LÍNGUA PORTUGUESA CONTO DE ESCOLA · Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Era uma moeda...

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LÍNGUA PORTUGUESA CONTO DE ESCOLA A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia – uma segunda-feira, do mês de maio – deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar à manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente, disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola.[...] Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala três ou quatro minutos depois. Entrou com andar manso do costume, em chinelos de cordovão, com a jaqueta de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava- se Policarpo e tinha perto de cinqüenta anos ou mais. [...] Os meninos que se conservavam de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos. _ Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinqüenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. [...] O mestre era mais severo com ele do que conosco. _ O que é que você quer? _ Logo, respondeu ele com voz trêmula. Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era.[...] Na lição de escrita, por exemplo, acabava sempre antes de todos, mas deixava-me estar a recortar narizes no papel ou na tábua, ocupação sem nobreza nem espiritualidade, mas em todo caso ingênua. Naquele dia foi a mesma cousa; tão depressa acabei, como entrei a reproduzir o nariz do mestre [...] Com franqueza estava arrependido de ter vindo. [...] _ Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo. _ Não diga isso, murmurou ele. Olhei para ele; estava mais pálido. Então lembrou-me outra vez que queria pedir-me alguma cousa, e perguntei-lhe o que era. Raimundo estremeceu de novo, e, rápido, disse-me que esperasse um pouco; era uma cousa particular.[...] Que me quereria o Raimundo? Continuei inquieto, remexendo-me muito, falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que era, que ninguém cuidava dele nem de mim. Ou então, de tarde ... _ De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde. _ Então agora ... _ Papai está olhando. Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os olhos, para trazê-lo mais aperreado. [...]

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LÍNGUA PORTUGUESA

CONTO DE ESCOLA

A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia – uma segunda-feira, do mês de maio – deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar à manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente, disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola.[...]

Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala três ou quatro minutos depois. Entrou com andar manso do costume, em chinelos de cordovão, com a jaqueta de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava-se Policarpo e tinha perto de cinqüenta anos ou mais. [...] Os meninos que se conservavam de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.

_ Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre.

Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinqüenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. [...] O mestre era mais severo com ele do que conosco.

_ O que é que você quer?

_ Logo, respondeu ele com voz trêmula.

Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era.[...] Na lição de escrita, por exemplo, acabava sempre antes de todos, mas deixava-me estar a recortar narizes no papel ou na tábua, ocupação sem nobreza nem espiritualidade, mas em todo caso ingênua. Naquele dia foi a mesma cousa; tão depressa acabei, como entrei a reproduzir o nariz do mestre [...]

Com franqueza estava arrependido de ter vindo. [...]

_ Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo.

_ Não diga isso, murmurou ele.

Olhei para ele; estava mais pálido. Então lembrou-me outra vez que queria pedir-me alguma cousa, e perguntei-lhe o que era. Raimundo estremeceu de novo, e, rápido, disse-me que esperasse um pouco; era uma cousa particular.[...]

Que me quereria o Raimundo? Continuei inquieto, remexendo-me muito, falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que era, que ninguém cuidava dele nem de mim. Ou então, de tarde ...

_ De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde.

_ Então agora ...

_ Papai está olhando.

Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os olhos, para trazê-lo mais aperreado. [...]

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No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim.

_ Sabe o que tenho aqui?

_ Não.

_ Uma pratinha que mamãe me deu.

_ Hoje?

_ Não, no outro dia, quando fiz anos ...

_ Pratinha de verdade?

_ De verdade.

Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Era uma moeda do tempo do rei, cuido que doze vinténs ou dous tostões, não me lembra; mas era uma moeda, e tal moeda que me fez pular o sangue no coração. Raimundo revolveu em mim o olhar pálido; depois perguntou-me se a queria para mim. [...]

Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre. Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo que queria sorrir. Em seguida propôs-me um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta esfregando a pratinha nos joelhos...

Tive uma sensação esquisita. [...] A novidade estava nos termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada.

Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai. Se me tem pedido a cousa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes; mas parece que a lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como queria, - e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, - parece que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, - mas queria assegurar-lhe a eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera [...] Realmente, era bonita, fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia alguma cousa, um cobre feio, grosso, azinhavrado ...

Não queria recebê-la, e custava-me recusá-la.[...] _ Ande, tome, dizia-me baixinho o filho. E a pratinha fuzilava-lhe entre os dedos, como se fora diamante...

_ Tome, tome ... [...]

_ Dê cá ...

Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira das calças com um alvoroço que não posso definir. Cá estava ela comigo, pegadinha à perna. Restava prestar o serviço, ensinar a lição, e não me demorei em fazê-lo, nem o fiz mal, ao menos conscientemente; passava-lhe a explicação em um retalho de papel que ele recebeu com cautela e cheio de atenção. Sentia-se que despendia um esforço cinco ou seis vezes maior para aprender um nada; mas contando que escapasse ao castigo, tudo iria bem. [...]

MACHADO DE ASSIS. Contos.10.ed. São Paulo, Ática, 1983. p.25-8

1ª QUESTÃOPode-se inferir do texto que Raimundo quis pagar o favor a Seu Pilar porque:

(a) era orgulhoso e não admitia dever favor a ninguém.

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(b) queria garantir a boa vontade do colega em lhe ensinar.

(c) considerava o favor do colega um trabalho a ser merecidamente recompensado.

(d) era um negociante nato e sabia dar valor a um bom negócio.

(e) caso o mestre descobrisse, o castigo seria direcionado para Seu Pilar e não para Raimundo.

2ª QUESTÃOO texto lido é uma narrativa e, como tal, caracteriza-se, entre outros elementos, pela ordem cronológica dos fatos que se desenrolam em ascensão até o clímax. No texto, o clímax se dá quando:

(a) Raimundo mostra a Seu Pilar, pela primeira vez, a pratinha e lhe pergunta se ele (Seu Pilar) a quer para si.

(b) Raimundo afirma que seu pai estava a olhá-los, fato que é comprovado por Seu Pilar.

(c) Seu Pilar estende a mão para receber a pratinha e Raimundo nega-lhe a mesma com um sorriso amarelo.

(d) Seu Pilar, mesmo em meio a um turbilhão de dúvidas, acaba por aceitar a moeda.

(e) Seu Pilar passa a lição para Raimundo em um retalho de papel.

3ª QUESTÃO“Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda.”“Sentia-se que este despendia um esforço cinco ou seis vezes maior para aprender um nada.”As passagens destacadas utilizam uma figura de linguagem para dizer que Raimundo tinha grandes dificuldades de aprendizagem. Assinale-a.

(a) Ironia

(b) Hipérbole

(c) Eufemismo

(d) Apóstrofe

(e) Metáfora

4ª QUESTÃOO traço do caráter humano tematizado pelo autor no texto é:

(a) solidariedade.

(b) dissimulação.

(c) corrupção.

(d) cobiça.

(e) orgulho.

5ª QUESTÃO“[...] falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que era [...]”

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A locução adverbial sublinhada pode ser substituída, preservando-se o sentido do trecho e do texto, por:

(a) sorrateiramente.

(b) instantaneamente.

(c) cautelosamente.

(d) precipitadamente.

(e) insistentemente.

6ª QUESTÃO“[...] e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.”

A oração destacada poderia ser desenvolvida, sem prejuízo para o sentido do trecho e do texto, da seguinte forma:

(a) E que o Raimundo, visto que não o tinha aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.

(b) E que o Raimundo, embora não o tenha aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.

(c) E que o Raimundo, apesar de não o ter aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.

(d) E que o Raimundo, que não o tinha aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.

(e) E que o Raimundo, conquanto não o tivesse aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.

7ª QUESTÃODentre as muitas lições de sintaxe, destaca-se a classificação dos termos na oração. Analise cada classificação indicada nos parênteses e assinale a resposta correta.

I. “Continuei inquieto [...]” (adjunto adverbial de modo)

II. “Era uma moeda do tempo do rei [...]” (sujeito simples)

III. “Em seguida propôs-me um negócio [...]” (objeto indireto)

IV. “[...] o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada [...]” (adjunto adnominal)

V. “Não conseguira reter nada do livro [...]” (sujeito indeterminado)

Estão CORRETAS, quanto à classificação dos termos destacados, as sentenças:

(a) I e V

(b) II e III

(c) IV e V

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(d) I, III e IV

(e) I, II e IV

8ª QUESTÃO“Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo [...]”

O verbo destacado caracteriza-se como:

(a) voz ativa.

(b) tempo composto.

(c) particípio composto.

(d) voz passiva analítica.

(e) infinitivo impessoal.

9ª QUESTÃOObserve as declarações seguintes.

I. Propôs é oxítona acentuada graficamente por terminar em –o.

II. O verbo propôr é oxítona e recebe acento gráfico pela mesma razão que propôs.III. Negócio é paroxítona acentuada graficamente por terminar em ditongo crescente.

IV. Negocío (verbo) também é paroxítona, porém a acentuação gráfica se justifica porque o –i é tônico e está em hiato com a vogal que o sucede.

V. Negocio (verbo) também é paroxítona, mas não recebe acento gráfico.

São FALSAS, respectivamente, as declarações:

(a) I e III

(b) II e V

(c) III e V

(d) I e IV

(e) II e IV

10ª QUESTÃOAssinale a alternativa que, completando a oração abaixo, apresenta coerência e correção gramatical.

Os coordenadores de cursos técnicos mencionaram que:

(a) a medida que muitos formandos saem ao encalço de sua primeira experiência de trabalho, a região tem potencial de absolvê-los, pois ainda apresenta um mercado com carência de profissionais qualificados.

(b) como muitos formandos saem ao encalsso de sua primeira esperiência de trabalho, a região tem

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potencial de absolvê-los, pois ainda apresenta um mercado com carênssia de proficionais qualificados.

(c) muitos formandos estão saindo ao encalço de sua primeira experiência de trabalho, e a região tem potencial de absorvê-los porque apresenta ainda um mercado com carência de profissionais qualificados.

(d) muitos formandos estão saindo ao encalsso de sua primeira experiência de trabalho, a região tem potencial de absolvê-los, pois ainda apresenta um mercado com carência de profisionais qualificados.

(e) como muitos formandos saem ao encalço de sua primeira experiência de trabalho, a região, tem potencial de absorver-lhes, pois, ainda apresenta um mercado com carência de profissionais qualificados.

11ª QUESTÃO

“Raimundo recuou a mão e deu à boca um gesto amarelo que queria sorrir.”

A alternativa em que o pronome destacado apresenta a mesma função sintática do termo destacado na oração anterior é:

(a) “[...] mas deixava-me estar a recortar narizes no papel [...]”

(b) “[...] recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.”

(c) “_ De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde.”

(d) “[...] ensinar a lição, e não me demorei em fazê-lo [...]”

(e) “Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era [...]”

12ª QUESTÃOA transposição da passagem a seguir para o discurso indireto resulta no trecho apresentado na alternativa:

“No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim.- Sabe o que tenho aqui?”(a) No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e

olhou para mim e me perguntou se eu sabia o que ele tinha ali.

(b) No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim e me perguntou se eu saberia o que ele tinha ali.

(c) No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim e me perguntou se eu sabia o que ele teria ali.

(d) No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim e me perguntou se saberia o que ele teria ali.

(e) No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e

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olhou para mim e me perguntou se eu sabia o que ele tem ali.

13ª QUESTÃOObserve:

I. “Os meninos que se conservavam de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se.”

II. Os meninos, que se conservavam de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se.

Sobre a colocação da vírgula na sentença II, pode-se AFIRMAR que:

(a) ela não estabelece nenhuma diferença de sentido entre as duas sentenças, porque antes de orações subordinadas adjetivas o seu emprego é facultativo.

(b) instala-se uma diferença de sentido entre I e II, sendo que se depreende da sentença I que todos os alunos se conservavam de pé e da sentença II que apenas alguns estavam de pé e somente estes voltaram a sentar-se.

(c) instala-se uma diferença de sentido entre I e II, depreendendo-se da sentença I que apenas os alunos que se conservavam de pé voltaram a sentar-se e da sentença II que todos estavam de pé e, portanto, todos voltaram a sentar-se.

(d) ela não estabelece nenhuma diferença de sentido entre I e II, depreendendo-se de ambas que todos os alunos estavam de pé e que todos eles voltaram a sentar-se.

(e) ela não estabelece nenhuma diferença de sentido entre I e II, apenas altera a classificação sintática da oração subordinada adjetiva “que se conservavam de pé durante a entrada dele”.

14ª QUESTÃO

“Se me tem pedido a cousa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo[...]”

A forma verbal destacada classifica-se como mesóclise.

Assinale a alternativa em que a mesóclise ocorre de acordo com a norma culta.

(a) Integrá-las-eis.

(b) Fa-los-ei.

(c) Partí-las-as.

(d) Ve-la-íamos.

(e) Po-la-ia.

15ª QUESTÃOAssinale a frase em que o acento indicativo da crase foi MAL empregado.

(a) O mestre chegou à mesma hora, pontualmente.

(b) Encontrou-nos à saída da escola.

(c) Um colega observava-nos à distância.

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(d) Veio-lhe à lembrança o olhar do mestre.

(e) O mestre era severo, e todos ficavam à espera de um castigo.

MATEMÁTICA 16ª QUESTÃODuas empreiteiras farão conjuntamente a pavimentação de uma estrada, cada uma trabalhando a

partir de uma das extremidades. Se uma delas pavimentar da estrada e a outra os 81 km restantes, a extensão dessa estrada é de:

(a) 125 km

(b) 135 km

(c) 142 km

(d) 145 km

(e) 160 km

17ª QUESTÃOUm losango tem lados de 15 cm e diagonais de 18cm e 24cm. A região plana determinada por este losango tem perímetro e área de, respectivamente:

(a) 30 cm e 216 cm2

(b) 30 cm e 432 cm2

(c) 60 cm e 216 cm2 .

(d) 60 cm e 432 cm2

(e) 30 cm e 60 cm2

18ª QUESTÃOUma empresa tem 750 empregados e comprou marmitas individuais congeladas, suficientes para o almoço deles durante 25 dias. Se essa empresa tivesse mais 500 empregados, a quantidade de marmitas já adquiridas seria suficiente para um número de dias igual a:

(a) 10

(b) 12

(c) 18

(d) 15

(e) 20

19ª QUESTÃOAlfredo fez um empréstimo de R$ 400,00 e, após 30 dias, pagou R$ 412,00. A taxa de juros cobrada foi de:

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(a) 2% ao mês

(b) 2,5 % ao mês

(c) 4% ao mês

(d) 5% ao mês

(e) 3 % ao mês

20ª QUESTÃOUm aquário com forma de paralelepípedo de faces retangulares (ou bloco retangular) tem 40cm de

comprimento, 30cm de largura e 20cm de altura, e contém água que ocupa de sua capacidade. Um objeto é mergulhado na água, de maneira que o conteúdo do aquário passa a ocupar 19.600 cm3. O volume em centímetros cúbicos do objeto é:

(a) 600

(b) 2800

(c) 3600

(d) 4800

(e) 5600

21ª QUESTÃOEm uma sessão de cinema, cada adulto pagou R$ 15,00 pelo ingresso e, cada criança, R$ 6,00. Sabendo que 100 pessoas pagaram ingresso e que o total arrecadado foi de R$ 960,00, o número de adultos e de crianças é, respectivamente:

(a) 30 e 70

(b) 70 e 30

(c) 60 e 40

(d) 40 e 60

(e) 50 e 50

22ª QUESTÃOUma indústria produz 900 litros de óleo vegetal por dia, que devem ser embalados em latas de 30 cm3. (Lembre-se: 1 dm3 = 1 litro). Para isso, são necessários:

(a) 3000 latas

(b) 300 latas

(c) 300 000 latas

(d) 3 000 000 latas

(e) 30 000 latas

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23ª QUESTÃOA média aritmética das duas provas de História feitas por Zilda foi de 7,0. Na segunda prova ela tirou 3 pontos a mais que na primeira. A nota da primeira prova foi:

(a) 4,5

(b) 5,0

(c) 5,5

(d) 6,0

(e) 6,5

24ª QUESTÃOCerto planeta possui dois satélites naturais: Lua A e Lua B; o planeta gira em torno do Sol e os satélites, em torno do planeta, de forma que o alinhamento:

Sol – planeta – Lua A ocorre a cada 18 anos

e

Sol – planeta - Lua B ocorre a cada 48 anos

Se hoje ocorrer o alinhamento Sol – planeta – Lua A – Lua B, então esse fenômeno se repetirá daqui a:

(a) 48 anos

(b) 66 anos

(c) 96 anos

(d) 144 anos

(e) 860 anos

25ª QUESTÃOOs organizadores de um show de rock fizeram uma estimativa para saber quantas pessoas cabem em uma praça retangular de 30m por 42m. Considerando 5 pessoas por metro quadrado, quantas pessoas cabem nesta praça?

(a) 6200

(b) 6300

(c) 6400

(d) 6500

(e) 6600

26ª QUESTÃO

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Uma chaminé projeta uma sombra de 20 m; ao mesmo tempo, um poste de 10 m projeta uma sombra de 4 m. Com base na semelhança de figuras, a altura da chaminé é de:

(a) 40m

(b) 45m

(c) 50m

(d) 60m

(e) 62m

27ª QUESTÃO

O gráfico de f(x) = x2 + bx + c, onde b e c são constantes reais, passa pelos pontos A(0,0) e B(1,2).

Então vale:

(a)

(b)

(c)

(d)

(e) 4

28ª QUESTÃOUma escada com 10 m de comprimento foi apoiada em uma parede que é perpendicular ao solo. Sabendo que o pé da escada está afastado 6 m da base da parede, a altura alcançada pela escada, em metros, é:

(a) 7 metros

(b) 8 metros

(c) 9 metros

(d) 10 metros

(e) 11 metros

29ª QUESTÃOO número s do sapato que uma pessoa calça está relacionado com o comprimento p, em

centímetros, de seu pé, pela fórmula: . Qual é o comprimento do pé de uma pessoa que

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calça sapatos de número 41?

(a) 41 cm

(b) 35,2 cm

(c) 30,8 cm

(d) 29,5 cm

(e) 27,2 cm

30ª QUESTÃOClassifique as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a seqüência correta:

I. Todo paralelogramo é um quadrilátero. V. Todo quadrado é um retângulo

II. Todo trapézio é um quadrilátero. VI. Existe retângulo que é quadrado

III. Todo losango é um quadrado. VII. Nenhum quadrilátero tem três diagonais

IV. Todo losango é um paralelogramo.

(a) V V F V V V V

(b) F V V V V V V

(c) V V V V V V F

(d) V V V F V V V

(e) V V V V V F V

CIÊNCIAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS

31ª QUESTÃOO gráfico ilustra a posição s, em função do tempo t, de uma pessoa caminhando em linha reta durante 400s. Assinale a alternativa correta:

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(a) A velocidade no instante t = 200s vale 0,5 m/s.

(b) Em nenhum instante a pessoa parou.

(c) A distância total percorrida durante 400s foi de 120m.

(d) O deslocamento durante os 400s foi de 180m.

(e) O valor de sua velocidade no instante t = 50s é menor do que no instante t = 350s.

32ª QUESTÃONuma corrida de Fórmula 1, a volta mais rápida foi feita em 1 min. e 20s a uma velocidade média de 180 km/h. Pode-se afirmar que o comprimento da pista, em metros, é de:

(a) 180

(b) 4000

(c) 1800

(d) 2160

(e) 14400

33ª QUESTÃOA soma de dois vetores ortogonais, isto é, perpendiculares entre si, um de módulo 12 e outro de módulo 16, terá módulo igual a:

(a) 4

(b) um valor compreendido entre 12 e 16

(c) 20

(d) 28

(e) um valor maior que 28

34ª QUESTÃO

A aceleração gravitacional na superfície da Terra é de 10m/s2 e, na superfície de Júpiter, é de 30m/s2. Um objeto de 60 kg de massa na superfície da Terra apresentará, na superfície de Júpiter, massa de:

(a) 600 kg

(b) 60 kg

(c) 180 kg

(d) 180 kg

(e) 1200 kg

35ª QUESTÃO

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Na figura, as massas dos corpos são: mA = 40 kg e mB = 10kg. A força aplicada tem intensidade de

100 N. Supondo o atrito desprezível, a aceleração que o corpo B sofre é, em m/s2, igual a:

(a) 2

(b) 2,5

(c) 3,3

(d) 10

(e) 12

36ª QUESTÃOConsidere os processos cotidianos abaixo e indique aqueles que envolvem transformações químicas:

I. produção de iogurte a partir do leite;

II. um espelho fica embaçado se respirarmos encostados a ele;

III. a filtração da água pela vela do filtro;

IV. a combustão da gasolina no motor de um automóvel;

V. enferrujamento de um prego exposto ao ar.

(a) II, IV e V

(b) I, II e III

(c) I, III e IV

(d) I, IV e V

(e) II, III e IV

37ª QUESTÃOUma mistura X foi submetida a duas etapas de separação, conforme esquema abaixo:

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Sobre o processo acima é CORRETO afirmar:

(a) X é uma mistura de 2 componentes.

(b) o líquido 1 é uma mistura homogênea.

(c) o sólido 1 é uma mistura heterogênea.

(d) a etapa A é uma evaporação.

(e) a etapa B é uma decantação.

38ª QUESTÃOSobre o experimento clássico do espalhamento de partículas alfa (α), Rutherford e seus colaboradores concluíram que:

(a) os elétrons em um átomo estão dentro do núcleo.

(b) os átomos de ouro são muito volumosos.

(c) o núcleo de um átomo é positivamente carregado.

(d) a maior parte do volume total de um átomo é constituído de espaço vazio.

(e) o átomo é indivisível.

39ª QUESTÃOComo função na planta, o potássio (19K40) atua na elaboração de açúcares e amido, e é indispensável à formação e ao amadurecimento de frutos. Aumenta a rigidez dos tecidos e a resistência das plantas às pragas e moléstias. Apresenta-se na forma iônica (K+). Nos íons K+

encontramos:

(a) 59 nêutrons.

(b) 40 prótons.

(c) 19 elétrons.

(d) 19 prótons.

(e) número de massa 19.

40ª QUESTÃOEm supermercados de Barbacena, encontram-se os seguintes produtos:

I. para limpeza de forno e desentupidores de pia, cuja substância ativa é o NaOH;

II. bactericidas, cuja substância ativa é o NaClO.

Essas substâncias ativas pertencem, respectivamente, às funções inorgânicas:

(a) sal e base

(b) base e ácido

(c) sal e óxido

(d) oxido e ácido

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(e) base e sal.

41ª QUESTÃOAo se observar o desenvolvimento de um sapo, percebe-se que seu corpo sofre profundas mudanças, tanto que o “bebê” sapo não se parece em nada com seus pais. Esta mudança recebe um nome especial chamada de:

(a) partenogênese

(b) ovulogênese

(c) metamorfose

(d) cissiparidade

(e) ciclose

42ª QUESTÃOPreencha as lacunas do texto e depois marque a alternativa mais adequada:

“Os seres vivos __________________ possuem no interior de suas células uma estrutura denominada _______________, onde ocorre a fabricação de seu próprio alimento.”

(a) autótrofos, mitocôndria

(b) autótrofos, cloroplasto

(c) heterótrofos, mitocôndria

(d) decompositores, vacúolo

(e) heterótrofos, cloroplasto

43ª QUESTÃONa natureza, os seres vivos se relacionam o tempo todo. Muitas destas relações são positivas, ninguém sai prejudicado; outras são negativas, onde pelo menos uma das partes é prejudicada. Marque a alternativa onde aparece uma relação negativa:

(a) peixe-piloto e tubarão

(b) leão e zebra

(c) formigas de um mesmo formigueiro

(d) bromélias com as árvores

(e) anêmona-do-mar e paguro (caranguejo)

44ª QUESTÃOOs mamíferos apresentam características marcantes, como a capacidade de manter sua temperatura corporal constante (até certos limites) e a presença de glândulas mamárias. Assinale a alternativa onde não estão representados apenas mamíferos:

(a) baleias, tigres

(b) tatus, capivaras

(c) búfalos, ovelhas

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(d) coelhos, gambás

(e) ratos, camaleões

45ª QUESTÃOMuitas doenças que atacam os seres humanos poderiam ser evitadas se a população cuidasse mais de sua higiene. A seguir estão relacionadas várias medidas aplicadas à prevenção de certas doenças.

I. lavar as mãos antes de comer;

II. não tomar banho em águas contaminadas por caramujos;

III. construir casa de tijolos, substituindo as casas de pau-a-pique (barro);

IV. vacinar-se;

V. evitar ser picado pela fêmea do mosquito do gênero Aedes;

VI. tomar somente água tratada ou fervida.

Agora marque a opção que apresenta apenas medidas válidas para se prevenir a ascaridíase (lombriga):

(a) I e II

(b) II e IV

(c) IV e V

(d) I e VI

(e) II e VI

GEOGRAFIA

46ª QUESTÃODevido à sua estrutura rochosa muito antiga, ao longo trabalho dos agentes erosivos e à ocorrência, no Brasil, de climas quentes e úmidos, o relevo brasileiro caracteriza-se pela predominância de:

(a) planícies, com médias altimétricas inferiores a 300 m e ausência de falhamentos.

(b) planaltos, com médias altimétricas inferiores a 300 m e ausência de falhamentos.

(c) montanhas, com médias altimétricas entre 2000 m e 2500 m e formas pontiagudas.

(d) serras, com médias altimétricas entre 1500m e 2000 m e formas arredondadas.

(e) planaltos, com médias altimétricas inferiores a 1000 m e presença de formas arredondadas.

47ª QUESTÃOQual das opções abaixo faz uma relação INCORRETA entre o tipo climático e a área compreendida por esse no Brasil?

(a) Clima tropical continental – compreende a maior parte da região norte, ficando de fora apenas os estados do Acre e o extremo leste do Pará.

b) Clima subtropical úmido – compreende majoritariamente a região sul. É cortado pelo trópico de Capricórnio.

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(c) Clima tropical semi-árido – abrange o sertão nordestino não atuando sobre o Estado do Maranhão.

(d) Clima litorâneo úmido – abrange somente o extremo leste das regiões nordeste e sudeste.

(e) Clima equatorial – predominante no Acre e na maior parcela do Estado de Rondônia, assim como em outros Estados da região norte.

48ª QUESTÃOOs períodos em que um centro urbano fica com ar estagnado, sem correntes ascendentes na atmosfera, o que agrava a poluição desta, denomina-se:

(a) smog(b) inversões térmicas

(c) microclima

(d) agrotóxicos

(e) transumância

49ª QUESTÃOA imigração estrangeira para o Brasil foi resultante, em sua maior parte, da necessidade de mão-de-obra que compensasse o final da _____________________________, sendo que na terceira década do século XX, ela já começava a ser suplantada numericamente pela força de trabalho oriunda do(a) ____________________________.

A frase acima deve ser completada, respectivamente, com:

(a) emigração – escravidão

(b) transumância – nomadismo

(c) escravidão – migração interna ou inter-regional

(d) migração interna ou inter-regional – emigração

(e) escravidão – migração rural-rural

50ª QUESTÃO“... encontrava-se em situação geográfica estratégica, no nó de ligação entre o leque de ferrovias que se abria para o oeste cafeeiro e a área portuária de Santos. Tornou-se desde logo o centro dos negócios de exportação e importação e das atividades bancárias atraindo capitais e empresários. O fluxo imigratório orientado inicialmente para o café gerou uma classe operária numerosa, constituída por trabalhadores italianos e espanhóis. Com as indústrias, a cidade cresceu e se transformou.”O texto refere-se à cidade de:

(a) São Paulo

(b) Campinas

(c) Ribeirão Preto

(d) Bauru

(e) Sorocaba

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51ª QUESTÃOO fenômeno urbano, em que as cidades vêm se expandindo, tornando-se contínuas e integradas, gerando problemas de infra-estrutura urbana comuns, tem o nome de:

(a) sítio urbano

(b) conurbação

(c) hierarquia urbana

(d) favelização

(e) metropolização

52ª QUESTÃOÉ o complexo regional de maior importância econômica, abriga a maior parcela da população brasileira e a maior parte da produção industrial. Essas são algumas das características de qual região geoeconômica?

(a) Região Norte

(b) Região Centro-Sul

(c) Região Sudeste

(d) Região Sul

(e) Região Amazônia

HISTÓRIA

53ª QUESTÃOSão fatores relacionados ao movimento de expansão marítima portuguesa, que teria como fruto, dentre outros, a própria descoberta do Brasil, EXCETO:

(a) a própria localização geográfica do recém-fundado Estado luso que, concentrado nas bordas litorâneas do Atlântico, oferecia possibilidades extraordinárias de comércio marítimo com outros povos e regiões.

(b) a extraordinária concentração de renda oriunda do comércio de vinho, azeite e bacalhau pelos lusitanos, que tornara Portugal, já no século XIV, a região mais rica e próspera de todo o mundo.

(c) o controle das rotas mediterrâneas que levavam ao Oriente por genoveses e venezianos, que ao deter o monopólio comercial com os povos orientais, elevavam exorbitantemente o preço das mercadorias.

(d) o contexto de renovação do pensamento humanista e a busca por um conhecimento mais científico, ambos oriundos na Europa das idéias renascentistas, e que levaram o homem – no caso, luso – a buscar soluções para o enfrentamento das dificuldades propostas pela navegação no Oceano Atlântico, conhecido – e temido – como “mar tenebroso”.

(e) a precoce formação do Estado Português, possibilitada pela expulsão dos muçulmanos do território luso e financiada pela burguesia lusitana, abria terreno para investidas no além-mar, como fora a Conquista de Ceuta (1415), e que daria, esta última, a partida no movimento

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conhecido como “Périplo Africano”.

54ª QUESTÃODurante o período pré-colonizador a ocupação portuguesa, a atividade econômica básica e a mão-de-obra nela empregada ficaram caracterizadas, respectivamente:

(a) pelas feitorias, pelo cultivo da cana e pelo indígena pacificado.

(b) pelas Capitanias Hereditárias, cultivo da cana-de-açúcar e pelo índio sob regime de escravidão.

(c) pelas feitorias, pela exploração do pau-brasil e pela mão-de-obra escrava.

(d) pelas Capitanias Hereditárias, pela exploração do pau-brasil e pela mão-de-obra submetida à orientação dos jesuítas.

(e) pelas feitorias, exploração do pau-brasil e mão-de-obra indígena sob a forma de escambo.

55ª QUESTÃO“Da largura que a terra do Brasil tem para o sertão não trato, porque até agora não houve quem a andasse por negligência dos portugueses que, sendo grandes conquistadores de terras, não se aproveitam delas, mas contentam-se de as andar arranhando ao longo do mar como caranguejos.”(SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil (1500-1627). Melhoramentos. 4ª edição, São Paulo: 1954. p.44-45).

No trecho acima, Frei Vicente do Salvador (1564-1635) relata um importante aspecto da colonização portuguesa no Brasil, pelo menos até a aurora do século XVIII: sua concentração no litoral. Sobre este aspecto da colonização do Brasil, é CORRETO afirmar que:

(a) deveu-se às dificuldades de penetração no interior pelos colonos, criadas, sobretudo, pela conformação geográfica do terreno que, na Serra do Mar, impedia o fácil acesso aos sertões brasileiros.

(b) deveu-se à facilidade de extração aurífera de aluvião no litoral, que, já no século XVI, oferecia grandes quantidades de ouro para os carregamentos destinados à metrópole.

(c) deveu-se a uma sólida ocupação do interior por diversas etnias indígenas que barravam a penetração dos colonos através das guerras e dos ataques esporádicos aos estabelecimentos litorâneos.

(d) deveu-se, sobretudo, ao incentivo metropolitano para o cultivo da cana-de-açúcar – bem adaptada que foi ao litoral brasileiro – e às dificuldades iniciais para se encontrar metais e pedras preciosas no interior.

(e) deveu-se predominantemente à pobre fertilidade do solo interiorano, incapaz de fornecer quantidades adequadas de alimentos aos colonos, ou mesmo mercadorias para exportação, como cana-de-açúcar.

56ª QUESTÃO“Embora a atividade da mineração fosse baseada no trabalho escravo, a verdade é que a organização geral da economia mineira apresenta particularidades importantes quando comparada com a da economia açucareira.” (OHLWEILER, Otto Alcides. Evolução sócio-econômica do Brasil. Porto Alegre. Pág.35)

Todas as alternativas apresentam particularidades da economia mineradora, EXCETO:

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(a) muitos escravos chegaram a minerar por conta própria, pagando periodicamente a seus donos uma quantia determinada.

(b) a atividade mineradora permitiu, ainda que de forma limitada, a compra da alforria pelo próprio escravo.

(c) o processo de trabalho na mineração facilitou ao escravo maior iniciativa e a circulação num meio social mais aberto.

(d) os escravos, por sua importância como fator de produção na economia mineradora, chegaram constituir-se, nessa época, em maioria da população.

(e) os homens livres, marginalizados na economia açucareira, foram incorporados à atividade produtiva organizando lavra própria.

57ª QUESTÃO“Abriram-se, nesse momento, dois caminhos que seguiram paralelos na História do Brasil: o caminho da independência política em relação a Portugal – que seria finalizado em 7 de setembro de 1822 – e o caminho da dependência econômica em relação à Inglaterra – que prosseguiria ainda durante todo o correr do século XIX e começo do século XX.”A qual das alternativas abaixo se refere o episódio de que trata o texto?

(a) Guerra do Paraguai

(b) Inconfidência Mineira

(c) Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas

(d) Abolição da Escravatura

(e) Tratado de Methuen

58ª QUESTÃOApós uma permanência de aproximadamente 12 anos no Brasil, a família real foi obrigada a regressar a Portugal. O motivo fundamental para a volta da família real portuguesa foi a:

(a) invasão napoleônica em Portugal.

(b) instauração do Brasil como Reino Unido

(c) vitória da Revolução Constitucionalista do Porto

(d) proclamação da independência brasileira

(e) abertura dos Portos às Nações Amigas.

59ª QUESTÃOA organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou do projeto do grupo:

(a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.

(b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.

(c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutural social.

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(d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.

(e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.

60ª QUESTÃOContribuíram decisivamente para a vitória de Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de 1994:

(a) a bem-sucedida política externa do governo Itamar Franco, integrando o Brasil no Mercosul.

(b) a solução dos conflitos sociais no campo, implementando-se a reforma agrária.

(c) a queda do desemprego devido ao Plano Real e à total privatização das estatais.

(d) a implantação do Plano Real, que criava uma moeda estável após décadas de inflação.

(e) a redução drástica da violência urbana, através de eficientes programas sociais.