Leguminosas na alimentação: melhoramento de feijão

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NO RIO DE JANEIRO Segurança Alimentar Sustentabilidade Oportunidades Profissionais SECRETARIA D E AGRICULTURA E PECUÁRIA

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NO RIO DE JANEIROSegurança AlimentarSustentabilidadeOportunidades Profissionais

SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA

Caesalpinia echinataPau brasil

O pau-brasil[1] (Caesalpinia echinata Lam.), também chamado arabutã,[1] ibirapiranga,[1] ibirapitanga,[2] ibirapitá,[2] orabutã,[1] pau-de-pernambuco,[1] pau-de-tinta[1] e pau-pernambuco,[1] é uma árvore leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil.

As leguminosas apresentam enorme diversidade, envolvendo árvores, arbustos e culturas de ciclo curto. São importantíssimas no ciclo do nitrogênio e suas implicações na agricultura moderna.

Sua participação é evidente na proteção do meio ambiente e produção de alimentos, óleos, carboidratos, vitaminas, fibras e resíduos nobres.

No caso do feijoeiro no Estado do Rio de Janeiro o enorme consumo (320 mil toneladas), a pequeníssima produção (menos de 1%), a importância nutricional, o baixo preço, o benefício para a população de baixa renda e o enriquecimento da merenda escolar, encorajam ações para aumentar a produção, especialmente na agricultura familiar

CULTURA DO FEIJÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – IBGE 2010

ÁREA PRODUÇÃO (t) RENDIMENTO MÉDIO

(kg/ha)

3.951 3.835 972

Dentro das possibilidades, a PESAGRO-RIO/ CEPAAR tem direcionado esforços para contribuir na redução da importação do produto, em benefício do agronegócio do feijão no Estado.

Com a publicação do livro “A cultura do feijão no Estado do Rio de Janeiro”, a PESAGRO-RIO objetiva o aumento da produção e produtividade desse alimento com mais acerto. São informações referentes a tecnologias geradas e aplicadas a realidade do Estado, com ênfase nas regiões Norte, Noroeste e Serrana, que são destinadas principalmente ao pequeno produtor.

O feijão não sendo uma comodities, sendo de alto risco com grande sazonalidade, de difícil armazenamento, com suscetibilidade a fatores geográficos; climáticos, econômicos, políticos e agronômicos, sua eficiência na segurança alimentar é mais afetada que outros produtos.

A pesquisa com o feijoeiro, tem dado ênfase na obtenção de materiais genéticos adaptados às condições edafoclimáticas e exigências do mercado no Estado. Para isso muitas cultivares já foram indicadas.

Rendimento de grãos (kg/ha) de 11 genótipos de feijão preto (VCU), na comunidade de Tapinoã (Araruama/RJ), nos cultivos da seca/inverno, nos

anos agrícolas de 2013,2014 e 2015

ANO AGRÍCOLA GENÓTIPO

2013 2014 2015 MÉDIA

CNFP 15310 2.433 1.942 1.325 1.900 CNFP 15290 2.448 1.907 1.320 1.892 CNFP 15361 2.264 1.651 1.227 1.714 CNFP 15289 2.329 1.538 1.153 1.673 BRS CAMPEIRO 2.433 1.636 852 1.640 CNFP 15292 2.034 1.713 1.094 1.614 BRS ESPLENDOR 2.304 1.587 933 1.608 CNFP 15304 2.281 1.321 1.124 1.575 CNFP 15302 2.087 1.613 963 1.554 CNFP 15359 2.287 1.243 916 1.482 IPR UIRAPURU 1.964 1.058 956 1.326

MÉDIA 2.260 1.564 1.078 PLANTIO 17/04 07/05 14/05

COLHEITA 20/07 08/08 12/08

1.634

As possibilidades de produção de feijão no Rio de Janeiro são favorecidas pelo clima e podem ser concentradas nas seguintes frentes:

-Produção de feijão preto e especiais próxima ao mercado consumidor;

-Consórcio e rotação com outras culturas;

-Integração agricultura x pecuária na renovação de pastagens degradadas.

A melhoria da produção precisa ser respaldada por:

-Infraestrutura específica no campo e pós colheita;

-Produção de insumos biológicos (semente, rizóbio, etc.);

-Adequação do manejo (plantio direto e uso de caldas alternativas);

-Utilização das boas práticas agronômicas.

BENEDITO FERNANDES DE SOUZA FILHOEng. Agr. Pesquisador da PESAGRO-RIO

CEPAAR