1 Leitura e Interpretação de Projetos

1.1 Projeto Arquitetônico

A planta é um projeto que representado no papel, indica o que será construído em uma obra. Uma planta de projeto arquitetônico é composta de pelo menos uma planta baixa, dois cortes, uma planta de situação e fachada. Os projetos arquitetônicos devem conter todas as informações necessárias para que possam ser completamente entendidos, compreendidos e execut ados. O projeto deverá estar presente na locação da obra, pois é através dele que obtemos as distâncias que serão marcadas no gabarito dos vãos dos cômodos. Utiliza-se também para a marcação da alvenaria de bloco cerâmico, marcação dos vãos de janelas e portas, basculantes, vãos livre etc. As distâncias ou comprimentos e larguras dos vãos são chamados de cotas. São os números escritos em cima das linhas e entre duas linhas laterais, geralmente fora das paredes. AS unidades de medida das cotas são o metro ou o centímetro.

A planta mostra:

- As paredes dos cômodos (quartos, sala, cozinha etc.), com suas dimensões;- Espessura das paredes (depende do tipo de tijolo);- Localização, altura e dimensões das portas, janelas, basculantes, etc.;- Piso com localização dos sanitários, pias, lavanderias e conforme o caso, móveis;- Nome dos cômodos;- Projeção do telhado e da laje (indicação da largura do beiral) através de linha tracejada;- Posição do corte, conforme a necessidade, posição do reservatório de água;- Locação da obra no terreno (confrontantes).- Etiqueta com informações (Nome do proprietário, Responsável Técnico, Endereço da obra, Área total da obra, Escala etc.).

1.1.1 Planta Baixa:

A planta baixa é a planta mais importante do projeto. É o desenho onde são indicadas as dimensões horizontais. Ela pode ser bastante simples ou muito sofisticada com vários detalhes tais como indicação de nível, cotas, ambientes e

cômodos e suas respectivas cotas, posicionamento das esquadrias e portas e indicação do sentido de abertura dos mesmos, tipos de revestimento do piso e paredes etc. Eventualmente uma planta baixa também pode mostrar o layout do mobiliário.A planta baixa é a simulação de um corte na construção, aproximadamente a 1,50m acima do piso e depois como se retirássemos a parte superior.

Primeiro exemplo

1 – Linhas tracejadas podem representar a projeção da cobertura ou beiral ou até mesmo o calçamento em torno da obra.2 – Paredes representadas ou em linhas mais grossas para dar maior destaque ou podem ser representadas como um bloco cheio em negrito.3 – Esquadrias representadas em linhas de espessura média para demonstrar onde a esquadria foi cortada.4 – As portas são representadas em linhas de espessura média e mostra o sentido de abertura da mesma.5 – Pisos representados em linhas de espessura fina.

Segundo exemplo

1.1.1.1 As Linhas

As linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas e etc, determinam as dimensões e informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho. As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras. Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde se encontram. As em primeiro plano serão sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados serão menos intensas.

Traço forte - As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo plano de corte.

Traço médio - As finas e escuras representam elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, etc.

Textos e outros elementos informativos podem ser representados com traços médios. Títulos ou informações que precisem de destaque poderão aparecer com traço forte.

Traço fino - Nas paginações de piso ou parede (azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção.

1.1.1.2 Tipos de Linhas

Linhas de Contorno – contínuas (+ ou – 6mm)

A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, exemplo:

Linhas Internas – Contínuas (+ ou – 4mm)

Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. (+ ou – 2mm).

Linhas de projeção – traço e dois pontos (+ ou – 2mm)

Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços, etc.

Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto (+ ou – 2mm)

Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços longos.

Linhas de cotas – contínuas (+ ou – 2mm)

Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou coordenadas

Linhas auxiliares – contínuas (+ ou – 1mm)

Para construção de desenho, guia de letras e números, com traço; o mais leve possível.

Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas de eixo. (+ ou – 2mm)

1.1.1.3 Formatos e dimensões do Papel

O papel onde se desenha o projeto arquitetônico é denominado prancha. Os tamanhos das pranchas devem seguir os padrões do desenho técnico. Normalmente um projeto arquitetônico pode ser impresso em pranchas de tamanho que varia dos formatos A2 ao A0. Na etiqueta da planta deve-se observar se há algum campo informando sobre a prancha. Pois alguns projetos podem não caber em uma única prancha, sendo necessário que parte do mesmo seja impresso

em outra prancha. Neste caso cada prancha trará uma numeração informando de qual se trata e o total de pranchas que compõem o projeto.

1.1.1.4 Cotas

As cotas são os números que correspondem às medidas reais no desenho. É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes às dimensões de projeto. São normalmente dadas em metros e centímetros. As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito de um pavimento, etc.. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação, medindo com o metro, à distância desejada com a utilização do “metro” de obra.

1.1.2 Corte

A planta baixa e fachada não são suficientes para mostrar as divisões internas e dimensões de um projeto de arquitetura. O Corte é uma representação de um plano vertical com sua direção transversal (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinal (na maior dimensão) indicado na planta baixa. Os cortes são os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais.O Corte mostra:

- A posição das peças do telhado;- A altura do pé direito (altura que vai do piso pronto até o teto da casa);- A altura das portas, janelas, basculantes, etc.- A indicação dos cômodos e cotas;- A altura das vigas, vergas, baldrame e sapatas.

Primeiro exemplo

O Corte é um desenho complementar a planta, necessário para indicar todas as alturas de uma construção. Abaixo segue os elementos representados em um corte

1 – Cumeeira (a parte mais alta do telhado).2 – Água (parte inclinada do telhado).3 – Verga (pequena viga localizada na superior e ou inferior das portas e janelas).4 – Peitoril (altura da janela até o piso – 90 cm a 1m).5 – Pé direito (representado por uma cota indicando a altura do piso até o teto).6 – Linhas Grossas (representa onde as paredes estão cortadas).7 – Linhas Finas (representa tudo o que ficou atrás da linha de corte no plano visível).8 – Embasamento (diferença de altura entre o terreno e o piso).9 – Beiral (parte saliente do telhado ou laje que protege contra o sol e chuva).

Segundo exemplo

1.1.3 Fachada:

A fachada é a representação gráfica no projeto de arquitetura de como ficará o visual externo da obra. Pode ser um desenho simples ou muito detalhado. Geralmente não é cotada. Um desenho de fachada poderá representar o frontispício, lateral e até fundos. Pode ser ortogonal ou em perspectiva.

Abaixo veja exemplos de fachadas em representação ortogonal.

Fachada Frontal

Fachada Vista Lateral Direita

Fachada Vista Lateral Esquerda

Fachada Pronta

Abaixo veja exemplos de fachada em perspectiva

Ainda há as fachadas representadas por projeções 3D

1.1.4 Planta de Situação

Uma planta de situação mostra a locação da obra dentro do terreno. Nesta planta é mostrado todos os confrontantes e endereço da obra. É mostrado também cotas

que indicam as distâncias da obra em relação ao terreno. A locação de uma obra dentro de um terreno deve obedecer ao código de obras da prefeitura que dita regras do tipo: uma janela só poderá ser aberta para o lado do vizinho obedecendo à distância mínima de 1,50m.

Exemplo de casa no meio do terreno e outra encostada na divisa

Planta de situação em um loteamento

1.1.5 Planta de Cobertura

É a representação gráfica da vista ortográfica principal superior de uma edificação, ou vista aérea de seu telhado, acrescida de informações do sistema de escoamento pluvial.

1.1.5.1 Os tipos de telhas

A principal característica de um telhado é não deixar infiltrar água da chuva. Para tanto, as telhas devem ser colocadas sob uma inclinação suficiente para evitar essa infiltração. As telhas cerâmicas, por exemplo, exigem um madeiramento mais complexo, devido o peso das telhas. Podem ser do tipo Francesas, Duplas etc. Cada tipo de telha exige uma inclinação mínima conforme desenho abaixo.

1.1.5.2 Como calcular a inclinação?

Como dispor as águas corretamente se não sabemos qual é o ápise de sua estrutura (TESOURA)?

h – Significa altura pois vem da palavra em inglês height que é justamente altura.

1.1.5.3 Detalhamento do telhado

Conheça os termos técnicos e peças que compõem um telhado:

1.2 Representação dos Elementos Construtivos

1.2.1 Paredes

As paredes podem ser representadas com linhas duplas ou preenchida

Normalmente desenha-se a parede de 15cm, ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica.

1.2.2 Portas

As portas são desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se necessário, procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado.

1.2.3 Janelas

São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.

1.2.4 Pisos

Os pisos são apenas distintos em dois tipos: comuns ou impermeáveis. Salienta-se que o tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.

1.2.5 Peças Hidrosanitárias

Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa. Em uma ou outra situação, são normalmente representados pelo número mínimo de linhas básicas para que identifiquem sua natureza. É importante observar o posicionamento das peças sanitárias para colocação do encanamento de esgoto, ralos e tubulação de água.

1.2.6 Escadas

Existe uma variedade imensa de formas de escadas. Escada caracol, de concreto de madeira de ferro ou aço, em formato de U etc. Numa planta a escada, quando houver, deverá ser representada na planta baixa e também pode ser destacaa em detalhe ou no corte. Dve mostrar altura do espelho e largura do degrau.

No desenho acima é mostrado a representação de uma rampa de acessibilidade, onde a inclinação máxima permitida é de 8%. Ou seja, a cada 10 metros de rampa sobe-se apenas 80 centímetros.

1.2.7 Cotas

O desenho de arquitetônico só será considerado completo se, além da representação gráfica dos elementos, contiver todos os indicadores necessários, dentre os quais as cotas (dimensões).

PS: As cotas de esquadrias, portas e afins poderão se apresentar em forma de tabela. Neste caso nos desenhos irá aparecer algo do tipo J1, J2, J3 e assim sucessivamente para Janelas; P1, P2, P3 e assim sucessivamente para Portas.

Veja um exemplo abaixo:

1.2.8 Níveis

Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de altura.

1.3 Escalas

As escalas mostram a relação entre a distância e a correspondente distância real. Os desenhos de um projeto são representados usando uma escala gráfica. As escalas indicam quantas vezes o desenho foi reduzido para que coubesse no papel. Veja abaixo os tipos de escalas mais usadas em cada tipo de planta.- Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;- Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos;- Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e

fachadas de projetos arquitetônicos;- Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:50, é utilizada para desenhos de plantas,

cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;

- Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50 ou 1:75. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes;

- Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;escala 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

- Escalas 1:200, 1:250, 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia;

- Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento.

Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de detalhe da informação.

Relação entre medidas

1 metro = 100 centímetros = 1.000 milímetros

Como calcular a escala?

Os problemas de escala têm sempre três elementos:

E – Escala D – Distância Reald – Distância no desenho

Cálculo de Distâncias Reais

Qual a medida real que falta na planta abaixo que está na escala de 1 : 50Suponha que usando uma régua comum a medida na planta foi de 10 centímetros.

Adicionando os dados na fórmula:

A resposta incialmente será em centímetros já que a medida foi feita em centímetros. Daí será necessário converter os centímetros para metros.

O ideal seria utilizar um escalímetro

1.3.1 Escalímetro

Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho.

Escalímetro

Régua comum

Na falta de um escalímetro basta utilizar a fórmula mostrada anteriormente. A tabela abaixo mostra relação direta de medidas em várias escalas diferentes utilizando uma régua comum.

1.4 Noções básicas de projeto Hidráulico

1.4.1 Detalhamento da Hidráulica

Em caso de dúvida informe ao cliente para contratar um encanador, pois nesta etapa, o ideal é contar com a ajuda de um encanador (bombeiro). Primeiro monte o cavalete para a ligação do medidor de água. As lojas de material de construção têm cavaletes prontos (kits). Em seguida, coloque a caixa d’água no ponto mais alto da casa. Agora faça a ligação do cavalete até a caixa d’água. Não se esqueça de colocar uma bóia com registro, uma saída para limpeza e um ladrão na caixa d’água. Feito isso, desça com a tubulação da cozinha, do tanque e do banheiro. Lembre-se de colocar um registro na saída dessas tubulações. Para o vaso sanitário, existem vários sistemas de descarga. Pergunte ao encanador (bombeiro) qual é o melhor para a obra. Para o esgoto também o ideal é contar com a ajuda de um profissional. O vaso sanitário é ligado com um tubo de 100 mm à caixa de inspeção. O ralo sifonado do chuveiro, o tanque, a pia e o lavatório são ligados geralmente com tubo de 40 mm.

Atenção

1.4.1.1 O Projeto Hidráulico

O projeto acima mostra a distribuição do encanamento de água na cobertura (última laje) de um prédio de dois pavimentos que possui pia em praticamente todas os cômodos.

Simbologia:Ø – Significa diâmetroDESC. – É a abreviatura de Descer ;Alim. – É a abreviatura de Alimentação (água que vem da rede da Copasa).AF – Significa Água Fria

1.4.1.2 O Projeto Hidráulico (Isométrico)

1.4.2 Detalhamento do Esgoto

Ao construir o alicerce, deve-se deixar passagens para as tubulações de esgoto, conforme indicado na planta. Observe a figura abaixo para compreender melhor como deve ser feita a instalação sanitária.

A saída do vaso sanitário é direta na caixa de inspeção (Cl), de onde parte o encanamento para o esgoto da rua. A saída da pia da cozinha vai direto para a caixa de gordura (CGS). A saída do tanque vai para a caixa sifonada (CS); um ralo na cozinha poderá ir direto para a caixa sifonada (CS). Atenção: Deve-se ter muita atenção com o caimento da tubulação de esgoto, pois se a inclinação for muito pequena o esgoto poderá voltar ou entupir e até provocar mal cheiro. A inclinação mínima indicada é de pelo menos 2%.

1.4.2.1 As medidas dos tubos

-vaso sanitário: tubo de ferro fundido, manilha de barro vibrado ou pvc, com 100 mm-pia de cozinha: tubo pvc, com 50 mm-lavatório: tubo pvc, com 40 mm-bidé: tubo pvc, com 30 mm-banheira: tubo pvc, com 40 mm-tanque de lavar roupa: tubo pvc, com 40 mm-ralo do chuveiro (até o ralo sifonado): tubo pvc, com 30 mm-trecho do ralo sifonado do banheiro até a CI: tubo pvc, com 50 mm

-ralo da cozinha (até a cs): tubo pvc, com 30 mm-ligações CS-CI e CGS-CI: manilha de barro ou tubo pvc, com 75 mm

1.4.2.2 O que é cada elemento

Caixa de gordura: caixa destinada a coletar e reter os resíduos gordurosos dos esgotos provenientes das pias, dos pisos de copas e cozinhas e das descargas de máquinas de lavar louças. Têm a função de separar a gordura da água antes de lançar a água na rede do esgoto.

Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade, de diâmetro, de tipo de material e/ou de direção das tubulações.

1.4.3 O projeto Sanitário

1.5 Noções básicas de Projeto Elétrico

A importância de entender um projeto elétrico é para saber onde ficará a caixa de luz, onde vão ficar os fusíveis ou disjuntores e por onde passarão os conduítes e as caixas de passagem. Os conduítes (eletrodutos) podem ser embutidos nas paredes ou ficarem aparentes, fixados com presilhas (braçadeiras). As tomadas devem ficar, no mínimo, 30 cm acima do piso acabado e os interruptores, a 1,20 m. Para o chuveiro, utilize um circuito próprio, com fio terra, para evitar choques. O chuveiro geralmente fica a 2,05 m do piso acabado.- Quadro de Distribuição: a partir do medidor, a fiação passa através de conduítes embutidos no piso e na parede, para o quadro geral de distribuição, onde localiza-se outra chave geral e a as chaves individuais para proteção de cada circuito.

- Rede de Distribuição: De cada chave do quadro geral, são direcionadas a fiação para os circuitos destinados à iluminação às e tomadas de correte, além da fiação direta para aparelhos como campainha, chuveiro etc., com interruptores.

Primeiro projeto

Recomendação:

- A instalação elétrica deve ser feita por um eletricista, principalmente porque, se mal feita, pode causar choques e eventualmente incêndios.- A instalação de plugues e tomadas deverá obedecer ao novo padrão da indústria com 3 pinos.

Segundo projeto

1.5.1 Detalhamento do Projeto Elétrico

Uma vez definido os pontos de luz, interruptores e tomadas como apresentado no desenho anterior, poderemos definir o caminho dos eletrodutos. Mas antes deve-se definir o local do quadro de distribuição.

Definido o local para o quadro de distribuição, inicia-se o caminho partindo dele com um eletroduto em direção ao ponto de luz no teto da sala e daí para os interruptores e tomadas deste cômodo.Do ponto de luz no teto da sala sai um eletroduto que vai até o ponto de luz na copa. Daí para os interruptores e tomadas. Para a cozinha, procede-se da mesma forma. Veja a figura 1. Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação: representando-a graficamente, através de uma simbologia própria. Veja figura 2.

Na figura abaixo você identifica cada tipo de fio dentro do eletroduto.

figura 1

figura 2

Finalmente o projeto pronto e completo:

Para melhor compreensão das ligações veja as figuras abaixo:

Ligação de lâmpada comandada por um interruptor simples

Ligação de lâmpada comandada por dois interruptores (paralelos)

1.5 Noções básicas de Projeto Estrutural: A fundação é a base de sustentação de toda a construção, tem a importante função de transmitir ao terreno todo o seu peso. Existem vários tipos de fundação: sapatas soldadas ou corridas, alvenaria de pedra, blocos de concreto, estacas metálicas e de concreto armado, etc.. A escolha do tipo de fundação depende de estudos iniciais da resistência do solo no local da construção e das cargas (peso) da construção. O Projeto Estrutural, também chamado de Cálculo Estrutural é o dimensionamento das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação, transmitindo as suas cargas ao terreno. Elaborado por um engenheiro civil, esse projeto é de fundamental importância, pois é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos. Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças sejam consideradas seguras e, consequentemente, toda a obra. Uma estrutural mal dimensionada pode, até, não cair, mas trazer problemas como trincas que são, na maioria das vezes, de solução muito difícil e cara. Para elaboração do Projeto Estrutural será necessário, além do Projeto Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de segurança, resistências do solo inferiores, aumentando conseqüentemente às bases das fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o Laudo de Sondagem é indispensável.

Um projeto estrutural possui: - Planta de fundação com locação de estacas, tubulões, blocos ou sapatas;- Planta de fôrma;

1.5.1 O Projeto Estrutural: Um projeto Estrutural deve conter:

- Locação e carga nos pilares da fundação;- Características dos materiais empregados;- Plantas de formas;- Desenhos de armação de todos os elementos do projeto estrutural;

- Detalhes em escalas adequadas, para a correta interpretação do projeto estrutural;

1.5.2 Sapatas: O desenho abaixo mostra a locação das sapatas de uma obra. Repare que a identificação de cada sapata é feita pela letra S (sapata) seguida da numeração. Por exemplo S1, S2 etc.

Agora veja o detalhamento da sapata:

1.5.3 Pilares (colunas): As colunas são feitas com vergalhões e estribos, unidas por arame recozido.

Aplicações: Colunas, vigas, baldrames, muros, etc.

Abaixo veja a planta de locação dos pilares. Repare que a identificação de cada pilar é feito pela letra P (pilar) seguida da numeração. Por exemplo P1, P2 etc.

Agora veja o detalhamento do pilar:

1.5.4 Vigas (colunas)

Uma viga é um elemento estrutural. A viga é geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.

1.5.5 Lajes e Pisos

1.5.6 Estribo nervurado

Feito com vergalhão CA-60 nervurado, que proporciona maior aderência do aço com o concreto, está disponível nas bitolas 4,2 mm e 5,0 mm e padronizado em formatos quadrados e retangulares. AplicaçõesColunas, vigas, baldrames, vergas, muros, etc.

Um projeto de Estrutural é exigido apenas para edificações a partir de uma certa metragem. A execução deste projeto deverá somente ser realizada sob orientação do mestre de obras que deverá estar em permanente contato com o engenheiro responsável pelo projeto.