Limpeza,Desinfeção,Esterelização

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Técnico Auxiliar de SaúdeGOSCS

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  • Uma adequada limpeza e desinfeo das instalaes e equipamentos so medidas cruciais para prevenir e reduzir as infees cruzadas em utentes e profissionais, bem como para minimizar a gradual deteriorao das superfcies. Estas medidas, quando associadas com a perceo do conforto por parte dos utentes e com a qualidade das condies de trabalho pelos profissionais, tm um impacto positivo no estado psicolgico "dos utilizadores das Unidades de Sade, promovendo, em termos gerais, a qualidade e uma boa imagem da instituio.

  • A limpeza consiste no processo de remoo da sujidade por meios qumicos, mecnicos ou trmicos, efectuada s instalaes (incluindo pavimento, janelas, tecto, varandas, mobilirio, equipamentos e outras estruturas similares) num determinado perodo de tempoOs meios de limpeza podem ser caracterizados da seguinte forma:Meio qumico - proveniente da aco de produtos com propriedades de dissoluo, disperso e suspenso da sujidade.Meio mecnico - proveniente da aco obtida pelo acto de esfregar manualmente ou pela presso de uma mquina de lavar, no sentido de permitir remover a sujidade.Meio trmico - proveniente da aco do calor, o qual reduz a viscosidade da gordura, tornando-a mais fcil de remover. Sempre que a temperatura for alta e aplicada em tempo suficiente, ela tambm poder ter, por si s, uma aco desinfectante ou esterilizante.

  • A limpeza consiste no processo de remoo da sujidade por meios qumicos, mecnicos ou trmicos, efetuadas s instalaes (incluindo pavimento, janelas, teto, varandas, mobilirio, equipamentos e outras estruturas similares) num determinado perodo de tempo.A desinfeo consiste num processo de destruio ou inativao de microrganismos na forma vegetativa (geralmente no atua nos esporos bacterianos) em superfcies inertes, mediante a aplicao de agentes qumicos ou fsicos.

  • A escolha dos produtos para higienizao depende de:

    Tipo de procedimento que pretendemos realizar (se vamos lavar, ou se necessrio lavar e posteriormente desinfectar).

    Tipo de superfcie que vamos higienizar (equipamento, material clnico, pavimento).

    Caractersticas do material (se metlico ou no metlico, inox ou outro tipo de material).

  • Em termos gerais, considera-se inaceitvel a utilizao de:- Detergentes em p;- Produtos cerosos derrapantes;- Detergentes e desinfectantes pr-diludos ou que estejam fora das suas embalagens de origem;- Produtos de limpeza ou de desinfeco que estejam sem ficha de segurana.

  • Assim, para melhorar a remoo da sujidade das superfcies, tem que se adicionar uma substncia que reduza a tenso superficial da gua, favorecendo a sua distribuio atravs do humedecimento, de forma a promover o contacto mais estreito entre a gua e a superfcie que limpa. As substncias que proporcionam este tipo de mudana na tenso superficial so denominadas tensoactivas, as quais constituem os principais componentes dos detergentes.A gua por si s no garante uma limpeza eficiente: ela no molha bem a superfcie onde aplicada, o que pode ser observado quando se coloca um pouco de gua sobre uma placa de vidro, na qual possvel observar a formao de gotas esfricas que se formam devido ao fenmeno fsico de tenso superficial.

  • Os detergentes contm substncias tensoactivas, solveis em gua e dotadas de capacidade de emulsionar gorduras e manter os resduos em suspenso, facilitando desta forma a remoo da matria orgnica das superfcies. So geralmente utilizados para a limpeza de pavimentos, equipamentos, utenslios e superfcies de trabalho.

  • Requisitos- Estar devidamente rotulado e identificado na embalagem de origem;- Trazer indicaes precisas de diluio;- Ser diludo apenas no momento em que vai ser utilizado;- Ser utilizado na dose correta (com a utilizao de doseadores) e de acordo com as instrues do fabricante;- Ser biodegradvel;- Ser adequado (s) superfcie(s) em que vai ser utilizado;- Ser preferencialmente no inico (pois produz menos espuma);- Ter pH neutro ou ligeiramente alcalino;- Manter-se fechado at ao incio da sua utilizao e sempre que no esteja a ser utilizado.

  • Os desinfetantes so agentes qumicos aplicados a superfcies inertes (ex: equipamentos, utenslios, instrumentos, entre outros) capazes de eliminar, destruir ou inactivar os microrganismos na forma vegetativa e parcialmente os esporos

  • Os desinfectantes, como antimicrobianos, exigem que os utilizemos de forma criteriosa, pelo que no se aconselha a sua utilizao, por rotina, na desinfeo de superfcies (ex: pavimento), uma vez que o seu uso frequente promove a sua rpida contaminao.

    Por este motivo, os desinfectantes devem ser utilizados exclusivamente nas situaes de derrame/salpico de sangue ou de outra matria orgnica. Nestas situaes, o desinfectante que dever ser utilizado o hipoclorito de sdio (lixvia) a 1% de cloro livre ou o dicloroisocianurato de sdio (grnulos ou pastilhas).

    As superfcies que servem de apoio preparao de medicamentos e de tcnicas que requerem assepsia, no incio da actividade e entre procedimentos, devero ser desinfectadas com lcool a 70%

  • Recorde:

    Desinfetante - Agente qumico capaz de destruir os microrganismos nos objetos inanimados (materiais, equipamentos ou superfcies) ou de reduzi-los para nveis no prejudiciais sade.

    Antissptico - Agente qumico capaz de destruir ou inibir o crescimento microbiano nos tecidos vivos.

  • Regras de Segurana - Conhecer a composio do produto empregue; - Respeitar as recomendaes de emprego, doses, diluies e incompatibilidades; - Utilizar sempre o equipamento de proteo individual preconizado para o manuseamento destes produtos; - Lavar imediatamente e abundantemente com gua se a pele ou mucosas forem atingidas por projees do produto; - Limpar sempre o recipiente em que se diluiu ou utilizou o desinfetante; - Respeitar o tempo de conservao da diluio utilizada; - Manter as embalagens das solues desinfectantes fechadas quando no esto a ser utilizadas; - Nunca utilizar produtos que no sejam autorizados pela Comisso de Controlo de Infeo (CCI).

  • Preparaohttp://youtu.be/EqcHc8agmxA

  • TCNICA DE LIMPEZA (geral)Antes de se iniciar a limpeza de qualquer rea, deve-se: Fechar as portas e abrir as janelas para favorecer a ventilao do espao; Afastar todo o equipamento das paredes; Recolher os resduos espalhados.

  • No devem ser usados quaisquer meios de limpeza que levantem p, com exceo dos procedimentos empregues nas reas no-crticas exteriores (ex: escadas, trios e varandas exteriores), pois alguns microrganismos podem ser transmitidos atravs de minsculas gotculas ou partculas atmosfricas por via area, quando permanecem em suspenso, ou por contacto, quando se depositam nas superfcies.

  • Assim, o ato de varrer pode conduzir ressuspenso de microrganismos, razo pela qual no se deve realizar este procedimento. Recomenda-se sejam respeitados os seguintes princpios: - No usar vassouras, espanadores ou outro utenslio/equipamento de limpeza do p a seco; - Realizar a limpeza do p por meios hmidos, utilizando-se para o efeito um pano embebido em gua e detergente, a fim de remover no s o p como a sujidade em geral; - Utilizar o detergente adequado superfcie a tratar; - Limpar com movimentos de limpeza suaves, de forma a minimizar o levantamento de partculas.

  • 5. Quando um mesmo trabalhador do servio de limpeza tem vrias reas das Unidades de Sade adstritas para limpar, a organizao das atividades deve ser sempre estabelecida no sentido das reas mais limpas (reas no crticas) para as mais sujas (reas crticas).

    6. Numa mesma rea deve ter-se ainda em ateno a orientao da limpeza:Orientao horizontal da zona mais afastada para a mais prxima (limpeza do fundo da sala para a porta de sada). Orientao vertical de cima para baixo, ou seja, em primeiro lugar limpar o teto e por fim o cho. Numa limpeza global a sequncia da limpeza poder ser, por exemplo: 1. pontos de luz e teto; 2. paredes; 3. estores e janelas (face interior e exterior); 4. mobilirio e utenslios; 5. cho.

  • Limpeza de superfcies A limpeza com gua quente e detergente adequada para as superfcies existentes nas Unidades de Sade, pois remove a maior parte dos microrganismos. Contudo igualmente importante, para que no haja recontaminao e multiplicao de microrganismos, que todas as superfcies limpas fiquem bem secas. Durante a limpeza das superfcies, devem respeitar-se as seguintes orientaes: - Realizar a limpeza a hmido com gua quente e detergente adequado, reforando este procedimento em zonas com manchas; - Aps a limpeza, as superfcies devem ficar o mais secas possvel e nunca encharcadas; - Depois do perodo de secagem, as superfcies que servem de apoio preparao de medicamentos e de tcnicas que requerem assepsia, devero ser desinfectadas com lcool a 70%; - Dentro de cada rea (ex: sala de tratamentos) o pano deve ser exclusivo para cada tipo de equipamento

  • Limpeza do pavimento A diversidade de pavimentos leva a que existam diferentes mtodos de limpeza tanto manuais (hmido e seco) como mecnicos (mquinas automticas de lavar e/ou enxugar e de jactos de vapor de gua saturada sob presso). Mtodo manual hmido Recomenda-se que a limpeza do pavimento seja efetuada com o mtodo de duplo balde.

  • Na lavagem do pavimento deve ainda ter-se em conta que: - A esfregona deve ser agitada dentro de cada balde e bem espremida; - Devem adotar-se movimentos ondulantes e manter as franjas da esfregona abertas; - A gua deve ser quente e mudada frequentemente. Nas reas crticas e semicrticas, por exemplo, a gua tem de ser mudada sempre entre salas e, dentro de cada sala, sempre que a gua se encontre visivelmente suja, para evitar a redistribuio de microrganismos; - Nos corredores e/ou reas a limpar devem colocar-se fitas ou outra sinalizao (ex: cones de sinalizao) para aviso de piso escorregadio, nos dois extremos dessas reas; - Os corredores e escadas devem ser lavados no sentido longitudinal, ou seja lava-se primeiro uma metade e s depois a restante parte, de modo a permitir a circulao segura das pessoas durante a limpeza. Sempre que o pavimento possua ralos para escoamento de guas residuais, no se recomenda a utilizao do mtodo de duplo balde. Nestas situaes, o procedimento adequado consiste em espalhar uma soluo de detergente no pavimento e esfregar, empurrando de seguida as guas residuais para o ralo.http://youtu.be/5c6D1U2yFP4

  • Limpeza de instalaes sanitrias Os equipamentos das instalaes sanitrias devem ser cuidadosamente limpos de acordo com o descrito no Quadro. de referir, que a frequncia de limpeza das instalaes sanitrias localizadas junto de zonas de atendimento ao pblico (ex: Consultas Externas, Urgncia, entre outras), dever ser adequada s necessidades.

  • http://youtu.be/FNVU-38xiy8