Lição 1 as cartas aos coríntios
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As Epístolas aos CoríntiosEstudo 01
“Chamados para ser santos”Texto bíblico: 1Coríntios 1 e
2Coríntios 1Texto áureo: 1Co 1.3,4
“Graça seja convosco, e paz da
parte de Deus nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo. Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi
dada em Cristo Jesus”.
As Epístolas aos CoríntiosEstudo 01
“Chamados para ser santos”Texto bíblico: 1Coríntios 1 e
2Coríntios 1Texto áureo: 1Co 1.3,4
“Graça seja convosco, e paz da
parte de Deus nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo. Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi
dada em Cristo Jesus”.
Abertura do Trimestre
Vamos começar os estudos destas cartas de Paulo, fazendo uma junção dos primeiros
capítulos de cada uma delas.
Como se tratam de duas saudações, o que o apóstolo sempre fazia
em suas cartas, achamos que assim, fica melhor para o
entendimento de todos nós, tendo em vista,
especialmente, o pouco tempo que separa uma
escritura da outra.
Paulo passou por Corinto em duas vezes. A primeira, na sua segunda viagem missionária, quando chegou até à Grécia,
tendo passado antes por Tessalônica e Atenas. Isto deve ter acontecido em cerca de 50 a.D. tendo ficado cerca de 18
meses naquela cidade (At 18.1-11).
A segunda vez, já na terceira viagem, em torno de 53 a.D.
quando passou rapidamente por ela, pelo que nos registra Atos 20.2,3. Após ambas as viagens,
deve ter escrito as duas cartas de que temos registro histórico, a primeira, datada de 52 a.D. e a
segunda, dois anos depois em 54 a.D.
Corinto era uma das mais importantes cidades da Grécia antiga, a chamada
Acaia, quando rivalizava em significado para o mundo grego com Atenas.
Com o surgimento do Império Romano vai se tornar talvez, na mais importante província de Roma
na península do Peloponeso,
possuindo mesmo, dois portos
marítimos, o de Cencréia e o de
Sarona, dada a sua intensa atividade
comercial na época.
Os crentes de Corinto tinham que ser muito firmes em sua fé, pois
em função da religiosidade pagã
exacerbada naquela região que remontava aos deuses do Olimpo,
na mitologia grega, Paulo demonstra em
suas cartas um grande apreço por eles, ainda
que os exorte com severidade as vezes.
1Coríntios 1.1-9
A saudação preliminar demonstra este grau de
afetividade que o apóstolo tinha pelos crentes
coríntios:
"à igreja que está em Corinto, aos santificados em
Cristo Jesus, aos chamados para serem
santos..." 1Co 1.2a
Será que se esta carta fosse à nossa igreja dirigida, a
mim e a você, por exemplo, será que poderíamos merecer essas três
qualificações: igreja de Cristo, salvos e
transformados por Cristo, chamados de santos?
Será?...
1Coríntios 1.10-16
Neste trecho, vamos ver Paulo exortando os coríntios a que sejam concordes, isto
é, haja harmonia e comunhão entre os componentes da
igreja de Cristo. A presença de pontos de vista
divergentes, não deveria ser motivo para desunião e
incompreensão. Principalmente, como no caso, o apóstolo expõe, o
motivo de tal divergência era tão banal e tão tolo.
“Rogo-vos, irmãos, que sejais concordes no falar, e
que não haja dissensões entre vós; antes sejais
unidos no mesmo pensamento e no mesmo
parecer”
1Coríntios 1.17-24
Paulo então se aprofunda um pouco mais neste aspecto da unidade necessária à vida da
igreja e dos irmãos. Vai comunicar com muita clareza que a verdadeira essência da existência e atuação da igreja
de Cristo é a pregação do Evangelho. Ele mesmo, não foi
enviado para "batizar", querendo com isto indicar que
não fora a Corinto para se preocupar com as tarefas
secundárias ou decorrentes da igreja, mas sim, para:
"Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar
o Evangelho; não em sabedoria de palavras... mas para nós
que somos salvos, é o poder de Deus" 1Co 1.17,18
1Coríntios 1.25-31
A seguir ele passa a exemplificar estes
argumentos com algumas constatações que faz,
evidenciando tais argumentos: - Não são muitos
os sábios que se salvam... - Não são muitos os poderosos
que se salvam... - Não são muitos os nobres que se
salvam...
Para eles, o milagre da salvação em Cristo era algo impossível e irreal. Por isso Paulo finaliza apontando a
diferença do crente:
"Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi
feito por Deus sabedoria, e justiça,
e santificação, e redenção; para que, como está escrito:
Aquele quese gloria, glorie-se no Senhor"
1Co 1.30,31
Esta saudação inicial tem mais ou menos 3 anos de diferença da primeira que vimos até ontem na primeira
epístola. Neste intervalo de tempo ele retornou da segunda viagem que, foi quando ficou em Corinto cerca de um ano e meio, e já está em meio à terceira viagem, mui possivelmente na Macedônia, quando escreve esta
segunda carta.O recado agora é diferente, porque a motivação é outra. A primeira epístola foi escrita em
razão, basicamente, de um problema de desunião ou
discussão entre os crentes daquela igreja. Agora, Paulo
parece estar escrevendo para compartilhar com os crentes em
Corinto, o consolo que que tinham em Cristo, em meio a
todas as lutas que enfrentavam, ele como apóstolo aos gentios, e eles, como crentes seguidores de Cristo, o Salvador. A ênfase neste início é toda voltada para este sentimento, como podemos perceber logo nos versículos 3 e
4:
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a
nossa tribulação..."
2Coríntios 1.1-7
2Coríntios 1.8-11
Sua palavra é de extremo cuidado para que os
crentes de Corinto, não ignorassem que para se viver com intensidade o
Evangelho de Cristo, necessário seria
enfrentar situações de muitas dificuldades como ele mesmo teria passado
(2Co 1.8):
"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a
tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois
que fomos sobremaneira oprimidos acima de
nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos."
2Coríntios 2.12-24
Este é um dos grandes desafios do pastor, do líder de uma igreja. Ele é visto por Deus como o guardião das ovelhas ali existentes e, para que este trabalho seja desenvolvido eficientemente, muitas vezes, o
pastor terá que advertir ou mesmo repreender o rebanho. Foi isto que
sucedeu em Corinto, quando podemos ler pela primeira carta, as
diversas divergências morais, doutrinárias e religiosas ali
existentes (partidarismos, espírito mundano, impureza, litígio entre irmãos, o mal uso da liberdade
cristã, a ordem devida no culto, as doutrinas da manifestação do
Espírito e da ressurreição), obrigaram o apóstolo a ser muito
firme com eles, o que os desagradou certamente. Infelizmente, para Paulo, se ali voltasse, seria para
continuar novamente com as mesmas recriminações e
advertências.
Conclusão
O obreiro do Senhor na igreja, o líder cristão no
trabalho, o pai de família, devem saber com bom
senso e amor, chamar a atenção dos seus
subordinados, ainda que isto lhes custe cair, talvez,
na antipatia de alguns.
Será que estamos hoje sabendo exercer esta
disciplina?...Na igreja?...
No lar?...No trabalho?...
Esta disciplina é que irá construir um mundo melhor
amanhã.