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Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos , o que leva a distinguirem-se várias espécies de linguagem: visual , auditiva , tátil , etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos. [1] [2] Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos , sinais , sons , símbolos ou palavras , usados para representar conceitos de comunicação, ideias, significados e pensamentos. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem verbal pertence apenas ao Homem. [3] Algumas áreas do cérebro envolvidas no processamento da linguagem:. Área de Broca (Azul), Área de Wernicke (Verde), Giro supramarginal (Amarelo), Giro angular (Laranja) ,Cortex auditivo primário (Rosa) Generalidades

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Linguagem

Linguagem qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicao de ideias ou sentimentos atravs de signos convencionados, sonoros, grficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos rgos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se vrias espcies de linguagem: visual, auditiva, ttil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constitudas, ao mesmo tempo, de elementos diversos.[1]

HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem" \l "cite_note-1#cite_note-1" [2] Os elementos constitutivos da linguagem so, pois, gestos, sinais, sons, smbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicao, ideias, significados e pensamentos. Embora os animais tambm se comuniquem, a linguagem verbal pertence apenas ao Homem.[3]Algumas reas do crebro envolvidas no processamento da linguagem:. rea de Broca (Azul), rea de Wernicke (Verde), Giro supramarginal (Amarelo), Giro angular (Laranja) ,Cortex auditivo primrio (Rosa)

GeneralidadesNo se devem confundir os conceitos de linguagem e de lngua. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito capacidade ou faculdade de exercitar a comunicao, latente ou em ao ou exerccio, esta ltima (lngua ou idioma) refere-se a um conjunto de palavras e expresses usadas por um povo, por uma nao, munido de regras prprias (sua gramtica).

Noutra acepo (antomo-fisiolgica), linguagem funo cerebral que permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma lngua.Por extenso, chama-se linguagem de programao ao conjunto de cdigos usados em computao.

O estudo da linguagem, que envolve os signos, de uma forma geral, chamado semitica. A lingustica subordinada semitica porque seu objeto de estudo a lngua,[4] que apenas um dos sinais estudados na semitica.

Origens da linguagem humanaVer artigo principal: Origens da linguagem humanaA respeito das origens da linguagem humana, alguns estudiosos defendem a tese de que a linguagem foi criada a partir de uma comunicao gestual com as mos.[5] A partir de alteraes no aparelho fonador, os seres humanos passaram a poder produzir uma variedade de sons muito maior do que a dos demais primatas.

Funes da linguagemObs: Para melhor compreenso das funes de linguagem, torna-se necessrio o estudo dos elementos da comunicao.

Antigamente, tinha-se a ideia que o dilogo era desenvolvido de maneira "sistematizada" (algum pergunta - algum espera ouvir a pergunta, da responde, enquanto outro escuta em silncio, etc).

Exemplo:

Elementos da comunicao

Emissor - emite, codifica a mensagem;

Receptor - recebe, decodifica a mensagem;

Mensagem - contedo transmitido pelo emissor;

Cdigo - conjunto de signos usado na transmisso e recepo da mensagem;

Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;

Canal - meio pelo qual circula a mensagem.

Porm, com os estudos recentes dos linguistas, essa teoria sofreu uma modificao, pois, chegou-se a concluso que quando se trata da parole, entede-se que um veculo democrtico (observe a funo ftica), assim, admite-se um novo formato de locuo, ou, interlocuo (dilogo interativo):

locutor - quem fala (e responde);

locutrio - quem ouve e responde;

interlocuo - dilogo

nota: as respostas, dos "interlocutores" podem ser gestuais, faciais etc. por isso a mudana (aprimorao) na teoria.

Observao: as atitudes e reaes dos comunicantes so tambm referentes e exercem influncia sobre a comunicao

Funes da linguagem

Emotiva (ou expressiva) - a mensagem centra-se no "eu" do emissor, carregada de subjectividade. Ligada a esta funo est, por norma, a poesia lrica.

Funo apelativa (imperativa) - com este tipo de mensagem, o emissor actua sobre o receptor, afim de que este assuma determinado comportamento; h frequente uso do vocativo e do imperativo. Esta funo da linguagem frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade.

Funo metalingustica - funo usada quando a lngua explica a prpria linguagem (exemplo: quando, na anlise de um texto, investigamos os seus aspectos morfo-sintcticos e/ou semnticos).

Funo informativa (ou referencial) - funo usada quando o emissor informa objectivamente o receptor de uma realidade, ou acontecimento.

Funo ftica - pretende conseguir e manter a ateno dos interlocutores, muito usada em discursos polticos e textos publicitrios (centra-se no canal de comunicao).

Funo potica - embeleza, enriquecendo a mensagem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, ritmos agradveis, etc.[3]

Tambm podemos pensar que as primeiras falas conscientes da raa humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram para o que podemos reconhecer como 'interjeies". As primeiras ferramentas da fala humana.

Linguagem humanaVer artigo principal: Lngua naturalA funo biolgica e cerebral da linguagem aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais.

Podemos considerar que o desenvolvimento desta funo cerebral ocorre em estreita ligao com a bipedia e a libertao da mo, que permitiram o aumento do volume do crebro, a par do desenvolvimento de rgos fonadores e da mmica facial

Devido a estas capacidades, para alm da linguagem falada e escrita, o homem - aprendendo pela observao de animais - desenvolveu a lngua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes pases, no s para melhorar a comunicao entre surdos, mas tambm para utilizar em situaes especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e no animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas que se podem observar entre si.

Linguagem e lnguas: Taxonomia das lnguasVer artigo principal: Taxonomia das lnguasAs lnguas do mundo foram agrupadas em famlias de lnguas que tm semelhanas. Os maiores grupos so as lnguas indo-europeias, lnguas afro-asiticas e as lnguas sino-tibetanas. Lnguas construdasUma das muitas lnguas planejadas que existem, o esperanto, foi criada por L. L. Zamenhof. O Esperanto uma compilao de vrios elementos de diferentes lnguas humanas cuja inteno de ser uma lngua de fcil aprendizagem, de forma a proporcionar a toda a populao humana uma forma mais fcil e democrtica de se comunicar. Hoje possvel encontrar recursos didticos - gratuitos ou no - na rede mundial para aprend-la; uma lngua viva em ascenso.

Outras lnguas artificiais cada vez mais exploradas e conhecidas hoje em dia so as criadas por J. R. R. Tolkien, autor dos livros da srie O Senhor dos Anis. Segundo o prprio autor, ele criou todo um mundo de aventuras para ter um contexto e um lugar prprio onde inserir as lnguas que tinha criado. Na lista de lnguas que Tolkien criou podem encontra-se: Quenya, Sindarin, Adnaic, Entish, Khuzdl.

O nmero de lnguas artificiais, geralmente chamadas conlangs (palavra que vem do ingls constructed language, "lngua construda") tem vindo a aumentar a cada dia. H vrios sites na Internet que aprofundam o tema, contendo listas e breves introdues a centenas ou mesmo milhares de lnguas artificiais. A maioria das pessoas que se dedica ao fenmeno, os chamados conlangers, fazem parte de uma lista de distribuio de emails: a CONLIST.

[editar] Idiomas minoritrios e lnguas minoritrias

Este artigo ou seco dever ser fundido com Lngua natural .Se no concorda, discuta sobre a fuso na pgina de discusso daquele artigo.

Idiomas minoritrios, como pode facilmente ser deduzido, so lnguas utilizadas por certos segmentos minoritrios de uma civilizao. Muito embora, em certos casos, uma lngua pode at ser falada pela maioria dos habitantes de um pas em seu cotidiano, mas mesmo assim ser a lngua no oficial ou nacional e, para todos os efeitos, permanecendo na condio de idioma minoritrio. Um exemplo a ser citado seria o idioma tetum prevalente na nova nao (Timor-Leste), onde o idioma oficial nacional escolhido foi a lngua de Cames.

Lnguas minoritrias podem existir restritas condio oral, isto , somente falada ou podem ser tambm escritas (ou semi-escritas). Normalmente idiomas minoritrios podem ser divididos entre duas categorias: Idiomas autctones e idiomas alctones. Autctone significa natural da terra, indgena. Alctone significa basicamente lngua transplantada ou lngua de imigrao.

Muitas lnguas minoritrias autctones, como as indgenas do continente americano, adotaram um sistema de escrita europeu com forma de autonomia ante a adaptao.

Outras lnguas transplantadas, ao passar do tempo, tornaram-se basicamente lnguas faladas mas muito pouco escritas. Um exemplo disso o idioma alemo cultivado no sul do Brasil por quase duzentos anos (em 2005) que utilizado em casa e nos crculos mais ntimos, sendo que o portugus a lngua pblica e escrita.

Vejamos alguns exemplos pertinentes ao Brasil: Na primeira categoria se encaixam idiomas nativos como o mby-guaran, o caingangue (kaingang), o terena, etc j na segunda categoria se enquadram lnguas regionais brasileiras que resultaram da incurso de povos de fora, como o idioma alemo (nas suas distintas variaes como o pomerano ou Pommersch Platt e o Hunsrckisch, tambm conhecido por Riograndenser Hunsrckisch ou Hunsrckisch Platt), o italiano ou talian, o japons, o romani (um falar cigano) e o yorub ou Iorub (sendo que esta lngua de origem africana permanece viva mais nos rituais religiosos afro-brasileiros, como no candombl de Salvador da Bahia).

Alm disso existem lnguas que resultam de contato com o estrangeiro, por exemplo, brasileiros que habitam regies fronteirias e que, consequentemente, aprendem a falar castelhano (ou ao menos o chamado portunhol ou portuol). Nas fronteiras dos Estados Unidos, similarmente, surge o falar Chicano ou Spanglish.

Ainda dentro desta categoria podem ser classificadas aquelas lnguas novas que resultam de tais contatos, tomando vida prpria e passando a funcionar como lngua comum ou franca entre dois ou mais grupos de falantes de idiomas diferentes. Por exemplo, a Lngua Geral do Brasil colonial, mas que , ainda hoje, falada em certas localidades do Amazonas. E, tambm, comparativamente, pode-se citar o Jargo Chinook (ou Chinook Jargon) que surgiu no noroeste da Amrica do Norte, que foi utilizado por diferentes tribos da regio, por europeus e at mesmo por imigrantes chineses. Em ambos os casos, tanto a Lngua Geral como o Jargo Chinook (pronunciado x-nk) surgiram formas escritas, alm da oral.

Tambm temos os exemplos de lnguas de contato adotadas atravs da incurso de brasileiros nas academias e universidades estrangeiras, por exemplo o francs e o ingls. As lnguas artificiais ou construdas tambm so lnguas minoritrias, inclusive a lngua de sinais, conforme j citado neste espao.

Tambm vale notar os regionalismos que surgem praticamente em todas as culturas do mundo. No Brasil podemos citar variaes distintas da lngua nacional que se desenvolveram atravs dos anos, como por exemplo as falas do gacho, do carioca, do nordestino, do capixaba, do baiano, do mineiro, etc.

Existem mais duas categorias distintas de falares frequentemente ignorados quando se fala nas lnguas do mundo:

A primeira destas classificaes tratando-se das lnguas inventadas por crianas e jovens para se comunicarem entre si em segredo na presena de adultos, geralmente de seus pais (play languages). Um exemplo disso o chamado "pig latin" (Igpay Atinlay) que existe principalmente no mundo cultural anglo-saxo. No mundo cultural castelhano existe o jargo jeringonzo, tambm chamado de jeringonza e jeringncio. No Brasil existe a chamada Lngua do P.

A segunda destas categorias so as linguagens prprias de profisses ou de certos meios que so, muitas vezes, considerados de m ou questionvel reputao. No mundo teuto (alemo) existe o falar Rotwelsch ou Gaunersprache (o falar da malandragem), sendo que seus equivalentes na Gr-Bretanha, na Frana e na Argentina so, respectivamente, o cant, o argot e o lunfardo.

Um assunto controverso que tem emergido em certos meios j desde antes de virada do milnio justamente a preservao e, at mesmo, o reavivamento de lnguas minoritrias ou de lnguas minoritrias em determinados contextos. O primeiro o caso do irlands na Irlanda ou do maori na Nova Zelndia - este ltimo exemplo sendo considerado um dos grandes sucessos. O segundo caso, o do galego na Espanha, considerado por muitos uma variedade do portugus, ou o francs no Canad pois so lnguas internacionais mas com estatuto minoritrio nesse contexto. Existe toda uma preocupao com o rpido desaparecimento de idiomas no mundo, especialmente com o advento da globalizao.

A modo de exemplo, apesar de mais de duzentas lnguas serem faladas na Repblica do Brasil, a vasta maioria dos brasileiros acredita que se fala somente portugus.

Linguagens no-humanasVer artigo principal: Linguagem animalPara muitos autores uma das principais distines entre homem - animal ou Homo sapiens outros homindeos se d atravs da linguagem.

Estudos sobre os macacos chimpanzs (Pan) identificaram mais de cem sinais para comportamentos de jogo, agresso, alarme, organizao do bando, sexo, etc. Esse nmero tem sido revisto com os experimentos de ensino da linguagem a primatas bem como com a anlise da interao dos ces, especialmente pastores, com as atividades profissionais humanas.

Mas isso nem se compara linguagem humana. Pesquisas sobre desenvolvimento da linguagem j identificaram entre estudantes de universidades um vocabulrio de 80 mil palavras

http://pt.wikipedia.org/wiki/LinguagemLngua natural humana

O termo lngua natural usado para distinguir as lnguas faladas por seres humanos e usadas como instrumento de comunicao daquelas que so linguagens formais construdas. Entre estas ltimas contam-se as linguagens de programao de computadores e as linguagens usadas pela lgica formal ou lgica matemtica.

Na filosofia da linguagem de tradio anglo-saxnica, o termo lngua ordinria por vezes usado como sinnimo da lngua natural. As lnguas naturais so estudadas pela lingustica e pela inteligncia artificial, entre outras disciplinas.

As lnguas de sinais ou lnguas gestuais so tambm lnguas naturais, visto possurem as mesmas propriedades caractersticas: gramtica e sintaxe com dependncias no locais, infinidade discreta e generatividade/criatividade. Lnguas de sinais ou gestuais como a norte-americana, a francesa, a brasileira ou a portuguesa esto devidamente documentadas na literatura cientfica.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_humanaLinguagem animal

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Ir para: navegao, pesquisa

Linguagem animal um conjunto de signos usados por animais de uma mesma espcie para permitir a comunicao entre eles.

Estudos sobre os macacos chimpanzs (Pan) identificaram mais de cem sinais para comportamentos de jogo, agresso, alarme, organizao do bando, sexo, etc. Esse nmero tem sido revisto com os experimentos de ensino da linguagem a primatas bem como com a anlise da interao dos ces, especialmente pastores, com as atividades profissionais humanas.

Mas isso nem se compara linguagem humana. Pesquisas sobre desenvolvimento da linguagem j identificaram entre estudantes de universidades um vocabulrio de 80 mil palavras.

Para muitos autores uma das principais distines entre homem e animal ou entre o Homo sapiens e os outros homindeos se d atravs da linguagem.

Bibliografia BONNER, J. Tyler. A Evoluo da Cultura nos Animais. Rio de Janeiro, Zahar, 1983.

HINDE, Robert A. Bases Biologicas de la Conducta Social Humana. Mxico, Siglo XXI, 1977.

CHAUVIN, Remy. A Etologia, Estudo Biolgico do Comportamento Animal. Rio de Janeiro, Zahar, 1977.

EIBL-EIBESFELDT, Irenaus. Etologia - Introducion al Estudio Comparado del Comportamiento. Barcelona, Omega, 1974

[Esconder]

veInteligncia animal

Inteligncia animalComunicao animal Etologia Eusocialidade Linguagem animal Inteligncia em peixes Sociobiologia Uso de ferramentas por animais

Inteligncia em avesInteligncia em corvos Inteligncia em pombos

Inteligncia em insetosInteligncia em abelhas Inteligncia em baratas

Inteligncia em mamferosInteligncia em ces Inteligncia em cetceos Inteligncia em elefantes Inteligncia em gatos Inteligncia em hienas Inteligncia em porcos Inteligncia em primatas

Inteligncia em invertebradosInteligncia em cefalpodes

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_animal"

Categorias: Comunicao animal | Linguagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_animalmile Benveniste

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Ir para: navegao, pesquisa

mile Benveniste (1902, Cairo - 1976) foi um lingista estruturalista francs, conhecido por seus estudos sobre as lnguas indo-europias e pela expanso do paradigma lingstico estabelecido por Ferdinand de Saussure.

BiografiaIniciou seus estudos na Sorbonne com Antoine Meillet, que fora aluno de Saussure. Lecionou na cole Pratique des Hautes tudes; mais tarde, trabalhou no Collge de France como professor de lingstica. Nesta poca, j havia iniciado suas pesquisas sobre gramtica comparada das lnguas indo-europias. Em 1961, fundou com Claude Lvi-Strauss e Pierre Gourou a revista de antropologia L'Homme. Permaneceu no Colge de France at 1969, quando se aposentou devido a problemas de sade.

No incio de sua carreira, suas pesquisas eram conhecidas apenas num pequeno crculo acadmico, por tratar-se de um trabalho altamente tcnico e especializado. A publicao de sua principal obra, Problmes de linguistique gnrale (Problemas de Lingstica Geral), fez com que tivesse um reconhecimento muito mais amplo. Os dois volumes de seu trabalho foram publicados em 1966 e 1974, respectivamente. Os livros apresentavam, alm do rigor tcnico, um estilo acessvel ao pblico leigo, e consistiam de uma seleo de vrios artigos escritos ao longo de mais de vinte e cinco anos.

No Captulo 5, Comunicao Animal e Linguagem Humana, Benveniste refuta a interpretao lingstica behaviorista, demonstrando que a linguagem humana, diferentemente das linguagens das abelhas e outros animais, no pode ser simplesmente reduzida a um sistema de estmulo-resposta.A polaridade eu-tu outro importante conceito explorado na obra. No Captulo 20, A Natureza dos Pronomes, Benveniste define que eu o indivduo que enuncia a presente instncia de discurso que contm a instncia lingstica eu. Consequentemente, introduzindo-se a situao de alocuo, obtm-se uma definio simtrica para tu, como o indivduo alocutado na presente instncia de discurso contendo a instncia lingstica tu..

Benveniste tambm identifica a ocorrncia de dois planos de enunciao, o da histria e o do discurso, atravs dos quais demonstra a oposio entre a no-pessoa (terceira) e as pessoas (eu-tu).

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Benvenistesexta-feira, 28 de agosto de 2009

Linguagem Humana X Linguagem Animal

A linguagem humana fundamentalmente diferente da linguagem animal pois envolve a representao simblica de conceitos e diversos tipos de relaes entre eles, possibilitando um nmero infinito de enunciados a partir de um nmero finito de smbolos.

Benveniste- demonstra que a linguagem humana, diferentemente das linguagens das abelhas e outros animais, no pode ser simplesmente reduzida a um sistema de estmulo-resposta.

- comunicao entre abelhas - sistema de sinais.

Benveniste chama a ateno para o fato de que essa forma de comunicao tenha sido observada entre insetos que vivem em sociedadee a sociedadea condio para a linguagem.

Auroux- os animais no possuem linguagem, existe comunicao entre eles.

Postado por Giovanna Santurbano s 16:20

http://corpodopensamento.blogspot.com/2009/08/linguagem-humana-x-linguagem-animal.htmlA linguagem Animal e a Linguagem Humana.

Para anlise do tema, tomo como referncia a linguagem das abelhas. Em 1959 foi publicado por Karl Von Frisch um estudo acerca do sistema de comunicao usados por esses animais. De acordo com a pesquisa, a abelha-obreira, ao encontrar uma fonte de alimento, ela comunica a informao s outras companheiras por meio de danas. A primeira tem aspecto circular, traando crculos horizontais da direita para esquerda ou vice-versa. A segunda dana tem semelhana de um oito em que a abelha contrai o abdome, segue em linha reta, informando a localizao do suposto alimento.

Segundo mile Benveniste (1976), temos: " embora seja bem preciso o sistema de comunicao das abelhas-ou de qualquer outro animal cuja forma de comunicao j tenha sido analisada- ele no constitui uma linguagem, no sentido em que o termo empregado quando se trata de linguagem humana". Na linguagem das abelhas h a percepo de signos que so compreensveis para as outras abelhas da colmia. Assim, podemos observar que essa comunicao entendida pelas outras abelhas de forma nica para aquele grupo.

Em suma, ento podemos dizer que a comunicao das abelhas no uma linguagem, mas sim um cdigo de sinais, no qual, esse sistema de transmisso da comunicao est inscrita dentro de uma comunidade e todos seus integrantes ir compreend-lo da mesma forma.

Referncias BIbliogrficas:

Introduo Lingustica, volume 1

Org. Jos Luiz Fiorin

http://linguisticaeosestudosepistemologicos.blogspot.com/2009/08/linguagem-animal-e-linguagem-humana.htmlinguagem (lingustica)

SENTIDO LATO: sistema de sinais, signos ou smbolos escritos ou gestuais convencionalmente utilizados por uma comunidade humana ou animal para comunicar. Nesta acepo, o termo linguagem pode referir-se linguagem humana articulada, linguagem animal (linguagem das abelhas, dos golfinhos, etc), linguagem musical, linguagem matemtica, linguagem pictrica, linguagem gestual (que comporta duas acepes: a linguagem dos surdos-mudos e o cdigo cinsico que serve de redundncia expresso lingustica), etc. Pode tambm incluir outros sistemas de sinais, como o cdigo da estrada, o cdigo da comunicao martima ou area, etc.

SENTIDO ESTRITO: linguagem verbal como caracterstica inata, universal e exclusiva do ser humano. A linguagem humana actualiza-se nas lnguas naturais que entre si apresentam propriedades e funcionamento comuns designados por universais lingusticos. A linguagem pressupe dois falantes, um locutor e um alocutrio, que comunicam entre si uma mensagem e que esto inseridos num contexto especfico. Concorrem, para o estudo da linguagem, outros factores extra-lingusticos (neurolgicos, psicolgicos, sociolgicos, antropolgicos e culturais), que permitem distinguir a linguagem humana da linguagem animal ou de sistemas de cdigos. C. F. Hockett (1960, 1968) elaborou um esquema terico com o objectivo de distinguir a comunicao humana da comunicao animal, de onde destacamos os seguintes traos ou caractersticas que podem definir a linguagem humana:

1. canal vocal auditivo: a linguagem um continuum sonoro produzido pelo aparelho fonador e percebido pelo aparelho auditivo; 2. intercambiabilidade: os papis de locutor (falante) e alocutrio (ouvinte) podem ser trocados numa situao de interaco comunicativa;3. especializao: os sinais lingusticos tm funes comunicativas, sociais, psicolgicas, no apenas biolgicas e no necessitam de muito esforo ou energia para a sua produo.4. semanticidade: a comunicao realiza-se por signos que se referem a entidades ou eventos;5. arbitrariedade: a relao entre o signo e o seu referente na realidade puramente convencional e imotivada (significante); 6. carcter discreto: a linguagem humana constituda por segmentos distintos e separveis entre si; 7. distanciamento: a linguagem humana pode ser usada para referir coisas distintas no espao e no tempo;8. abertura (ou criatividade): a linguagem humana permite que se combinem os seus constituintes que existem em nmero limitado de forma a produzir frases sempre novas e nunca antes produzidas;9. tradio: a linguagem humana, atravs das lnguas, aprendida de gerao em gerao, no o resultado de um mecanismo de hereditariedade; 10. prevaricao: a linguagem humana permite mentir, falar de coisas fictcias ou inexistentes, criar outros mundos, etc;11. reflexividade: a linguagem humana permite explicar-se a si prpria, falar da prpria linguagem;12. aprendibilidade: qualquer falante de uma dada lngua pode aprender outra lngua nova.

A linguagem humana finalmente manifestao de uma inteno por parte de indivduos dotados de conscincia e de um aparelho fsico que usam para falar. Nenhum outro sistema de comunicao no-humano se aproxima da complexidade inerente linguagem ou linguagens desenvolvidas pelo homem.

Como referenciar este artigo:linguagem (lingustica). In Infopdia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-09].Disponvel na www: .http://www.infopedia.pt/$linguagem-(linguistica)

Homem e linguagemA questo : qual o papel da linguagem na vida do homem? Um instrumento de comunicao? A transmisso de uma mensagem a um suposto receptor, como nos parecia informar a teoria da comunicao? Fcil seria se a realidade se conformasse a esquemas, se pudssemos reduz-la a uns poucos conceitos. O prprio conceito de realidade no imune a problematizaes e no s por que a multiplicidade de definies grande, mas tambm por que a nossa relao com o mundo no homognea. Pens-lo sem o filtro do sujeito difcil, pensar o mundo e o pensamento sem a linguagem tambm tarefa das mais complexas. possvel existir o pensamento sem a linguagem? Ele no seria, ento, uma massa homognea de sensaes, uma nebulosa indecomponvel, que nos inquietaria sem se deixar nomear?Se pensar um ndice de linguagem, entre ns e o pensamento se interporia um outro, sem o qual nada se poderia dizer e pensar; se, entre os seres, para ficarmos com uma concepo clssica, o homem se define como um ser do pensamento e, qui, da linguagem, ento, impossvel desvincular o homem da linguagem. Homem e linguagem andariam juntos.Benveniste (1995), no ensaio intitulado A Comunicao Animal e a Linguagem Humana, aponta a dimenso social da comunicao e, embora diferenciando a comunicao das abelhas da linguagem humana, afirma ser a comunicao um elemento presente em animais que vivem em sociedade: essa seria uma marca da comunicao; mas no bastaria para definir a linguagem - algo iria alm.No caso de Benveniste, o alm a interao, a resposta como marca do dilogo entre os homens. A resposta, a capacidade de refazer a mensagem, de reorganiz-la e devolv-la ao outro depois de reprocess-la. Marca da linguagem humana a no fixidez, a plasticidade. As abelhas, segundo o experimento de Karl von Frisch2, possuem um meio complexo para transmitir a mensagem: a distncia e direo de localizao do alimento, mas s executam os seus bailados para esse fim. Dizem que h comida, nctar ou plen, para l ou para c, mas fora isso no articulam mais nada. No h resposta e nem simbolizao; a apreenso da mensagem concreta. Vista a dana transmissora da mensagem por uma abelha, necessrio que essa v at o alimento para informar a uma nova abelha o local onde ele se encontra. No h memria da mensagem, a reteno leva a uma ao, execuo de um ato e se esgota a. A capacidade abstrata do smbolo, ou seja, estar no lugar de outra coisa, represent-la na sua ausncia, trazer e construir o pensamento para o outro: essas so propriedades humanas.O nosso interesse recai sobre a linguagem. A ela aliamos o humano, o que talvez seja mesmo uma tautologia, pois pens-lo sem ela seria impossvel. A linguagem condio da nossa cultura, a forma de tomarmos conscincia de ns e dos outros. O nosso mundo organiza-se a partir dela. Por isso, falar de uma linguagem natural exige cuidado, pois tangencia-se com uma impropriedade. A linguagem intrnseca cultura humana, portanto, se concebemos o homem como inscrito numa cultura, a linguagem pode ento ser vista como natural; mas, por sua vez, interessante deixar claro no ser um dado da natureza; ela, natural ao homem, um construto, um item da cultura. um dos elementos que nos definem, mas no uma ddiva da natureza para com o homem. No um dado, mas um fazer atualizado a cada realizao. Se, ao nascer, o homem j encontra a linguagem, j se depara com traos dentre os quais se inscreve, isso s possvel porque outros homens, antes dele, produziram-nos. Ele, desde o seu nascimento, os atualiza e os renova na repetio.(...)http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642004000100020&script=sci_arttext