LBP exige mais apoio para socorro noutras regiões · Dezembro de 2015 Edição: 351 Ano: XXXII...

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Dezembro de 2015 Edição: 351 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva 2015 EM BALANÇO: COMPROMISSO RENOVADO Conselho Nacional Conselho Nacional Aprovado por unanimidade Plano de Atividades e Orçamento para 2016 Aprovado por unanimidade Plano de Atividades e Orçamento para 2016 Páginas 16 e 17 Página 7 Página 4 LBP exige mais apoio para socorro noutras regiões LBP exige mais apoio para socorro noutras regiões NEVE Vigilância médica dos bombeiros Presidente da LBP defende: Aposta ganha para continuar Foto: Marques Valentim Página 5

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D e z e m b r o   d e   2 0 1 5   Edição:  351  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

2015 EM BALANÇO: COMPROMISSO RENOVADO

Conselho NacionalConselho Nacional

Aprovado por unanimidadePlano de Atividades e Orçamento para 2016

Aprovado por unanimidadePlano de Atividades e Orçamento para 2016

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LBP exigemais apoiopara socorro noutras regiões

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Vigilância médica dos bombeiros

Presidente da LBP defende: Aposta ganha para continuar

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2 DEZEMBRO 2015

Não envergonha ninguém dizer obrigadoQuantas são as pessoas socorri-

das e até salvas pelos bombei-ros que, por diversas razões,

não sabem expressar e assumir o re-conhecimento pelo gesto, pelo mo-mento crucial em que um bombeiro os ajudou, os confortou e amparou, os socorreu ou até os resgatou de um desfecho dramático.

Não é para que lhes agradeçam, não é para isso que lá vão, é o que dizem os bombeiros, mesmo que, as-sumam os riscos que correm, as difi-culdades extremas que sentem, os enormes obstáculos, os elementos meteorológicos, o próprio terreno ou as circunstâncias que incontornavel-mente os desafiam.

Os testemunhos de muitos deles são conhecidos. Não há duas situa-ções iguais mesmo que em condições porventura idênticas. Há sempre algo que faz a diferença. Há sempre algu-ma coisa que diferencia entre sinis-tros aparentemente semelhantes. Os bombeiros preparam-se para isso, treinam e simulam todas as situações

possíveis e imaginárias. Para tal, pe-dem também as devidas ferramen-tas, não para seu deleite, como al-guns podem imaginar irresponsavel-mente, mas para tentar satisfazer todas as necessidades que uma ma-nobra de socorro pode exigir, até ao limite, até ao sucesso de salvar uma vida.

Mas mesmo assim, mesmo que sa-tisfeitos todos os requisitos técnicos, conhecimento, treino, preparação, em cada intervenção pode haver mo-mentos novos ou até inéditos em que o bombeiro é posto ainda mais à pro-va. Para encará-los e ultrapassá-los com sucesso, por certo, fará apelo ao conhecimento e ao treino efectuado mas, em muitas circunstâncias, de-pois de equacionadas as normas de segurança, ficará expressa a abnega-ção e o espírito de sacrifício em prol dos outros. E para tal arrisca-se ainda mais.

Não quero com esta apreciação fazer qualquer apelo ou apologética ao desrespeito pelas normas de se-

gurança e à obrigação do bombeiro em salvaguardar também a sua pró-pria integridade física. Tudo isso é verdade, é importante e deve ser cumprido. Mas também todos sabe-mos que há circunstâncias em que há um momento de ouro, que não se repete e que é determinante, em que muitas vezes só o risco, não in-

consciente mas plenamente assumi-do, pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso do socorro. E, nessas situações, os bombeiros ar-riscam-se. Fazem-no com a convic-ção da sua missão e do seu papel na sociedade. Mas esta, ao contrário, nem sempre reconhece nem agrade-ce esse gesto, porventura até mo-

mentâneo, mas que determina o desfecho de tudo o que se passou até ali no teatro de operações e, em particular, no cuidar de salvar a vida a alguém.

Mas a tantas dessas provas de amor ao semelhante, com risco da própria vida, nem sempre há a devi-da correspondência, um gesto de agradecimento, uma palavra que tarda ou nem chega a acontecer. É pena, mesmo que isso não seja de-terminante para que o bombeiro, porventura, volte a fazer o mesmo.

Há excepções a isso, há episódios memoráveis de vítimas agradecidas a testemunhá-lo a quem os resga-tou, como aliás, temos procurado evidenciar nas páginas deste jornal.

Mas, apesar disso, o défice é gran-de. Não é para isso que os bombei-ros vão, todos sabemos. Mas tam-bém sabemos que isso aquece o co-ração. E não envergonha ninguém dizer um simples obrigado.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

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Esta edição do Bombeiros de Portugal (BP) dei-xa de contar com a colaboração da jornalista

Patrícia Cerdeira, entretanto convidada para um novo desafio, concretamente, assessora de im-prensa da nova titular do Ministério da Adminis-tração Interna.

Ao longo de muitos anos a nossa companheira de trabalho desempenhou uma quota-parte im-portante na feitura mensal deste jornal.

Jornalista especializada, mas também ecléti-

ca, nas áreas da Defesa e da Administração In-terna, Segurança e Proteção Civil, Patrícia Cer-deira, quer como jornalista do “BP”, quer na an-terior RDP/Antena 1 e depois RTP, tornou-se uma referência na abordagem e tratamento no-ticioso desses domínios, pautando-se sempre pela independência e pelo rigor.

O mesmo sucedeu no domínio da Proteção Ci-vil e, em particular, no setor dos Bombeiros, do voluntariado e do associativismo a eles ligados,

onde, pela qualidade do trabalho desenvolvido, também ganhou o respeito e a admiração de to-dos.

No momento em que deontologicamente en-tendeu interromper a colaboração com o “BP” para assumir novas funções não podemos deixar de lhe agradecer o trabalho desenvolvido em conjunto endereçando-lhe um forte abraço de felicidades no desempenho do desafio que en-tendeu abraçar.

PATRÍCIA CERDEIRA

Parte para novo desafio

E mais um ano se passou, 365 dias correram velozes

e, com maiores ou menores di-ficuldades, mais uma etapa foi superada.

Aproxima-se o período dos balanços, das reflexões e das avaliações que dentro de dias dará lugar ao momento de re-novar expectativas, relançar projetos, traçar novos objeti-vos.

Mas, por agora, o tempo é de festa.

As sedes das associações humanitárias e os quartéis de bombeiros trajam à época. Bo-las, fitas, luzes, estrelas e pe-quenas e grandes imagens do presépio decoram áreas so-ciais e operacionais, assinalan-do uma quadra sempre vivida

com intensidade no seio desta grande família.

Os convívios de Natal, as trocas de prendas, as ações de solidariedade impõem uma nova dinâmica e ajudam a ali-viar a exigências diárias im-postas aos homens e mulheres comprometidos com o lema “Vida por Vida”.

Dentro de dias, a maioria as famílias reúnem-se, mas há sempre alguém que troca es-ses momentos de afeto, que deixa os seus para garantir a segurança e o socorro ao ou-tro.

Importa, pois, não apenas reconhecer ou sublinhar, mas também propagandear o tra-balho, o profissionalismo, a prontidão, a entrega e o hu-

manismo aplicados em cada serviço prestado à comunida-de pelos bombeiros.

Esta é – ou deveria ser – a quadra da solidariedade, do amor ao próximo, da família,

da reconciliação com os valo-res que nos acrescentam valor, que são na verdade pressu-postos que norteiam os solda-dos da paz, durante todo o ano, 24 horas por dia.

Da mesma forma, nos “bas-tidores”, abnegados dirigentes e colaboradores destas insti-tuições entregam-se à causa, arregaçando as mangas, de-senvolvendo atividades, e es-tratégias que permitam a uma estrutura de cariz voluntário responder às solicitações com rigor e profissionalismo com o propósito maior de servir as populações,

E porque este, também, é o tempo de valorizar e enaltecer quem pratica o bem, impõe-se merecido tributo a este punha-

do de homens e mulheres al-truístas.

A todos, bem como às suas famílias, endereçamos votos de boas festas, que se esten-dem, também, às entidades e personalidades que contri-buem para a dignificação e en-grandecimento desta nobre causa.

E porque importa dar a co-nhecer atividades, novidades problemas e soluções para se-tor, também a equipa que mensalmente produz e leva até aos quartéis o Jornal Bom-beiros de Portugal renova o compromisso com os seus lei-tores.

Voltamos já em janeiro de 2016! Até lá!

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Voltamos em 2016

Tradição cumpre-se no quartel de Tavira

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3DEZEMBRO 2015

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Bombeiroque não aprende

não sabe, e quem não sabe não salva.

Cumprem-se duas déca-das sobre a existência da Escola Nacional de Bom-

beiros (ENB), entidade criada em parceria entre a Autorida-de Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Trata-se de uma instituição pela qual a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pugnou desde sempre, ciente da im-portância de tal iniciativa. À data, estava em causa a exis-tência de uma infraestrutura formativa que garantisse o alargamento de modo genera-lizado a novos conhecimentos e também a especialização da formação em áreas específicas.

Desde então, a LBP por mé-rito próprio, participou sempre nos órgãos sociais da ENB e entende ser sua missão conti-nuar a fazê-lo em representa-ção dos Bombeiros Portugue-ses e em parceria com o Esta-do, representado pela Autori-dade Nacional da Proteção Civil (ANPC). A Liga dos Bom-beiros Portugueses está empe-nhada em garantir a continui-dade da Escola, cuidando prio-ritariamente de a adequar às necessidades e exigências operacionais dos bombeiros.

Muito haverá a dizer de duas décadas de atividade da ENB. Uma instituição a quem coube a tarefa de pôr em prá-tica um modelo moderno e inovador de formação para os bombeiros. Apesar de algumas dificuldades foi evoluindo favo-ravelmente, passando por al-gumas alterações e mutações, alguns constrangimentos, por exemplo, ver-se obrigada a re-

correr a fundos comunitários ou a venda de serviços a ou-trem, para satisfazer os recur-sos necessários à sua manu-tenção. Há por isso necessida-de de, por parte do Governo, reforçar o seu orçamento para que esta possa continuar a responder cabalmente às suas funções.

Em diferentes momentos tem sido possível fazer avalia-ções intermédias e introduzir as melhorias e as alterações que a evolução das técnicas e ferramentas de socorro e do-mínios adjacentes têm exigi-do.

Reconhecemos que da parte da ENB tem havido a vontade e capacidade de adequação a todos esses aspetos, objetivo que nem sempre tem sido pos-sível alcançar, mercê de cir-cunstâncias tantas vezes es-tranhas a ela própria e à von-tade dos próprios bombeiros.

Importa que, sem reservas, como é timbre dos bombeiros, saibamos fazer o devido ba-lanço do funcionamento da ENB, da enorme valia que foi a sua criação, o seu desenvolvi-mento e a fase de consolida-ção que, estamos em crer, está neste momento a viver.

Por isso, defendemos que o oportuno balanço se oriente especialmente para o futuro, para analisar o que foi feito e perspetivar novos horizontes, novos desafios, à luz das ex-periências vividas, consolidan-do as oportunidades que vão surgindo no dia a dia.

Importa consolidar a pers-petiva de privilegiar o alarga-mento da formação nos quar-téis com o devido enquadra-mento pedagógico e de con-teúdos da ENB, sempre numa lógica de construção continua-da de um modelo formativo, que conte também com a par-

ticipação dos respetivos co-mandos dos corpos de bom-beiros no âmbito das Comis-sões Distritais de Formação.

Importa também avaliar com rigor o impacto e a impor-tância das Unidades Locais de Formação (ULF), que imputa-mos de muito importantes, desde que utilizadas de forma planeada e competente.

Festejamos estas duas dé-cadas da ENB na certeza de que muitas outras se hão de seguir. Está em causa dar con-tinuidade de forma crescente à formação dos Bombeiros Por-tugueses, já que essa missão

nunca estará concluída. Por um lado, porque a renovação nas fileiras dos bombeiros a isso vai continuar a obrigar. Por outro lado, porque os Bombeiros Portugueses são por natureza insatisfeitos na busca e na aprendizagem das técnicas de socorro que lhes permita serem cada vez me-lhores e mais eficazes no seu dia-a-dia.

Muito saber e longa vida à Escola Nacional de Bombeiros.

O Presidente do Conselho ExecutivoJaime Marta Soares

Comandante

Balanço para o futuro

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4 DEZEMBRO 2015

A ENB e a ESRI uniram-se para levar a cabo um processo de integração de SIG - Siste-

mas de Informação Geográfica na formação em gestão de operações de socorro e prote-ção civil.

O projeto visa desenvolver uma aplicação de cartografia digital que, de uma forma sim-ples e prática, sirva de apoio à decisão em diferentes teatros de operações. Esta ferra-

menta pretende melhorar substancialmente o planeamento e a representação tática num posto de comando tornando-o mais próximo da realidade através da conjugação de ele-mentos e informação que não constam das cartas militares.

A aplicação foi agora introduzida na forma-ção de Postos de Comando ministrado no Cen-tro de Simulação e Realidade Virtual.

SOCORRO E PROTEÇÃO CIVIL

SIG na gestãode operações

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A Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, após tomar conhecimento dos

acontecimentos que ocorreram no acidente na A12, no passado dia 2 de Dezembro, em co-municado demonstrou “a sua total solidarie-dade e colaboração com todos os operacionais que estiveram presentes naquele teatro de operações (TO), onde desenvolveram um tra-balho com grande sentido de entrega, entrea-juda, colaboração e seriedade, dando o seu melhor na procura de uma resposta rápida e eficaz num TO com características bastante complexas”.

Na sequência “do infeliz acontecimento que marca esta intervenção”, traduzido na vítima mortal detectada entre a amálgama de viatu-ras envolvidas no acidente, a Federação co-meça por “enviar as nossas condolências à fa-mília da vítima”, defende que “o mesmo deve ser acompanhado pelas entidades competen-tes, com a realização de um inquérito como já

foi solicitado pelo MAI à ANPC e só depois se poderá e deverá encontrar responsáveis e so-luções para que não volte a acontecer situa-ções desta natureza”.

A Federação de Bombeiros de Setúbal deixa expresso que “não aceitamos, nem concorda-mos que se saia a responsabilizar os Bombei-ros que estiveram presentes no TO, quando estes são aqueles que estão sempre na linha da frente na procura de soluções para socorrer os cidadãos da melhor forma e o mais rápido possível.

A terminar, a Federação adianta que “refor-çamos a confiança total que temos em todos os homens e mulheres que pertencem aos Corpos de Bombeiros do Distrito e do País”.

SETÚBAL

Federação solidáriasobre acidente na A12

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer que os apoios facultados pela Autoridade Nacional de Prote-

ção Civil (ANPC) aos bombeiros voluntários para a presta-ção de socorro na neve não se circunscrevam apenas ao maciço central da serra da Estrela mas a outras zonas do país e em circunstâncias idênticas às que ali se encontram asseguradas.

Esta proposta está consagrada no Plano de Ativi-dades da LBP para 2016, aprovado pelo Conselho

vos municípios. Em condições extremas, no período inver-noso, intervêm milhares de vezes na prestação do socorro, no apoio a populações isoladas, no transporte de idosos e crian-

ças, na satisfação da regularidade do apoio domiciliário pres-tado habitualmente por outras entidades de solidariedade. Para isso, socorrem-se de viaturas todo o terreno adaptadas e até ferramentas acopladas a algumas delas, maioritaria-mente pesadas, para limpeza e desobstrução de vias com neve e gelo.

A LBP defende que todas essas operações e estados de alerta mereçam da parte da ANPC os apoios devidos às

associações de bombeiros, à semelhança do previsto no Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela (PONSE).

Desde o passado dia 1, e até abril, o PONSE está novamente em

vigor no maciço central da serra da Estrela e montada no terreno a infraestrutura

respetiva.Do Plano fazem parte seis

associações de bombeiros volun-tários, Covilhã (distrito de Castelo

Branco), Loriga, S. Romão, Gouveia, Seia e Manteigas (dis-trito da Guarda), o Grupo de Resgate em Montanha da Força Especial de Bombeiros (FEB) e ainda o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR (GIPS/GNR).

SOCORRO NA NEVE

LBP defende apoios alargados para intervirLBP defende apoios alargados para intervir

Nacional realizado no passado fim de semana em Rio Maior.

São muitas as associações de bombeiros que, com maior incidência no interior e no nor-te do país, dispõem de equipamentos e pessoal especialmente preparado para a intervenção em condições climáticas adversas. Para tal, contam, em particular, com os recursos próprios, nomeada-mente financeiros, e algumas vezes com o apoio dos respeti-

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5DEZEMBRO 2015

O Programa de Vigilância de Saúde dos Bombei-ros de Portugal propos-

to pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao anterior Governo, “é já um aposta ga-nha, continua a vencer etapas e, por isso, importa que pros-siga até abranger todos os que desejem usufruir dele”, como tem apontado o seu presiden-te, comandante Jaime Marta Soares. Até ao presente, o Programa já abrangeu mais de 7500 elementos e o encami-nhamento de mil deles para serviços de urgência, consul-tas de especialidade ou médi-co de família. Esses encami-nhamentos focalizaram-se, em especial, em questões de aconselhamento nutricional, oftalmologia, cardiologia, me-dicina geral e familiar, médico assistente e outras especiali-dades médicas mais específi-cas.

Os bombeiros voluntários, não sendo propriamente um grupo profissional não se en-quadram na legislação refe-rente à vigilância médica no local de trabalho. Daí a pro-

posta avançada pela LBP ao Governo, replicada depois jun-to dos Governos Regionais da Madeira e dos Açores e tam-bém já em marcha.

O programa, que arrancou no final de 2013 com uma pri-meira fase exploratória, com o arranque da sua operacionali-zação em 2014 e 2015, pro-longa-se por cinco anos.

A preocupação da LBP em lançar o Programa tem a ver, desde logo, com as caracterís-ticas e os riscos, tantas vezes extremos, assumidos pelos bombeiros voluntários na pre-venção, prestação do socorro e combate a incêndios, mas também com a preocupação de assegurar a um grupo tão numeroso e generoso de ho-mens e mulheres que abraçam a causa as condições para ve-larem pela sua saúde, bem--estar e qualidade de vida.

O estudo intercalar ao Pro-grama, realizado recentemen-te, incidiu em 7627 bombeiros voluntários, de 167 corpos de bombeiros distribuídos por 19 distritos.

Até esta fase, cuja abran-

gência está também caracteri-zada nos quadros anexos, en-tre o número de bombeiros já abrangidos verifica-se que, 41,5 por cento são elementos de 3ª, 79,1 por cento são do género masculino.

O programa abrangeu bom-beiros entre os 18 e os 76 anos, 59,8 por cento dos quais entre os 23 e os 42 anos.

Dos elementos estudados, 37,4 por cento apresentam

pré-obesidade, 43 por cento apresentam pressão arterial normal, 28,6 com pressão ar-terial normal alta e 25,9 por cento superior ao normal.

No exame com base no ele-trocardiograma, 80 por cento não registaram alterações em repouso e 14,7 com altera-ções. No rastreio visual 63,7 por cento foram identificados como sem alterações e 27,8 com alterações.

Verificou-se que 48 por cen-to dos bombeiros estudos apresentaram o colesterol nor-mal e 42,5 superior ao normal, 66,3 por cento com os triglicé-ridos nos valores normais e 23,3 superiores ao normal.

Conclui-se também que 72,3 por cento dos bombeiros avaliados apresentam a glice-mia dentro da normalidade.

Entre os bombeiros deteta-dos com pré-obesidade verifi-

cou-se que 47,6 por cento de-les apresentou o valor de co-lesterol superior ao normal e que, no caso de obesidade grau 1 essa percentagem ul-trapassa os 50 por cento.

No final, nos grupos etários de bombeiros com idades iguais ou superiores aos 43 anos, verificou-se que 39,3 por cento dele4s apresentam pressão arterial sistólica supe-rior ao normal.

VIGILÂNCIA MÉDICA DOS BOMBEIROS

Presidente da LBP aponta aposta ganha que deve continuar

Distritos em EstudoDistritos em Estudo Categoria ProfissionalCategoria Profissional IdadeIdade

Idade %

Não Aplicável

0,3%

18 a 22 11,7%

23 a 27 14,6%

28 a 32 15,2%

33 a 37 16,4%

38 a 42 13,6%

43 a 47 9,8%

48 a 52 7,4%

53 a 57 6,0%

58 a 62 3,7%

63 a 67 1,1%

68 a 72 0,04%

73 a 77 0,01%

Os Bombeiros Municipais de Tomar, e a própria Autarquia

voltam a apoiar mais um encon-tro de colecionadores que se rea-liza em 13 de fevereiro próximo no pavilhão municipal de Tomar.

A organização, do grupo Ami-gos do Colecionismo liderado pelo subchefe dos Municipais de Tomar Victor Domingos, vai pro-mover o XVII Encontro Nacional de Colecionadores e o VI Encon-tro Internacional de Colecionis-mo.

A participação nos dois encon-tros vai permitir aos expositores presentes disputar o prémio “Me-lhor Peça”.

TOMAR

Mais um encontro de colecionadores

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ovar elegeu em 6 de dezembro último os próximos órgãos sociais

para o triénio 2016/2018 com posse marcada para 4 de janeiro próximo.

A assembleia geral passa a ser presidida pelo antigo presidente da direção, Dinocrato Formigal e Costa tendo, como vice, Cláudia Pires Formigal e Costa, como secretário, Susana Maria Gomes Leite, e como suplentes, Joaquim Ribeiro e Fernando Almeida.

António Batista preside ao conselho fiscal acompanhado pelo vice Jão David Almeida, pelo secretário Acácio Sousa e pelo su-plente Vitor Manuel Oliveira.

Luis Medeiros passa a ser o presidente da direção, tendo como vices, José Marques Pires e Henrique Gones, como tesoureiro, José Augusto Almeida, como secretário, vice-secretário e vogal, respetivamente, Tiago Silva, Manuel Ribeiro e Anselmo Gomes, e como suplentes, Jacinto Emerenciano e Paula Costa.

OVAR

Posse dos novos órgãos sociais

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6 DEZEMBRO 2015

O retrato principal que pu-blicamos, porventura, da autoria do emblemático

comandante José Alberto Caeta-no - amante da fotografia, de-tentor de um vasto número de trabalhos sobre a temática do fogo - faz parte da história dos Bombeiros Voluntários de Almo-çageme (BVA).

Tem ele tudo a ver com a qua-dra em que nos encontramos, para além do tradicional pinheiro iluminado.

Tirado junto ao antigo quartel

dos BVA, a 22 de Dezembro de 1968, regista a existência de uma nova auto-maca, fruto da solidariedade das gentes locais.

Naquele momento decorria no interior das instalações um ani-mado baile, iniciativa destinada a encerrar uma jornada festiva, pontificada pela bênção do alu-dido veículo, marca Opel, mode-lo Rekord (a gasóleo), referência no mercado automóvel por ser “confiável”, “espaçoso” e um “sucesso absoluto”.

Tratou-se de uma das primei-ras unidades dos Bombeiros Vo-luntários de Almoçageme a dis-por de radiotelefone.

Atento ao facto esteve o “Jor-nal de Sintra”, então dirigido pelo consagrado jornalista Antó-nio Medina Júnior, reportando o

acontecimento nas suas brilhan-tes páginas.

A aquisição da ambulância fi-cou a dever-se a uma ideia sur-gida, um ano antes da inaugura-ção, no seio da comissão organi-zadora de festas populares reali-zadas na localidade, que decidiu canalizar o respectivo saldo, es-timado em 47 contos, a favor daquele meio de socorro, pois a sua falta era sentida, tanto pelos bombeiros como pela população.

Em virtude da generosidade reflectida, é justo evocar os no-mes dos membros da citada co-missão: Ilídio Morgado Corvo, Justino Henriques Alberto, José Rilhas Jorge, José Carlos Subtil Pinto, José da Silva Martins, Joa-quim Guilherme Dias e José Américo Valente.

Ambulância Opel, uma prenda de Natal

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

Fotos:

Arquivo LBP/NHPM

Os antigos anúncios publi-citários constituem um

precioso testemunho do pas-sado, através dos quais é possível estudar e compreen-der a história, nomeadamen-te, a evolução verificada na variedade de meios utilizados no socorro confiado aos bom-

beiros.As três peças que aqui reproduzimos, cujos originais em suporte de papel se en-contram reunidos no acervo iconográfico do Núcleo de História e Património Museo-lógico da Liga dos Bombeiros Portugueses, são bem disso exemplo.Apreciemos, pois,

alguns dos principais acessó-rios disponíveis no mercado, tanto quanto se supõe, em meados dos anos 20 e 30 do século XX, comercializáveis pela antiga sociedade Facto, Lda., fornecedora de material de todas as qualidades contra incêndios.

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Acessórios “Facto”

Por sugestão daqueles cida-dãos, e uma vez insuficiente a verba entregue, foi posterior-mente formada uma outra co-missão objectivada por obter a restante e, como tal, necessá-ria para a compra da auto-ma-ca.

Entre várias sensibilizações e doações, revelou-se decisiva a oferta do prestigiado industrial Jorge de Mello, nascido em Sin-tra, neto de Alfredo da Silva, fundador da Companhia União Fabril (CUF), através da qual os BVA conseguiram atingir o seu desiderato.

Outras interessantes e im-portantes dádivas: 419 escudos e 40 centavos, da Comissão das Festas da Inauguração da Esco-la e Energia Eléctrica da Azóia; roupa para a maca, pelo arqui-

tecto Mário Brandão; sirene, por Eugénio Valentim Vicente.

Depois de equipada, a poten-te e luzidia Opel Rekord repre-sentou um investimento de 136 contos, descrevendo o “Jornal de Sintra” que a mesma “foi muito admirada e aplaudida ao chegar ao largo de Almoçage-me”.

À sua inauguração, que con-tou com a presença de diferen-tes entidades e representações de associações e corpos de bombeiros congéneres, presidiu o então presidente da Câmara Municipal de Sintra, coronel Duarte Pedro.

A bênção esteve a cargo do padre da Casa de Repouso de Santo Inácio, em substituição do prior de Colares, por motivo de doença.

Recebeu, como nome de baptismo, Maria Teresa da Silva Caetano, filha do comandante José Alberto Caetano, então criança e que mais tarde viria a ser a autora do completo livro “Cem Anos ao Serviço da Co-munidade, 1895-1995”, come-morativo dos 100 anos dos Bombeiros Voluntários de Al-moçageme. É nele que figura o retrato natalício que apresenta-mos, perspectiva de uma épo-ca, testemunho cuja cadeia fac-tual que o completa constitui a mais evidente prova de que “Natal é sempre que o Homem quiser”.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Realizou-se no passado dia 8, na cidade de Bra-gança, a escritura pública de criação da “Asso-

ciação Bombeiros para Sempre” (ABPS).Tratou-se do atingir de um novo patamar na

vida do portal “Bombeirosparasempre.pt” com oito anos de existência.

Os Bombeiros de Bragança decidiram apoiar a criação desta associação e assinalar assim uma amizade institucional que já leva vários anos de existência. Deste apoio surgiu a possibilidade da Associação nascer na cidade de Bragança durante as comemorações do 125.º Aniversário da corpo-ração.

Na assinatura da escritura pública participaram os quatro elementos que compõem a comissão instaladora, Rui Correia, presidente da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntárias de Bragança, o tenente-coronel Fernandes, coman-dante dos Bombeiros de Bragança e Ricardo Cor-reia (diretor do projeto) em conjunto com Luís Gaspar (fundador do BPS). A “Associação Bom-beiros Para Sempre – ABPS” é assim a partir de agora uma pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos e terá a sua sede no concelho da Lousã.

Os estatutos da nova associação preveem o

apoio à dinamização e realização de ações de ín-dole técnica, educacional, comunicativa, cultural e de marketing ao serviço da comunidade dos Corpos de Bombeiros Portugueses, para isso irá levar a cabo parcerias e iniciativas de captação e geração de recursos para o seu bom funciona-mento de forma a promover a dignificação e identidade dos Bombeiros Portugueses na demais opinião pública.

O próximo passo pertence aos sócios fundado-res que elegerão os órgãos sociais no dia 23 de janeiro de 2016, na cidade de Aveiro.

BRAGANÇA

Constituída Associação BPS

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7DEZEMBRO 2015

O Ministério da Administração In-terna (MAI) conta com uma

nova titular, Constança Urbana de Sousa, cuja posse divulgámos na última edição, e dois secretários de Estado, que agora apresentamos.

Maria Isabel Oneto passa a de-sempenhar as funções de secretá-ria de Estado Adjunta e da Admi-nistração Interna. Anteriormente, foi deputada à Assembleia da Re-pública, governadora civil do distri-to do Porto e presidente da Autori-dade Metropolitana de Transportes do Porto.

Jorge Nogueiro Gomes passa a desempenhar as funções de secre-tário de Estado da Administração Interna. Antes, foi deputado à As-sembleia da República, governador civil do distrito de Bragança e pre-sidente da Associação Empresarial da Região de Bragança.

MAI

Novos Secretários de Estado

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O Plano de Atividades e Orça-mento da Liga dos Bombei-

ros Portugueses (LBP) para 2016 mereceu o voto favorável unânime do Conselho Nacional (CN), durante a reunião realiza-da nas instalações da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros de Rio Maior em 12 de dezem-bro último.

Na apresentação dos docu-mentos, o presidente do conse-lho executivo da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, su-blinhou que “são o garante do que foram os compromissos do Congresso de Coimbra, nomea-damente, os 20 princípios abrangentes e orientadores ba-lizados por eles”.

Segundo o comandante Jai-

me Soares, “ o Plano de Ativida-des e o Orçamento para 2016 surge na sequência dos de 2014 e 2015, agora porventura mais desenvolvido e arrojado, assen-te em 28 projetos identificados e descritos com rigor, para nor-tear o nosso desenvolvimento cientes das dificuldades que es-tamos a viver” mas com o com-promisso de que “cumpriremos religiosamente o seu teor”.

Aos membros do CN assisti-ram também à apresentação das conclusões provisórias (até 2014) do Programa de Vigilân-cia Médica dos Bombeiros pro-posto e liderado pela LBP com o apoio financeiro da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

Nos termos estatutários, o Conselho Nacional foi também chamado a pronunciar-se, no caso positivamente, sobre a atribuição da fénix de honra da LBP às Associações Humanitá-rias de Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide e de Santa Comba Dão pela passagem, respetivamente, dos 120 anos e do centenário.

Instado a pronunciar-se ou esclarecer diversos temas por alguns conselheiros, o presi-dente da LBP, informou quais os passos já dados e previstos no âmbito do cartão social, rei-vindicação que a LBP foi ten-tando construir com o anterior elenco governativo, reiterando que o processo negocial irá ser

prosseguido com o atual Go-verno.

O comandante Jaime Soares reforçou o compromisso ante-rior para a realização de reu-niões periódicas com as federa-ções, numa média previsível de 3 a 4 por ano.

No âmbito da formação o presidente da LBP corroborou as opiniões expressas sobre a necessidade de avaliar o tipo e os moldes de formação que está a ser ministrada aos bom-beiros sintetizada na lógica de que “ é a ENB que tem que se adaptar aos bombeiros e não os bombeiros a adaptar-se a ela”.

O regime jurídico das rela-ções de trabalho dos assalaria-

dos das associações foi outro dos temas abordados, tendo o presidente da LBP informado todos os presentes do trabalho já realizado, nomeadamente o incidente entretanto ocorrido com o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, entre-tanto sanado.

Sobre a nova sede, o coman-dante Jaime Soares teve a oportunidade de informar os conselheiros que o processo de melhoramentos do edifício e zonas adjacentes estimando que irá fazer tudo para que se proceda à sua inauguração ain-da em 2016.

A sessão de abertura do CN contou com as presenças, da presidente da Câmara Munici-

pal de Rio Maior, Isaura Morais, do comandante distrital de Santarém da ANPC, comandan-te Mário Silvestre, acolhidos, pelo presidente da mesa dos congressos da LBP, comandan-te António Carvalho, pelo presi-dente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime Soa-res, pelo presidente da Federa-ção de Bombeiros de Santa-rém, comandante Carlos Gon-çalves, e pelos próprios anfi-triões, o presidente da direção dos Bombeiros de Rio Maior, Francisco Colaço, do presidente da assembleia-geral, Eduardo Casimiro, do comandante Paulo Cardoso, bem como outros ele-mentos dos órgãos sociais e do comando.

CN DA LBP

PA e Orçamento 2016 com unanimidade favorável

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8 DEZEMBRO 2015

O Prémio Boas Práticas ANPC 2015, teve como objetivo geral identifi-

car e valorizar publicamente as boas práticas no âmbito da Segurança e Saúde Ocupacional dos Corpos de Bombeiros. Foram parceiros da ANPC na implementação deste Prémio a Liga dos Bombeiros Portugueses, a Escola Nacional de Bombeiros e a Autoridade para as Condições do Trabalho. Ao ní-vel da divulgação contou com o apoio do Jornal Bombeiros de Portugal e do Portal Bombeiros para sempre.

Todos os Corpos de Bombeiros de Portugal Continental puderam apre-sentar candidaturas ao PRÉMIO BOAS PRÁTICAS ANPC 2015, de acordo com seis áreas temáticas: Segurança rodo-viária, intervenção pré-Hospitalar, transporte de doentes, incêndios flo-restais, incêndios urbanos e indus-triais, e instalações de Corpos de Bombeiros.

No dia 28 de novembro de 2015, decorreu no auditório da ANPC em Carnaxide, um seminário técnico so-bre o tema da segurança e saúde ocu-pacional nos Corpos de Bombeiros, onde foram apresentadas três comuni-cações referentes a investigações na-cionais sobre o tema, nomeadamente:

• Professora Doutora Ana Isabel Mi-randa (Universidade de Aveiro), sobre o Projeto FUMEXP referente à exposi-ção de bombeiros ao fumo e conse-quentes efeitos na saúde;

• Eng.º Tiago Raposeira, Subchefe no Corpo de Bombeiros de Almeirim, sobre a sinistralidade com bombeiros no combate a incêndios florestais;

• Professor Doutor Hugo Sarmento (Instituto Politécnico de Viseu) e Pro-fessor Doutor Rui Marcelino (Univer-sidade de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro), de apresentação do estudo em desenvolvimento sobre o perfil de resposta biológica e comportamental dos bombeiros em situação de com-bate, para elaboração de estratégias de otimização de rendimento e mini-mização do risco.

De seguida, teve lugar a sessão de entrega do Prémio Boas Práticas ANPC 2015, onde os três Corpos de Bombeiros finalistas (Alcabideche, Carregal do Sal e Portimão) apresen-taram as suas respetivas candidatu-ras.

A fundamentação que sustentou a escolha das candidaturas finalistas

pelo júri do Prémio ficou a cargo do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Eng.º José Pedro Lopes, que destacou oito méritos de especial re-levo nas candidaturas:

• Os programas apresentados su-peram as exigências legais de segu-rança e saúde ocupacional;

• Elevada adesão do quadro ativo do Corpos de Bombeiros aos progra-mas;

• Os programas constituem um es-tímulo ao treino e instrução contínua nos Corpos de Bombeiros;

• Os programas evidenciam conti-nuidade no tempo e sustentabilidade, contribuindo para a promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho dos bombeiros;

• Impato reconhecido dos progra-mas na prevenção de lesões e aci-dentes;

• Os programas têm igualmente um impacto económico positivo sobre

a Associação Humanitária, com a di-minuição das baixas por lesões e aci-dentes, avaria ou substituição de equipamentos e veículos;

• Viabilidade de replicação dos programas por outros Corpos de Bombeiros não envolvendo custos fi-nanceiros muito avultados;

• Benefícios dos programas na óp-tica ocupacional, mas também na ca-pacidade de resposta operacional, quer em termos de eficácia, quer de prevenção de acidentes em serviço operacional.

Por deliberação do Júri, o vencedor do Prémio foi o CORPO DE BOMBEI-ROS DE CARREGAL DO SAL, que foi premiado com o Troféu de Boas Práti-cas em Segurança e Saúde Ocupacio-nal e um prémio de cinco mil euros em equipamentos de segurança e saúde ocupacional para os bombeiros, pelo seu programa de avaliação e pro-moção da condição física dos bombei-

ros. Os Corpos de Bombeiros de Alca-bideche e Portimão foram também agraciados com menções honrosas, por terem contribuído com boas práti-cas que comprovadamente consti-tuem uma referência para os restan-tes Corpos de Bombeiros, nas áreas dos incêndios florestais e segurança rodoviária, respetivamente. Todas as candidaturas participantes foram também agraciadas com certificado de participação, considerando que constituem um exemplo a seguir na promoção da segurança e saúde ocu-pacional dos bombeiros portugueses.

Em 2016, o grande desafio é dar continuidade a esta iniciativa e de re-plicar as boas práticas dos doze cor-pos de bombeiros que submeteram 41 candidaturas, promovendo deste modo a segurança e saúde ocupacio-nal dos bombeiros portugueses, prin-cipal missão da edição do Prémio Boas Práticas ANPC 2015.

Para mais informações ou esclareci-mentos, contate a Divisão de Segu-rança, Saúde e Estatuto Social da Di-reção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Corpo de bombeiros de Carregal do Salé o vencedor do Prémio Boas Práticas ANPC 2015

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

CB de Alcabideche

Entrega do Troféu de Boas Práticas ANPC 2015 Entrega dos Diplomas aos Finalistas

CB de Carregal do Sal CB de Portimão Eng.º José Pedro Lopes

Troféu de Boas Práticas ANPC 2015

Os Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo estão a

desenvolver esforços para ad-quirirem três kit de salvamento de animais. A recolha de fundos foi lançada nas redes sociais e, com particular destaque, na pá-gina da cadela Nina, a mascote adotada pelo corpo de bombei-ros em setembro último.

A inexistência do equipamen-to adequado priva muitas vezes os bombeiros de prestar também um socorro adequado a animais em caso de incêndio ou até quando são vítimas de diversos acidentes, no-meadamente de viação.

Entre outros aspetos, o kit permite administrar oxigénio e proceder à reanimação dos animais si-nistrados. Para o seu manuseamento três bom-beiros receberam a formação necessária.

VIANA DO CASTELO

Recolha de fundos para kitde socorro animal No passado dia 1 de dezembro, às zero horas,

entrou em funcionamento a central única de telecomunicações dos Bombeiros do Concelho de Espinho, centralizando assim num único local to-das as chamadas de socorro e gestão de meios.

Depois de consolidada a fusão dos corpos de Bombeiros de Espinho e Espinhenses e da toma-da de posse do quadro de comando em 28 de novembro, faltava proceder ao arranque do fun-cionamento da central única.

Apesar dos meios estarem distribuídos em duas companhias, sediadas nos antigos quartéis dos Bombeiros Voluntários de Espinho e Espi-nhenses, a central passou a receber todas as chamadas num único local, o que permite uma maior rentabilidade e economia de escala dos re-cursos.

Em caso de emergência, os cidadãos devem

idealmente ligar via 112 ou, em alternativa, qual-quer um dos números dos antigos corpos de bombeiros – 22734000 ou 227340042.

Segundo o recém-empossado comandante, Pedro Louro, “este é um importante passo na me-lhoria do serviço prestado e rentabilização dos recursos existentes no novo corpo de bombeiros”.

ESPINHO

Arranca central única

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9DEZEMBRO 2015

Através do Orçamento Participativo (OP) de 2015 promovido pela Câmara Municipal de

Cascais, cujos resultados foram agora conheci-dos, quatro das associações de bombeiros volun-tários do concelho vão dispor de 980 mil euros para diversos projetos.

Assim, Os Bombeiros Voluntários de Alcabide-che vão despender 180 mil euros na aquisição de duas ambulâncias de socorro, uma com suporte básico de vida e outra com suporte avançado de vida.

Os Bombeiros Voluntários de Carcavelos e S. Domingos de Rana, vão poder adquirir uma via-tura urbana de combate a incêndios (VUCI) com 230 mil euros.

Os Bombeiros Voluntários de Parede vão dispor de 300 mil euros para instalar painéis solares no quartel e remover todas as coberturas de amian-to das suas instalações.

Os Bombeiros Voluntários de Cascais vão ad-

quirir uma nova ambulância de socorro e equipa-mentos de proteção individual para combate a incêndios urbanos totalizando 270 mil euros.

O OP de Cascais deste ano foi o mais votado de Portugal (aumento de 36 por cento em relação ao de 2014) e o segundo mais votado da Europa, a seguir a Paris. A isso não terá sido também alheio o facto das associações de bombeiros voluntários do concelho terem decidido concorrer a ele pela primeira vez.

No final, o OP 2015 recolheu quase 60 mil vo-tos, que representam mais de metade do total de votos obtidos nas quatro edições anteriores.

Tais resultados levaram inclusive o Executivo da Câmara de Cascais a alargar a dotação orça-mental prevista para o OP 2015, de 1 milhão e meio para 4 milhões de euros. O presidente da Câmara, Carlos Carreiras, fundamentou essa de-cisão tendo em conta a “pertinência e a qualidade dos projetos apresentados”.

CASCAIS

OP dá 980 mil aos bombeiros

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O Secretário Regional da Saú-de disse em São Jorge, que

a “promoção da segurança dos Açorianos é uma prioridade” para o Governo dos Açores, que continua a apostar na “dotação e modernização dos meios de socorro disponibilizados na Re-gião Autónoma dos Açores”.

Luís Cabral falava à margem da cerimónia de entrega de uma Moto 4 de Socorro à Asso-ciação Humanitária de Bombei-ros Voluntários da Calheta, um “meio técnico com característi-cas especiais que permitirá, es-pecialmente, o acesso a locais considerados não praticáveis pelos veículos convencionais de socorro”.

O responsável pela tutela do Serviço Regional de Proteção

Civil e Bombeiros dos Açores, referiu que no seguimento da estratégia de proximidade aos

Corpos de Bombeiros, “esta Moto 4 de Socorro, equipada com um atrelado de salvamen-

to, surge, também numa “lógi-ca de adequação técnica aos

novos desafios operacionais que têm surgido na região”.

“Falo, por exemplo, dos aci-dentes resultantes da prática de desportos e atividades liga-das à natureza, como o canyo-ning e caminhadas pedestres em trilhos”, acrescentou.

Nesse sentido, foi considera-do prioritário a atribuição deste meio especial de socorro ao Corpo de Bombeiros da Calhe-ta, pelas suas características orográficas, nomeadamente a dificuldade de acesso às fajãs, muito utilizadas por residentes e turistas.

Esta nova viatura de socorro tem como objetivo a projeção de uma equipa de socorro dife-renciada, garantido uma rápida e eficaz abordagem primária

extração e transporte da vítima, em condições de segurança.

“Acreditamos que estamos assim a preparar os bombeiros para uma resposta mais ade-quada, mais facilitada e acima de tudo, mais rápida às diver-sas situações de emergência que possam surgir neste conce-lho”, disse Luís Cabral.

O investimento de cerca de 20 mil nesta Moto 4 de Socorro tem a particularidade de ser inovador na Região Autónoma dos Açores, bem como a nível nacional no que respeita à com-ponente do atrelado de salva-mento, sendo o resultado de uma solução técnica desenvol-vida entre o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e o fabricante nacional.”

CALHETA

“Dotação e modernização de meios de socorro são prioridade”

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10 DEZEMBRO 2015

Fundada a 25 de abril de 1950 a Associação Humani-tária dos Bombeiros Volun-

tários Chamusquenses pode orgulhar-se de uma situação próspera, conforme nos confir-mou Eurico Monteiro. Dias an-tes do seu falecimento, o presi-dente da direção exibia orgulho e satisfação pelo caminho tri-lhado, pela obra feita, ainda que considerasse fundamental dar início a um processo de in-vestimento:

“Não atravessamos grandes dificuldades, posso até dizer que não vivemos mal, o que só possível com uma gestão rigo-rosa e ao muito trabalho de todo o pessoal. Contudo, aos nossos carros de fogo são qua-se tão velhos como eu, por isso era importante dar-lhes refor-ma, mas esse é investimento, por agora, incomportável”.

“Precisamos de um novo vei-culo tanque e de um outro de combate a incêndios florestais”, refere o comandante Rui Sara-mago, considerando, contudo, que sem financiamento dos programas de apoio comunitá-

rio será muito difícil realizar tal aspiração.

Na linha da frente das priori-dades, como assinalou o Eurico Monteiro, esteve, nos últimos três anos, a modernização do parque de ambulâncias, um processo arrojado e que envol-veu verbas na ordem dos 100 mil euros.

“O pessoal está bem equipa-do tanto a nível florestal, como urbano e industrial”, realça o comandante, salientando o enorme esforço da direção em prol da segurança dos operacio-nais, complementado com ou-tros apoios quer da Comunida-de Intermunicipal da Lezíria do Tejo quer de uma empresa ins-talada do Eco Parque do Relvão.

A instituição conta, atual-mente, com 36 colaboradores, quadros essenciais para garan-tir a qualidade do serviço pres-tado, neste concelho do distrito de Santarém com apenas cerca de 10 mil habitantes, mas com um território muito extenso, o que por si só já constitui um enorme desafio para os bom-beiros.

“Para chegarmos a certa zo-

nas do concelho demoramos cerca de 40 minutos”, diz o co-mandante ciente que o socorro impõe prontidão e repostas ao minuto.

“Fazemos uma média de 100 saídas CODU por mês, sendo que as três ambulâncias fazem cerca de 7500 quilómetros Em cada emergência percorremos no mínimo 75 quilómetros - o hospital de Santarém fica a cer-ca de 60 quilómetros - cada serviço ocupa as viaturas du-rante duas horas, isto na me-lhor da hipóteses”, regista se-cretário da direção Vitor Nalha dando conta da limitação de meios para fazer face às solici-tações do concelho.

Embora o socorro seja a mis-são primordial dos bombeiros, a associação assume muitos ou-tros compromissos com a co-munidade, nomeadamente o serviços de transporte de doen-tes que este dirigente, sem ro-deios, diz serem a “principal fonte de receita da associação”, que na realidade permite fazer face aos custos inerentes ao so-corro e dar resposta às crescen-tes exigências do corpo de bombeiros.

Para além da vasta área flo-restal que mantém os bombei-ros em constante alerta, outras circunstâncias preocupam o co-mandante, nomeadamente o

Eco Parque do Relvão, um polo que alberga uma série indús-trias de recolha, tratamento e valorização de resíduos, no-meadamente hospitalares. Rui Saramago fala da necessidade de equipar aquele complexo com uma viatura especial que possa fazer face a eventuais acidentes. Este responsável de-fende que a autarquia e as em-presas deveriam chegar a um entendimento e apostar, seria-mente, na segurança. O projeto previa mesmo a instalação a criação de uma extensão dos Bombeiros da Chamusca no eco parque, que acabou por não passar de uma intensão.

Integram o quadro ativo dos Voluntários Chamusquenses 42 elementos, um efetivo pequeno para responder às necessida-des, revela o responsável ope-racional, denunciando inquieta-ções tendo em conta que “os jovens não aderem à causa”. Por aqui a tradição familiar ain-da tem peso, os filhos vão se-guindo as pisadas de seus pais, “mas não tanto como antiga-mente”, porque, assinala, “hoje os mais novos têm muitos atra-tivos” e “poucos incentivos que os motivem a abraçar a causa”.

Frontal, do alto do estatuto de decano do associativismo Eurico Monteiro recordou “ou-tros tempos”, quando sem

quaisquer condições, sem meios, “sem nada”, não falta-vam bombeiros nos quartéis, mas passado é passado, res-tando hoje às direção e coman-dos “engendrar” estratégias para captar “sangue novo” para revigorar a causa, para no futu-ro assegurar um tranquilo pro-cesso de renovação.

“A última incorporação foi há cinco anos e apenas garantiu seis elementos”, sublinha o co-mandante, dando conta da in-tenção de intensificar o trabalho junto das escolas do concelho, com o intuito de chamar os mais jovens ao quartel.

Numa outra vertente, o pre-sidente mostrava-se esperan-çado que a fanfarra com 20 ele-mentos “na maioria jovens” pu-desse no futuro a servir de por-ta de entrada dos mais novos no quartel. Eurico Monteiro fa-lou com entusiasmo do trabalho e do mérito chefe Cegonha, na reativação deste grupo que es-teve “meio parado” mas, agora, ganhou novo fôlego.

“Na forja estão outros proje-tos, designadamente simulacros nas escolas, dias de quartel aberto à população a par com a participação em várias iniciati-vas no concelho que permitem dar a conhecer a atividade dos bombeiros”, refere o comandan-te, sublinhando que neste esfor-

ço estão envolvidos todos os bombeiros, ainda que com sacri-fício pessoal, pois todos são poucos para conciliar a atividade operacional com a implementa-ção de uma estratégia de proxi-midade com a comunidade.

O quartel inaugurado em 1991 e ampliado em 2012, é um complexo que “responde às necessidades operacionais do corpo de bombeiros”, sublinha o comandante.

Eurico Monteiro fez questão de conduzir os jornalistas numa visita guiada à nova e moderna ala que alberga duas camara-tas, balneários, salas de reu-nião e formação e ainda gara-gens e áreas de parqueamento. Esta que veio a ser a última obra assinada por Eurico Mon-teiro, um investimento de 330 mil euros, que partiu da compra do edifício de uma antiga fábri-ca de malhas contíguo ao quar-tel, e foi concretizado com fun-dos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

Este esforço para dar melho-res condições aos operacionais que garantem o socorro no con-celho Chamusca é reconhecido e apoiado pela autarquia, que para além de subsídio anual para apoio ao funcionamento da associação, cofinancia uma Equipa de Intervenção Perma-nente (EIP) e ainda mantém

Obra e exemploOs Bombeiros da Chamusca estão a cumprir o luto pela morte do presidente da direção,

sendo enorme a consternação e tristeza pela irreparável perda, não apenas de um

dirigente, mas de um obreiro, de um empreendedor que tudo deu à instituição.

Eurico Monteiro sucumbiu mas deixou a sua marca, conquistando por mérito próprio um

lugar na galeria dos notáveis, dos homens bons, que tudo deram à causa dos

bombeiros, ao voluntariado e ao associativismo.

No passado mês de outubro, Eurico Monteiro recebeu o jornal Bombeiros de

Portugal no quartel da Chamusca com enorme simpatia e generosidade

evidenciando o orgulho maior pelo trabalho desenvolvido ao longo de mais de três

décadas, em prol da comunidade chamusquense.

O homem partiu, mas fica a obra…Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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11DEZEMBRO 2015

CHAMUSCA

vão perdurar

com a instituição uma série de acordos e protocolos

Não é fácil manter uma casa destas, como não o é gerir as espectativas de um punhado de homens de mulheres que im-

porta valorizar como forma de reconhecimento à missão que cumprem todos os dias 24 ho-ras por dia, contudo os Voluntá-rios Chamusquenses são uma equipa coesa, determinada que

com “orgulho e gosto” fazem cumprir o desígnio dos funda-dores e, sobretudo, figuras maiores como Eurico Monteiro, que tudo deram em prol desta prestimosa instituição.

Foi com tristeza que acertámos estas linhas, porque, na realidade Eurico Monteiro era, e

será, uma daquelas figuras marcantes que nos enriquecem que engrandecem a causa.

No passado mês de outubro, no decorrer da visita aos Voluntários Chamusquenses, o diri-gente confidenciou-nos que a doença lhe esta-va a roubar força e prevendo que lhe restava pouco tempo de vida. Ainda assim, não havia desânimo nem desapego, nem nas palavras, nem nas ações. Nos últimos anos, mesmo que o prazo, Eurico Monteiro entregou-se de “cor-po e alma” aos seus bombeiros à causa que abraçou durante mais de 30 anos.

Recordou-nos na ocasião, outros tempos quando no quartel “havia apenas uma ambu-lância e um único funcionário”, mas sobravam entrega e entusiasmo a grupo grande de vo-luntários, a uma família muito unida. Falou das velhas e improvisadas instalações “onde faltava quase tudo” e ao jeito defendeu que com a transição para o novo quartel “muita coisa mudou”, reconhecendo mesmo, com nostalgia, “a mudança de burro para cavalo não foi boa”. Na realidade os tempos são ou-tros…

O tempo correu veloz roubou-nos o enorme gosto de voltar a rever Eurico Monteiro, um figura impar que, certamente, perdurará na nossa memória com um dos ilustres da grande família dos bombeiros de Portugal.

Com pesar mas, sobretudo, com respeito profundo deixamos sentidas condolências à família e aos Bombeiros Chamusquenses.

Nota de redação

Os Bombeiros Voluntários da Ajuda deverão começar a

transferir-se em janeiro próximo para novas instalações provisó-rias na sua freguesia de origem, na Ajuda, em Lisboa, conforme referiu o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lis-boa, Carlos Castro no decurso das comemorações do aniversá-rio dos Voluntários Lisbonenses.

Os Voluntários da Ajuda foram fundados no final do século de-zanove nos anexos do palácio da Ajuda tendo como presidente honorário o próprio principie D. Afonso. As circuns-tâncias ditaram depois o abandono daquelas insta-lações e a sua fixação na Praça da Alegria, próximo da Avenida da Liberdade, durante mais de um sé-culo e sempre em condições precárias.

A mudança anunciada vai ao encontro do desejo formulado há muito pelos órgãos sociais, comando e bombeiros da instituição, quer para novas e ade-quadas instalações, quer para a sua zona de ori-gem.

AJUDA

Transferência prevista para janeiro

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Barcelinhos deverá inaugurar o novo quartel no primeiro tri-mestre de 2016. A nova in-fraestrutura está praticamente ultimada e os bombeiros estão já a concretizar faseadamente a mudança programada de modo a que à data da inauguração se

possa dar o arranque definitivo e pleno de funcionamento do quartel.

O novo quartel, cujas ima-gens tivémos a oportunidade de mostrar em primeira mão, de-senvolve-se preferencialmente num único piso, que compreen-de todas as áreas operacionais, e um segundo piso, reduzido,

sobre a entrada principal e onde funcionará a direção e o coman-do.

O atual quartel, além de não permitir albergar todas as via-turas, obrigando a aparcá-las na via pública, não dispõe de área para ampliação, e situa-se em pleno centro histórico e em zona de risco de cheias.

BARCELINHOS

Inauguração no primeiro trimestre

Um grupo de bombeiras dos Voluntários de Cascais acaba de lançar um calendário cujo

produto da venda vai ser integralmente aplica-do na melhoria das camaratas masculina e fe-minina. A aquisição pode ser feita também on-line por três “chamas”.

A iniciativa prende-se com a vontade há muito manifestada pelo grupo de bombeiras de ajudar a Associação a requalificar as duas ca-

maratas e satisfazer as diferentes intervenções que cada uma precisa, seja de pintura, reabili-tação do mobiliário, da decoração, pontuais in-filtrações e até substituição de atoalhados.

O quartel dos Voluntários de Cascais foi construído há precisamente 20 anos e as suas instalações foram sendo objeto de alguns me-lhoramentos ao longo do tempo, na sua larga maioria realizados pelos próprios bombeiros.

CASCAIS

Calendário para melhorar camaratas

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12 DEZEMBRO 2015

As obras de requalificação do quartel animam por estes dias direção, co-

mando e corpo ativo dos Volun-tários de Bucelas, até porque se “tudo correr como previsto” esta será a “melhor prenda” que os bombeiros podem rece-ber, por ocasião das comemora-ções, do 125.º aniversário, aprazadas para o final de julho do próximo ano.

É, assim, grande o alento até porque esta era uma empreita-da “pendente” há décadas. Conta-nos o presidente da dire-ção, José Falcão que o quartel com cerca de 70 anos nunca foi, totalmente, concluído e que, há uns anos, foi até alvitrada a hi-pótese de construção de um novo complexo operacional nos limites da freguesia, mas a lo-calização não agradou nem aos bombeiros nem aos associados que, em 2009, em assembleia--geral – atalhando a questão da relocalização – votaram e apro-varam a conclusão da emprei-tada, que permitiria dar condi-ções de trabalho aos 44 opera-cionais que guarnecem o quar-tel dos voluntários bucelenses.

Já este ano, no dia 25 de abril, foi inaugurada a primeira fase da obra, uma intervenção orçada em cerca de 350 mil eu-ros custada pela associação com “apoios de algumas entida-des da região”.

A ampliação, em cerca de 400 m2, permitiu dotar as ins-

talações de novas camaratas, balneários, casas de banho, áreas para formação, gabinetes para o comando, para chefes e para dirigentes, uma sala do bombeiro, biblioteca e sala de estudo.

“Durante anos vivemos em condições miseráveis”, reco-nhece o dirigente, que, agora, não esconde a satisfação por “finalmente poder dar este pré-mio aos bombeiros”.

“Agora estamos excelente-mente bem servidos”, considera o comandante Rui Santos, visi-velmente animado com o ciclo de mudança encetado há cinco anos e que permitiu “duplicar a área de trabalho”.

“Deixámos de ter rés-do--chão com uma garagem para ambulâncias, ganhámos um complexo com todas as condi-ções, a funcionar plenamente”, assinala o comandante, adian-tando que esta intervenção pre-vê ainda “alterações na central de comunicações”.

Apesar das melhorias a em-preitada está ainda decorrer, como revela José Falcão, dando conta que os trabalhos prosse-guiram com a demolição de um “velho e obsoleto” hangar que funcionou durante 40 anos como garagem, que dentro de meses dará lugar a “nova nave com balneários e salas poliva-lentes” e ainda a um novo par-que de viaturas. Esta segunda fase da empreitada de requalifi-

cação teve início no passado dia 14 e tem como prazo de execu-ção de 240 dias.

A “nova” sede dos Voluntá-rios de Bucelas acolherá, ainda, um núcleo museológico que visa dar visibilidade “a algumas relíquias”, viaturas, fotografias, documentos e equipamentos, em suma pedaços da centená-ria história desta instituição.

Foram necessários cinco anos de árduo trabalho e muita en-trega para concretizar um so-nho antigo, ainda que “de for-ma faseada”, ao ritmo imposto pela tesouraria, sem prejuízo da estabilidade financeira da associação.

Direção e comando estiveram ainda envolvidos no processo de adaptação dos meios à reali-dade territorial, o que passou por abater alguns veículos e ad-quirir outros com funções múlti-plas, eliminando encargos mas garantindo valor acrescido ao serviço prestado.

“Abatemos sete viaturas e adquirimos quatro. Neste mo-mento, precisamos apenas de renovar duas ambulâncias”, as-sinala o comandante.

Porque também “importava reatar a ligação com a comuni-dade”, direção, comando e bombeiros unem-se na dinami-zação de um sem número de iniciativas que permitem dar vi-

sibilidade à associação e tam-bém angariar verbas que per-mitem a aquisição de equipa-mentos vários.

“Quando assumimos fun-ções, os Bombeiros de Bucelas estavam desligados da popula-ção e das instituições locais, li-mitavam-se a participar, uma vez por ano, na Festa do Vinho e das Vindimas”, revela o presi-dente da direção, considerando que, atualmente, “até é exage-rada” a atividade desta casa que realiza peditórios, sorteios noites de fado e bailes, partici-pa nos várias eventos da fre-guesia, em campanhas ambien-tais, nomeadamente na área da reciclagem de resíduos e pro-move, ainda, recolhas de san-gue, numa dinâmica que permi-tiu, em poucos anos, “recuperar elos que se tinham quebrado”, como salienta o vice-presidente Vítor Santos.

Embora os apoios sejam sempre poucos, para fazer face a todas as necessidades de um quartel, os Voluntários de Buce-las reconhecem e sublinham a ação da Câmara Municipal de Loures junto dos sete corpos de bombeiros do concelho.

Com trabalho e rigor é possí-vel assegurar a sustentabilida-de destas instituições, essa é pelo menos a convicção do diri-gente que fala com justa vaida-de de crescimento, que permi-tiu até “reforçar o número de colaboradores”, mesmo em tempo de crise. Atualmente, os Bombeiros de Bucelas dão em-prego a mais de duas dezenas de pessoas, um número, ainda assim, reduzido tendo em conta as solicitações de uma fregue-sia com mais de 4600 habitan-tes, contudo, por aqui, o volun-tariado tem forte expressão.

“Desde o passado mês de ju-

lho, todo o trabalho noturno é exclusivamente assegurado por voluntários”, salienta o coman-dante Rui Santos.

O responsável operacional fala com orgulho de um efetivo, “jovem e bem preparado”, sem-pre disponível para saber mais, determinado a servir, a socorrer melhor.

Embora esta seja uma fre-guesia pequena, onde o recru-tamento de jovens para causa se torna complicado, tanto mais quando é muita a oferta, os bombeiros bucelenses podem ainda assim congratular-se com o sucesso da escola de infantes e cadetes, atualmente, com 25 elementos, bem como da reati-vada fanfarra, que funcionam como centros de captação de novos bombeiros.

Assim sendo, só pode ser po-sitivo o balanço efetuado por esta equipa, até porque a “casa está arrumada”, devidamente preparada para receber o futu-ro.

Hoje, como ontem. importa vencer desafios, superar con-trariedades, realizar obra, ser-vir com excelência, continuan-do, assim, a satisfazer os com-promissos assumidos com as populações desta freguesia do concelho de Loures, nos idos de julho do longínquo ano de 1891.

BUCELAS

Bombeiros recebem merecido “prémio”Em vésperas do arranque das

comemorações do 125.º aniversário, a Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Bucelas assume-se como instituição viva, irreverente, não

acomodada ao estatuto da antiguidade.Por estes dias dirigentes e operacionais acreditam que os sonhos podem mesmo

concretizar-se, ainda que isso possa demorar décadas. Lá para meados de 2016

está prevista a inauguração da segunda fase das obras do quartel, uma aspiração vivida por várias gerações de bombeiros

bucelenses, e que, finalmente, se realiza.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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13DEZEMBRO 2015

LISBOA

RSB com novos quartéis até 2018A Câmara Municipal de

Lisboa (CML) pretende introduzir até ao segun-

do semestre de 2018 um novo ordenamento nas infraestrutu-ras operacionais afetas ao Re-gimento de Sapadores Bom-beiros (RSB). Dos atuais 10 quartéis o RSB passará a dis-por de 11, e destes, 4 serão construídos de raiz.

Para a concretização desta operação, que implica um in-vestimento de 14,725 milhões de euros.

No prazo referido, a CML prevê construir quatro novos quartéis do RSB, Rua D. Luís I,

Martim Moniz, Arco do Cego e Alta de Lisboa (Avenida Vasco da Gama Fernandes).

Dos 10 quartéis existentes do RSB, três deles podem ser desativados: Defensores de Chaves, D. Carlos I e Largo do

Regedor (Rossio). Os restan-tes sete irão beneficiar tam-bém de melhoramentos pro-fundos (Alto de Santo Amaro, Monsanto, Benfica, Alvalade, Encarnação, Graça e Marvila.

Do montante previsto, 9 mi-lhões serão investidos na re-modelação e requalificação do quartel de Marvila, onde se en-contra instalada a própria es-

cola do RSB, e para criar novos espaços onde se possa insta-lar, quer o comando e serviços de apoio, quer a unidade ope-racional de reserva.

O novo quartel da Alta de Lisboa, já em construção, irá envolver um investimento de 1,2 milhões de euros enquanto os restantes 10, 525 serão aplicados na modernização e

remodelação dos restantes quartéis e também na aquisi-ção de equipamentos de pro-teção individual e viaturas, neste caso, até 2020.

Recentemente foram tam-bém entregues ao RSB três viaturas ligeiras de combate a incêndios e duas viaturas de salvamento e desencarcera-mento.

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QUARTÉIS

NOVA DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS DE INTERVENÇÃO E QUARTÉIS 

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14 DEZEMBRO 2015

O quadro de comando do corpo de bombeiros da Associação Humani-

tária de Bombeiros de Pinhal Novo foi enriquecido recentemente com as pos-ses do segundo comandante, Vasco Manuel Miguel Marto, e do adjunto de comando, Paulo Sérgio Nogueira Cos-ta, como ajudante de comando.

A cerimónia decorreu na presença dos órgãos sociais da instituição e de entidades convidadas.

Coube ao presidente da Câmara Mu-nicipal de Palmela, Álvaro Amaro, pre-sidir à cerimónia de posse, na presen-ça do presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Manuel Lagarto, do re-presentante da Assembleia Municipal de Palmela, Carlos Caçoete, do segun-do comandante distrital de Setúbal da ANPC, Rui Costa, acompanhados pelo presidente da direção, José Calado, do presidente da assembleia-geral, Ma-

nuel Ribeiro,e do comandante do corpo de bombeiros, Raul Prazeres.

Segundo o comandante Raul Praze-res, os dois elementos empossados deram “provas evidentes” ao longo dos últimos 5 anos, de um “bom tra-balho”. Por seu truno, o novo segundo comandante Vasco Marto assume tra-tar-se de uma “nomeação com muita responsabilidade, e que a encara como um desafio.

Paulo Costa, recém-empossado como adjunto, admite que “não esta-va à espera” do convite mas garante estar “disponível para trabalhar com o comandante, assim como o segun-do comandante para continuarmos a levar esta casa a bom porto.”

Vasco Marto assume a posição de segundo comandante aos 42 anos de idade e 20 anos de bombeiro, desde aspirante até ao posto de chefe, e

sempre nos Voluntários de Pinhal Novo. É assalariado da instituição e dispõe de um vasto currículo opera-cional.

O adjunto Paulo Costa tem 36 anos de idade e é bombeiro voluntário há 17 anos, também no mesmo corpo de bombeiros. É bombeiro profissio-nal numa empresa multinacional e é detentor de um currículo com desta-que.

PINHAL NOVO

Estrutura renovada

Albano Teixeira tomou posse como comandan-te dos Voluntários de Lousada, num cerimó-

nia que contou com a presença de representantes de muitos corpos de bombeiros do distrito do Por-to, que não quiseram deixar de elogiar as quali-dades de um especialista em proteção civil que esteve prestes a emigrar para escapar ao flagelo do desemprego. Só o convite da direção da asso-ciação humanitária lousadense para serenar um corpo ativo em convulsão impediu que Albano Teixeira abandonasse o país.

Agora, direção e comando garantem que estão unidos na concretização dos principais objetivos da instituição.

A escolha de Albano Teixeira para comandante surgiu, assim, num ambiente conturbado que An-tero Correia assegura estar ultrapassado:

“Estamos todos unidos e imbuídos do mesmo espírito. Todos temos os mesmos objetivos, todos queremos o melhor e o melhor é um corpo de bombeiros pronto e eficaz para cumprir a sua mis-são em todos os casos, em todos os cenários e todos os dias”.

No discurso de tomada de posse, também Alba-no Teixeira fez questão de fazer uma referência ao passado recente para lembrar a necessidade de união entre todos os elementos:

“Ficava bem aqui dizer e falar em disciplina, mas a disciplina que eu empenharei será aquela que vocês merecerem e quiserem que eu empregue. Quero uma casa só, uma família, todos por um só objetivo”, afirmou.

O novo comandante de Lousada deixou ainda elogios aos seus “guerreiros”:

“Quero ser um guerreiro convosco e lutador em todas as missões em que estivermos presen-tes. Qualidade temos muita, competência tam-bém e vamos caminhando a caminhar. Só faz fal-ta quem cá está, aqui não há supra nem super--bombeiros qua acham que fazem falta. Aqui há homens e mulheres por uma causa, e esses eu quero-os ao meu lado”, acrescentou.

Albano Teixeira o ex-comandante dos Bombei-ros Voluntários de Vila Meã esteve quase a emi-grar para o Congo e só o convite da corporação de Lousada o impediu de viajar. Na cerimónia de

tomada de posse, todos garantiram que a conti-nuidade de Albano Teixeira nos bombeiros é uma mais-valia

“Com o currículo que tens não podes falhar”, afirmou, a propósito, o vice-presidente da Liga de Bombeiros, José Miranda.

Albano Teixeira nasceu em Vila Meã há 42 anos e foi na sua terra que, aos 14 anos de idade, entrou em contacto com a realidade dos Bombei-ros. Foi o pai, também bombeiro, que lhe incutiu o gosto que fez com que, ao longo dos anos que se seguiram, acumulasse conhecimento na área

do socorro. Em 2003, tornou-se formador da Es-cola Nacional de Bombeiros na área de salvamen-to e desencarceramento e com apenas 34 anos de idade foi empossado comandante dos Bombei-ros Voluntários de Vila Meã, cargo que lhe permi-tiu integrar os órgãos sociais da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto durante dois man-datos e o Comando Distrital de Operações de So-corro entre 2008 e 2014. Licenciou-se ainda em Engenharia de Proteção Civil.

Verdadeiro Olhar (texto e fotos)

LOUSADA

Bombeiros têm novo responsável operacional

Os Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho, resul-

tantes da fusão dos anteriores corpos de bombeiros (Espinho e Espinhenses) contam com o seu primeiro comando recém-em-possado.

Pedro Louro, anterior coman-dante dos Espinhenses, tomou posse como comandante do novo corpo de bombeiros unifi-cado (CB). António Lourenço, antigo comandante dos Voluntá-rios de Espinho, passa a segun-do comandante do novo CB. Ri-cardo Corvo, anterior segundo comandante dos Espinhenses será o adjunto de comando da nova formação.

Na sua intervenção, após to-mar posse, Pedro Louro lembrou

“ter sido nomeado em 2010 o comandante mais novo do país e ser agora nomeado para o mesmo cargo no mais jovem corpo de bombeiros, são desa-fios ousados que aguçam ainda mais a minha dedicação e em-penho”. Lembrou ainda que “o corpo de bombeiros que agora se ergue é o primeiro caso re-sultante de uma fusão, é o mo-delo único pioneiro com um per-curso exemplar e que muitos duvidaram ser possível”.

Em 24 de fevereiro de 2013 os Bombeiros Voluntários de Es-pinho e os Bombeiros Voluntá-rios Espinhenses reconheceram e formalizaram finalmente a fu-são já antes tentada por duas

vezes sem êxito, primeiro em 1945 e, depois, em 1999.

Pedro Louro sublinha que “esta foi inequivocamente a me-lhor decisão nos planos da ra-cionalidade, gestão de recursos,

sustentabilidade e operacionali-dade” e recorda que faltam ain-da concretizar três aspetos fun-damentais, nomeadamente, a criação de uma equipa de inter-venção permanente (EIP), a

criação de um posto de emer-gência (PEM) com o INEM e a construção de um novo quartel no âmbito dos projetos financia-dos por fundos comunitários.

A distribuição de meios hu-

manos, equipamentos e viatu-ras continuará a fazer-se entre os dois quartéis agora sedes das companhias Alfa e Bravo até seja construída a nova infraes-trutura que irá acolher tudo.

ESPINHO

Primeiro comando empossado

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15DEZEMBRO 2015

Fundada a 16 de março de 1921, a Associação Huma-nitária dos Bombeiros Vo-

luntários de Amarante apresen-ta-se, hoje, como uma institui-ção muito ativa, plenamente adaptada às imposições de um setor em constante renovação, essa é a garantia do presidente da direção, Adelmo Guimarães, que em declarações ao Jornal Bombeiros de Portugal, dá con-ta dos projetos que prometem catapultar a instituição para o futuro.

A ampliação e a requalifica-ção do quartel-sede é, mais que uma pretensão, “uma necessi-dade”. Adelmo Guimarães ex-plica que o recente chumbo de uma candidatura a fundos co-munitários obrigou a reanalisar o processo, até porque este edi-fício da década de 50 do século passado, com áreas enormes e um pé-direito muito alto, já não responde às necessidades de funcionalidade, nem de opera-cionalidade do corpo de bom-beiros.

“As instalações são muito grandes, bonitas, mas não são funcionais, não respondem às necessidades dos bombeiros, nem da associação”, sublinha o dirigente.

O projeto está a ser repensa-do, ainda assim mantém-se a ideia requalificar e reorganizar o espaço, “separar as áreas as-sociativas das operacionais, e ampliar o parque de viaturas para um terreno contíguo ao quartel, propriedade da institui-ção.

Mais de uma centena de ope-racionais asseguram proteção e socorro a mais de 42 600 habi-tantes, cerca de 76 por cento da população total do concelho, onde opera mais um corpo de bombeiros. Numa área de atua-ção “muito complicada”, como assinala o comandante Rui Ri-beiro, todos os recursos são poucos, contudo comando e di-reção registam o “forte apoio” dos voluntários ao “assegura-rem os piquetes noturnos e os de fim de semana”, um impor-tante complemento à atividade dos 33 colaboradores da insti-tuição, que permite responder com elevados níveis de eficácia

e prontidão ao crescente núme-ro de solicitações. Registe-se que neste quartel as mulheres já constituem cerca de 40 por cento do efetivo, uma impor-tante “cota” feminina, estabele-cida naturalmente e, que se-gundo o comandante, tem pos-sibilidades de aumentar, nada que assuste Rui Ribeiro, fami-liarizado com as especificidades de género e rendido ao profis-sionalismo que “elas” fazem questão mostrar nos mais dis-tintos teatros de operações.

“Fazemos uma média mensal de 200 serviço de emergência pré-hospitalar. O ano passado foram 3500 e este ano, até ao final de setembro, já contáva-mos com mais de 3 mil saídas. A viatura do INEM, que entrou ao serviço a 6 agosto, em apenas um mês fez 15 mil quilómetros, sendo que muitas vezes, chega-mos a ter fora esta ambulância e mais cinco outras reservas”, assinala o comandante.

Nesta, como nas congéneres de todo o País, a renovação do corpo ativo constitui uma preo-cupação, tendo em conta que “a falta de incentivos está afas-tar as pessoas da causa”, essa é pelo menos a convicção de Adelmo Guimarães que defende “mais regalias para os bombei-ros”, falando em nome de uma instituição que, desde sempre, soube estimar e reconhecer e apoiar a missão dos seus ele-mentos, dispondo aliás de dois bairros, onde aloja 26 bombei-ros e suas famílias.

A associação tem apostado no trabalho com as escolas de Amarante, numa tentativa de atrair os mais jovens, sendo que a fanfarra tem funcionado como um importante “ponto de recrutamento”, que tem nos úl-timos três anos, garantido vá-rios reforços. Por outro lado, o comandante regista com agra-do alguns reingressos, “pes-soas, por motivos diversos, se afastaram dos bombeiros”, mas que decidiram regressar ao ati-vo.

Esta é uma casa organizada, estável, conforme dá conta o presidente da direção, salien-tando que “neste momento, a associação está financeiramen-

AMARANTE

Estabilidade impõe trabalho e esforço no coletivoSão mais de cem os operacionais que conferem chancela de

qualidade aos (muitos e bons) serviços prestados às populações pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Amarante. Num território complicado, como muitos desafios, os homens, mas também as mulheres – que já representam 40 por cento do efetivo

– constituem, assim, o mais valioso património desta instituição que, quase a assinalar 95 anos de existência, se renova todos os dias num bem-sucedido processo de adaptação às exigências do

presente.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

te saudável, fruto de muito ri-gor, de um enorme esforço na contenção da despesa e no con-trolo nos gastos, para que nada falhe, nomeadamente com os funcionários, mas também com os fornecedores a associação paga a 30 dias”.

Os apoios das empresas da região aos Bombeiros de Ama-rante é quase “residual”. Da mesma forma, o dirigente la-menta que a Câmara Municipal de Amarante, apenas, invista cerca 15 mil euros na associa-ção, um valor “muito abaixo do que é atribuído noutros municí-pios do distrito do Porto”, se-gundo revela Adelmo Guima-rães.

“Asseguramos uma série de serviços à autarquia a custo zero”, assinala, crítico, o presi-dente dos Voluntários de Ama-rante, dando conta, a título de exemplo, do apoio prestado ao município na destruição dos ni-nhos da vespa asiática, afinal apenas mais uma das muitas tarefas asseguradas pela insti-tuição às populações, sem qual-quer contrapartida.

No rol das dificuldades, por-que a receita é limitada, pesam as dívidas das unidades hospi-talares que ascendem aos 200 mil euros, mas também um ele-vado número de serviços “inco-bráveis” prestados a “pessoas carenciadas a quem, pelo me-nos, os bombeiros não podem falhar”.

“Tem sido uma luta… Quere-mos andar mais, mas a tesou-raria, muitas vezes, não permi-te. Ainda assim, continuamos a comprar e a pagar de imediato, pois não nos vamos endividar, desconhecendo o que dia de amanhã nos reserva”, assevera o dirigente.

Rui Ribeiro declara, com na-

tural satisfação que em matéria de segurança e proteção indivi-dual nada falta os bombeiros, fruto do enorme empenho, mas também da imaginação da dire-ção, que de tudo tem feito para responder às necessidades ope-racionais.

“Há uns anos faltava algum Equipamento de Proteção Indi-vidual (EPI), mas desde 2006, quando esta direção assumiu

funções, todas as lacunas têm vindo a ser colmatadas. Para além do investimento próprio, a associação tem contado com o apoio de Fernando Ribeiro, um emigrante português na Suíça, com ligações a Amaran-te e “o bichinho dos bombeiros, que tem feito chegar ao quartel “muito material”, de vários cor-pos de bombeiros helvéticos, em “segunda mão”, mas em ótimo estado de conservação e elevados padrões de qualidade.

Adelmo Guimarães revela ainda que este apoio permitiu aos Voluntários de Amarante estabelecer laços de coopera-ção e relações de proximidade com os Bombeiros de Mon-treux.

“Equipámos completamente, mais de 100 bombeiros e ainda temos uma boa reserva, uma oferta que foi complementada com motobombas, escadas, atrelados e mangueiras. Esta-mos, agora, à espera de uma autoescada”, declara o presi-dente.

Este apoio do exterior está aliás a ser canalizado para ou-tros corpos de bombeiros do distrito, “e não só”, assinala Adelmo Guimarães, que se sentiu obrigado a partilhar es-tas importantes doações, regis-tando que neste processo as associações apenas pagam o transporte, um custo mínimo tendo em conta o elevado pre-ço de mercado deste tipo de equipamentos

Também em matéria de via-turas, não existem necessida-des prementes, refere o co-mandante, dando conta da re-cente aquisição de uma ambu-

lância de transporte múltiplo. Os invernos rigorosos “impu-nham a aquisição de uma am-bulância 4x4, nomeadamente para aceder às aldeias, onde os acessos, com a neve, se tor-nam mais complicados”, regista Rui Ribeiro reconhecendo que um investimento desta nature-za, que rondará os 60 mil eu-ros, carece de financiamento, alvitrando a hipótese da Câma-ra Municipal de Amarante assu-mir uma candidatura ao Pro-grama 2020, tendo em conta que a viatura seria uma mais--valia para o concelho, que per-mitiria ampliar a qualidade do serviço prestado às popula-ções.

“Costumo dizer que as nos-sas viaturas de combate a in-cêndios têm todas direito a voto, têm mais de 18 anos”, confidencia o presidente, falan-do dos “elevados custos de ma-nutenção”, o que levou a asso-ciação a adquirir, em França, dois veículos florestais usados, mas em condições de dar uma eficaz resposta.

“Precisamos é de apagar in-cêndios, desde que os carros reúnam todas as condições de segurança, tenham capacidade de água e cheguem o mais per-to possível do incêndio para fa-cilitar o trabalho aos bombei-ros, estamos servidos, até por-que não queremos carros para desfiles”, considera o responsá-vel operacional.

Nesta senda de futuro, dire-ção e comando, encaram a for-mação como questão prioritá-ria, que tem mobilizado o corpo de bombeiros, chamado a cum-prir um criterioso e exigente plano de formação, nas mais diferentes áreas.

Com quase uma década de trabalho desenvolvido direção e comando, fazem um balanço positivo do desempenho da equipa que, obviamente, inclui os bombeiros, que no terreno, junto da comunidade, dignifi-cam o nome desta venerável instituição, que todos os dias tenta rentabilizar o legado dos fundadores, nomeadamente de Adelino Bacelar um chefe de impostos, rendido à causa dos bombeiros.

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16 DEZEMBRO 2015

2015 EM BALANÇO

Compromissorenovado

Mais um ano se passou e, embo-ra importe olhar para em fren-te, não será despiciendo avaliar

o que ficou para trás, fazer balanço da atividade desenvolvida em 2015 pela equipa que, mensalmente, leva o jor-nal Bombeiros de Portugal aos quar-téis, às associações humanitárias, bem como a todas as entidades liga-das ao setor.São grandes os números que traduzem o trabalho de um pequeno grupo comprometido com a causa e que se traduz em 26 mil quilómetros percorridos, o equivalente a atravessar 46 vezes o território nacional. Para dar a conhecer a realidade de 66 associações e corpos de bombeiros voluntários dos 18

Penacova Alter do Chão Chaves

Seixal Alcobaça Vialonga

Carvalhos Castelo Branco Lourinhã

Góis Bombarral Campo de Ourique

Soure Águeda Portimão

Felgueiras Arruda dos Vinhos Vila de Rei

Belas Esposende Matosinhos Leça

Sabrosa Anadia Tarouca

distritos de Portugal continental foram necessárias mais de 210 horas ao volante, que permitiram manter uma média de cinco deslocações mensais. Nem o cansaço de longas viagens de ida e volta, de quatro, sete ou até 10 horas de asfalto demove os jornalistas, norteados pelo objetivo prioritário de dar a conhecer cada uma das 435 associações e corpos de bombeiros voluntários, sem, contudo esquecer a realidade dos municipais, sapadores e privativos.Este ano ao extenso périplo pelo território continental o Jornal Bombeiros de Portugal estendeu a sua ação à Região Autónoma dos Açores, dando visibilidade às cinco associações ilha de S. Miguel.Mais uma vez tentámos fazer eco das preocupações e das aspirações das instituições de menor dimensão, da mesma forma que divulgamos o trabalho e os projetos de futuro das de maior envergadura. Estivemos no litoral e no interior, no norte, centro e sul do país, sendo que, mais uma vez, a região Lisboa se destacou no número de trabalhos publicados, o que se justifica, não apenas por questões de proximidade, mas também porque este é o distrito, que a nível nacional congrega o maior número de corpos de bombeiros. Destaque ainda para o relevo dado à atividade do setor no Porto, em Coimbra e em Setúbal, mas também em Braga e em Leiria.Mais uma vez foi possível comprovar que não existem duas realidades iguais, que é arriscado tentar quaisquer comparações, até porque cada uma destas casas está adaptada ao meio onde está inserida. Mantém-se o propósito comum consubstanciado no “Lema Vida por Vida” mas é grande a diversidade de estratégias, de posturas e de atuações, para certificar e ampliar a qualidade do serviço prestado às populações.Diga-se que apesar dos 60 trabalhos já publicados, e da meia dúzia que transitam para o próximo ano, o Jornal Bombeiros de Portugal abriu, como lhe compete, as suas colunas a muitas dezenas de associações, que aqui encontraram uma tribuna para a divulgação das suas atividades.Regressamos no próximo mês, já em 2016, com a firme determinação e o renovado compromisso de continuar a dar devida visibilidade à excecional e exemplar ação dos Bombeiros de Portugal! Até já!

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17DEZEMBRO 2015

Tomar Taipas Loures Estarreja

Sintra Fornos de Algodres Alvito Bucelas

Portalegre Gouveia Torre de Moncorvo Chamusca

Fafe Trancoso Ponte de Sor Mourão

Cacilhas Zambujal Mora Estremoz

Vila Nova de PoiaresFamalicenses Nelas Amarante

Moita Moreia da Maia Ponta Delgada (Açores)

Amora

Alvaiázere

Rio Maior

Vieira de Leiria

Ponte de Lima

Parede

Mira

Silves

Cercal do Alentejo

até porque cada uma destas casas está adaptada ao meio onde está inserida. Mantém-se o propósito comum consubstanciado no “Lema Vida por Vida” mas é grande a diversidade de estratégias, de posturas e de atuações, para certificar e ampliar a qualidade do serviço prestado às populações.Diga-se que apesar dos 60 trabalhos já publicados, e da meia dúzia que transitam para o próximo ano, o Jornal Bombeiros de Portugal abriu, como lhe compete, as suas colunas a muitas dezenas de associações, que aqui encontraram uma tribuna para a divulgação das suas atividades.Regressamos no próximo mês, já em 2016, com a firme determinação e o renovado compromisso de continuar a dar devida visibilidade à excecional e exemplar ação dos Bombeiros de Portugal! Até já!

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18 DEZEMBRO 2015

Em comum pensar-se que só acontece longe dos grandes centros onde o acesso aos hospi-

tais é porventura mais difícil e moroso. Mas essa suposta regra, muitas vezes, é quebrada por tan-tas outras exceções. Foi o caso recente ocorrido com os Bombeiros Voluntários de Almada, cha-mados a socorrer uma parturiente na Charneca da Caparica cujo filho afinal, mesmo tão próximo do hospital local, preferiu nascer nas mãos dos bombeiros com o apoio posterior da equipa da viatura médica (VMER) do referido hospital, Gar-cia da Horta.

Era manhã cedo quando caiu o pedido de so-corro, via CODU, para que os Voluntários de Al-mada se dirigissem à Rua João de Barros, na Charneca da Caparica. Aliás chegados, o bombei-ro de 2.ª João Vicente e o estagiário Américo Gonçalves, não tiveram grandes dúvidas sobre a situação que estavam prestes a viver. A mãe, Ana Lúcia, de 26 anos de idade, estava prestes a dar à luz o Francisco. Quando chegaram à residência a criança ainda se encontrava no ventre da mãe mas pouco tempo depois de iniciadas as mano-

bras eis que nasce o Francisco nas mãos dos dois bombeiros.

Depois, com o apoio da VMER o recém-nascido e a mãe foram transportados para o hospital de destino sem quaisquer precalços.

ALMADA

Parto na ambulância

Os Bombeiros Voluntários de Sousel foram chama-

dos, no passado dia 30 de no-vembro de madrugada, para assistir a parturiente já em trabalho de parto. O pedido feito para os bombeiros, cana-lizado via CODU/INEM, acabou por ter o desfecho de um nas-cimento em casa de um pre-maturo de 28 semanas (6 me-ses). Chegados à residência, os bombeiros passaram à ac-ção no apoio à parturiente Emily Pei Yu Tung, casada com

o bombeiro de 1.ª no quadro de reserva Nuno Miguel Firmi-no Vilela.

“A tripulação procedeu à consolidação do parto e pedi-ram apoio ao CODU que en-viou a VMER de Portalegre para efetuar encontro com a ambulância”, adiantou-nos o segundo comandante João Al-meida, também presente no local, sublinhando que,” quer o pai, quer os tios foram tam-bém ajuda fundamental para o sucesso da missão”.

“Depois de cumpridos todos os procedimentos necessários decidimos deslocar a partu-riente e a filha Sofia a “Grande Guerreira” que ao nascimento, parecia querer tardar em res-pirar, situação que prontamen-te foi resolvida”conclui o mes-mo responsável.

Os tripulantes da ambulân-cia intervenientes no parto fo-ram, Ricardo Almada e Daniel Ramos. Juntou-se à equipa o segundo comandante João Al-meida.

SOUSEL

Bombeiros apoiam nascimento em casa

Bombeiros Voluntários de La-gos fazem parto na ambu-

lância, a caminho do Hospital do Barlavento Algarvio.

O parto aconteceu em plena nacional 125, na terça-feira dia 02 de Dezembro, às 04h04m, quando uma parturiente de na-cionalidade portuguesa era transportada na ambulância dos Bombeiros Voluntários de La-gos, para o CHBA em Portimão.

No decorrer do percurso entre a casa da parturiente e o hospi-tal, e ainda com 10 Km para chegar ao hospital, a parturien-te começou a ter sinais de parto iminente.

João Lopes, Bombeiro de 1ª, há 37 anos nos Bombeiros de Lagos, acompanhado de Cármen Santos, Bombeira de 3ª, há 2 anos nos Bombei-ros, após encostarem a ambulância na berma da estrada nacional 125, realizaram o parto na célula da ambulância, tendo tudo corrido da melhor ma-

neira possível, ali nasceu uma menina de seu nome, Ana Beatriz Seromenho Velhinho com 49cm e 3,520 Kg.

Após avaliação de mãe e filha, ambas foram conduzidas até ao Hospital do Barlavento Algar-vio, onde foram prestados todos os cuidados ne-cessários, encontrando-se ambas bem de saúde.

LAGOS

Bebé nasce na EN 125

O Corpo de Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho participou recentemente, em Va-

longo, no exercício internacional SAR DAY, pro-movido pela Associação Europeia de Voluntários de Proteção Civil, e que contou com a participa-ção de vários países, Itália, Malta, Inglaterra, EUA, Grécia, Servia, Espanha, Hungria e Chipre.

O exercício consistiu na simulação de vários eventos sísmicos ao longo de 24 horas sem para-gens onde as equipas intervêm em diferentes contextos.

Os Voluntários do Concelho de Espinho partici-param com 13 bombeiros e três veículos e opera-ram com a equipa do Chipre.

Este tipo de exercícios, segundo fonte daquele corpo de bombeiros, “é deveras importante pelo facto de se poder operar num cenário elaborado, complexo e com equipas multidisciplinares e de

vários países, possibilitando o intercâmbio entre instituições, aprendizagem e o ensino de novas formas de atuação, assim como o estabelecimen-to de contactos nacionais e internacionais com vista à partilha de conhecimentos”.

VALONGO

Exercício internacional SAR DAY

Os Bombeiros Voluntários de Amarante auxiliaram dois

partos em menos de 24 horas, o primeiro no centro de saúde local e o segundo numa ambu-lância a caminho do Hospital de Penafiel.

Para o comandante do corpo de bombeiros, Rui Ribeiro, “os partos nestas condições são pouco comuns e mais raros ain-da por terem ocorrido em duas situações separadas por poucas horas”.

Na primeira ocorrência, no passado dia 3, os bombeiros de 2ª, João Ribeiro e Marta Cunha, bombeiros na corporação de Amarante há 12 anos, ajudaram à realização de um parto, nas instalações do centro de saúde de Amarante com a ajuda das enfermeiras desse centro e o apoio diferenciado SIV de Amarante.

Os bombeiros foram accionados para a primei-ra situação de parto pelas 11h48 pelo CODU, ten-do o bebé, do sexo masculino, nascido ás 12h06. Mãe e filho foram estabilizados e transportados ao Hospital de Penafiel.

Na segunda ocorrência, registada na madruga-da do dia 4, os bombeiros Rui Silva (2ª) e Joana Vieira 3ª, bombeiros na corporação de Amarante,

respetivamente, há 24 anos e há 5 anos, ajuda-ram à realização de um parto na ambulância, com o apoio diferenciado da SIV de Amarante e da VMER de Vale do Sousa.

Neste segundo caso, os bombeiros foram ac-cionados pelas 3h57 pelo CODU, tendo o bebé do sexo feminino nascido ás 5h00 . Mãe e filha foram também estabilizados e transportados ao Hospi-tal de Penafiel.

As duas crianças recém-nascidas e respectivas mães encontram-se de perfeita saúde, conforme nos informou o comando dos Voluntários de Ama-rante.

AMARANTE

Duas intervenções quase seguidas

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19DEZEMBRO 2015

O Corpo de Bombeiros Vo-luntários do Concelho de

Espinho participou com 21 operacionais e sete veículos num simulacro de incêndio promovido pelo Hotel Praia-golfe, em Espinho.

O exercício realizou-se no âmbito da formação dos fun-cionários e implementação de medidas de autoproteção.

Para além do caráter obri-gatório, o simulacro promovi-do pela unidade hoteleira, permitiu a todos os interve-nientes testar e adequar os procedimentos necessários.

Para os bombeiros, há a re-gistar também vantagens pela sua participação tendo em conta, por exemplo, tratar-se de um edifício de grande altu-

ra e com uma elevada taxa de ocupação, “concedendo-nos a oportunidade de verificar constrangimentos e dificulda-des à atuação, possibilitando a sua retificação e garantindo assim uma melhor resposta numa possível situação real” adianta o comando dos Volun-tários do Concelho de Espi-nho.

Representantes dos serviços municipais de proteção civil

de 16 concelhos do distrito de Lisboa participaram durante quatro dias no exercício “Aqua Lx 2015” promovido pelo Co-mando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa da ANPC.

No total, mais de duas cen-

tenas de elementos, incluindo comandos de bombeiros, par-ticiparam nas quatro fases do exercício/simulacro virtual que teve como objetivo testar o plano distrital e os concelhios para fazer face a eventuais cheias. O cenário abordado re-criou os cenários meteorológi-

cos que estiveram na origem das graves cheias ocorridas no distrito de Lisboa em 1967 e 1983.

Cada dia correspondeu a cada uma das fases do exercí-cio. Assim, no primeiro dia fo-ram emitidos os alertas, no segundo, ativados os planos

de emergência, no terceiro dia verificou-se a confrontação com a situação de inundação grave e, no último dia proce-deu-se ao rescaldo.

Neste exercício participaram os serviços municipais de pro-teção civil dos concelho de Lis-boa, Amadora, Sintra, Odive-

las, Vila Franca de Xira, Alen-quer, Azambuja, Mafra, Oei-ras, Cascais, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agra-ço, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã.

No século passado, as cheias de 67 e 83 foram por certo as mais catastróficas na

região de Lisboa. As de 1967 causaram oficialmente cerca de 700 mortos e atingiram es-pecialmente os concelhos de Alenquer, Loures e Odivelas. As de 1983 causaram uma de-zena de mortes, em especial, nos concelhos de Lisboa, Oei-ras, Loures e Cascais.

LISBOA

Exercício lembra cheias de 67 e 83

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Decorreu recentemente em Boticas, no Agrupamento de

Escolas Gomes Monteiro, um si-mulacro de incêndio. O exercí-cio, no âmbito do plano de pre-venção e emergência daquele estabelecimento de ensino, contou com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Boti-cas, com 16 operacionais e 6 viaturas, e com o envolvimento de toda a comunidade escolar.

O simulacro obedeceu a dois objetivos principais, dotar a es-cola de um nível de segurança eficaz e sensibili-zar os professores, funcionários e alunos para a necessidade de conhecer os procedimentos de autoproteção, em caso de incêndio.

No decorrer do simulacro, dado o alerta, a es-cola colocou em prática todos os procedimentos de evacuação inseridos no plano de prevenção e emergência.

A evacuação dos alunos, professores e auxilia-res de ação educativa decorreu segundo o previs-to no plano. No entanto, dois alunos ficaram reti-dos na sala de aula onde deflagrara o incêndio.

As crianças foram prontamente resgatadas pe-los bombeiros que, depois do edifício completa-mente evacuado, iniciaram as manobras de com-bate ao incêndio que deflagrava na sala.

BOTICAS

Simulacro de incêndio em escola

O Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária de Bombei-ros Voluntários do Sul Sueste, Barreiro, conjuntamente com

o Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pública, realizou no passado dia 6, participaram num exercício de simulacro de in-cêndio na casa das máquinas de um navio de passageiros fluvial, no âmbito do plano de emergência interno da Transtejo/Soflusa.

O exercício foi concretizado perante um cenário que resultou da simulação de um

incêndio na casa da máquina de um dos navios de passageiros da Soflusa (catamarã da classe Damen), para testar a capacida-de de resposta da empresa e dos dois corpos de bombeiros do Barreiro, após uma primeira intervenção mal sucedida com os meios a bordo.

O simulacro incluiu ainda a prestação de socorro a um tripu-lante sinistrado com posterior evacuação para unidade hospita-lar.

O simulacro permitiu avaliar a capacidade de resposta do Ter-minal do Barreiro e da Inspeção da Via Fluvial, quer em relação à disponibilização de posto de acostagem ao navio sinistrado, bem como ao desembarque dos passageiros e acesso dos bom-beiros e dos meios de combate a incêndios ao navio.

O exercício de simulacro, cujo comando das operações de so-corro foi assumido pelo segundo comandante do CB Barreiro (CSP), envolveu 25 bombeiros e sete veículos operacionais dos dois corpos de bombeiros do Barreiro: dois veículos urbanos de combate a incêndios (VUCI), quatro ambulâncias de emergência (ABSC) e um veículo de comando operacional tático (VCOT).

SUL E SUESTE

Bombeiros e Soflusa avaliam capacidade de resposta

ESPINHO

Meios testados em unidade hoteleira

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20 DEZEMBRO 2015

“Moinhos 2015”, foi o nome escolhido para o treino do mês de Novembro da Equipa de

Salvamento em Grande Ângulo dos Bombeiros Voluntários de Penacova.

O exercício constituiu sem dúvida uma oportu-nidade para o treino, para o apuro do uso dos equipamentos, para simular situações rotineiras ou outras fora do comum mas sempre previsí-veis. Mas também uma jornada de reforço da motivação, empenhamento, dinâmica, e espírito de equipa daquele grupo de bombeiros.

Treinar para salvar, numa área tão complexa como aliciante como é o salvamento em grande

ângulo, continua a ser o lema da equipa dos Vo-luntários de Penacova.

PENACOVA

Treinar para salvar

Decorreu no passado dia 27 de novembro, um simulacro

de incêndio nas instalações da Resinorte, empresa de valoriza-ção e tratamento de resíduos sólidos, em Boticas.

O simulacro, realizado no âmbito da plano de emergência da empresa, teve como princi-pal objetivo testar as capacida-des de autoproteção e reação dos funcionários da empresa e, simultaneamente, a capacidade de resposta dos Bombeiros Vo-luntários de Boticas neste tipo ocorrência. Para tal, compareceram com 13 bombeiros e 5 viatu-ras.

Dado o alerta os funcionários da empresa, a laborar nos diferentes setores deslocaram-se para o ponto de encontro estipulado e aí se man-tiveram até o incêndio ser totalmente extinto.

O fogo, que deflagrou na unidade geradora de biogás, foi prontamente combatido pelos Bom-beiros Voluntários de Boticas, que acorreram ao local poucos minutos depois de ser dado o alerta.

Ao chegarem às instalações da Resinorte os bombeiros depararam-se com uma vítima que foi, de imediato, retirada do interior da unidade e assistida pelos operacionais no local. No final foi

feito um balanço positivo, quer à atuação dos bombeiros, quer ao comportamento dos funcio-nários da empresa.

BOTICAS

Exercício em empresa de tratamento de resíduos

No passado dia 6 de dezembro o Metro do Porto efetuou um si-

mulacro de incêndio, com o objeti-vo de testar e melhorar as ações de apoio e socorro dos agentes de proteção civil e da própria empresa em situações de emergência, bem como a articulação entre as entida-des envolvidas.

O cenário deste simulacro foi um incêndio, com multivitimas, numa composição do metro do modelo Tram Train (TT) que acabaria imo-bilizada, dentro do túnel, entre as estações do Campo 24 de Agosto e do Heroísmo.

Durante o simulacro foi possível avaliar o modelo de coordenação implementado, as condições de acessibilidade dos meios de socor-ro, as comunicações entre túnel e a superfície, o teste ao sistema de ventilação do túnel e testar o fun-cionamento do veículo elétrico (Alumicart), no transporte de meios humanos e materiais, em apoio às operações de emergência.

No simulacro estiveram envolvi-das a Autoridade Nacional de Pro-teção Civil / Comando Distrital de Operações e Socorro, Metro do Porto, Departamento Municipal de Proteção Civil, Batalhão de Sapa-dores Bombeiros, Polícia Municipal, Polícia de Segurança Pública, Insti-tuto Nacional de Emergência Médi-ca, Bombeiros Voluntários do Porto e Bombeiros Voluntários Portuen-ses.

Texto e fotografias Subchefe António Oliveira

PORTO

Proteção Civil avalia respostas no Metro

Um simulacro na A24, entre as saídas de Vila Pouca de Aguiar e de Pedras Salgadas/Bra-

gado (quilómetro n.º 39), mobilizou, no passa-do dia 2 de dezembro, cerca de 10 veículos (entre ambulâncias, VMER, viaturas de comba-te a incêndios, autotanque e veículo de desen-carceramento) e 40 bombeiros, 26 dos quais da corporação de Vila Pouca de Aguiar.

O acidente simulado entre um veículo pesa-do de transporte de substâncias perigosas e um ligeiro fez três vítimas e obrigou ao corte da autoestrada num dos sentidos durante duas horas e meia. Por estar impedida a passagem no sentido Vila Pouca de Aguiar-Chaves, o trânsito foi desviado para a EN2, na A24. Tam-bém os condutores que seguiam na A7 para depois entrar na A24 em direção a Chaves fo-ram encaminhados para a EN2.

O simulacro, que mobilizou um grande nú-mero de meios e envolveu diversas autorida-des, serviu para dotar as várias forças de ex-periência e organização em situações que en-volvem matérias perigosas, incêndios, desen-carceramentos e múltiplas vítimas.

O comandante Distrital da Proteção Civil de Vila Real, Álvaro Ribeiro, considerou que o si-mulacro teve um “balanço positivo”, mas com algumas situações a melhorar. “O que traba-lhamos aqui foi fundamentalmente a organiza-ção de meios, porque em casos como este en-

volve a Proteção Civil, GNR, INEM e várias cor-porações de bombeiros. Por isso é importante que haja sempre uma pessoa a comandar as operações no local. O que deverá ser melhora-da é a questão da chamada de socorro, porque demorou vários minutos até serem acionados os meios mais próximos, nomeadamente de Vila Pouca de Aguiar. A chamada, como foi ati-vada pela central da Operscut (concessionária da A24), com sede em Lamego, foi captada pela PSP (112) de Viseu e só depois transferida para a central de Vila Real”, referiu o coman-dante.

Para Álvaro Ribeiro, a presença da Proteção Civil Municipal, a cargo de João Fontes, foi im-portante, na medida em que aconteceu em ter-ritório municipal e, considerando o cenário de derrame de substâncias perigosas, “há sempre o risco de atingir linhas de água ou proprieda-des agrícolas do concelho”. Situações que de-vem ser acompanhadas, durante e depois da ocorrência, pela Proteção Civil Municipal.

No local, além da Proteção Civil, estiveram presentes os comandantes dos Bombeiros de Vila Pouca de Aguiar (Borges Machado) e de Vidago, a Brigada de Trânsito da GNR, que controlou o tráfego, e os técnicos de manuten-ção das concessionárias da A24 e A7.

(Agradecemos ao “Notícias de Aguiar”a cedência de texto e fotos que reproduzimos)

SIMULACRO NA A24

Sensibilizar para derrames

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21DEZEMBRO 2015

Os Voluntários de Estre-moz contam dispor, em breve, de um espaço

para parquear as viaturas de maior dimensão expostas, ago-ra, aos rigores do clima, mas também ao vandalismo. Esta “extensão” surgirá na zona in-dustrial, e embora não seja a solução ideal é pelo menos a possível, tendo em conta que a sede da associação está encai-xada entre “três ruas e uma muralha do castelo”, o que in-viabiliza a ampliação das insta-lações, conforme revela ao jor-nal Bombeiros de Portugal José Pardal, o presidente da direção desta instituição.

“A Câmara cedeu o terreno, o projeto está concluído, a em-preitada adjudicada e até já te-mos as necessárias autoriza-ções para avançar com a obra, só nos falta o dinheiro” admite o dirigente, dando conta que Associação Humanitária dos Bombeiros de Estremoz não dispõe dos cerca de 90 mil eu-ros necessários para a realiza-ção da obra, que estará depen-dente da aprovação de uma candidatura a fundos comunitá-rios.

O quartel com cerca de 30 anos já acusa desgaste, está de alguma forma desatualizado, e nesse sentido a intenção é ten-tar aproveitar uma derradeira oportunidade no Programa 2020 de requalificar as instala-

ções, conforme explica o co-mandante Carlos Machado.

“Esta intervenção prevê a re-modelação dos balneários e vestiários, a reestruturação de uma área do quartel para a reinstalação da camarata femi-nina que, atualmente, não ga-rante nem conforto, nem o sos-sego das nossas bombeiras”, adianta o responsável operacio-nal.

O corpo de bombeiros conta, atualmente, com 45 elementos, um número “muito reduzido” de operacionais, reflexo da propa-lada crise do voluntariado, numa região onde os jovens pa-recem pouco tocados pelas questões do voluntariado, ainda que o comandante aponte tam-bém o dedo acusatório a uma legislação demasiado rigorosa que está a dificultar o processo de renovação e a inviabilizar o reforço dos efetivos.

“Periodicamente, lançamos apelos nas escolas, que surtem pouco efeito. Os jovens que aqui nos chegam vêm pela mão de amigos e familiares”, salien-ta o comandante.

São escassas as fontes de re-ceita nestas zonas do interior do país onde os serviços de transporte de doentes são uma espécie de “balão de oxigénio” que assegura a sobrevivência das instituições, contudo um dispositivo demasiado volátil que pode, de um momento para

outro, falhar fazendo perigar toda a estrutura e por em causa o emprego de 18 pessoas, um risco que preocupa dirigentes e comando, como aliás salienta, o tesoureiro Paulo Borda d´Água.

Este esforço diário de res-ponder às solicitações das po-pulações é reconhecido pela Câmara Municipal de Estremoz que, “consoante as possibilida-des”, apoia os bombeiros do concelho.

O comandante garante não existirem grandes faltas no quartel ainda que considere im-portante reforçar o número de equipamentos de proteção indi-vidual (EPI) para combate a in-cêndios em espaços naturais, que “um por bombeiro é mani-festamente pouco”, da mesma forma que gostaria que “os EPI e capacetes urbanos não fos-sem de uso coletivo”, contudo reconhece, que apesar dos

constrangimentos a segurança dos operacionais não está em causa, e isso “é mesmo o mais importante”.

Em matéria de viaturas, o co-mandante fala com preocupa-ção das duas ambulâncias de transporte múltiplo “com mais

de um milhão de quilómetros”, que só muita manutenção per-mite que continuem a circular. Revela ainda a necessidade de reforçar o parque de ambulân-cias de socorro, bem como de substituir um dos veículos flo-restais.

A formação constitui uma prioridade desta casa, contudo Carlos Machado lamenta que a Escola Nacional de Bombeiros tenha deixado de dar resposta ás solicitações do corpo de bombeiros, uma lacuna que vai sendo colmatada dentro de por-tas.

“Tenho cinco bombeiros de 2.º que aguardam há um ano e meio pela promoção, porque lhes faltam dois módulos”, de-

nuncia o comandante dando conta que a situação só não é mais grave porque o quartel dispõe de formadores em várias áreas e porque o plano de ins-trução é cumprido e ações de treino não são descuradas.

Apesar de todas as dificulda-des esta equipa tem conseguido levar a embarcação a bom por-to, ou seja a assegurar “estabi-lidade”, fruto de muito empe-nho e trabalho e também para que nada falte aos operacionais que no terreno, em diferentes teatros de operações são obri-gados a responder com pronti-dão e profissionalismo.

Fundada a 20 de agosto de 1933, a Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Estremoz nasce do sonho de Daniel de Sousa Pereira, Cipria-no Mendes Caeiro e do coronel Gustavo Castelo Branco, que assumiu as funções de primeiro comandante de um contingente de 36 soldados da paz. Estas três figuras ilustres ainda hoje inspiram dirigentes e bombei-ros, que norteados pelo exem-plo de dinamismo e tenacidade, tentam dignificar esta octoge-nária instituição que já ganhou o estatuto de referência não só no concelho, mas também no distrito de Évora, o que muito honra os Bombeiros de Portu-gal.

ESTREMOZ

Quartel aguarda obras de requalificaçãoSão inúmeras as contrariedades que os

corpos de bombeiros enfrentam, sobretudo no interior do país, onde os recursos e

apoios são escassos, provações que impõem trabalho, dedicação e empenho, de

quem se recusa resignar ao compromisso assumido com as populações.

Em Estremoz são muitos os desafios tal como as dificuldades, que direção, comando

e corpo ativo enfrentam com tenacidade, abrindo caminhos de futuro, respeitando

em todas as missões o legado dos pioneiros que há mais de 80 anos redigiram os

estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estremoz.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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22 DEZEMBRO 2015

A Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Cascais promoveu recentemen-

te, pela primeira vez, uma jornada de “quartel aberto”. Após a saída das antigas instalações no centro da vila há duas décadas os Bombeiros de Cascais realizaram desde então muitas exposi-ções estáticas bem sucedidas na zona fronteira

aos paços do concelho, contíguos ao antigo quartel.

Agora tratou-se de atrair a população ao quartel para onde mudaram precisamente há 20 anos e que, apesar de passado tanto tempo, “ainda há gente que não conhece” como confes-sam os bombeiros.

A jornada de “quartel aberto” decorreu mui-to bem, com inúmeras visitas, com particular incidência em crianças acompanhadas dos pais. Para os receber os bombeiros montaram vários cenários e atividades com uma compo-nente lúdica dirigida precisamente para os mais novos. Os cenários recriados diziam res-

peito às várias valências, tipos de interven-ções, meios, ferramentas e viaturas de que os bombeiros dispõem para socorrer.

“Foi um dia importante para mostrar o que temos, o que sabemos e demonstrar que com outros meios conseguiremos ser ainda melho-res”.

CASCAIS

Quartel aberto atrai população

Os Bombeiros de Águas de Moura assinalaram, recentemente, 35.º aniversário na localidade

de Fernando Pó. As cerimónias iniciaram-se com a receção aos

convidados e entidades, seguida da inauguração de dois novos veículos, uma Ambulância de Transporte de Doentes e um veículo de Comando Tático, que vêm renovar e melhorar a capacidade de resposta do corpo de bombeiros. As viaturas foram adquiridas com o apoio da câmara munici-

pal e de alguns mecenas e, também com fundos da associação.

A exibição de um filme com o resumo da ativi-dade do corpo de bombeiros em 2015 marcou o arranque da sessão solene durante a qual inter-vieram o comandante e do presidente dos Bom-beiros de Águas de Moura, dos representantes da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal e da Liga dos Bombeiros Portugueses, da Coman-dante Operacional Distrital, bem como os presi-

dentes da Assembleia e da Câmara Municipal de Palmela.

Na ocasião foram condecorados com as meda-lhas de assiduidade e dedicação da Liga dos Bom-beiros Portugueses os bombeiros que concluíram 10, 15, 20 e 25 anos de serviço.

Após a sessão solene, foi servido um pequeno cocktail com degustação das especialidades da casa, seguido de um jantar de confraternização que reuniu bombeiros, familiares e amigos.

ÁGUAS DE MOURA

Associação assinala aniversário

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Vidago, con-

celho de Chaves, comemorou recente-mente o seu 48.º aniversário em jeito de balanço do muito trabalho desen-volvido e também com os olhos postos na dezena de novos bombeiros que se encontram na forja.

A efeméride foi assinalada com a realização de um almoço convívio mas antes, manhã cedo teve lugar a forma-tura do corpo de bombeiros e o hastear das bandeiras, seguindo-se a habitual romagem ao cemitério em homenagem aos sócios e bombeiros falecidos.

A meio da manhã decorreu a rece-ção às entidades oficiais, congéneres de Boticas e da Salvação Pública de Chaves, federação distrital de bombei-ros, Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante distrital operacional da ANPC e presidente da Câmara Munici-pal de Chaves, seguindo-se de imedia-to para a igreja paroquial onde se rea-lizou um missa solene por sufrágio dos bombeiros, dirigentes e sócios já fale-cidos.

Francisco Oliveira, presidente da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidago, na oportunida-

de lembrou “que a associação merece muito carinho, são pessoas que traba-lham e dedicam muitas horas em prol do seu semelhante” adiantando que “hoje viramos mais uma página da nossa história, iniciando a contagem para as comemorações do cinquente-nário a realizar em 2017 e demos início a um novo ciclo, quando em Maio no-meámos um novo comandante”.

Em jeito de balanço, foi referida a intervenção em 181 fogos florestais, desde Carrazeda de Ansiães a Moga-douro, e as cerca de 900 ocorrências dispersas por incêndios urbanos, aci-

dentes e despistes e emergência pré--hospitalar. Foi destacado, pela primei-ra vez , a entrega de EPI entregues pela CIM do Alto Tâmega , CMC, e ANPC. “Destacamos também algumas regalias concedidas pelo Município aos nossos bombeiros, queremos mais, mas é um princípio” sublinhou ainda o presidente da direção..

No domínio da formação foram cita-dos os cursos realizados, de TAS, TAT, TS Incêndios Urbanos, florestais, Moti-vação e Liderança, e também o curso de 10 estagiários a terminar e que, no próximo ano, vai permitir poder contar

com mais 10 jovens bombeiros. A pró-pria Associação Investiu ainda em equipamentos de proteção “e hoje fi-nalmente todos os bombeiros possuem fatos NOMEX” conforme foi referido.

À recuperação feita a várias viatu-ras, os Voluntários de Vidago gosta-riam que um sonho se torne realidade, ou seja, um VFCI, uma ABSC, reequi-par a central de comunicações, a subs-tituição do telhado da parte mais anti-ga do quartel, em candidatura aos fun-dos estruturais a decorrer. E esperam, também, poder apresentar nova candi-datura para eficiência energética.

VIDAGO

Uma dezena de bombeiros na forja

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23DEZEMBRO 2015

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24 DEZEMBRO 2015

As comemorações recentes do 123.º aniversário da

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Rio Maior incluíram a promoção de seis elementos estagiários a bombeiros de 3.ª: Rui Miguel Matias, Rafael Frazão, Inês Cristina Pereira, Jessica Afon-so, Thiago Cruz e Nelson Co-menda.

Tânia Isabel Santos Ezequiel recebeu o prémio “Estagiário de Mérito 2014”, destinado ao

aluno com melhor classifica-ção da escola de ingresso de 2014.

O bombeiro de 3.ª Sérgio Fi-lipe Sabino Matias recebeu o prémio “Bombeiro de Mérito 2014 – Comandante do QH Dr. Eduardo do Rosário Agosti-nho”, que distingue o elemen-to do quadro ativo que durante 2014 mais se evidenciou atra-vés do registo do seu desem-penho consubstanciado em assiduidade, dedicação e con-

duta dentro e fora da institui-ção.

Com as medalhas de assidui-dade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) foram con-templados 9 dirigentes e um bombeiro. A medalha de 15 anos da LBP foi entregue ao presidente da direção, Francis-co Colaço, e ao secretário do conselho fiscal, José Luciano Anes.

A medalha de assiduidade de 5 anos da LBP foi entregue, ao

bombeiro de 3.ª Filipe Rodri-gues, ao presidente da assem-bleia-geral, Vitor Montez, ao presidente do conselho fiscal, Leonardo Ferreira, ao vice presi-dente do conselho fiscal, Rui Santos, ao vice-presidente da direção, Arlindo Lopes, à primei-ra secretária da direção, Débora Antunes, e aos vogais da dire-ção, Paulo Costa e Luis Vicente.

A sessão solene comemora-tiva foi presidida pela presi-dente da Câmara Municipal de

Rio Maior, Isaura Morais, e contou com as presenças, do vice-presidente da LBP, co-mandante Adelino Gomes, do presidente da Federação de Bombeiros de Santarém, co-mandante Carlos Gonçalves, do segundo comandante distri-tal da ANPC, José Guilherme Marcos, acolhidos, pelo presi-dente da assembleia-geral da instituição, Eduardo Pereira da Silva, pelo presidente da dire-ção, Francisco Colaço, pelo

presidente do conselho fiscal, Leonardo Ferreira, pelo co-mandante Paulo Cardoso e res-tantes elementos do comando e dos órgãos sociais.

As comemorações foram ini-ciadas em 5 de dezembro com um desfile operacional de-monstrativo das valências de emergência pré-hospitalar, sal-vamento e desencarceramento e incêndios estruturais e flo-restais, acompanhado pela fanfarra da associação.

RIO MAIOR

Quartel recebe reforços

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo,

Terceira – Açores, comemorou, recentemente, o aniversário e o Dia da Padroeira. As cerimó-nias foram presididas pelo se-cretário Regional da Saúde do Governo Regional dos Açores, Luís Cabral, que, na oportuni-dade procedeu à entrega à ins-tituição de um guincho portátil de salvamento mecânico em grande ângulo. Esta entrega insere-se num investimento global de 25 mil euros do Go-verno Regional na aquisição de um conjunto de guinchos a atribuir a outras tantas asso-ciações de bombeiros regio-nais.

As cerimónias contaram também com a presença de vá-rias entidades, incluindo o pre-

sidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, capitão José Oliveira Dias, e do presidente da Câma-ra Municipal de Angra do He-roísmo, Álamo Menezes.

A entrega de machados a seis novos bombeiros, agora promovidos a 3ª, foi outro mo-mento alto do programa, a par da atribuição de medalhas de assiduidade da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP) a vá-rios bombeiros, incluindo o co-mandante Luís Picanço.

Seguiu-se o reconhecimento ao bombeiro de 1ª, António de Sousa Fagundes, por 30 anos de atividade bem como, por proposta do comandante à LBP, a entrega da medalha de servi-ços distintos, grau cobre, ao presidente da direção, Álvaro Soares Carepa, ao vice-presi-

dente Paulo Viceto e ao tesou-reiro Álvaro Coelho.

Na oportunidade, o presiden-te da direção manifestou-se honrado “pelo empenho e de-sempenho do comando e corpo ativo do corpo de bombeiros” e elogiou “a excelente atuação do

seu corpo de bombeiros em conjunto com o Corpo de Bom-beiros Voluntários de Praia da Vitória durante as grandes chu-vadas que assolaram Angra do Heroísmo no dia 4 de setembro, se, esquecer também o exce-lente trabalho efetuado pelo

serviço municipal de proteção civil”.

Momento alto foi também quando uma criança de 11 anos e o seu pai entregaram a meda-lha de mérito da Autarquia ao nadador-salvador Fabiano Silva pelo facto de ter assistido o jo-

vem na praia e conseguido rea-nimá-lo rapidamente. Recorde--se que os Voluntários de Angra do Heroísmo são responsáveis pela segurança nas zonas bal-neares do concelho com base num protocolo assinado entre a Associação e a Autarquia.

ANGRA DO HEROÍSMO

Equipamento chega no dia da padroeira

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Lis-

bonenses conta com 4 novos bombeiros, uma moto quatro e uma unidade de comando espe-cial.

O juramento e promoção dos primeiros e a inauguração dos segundos decorreu durante as comemorações do 105.º ani-versário da instituição, concluí-das no passado dia 13.

Os novos bombeiros de 3.ª são: Ricardo Lobo, Carlos Si-mões, André Faria e João Fer-reira.

A moto quatro foi adquirida com o apoio da Junta de Fre-guesia de Santo António e inau-gurada pelo seu presidente,

Vasco Morgado, antigo bombei-ro e dirigente associativo. A moto tomou o nome do saudo-so comandante Mascarenhas, dos Voluntários da Ajuda.

A unidade de comando, obti-da a expensas da instituição e montada com o apoio de enti-dades, bombeiros e com a es-pecial colaboração de João An-tónio Castanheira, foi inaugura-da com o nome do comandante do Quadro de Honra (QH) Lucas Novo.

A atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) foi outro mo-mento importante da sessão solene. Os distinguidos foram, o subchefe Manuel Pinho (43

LISBONENSES

Novos bombeiros e novos meios

anos de serviço) e a bombeira de 1.ª Elisabete Silva (39 anos de serviço). O representante da LBP presente convidou, respec-tivamente, os comandantes do Quadro de Honra, Lucas Novo e França de Sousa, a fazerem a entrega daquelas distinções.

Na ocasião, a Nabul procedeu

também à entrega do diploma de sócio honorário aos Voluntá-rios Lisbonenses.

A sessão solene foi presidida pelo vereador da Câmara Muni-cipal de Lisboa responsável pela proteção civil, Carlos Cas-tro, e contou com as presen-ças, do director nacional de

bombeiros da ANPC, Pedro Lo-pes, de Rama da Silva, LBP, do comandante Manuel Varela, vi-ce-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, do presidente da Reviver Mais, Luis Miguel Baptista, do comandante distrital da ANPC, Carlos Mata, do vice-presidente

da Cruz Vermelha Portuguesa, general Governo Maia, acolhi-dos pelo presidente da direção, Garcia Correia, do presidente da assembleia-geral, Costa Martins, do comandante Jorge Fernandes, e dos restantes ele-mentos dos órgãos sociais e do comando.

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25DEZEMBRO 2015

Um “pavoroso” incêndio que destruiu quase por completo a Igreja de S.

Tiago de Beduído terá estado na génese da criação dos Bom-beiros de Estarreja, por vonta-de do pároco, por determinação da população que se uniu para reunir os meios que permiti-ram, em julho de 1924, pelo menos oficiosamente, o conce-lho contasse já com o seu con-tingente de soldados da paz de-vidamente equipado.

Mais de 90 anos depois a as-sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Estarreja não perdeu o ímpeto no serviço público prestado à comunidade depositando prontidão e profis-sionalismo em todas as missões que são chamados a cumprir, nos mais distintos teatros de operações.

O presidente da direção da associação estarrejense, Paulo Marco Braga, o comandante Er-nesto Rebelo e a diretora Ra-quel Rebelo receberam a equipa do jornal Bombeiros de Portu-gal, dando conta da ampla ati-vidade voltada para o exterior, da profunda relação com a co-munidade local, “com as em-presas e a população”, que per-mite granjear os apoios, que muito têm contribuído para o engrandecimento da institui-ção.

“A associação goza de esta-bilidade a todos os níveis, no-meadamente financeira”, revela o presidente, salientando “o trabalho de um grupo de pes-soas que nos últimos anos as-

sume os destinos desta asso-ciação, de uma gestão rigorosa das necessidades, que tem per-mitido dar resposta aos pedidos do camando e fazer face às ne-cessidades do corpo de bombei-ros”.

“Não temos tudo o que que-remos”, desmistifica o dirigen-te, garantido contudo que a ati-vidade da associação não es-barra em dificuldades, até por-que os apoios vão surgindo. Paulo Braga destaca as parce-rias com as empresas do Com-plexo Químico de Estarreja que integram o Painel Consultivo do Programa de Atuação Respon-sável (PACOPAR) e ainda as transportadoras TJA e Faísca e a construtora Prozinco.

Em sentido contrário o diri-gente lamenta o reduzido apoio da Câmara Municipal de Estar-reja que, para além do financia-mento da Equipa de Interven-ção Permanente (EIP), atribui, mensalmente, aos bombeiros do concelho “apenas” 1800 eu-ros, uma verba irrisória tendo em conta a diversidade, a di-mensão e o alcance das mis-sões assumidas pela associa-ção.

“Afinal estamos num zona com grandes riscos”, considera o presidente para depois la-mentar que a autarquia não siga o exemplo das congéneres vizinhas que muito investem no setor da proteção civil e bom-beiros. Ainda assim, os Volun-tários de Estarreja não fecham a porta ao diálogo e Paulo Bra-ga mostra-se esperançado na

correção desta situação, que é aliás antiga, mas que o atual executivo parece não querer emendar. O dirigente vai mais longe e recua até 1974, para garantir que “nunca a câmara deu um tostão para a compra de uma viatura”.

Já a população “está sempre ao lado dos seus bombeiros”, realça Paulo Braga, recordando, a titulo de exemplo, que “todos os anos, por altura do natal, a associação efetua um peditório pelas cinco freguesias do con-celho”, que permite apurar um importante verba que curiosa-mente não entra nos cofres da associação, parte é aplicada na organização da ceia e na festa dos filhos dos bombeiros e o restante é distribuído pelos 59 homens e mulheres que garan-tem a proteção e o socorro aos quase 27 mil habitantes deste município do distrito de Aveiro.

Esta é uma equipa coesa, norteada por princípios co-muns, apostada em dar todas as condições de trabalho aos operacionais, que investe na formação, na segurança e na qualidade dos meios colocados

á disposição do contingente. O comandante garante mesmo que a direção está sempre atenta às necessidades do cor-po de bombeiros, que responde com a celeridade possível, com recursos próprios ou recorrendo a apoios externos.

São poucas as faltas neste quartel, que o comandante as-segura estar apropriadamente apetrechado, ainda que consi-dere uma candidatura a fundos comunitários para a aquisição de um novo Veiculo Florestal de Combate a Incêndios (VFCI), não tanto para operar no terri-tório, mas antes no apoio a ações fora do concelho no âm-bito do dispositivo especial du-rante o verão.

“Claro que gostava de ter aqui uma plataforma elevatória, mas temos que ter noção que não pode existir em todos os corpos de bombeiros uma via-tura de quase 500 mil euros, por isso tranquiliza-nos que possamos, sempre contar com o apoio dos vizinhos”, declara o comandante.

Instalados num novo comple-xo operacional desde 2003, os

Bombeiros de Estarreja dispõem de “boas condições”, embora o comandante reconheça que tan-to o parque de viaturas, como a parada já não respondam cabal-mente às necessidades. Da mesma forma, Ernesto Rebelo fala da falta de espaço de conví-vio para os operacionais. O pre-sidente salienta, ainda assim, as recentes melhorias na central de comunicações e no sistema informático e anuncia a decisão de ampliar tanto o refeitório, como as camaratas femininas, pequenas intervenções que vão permitindo adaptar as instala-ções a novas realidades.

Registe-se que o antigo quar-tel-sede, situado no centro da cidade, está ainda na posse da instituição. O imóvel foi requali-ficado e alberga neste momen-to três espaços comerciais, sen-do que o salão nobre continua a ser um ponto de encontro da comunidade, servindo de palco para iniciativas várias.

O presidente recorda que o complexo foi construído pela vontade e com o apoio financei-ro do povo, defendendo que “não faria sentido” alienar este

“importante património senti-mental”.

A preparar o futuro, direção e comando não descuram o pro-cesso de renovação do corpo ativo, uma missão espinhosa, mas ainda assim bem-sucedi-da, porque entre saídas e in-gressos, o balanço é “franca-mente positivo”, estando mes-mo prevista a entrada de mais de uma dezena reforços, ainda em formação,

Reto e pragmático o coronel do exército que encabeça a es-trutura de comando há cinco anos, dá conta da dificuldade em “gerir meios humanos”, em valorizar cada um dos operacio-nais, mas também em impor regras, numa organização de cariz voluntário, ainda assim regista com agrado a postura deste efetivo que coloca profis-sionalismo brio e esmero no serviço prestado dentro e fora do concelho de Estarreja.

Conhecedor da causa e da casa onde está há 20 anos, “16 dos quais como presidente”, Paulo Braga faz um balanço do já longo percurso associativo, registando com agrado a evolu-ção de uma intuição que, no fi-nal da década de 90 “tinha três ou quatro funcionários, meia dúzia de viaturas e um quartel antigo”. Volvidas duas décadas os Bombeiros de Estarreja con-tam com trinta colaboradores, perto de 40 meios operacionais e um quartel funcional, e po-dem orgulhar-se do patamar al-cançado.

ESTARREJA

Comunidade local reconhece e apoia missãoMais de 90 anos de história e de bons

serviços prestados à comunidade são as insígnias da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, que

encontrou nas parcerias a fórmula da sustentabilidade.

As populações e as empresas locais são os maiores apoiantes e entusiastas da causa,

pelo que não falta ânimo a dirigentes e bombeiros, determinados em fazer mais e

melhor, elevando a ação dos Voluntários de Estarreja a patamares de excelência.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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26 DEZEMBRO 2015

Os Bombeiros Voluntários de Condeixa comemora-ram, no início do mês, o

38.º aniversário com um vasto programa que incluiu a inaugu-ração de um novo polo do quar-tel, bem como de quatro viatu-ras e ainda entrega do crachá de Ouro, distinção maior da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, ao adjunto José Augusto Marques, numa cerimónia que ficou ainda marcada pelas críti-cas e um novo apelo de Jaime Marta Soares à Associação Na-cional de Municípios Portugue-ses (ANMP).

Muitas dezenas de populares e convidados associaram-se às comemorações que tiveram iní-cio com a bênção de três ambu-lâncias e um veículo de apoio a operações de salvamento em grande ângulo, bem como de vários equipamentos de prote-ção individual, a que se seguiu a apresentação do remodelado refeitório que resultou de um investimento de cerca de 13 mil euros, mas também do esforço e trabalho dos bombeiros e al-guns apoios de amigos da insti-tuição, conforme salientou Da-niel Costa, presidente da dire-ção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Condeixa a Nova.

De seguida, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, Jaime Marta Soares, inau-gurou – e deu o seu nome – a um novo núcleo do quartel que alberga vestiários e área de far-damentos, uma solução de re-curso imposta pelo Plano Dire-tor Municipal que inviabiliza a

ampliação do complexo opera-cional. Nesta “construção amo-vível” a instituição despendeu cerca de 70 mil euros.

Ainda antes da sessão sole-ne, a Fanfarra dos Voluntários de Condeixa, a assinalar o se-gundo aniversário, estreou um hino ao concelho da autoria de Bruno Nogueira, o maestro des-te agrupamento que é já um cartão de vista da associação e muito envaidece o chefe do QH Carlos Peça, seu mentor, mas, também, dirigentes e bombei-ros

Em tributo a Jorge Bento, ex--autarca e antigo presidente da Assembleia-geral daquela Asso-ciação Humanitária, recente-mente falecido, vários oradores sublinharam a vida e obra desta figura ímpar, que deixa saudade mas, sobretudo, o exemplo que os condeixenses não esquecem.

“Têm vindo a crescer a admi-

ração mas também preocupa-ção de Portugal e dos portugue-ses pelos seus bombeiros. Feliz pátria que pode contar com bombeiros desta dimensão, que se assumem como principais agentes de proteção civil.”, pa-lavras de Jaime Soares, que sa-lientou ainda “os valores alta-mente elevados de competên-cia de profissionalismo, que dão garantias que os portugueses estão devidamente seguros”.

O presidente da confedera-ção, alertou ainda para o papel “altamente interventivo” dos corpos de bombeiros e associa-ções humanitários que se assu-mem como “parceiros essen-ciais para o desenvolvimento das comunidades, também, a nível social, cultural e ambien-tal”.

Nesta linha, Jaime Soares cri-ticou as autarquias e os autar-cas que confundem investimen-tos com subsídios, bem como os que “nem um cêntimo dão aos seus bombeiros”. Falou então da lei de financiamento, recordan-do a recusa da Associação Na-cional de Municípios Portugue-ses (ANMP) em garantir “um au-mento de apenas quatro por cento” que, na ótica deste res-ponsável, poderia assegurar o equilíbrio dos orçamentos de muitas associações. Pediu de-pois ao edil de Condeixa-a-Nova que intercedesse junto dos pa-res, em sede da ANMP, para que “revejam a situação” e garan-tam uma justa contrapartida às associações humanitárias, que só dignifica os municípios.

O sonho do novo quartel es-teve patente nas intervenções

do presidente da direção, Da-niel Costa, e do comandante Fernando Gonçalves, uma aspi-ração que poderá vir a ser con-cretizada em breve, segundo anunciou Nuno Moita, presiden-te da Câmara Municipal de Con-deixa, considerando estarem, agora, reunidas as condições, nomeadamente financeiras, ga-rantidas pelo novo quadro co-munitário de apoio.

A distinção do adjunto José Augusto Marques com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, constituiu um dos momentos importante desta sessão, marcada também pela receção a oito novos elemen-tos, um reforço importante que acautela a renovação do corpo de bombeiros e confirma a vita-lidade do voluntariado neste município do distrito de Coim-

bra. Foi com natural emoção que uma vasta plateia aplaudiu o grupo constituído por Mariana Caetano Lousada, Diogo Aleixo Torrão, Fábio Rafael, Fernandes Almeida, João Pedro Ferreira Mendes, Rafael José Sousa Al-ves, Tiago Alexandre Carrito de Almeida Santos, Vítor Gonçalo Jacinto Escaroupa Lopes e Car-los Miguel Ferreira Mendes.

Destaque também para pro-moção a bombeiros de 2.ª de Nuno Cordeiro, João Loreto, Ri-cardo Ribeiro, Rui Neto, Ana Lima, Cláudio Silva, Susana Lourenço.

A associação distinguiu, pela ação desempenhada durante o ano de 2014, os bombeiros de 3.ª Renato Filipe Chorão Antu-nes, (mais Serviços Prestados) e Mélanie Carmona Rato, (mais saídas para Transporte de

Doentes); os bombeiros de 2.ª Daniel Rodrigues Santos Costa, (mais saídas na área da Emer-gência Médica) e João Luis Reis Caetano, (mais saídas para In-cêndios) e o bombeiro de 1.ª Pedro Manuel Fontes Melo, (mais horas de formação/ins-trução).

Foram também agraciados com condecorações da Liga dos Bombeiros Portugueses, por “bons e efetivos prestados”: Melanie Carmona Rato (5 anos); Daniel Rodrigues Santos Costa (10 anos); Evaristo Perei-ra Ribeiro Marco André Marques Fonseca (15 anos); Jody Fer-nandes Rato, Carlos Alberto Manaia, Ana Carina Gonçalves, João Paulo Simões Frade (20 anos); Eduardo Melanio e Paulo Rocha (30 anos).

Sofia Ribeiro

CONDEIXA A NOVA

Presidente da LBP lança novo apelo à ANMP

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27DEZEMBRO 2015

Em pouco mais de 30 anos de existência a Associação Humanitária dos Bombei-

ros Voluntários de Mourão já enfrentou e superou várias “cri-ses”. Inserida num meio peque-no, com poucos recursos e não mais que três mil habitantes, esta instituição nunca teve margem para crescimento e só mesmo a tenacidade ou a “tei-mosia” de um grupo de gente abnegada permitiu fazer vingar o projeto.

Alexandre Mendonça é um desses pioneiros, que já fez de tudo nesta casa. Entrou como funcionário “escriturário”, acu-mulou essas funções com as de bombeiro voluntário, durante 15 anos, e há cerca de oito anos ocupa a cadeira da presidência. Com tão vasto e eclético currí-culo, Alexandre Mendonça só podia viver com intensidade as coisas da casa que ajudou a fundar, mas também da causa a que se rendeu há mais de três décadas.

Recorda que, no início de 1979, os Voluntários de Mourão tinham “num velho barracão apenas uma ambulância, um carro de incêndio e um outro de transporte de água”, salientan-do, contudo, “o espírito e o en-tusiasmo” de mais de 60 bom-beiros. Esta viagem, passa, por instantes, pelo final década de 80 relembrando a inauguração do quartel, um marco impor-tante na história da instituição, que abriu um ciclo de dinamis-mo e crescimento. Anos depois, regista, a estagnação tomou conta da nstituição e é nesta fase que o administrativo ousa

trocar a cadeira da secretária pela da presidência.

Em 2007 os associados su-fragam um projeto de renova-ção e reestruturação, e a equi-pa liderada por Alexandre Men-donça “arregaça as mangas” e começa a trabalhar em várias frentes, até porque “tudo esta-va por fazer”

“Estabelecemos como priori-dade a renovação da frota, pois ambulâncias com mais de um milhão de quilómetros, velhas, sem conforto, sem ar condicio-nado, não prestavam um servi-ço digno às populações” assina-la o dirigente, revelando que a candidatura a vários programas de financiamento permitiu rees-truturar o parque de viaturas.

Quando a estabilidade pare-cia meta alcançada, surge a “crise de 2010” traduzida na al-teração de regras em matéria de transporte de doentes não urgentes, impostas por uma nova legislação que criou sérios problemas financeiros a muitas associações do País.

“Com a publicação do famoso despacho do Ministério da Saú-de que permitiu curar todos os doentes em Portugal, a fatura-ção desta associação baixou de mais de 14 mil euros mensais para zero”, denuncia irónico o dirigente, alegando que o cen-tro de saúde de Mourão deixou de emitir credenciais de trans-porte.

A questão já foi por diversas vezes apresentada ao Agrupa-mento de Centros de Saúde do Alentejo Central mas o proble-ma subsiste, como assegura Alexandre Mendonça:

MOURÃO

Resiliência abre caminhos de futuroSão grandes as dificuldades enfrentadas

pela Associação Humanitária dos Bombeiros de Mourão, que, ainda assim, não se rende

à adversidade. Esta é uma pequena instituição, mas

porque serve uma causa maior obriga-se a prestar um serviço de qualidade, colocando

à disposição das populações não só os meios, mas também a prontidão, a

preparação e o profissionalismo dos seus bombeiros.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

“A Administração Regional de Saúde, durante meses segui-dos, não requisita um único ser-viço aos bombeiros de Mourão”.

Registe-se, contudo, que as-sociação integra, agora, com outros corpos de bombeiros do distrito, o consórcio que venceu o concurso público lançado pelo Hospital de Évora, o que, a par com serviços para entidades particulares e a hemodiálise, possibilitou minimizar os pro-blemas de tesouraria, ainda que seja “muito complicado” asse-gurar a sustentabilidade finan-ceira que permita satisfazer os compromissos designadamente com os 12 colaboradores da ins-tituição, com quem a direção “não pode falhar”.

Apesar dos pesares, esta equipa não se rende à adversi-dade, ousando mesmo encarar o futuro com otimismo.

No decorrer de uma visita guiada ao quartel-sede, o presi-dente, os diretores Artur Godi-nho e Rui Reynaud, o coman-dante Rui Moita e o nomeado 2.º comandante Gonçalo Lopes reconhecem que o complexo, construído na década de 80 do século passado, não responde às exigências do corpo de bom-beiros.

O projeto de requalificação está aliás concluído e assenta na separação das áreas opera-cionais das administrativas. A intervenção orçada em 700 mil euros prevê também a remoção de 2100 metros quadrados de amianto da cobertura e a cons-trução de um centro de forma-ção, que permitirá, entre outras ações, reforçar a cooperação

com os bombeiros espanhóis de Villa Nueva del Fresco, de Jerez de los Caballeros e de Oliva de la Frontera, com os quais, pela proximidade geográfica, os Vo-luntários de Mourão, têm um longo historial de cooperação, nomeadamente em teatros de operações do lado de cá, mas também no de lá da fronteira.

A formação constitui uma prioridade tanto do comando como da direção, sempre dispo-nível para “abrir os cordões à bolsa” para investir na prepara-ção, mas também na valoriza-ção pessoal dos bombeiros.

Os cursos e formações são complementados, com ativida-des conjuntas de âmbito distri-tal, treinos e ações várias da Unidade Local de Formação de Viana do Alentejo.

Neste âmbito, o comandante Rui Moita fala dos riscos de uma área de atuação exposta aos in-cêndios florestais, dos acidentes nas vias de acesso a Espanha,

bem como as estradas de liga-ção a Reguengos e à Amareleja e das ocorrências pontuais, “mas cada vez mais frequentes” e na Barragem do Alqueva, si-tuações que exigem meios dife-renciados e colocam em alerta constante os cerca 30 operacio-nais que servem o quartel de Mourão.

Rui Moita não esconde os pe-sados encargos com equipa-mento de proteção individual e viaturas, dando mesmo nota de algumas lacunas, que a direção tenta, “como pode”, colmatar, dando nota da recente aquisição de uma ambulância de socorro, de um veículo de desencarcera-mento e de um outro florestal de combate a incêndios.

As exigências são muitas e os apoios poucos, ainda assim, os dirigentes fazem questão de su-blinhar a parceria com a Câma-ra Municipal de Mourão sempre atenta às necessidades dos bombeiros, disponível para pa-

trocinar o esforço de cresci-mento da instituição.

Faltam, também, empresas que permitam gerar parcerias, contudo, recentemente a Adega Cooperativa da Granja Amare-leja e a empresa Encostas do Alqueva colocaram-se à dispo-sição da causa colocando no mercado 15 mil garrafas do vi-nho Piteira Solidário e outras tantas de Granja-Amareleja para apoiar os bombeiros de Mourão, mas também de Moura

Num concelho pequeno, onde escasseiam todo o tipo de re-cursos é sempre mais complexa a ação de um corpo de bombei-ros que até pela proximidade com a população está, perma-nentemente, debaixo de escru-tínio, nada que assuste esta coesa e determinada equipa que com trabalho e resiliência consegue todos os dias dignifi-car o bom nome da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Mourão.

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28 DEZEMBRO 2015

A Associação dos Bombeiros Voluntários de Monforte co-

memorou recentemente o 30.º aniversário da sua fundação, com um programa que se esten-deu durante três dias, que in-cluiu, no arranque, uma noite de fados com os artistas Renato Matos, Dina Valério e Filipe Florêncio, acompanhados por Nuno Cirilo (guitarra portugue-sa), José Roberto (viola de fado) e Alexandre Gomes (viola bai-xo).

O programa integrou ainda um almoço de confraternização entre bombeiros, familiares, membros dos corpos sociais e convidados, e um baile com ma-gusto oferecido a toda a popula-ção, um convívio desportivo en-tre bombeiros, forcados e ele-mentos da equipa de Veteranos do Futebol Clube Monfortense e um espetáculo musical.

O segundo dia do programa iniciou-se com o hastear das bandeiras frente ao quartel da Corporação, as promoções de Bombeiros, seguindo-se a cele-bração de uma missa de Ação de Graças e a receção às entidades

frente ao edifício dos Paços do Concelho, com a revista à for-matura pelo presidente do Muni-cípio, Gonçalo Lagem.

Seguiu-se a sessão solene, no salão nobre dos Paços do Conce-lho, onde decorreram as conde-corações de bombeiros, o des-cerramento de uma placa evoca-tiva e a entrega simbólica de equipamento de proteção indivi-dual oferecido pelas quatro jun-tas de freguesia que integram o concelho, Assumar, Monforte, Santo Aleixo e Vaiamonte.

No decurso da sessão desta-que especial para as homena-gens, nomeadamente, a Rui

Maia da Silva, galardoado com o crachá de ouro da Liga dos Bom-beiros Portugueses, enquanto presidente da assembleia geral da Associação desde 2000, e en-quanto presidente da Câmara Municipal de Monforte, cargo que ocupou entre 1998 e 2009, ficando a dever-se ao seu empe-nhamento pessoal e dedicação a concretização de importantes projetos, entre os quais se sa-lienta a construção do quartel, concluída em 2005.

Jorge Pereira, comandante do corpo de bombeiros há 15 anos, foi o segundo homenageado. É o elemento de comando mais anti-

go do distrito de Portalegre, e recebeu uma salva de prata e uma mensagem impressa, na qual se enaltecem as suas quali-dades, subscrita pelos bombei-ros.

Além do presidente do muni-cípio, integraram também a mesa de honra, o presidente da Assembleia Municipal de Monfor-te e também presidente da as-sembleia geral da Associação dos Bombeiros de Monforte, Rui Maia da Silva, o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, Adriano Capote, o Co-mandante Operacional Distrital da ANPC, Belo Costa, o presi-dente da Federação Distrital dos Bombeiros, comandante Fran-cisco Louro, o presidente do conselho fiscal e presidente da direção, respetivamente, Joa-quim Mourato e António Meda-lhas, e o Comandante Jorge Oli-veira.

Na sua comunicação, António Medalhas realçou a importância da missão dos Bombeiros e feli-citou todos os atuais e anterio-res dirigentes e Comandantes da Associação, recordando, ainda,

os já falecidos e deixou uma pa-lavra de particular apreço ao Só-cio n.º 1, António José Falé Ca-noa, presente na sessão.

O presidente da edilidade, Gonçalo Lagem, evidenciou o papel desempenhado por todos aqueles que têm contribuído para que a Associação se assu-ma, de forma inquestionável, como um organismo insubstituí-vel. A esse propósito, o autarca teceu um reconhecimento espe-cial, a António José Falé Canoa, ex-presidente da Câmara Muni-cipal de Monforte e um dos prin-cipais impulsionadores da cria-ção da Associação, a António Medalhas, que, nestes 30 anos, ocupou o cargo de vice-presi-dente da Direção nos primeiros 10 anos e o de presidente há 20 anos, a Rui Manuel Maia da Sil-va, que na qualidade de presi-dente da Câmara, contribuiu de-cisivamente para que a constru-ção do novo quartel fosse uma realidade, e todos os comandan-tes que passaram por essa gran-de casa, nomeadamente Rogério Serrano, Maurício Cardoso, Isa-que Pataco e Jorge Pereira.

Gonçalo Lagem concluiu afirmando que “ficar-me ia mal, se me vangloriasse do apoio que o Município presta aos nossos Bombeiros, ainda assim não posso deixar de re-ferir que com todas estas difi-culdades financeiras, numa si-tuação generalizada em todas as Câmaras, o Município de Monforte, só este ano, aumen-tou em 10 mil euros o apoio anual, entregou 18 EPI’s e en-tregou hoje uma ambulância nova ao serviço dos nossos Bombeiros e do nosso Conce-lho. Mas afirmo, e concordarão comigo, que são muito mais importantes os Bombeiros para a Câmara, do que a Câ-mara para os Bombeiros”.

AS comemorações encerra-ram com a entrega e bênção da nova ambulância oferecida pela Câmara Municipal de Mon-forte seguida de desfile de via-turas pelas ruas da vila.

Agradecemos toda a colabo-ração prestada pelo vice-presi-dente da direção da Associa-ção, Luís Godinho, na recolha destas notas.

MONFORTE

Homenagens no 30.º aniversário

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Valbom comemorou recente-mente o seu 88.º aniversário com um programa que se pro-longou por três dias.

No primeiro dia, depois do habitual hastear das bandeiras, acompanhado pela salva de morteiros, foi depositada uma coroa de flores no monumento ao Bombeiro do Concelho de Gondomar. Este ano a coroa foi entregue pelos elementos da 2.ª secção do corpo de bombei-ros. Ainda nesse dia, o corpo de bombeiros saiu a rua para exi-bir as suas valências operacio-nais com um desfile temático, com destaque para a apresen-tação pública da equipa “BREC USAR”, que visa a busca e sal-vamento de pessoas em estru-turas colapsadas e também de espaços confinados com a cria-ção de acessos.

No segundo dia decorreu a sessão solene comemorativa do aniversário, com a presença de inúmeras entidades, nomeada-mente, do comandante José Morais, vogal do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses.

No decorrer da sessão solene

VALBOM

Novas ambulâncias em dia festivo

procedeu-se à distribuição me-dalhas de assiduidade da LBP e da Câmara Municipal de Gondo-mar. Destaque para a distinção relativa a 55 anos de serviço do chefe do QH Serafim Pontes, entregue pela vereadora da Câ-mara de Gondomar, Sandra Al-meida.

Também foram atribuídos di-plomas de mérito aos bombei-ros que em 2014 obtiveram a avaliação de “muito bom”.

Ponto alto e emotivo da ses-são o louvor expresso aos cinco bombeiros que integraram este ano o GRIF do Porto no conce-lho de Ponte de Lima, comanda-do pelo comandante José Alves e que integrava também um VFCI do corpo de bombeiros. Quando o grupo de reforço se dirigia para uma das frentes do incêndio, foram surpreendidos

por um comportamento extre-mo de incêndio, um dos veícu-los tanque, mais lento, foi cer-cado pelas chamas. A equipa do VFCI de Valbom, juntamente com as outras equipas do Gru-po, com risco máximo, abnega-ção e determinação procedeu ao resgate dos dois bombeiros que circulavam no tanque e posteriormente evitar que o veículo em causa ficasse toma-do pelas chamas.

Umas das bombeiras resga-tadas, aliás, encontrava-se pre-sente na sessão solene.

Na sua intervenção, José Al-ves, preocupado com os vários riscos da área de atuação do corpo de bombeiros, focou a criação da Brigada Especial de Socorro Fluvial, que tem por fi-nalidade operacional os socor-ros de náufragos, resgate suba-

quático e combate a incêndios em embarcações, realçando uma das intervenções recentes a um incêndio numa embarca-ção turística no Rio Douro, jun-to da Marina do Freixo, bem como a Equipa BREC, apresen-tada publicamente no desfile temático e sua primeira inter-venção num exercício conjunto no Palácio de Cristal no Porto.

O presidente da direção, José Augusto Oliveira, em jeito de balanço, destacou as obras ocorridas no quartel, incluindo um elevador para melhor aces-sibilidade a todo o quartel de pessoas com deficiência moto-ra, a remodelação do dormitó-rio masculino, a criação de duas salas de formação, aumentando para 3 (uma delas equipada com 20 computadores). Diaria-mente, como referiu, as 3 salas

de formação são ocupadas com vários cursos do IEFP, entidade que foi reconhecida no decorrer da sessão solene pela parceria e pelo trabalho desenvolvido pelas duas entidades.

O mesmo dirigente lembrou os seis veículos adquiridos pela associação, VTTF, ABSC, ABTM, VTTU, VOPE e remodelação de uma ABSC. Sublinhou ainda que os bombeiros passam do regime de sócios auxiliares para sócios efetivos e passam a ter todas as regalias que abrande os associados e usufruir dos vá-rios protocolos com várias enti-dades de Valbom e do Municí-pio.

As críticas de José Augusto Oliveira foram para o Ministério da Saúde afirmando mesmo que “a alteração da legislação para o transporte de doentes é

uma legislação que prejudica e muito todas as Associações de Bombeiros”.

No último dia das comemora-ções, feita a romagem ao cemi-tério de Valbom seguida da missa de comemoração do 88.º aniversário,

foram benzidas as duas no-vas ambulâncias, uma de emer-gência e uma de transporte de doentes não urgentes, equipa-da pela nova lei de transporte de doentes.

De seguida, mesmo com uma chuva persistente o efetivo do corpo de bombeiros desfilou or-gulhosamente e com brio, pelas ruas da cidade de Valbom.

Durante as comemorações os Voluntários de Valbom conta-ram com a presença da fanfarra dos Bombeiros de São Mamede de Infesta.

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29DEZEMBRO 2015

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Valença, no âmbito das come-morações do 96.º Aniversário, realizou, tal como em anos transatos, o Dia Aberto à Co-munidade.

Este evento teve lugar du-rante todo o dia de sábado, com diversas atividades para a co-munidade, que este ano conta-ram com algumas novidades. Nomeadamente, a torre multia-tividades, onde foi possível fa-zer escalada, rapel e tem ainda trepar numa teia.

Também foi criado um espaço com um labirinto, vedado à luz do sol, no qual as pessoas não tinham qualquer tipo de visibili-dade, como forma de simular o trabalho de um bombeiro numa busca e salvamento em incên-dios urbanos. Estava ainda dis-ponível um veículo e os equipa-mentos de corte para simular situações de desencarceramen-

to, exposição de todos os meios inerentes às atividades dos Bombeiros, nomeadamente equipamento florestal e um cantinho da saúde para avalia-ções de parâmetros vitais, ava-liações de tensão arterial e gli-cemia.

Durante a tarde, houve ainda espaço para mais algumas no-vidades em relação aos outros anos, com a aula de zumba, porco no espeto e animação com concertinas.

À conversa com o jornal O Valenciano, alguns dos jovens

voluntários referiram que um dos principais objetivos do dia aberto é abrir as portas do quartel à população, conseguir

que as pessoas visitem e se co-loquem na “pele” de um bom-beiro e entendam o trabalho que é feito, há já 96 anos, de

apoio à comunidade. “Esta é uma das alternativas, que já adotamos há alguns anos, para conseguirmos dizer às popula-ções que o quartel está aberto, podem vir cá quando quiserem, não apenas neste dia, mas du-rante todo o ano”.

Ao mesmo tempo, este dia é também uma forma de tentar captar mais juventude para in-gresso na corporação, uma ne-cessidade urgente. “É impor-tante serem os bombeiros mais novos a passar a mensa-gem aos potenciais futuros vo-luntários, é uma forma de eles demonstrarem que querem que venha mais gente traba-lhar com eles, e assim tentar arranjar cada vez mais bom-beiros, o que é cada vez mais difícil” contou o Comandante Veiga Rodrigues ao nosso jor-nal.

No domingo, dia 20, tiveram lugar as comemorações oficiais

do 96.º Aniversário dos Bombei-ros Voluntários de Valença. Ini-ciou-se, pelas 9 horas, a forma-tura geral, seguindo-se o has-tear da bandeira no Quartel e posterior visita ao Cemitério. Por volta das 11 horas, celebrou-se a missa da Igreja de Santo Este-vão e realizou-se o habitual des-file até o quartel, onde procede-ram à entrega de divisas, meda-lhas e condecorações aos bom-beiros e um batismo, que é sempre um momento de interes-se nas comemorações.

Como é habitual, realizou-se a sessão solene no salão nobre, com a com a homenagem e co-locação da coroa de flores junto ao busto do benemérito José Maria Goncalves.

De forma a encerrar as cele-brações, foi servido um Verde de Honra a todos os presentes e participantes.

(Texto e Fotos – Jornal “O Valenciano”)

VALENÇA

Aniversário com dia aberto à comunidade

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Vila Real – Cruz Verde iniciou no passado dia 5 as comemora-ções dos 125 anos da sua fun-dação.

Em ambiente de festa, e com a presença da secretária de Es-tado Adjunta e da Administra-ção Interna, Isabel Oneto, fo-ram entregues diversas distin-ções, inaugurada uma exposi-ção e feita a retrospetiva histórica da Associação.

Depois de recebidas as diver-sas entidades presentes, foi inaugurada uma exposição fo-

tográfica com os momentos mais marcantes dos 125 anos da história da Associação e deu--se início à sessão solene, no salão nobre que também serve de sala museu. Na ocasião, o presidente da direção, Carlos Moreira, congratulou-se com a enorme afluência a esta ceri-mónia, que demonstra a impor-tância e vitalidade da Cruz Ver-de, mas não quis deixar de re-lembrar também “que é nossa obrigação lembrar as pessoas que sempre deram muito a esta casa”.

O professor Gentil Maga-

lhães, associado e um apaixo-nado pela história da Cruz Ver-de, fez uma retrospetiva histó-rica dos momentos mais impor-tantes, sem esquecer as pessoas e entidades que ajuda-ram e ajudam ao engrandeci-mento da primeira associação humanitária e voluntária do concelho de Vila Real.

Durante a cerimónia foram ainda homenageados e distin-guidas diversas pessoas e enti-dades. Com a atribuição de di-plomas pela prestação de servi-ço voluntário, foram distingui-dos os bombeiros Fernando

Veiga e Hugo Parente, e ainda os bombeiros Joaquim Carvalho e Fernando Mota pela dedicação no restauro de equipamentos e viaturas históricas. Foi também atribuído um diploma às em-presas “Hipermercado Jumbo” e “Cash-Carry Recheio” pelo contributo dado á Associação/ Corpo de Bombeiros.

Sucedeu-se a entrega de me-dalha de dedicação aos bombei-ros no QH, Aníbal Teixeira, Fer-nando Dias, Francisco Barros e António Pinto.

Foram distinguidos com a medalha de serviços distintos, o

comandante do QH José Pinto e o Hotel Miracorgo, pelos rele-vantes serviços prestados á As-sociação.

O crachá de ouro da Liga de Bombeiros Portugueses, repre-sentada pelo comandante José Morais, foi entregue a Carlos Santos, chefe do quadro ativo.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde, atribuiu o colar de honra – grau ouro à Câmara Municipal de Vila Real

O presidente do Município de Vila Real, Rui Santos, destacou e enalteceu a longa história e

percurso da Cruz Verde. O edil lembrou ainda a necessidade do atual quadro de apoio comuni-tário 2020 “alocar verbas para a proteção civil e socorro”. “É uma decisão política muito im-portante. E caso os nossos bombeiros venham a ser con-templados com apoio para os seus projetos, a Câmara Muni-cipal, como sempre, assumirá a comparticipação nacional. É um compromisso que assumimos com ambas as corporações de Vila Real” garantiu.

Isabel Oneto, secretária de Estado Adjunta e da Adminis

CRUZ VERDE VILA REAL

Associação abre programa comemorativo

Os Bombeiros Municipais do Cartaxo comemoraram re-

centemente o seu 79.º aniver-sário numa cerimónia presidida pelo presidente da Câmara Mu-nicipal do Cartaxo, Pedro Ma-

galhães Ribeiro, na presença do presidente da Assembleia Municipal, Gentil Duarte, res-tantes vereadores e outros au-tarcas.

A cerimónia contou também

com a presença de diversas en-tidades, nomeadamente, o vi-ce-presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses, comandan-te Adelino Gomes, o presidente da Federação de Bombeiros do

Distrito de Santarém, coman-dante Carlos Gonçalves, o co-mandante distrital de opera-ções de socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Má-rio Silvestre, acolhidos pelos

comandante do corpo de bom-beiros David Lobato.

A celebração do aniversário teve início com o içar da ban-deira seguindo-se, em parada, fronteira ao quartel do corpo de

bombeiros, a sessão solene, a colocação de flores junto do monumento aos bombeiros fa-lecidos, terminando com um al-moço convívio entre todos os presentes.

CARTAXO

Municipais assinalam 79 anos de vida

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30 DEZEMBRO 2015

ANIVERSÁRIOS1 de janeiroBombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Verde) . . . . . . . . . . . . .125Bombeiros Voluntários do Montijo . . . . . . .107Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora . . . . . . . . . . . . . . . .99Bombeiros Voluntários Espinhenses . . . . . . .88Bombeiros Voluntários de Esmoriz . . . . . . . .85Bombeiros Voluntários de Arraiolos . . . . . . .824 de janeiroBombeiros Voluntários de Ourém . . . . . . . .1045 de janeiroBombeiros Voluntários de Alcabideche . . . . .89Bombeiros Voluntários de Farejinhas . . . . . .866 de janeiroBombeiros Voluntários de Esposende . . . . .125Bombeiros Voluntários de Vila Real (Cruz Branca). . . . . . . . . . . . .119Bombeiros Voluntários de Cheires . . . . . . . .86Bombeiros Voluntários do Entroncamento . . .67Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra . .558 de janeiroBombeiros Voluntários de Faro. . . . . . . . . . .939 de janeiroBombeiros Voluntários de Mora . . . . . . . . . .7610 de janeiroBombeiros Voluntários da Amadora . . . . . .11112 de janeiroBombeiros Voluntários de Canas de Senhorim . . . . . . . . . . . . . . . .8514 de janeiroBombeiros Voluntários de Azambuja. . . . . . .84Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa . . . . . . . . . . . . . . .82Bombeiros Voluntáriosde São Roque do Pico . . . . . . . . . . . . . . . . .68Bombeiros Voluntários de Ortigosa. . . . . . . .1715 de janeiroBombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António . . . . . . . . . .126Bombeiros Voluntários de Cacilhas . . . . . . .12517 de janeiroBombeiros Voluntários da Rebordosa . . . . . .38

18 de janeiroBombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães. . . . . . . . . . . . . . .86Bombeiros Voluntários de Provesende . . . . .8520 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . .9221 de janeiroBombeiros Voluntários de Barrancos. . . . . . .3622 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Albergaria-a-Velha . . . . . . . . . . . . . . . . .91Bombeiros Municipais de Santa Cruz . . . . . .8424 de janeiroBombeiros Voluntários de Penamacor . . . . . .7825 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Santa Cruz das Flores . . . . . . . . . . . . . .65Bombeiros Voluntários de Côja . . . . . . . . . .53Bombeiros Voluntários do Alandroal . . . . . . .3626 de janeiroSapadores Bombeiros de Lisboa. . . . . . . . .62127 de janeiroBombeiros Voluntários de Vale Besteiros. . . .3828 de janeiroBombeiros Voluntários de Aveiro Velhos . . .134Bombeiros Municipais de Tomar . . . . . . . . . .9429 de janeiroSapadores Bombeiros do Porto . . . . . . . . .288Bombeiros Voluntários da Vidigueira. . . . . . .3030 de janeiroBombeiros Voluntários de Póvoa de Santa Iria . . . . . . . . . . . . . . . .73Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria . . .6931 de janeiroBombeiros Voluntários Estoris . . . . . . . . . . .93Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. . . . . . . . . . . . . . .93Bombeiros Voluntários de Izeda. . . . . . . . . .32

Fonte: Base de Dados LBP

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários do Peso da Régua comemorou os

seus ‘135 anos a fazer História’ nos dias 28 e 29 de novembro, com um programa festivo que in-cluiu, o hastear da bandeira, perante guarda de honra do corpo ativo e fanfarra da Associação, a romagem aos cemitérios de Godim e Peso da Ré-gua, missa em memória dos fundadores, bombei-ros, sócios e beneméritos falecidos, batismo de uma nova ambulância que tomou o nome do fale-cido Padre Lacerda, antigo capelão dos bombei-ros, inaugurada pelo presidente do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-mandante Jaime Soares, e pelo presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua, Nuno Gon-çalves.

Seguiu-se a receção às entidades oficiais con-vidadas, a sessão solene, o almoço de confrater-nização, uma homenagem ao comandante Afon-so Soares e o encerramento com o desfile de via-turas pelas principais ruas da cidade de Peso da Régua, capital do Douro.

Sobre a figura do capelão dos bombeiros da Régua homenageado nesta cerimónia, foi recor-

dado um texto em sua homenagem escrito pelo escritor João de Araujo Correia:”

O Padre Manuel Lacerda. Foi, de todos, o mais benquisto dos reguenses. Morreu de repente, en-lutando num pronto a Régua toda. Lembro-me de o ver conversar com pai. Que fisionomia! Era uma espécie de coração visto por fora para melhor se adorar. Meu pai, que não era homem de muitas lágrimas, nunca o recordou, pela vida fora, com os olhos absolutamente secos”.

O Padre Manuel Lacerda foi capelão dos Bom-beiros Voluntários da Régua. Por isso o acompa-nharam, de bandeira enlutada, no último passeio. O “Borrajo”, porta-estandarte, ia a chorar...

A sessão solene comemorativa dos Bombeiros da Régua, além do presidente da Câmara, do pre-sidente da Assembleia Municipal, Artur Soveral An-drade, e do presidente da LBP, contou também com as presenças, do Padre Luís Marçal Gouveia, do Codis de Vila Real da ANPC, Alvaro Ribeiro, aco-lhidos, pelo presidente da direção, José Alfredo Al-meida, o presidente da assembleia-geral, José Al-berto Marques, pelo comandante Rui Lopes e res-tantes órgãos sociais e elementos do comando.

RÉGUA

Ambulância homenageiaantigo capelão

Os Bombeiros Voluntários de Bragança terminaram em

festa as comemorações do seu 125º aniversário no passado dia 8 de Dezembro.

Os festejos, preparados de forma a envolver a população, iniciaram-se na Avenida João da Cruz com um cortejo de via-turas, a que se seguiu uma simbólica homenagem aos bombeiros falecidos, junto ao monumento que os evoca, uma missa solene na Sé e a imposi-ção de novas insígnias a bom-beiros.

O presidente da Associação, Rui Correia, no decurso das co-memorações adiantou que um dos objectivos mais imediatos será conseguir um veiculo de desencarceramento mais rápi-do que o actual. “Temos duas viaturas de desencarceramen-to, uma que é mais lenta e que-remos equipá-la com materiais mais modernas, com um novo chassis, é uma operação que envolve 165 mil euros”, explica Rui Correia.

Foram novidades anunciadas no encerramento das comemo-rações dos 125 anos, marcado pela realização de uma gala,

que contou com música e ma-gia e na qual foram homena-geadas as empresas e entida-des que ajudaram os Bombei-

ros Voluntários de Bragança a comemorar uma data tão signi-ficativa.

Na cerimónia, realizada no

repleto Teatro Municipal, desta-cava-se a presença do presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jai-me Marta Soares, do presiden-te da Federação Distrital de Bombeiros de Bragança, do co-mandante distrital de opera-ções de socorro da ANPC, re-presentantes espanhóis das Unidades de Socorro de León e Zamora e outras entidades.

A parte lúdica foi preenchida graciosamente por grupos e ar-tistas locais e nacionais que se

quiseram associar ao evento. Foram ainda entregues meda-lhas de assiduidade e por bom e efectivo serviço voluntário aos bombeiros com 5, 10, 15, 20 e 25 anos de serviço.

Na sua intervenção, Hernâni Dias, o presidente do Municí-pio , lembrou que no “quadro de relacionamento institucio-nal, apraz-me registar o exce-lente diálogo entre o governo autárquico vigente e os Bom-beiros Voluntários de Bragan-ça.

“Hoje é um dia muito espe-cial para Bragança, para os bombeiros de Bragança, para os nossos amigos que nos visi-taram e para toda a gente, é o encerramento com chave de ouro dos 125 anos desta pres-tigiosa associação”, referiu o comandante José Fernandes, dos Bombeiros Voluntários de Bragança, adiantando que ou-tro dos projectos futuros da corporação será realizar obras de melhorias a nível da efi-ciência energética no quartel

BRAGANÇA

Bombeiros fecham comemorações

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31DEZEMBRO 2015

em dezembro de 1995

Durante três dias, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Celoricenses an-

dou pelas escolas de jardins-de-infância a en-tregar pais natais às crianças.

A campanha “Bombeiro Pai Nata” realizou-se entre 14 e 16 últimos “com o objetivo de des-mistificar a ideia que os bombeiros, não só so-correm as pessoas e apagam incêndios, mas são muito mais que isso e têm um papel funda-mental na comunidade ao incutir boas práticas”, conforme referiu o presidente da Associação, Fernando Freitas, no decurso da campanha, su-blinhando que” enquanto membro da direção desta Associação não posso deixar de salientar a importância de ações de proximidade com a população sobretudo, os mais pequeninos”.

A campanha chegou a todas as escolas e Jar-dim-de-infância do concelho. Ali chegados, os bombeiros devidamente caracterizados mostra-ram ainda às crianças o funcionamento do veí-culo em que se transportaram durante a cam-panha.

“É um gosto ter um corpo ativo interessado em fazer atividades que envolvam a comunida-de” referiu-nos o comandante Marinho Gomes, adiantando que “de facto, os bombeiros são muito mais que um grupo de homens prontos para entrar em ação quando solicitados, per-tencem a uma associação que tem um sentido humanitário bem vincado com sentido de co-munidade intrínseco e visível em ações como esta”.

Celorico de Basto

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Camarate

realizou na manhã do dia 10 de de-zembro uma visita natalícia aos jar-dins-de-infância, da sua área de atua-ção.

Numa missão diferente do habitual, e com um jipe antigo e um atrelado bem decorado os bombeiros levaram o Pai Natal dos Bombeiros de Camarate em visita às crianças, indagando, por exemplo, “como se têm portado ao longo do ano, e quais as prendas que queriam receber na noite de natal”.

“Interagir com as crianças e com toda a co-munidade escolar foi de novo um dos objeti-

vos desta ação” referem os Voluntários de Ca-marate sublinhando que, “não oferecemos prendas, mas sim abraços, sorrisos e muita alegria a todos os meninos”.

Camarate

Os Bombeiros Voluntários de Lousada demonstraram

mais uma vez aquilo que já se sabe, ou seja, soldados da paz, mas homens e mulheres sensí-veis e devotos à quadra.

Assim, cumpriram de novo a tradição de várias décadas, com a montagem do presépio de Na-tal no seu quartel. O conjunto foi construído por 30 bombeiros do corpo ativo durante aproxi-madamente uma semana. “ O objetivo deste presépio é mar-car a quadra natalícia represen-tando o nascimento do menino jesus naquela casa, a casa dos soldados da paz da Vila de Lou-sada” refere uma fonte da instituição aprovei-

tando para, “em nome dos Bombeiros de Lousa-da desejar a todos os bombeiros de Portugal um feliz Natal e um prospero Ano Novo”.

LousadaE porque é Natal...

“Mais do que uma festa, foi a cele-bração de mais um ano de dedi-

cação, espírito de responsabilidade e amizade, sentimentos partilhados en-tre todos dentro do Corpo de Bombei-ros” defende o comando dos Bombei-ros Voluntários de Óbidos.

A festa de natalícia realizou-se no passado dia 5 de dezembro, onde uma vez mais, bombeiros, elementos dos órgãos sociais e respetivas famílias, num ambiente onde os atributos desta época são de presença obrigatória, tiveram uma noite mar-cante.

Como não podia faltar, a figura do Pai Natal marcou presença e não deixou ninguém indife-rente, nem os créditos por mãos alheias, já que contentou os mais novos com os habituais pre-sentes.

Na ocasião, o comando e a direção dos Bom-beiros de Óbidos agradeceram a todos os que

tornaram possível a realização daquela bela festa de natal, com um especial agradecimento a Antó-nio Plácido, Céu Plácido e ao Grupo de Jovens Voluntários das Gaeiras (JVG).

Em mensagem enviada à nossa redação, o Corpo de Bombeiros de Óbidos deseja também que a mensagem de Natal sirva de encorajamen-to para o novo ano que se aproxima e que o es-pírito voluntário e solidário do Natal perdure para lá destes dias, de boa vontade e de partilha.

Óbidos

Os Bombeiros Voluntários de Albu-feira têm em exposição, desde 5

de dezembro e até 6 de janeiro, na zona central do AlgarveShopping, na Guia, o seu presépio de natal.

É a primeira vez que os bombeiros realizam aquela iniciativa numa área comercial, com o objetivo de, tam-bém, por esta via, estarem mais pró-ximo das populações locais e dos vi-sitantes que na quadra visitarem aquela superfície. “Todos poderão contemplar um presépio que retrata a história da evolução civilizacional desde o nascimento de Jesus até aos nossos dias, numa viagem cheia de carisma desde Belém até à Guia” re-fere-nos uma fonte da Associação.

Como sempre, a equipa de bombeiros que construiu o presépio deu provas da sua capa-cidade técnica e sensibilidade edificando um conjunto de grande valor artístico e também afetivo.

Albufeira

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32 DEZEMBRO 2015

“Se continuarem a subsistir dúvidas sobre a matéria em

questão, tomo a liberdade de propor a V.Exa que agende um Conselho Nacional de Bombei-ros (CNB), onde possamos re-fletir em conjunto e tirar as dúvidas que subsistirem”, su-gere o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses e mis-siva enviada ao presidente da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, major general Grave Pereira, a propósito do con-junto de louvores emitidos re-centemente a responsáveis daquela estrutura mas que esqueceram os bombeiros.

Na mesma missiva, o co-mandante Jaime Marta Soa-res, ao admitir a realização do CNB, lembra ao presidente da ANPC que esta estrutura só tem generais “pois as tropas deste imenso Exército de Paz, Solidariedade, Fraternidade e Humanismo, são manifesta-mente os nossos Bombeiros, a quem, repito, não foi reconhe-cido publicamente o devido mérito por parte de V. Exa”.

Não obstante o major gene-ral Grave Pereira, em resposta a missiva anterior, ter aludido a elogios feitos aos bombei-ros, o presidente da LBP subli-nha que,” quanto ao elogio

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 21 825 88 21 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Senhores ministros e secretários de Estado envio o respetivo cumprimento e como fiz

com os anteriores e os antes deles cá estou a lembrar-lhes que aqui estamos. Como estarão muito afogueados em novas tarefas e por certo em muito trabalho pode ser que no meio de tanta coisa lhes passem algumas coisas ao lado. Não tenho qualquer dúvida sobre a vonta-de que têm em pegar em todos os assuntos mas mesmo assim permitam-me, não levem a mal, que lembre que os bombeiros portugueses são algo de importante. Não por que nos pú-nhamos em bicos de pé ou queiramos ser artis-

tas de palco mas por que as coisas são assim. Quando alguma coisa corre mal somos os pri-meiros a avançar. Quando se tentou tudo é em nós que põem os olhos acreditando que até fa-remos milagres. Somos assim, homens e mu-lheres, com uma vontade de ajudar os outros que não nos sai da cabeça.

A senhora ministra não nos conhecerá bem mas por certo vai ter vontade de o fazer. Com os seus secretários de Estado as coisas são di-ferentes, é gente que conhece os bombeiros, que já deu provas disso nos distritos onde esti-veram à frente e saberão bem das nossas aspi-

rações e das nossas dificuldades. Acreditamos que agora nas novas funções não terão esque-cido o que fizeram de bom e irão ajudá-la a ambientar-se o mais rápido possível.

Quanto ao senhor ministro da Saúde, que nunca tivemos o prazer de conhecer, acredita-mos que estará atento a nós. Dizem-nos que aí pelos hospitais de Lisboa e de Cascais soube mostrar quem manda e quem sabe. Acredito que essa proximidade também o tenha ajudado a conhecer melhor a realidade dos bombeiros, o que fazemos para satisfazer as necessidades dos doentes e utentes e os custos que isso

acarreta. Saberá que não somos meros trans-portadores e a função social que desempenha-mos, que também nos acarreta custos, deverá ser considerada.

Hoje é só recados, mas é por bem acreditem.

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Hoje é só recados

Às fanfarras e bandas associadas às nossas as-sociações humanitárias de bombeiros voluntários pelo papel importante que desempenham na va-lorização das cerimónias mas também por serem um alfobre importante de novos valores para os corpos de bombeiros

Às estruturas de saúde, nomeadamente uni-dades hospitalares que, apesar dos apelos e das demonstrações do impacto negativo dessas dívi-das nas associações, não tratam de honrar as verbas devidas por serviços prestados pelos bombeiros.

LOUVOR/REPREENSÃO

LOUVORES

Dúvidas subsistem

O conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugue-

ses (LBP), através de mensa-gem eletrónica assinada pelo presidente daquele orgão, co-mandante Jaime Marta Soa-res, acaba de enviar em anexo a todos os presidentes de dire-ção das associações humani-tárias, presidentes de câmara municipal com corpos de bom-beiros e comandantes uma có-pia integral do Plano de Ativi-dades e Orçamento da LBP para 2016.

Refira-se que os documen-tos em causa foram aprovados

por unanimidade no Conselho Nacional da LBP realizado no passado dia 12 em Rio Maior.

LBP

Divulgação do PAe Orçamento para 2016

LBP/SNBP

Sanadas divergências

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) representada pe-los vice-presidentes do conselho executivo, Rodeia Ma-

chado e José Miranda, e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), representado pelo presidente, Sérgio Carvalho, e a Associação Nacional dos Bombeiros Profissio-nais representada pelo presidente, Fernando Curto, reuni-ram-se na sede da LBP para analisar as questões penden-tes, relativas à comunicação emitida pelo Sindicato, na se-quência de uma reunião anterior, sobre o inicio da discussão de um futuro Acordo Coletivo de Trabalho, mediado pela Direção Geral do Emprego e Relações de Trabalho.

Nesta reunião, ficou decidido, em primeiro lugar, que vão prosseguir as negociações entre a LBP e o SNBP, para atin-gir o desiderato de estabelecer um Acordo Coletivo de Tra-balho, dado terem ficado sanadas as divergências anterio-res.

Em segundo lugar, ficou assumido que qualquer comuni-cação após as reuniões, será feita em conjunto pela LBP e pelo SNBP sobre o andamento das negociações centrado no objetivo principal, tendo em conta os princípios da boa-fé negocial.

público aos Bombeiros feitos por V. Exa, registo como posi-tiva essa atitude, mas não posso deixar de lhe dizer que

a manifestação pública de grande valor é aquela em que é reconhecida em letra de for-ma, e publicada no Diário da

República”, lembrando que “essa é para nós uma questão de honra da qual não abdica-remos”.

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