Lipoproteínas

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LIPOPROTEÍN AS Campina Grande, Novembro de 2011 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE ODONTOLOGIA Componente Curricular: Bioqúimica Docente: Juliana P. de Castro Discentes: Andreza Dias Garcia Carneir Thayse Milena Alves Travassos Eliza Diniz de Lima

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LIPOPROTEÍNAS

Campina Grande, Novembro de 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIACURSO DE ODONTOLOGIA

Componente Curricular: BioqúimicaDocente: Juliana P. de Castro

Discentes: Andreza Dias Garcia Carneiro Thayse Milena Alves Travassos Eliza Diniz de Lima

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SISTEMAS LIPOPROTÉICOS

Alguns lipídeos associam-se com proteínas específicas para formar sistemas lipoproteicos ou lipoproteínas, nos quais as propriedades físicas específicas dessas duas classes de biomoléculas são combinadas.

O termo lipoproteína é empregado não para um composto químico definido, mas sim para uma família de partículas cuja finalidade é transportar lipídeos, principalmente triglicerídeos e colesterol, entre órgãos e tecidos.

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FUNÇÃO Manter solúveis seus componentes lipídicos no

plasma; Promover um eficiente mecanismo de transporte

de lipídeos entre os tecidos; Como resultado disso, pode acontecer um

DEPOSIÇÃO GRADUAL DE LIPÍDEOS – especialmente colesterol – nos tecidos;

Essa deposição de lipídeos pode ser um fator potencial de risco, por contribuir para a formação de placas que causam o estreitamento dos vasos sanguíneos (aterosclerose);

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ESTRUTURA DAS LIPOPROTEÍNAS

• A estrutura básica das lipoproteínas é comum a todas, variando o tamanho e a proporção entre seus componentes;

• Uma partícula lipoproteica é composta por um núcleo contendo lipídeos neutros (triglicerídeos e ésteres do colesterol) envolvido por uma membrana anfipática de fosfolipídeos que constitui o limite externo da partícula e sua interface com o plasma.  Nesta membrana estão inseridas as várias apoproteínas (ou apoliproteínas), que diferem segundo o tipo de partícula e moléculas de colesterol livre (não-esterificado).

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ESTRUTURA DAS LIPOPROTEÍNAS

• Obs. Esses compostos anfipáticos são orientados de forma a expor suas porções polares na superfície da lipoproteína, tornando a partícula solúvel em meio aquoso;

• Obs. As diferentes lipoproteínas trocam constantemente lipídeos e apolipoproteínas umas com as outras; portanto, a composição em apolipoproteínas e lipídeos de cada classe de partículas pode ser um tanto variável;

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ESTRUTURA DAS LIPOPROTEÍNAS

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TIPOS DE LIPOPROTEÍNAS

Existem dois tipos principais: lipoproteínas de transporte e sistemas de membrana.

Nesses sistemas, os lipídeos e as proteínas não ocorrem em uma relação relativamente fixa, não estão covalentemente ligados;

Conservam-se unidos por interações hidrofóbicas entre as porções não-polares do lipídeo e os componentes protéicos.

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LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS

As lipoproteínas do plasma humano ocorrem em quatro classes principais que diferem em densidade, tamanho da partícula e composição lipídica e protéica ;

Elas são fisicamente diferenciadas pelo grau relativo de flutuação na centrífuga, ou seja, densidade, sendo esta menor à medida que o número de lipídios transportados aumenta; ou com base na sua habilidade eletrosférica

As partículas de lipoproteínas variam de tamanho, quando maior o tamanho, menor a densidade;

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CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS

Em ordem crescente de densidade classificam-se:

1°- Quilomicrons; 2°- VLDL (lipoproteínas de densidade muito

baixa); 3° - IDL (lipoproteínas de densidade

intermediaria); 4° - LDL (lipoproteínas de densidade baixa); 5°- HDL (lipoproteínas de densidade alta);

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CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS

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CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS

Quilomicrons: Maiores partículas lipoprotéicas e as menos densas. Transportam as gorduras alimentares e o colesterol para os músculos e outros tecidos. derivados da absorção intestinal de triglicérides.

Very-Low Density Lipoproteins (VLDL): transportam triglicerídeos e colesterol endógenos do fígado para os tecidos, especialmente o tecido adiposo. A medida em que perdem triglicerídeos, podem coletar mais colesterol e tornarem-se LDL. São mais densas e com maior proporção de proteína.

IDL (intermediate density lipoprotein): Ao passar pelos capilares, boa parte dos triglicérides são retirados pela enzima lipase lipoproteínica, de modo que a partícula fica menor, mais densa, e mais rica em colesterol.

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CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS

"Low-Density Lipoproteins", ou LDL, resultam da conversão das IDL por perda de uma das apoproteínas. São a principal forma de distribuição de colesterol aos vários tecidos, onde é necessário para síntese de membranas e hormônios. As LDL são captadas pelas células mediante receptores de membrana especiais, que a célula produz na medida de sua necessidade de importar colesterol. A falta desta molécula é responsável pela doença hipercolesterolemia familial, caracterizada por aterosclerose intensa e precoce. O que não for captado por outros órgãos o é pelo fígado. São pequenas e densas o suficiente para se ligarem às membranas do endotélio. Transportam cerca de 70% de todo o colesterol que circula no sangue do sítio de síntese - o fígado - até as células de vários outros tecidos.

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CLASSIFICAÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS

High Density Lipoproteins", ou HDL: São as menores partículas, transportam o excesso de colesterol dos tecidos de volta para o fígado, onde é utilizado para a síntese dos sais biliares, eliminado ou reciclado. É responsável pelo transporte reverso do colesterol. Agem portanto como “lixeiros” de colesterol.

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LDL X HDL

A maior parte do colesterol está ligada a lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e o restante, a proteínas de alta densidade (HDL). O colesterol ligado à LDL é o que se deposita nas paredes das artérias, quando em excesso. Por isso é denominado “mau colesterol”.

Por outro lado, o HDL pode ser considerado o "bom colesterol", pois ele retira o LDL colesterol da parede das artérias e o transporta para ser metabolizado no fígado, "como se limpasse as artérias por dentro", desempenhando assim papel de proteção contra a aterosclerose.

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LDL X HDL HDL- O nível elevado de HDL está associado com

baixos índices de doenças cardiovasculares. São chamadas de “colesterol bom”. A concentração de HDL é inversamente relacionada à incidência de aterosclerose coronária;

LDL- níveis elevados de LDL estão associados com os altos índices de doenças cardiovasculares. as LDL são as lipoproteínas responsáveis pela aterosclerose– deposição de placas lipídicas (ateromas) nas paredes das artérias.

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COLESTEROL O colesterol é um sólido cristalino, branco,

insípido e inodoro. Apesar da má fama, o colesterol é um composto essencial para a vida, estando presente nos tecidos de todos os animais. Além de fazer parte da estrutura das membranas celulares, é também um reagente de partida para a biossíntese de vários hormônios (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona, estradiol), dos sais biliares e da vitamina D.

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COLESTEROL É obtido por meio de síntese celular (colesterol

endógeno -70%) e da dieta (colesterol exógeno- 30%). Exceto em pessoas com alterações genéticas do metabolismo do colesterol, o excesso dele no sangue resulta dos péssimos hábitos alimentares que possuímos (que são adquiridos desde a infância) e que nos levam a grande ingestão de colesterol e gorduras saturadas (geralmente de origem animal).

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COLESTEROL O colesterol endógeno é sintetizado pelo fígado,

em um processo regulado por um sistema compensatório: quanto maior for a ingestão de colesterol vindo dos alimentos, menor é a quantidade sintetizada pelo fígado.

Como é insolúvel em água e, conseqüentemente, no sangue, para ser transportado na corrente sanguínea liga-se a lipoproteínas.

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COLESTEROL NO SANGUE

1- O colesterol forma um complexo com os lipídeos e proteínas, chamado lipoproteína. A forma que realmente apresenta malefício, quando em excesso, é a LDL.

2- Nesta interação, a LDL pode acabar sendo oxidada por radicais livres presentes na célula.

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COLESTEROL NO SANGUE

3- Esta oxidação aciona o mecanismo de defesa, desencadeando um processo inflamatório com infiltração de leucócitos. Moléculas inflamatórias acabam por promover a formação de uma capa de coágulos sobre o núcleo lipídico.4- Após algum tempo cria-se uma placa (ateroma) no vaso sanguíneo; sobre esta placa, pode ocorrer uma lenta deposição de cálcio, numa tentativa de isolar a área afetada.

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COLESTEROL NO SANGUE

5- Isto pode interromper o fluxo sanguíneo normal (aterosclerose) e vir a provocar inúmeras doenças cardíacas. De fato, a concentração elevada de LDL no sangue é a principal causa de cardiopatias.

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COLESTEROL NO SANGUE

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COLESTEROL E ATEROSCLEROSE

A incidência de Aterosclerose está diretamente relacionada ao teor sanguíneo de LDL- colesterol, visto que este é o responsável por transportar e por manter o colesterol próximo às vias circulatorias (artérias) dos tecidos extra- hepáticos.

Ao contrario deste complexo, os HDL- colesterol, são vistos como benéficos já que retiram grande parte do colesterol que se encontrava em excesso na circulação sanguínea enviando-o para o fígado e assim diminuindo a probabilidade de que o LDL seja oxidado.

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ATEROSCLEROSE E RECEPTORES DE LDL

Para algumas pessoas, exercícios e dieta não são suficientes para diminuir o nível de colesterol. Elas sofrem de uma doença genética denominada hipercolesterolemia familiar.

Estudos indicam que existe um defeito na capacidade das LDL de se ligarem aos receptores, e não há inibição por “feed-back” da síntese de colesterol.

Sabe-se que na forma grave da doença, os níveis sangüíneos de colesterol freqüentemente excedem 700mg/dL, o que provoca deposição excessiva de colesterol na parede das artérias.

As manifestações clínicas incluem nível elevado de LDL (colesterol “ruim”) no plasma, depósitos nos tendões, pele e artérias, e, dependendo do caso, podem ocorrer na infância, o que é  geralmente fatal.

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LIPOPROTEÍNAS E SAÚDE

Estudo feito com funcionários do setor administrativo da Universidade Estadual de Londrina revela que quanto maior a circunferência da cintura e do quadril (CCQ), maior a quantidade de LDL encontrado no sangue. 

A pesquisa realizada com homens e mulher de 20 a 45 anos que realizam ou não atividade física, mostrou que a gordura na região cintura quadril relaciona com a quantidade de lipoproteínas de baixa densidade, o que é extremamente prejudicial à saúde, e em alguns casos a quantidade de HDL não chegava ao menos no mínimo necessário.

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REFERÊNCIAS LEHNINGER, Albert L.; Bioquímica, volume 1

COMPONENTES MOLECULARES DAS CÉLULAS, 2ª edição, São Paulo, Edgard Blücher LTDA, 2002, pag 206

CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed., Porto Alegre: Artmed, 2009, pag 227-237

O COLESTEROL, http://www.afh.bio.br/digest/digest2.asp

LIPOPROTEÍNAS, http://anatpat.unicamp.br/talipoproteina.html

ATEROSCLEROSE E SUA RELAÇÃO COM RADICAIS LIVRES, http://radlivres2010-1.blogspot.com/2010/07/aterosclerose-e-sua-relacao-com.html

LIPOPROTEÍNAS, http://nutbiobio2010.blogspot.com/2011/01/lipoproteinas.html