Veja o
que tinha de floresta no início do século e o que
tem hoje. Veja o que o Brasil tinha de floresta e
tem hoje."
Na quarta-feira (26), a chanceler alemã, Angela
Merkel, disse que deseja conversar com
Bolsonaro sobre o desmatamento no Brasil. Ele
ainda disse não ter dúvidas de que há ONGs por
trás das estratégias de países que questionam a
proteção ambiental no Brasil. "Eu não tenho
nenhuma dúvida, eu nunca tive nenhuma dúvida.
Estratégia de preservar o meio ambiente do
Brasil para mais tarde eles explorarem. Está
cheio de ONG por trás deles, ONG sabidamente a
serviço de governos estrangeiros. Vocês têm que
ler mais um pouco sobre isso, viu? Vocês estão
muito mal informados", disse Heleno a
jornalistas.
Mais cedo neste ano, a França votou contra a
abertura de negociações comerciais entre a União
Europeia e os Estados Unidos por conta da
decisão de Washington de deixar o acordo
climático de Paris. No entanto, a medida francesa
não bloqueou a abertura de negociações
Data: 28/06/2019
58
Grupo de Comunicação
comerciais porque a maioria necessária de
membros da União Europeia a apoiou. Não está
claro se a França seria capaz de levar outros
países do bloco a votarem contra o acordo do
Mercosul.
https://www.valor.com.br/internacional/6322695
/franca-se-brasil-sair-de-pacto-climatico-nao-
fechamos-com-mercosul
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
59
Grupo de Comunicação
Bolsonaro reage a Merkel e diz que não
aceita advertência de estrangeiros
Por Assis Moreira | De Osaka (Japão)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil
não veio ao G-20 para ser advertido ou receber
reprimenda, reagindo à declaração da premiê
alemã Angela Merkel de que iria confrontá-lo em
Osaka sobre a situação "dramática" do
desmatamento da Amazônia.
Enquanto Bolsonaro exigiu "respeito para o
Brasil", o ministro-chefe do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), general Augusto
Heleno, disse ser "muita coincidência" o
questionamento feito por Merkel. Para ele, isso
faz parte de uma estratégia para fazer o Brasil
preservar a Amazônia e depois ser explorada por
estrangeiros.
Na quarta-feira, durante sessão no Parlamento
alemão, Merkel disse que via com grande
preocupação as ações do presidente brasileiro em
relação ao desmatamento. "Se a questão se
apresentar, aproveitarei a oportunidade no G-20
para ter uma discussão clara com ele."
Ao chegar ontem ao hotel em Osaka, após 25
horas de viagem, Bolsonaro reagiu sem rodeios.
"Nós temos exemplos para dar para a Alemanha
sobre meio ambiente. A indústria deles continua
sendo fóssil, utilizando carvão e a nossa não.
Então eles têm muito que aprender conosco."
Em seguida, elevou o tom: "O presidente do
Brasil que está aqui não é como alguns
anteriores, que vieram aqui para ser advertido
por outros países. A situação aqui é de respeito
para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento
como no passado, de alguns casos de chefes de
Estado que estiveram aqui".
Bolsonaro não deu exemplo de presidente que
teria sido advertido no exterior por outros chefes
de Estado. Indagado se achava a declaração de
Merkel desrespeitosa, respondeu: "Vi o que está
escrito". Mas logo criticou a imprensa, dizendo
lamentar que grande parte do que a imprensa
escreve "não é aquilo e tem que fazer a devida
filtragem". Mas pouco depois afirmou que "se nos
questionarem alguma coisa [no G-20], estamos
prontos para responder".
O general Augusto Heleno reforçou o
posicionamento presidencial. "Vir para cima do
Brasil é muita coincidência, cobrar de um país
como o Brasil a preservação do meio ambiente
da gente", afirmou. O general disse que nunca
teve dúvida de existir uma estratégia "de
preservar o meio ambiente do Brasil para mais
tarde eles [estrangeiros] explorarem". Disse que
os defensores disso estão cheios de Organizações
Não Governamentais (ONGs) "sabidamente a
serviço de governos estrangeiros".
O general destacou que Bolsonaro "não vai
aceitar determinadas reprimendas ao Brasil", e
observou: "Esses países que criticam? Vão
procurar sua turma".
Não havia até ontem previsão de encontro entre
Bolsonaro e Merkel. A agenda do presidente está
bem cheia, começando com a reunião hoje com
Donald Trump.
Bolsonaro disse que o Brasil não tem lado na
guerra entre os EUA e a China. E que ao país
interessa a paz. "Não queremos que haja briga
para a gente poder se aproveitar. Estamos
buscando paz e harmonia, como estamos
trabalhando aqui a questão do [acordo] Mercosul
e União Europeia."
O presidente francês Emmanuel Macron, que vai
se encontrar com Bolsonaro em Osaka, insistiu
que se o Brasil sair do Acordo do Clima de Paris
não haverá acordo comercial UE-Mercosul. O
general Heleno observou que Bolsonaro já falou
que o Brasil fica no acordo climático. E se for
perguntado no G-20, pode reafirmar isso.
https://www.valor.com.br/internacional/6323591
/bolsonaro-reage-merkel-e-diz-que-nao-aceita-
advertencia-de-estrangeiros
Data: 28/06/2019
60
Grupo de Comunicação
Bolsonaro tem bate-papo com Macron e
Merkel no G-20
Por Assis Moreira | Valor
OSAKA (JAPÃO) - (Atualiazada às 7h10) O
presidente Jair Bolsonaro teve um “bate-papo”
tanto com o presidente francês Emmanuel
Macron como com a chanceler alemã Angela
Merkel, dois críticos da política ambiental do
Brasil. A conversa ocorreu na área exclusiva
destinada aos líderes do G-20, depois de
desencontros que causaram especulações.
Antes, a assessoria de Bolsonaro havia informado
que tinha sido cancelada a reunião bilateral com
Macron. Pouco depois, um porta-voz do
presidente francês retrucou que a França nunca
teve a confirmação de que havia bilateral
marcada.
Horas depois, o mesmo porta-voz avisou que
Macron teria “um contato informal” com
Bolsonaro, em formato selecionado a pedido da
França. No fim da tarde, foi a vez de o porta-voz
de Bolsonaro, general Rêgo Barros, contar que
Macron tinha pedido o encontro antes, mas
depois propusera o horário das 23h de quinta-
feira, que Bolsonaro recusou.
Enfim, às 15h de hoje, na “red zone” (zona
vermelha), como é chamada a área exclusiva
para os líderes do G-20, Bolsonaro e Macron
tiveram um “bate-papo” de 30 minutos, na
versão brasileira. Na versão francesa, ambos
conversaram pelo menos 15 minutos.
Segundo o general Rêgo Barros, os dois falaram
do Acordo de Paris, de mudança climática e sobre
a fronteira entre Guiana Francesa e o Brasil.
Bolsonaro convidou Macron a visitar a Amazônia
para ver de perto o que, segundo ele, o Brasil
está fazendo na preservação do meio ambiente.
Macron ficou de estudar o convite com sua
assessoria.
As diferentes versões sobre o encontro ao longo
do dia alimentaram especulações. É que o
presidente francês desembarcou no Japão
ameaçando não assinar o acordo de livre
comércio UE-Mercosul se Bolsonaro retirar o
Brasil do acordo climático de Paris, ameaçando
colocar um entrave às negociações entre os dois
blocos.
Em seguida, Bolsonaro desembarcou em Osaka
advertindo que não veio ao G-20 para receber
recriminações de outros chefes de Estado, no que
foi interpretado como reação a uma crítica da
chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o que ela
chamou de situação “dramática” no Brasil, de
desmatamento da Amazônia.
O general Rêgo Barros relatou que Bolsonaro se
encontrou também com Merkel na mesma zona
exclusiva dos líderes. “Foi bastante amigável”',
disse o porta-voz, que não estava presente por
não ter acesso ao local, e não tinha detalhes da
conversa.
O general reafirmou que o governo Bolsonaro
manterá o Brasil no Acordo de Paris contra a
mudança climática.
Outra reunião bilateral foi confirmada para
Bolsonaro, desta vez com o presidente da
Indonésia.
https://www.valor.com.br/brasil/6323569/bolson
aro-tem-bate-papo-com-macron-e-merkel-no-g-
20
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
61
Grupo de Comunicação
Reforma evita desastre, mas não garante
PIB forte
Por Sergio Lamucci e Hugo Passarelli | De São
Paulo
A reforma da Previdência é indispensável e sua
não aprovação seria desastrosa para a economia,
mas a mudança do sistema de aposentadorias
não levará sozinha a uma aceleração significativa
do crescimento, advertem economistas do
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV). O avanço de medidas
que simplifiquem o sistema tributário, melhorem
o ambiente de negócios e aumentem a
previsibilidade são fundamentais para que o país
consiga crescer a taxas mais robustas, segundo
os pesquisadores Armando Castelar, Livio Ribeiro
e Silvia Matos.
Os economistas examinaram algumas hipóteses
que ajudam a explicar a dificuldade de a
recuperação ganhar fôlego, citando a combinação
de choques de curto prazo (como a greve dos
caminhoneiros e o rompimento da barragem da
Vale em Brumadinho, em Minas Gerais), a
incerteza elevada, o "rebalanceamento do mix de
política econômica", com forte contenção de
gastos públicos, e o próprio esgotamento do
modelo econômico, em que a despesa e o
subsídio públicos compensavam a falta de
atratividade do investimento. São hipóteses
complementares, não excludentes, segundo eles.
Os três pesquisadores do Ibre/FGV participaram
ontem de evento no Valor, discutindo a reforma
da Previdência e os obstáculos à retomada.
Para eles, a reforma da Previdência terá algum
impacto positivo na economia, por reduzir uma
incerteza importante sobre a sustentabilidade das
contas públicas no longo prazo. A questão é que
ela, por si só, não levará a economia a crescer
com muito mais força. Para Silvia, o ritmo de
expansão do PIB pode passar para a casa de
1,5% a 2%, mais do que o cerca de 1% que
vigora desde 2017, mas longe de ser uma taxa
exuberante. "A reforma da Previdência é
superimportante e será um desastre se não for
aprovada, levando o país à recessão; mas, se
passar, não resolverá tudo sozinha", reiterou
Castelar.
Ele vê como factível o Congresso aprovar uma
mudança do sistema de aposentadorias que
economize de R$ 700 bilhões a R$ 800 bilhões
em dez anos, o que seria um bom número. A
proposta original do governo previa uma
poupança de R$ 1,25 trilhão em uma década.
Castelar lembrou que o efeito direto da reforma é
contracionista, por tirar renda das pessoas. O
ponto é que, ao reduzir a incerteza, isso deve
levar a alguma expansão do investimento, com
impacto favorável sobre a atividade. "Não sou
pessimista de achar que a reforma vai atrapalhar
o crescimento. O resultado líquido deverá ser
positivo, mas será algo pequeno", disse ele,
destacando que a economia continua travada por
outros fatores, como restrições de oferta, ainda
que as incertezas pesem negativamente sobre a
recuperação.
Uma reforma que simplifique o sistema tributário
é muito relevante, podendo contribuir para
acelerar a retomada do investimento. "Se
aprovar a Previdência e depois a tributária, você
cria um astral muito mais positivo, porque
haverá a percepção de que existe a intenção de
avançar", afirmou Castelar. "Isso pode ter um
impacto mais relevante."
No primeiro trimestre de 2019, a formação bruta
de capital fixo (medida do que se investe em
máquinas e equipamentos, construção civil e
inovação) ainda estava 27% abaixo do nível
atingido no primeiro trimestre de 2014, o período
imediatamente anterior ao começo da recessão.
Castelar, Ribeiro e Silvia têm simpatia pela visão
de que o gargalo à retomada da economia não
está na demanda, mas sim nas restrições de
oferta. O investimento é pressionado pela falta
de retorno e pelo risco elevado. Dar mais
previsibilidade sobre a economia ajuda, ao
mesmo tempo em que melhorar o ambiente de
negócios aumenta o apelo para as empresas
investirem, segundo os pesquisadores. Por muito
tempo, vigorou no país um modelo em que os
Data: 28/06/2019
62
Grupo de Comunicação
gastos públicos e os subsídios compensavam a
falta de atratividade do investimento. Hoje, isso
se esgotou.
Ao falar dos fatores de curto prazo que têm
segurado a economia, os pesquisadores do
Ibre/FGV destacaram os choques ocorridos no
primeiro semestre dos últimos três anos, que
derrubaram as projeções de crescimento. Em
2017, foi a delação de Joesley Batista, da JBS;
em 2018, a greve dos caminhoneiros e a crise da
Argentina; em 2019, a tragédia de Brumadinho e
os problemas de articulação política do governo
de Jair Bolsonaro. No cenário externo, a guerra
comercial entre EUA e alguns parceiros como a
China voltou a se intensificar, e o crescimento
global perdeu gás. Silvia estima que a tragédia
de Brumadinho e a crise da Argentina podem
tirar 0,4 ponto percentual do crescimento do PIB
neste ano, por exemplo.
Outro motivo para a lentidão da retomada são os
níveis elevados de incerteza na economia,
segundo eles. Isso inibe o investimento, levando
os empresários a segurar decisões de
modernização e ampliação da capacidade
produtiva. O comportamento do consumidor
também tem sido cauteloso, num cenário em que
o desemprego permanece elevado, diz Silvia. O
resultado é um desempenho pouco animador do
consumo das famílias, que responde por mais de
60% do PIB pelo lado da demanda.
Os três analisaram a narrativa "oficial" sobre o
possível impacto da reforma da Previdência na
economia, como aparece na visão do Banco
Central (BC). Por essa avaliação, a reforma tende
a reduzir a incerteza, estimulando o investimento
e permitindo a queda da Selic e dos juros de
longo prazo. Com isso, cria-se um círculo
virtuoso de mais demanda, mais emprego, mais
receitas tributárias e menos incerteza. Para
Castelar, essa narrativa parece incompleta, assim
como a visão que ele classificou como "do
mercado".
Nessa perspectiva, é preciso cortar mais os juros,
dada a mudança expressiva no mix de política
econômica. O crédito e os gastos públicos, que
cresceram a um ritmo elevadíssimo por muitos
anos, estão contidos. Com essa mudança radical
na política fiscal, há espaço para os juros caírem
com mais força, defendem hoje vários analistas.
Há também quem proponha estímulos de outra
natureza, como a elevação do gasto público, caso
do investimento governamental. Outros sugerem
a liberação de recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS), para impulsionar o
consumo. Para os pesquisadores do Ibre/FGV,
porém, não são medidas como essas que farão a
economia voltar a crescer de modo sustentado a
taxas mais altas (ver Analistas veem corte de
juro e estímulo fiscal como ineficientes para
destravar economia). Ainda que haja terreno
para cortar a Selic, eles não acreditam que isso
produzirá grande efeito sobre a atividade. "Baixar
o os juros de 6,5% para 5% ao ano vai fazer o
PIB crescer 2,5% em 2020? É muito improvável",
diz Ribeiro.
Para Castelar, o caminho para o país avançar a
taxas mais elevadas exige dar prioridade à
agenda de reformas, como a tributária, que
criem uma "institucionalidade consistente com o
fato de que não há mais o Estado dando as
cartas na economia".
https://www.valor.com.br/brasil/6323667/reform
a-evita-desastre-mas-nao-garante-pib-forte
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
63
Grupo de Comunicação
Analistas veem corte de juro e estímulo
fiscal como ineficientes para destravar
economia
Por Hugo Passarelli e Sergio Lamucci | De São
Paulo
A leitura de que Brasil precisa cortar a taxa
básica de juros e adotar outros estímulos de
curto prazo parte da visão de que a virada na
condução da política econômica, apesar de
correta, foi feita de maneira abrupta. Mas, em
meio aos velhos problemas estruturais de
competitividade, é baixa a probabilidade de que
tais instrumentos acelerem o ritmo de
crescimento, opinam economistas do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV).
"Você teve uma mudança brutal de regime fiscal
no Brasil. Acho que as pessoas ainda não
conseguiram absorver a magnitude e a
velocidade com que isso aconteceu", afirma
Armando Castelar, coordenador de Economia
Aplicada do Ibre/FGV.
Castelar destaca que, de 1998 a 2014, as
despesas do governo central - que reúne Tesouro
Nacional, Previdência Social e Banco Central -
cresceram a uma média de 6,3% ao ano, em
valores já corrigidos pela inflação. Desde então, o
ritmo de alta diminuiu para 0,3%, em razão das
políticas fiscais mais restritivas e da criação de
um teto para aumento dos gastos públicos.
De acordo com Castelar, é recomendável avaliar
o efeito líquido da reforma da Previdência antes
de flexibilizar a política monetária. A análise deve
levar em conta o aspecto contracionista da
mudança nas aposentadorias, provocado pela
retirada direta de renda da população. No
entanto, a esperada aprovação da proposta pode
melhorar as condições financeiras, como a taxa
de câmbio e o risco-país, a ponto de tornar
desnecessária a redução do juro.
Mesmo que essa tese se mostre infundada,
Castelar pondera que não é a via do juro que vai
destravar o crescimento. "Não acho que a gente
vai mudar o quadro de estagnação que está
acontecendo no Brasil com a perspectiva de que
o Banco Central possa cortar juros neste ano",
afirma.
De acordo com Silvia Matos, coordenadora do
Boletim Macro do Ibre/FGV, essa percepção pode
ser comprovada olhando para o que aconteceu
com a atividade desde a saída da recessão. No
início do ano passado, lembra, previa-se que o
consumo das famílias poderia crescer com mais
força, o que não se confirmou mesmo com o juro
mantendo-se na mínima histórica de 6,5% ao
ano. "A narrativa [de que o efeito benéfico da
política monetária] não foi culpado pelo péssimo
resultado [da atividade] não vai agora ser a
solução dos problemas", diz ela.
Ainda pela ótica de demanda, a liberação de nova
leva de recursos do FGTS, uma das medidas em
estudo pelo governo, deve ser suficiente apenas
para melhorar o consumo no curto prazo, opina
Livio Ribeiro, pesquisador do Ibre/FGV. Segundo
ele, é possível dizer, a partir de experiência
semelhante adotada por Michel Temer, que os
consumidores que acessaram esse recurso
tiveram um perfil de gasto de curto prazo e
pontual. "Gera bem-estar, mas não gera
crescimento." Ribeiro ainda ressalta os riscos de
liberar também as contas ativas do FGTS,,
conforme sinalização da equipe econômica,.
"Qual o problema? Você libera o dinheiro que é
lastro para investimento em habitação. Ou seja,
tira gasto de investimento e transforma em
consumo corrente."
Do lado do setor produtivo, também é pouco
provável que novos estímulos para elevar os
investimentos sejam bem-sucedidos. "Quando eu
olho o passado, lembro que não temos
governança [nas políticas públicas para]
investimentos, sempre há o risco de gerar
resultado aquém do esperado", afirma Silvia, em
referência às políticas adotadas pelos governos
petistas, sobretudo no de Dilma Rousseff.
Data: 28/06/2019
64
Grupo de Comunicação
O excesso de recursos públicos destinados a
investimentos, ressalva a pesquisadora, produziu
ineficiência e distorceu as bases comparativas.
"Pode ser que os índices de capacidade instalada
estivessem inflados."
Para Castelar, além de medidas nesse seara
serem, potencialmente, "um tiro no pé", há risco
de enfraquecimento do discurso de austeridade
fiscal que é bandeira do ministro da Economia,
Paulo Guedes. "Pode ser visto como relaxamento
fiscal."
Outra hipótese dos pesquisadores para a
recuperação ainda fraca da economia brasileira é
que houve uma exaustão do modelo de
crescimento baseado em subsídios públicos para
compensar o risco e falta de atratividade dos
investimentos, sobretudo os de infraestrutura.
Segundo eles, o papel de coordenação direta do
governo federal, até então predominante, deve
ser substituído por um ambiente institucional
mais robusto do ponto de vista regulatório e
tributário, por exemplo. "O juro caiu, mas o
investimento não subiu porque ainda é arriscado
demais. A formação bruta de capital fixo [medida
para o investimento] só vai conseguir voltar a
crescer a partir de muitas reformas na estrutura
da economia brasileira", afirma Castelar.
Eles ainda afirmam que há questões culturais que
dominam o entendimento de corrente
significativa do empresariado, difíceis de reverter
no curto prazo e que explicam em parte a lenta
retomada dos investimentos, que poderiam
ajudar a dar tração para o avanço do Produto
Interno Bruto (PIB).
"Nós ainda vemos os empresários indo a Brasília
para fazer pedidos aos ministros. Veja essa nova
geração empreendedora, das startups, eles
captam com investidores estrangeiros e não
querem saber de financiamento do BNDES ",
afirma Castelar.
Segundo Ribeiro, a trava nos investimentos
também pode ser em parte reflexo de agenda de
anúncios do governo. "Antecipar agendas, como
a do marco regulatório do gás natural, pode ter
ajudado a postergar os investimentos", afirma
ele - antes de investir, os empresários podem
esperar a queda dos preços do insumo, estimada
por Guedes em 40%.
https://www.valor.com.br/brasil/6323669/analist
as-veem-corte-de-juro-e-estimulo-fiscal-como-
ineficientes-para-destravar-economia
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
65
Grupo de Comunicação
Cresce descontentamento com o governo
Por Andrea Jubé e Rafael Bitencourt | De Brasília
Uma semana após a declaração do presidente
Jair Bolsonaro de que pretende disputar a
reeleição, a pesquisa encomendada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao
Ibope mostra que aumentou o número de
brasileiros descontentes com o governo. Segundo
o levantamento, 32% consideram o governo ruim
ou péssimo: cinco pontos percentuais a mais em
relação à sondagem anterior, divulgada em abril.
O percentual de brasileiros que considera o
governo ótimo ou bom também é de 32%, mas
era 35% em abril. A pesquisa também revelou
que 48% da população desaprova a maneira de
governar do presidente, enquanto 46% a
aprovam. A reprovação aumentou oito pontos
percentuais na comparação com abril. Ainda
segundo o levantamento, 51% dos brasileiros
não confiam no presidente, e 46% confiam.
Em relação à pesquisa do Ibope Inteligência
divulgada em janeiro e feita com metodologia
semelhantes, a popularidade de Bolsonaro
derreteu 17 pontos em seis meses: ele tinha
49% de ótimo e bom em janeiro.
A série histórica da CNI/Ibope indica que o nível
de satisfação com o governo Bolsonaro, com
32% de ótimo ou bom, equipara-se ao índice dos
primeiros seis meses da gestão do ex-presidente
Fernando Collor, que registrou 33% de avaliação
positiva em julho de 1990.
A aprovação de Bolsonaro em 32% nos primeiros
seis meses só não é pior que a de Dilma Rousseff
no segundo mandato (9% de ótimo e bom) e
Michel Temer (13% de ótimo e bom). Mas a
pesquisa revela que 47% dos entrevistados
consideram a gestão de Bolsonaro melhor que a
de Temer, enquanto 33% avaliam que é igual.
Na quinta-feira, durante a Marcha para Jesus, o
presidente anunciou a disposição em se reeleger:
"Se não tiver uma boa reforma política e, se o
povo quiser, estamos aí para continuar mais
quatro anos." Mas a popularidade do presidente
pode continuar caindo se a economia brasileira
não começar a reagir, avalia o gerente-executivo
de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.
"Há uma relação muito forte entre a economia e
a avaliação do governo. As pessoas creditam ao
governo parte da frustração com o desemprego,
a queda da renda e do padrão de vida", explicou
Fonseca.
Além da insatisfação com a economia, a CNI
atribui a queda de popularidade também aos
cortes de recursos da educação. O percentual de
desaprovação na área foi o que mais cresceu em
relação à pesquisa de abril: subiu dez pontos, de
44% para os atuais 54%.
"Eu diria que as manifestações [de rua, em maio]
ainda estão muito fortes na memória dos
brasileiros", avalia Fonseca. "Tudo indica que o
grande fator que trouxe a redução da
popularidade do presidente foi o que aconteceu
nessa discussão toda de cortes na área de
educação", acrescentou.
Em contrapartida, a pesquisa mostrou que
apesar da exposição negativa na mídia do
ministro da Justiça, Sergio Moro, com o
vazamento dos diálogos com o procurador Deltan
Dallagnol, a área de segurança pública é a mais
bem avaliada do governo: 54% dos entrevistados
aprovam a atuação do governo nessa área,
enquanto 43% a desaprovam. Para Fonseca, a
aprovação elevada deve-se à escolha de Moro
para a pasta, e à edição dos decretos que
facilitam a posse de armas.
Entre a população com renda familiar superior a
cinco salários mínimos, o governo alcança 63%
de aprovação, em contraste com a desaprovação
de 59% na faixa de renda familiar de até um
salário mínimo. Bolsonaro também alcança
melhor índice de aprovação entre os brasileiros
com grau de instrução mais elevado: 51% da
população com nível superior aprova sua maneira
de governar.
Data: 28/06/2019
66
Grupo de Comunicação
A reforma da Previdência foi a notícia mais
lembrada pela população em junho. Segundo o
levantamento, 13% dos entrevistados citaram as
novas regras da aposentadoria como o assunto
mais lembrado do noticiário, enquanto 10%
indicaram o decreto sobre armas de fogo, e 8%
os vazamentos dos diálogos de Moro e do
procurador Deltan Dallagnol pelo site "The
Intercept Brasil".
https://www.valor.com.br/politica/6323617/cresc
e-descontentamento-com-o-governo
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
67
Grupo de Comunicação
Solução para GSF destrava setor elétrico
Por Rodrigo Polito e Camila Maia | Do Rio e São
Paulo
A aprovação pela Câmara dos Deputados do
projeto de lei 10.985, que trata, entre outros
assuntos, de uma solução para a judicialização
do risco hidrológico (conhecido como GSF, na
sigla em inglês), pode abrir caminho para outras
pautas relevantes do setor elétrico, como a
privatização da Eletrobras e o aperfeiçoamento
do mercado livre de energia. Tido como uma das
prioridades do ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, o destravamento do mercado de
curto prazo, que registra inadimplência de R$ 7
bilhões, deve acontecer depois que a lei, uma vez
sancionada, seja regulamentada pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Essa aprovação é um claro sinal para os agentes
e investidores que acreditam no Brasil de que
estamos trabalhando para que o setor elétrico
atraia cada vez mais investimentos nacionais e
internacionais", afirmou Albuquerque, em nota
enviada ao Valor. "Desde o início do ano, temos
informado de forma bastante transparente que a
aprovação do GSF era essencial para o bom
funcionamento do setor elétrico."
O GSF é a sigla para o déficit entre a garantia
física das hidrelétricas e a energia efetivamente
gerada por elas. Nos últimos anos, a estiagem
severa, associada a outras questões, fez com que
apenas uma parcela da energia fosse
despachada, ajudando a poupar os reservatórios
das usinas. A energia vendida e não gerada virou
exposição no mercado de curto prazo de energia,
no qual os preços são voláteis e chegam a
superar R$ 500 por megawatt-hora (MWh)
durante os meses mais secos do ano. Devido ao
entendimento de que esse risco não deveria ser
do gerador, as usinas foram à Justiça e
conseguiram liminares para não pagar essa
exposição. São essas liminares, hoje sem efeito
futuro mas ainda vigentes para o passado, que
travam os R$ 7 bilhões no mercado.
Há outros fatores que também reduziram o
despacho das hidrelétricas, como importação de
energia e atraso em projetos estruturantes. O
projeto de lei vai possibilitar que as usinas abram
mão das liminares. Em troca, a parte não
correspondente "ao risco hidrológico" do GSF
será ressarcida às usinas, na forma de extensão
das suas concessões.
O projeto de lei foi aprovado pelo plenário da
Câmara na quarta-feira à noite, mas voltará para
ao Senado porque os destaques foram apreciados
em separado e houve a inclusão de emendas no
texto, como o polêmico "Brasduto", que prevê o
uso de recursos financeiros oriundos da atividade
no pré-sal para financiar a construção de
gasodutos.
Ainda assim, o aval dado pelos deputados foi
considerado positivo pelo presidente da
consultoria PSR, Luiz Augusto Barroso. "É uma
notícia muito boa e mérito da articulação do
Ministério de Minas e Energia com o Congresso.
Conseguiram aprovar uma solução que foi
construída por vários governos", disse ele, que
foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) e que integrou a equipe que ajudou a
construir a solução do GSF.
"O cenário agora é bem favorável e as coisas vão
caminhar em outro ritmo", disse Rui Altieri,
presidente do conselho da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que
é quem faz as liquidações do mercado de curto
prazo de energia. Ao Valor, Altieri comemorou a
vitória da aprovação do projeto de lei na Câmara
e destacou que outros avanços se seguirão.
"Preço horário, preço por oferta, separação de
lastro e energia, tudo isso é muito bom, mas
investidores sempre ficam com o pé atrás por
causa dessa conta de R$ 7 bilhões", disse, se
referindo a aprimoramentos do mercado livre
hoje em discussão com o setor.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira
dos Investidores em Autoprodução de Energia
(Abiape) e presidente da Dominium Consultoria,
Marcelo Moraes, o projeto de lei pode ser
apreciado pelo Senado ainda antes do recesso
parlamentar, em 17 de julho, se não houver
Data: 28/06/2019
68
Grupo de Comunicação
nenhum impedimento na pauta da casa. "O mais
importante é virar essa página".
Na mesma linha, a presidente da Associação
Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia
Gannoum, também acredita em uma rápida
aprovação pelo Senado, dado que o mérito do
projeto de lei não precisará ser discutido. "A
solução do GSF é um passo fundamental para
liberar a pauta do setor elétrico e permitir que
discussões e mudanças estruturais possam ser
tratadas com a dedicação e clareza que uma
modernização e uma reforma requerem. É
também muito importante para a geração eólica,
que cada vez mais avança no mercado livre de
energia. A dívida do GSF no mercado de curto
prazo é um fator que desencoraja os
investimentos", disse ela.
"A aprovação pelo Senado e seu sancionamento
vai tirar 'um grande elefante da sala', que
afetava em muito o setor elétrico, e voltará a
trazer segurança ao mercado livre", disse Ana
Karina Esteves de Souza, sócia do escritório de
advocacia Machado Meyer.
Mais cauteloso, Rafael Bozzo, analista regulatório
da comercializadora Ecom Energia, disse ter
preocupação sobre a tramitação no Senado.
"Temos a preocupação de que o processo seja
célere, porque a lei publicada terá que ser
regulamentada pela Aneel. Só depois veremos os
R$ 7 bilhões sendo pagos", afirmou.
Além de regulamentar a medida, a agência
elétrica ainda deverá realizar os cálculos
referentes à extensão do prazo de concessão
para as geradoras que desejarem aderir ao
acordo, abrindo mão das liminares e fazendo o
pagamento no mercado de curto prazo. Segundo
Altieri, como a solução proposta tem sido
negociada há muito tempo com a Aneel e os
agentes, não haverá grande dificuldade na
regulamentação nem na operacionalização das
mudanças.
Livia Amorim, especialista em energia do
escritório Souto Correa Advogados, ressaltou que
a solução real para a judicialização do GSF
depende ainda da adesão dos geradores às
condições propostas. "Na linha das discussões
sobre mitigação de riscos sistêmicos no mercado
de energia, é importante chamar atenção ainda
para o fato de que o mercado de curto prazo é
um ambiente de ajuste de posições de mercado,
muito relevante para a comercialização de
energia e que não deve ser enxergado como uma
unidade de socialização de perdas", acrescentou
a especialista.
"A proposta sempre foi conversada com os
maiores geradores, que sempre se mostraram
muito favoráveis. Achamos que vão aderir,
conforme o que tem sido sinalizado", disse
Altieri.
O parcelamento dos débitos também deverá ser
tratado pela CCEE, que teve essa atribuição
delegada pela Aneel. O presidente do conselho da
câmara lembrou que, quando o risco hidrológico
foi objeto de repactuação em 2016, houve
trâmites mais lentos para o parcelamento, que
dependia do aval da Aneel. "Agora, podemos
fazer tudo na CCEE com duas reuniões do
conselho", disse Altieri.
https://www.valor.com.br/empresas/6323653/so
lucao-para-gsf-destrava-setor-eletrico
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
69
Grupo de Comunicação
Petrobras espera vender ao menos uma refinaria até o fim deste ano Por Maria Luíza Filgueiras | De São Paulo
A Petrobras espera concluir a venda de ao menos
uma refinaria ainda em 2019, disse Roberto
Castello Branco, presidente da estatal, ao
participar na B3 de um evento comemorativo da
oferta subsequente de ações ("follow on") da
companhia. A conclusão dos desinvestimentos
em todas as oito refinarias da companhia
colocadas à venda deve acontecer em 18 a 24
meses.
Segundo o executivo, o plano de
desinvestimentos está caminhando com a venda
do controle da BR Distribuidora, que será por
meio da oferta de ações, e pela venda das
refinarias. "Temos um plano estratégico acordado
com o Cade para vender oito refinarias, que
representam hoje 50% da nossa capacidade.
Esperamos atrair investidores privados para esse
processo."
"Nós acreditamos que um prazo de 18 a 24
meses será suficiente para a venda das oito
refinarias. Quanto ao valor, o mercado é que
dirá, nós acreditamos que um valor substancial
será obtido, mas eu, sinceramente, não me
arrisco a prever nenhum número."
Castel Branco lembrou que já houve a decisão de
venda de fatia na BR Distribuidora, mas que o
percentual não foi definido. No início da semana,
o Valor publicou que a discussão está em torno
de 35% e que a previsão no cronograma inicial é
definir preço dia 24 de julho. O executivo não
comentou data e percentual. "Esperamos estar
de volta aqui na B3 no menor espaço de tempo",
disse.
Em relação às novas orientações do governo
sobre o mercado de gás, a Petrobras está
avaliando os impactos sobre suas operações,
segundo o executivo. "A Petrobras vai
desenvolver todos os esforços para que
tenhamos um mercado competitivo e vibrante.
Nós estamos desenvolvendo planos e estamos
em conversas com o Cade", disse. Ele não
detalhou os planos da companhia e da discussão
com o órgão e não quis comentar o fato de, na
última reunião com o Cade, não terem chegado a
um acordo. "Estamos próximos de solução com o
Cade, mas por questão de sigilo não posso
aprofundar."
Sobre a venda da distribuidora de GLP Liquigás,
ele ressaltou que houve restrição de
compradores para não gerar novas
concentrações. "Não queremos desfazer o
monopólio estatal para criar monopólio privado,
então buscamos essa desconcentração", disse.
https://www.valor.com.br/empresas/6323639/pe
trobras-espera-vender-ao-menos-uma-refinaria-
ate-o-fim-deste-ano
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
70
Grupo de Comunicação
AngloGold Ashanti investe US$ 120 milhões
no Brasil
Por Ana Paula Machado e Ivo Ribeiro | De São
Paulo
A AngloGold Ashanti vai investir este ano US$
120 milhões na ampliação de suas reservas de
ouro no Brasil. A maior parte dos recursos serão
aplicados em sua maior mina no país, a Mina de
Cuiabá, em Sabará (MG), que está em fase de
estudos para acessar novos níveis de exploração.
Segundo o presidente da companhia, Camilo Lelis
Farace, a ideia é chegar a 2,5 mil metros de
profundidade até 2028. Hoje, a extração é feita a
1,3 mil metros.
"Esses recursos são usados, basicamente, nos
estudos para aprofundar cada vez mais a
exploração. Para se ter uma ideia, em um furo de
sondagem profunda se gasta US$ 1 milhão. A
mina de Cuiabá vai passar por obras de
infraestrutura para acessar os novos níveis da
cava. Chegando ao nível 32 (2,5 mil metros), a
vida útil da mina aumenta substancialmente",
disse ao Valor Farace.
Hoje, Cuiabá é responsável por 55% da produção
da AngloGold Ashanti no Brasil. No ano passado,
a companhia extraiu 494 mil onças, ou 15
toneladas de ouro, nas minas no Brasil. O volume
foi 11% menor que o apurado em 2017, quando
se produziu 555,8 mil onças. "Para este ano, a
expectativa é um aumento de 5% a 8% na nossa
produção. Nossa previsão é que cheguemos aos
níveis de 2017."
A AngloGold Ashanti, além do complexo de
Cuiabá, mantém em Minas operações na cidade
de Santa Bárbara - a unidade Córrego do Sítio,
onde funcionam uma planta metalúrgica e duas
minas (uma a céu aberto e outra subterrânea).
No ano passado, essa unidade produziu 114,9 mil
onças. Todo o volume extraído nas duas
operações é direcionado para a unidade de
fundição da empresa, localizada em Nova Lima,
na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O terceiro complexo produtivo da companhia no
país está na cidade de Crixás, em Goiás,
chamado Mina Serra Grande. Na unidade, existe
uma mina subterrânea e uma planta metalúrgica.
Em 2018, foram produzidas 129,46 mil onças
nesse local.
Farace disse que além dos recursos para
aumentar as reservas no Brasil, a companhia
está investindo em automação e conectividade
em suas minas subterrâneas operadas por aqui.
Neste serão aplicados R$ 16 milhões para
automatizar os equipamentos, como
carregadeiras, usados na operação.
"Conseguimos aumentar a produtividade nas
minas. São sistemas para transformar os
equipamentos em autônomos. Eles serão
operados remotamente. Até o final do ano que
vem todo a operação no país terá equipamentos
conectados e automatizados", disse Farace.
Segundo o executivo, o Brasil é o segundo dentro
da AngloGold Ashanti a contar com essas
tecnologias na operação de minas subterrâneas.
"A Austrália também tem projetos desse tipo.
Isso aumenta e muito a segurança e
produtividade das minas."
Atualmente, a companhia empresa 7 mil
funcionários no país.
De acordo com a empresa, desde março de
2018, a companhia conta com quarto turno de
trabalho. Isso significa que o tempo efetivo de
operações no subsolo passou de 17h15 para
20h20 diárias, considerando todos os turnos de
trabalho. Esse aumento de quase três horas
diárias melhorou a capacidade produtiva e
possibilitou a contratação de mais de 100
funcionários, segundo o executivo.
https://www.valor.com.br/empresas/6323649/an
glogold-ashanti-investe-us-120-milhoes-no-brasil
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
71
Grupo de Comunicação
China deverá aceitar açúcar transgênico
Por Camila Souza Ramos | De São Paulo
O Brasil deu um passo importante para garantir
que o açúcar que será produzido da cana
transgênica desenvolvida pelo Centro de
Tecnologia Canavieira (CTC) seja exportado à
China, um dos principais destinos dos embarques
da commodity do país. Conforme Gustavo Leite,
presidente do CTC, recentemente os chineses
decidiram que não vão mais avaliar a segurança
da cana transgênica em si, apenas de seu açúcar.
A medida foi comemorada pelo executivo, que
lembrou que o açúcar da cana transgênica é
quimicamente igual ao da convencional. "Como é
a substância pura, é idêntica. Para nós, é uma
vitória", disse Leite ao Valor. Se a China
decidisse avaliar a biossegurança da matéria-
prima, o caminho seria mais lento. "Teríamos que
plantar a cana na China e esperar anos para ela
crescer e eles avaliarem. Não faria sentido
técnico".
Em geral, a avaliação da transgenia é realizada
na planta porque é o próprio organismo vivo que
é comercializado - é o caso da soja em grão. Mas
o CTC argumenta que o açúcar é um caso
distinto, já que se trata de um produto "tirado"
da planta, que não carrega os traços da
modificação genética desenvolvida.
Com o caminho escolhido pelos chineses, Leite
espera que a aprovação ocorra em um prazo de
um a dois anos. A China costuma demorar para
avaliar os pedidos para autorização de
transgênicos. Em janeiro, o país deu sinal verde
à importação de variedades transgênicas de soja
que estavam na fila há seis anos.
Antes de impor as salvaguardas ao açúcar
brasileiro - que serão retiradas em 2020 após
acordo com o Brasil para evitar a abertura de um
contencioso na Organização Mundial do Comércio
(OMC) -, a China era o principal destino das
exportações brasileiras. Representava 8% dos
embarques, garantindo receita de cerca de US$
800 milhões. No ano passado, porém, a
participação caiu pela metade. Com o acordo
recente, a tendência é que as vendas ao mercado
chinês voltem a aumentar.
O aval de Pequim deverá dar mais vazão ao
avanço do plantio de cana transgênica no Brasil,
que já começou. Segundo dados do balanço
financeiro do CTC na safra 2018/19, até 31 de
março havia 4 mil hectares plantados no país
com a planta - dez vezes mais que um ano antes,
mas ainda uma gota em uma área plantada total
de cerca de 10 milhões de hectares.
Segundo Leite, os produtores têm percebido
vantagens financeiras na novidade. A transgenia
desenvolvida inoculou o gene Bt na cana, que
protege a planta da broca. A tecnologia quase
zera a infestação e as perdas de produtividade
causadas pelo inseto, e, com isso, os produtores
também poupam gastos com agrotóxicos.
Dependendo da região e do nível de manejo
anterior, os ganhos giram entre R$ 1 mil a R$ 2
mil por hectare, e a produtividade da cana nas
lavouras tem crescido de 5% a 15%, afirmou.
O executivo informou que mais de 100 usinas já
compraram as mudas de cana transgênica e que
as estão replicando em seus próprios viveiros.
Por enquanto, as empresas não estão
processando essa cana para produzir açúcar ou
etanol. O presidente do CTC acredita que os
primeiros lotes dos produtos da cana transgênica
chegarão ao mercado entre dois e quatro anos.
Outro país que também está em vias de decidir
sobre a importação do açúcar da cana
transgênica brasileira é o Japão. Conforme Leite,
tem ocorrido troca de perguntas e respostas e o
processo está adiantado. "Quando você recebe a
primeira leva de perguntas, já sabe se a missão
vai ser grande ou pequena. Mas as perguntas
foram normais", avaliou. Até o momento, EUA e
Canadá já aprovaram a importação do açúcar da
cana transgênica.
Paralelamente, o CTC continua desenvolvendo
novas variedades. Nos próximos meses, a
empresa começará a vender a segunda variedade
da "cana Bt", adaptada a ambientes de produção
desfavoráveis e de colheita precoce. Leite espera
Data: 28/06/2019
72
Grupo de Comunicação
que, em um ano, o plantio dessas mudas já
alcancem entre 4 mil e 5 mil hectares. "É uma
variedade muito desejada, é a que cresce mais
rápido no Brasil", disse.
No projeto de sementes, o CTC realizou testes
em laboratório na safra passada e nesta
começará a realizar testes em campo. "A prova
de conceito foi bem sucedida. Agora tem que ver
se isso acontece em campo, sob altas
temperaturas, com inseto". Embora as pesquisas
estejam em curso, a expectativa é começar a
entregar as sementes no mercado na temporada
2021/22.
https://www.valor.com.br/agro/6323531/china-
devera-aceitar-acucar-transgenico
Voltar ao Sumário
Data: 28/06/2019
73
Grupo de Comunicação
Heleno rebate Merkel: Não damos palpite
sobre meio ambiente de ninguém
Por Assis Moreira | Valor
OSAKA (JAPÃO) - O ministro-chefe do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI), general
Augusto Heleno, considerou “muita coincidência”
o questionamento feito pela chanceler alemã
sobre a evolução do desmatamento na Amazônia.
Merkel disse na quarta-feira que pretende ter
uma “conversa clara” com o presidente brasileiro
sobre o assunto.
Para Heleno, isso faz parte de uma estratégia
para fazer o Brasil preservar a Amazônia, para
ela depois ser explorada por estrangeiros. “Vir
para cima do Brasil é muita coincidência, vir
cobrar de um país como o Brasil a preservação
do meio ambiente da gente”, disse Heleno em
rápida entrevista em Osaka, na noite desta
quinta pelo horário local, sem detalhar a que
coincidência especificamente se referia.
O general disse que nunca teve dúvida de existir
uma estratégia “de preservar o meio ambiente do
Brasil para mais tarde eles (estrangeiros)
explorarem”, com a ajuda de organizações não
governamentais (ONGs) “sabidamente a serviço
de governos estrangeiros”. “Falam de umas 100
mil (ongs), acho exagerado, o controle é muito
dificil. Agora, que tem de limitar a atuação
dessas ongs, tem.”
O general destacou que Bolsonaro “não vai
aceitar determinadas reprimendas ao Brasil” e
considera “totalmente injustas as críticas à
politica de meio ambiente do Brasil”.
“Esses países que criticam? Vão procurar sua
turma”, disse, acrescentando que o Brasil tem
que procurar uma política ambiental que
interessa ao país, para “que possamos aproveitar
nossas riquezas sem prejudicar o meio
ambiente”.
O que não deve acontecer, segundo Heleno, é
país estrangeiro dar “palpite” no Brasil. “Nós não
damos palpite em ninguém, não damos palpite
no meio ambiente da Alemanha. Veja o que a
Europa tinha de floresta no passado e hoje.”
https://www.valor.com.br/brasil/6322427/heleno
-rebate-merkel-nao-damos-palpite-sobre-meio-
ambiente-de-ninguem
Voltar ao Sumário