LIBERDADE DE IMPRENSA: JORNALISTAS BRASILEIROS EM...

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PERSONALIDADE POLÊMICA DO MUNDO ESPORTIVO MOSTRA POR QUE É AMADO POR UNS E ODIADO POR OUTROS COM 60 ANOS DE CARREIRA, SILVIO LUIZ INOVA AO SE TORNAR O LOCUTOR OFICIAL NO BRASIL DE GAMES DE FUTEBOL JORNALISMO E COMUNICAÇÃO MAI0 2012 | ANO 25 | Nº 278 | R$ 12,90 MAIO DE 2012 | N° 278 | ANO 25 A HERANÇA DE HUMOR E SUTILEZA DE MILLÔR FERNANDES LIBERDADE DE IMPRENSA: JORNALISTAS BRASILEIROS EM PERIGO INTERNET: WIKIMEDIA INVESTE NO BRASIL POLÍTICA: SEM TWITTER EM PRÉ-CAMPANHA DE OLHO NO LANCE EXEMPLAR DE ASSINANTE - VENDA PROIBIDA 7 7 0 1 0 3 0 6 5 0 0 8 3 0 0 2 7 8

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PERSONALIDADE POLÊMICA DO MUNDO ESPORTIVO MOSTRA POR QUE É AMADO PORUNS E ODIADO POR OUTROS

COM 60 ANOS DE CARREIRA,SILVIO LUIZ INOVA AO SETORNAR O LOCUTOR OFICIAL NO BRASIL DE GAMES DE FUTEBOL

JORNALISMO E COMUNICAÇÃO

MAI0 2012 | ANO 25 | Nº 278 | R$ 12,90

MA

IO DE 2012 | N° 278 | ANO 25 A HERANÇA DE HUMOR E SUTILEZA DE MILLÔR FERNANDES

LIBERDADE DE IMPRENSA: JORNALISTAS BRASILEIROS EM PERIGO

INTERNET: WIKIMEDIA INVESTE

NO BRASIL

POLÍTICA: SEM TWITTER EM

PRÉ-CAMPANHA

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PERSONALIDADE POLÊMICA DO

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ENCONTRODAS FONTES

“VII Fórum Água em Pauta” reunIu jornalIstas de dIVersas

cIdades do BrasIl com Fontes dIVersas Para amPlIar e

IncentIVar noVas Pautas soBre o tema

tHaÍs naldonIgerente de jornalIsmo,

enVIada a FortaleZa (ce)

f ó r u m á g u a

Há 20 anos, quando acontecia no Brasil a Eco-92, o jornalismo ambiental experimentou uma efer-vescência e uma mudança sem precedentes. Se antes os veículos

mal davam espaço às questões da ecologia, dos recursos hídricos e minerais, quase todos os gran-des jornais brasileiros se renderam e ofertaram ao tema cadernos inteiros e uma editoria específica.

Anos mais tarde, após o boom do tema, muitos deles abandonaram os cadernos, usando o argu-mento de que os assuntos ambientais deveriam fazer parte de todas as editorias e não estarem atrelados a apenas um nicho.

No Brasil, o desmatamento da floresta amazô-nica tem perdido espaço como tema principal de debates para a possível escassez de água potável no mundo. Sendo o país um dos mais ricos do mundo neste recurso e sabendo também que a população necessita de informação para que o desperdício seja controlado e evitado, IMPRENSA idealizou o “Fórum Água de Jornalismo”, encon-tro que visa aproximar jornalistas e fontes sobre o tema, a fim de suscitar que novas pautas sejam

elaboradas e incentivar a cobertura do tema, como forma também de informar a população quanto aos riscos do desperdício.

Esta sétima edição do evento, às vésperas da Rio+20, aconteceu em Fortaleza, capital do Ceará, nos dias 23 e 24 de abril, estado emble-mático por contar com uma das maiores obras administradas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o Castanhão – açude público, para usos múltiplos, com volu-me superior a 6 bilhões de metros cúbicos, si- tuado na Barra do Rio Jaguaribe.

No fórum estavam presentes cerca de 30 jorna-listas, de diversas cidades do Brasil, bem como interessados e público em geral, que puderam acompanhar debates e explanações referentes à pauta Água no Brasil. Depois de um dia inteiro de debates, na manhã seguinte, os repórteres dividi-ram-se em dois grupos, para conhecer de perto o Açude do Castanhão e o Porto de Pecém.

PolÊmIcas e deBatesA conferência de abertura foi ministrada pelo

engenheiro e ex-diretor regional do DNOCS, dr.

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Cássio Borges, estudioso e especialista no proje-to de “Transposição do Rio São Francisco”. A palestra foi mediada pelo jornalista Xyco Theóphilo, que defendeu o projeto como solução às frequentes secas no Nordeste.

De acordo com Borges, a relação custo–bene-fício já justificaria a transposição. “O custo de fazer é menor do que o de não fazer. Para sua implementação, o governo deverá gastar R$ 4,5 bilhões, e não fazendo gastará R$ 2,5 a 3 milhões a cada nova seca, com secas básicas, frentes de serviço e outras medidas paliativas que se repe-tirão a cada episódio”, afirmou.

No painel seguinte, com o tema “Por que ‘água’ é nótícia? Escassez, uso e reuso de informações”, explanaram prof. dr. Rogério Campos (Ph.D. em engenharia civil e membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Ceará); o Secretário dos Recursos Hídricos no Estado do Ceará, César Augusto Pinheiro; e Ticiana Marinho de Carvalho Studart, doutora em recursos hídricos.

Ticiana fez um levantamento histórico sobre o relacionamento do homem com o ambiente e quando os recursos hídricos passaram a ser

notícia. “A década de 1980 foi o período da globalização do ambiente e foi marcada como a década da água. Naquela década, houve um importante fórum sobre mudanças climáticas que já anunciavam vários alertas que dizia que a solução era o desenvolvimento sustentável. Mas esse não era um conceito novo. Em 1948, Gandhi já falava disso.”

Já o secretário César Augusto Pinheiro falou sobre o trabalho da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará. “Temos 138 açudes administrados, grande parte deles é do DNOCS, mas fazemos uma gestão integrada. Como o Ceará sempre foi um estado com muita escassez, sempre houve uma política de acumulação de águas. Hoje temos uma capacidade para acumu-larmos 18 bilhões de m³. No entanto, para enchermos isso, é necessária muita chuva e nós ficamos meses seguidos sem ela. Então é neces-sário um bom planejamento.”

A água em falta ou em excesso, para o prof. dr. Rogério Campos, são temas sempre presen-tes na mídia quando o assunto em foco é a água. “Na mídia, as enchentes urbanas sempre são

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diálogoJornalistas visitaram o Porto do Pecem (Pág. anterior) e o açude castanhão (acima). na Pág. seguinte, fotos das mesas de debate do "vii fórum água em Pauta"

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vistas com atenção. Já quando o tema é a falta da água, são as secas metereológicas que costu-mam dar notícias”, disse.

NOVAS ABORDAGENSAs jornalistas Maristela Crispim, do Diário do

Nordeste, e Tarsília Rego, do jornal O Estado, mediadas pela presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), Samira de Castro, falaram sobre os “Desafios e as dificul-dades para inserir a pauta “Água” no cotidiano do noticiário”, que pretendia mostrar como o tema água foi e pode ser abordado para que seja pauta de interesse, conscientização e serviço para o consumidor de notícias.

Segundo Maristela, um dos segredos para um projeto editorial de sucesso, voltado para a disse-minação da “Água” como pauta de interesse do leitor, é o aprofundamento da pauta, mostrando de maneira didática e humanizada. “A prática jornalística necessita humanizar o fato, transfor-mar dados estatísticos em histórias, com perso-nagens reais, mas não se limitar a isso”, disse.

Tanto Tarsília quanto Maristela concordam

que o jornalismo tem um papel educador e deve preocupar-se em esclarecer à população de forma simples e informativa.

Já a conferência de encerramento do “VII Fórum Água em Pauta”, contou com palestra de Raquel Cristina Pontes, arquiteta especializada em gestão da qualidade ambiental, que desde 1984 atua no DNOCS e ocupa, atualmente, o posto de coordenadora de projetos.

Sob mediação de Sinval de Itacarambi Leão, diretor de IMPRENSA, Raquel afirmou que falta os estados brasileiros trabalharem em conjunto, a fim de educar e ensinar a população quanto ao uso consciente, à troca dos sistemas de irrigação de água – “que consomem mais do que deveriam”. Para ela, seria muito importante que as pautas locais ajudassem não só na conscientização dos adultos consumidores mas também das crianças, já que serão elas os consumidores do futuro.

O “VII Fórum Água em Pauta” foi realizado por IMPRENSA e pela Bolsa de Responsabilidade Social (BRS), com apoio institucional do Banco do Nordeste, DNOCS, Ceará Portos e patrocínio do Governo do Estado do Ceará.