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Curso de Nivelamento de Língua Portuguesa

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Organização

Cláudia Suéli WeissLuciana Fiamoncini

Patricia Maria Matedi

Reitor da UNIASSELVI

Prof. Malcon Anderson Tafner 

Pró-Reitor de Ensino de Graduação a Distância

Prof. Janes Fidélis Tomelin

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância

Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa

Davi Schaefer Pasold

Revisão:Diógenes Schweigert

José RodriguesMarina Luciani Garcia

Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI

Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090

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Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.

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Nesta unidade conheceremos um pouco mais sobrea construção textual. Por ser um aprendizado demorado,muitos apresentam dificuldades para redigir um bom texto.Alguns escrevem com facilidade, porém têm dificuldade deatingir seus objetivos ou não conseguem ser claros.

FONTE: Disponível em: <http://desespreuniversitaria.blog.com/tag/redacao/>. Acesso em: 10 jan. 2011.

Além disso, a língua falada é a mais utilizada no nossodia a dia, portanto, poucos são os que efetivamente praticama escrita. Pensando nas dificuldades apresentadas pela

maioria das pessoas, sejam escritores ou não, elaboramoseste material de forma clara para que você conheça e

O ESTUDO DO TEXTO

 

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compreenda os principais métodos para redigir um bom texto.

O texto escrito, quanto mais claro e coeso for, maisfácil será de compreendê-lo, sem deixarmos o leitor confusocom o que realmente queremos dizer. O ato de escrever émais complexo do que a fala, pois quando falamos, podemosfazer inferências, como os gestos, podemos ratificar a fala,

especificar melhor caso o interlocutor não compreenda o quequeremos dizer, há a entonação e diversos outros fatores quefacilitam a intermediação.

Para que, então, devemos escrever bem? A escrita tem

funções sociais muito importantes. Transferir e preservar informações, por exemplo, é uma das principais funções daescrita. O que seria de nós se Camões não tivesse escrito seupoema “Os Lusíadas”? E se Pero Vaz de Caminha não tivesseescrito sua carta ao rei D. Manuel? Nós nem saberíamos que

estas obras algum dia existiram.

Sabemos que hoje em dia há os computadores, asgravações e diversas outras formas de se registrar este tipode informação, mas a escrita ainda continua sendo a principal

delas.

Bem, agora que sabemos por que a escrita é importante,vamos adiante. Falamos de texto o tempo todo, mas afinal,caro leitor, o que é um texto? Vejamos:

 

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De acordo com Maia (2009, p. 35), texto é

“uma mensagem: uma passagem faladaou escrita que forma um todo significativo

independentemente de sua extensão.Os textos variam de acordo conforme asintenções do autor, podendo ser narrativos,descritivos, informativos, argumentativos,

apelativos ou poéticos. Raramente um textoé construído com as características de umsó tipo. O mais comum é encontrarmosos vários tipos em um só texto, por issodevemos observar qual a característicapredominante. Um texto predominantemente

narrativo pode ter passagens descritivas,informativas, argumentativas etc.”

 

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NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO 

Muito bem, companheiro de estudos, agora que jásabemos o que é um texto, vamos conhecer os três principaistipos. Começaremos pela descrição.

A descrição nada mais é do que apresentar características

de algo ou de alguém. Estas características podem ser, nocaso de pessoas, físicas (alto, magro, baixo, gordo, loiro,moreno) ou psicológicas (feliz, triste, angustiado, estressadoetc.). Pode-se também descrever o tipo de vestimentaque a pessoa se encontra, enfim, tudo o que apresenta

características é descrição. Veja o exemplo, retirado da obraO Primo Basílio, de Eça de Queiroz:

Era alto, magro, vestido todo de preto, como pescoço entalado num colarinho direito.O rosto aguçado no queixo ia-se alargandoaté à calva, vasta e polida, um poucoamolgado no alto; tingia os cabelos quede uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto lustroso dava,pelo contraste, mais brilho à calva; mas

não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto,caído aos cantos da boca. Era muito pálido;nunca tirava as lunetas escuras. Tinha umacovinha no queixo, e as orelhas grandesmuito despegadas do crânio. (Disponívelem: <http://lportuguesa.malha.net/content/

view/30/1/>. Acesso em: 10 jan. 2011)

 

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Já a narração é o ato de contar histórias compersonagens e acontecimentos. Constantemente em nossa

vida narramos fatos, sejam eles fictícios ou reais. O simplesfato de contarmos ao nosso amigo como foi nosso dia é umexemplo de narração.

Para que haja narração, é necessário que haja um

narrador. Em uma narração, o narrador pode ou não fazer parte da história. Ele pode contar a história como se fosseuma terceira pessoa, ou seja, como se ele apenas observasseo que acontece, ou fazer parte dela, contando fatos que oincluem e tendo falas. Veja um exemplo de narração retirada

do livro Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll (2002).Neste caso, o narrador não participa da história, apenas contao que se passa:

Alice estava começando a ficar muito

cansada de estar sentada ao lado de suairmã e não ter nada para fazer: uma vez ouduas ela dava uma olhadinha no livro que airmã lia, mas não havia figuras ou diálogos

nele e “para que serve um livro”, pensouAlice, “sem figuras nem diálogos?” Então,

ela pensava consigo mesma (tão bemquanto era possível naquele dia quente quea deixava sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era maisforte do que o esforço de ter de levantar ecolher as margaridas, quando subitamente

um Coelho Branco com olhos cor-de-rosapassou correndo perto dela. [...]

 

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Já sabemos o que é uma narração e uma descrição.Vamos à dissertação. Dissertar, segundo o dicionário Houaiss

da língua portuguesa, é o ato de “expor um assunto de modosistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito”(HOUAISS, 2004). Em uma dissertação, você deve escrever suas ideias sobre um assunto argumentando sobre elas,ou seja, defendendo seu ponto de vista acerca do tema.

Geralmente a dissertação é o gênero textual solicitado emconcursos e vestibulares.

Encerramos mais uma pequena etapa da nossa jornada.

 

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

A partir daqui falaremos um pouco sobre concordância.O nome concordância já nos remete ao ato de concordar,certo? Então, a concordância nominal é o ato de fazer comque toda palavra variável se adapte ao substantivo ao qualse refere. Parece difícil, não? Na realidade é bem simples.

Observe:

As meninas compraram dois pirulitos.

As – artigo feminino plural

Meninas – substantivo feminino plural(Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo).

Dois – numeral masculino pluralPirulitos: substantivo masculino plural.

(Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo também).

Os carro foram roubados.

Os – artigo masculino plural.

Carro – substantivo masculino singular .(Neste caso, o artigo deve concordar com seu substantivotambém).

Observe a forma correta: Os carros foram roubados.

No entanto, você deve estar se perguntando: “e quando

 

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o adjetivo deve concordar com mais de um substantivo?”Quando isso ocorre, há várias formas de concordar.

a. Quando o adjetivo aparece depois de substantivos domesmo gênero:

Pode-se fazer da seguinte forma:

Ele comprou um carro e um caminhão novo. (concorda como último)

Ou

Ele comprou um carro e um caminhão novos. (concordacom os dois, formando, assim, plural)

b. Quando o adjetivo aparece depois de substantivos de

gêneros diferentes:

Pode-se fazer da seguinte forma:

Ele comprou um caminhão e moto nova. (concorda com o

último, no feminino)

Ou

Ele comprou um caminhão e moto novos. (concorda com os

dois, no plural masculino).

 

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Muitas palavras ou expressões podem causar certadúvida na hora de concordá-las dentro de um texto. É o caso

das palavras que apresentaremos, uma a uma, a você, paratentar auxiliá-lo a resolver essas dúvidas que normalmentenos assolam na hora de escrever.

Vamos lá?

a. Bastante, meio e mesmo.Antes de iniciar a explicação, você deve prestar atenção

à função que a palavra exerce dentro da frase. Quando elasestão se referindo ao substantivo, concordam com ele.

EXEMPLOS:Ela tem bastantes bonecas.Bebi meia xícara de café.As meninas mesmas compraram os sorvetes para a festa.

(Bonecas, xícara e meninas = substantivos)

Já quando estão se referindo ao adjetivo ou ao verbo,tomam função de advérbio, Por este motivo não variam.

EXEMPLOS:O salão estava bastante vazio.A mulher anda meio preocupada com o marido.Ele chorou mesmo.(Vazio e preocupada = adjetivos; chorou = verbo)

b. Anexo, obrigado e só.

 

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As palavras anexo e obrigado concordam sempre como pronome ou substantivo no qual se referem.

EXEMPLO:A menina disse obrigada. (menina – obrigada)O menino disse obrigado. (menino – obrigado)O extrato segue anexo. (extrato – anexo)

A cópia segue anexa. (cópia – anexa)

A palavra só, quando quer dizer sozinhos, flexiona parao plural.Ex.: Eles querem ficar sós na sala, pois brigaram esta tarde.

Já quando quer dizer somente, fica no singular.Ex.: Eles querem ficar só na sala, não na cozinha.

c. Expressões: é proibido, é bom, é necessário. 

Se antes do substantivo vier um artigo ou pronome, oadjetivo concordará com o substantivo.

EXEMPLOS:

É proibida a entrada de animais.A água é boa para a saúde.É necessária muita força para abrir este portão.

Se não houver artigo nem pronome antes do substantivo,

o adjetivo não varia.

 

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EXEMPLOS:É proibido entrada de animais.

Água é bom para a saúde.É necessário força para abrir este portão.

 

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CONCORDÂNCIA VERBAL

Agora que você já sabe o que é a concordância nominal,não fica difícil saber o que é a concordância verbal. Apenasobserve estas frases:

Um gato caiu do telhado.

Neste caso, o verbo está no singular, concordando com seusujeito, no caso, gato.

Dois gatos caíram do telhado.Neste caso, o verbo está no plural, concordando com seu

sujeito, no caso, gatos.Assim, podemos concluir que a concordância verbal é o atode fazer com que o verbo se flexione de acordo com o sujeito.

Há, no entanto, algumas regras de concordância

que você deve saber. Vamos mais uma vez juntos a estacaminhada?

• Principais regras para a concordância verbal comsujeito simples, ou seja, aquele que apresenta somente

um núcleo.

• Regra geral: O verbo deve concordar em número e pessoacom seu sujeito.

Exemplo: Eles sempre viajam no Natal.

 

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• Verbo + se: se conseguimos transformar a frase em locuçãoverbal, ou seja, usá-la com dois verbos, devemos fazer com

que o verbo concorde com o sujeito.

Exemplo:  Atiraram-se as pedras. = As pedras foramatiradas.

• Quando usamos grande número de, uma porção de, amaior parte de + um nome no plural, podemos usar overbo tanto no singular quanto no plural, e ele estará correto.

Exemplo: Uma porção de cães fugiram do canil OU Uma

porção de cães fugiu do canil. (ambas estão corretas).

• Quando usamos perto de, cerca de, mais de, menos de+ numeral, o verbo deve concordar sempre com o numeralque aparece.

•Exemplo:  Mais de uma pessoa desistiu. / Mais de dez

pessoas desistiram.

• Quando aparece, em uma frase, um nome próprio que

somente apresenta forma no plural, como é o caso deEstados Unidos, por exemplo, e este estiver acompanhadode artigo, o verbo acompanha o artigo. Caso não apareçaartigo na frase, o verbo permanece no singular.

Exemplo: Os Estados Unidos são uma grande potência. /O Amazonas é um grande estado.

 

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Estados Unidos é um país. Amazonas é um estado.• Principais regras para a concordância verbal com

sujeito composto, ou seja, aquele que apresenta maisde um núcleo.

• Quando o sujeito composto aparece antes do verbo,devemos sempre colocar o verbo no plural.

Exemplo: O pai e a mãe brigaram com os filhos.• Quando o sujeito composto aparece depois do verbo, 

podemos colocar o verbo no plural ou concordá-lo apenascom o primeiro verbo que estiver no sujeito.

Exemplo: Brigou com os filhos o pai e a mãe OU Brigaramcom os filhos o pai e a mãe.• Quando os núcleos do sujeito, ou seja, os componentes

principais forem ligados pela palavra OU indicando

exclusão, o verbo fica no singular. Se a palavra OUnão indicar exclusão, o verbo vai para o plural. 

Exemplo: Eu ou meu pai buscará minha irmã no colégio.(nesta frase, OU indica exclusão) / Flores ou chocolate sempre

agradam. (nesta frase, OU não indica exclusão).

 

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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Agora que já estudamos a concordância, que éimprescindível na hora de redigir um texto, vamos a mais umpasso importante na nossa caminhada: a regência. A regênciaé o estabelecimento de relação entre o termo principal daoração e seu complemento.

A regência nominal é quando um nome faz papel determo regente.

EXEMPLO: A menina era parecida com a mãe. Neste

caso, parecida vem a ser o nome (termo regente) e com amãe é o complemento (termo regido).

Já a regência verbal, é quando quem faz papel de termoregente é um verbo.

EXEMPLO: Muitas pessoas gostam de teatro. Nestecaso, gostam é o verbo (termo regente) e de teatro é ocomplemento (termo regido).

A regência verbal estuda também qual a relação sintáticaque se estabelece dependendo da transitividade do verbo.Para tal, é necessário que você relembre o que são os verbostransitivo direto e indireto.

 

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Os verbos transitivos diretos não possuem sentidocompleto, necessitando de um complemento, que

chamamos de objeto direto.EXEMPLO: A menina comprou um doce. Comprouo quê? Um doce. A palavra doce é o complemento(objeto direto) do verbo.

O verbo transitivo indireto da mesma formaprecisa de um complemento, mas desta vez estecomplemento recebe, antes dele, uma preposição.Estes complementos, neste caso, são os objetosindiretos.EXEMPLO: Ele obedece ao pai. Obedece a quem? Ao

pai. As palavras ao pai, neste caso, são o complemento(objeto indireto) do verbo.

Muito bem. Agora que já relembramos o que é um verbotransitivo direto e indireto, vamos ver uma lista de verbosusados no nosso dia a dia com seus sentidos e a regênciacorreta:

• Agradar:

ο Quando tem sentido de satisfazer, é transitivo indireto.Exemplo: Os alunos agradaram ao professor.

ο Quando tem sentido de fazer carinho, é transitivo direto.Exemplo: Meu filho agradou o cachorro.

 

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• Agradecer:

ο Quando se agradece por alguma coisa, usamos comotransitivo direto.Exemplo: Eu agradeci o bolo.

ο Quando se agradece alguém, usamos como transitivo

indireto.Exemplo: Eu agradeço aos meus amigos.

• Aspirar:

ο Quando tem sentido de inalar ou respirar, usamos comotransitivo direto.Exemplo: Eu aspirei água quando caí na piscina.

ο Quando tem sentido de almejar, desejar, usamos como

transitivo indireto.Exemplo: Eu aspirei ao cargo de supervisor.

• Assistir 

ο Quando usado no sentido de prestar assistência, usamoscomo transitivo direto.Exemplo: O médico assiste o paciente com paciência.

ο Quando usado no sentido de ver, presenciar, usamos como

transitivo indireto.Exemplo: O médico assistiu ao jogo de futebol no fim de

 

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semana.

• Lembrar e esquecer:

ο Quando não são acompanhados de pronome, usamoscomo transitivo direto.Exemplo: Esqueci o nome do rapaz. / Lembrei o seu endereço.

ο Quando são acompanhados de pronome, usamos comotransitivo indireto.Exemplo: Esqueci-me do nome do rapaz. / Lembrei-me doseu endereço.

• Obedecer e desobedecer.

ο Sempre serão transitivos indiretos.Exemplo: Ele obedeceu às ordens./ A criança desobedeceu

ao professor.

• Precisar:

οQuando usado no sentido de informar com precisão, usamos

como transitivo direto.Exemplo: Ele precisou a hora e o local do crime.

ο Quando usado no sentido de necessitar, usamos comotransitivo indireto.

Exemplo: Ela precisou de uma explicação mais clara.

 

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COESÃO E COERÊNCIA

A partir de agora entraremos em mais uma faseimportante para a compreensão textual. Coesão e coerênciasão fatores importantes para uma melhor compreensãodurante a leitura e escrita do texto.

Sabemos que, para distinguir um texto de um amontoadode palavras ou frases é necessário que haja harmonia entreos elementos, certo? Você certamente já leu algo do qual nãotenha entendido ao certo o que queria dizer. Certamente aeste texto faltavam elementos de coesão e coerência.

São os elementos de coesão que determinam a relaçãodas palavras a fim de formar uma frase. Note o exemplo aseguir:

Os sem-terra fizeram um protesto emBrasília contra a política agrária dopaís, porque consideram injusta a atualdistribuição de terras. Porém, o ministro daAgricultura considerou a manifestação umato de rebeldia, uma vez que o projeto de

Reforma Agrária pretende assentar milharesde sem-terra”. (JORDÃO, R; BELLEZI, C.Linguagens. São Paulo: Escala Educacional,2007, p. 566).

Podemos dizer que as palavras destacadas são

responsáveis pela coesão do texto, pois são elas quegarantem uma boa sequência de eventos.

 

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A coerência textual, por sua vez, é a relação entre asideias, sendo que essas devem complementar-se. Em outras

palavras, é o resultado da não contradição entre as partes dotexto.

Um texto tornar-se-á incoerente para determinadasituação quando o autor não conseguir inferir um sentido a

ele. Para garantir a coerência de um texto, o conhecimentoque o produtor e o receptor têm do assunto abordadoé muito importante, como o conhecimento de mundo, aintertextualidade, o conhecimento que esses têm da línguaque usam.

Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligadoao conteúdo, ou seja, está no sentido constituído pelo leitor.

 

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DISCURSO DIRETO E INDIRETO 

Vimos anteriormente alguns tipos de texto, não émesmo? Agora conheceremos os tipos de discurso dos quaisse vale o narrador para relatar a fala das personagens. Sãoeles o discurso direto e discurso indireto.

Formalmente, um enunciado em discurso direto émarcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer,afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar ou responder.

Na falta de um desses verbos declarativos, cabe ao

contexto e a recursos gráficos a função de indicar a fala dapersonagem.

Em outras palavras, podemos dizer que odiscurso direto caracteriza-se pela reprodução fiel da fala da personagem.

Para clarear as ideias sobre o tema, reafirmamos o expostoatravés do exemplo a seguir:

“O amigo abraçou-o. E logo recuou com certo espanto:- O seu chapéu, Zé Maria?

- Ah, não uso mais.- Felizardo!(A. M. Machado)

Podemos chamar de discurso indireto, segundo Celso

Cunha (2008), o processo de reproduzir enunciados. Note umexemplo na seguinte frase de Machado de Assis:

 

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“José Dias deixou-se estar calado, suspirou e acabouconfessando que não era médico.”

Nela, o narrador incorpora ao seu falar uma informaçãoda personagem (José Dias), transmitindo ao leitor apenas oconteúdo sem preocupação com a forma linguística realmenteempregada. Em outras palavras, podemos dizer que no

discurso indireto não há diálogo, o narrador faz-se intérpretedas personagens, transmitindo ao leitor o que disseram oupensaram.

Para analisar, na prática, as diferenças entre os tipos de

discurso, observe o quadro a seguir:Discurso Direto Discurso Indireto1. O aluno disse-lhe:- Eu o conheço.

1. O aluno disse-lhe que o conhecia.

2. Apontou para o prédio e falou:- Isto que é uma construção forte.

2. Apontou para o prédio e falou queaquilo ali era uma construção forte.

3. Clarice olhou-o severamentepedindo:- Pare com estas brincadeiras.

3. Clarice olhou-o severamentepedindo que parasse com aquelasbrincadeiras.

 

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 AMBIGUIDADE 

Este é certamente, um dos maiores problemas na horade redigir um texto. A transmissão errada do que se quer dizer pode causar sérias consequências, portanto, é bom tomar alguns cuidados para não cometê-los. Observe os seguintescasos:

“O médico falou com o enfermeiro nervoso.”

Esta frase pode ser interpretada de duas maneiras: quemestava nervoso, o médico ou o enfermeiro? Para consertá-la,

bastaria reescrevê-la da seguinte forma:

“O médico, nervoso, falou com o enfermeiro.” (se quemestava nervoso era o médico). Ou “O médico falou com oenfermeiro, que estava nervoso.” (se quem estava nervoso

era o enfermeiro).

“Pessoas que fumam com frequência apresentamdificuldade respiratória e fadiga.”

Neste caso, a má colocação da palavra frequência nos confunde. Pessoas que fumam com frequência ou comfrequência apresentam dificuldade respiratória e fadiga? Paraconsertá-la, bastaria reescrevê-la da seguinte forma:

“Pessoas que fumam apresentam dificuldade respiratóriae fadiga com frequência.” Ou “Pessoas que com frequência

 

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fumam apresentam dificuldade respiratória e fadiga.”

Em alguns casos, a ambiguidade é utilizadapropositalmente. Isto ocorre em piadas e textos humorísticos.Veja:

- Qual o seu maior sonho de consumo?

- Quero morar um dia na praia.- Mas só um?

- Doutor, já quebrei o braço em vários lugares.- Se eu fosse o senhor, não voltava mais para esses lugares.

- Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Elaestá cheia de pulgas.- Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia depulgas.

O bêbado está no consultório e o médico diz:- Eu não atendo bêbado.- Quando o senhor estiver bom eu volto. - disse o bêbado.

FONTE: Disponível em: <http://www.escreverbem.com.br/index.php?lingua=1&pagina=escreva_01>. Acesso em: 5 dez. 2010.

 

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D ICASEncontramos uma lista de dicas divertidas e úteis para quevocê possa construir seu texto evitando cometer alguns erros

muito comuns. Veja:1. Vc. deve evitar abrev. etc.

2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita

demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimentoinexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmeroexcessivo que beira o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas. [aliteração: repetição

sequenciada dos mesmos sons, neste caso a letra “a” inicial] 4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta,minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.

5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) édesnecessário.

7. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejammaneiras, tá ligado?

8. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempreé um erro.

9. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar umapalavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a

 

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palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontrarepetida.

10. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo:“Quem cita os outros não tem ideias próprias”.

11. Frases incompletas podem causar 

12. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa deformas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento umasó vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma ideia.

13. Seja mais ou menos específico.

14. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

15. A voz passiva deve ser evitada.

16. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgulaespecialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal deinterrogação

17. Quem precisa de perguntas retóricas?

18. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglasdesconhecidas.

19. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.

 

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20. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evita-las-ei!”[mesóclise: quando utilizamos o pronome no meio do verbo no

futuro do presente ou futuro do pretérito].21. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numagalinha. [Analogia: é uma relação de equivalência entre duas oumais relações].

22. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!

23. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam acompreensão da ideia contida nelas, e, concomitantemente, por 

conterem mais de uma ideia central, o que nem sempre torna oseu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor asepará-la em seus componentes diversos, de forma a torná-lascompreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, partedo processo da leitura, hábito que devemos estimular através do

uso de frases mais curtas.24. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüaportuguêza.

25. Seja incisivo e coerente, ou não.”

FONTE: Adaptado de: <http://objetivandodisponibilizar.wordpress.com/2009/07/02/como-escrever-bem/>. Acesso em: 9dez. 2010.

 

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Neste site você encontra 10 dicas muito interessantesde redação. Acesse: <http://falabonito.wordpress.com/2006/12/04/dez-dicas-rapidas-para-fazer-uma-boa-redacao/>.

S ITES, ATUALIDADES, FI LMES

 

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Agora chegou a sua vez! Baseando-se no que já aprendeuaté aqui, relacione o conceito ao seu exemplo:

I- Ambiguidade.II- Discurso direto.III- Internetês.IV- Discurso indireto.

a. ( ) A menina disse que tinha fome.b. ( ) A mãe falou com a filha assustada.c. ( ) Ele disse: - Vamos em cinco minutos.d. ( ) Vc tem q me ver hj.

A UTOATIVIDADE

 

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AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo;ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo: FTD, 2000.

BATTISTI, Julio. Regência. Disponível em: <http://www. juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/regencia001.asp>.Acesso em: 8 dez. 2010.

CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas.Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html>. Acesso em: 5 dez. 2010.

CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo.Rio de Janeiro: L&PM, 2008.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramáticado português contemporâneo. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 2001.

GUIMARÃES, Nilma. Ambiguidade. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u74.htm>. Acessoem: 5 dez. 2010.

HOUAISS, Antônio. Mini Houaiss – Dicionário da LínguaPortuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

MAIA, João Domingues. Português. São Paulo: Ática, 2009.

R EFERÊNCIAS

 

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MARTINS Dil t Sil i ZILBERKNOP Lúbi S li

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MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar.Português instrumental. São Paulo: Editora Atlas, 2004.

NERY, Alfredina. Texto. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u10.htm>. Acesso em: 5 dez. 2010.

 

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G ABARITO