Laudo Técnico Ambiental - Prefeitura Municipal de Valinhos · Foto 7, 8 e 9 – Visão do ponto...
Transcript of Laudo Técnico Ambiental - Prefeitura Municipal de Valinhos · Foto 7, 8 e 9 – Visão do ponto...
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
0
Laudo Técnico Ambiental
Atendimento a notificação nº 114/2013
Laudo Anual em atendimento as exigências da Lei nº
4.123 de 04 de maio de 2007.
Ano de referência: 2012
Valinhos – SP
Abril de 2013.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
1
DADOS DO EMPREENDIMENTO
Nome do Empreendimento: Condomínio Residencial “Le Village”
Local do empreendimento: Rua João Previtale, s/n – Jardim Alto da Colina.
CEP: 13.272-315
CNPJ: 16.691.346/0001-13
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO
Tiago Nora Machado
Engenheiro Ambiental
CREA SP Nº 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886
E-mail: [email protected]
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
2
ÍNDICE
I – Introdução 03
II – Caracterização do Empreendimento 03
III – Diagnóstico Ambiental 07
i. Meio Físico 07
ii. Meio Biótico 08
IV – Resíduos Sólidos 19
V – Das Intervenções Realizadas 20
VI – Considerações Finais 21
VII – Anexos 22
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
3
I - Introdução
Este Laudo Técnico Ambiental tem por finalidade apresentar as informações
necessárias para cumprir a Lei Municipal n° 4.123 de 04 de Maio de 2007 que dispõe
sobre a necessidade de caracterização e monitoramento ambiental dos recursos naturais
incidentes em loteamentos fechados e condomínios horizontais residenciais do
Município de Valinhos.
Será apresentada a caracterização dos recursos naturais incidentes no
empreendimento denominado Condomínio Residencial “Le Village”.
Ressalta-se que as informações e fotos apresentadas neste laudo foram obtidas em
visita ao referido condomínio, na data de 04/04/2013 que descrevem as condições
ambientais atuais do empreendimento no momento da visita.
II - Caracterização do Empreendimento
O Condomínio Residencial “Le Village” localiza-se na Rua João Previtale, s/n,
bairro Jardim Alto da Colina, no município de Valinhos-SP.
O empreendimento possui coordenada geográfica UTM 295.496. m E, 7.461.171.
m S, obtida na entrada (portaria) do condomínio.
Foto 1 – Imagem de satélite (Google Earth) com delimitação do Condomínio Residencial “LeVillage”.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
4
O condomínio possui uma área total de 95.617,44 m², contando com 154 lotes
residências, 08 áreas verdes e áreas de uso comum (portaria e depósito de lixo).
Os terrenos vazios estão cobertos por vegetação rasteiras que é controlada
periodicamente por meio de roçadas, e o material resultante é espalhado por sua
superfície, o que previne a instalação de processos erosivos e a proliferação de pragas
urbanas como formigas, cupins, entre outros.
Foto 2, 3 e 4 - Visão dos lotes vazios. Os mesmos encontram- se bem cuidados, com excelente cobertura
vegetal e roçadas periódicas evitando a proliferação de pragas urbanas e não instalação de processos
erosivos.
Porém durante vistoria “in loco” foi verificado que alguns lotes não estão
seguindo essa recomendação, como podemos ver nas fotos abaixo, portanto é
aconselhável que o Condomínio, exija essa limpeza junto ao proprietários, para prevenir
a proliferação de pragas urbanas.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
5
Foto 5 e 6 – Lotes vazios onde são necessárias a adoção de medidas tais como roçada e capina junto a
guia da rua.
Durante a vistoria, constatamos o carreamento de partículas sólidas na parte sul do
Condomínio, isso tem ocorrido, pois em alguns lotes estão sendo realizadas obras sem a
adoção de cuidados e critérios técnicos para evitar esse carreamento. A continuidade
desse procedimento pode potencializar o assoreamento da nascente e do Córrego
Jurema que consta na Área Verde 01.
Assim, recomendamos a administração do condomínio, informar aos condôminos
quanto à necessidade de atender a critérios técnicos e realizar os trabalhos de
movimentação de terra preferencialmente na época de estiagem, prevenindo assim o
carreamento de resíduos sólidos que possam assorear os recursos hídricos situados na
área verde 01 do condomínio.
Além disso, é importante que seja realizada constantemente a limpeza e
manutenção dos componentes das linhas de drenagem presentes nas partes internas dos
condomínios visando evitar o acúmulo de água na parte mais baixa do local.
A adoção destas medidas evitará não só o assoreamento mas também possíveis
danos ao asfalto nestes locais.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
6
Foto 7, 8 e 9 – Visão do ponto onde nota-se o acúmulo de partículas de terra, areia e outros mateirais
carregadas com as chuvas.
Foto 10, 11 e 12 – Vista dos lotes com problemas de carreamento de partículas sólidas.
Vale ressaltar que o empreendimento está localizado na área urbana do Município
de Valinhos em meio a muitos loteamentos novos e antigos, com estrutura nas
proximidades dotada com diversidade de estabelecimentos comerciais, e com todos os
equipamentos públicos de infraestrutura urbana, como energia elétrica, interceptor de
esgoto, rede de abastecimento de água, entre outros.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
7
III - Diagnóstico Ambiental
i. Meio Físico
Conforme o IBGE, o empreendimento está localizado em região com solo do tipo
argissolo vermelho-amarelo (PVA), conforme mostra a figura a seguir.
Figura 01 – Mapa de Solos do IBGE com indicação da região do empreendimento (ponto
vermelho).
Legenda:
Os argissolos vermelho amarelo caracterizam-se por apresentarem gradiente
textural, com nítida separação entre horizontes quanto à cor, estrutura e textura. Os
teores de Fe2O3 normalmente são menores que 11%.
São profundos a pouco profundos, moderadamente a bem drenados, com textura
muito variável, mas com predomínio de textura média na superfície, e argilosa, em
subsuperfície, com presença ou não de cascalhos.
Apresentam porosidade total baixa a média e densidade aparente com valores
compreendidos entre 1,32 g e 1,63 g/cm3.
Quanto aos recursos hídricos presente na área do condomínio foi verificado a
presença de uma nascente e de trecho do córrego Jurema.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
8
A nascente e o córrego constam no levantamento planialtimétrico do
empreendimento, entretanto não foi possível visualiza-los em vistoria, uma vez que a
Área Verde 01 está isolada do condomínio, e apresenta um fragmento de vegetação em
processo de regeneração, dificultando o acesso aos recursos hídricos. Importante frisar
que, no entorno do fragmento não foram observados processos erosivos.
Dos respectivos recursos hídricos no local, incidem Áreas de Preservação
Permanentes que foram indicadas como área verde 01 do Condomínio Residencial “Le
Village”, conforme Resolução CONAMA nº 302 de 20 de Março de 2002.
Quadro I - Caracterização Legal do Recurso Hídrico
Localização Conforme Lei 12.651, de 25 de Maio de 2012
Nascentes Sul da propriedade Art. 4º, IV, estabelece o raio mínimo de 50 metros
de faixa de preservação permanente.
Córrego Jurema
Cortando a
propriedade de
Sudoeste a Sudeste
Art. 4º, letra “a”, I, estabelece 30 metros de faixa de
preservação permanente.
ii. Meio Biótico
A área do empreendimento está inserida no Bioma Mata Atlântica, com
ocorrência do agrupamento Floresta Ombrófila Densa, conforme mostra a figura a
seguir obtida do Sinbiota.
Figura 02 – Mapa do Sibiota com indicação da região do Condomínio Residencial Porto Seguro
Village. Legenda: Biota - Agrupamento: Floresta Ombrófila Densa.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
9
Conforme a planta do empreendimento existe 01 área verde no condomínio, com
área de preservação permanente.
Nesse laudo será caracterizadas apenas as áreas verdes, visto que as áreas de uso
comum tratam-se apenas de construções, como portaria e depósito de lixo.
A caracterização da vegetação presente nas áreas verdes e sistema de lazer segue o
disposto na Resolução conjunta SMA/IBAMA nº 01 de 1994.
ÁREAS VERDES 01
A Área Verde 01 corresponde à faixa de APP de 30 metros do córrego e 50
metros de raio a partir da nascente, gerando uma área de 17.930,25 m². É ocupada
majoritariamente por vegetação secundária em estágio inicial de regeneração.
Nessa área foi constatada também a presença de plantio de mudas nativas para
reflorestamento da Área de Preservação Permanente, em atendimento as exigências
emitidas pela CETESB quando da implantação do empreendimento.
As principais espécies que ocorrem nessas áreas verdes são: Cambará (Gochnafia
polymorpha), Aroeira Salsa (Schinus molle), Aroeira Pimenteira (Schinus
terebinthifolia), Embaúba (Cecropia pachystachya), Ipê Amarelo (Tabebuia alba), Ipê
Roxo (Tabebuia impetiginosa), Ipê Branco (Tabebuia roseoalba), Quaresmeira
(Tibouchina granulosa), Angico (Anadenanthera falcata), Jerivá (Syagrus
romanzoffiana), Oiti (Licania Tomentosa), Pau-formiga (Triplaris brasiliana), entre
outros.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
10
Foto 13, 14, 15 e 16 - Visão geral da Área Verde 01, não foi possível adentrar na área, uma vez, que ela
encontra-se cercada.
Foto 17 – Vista da Área Verde 01 com o plantio da mudas nativas.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
11
Foto 18, 19 e 20 –Detalhes das mudas na Área Verde 01, observa-se o bom desenvolvimentos das mudas
e a realização de seu coroamento.
Vale ressaltar que o passeio público da área verde é permeável, com cobertura de
grama esmeralda e plantas utilizadas nos paisagismos, permitindo a infiltração da água
de chuva, essencial ao abastecimento dos lençóis freáticos.
ÁREA VERDE 02
A área verde 02 possui 2.359,95 m², e encontra-se próxima ao limite da gleba na
porção sudeste do empreendimento.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração, composta basicamente por gramíneas e também consta com
um plantio de espécies nativas.
As principais espécies que ocorrem nessas áreas verdes são: Ipê Amarelo
(Tabebuia alba), Ipê Roxo (Tabebuia impetiginosa), Ipê Branco (Tabebuia roseoalba),
Ingá (Inga edulis), Aroeira Salsa (Schinus molle), Aroeira Pimenteira (Schinus
terebinthifolia), Canafístula (Peltophorum dubium), Goiaba (Psidium guajava), Pitanga
(Eugenia uniflora), Carobinha (Jacaranda caroba), Araçá (Psidium cattleyanum), Pata
de Vaca (Bauhinia forficata), entre outras.
Em vistoria “in loco” realizada no dia 04/04/2013, foi observado que as mudas
apresentam um bom desenvolvimento e ótimo coroamento, porém algumas foram
predadas por formigas.
Para um ótimo desenvolvimento das mudas plantadas na Área Verde 02,
recomenda-se que sejam realizadas as manutenções no plantio, como: combate às
formigas, substituição das mudas mortas ou que não obtiveram pegamento, adubação de
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
12
cobertura, roçadas das entre linhas, coroamento e na escassez de água é necessário à
irrigação do plantio.
As fotos abaixo mostra a situação no momento da vistoria:
Foto 21, 22, 23 e 24 – Visão geral da Área Verde 02, detalhe para a vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração e do plantio de mudas nativas.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
13
Foto 25, 26, 27 e 28 – Visão geral com detalhe para o otimo desenvolvimentos das mudas.
Outro ponto a ressaltar é o processo erosivo encontrado na área verde 02, como
mostra a foto a seguir, portanto é necessário corrigir esse processo erosivo, recomenda-
se a colocação de terra compactada nessa área e posterior plantio de grama.
Foto 29 e 30 – Detalhe do processo erosivo na Área Verde 02. Recomenda-se a colocação de terra
compactada e posterior plantio de grama para encerrar esse processo.
ÁREA VERDE 03
A Área Verde 3 possui 281,29 m², e está localizada próxima a portaria do
Condomínio.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama esmeralda).
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
14
Foto 31 – Vista da área verde 3, com o plantio de grama esmeralda.
ÁREA VERDE 04
A Área Verde 04 possui 125,44 m², e ocorre na parte externa do condomínio ao
lado da portaria.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama esmeralda) e também alguns exemplares arbóreos
isolados, como: Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Ipê amarelo (Tabebuia alba) e
Pata de vaca (Bauhinia forficata).
Foto 32 – Vista geral da área verde 04.
ÁREA VERDE 05
A Área Verde 05 possui 25,43 m², e ocorre na parte leste do empreendimento
junto ao muro.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
15
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama batatais) e também dois exemplares arbóreos isolados,
como: Oiti (Licania Tomentosa) e Pata de vaca (Bauhinia forficata).
Ressalta-se que é aconselhável retirar o material de construção civil da área verde.
Foto 33 – Vista geral da área verde 5 – detalhe para os exemplares arbóreos. E foi
recomendada a retirada do material de construção civil presente.
ÁREA VERDE 06
A Área Verde 06 possui 25,43 m², e ocorre na parte leste do empreendimento
junto ao muro.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama batatais) e também um exemplar arbóreo isolado, sendo
a Aroeira Salsa (Schinus molle).
Em vistoria “in loco” foi observada uma possível construção civil dentro da área
verde. Aconselhamos ao responsável pelo condomínio esteja verificando, e se
constatado essa irregularidade, notificar o responsável para retirar essa construção da
área verde.
Foto 34 – Vista geral da área verde 06. Detalhe para a Aroeira Salsa e possível construção civil
na área verde.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
16
ÁREA VERDE 07
A Área Verde 07 possui 24,85 m², e ocorre na parte leste do empreendimento
junto ao muro.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama batatais) e também dois exemplares arbóreos isolados,
sendo uma Aroeira Salsa (Schinus molle) e um Oiti (Licania Tomentosa).
Foto 35 – Visada geral da área verde. Detalhe para o Oiti e Aroeira Salsa.
Área Verde 08
A Área Verde 08 possui 24,85 m², e ocorre na parte leste do empreendimento
junto ao muro.
Essa área verde encontra-se coberta com vegetação secundária em estágio
pioneiro de regeneração (grama batatais) e também um exemplar arbóreo isolado, sendo
um Abacateiro (Persea americana).
Em vistoria “in loco” foi observada uma grande quantidade de terra e lixo
proveniente da construção ao lado. Aconselhamos que a administração do condomínio
verifique junto ao responsável pelo lote onde está sendo executada a obra se o resíduo
depositado é proveniente deste local, e se constatado essa irregularidade, notificar o
responsável para limpeza da área verde.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
17
Foto 36 – Visão geral da área verde 08. Detalhe para a quantidade de terra e lixo presente na
área.
Arborização Viária
Na arborização do sistema viário, o Condomínio Residencial “Le Village”
apresenta ótima diversidade de espécies e as mudas plantadas apresentam um bom
desenvolvimento e estado fitossanitário.
Para um melhor desenvolvimento, as mesmas necessitam passar por manutenções
regulares, como: tutoramento, poda de condução, coroamento, substituição das mudas
que não obtiveram pegamento e abertura de quadro.
As principais espécies que ocorrem na arborização viária são: Aroeira salsa
(Schinus molle), Ipê amarelo (Tabebuia alba), Oiti (Licania Tomentosa), Espirradeira
(Nerium oleander), Ipê branco (Tabebuia roseoalba), Escova de garrafa (Callistemon
viminalis), entre outras.
Foto 37 e 38 – Imagens de exemplares da arborização viária que necessitam de poda de condução.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
18
Foto 39 e 40 – Imagens de exemplares da arborização viária que necessita de coroamento.
Foto 41, 42, 43 e 44 – Espécimes da arborização viária com excelente desenvolvimento.
FAUNA PRESENTE NA ÁREA
Durante a vistoria de campo foi verificada também a presença de espécies da
fauna silvestre que ocorrem na área do empreendimento. Devido ao isolamento do
fragmento florestal existente na gleba, não foram encontradas evidências de ocorrências
de mamíferos terrestres. Entretanto, acreditamos que os mamíferos que transitam na
área são os mais comuns em nossa região, tais como o gambá (Didelphis aurita), Sagui
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
19
de tufo preto (Callithrix penicillata), Ouriço Cacheiro (Coendou villosus) e algumas
espécies de roedores silvestres.
As espécies identificadas por visualização direta durante a vistoria de campo,
pertencem ao grupo das aves, que tratam-se de animais alados, com deslocamento
facilitado.
As principais espécies encontradas foram: Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus),
Sabiá-do-campo (Mimus saturninus), Anú-branco (Guira guira), Anú-preto
(Crotophaga ani), Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), Petrim (Synallaxis
frontalis) e Quero-quero (Vanellus chilensis).
As espécies encontradas são consideradas generalistas, ou seja, pouco exigentes,
adaptadas a ambientes perturbados. Nenhumas das espécies identificadas constam nas
listagens de fauna ameaçada (Lei Estadual nº 56.031/2010 e Instrução Normativa MMA
nº 003/2003).
IV - Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos oriundos de construções civis são destinados às caçambas de
entulho e são de responsabilidade de cada condômino, a não ser que a obra seja
realizada em área comum do condomínio. As fotos abaixam mostra que os condôminos
estão respeitando esse procedimento.
Foto 45 e 46 - Visada das obras dos condôminos com as devidas caçambas.
Vale ressaltar que todos os condôminos que forem realizar as obras de
construções em seus lotes devem utilizar caçambas, para prevenir a destinação ilegal
desses resíduos e também conter a proliferação de animais peçonhentos no condomínio.
Essa recomendação se faz necessário, uma vez, que em vistoria “in loco” realizada no
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
20
dia 14/03/2013 algumas construções estavam sem as caçambas e armazenando os
resíduos de forma inadequada, como podemos ver na foto abaixo:
Foto 47 e 48 - Visada dos resíduos inertes armazenados de forma inadequada.
Sobre a coleta de lixo, o condomínio é atendido pela coleta do município bem
como pela coleta de lixo reciclável. As lixeiras encontram-se próxima a portaria,
facilitando assim a coleta pelos funcionários da empresa terceirizada da prefeitura.
Eximindo da necessidade de entrada do caminhão na área do condomínio. A lixeira se
encontra em ótimo estado de conservação, como podemos ver na foto abaixo:
Foto 49 - Visão geral da lixeira em excelente estado.
V - Das Intervenções Realizadas
Por tratar-se de condomínio consolidado, as poucas intervenções que se fazem
necessárias são as de manutenção dos equipamentos de uso comum pelos moradores.
No que se referem aos lotes em fase de construção residencial, os mesmo devem
acompanhados por caçambas para deposição de restos de construção, evitando assim a
deposição em locais inadequados.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
21
Dentre as principais intervenções rotineiras do condomínio podemos citar:
Podas periódicas dos indivíduos arbóreos das áreas de uso comum,
evitando a proliferação de pragas domésticas como formigas e cupins e
também evitando possíveis acidentes;
Limpeza e manutenção do sistema de lazer e áreas de uso comum evitando
a proliferação de pragas domésticas como formigas e cupins;
Limpeza e manutenção dos lotes ainda sem edificação também com a
finalidade de evitar possíveis proliferações de pragas;
Ressalta-se que quando há a necessidade da retirada de qualquer forma de
material inerte, a mesma se faz através da contratação de caçambas que destinam os
materiais a locais adequados a sua deposição.
VI - Considerações Finais
A área verde 01 presente no Condomínio Residencial “Le Village” encontram-se
em processo de regeneração. O fato de a mesma estar isolada e protegida de
intervenções antrópicas garante um desenvolvimento adequado. Para evitar problemas
referentes a incêndios no local, é importante a manutenção de um aceiro de proteção,
tanto na parte da divisa próxima ao condomínio.
A área verde 02 presente no Condomínio Residencial “Le Village” encontram-se
em processo de regeneração com o plantio de mudas nativas, e para um bom
desenvolvimento recomenda – se que sejam feitas as manutenções prevista no projeto e
citadas neste laudo.
As demais áreas verdes do empreendimento necessitam apenas da manutenção
como roçada e limpeza, para prevenir a proliferação das pragas urbanas, uma vez, que
as mesmas encontram – se com vegetação secundária em estágio pioneiro de
regeneração (gramíneas).
Na parte interna, as podas de formação devem ser continuadas e intensificadas,
visando garantir um bom desenvolvimento dos espécimes utilizados na arborização
viária. Além das podas de formação, a manutenção do coroamento e, nos casos
necessários, a colocação de tutores deverá ser continuada.
Os lotes onde estiverem sendo realizadas obras deverão manter no local caçamba
para coleta dos resíduos gerados, evitando assim o carreamento do material gerado em
direção ao curso de água presente na área verde 01.
TIAGO NORA MACHADO ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA SP n° 50.628.476-52
FONE: (19) 9328-1886 E-MAIL: [email protected]
22
Com todas as informações acima prestadas, é possível afirmar que o Condomínio
Residencial “Le Village” adota os devidos cuidados quanto aos recursos naturais
incidentes na gleba, permitindo assim a manutenção e desenvolvimento dos indivíduos
que compõem a fauna e flora ali existentes.
VII - Anexo
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.
Croqui com a localização da área verde e remanescente.
Valinhos, 19 de Abril de 2013.
Tiago Nora Machado
Engenheiro Ambiental
CREA SP N º 50622476-52
ART N º 92221220130476592