Laudo de Avaliação - Sistemas...

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Laudo de Avaliação Plascar Participações Industriais S.A. Data Base: 31 de Dezembro de 2006. Corporate Finance Corporate Finance

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Laudo de AvaliaçãoPlascar Participações Industriais S.A.Data Base: 31 de Dezembro de 2006.

Corporate FinanceCorporate Finance

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Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1981 Chácara Sto. Antonio - SP 04717-906 Brasil Tel: + 55 (11) 5186-1000 Fax: + 55 (11) 5186-1024 Fax: + 55 (11) 5186-1025 www.deloitte.com.br

23 de abril de 2007 À PLASCAR PARTICIPAÇÕES INDUSTRIAIS S.A. Av. Amélia Latorre, 01 – Bairro Retiro Jundiaí - SP At.: Sr. André Nascimento Sr. Gordiano Pessoa Filho REF.: Ofício/CVM/SER/GER-1/Nº 529/2007 Reiteração de Exigências – Processo CVM nº RJ-2006-3881 Prezados Senhores,

Conforme solicitado por V.Sas., procedemos aos serviços de Avaliação Econômico-Financeira da Plascar Participações Industriais S.A. (Companhia ou Plascar S.A.) e de sua controlada, Plascar Indústria de Componentes de Plástico Ltda. (Plascar Ltda.), na data-base de 31 de dezembro de 2006, com o propósito de fornecer subsídios ao Conselho de Administração da Plascar S.A. no cumprimento à Instrução CVM No 361, de 5 de março de 2002, que dispõe sobre o procedimento aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações de companhia aberta em função da aquisição da Plascar pela International Automotive Components Group Brazil, LLC (IAC Group Brazil). Nenhum outro objetivo pode ser subentendido ou inferido, bem como, este documento se destina ao uso restrito de V.Sas., acionistas da Companhia ou entidade reguladora do mercado de capitais, para a finalidade descrita acima, exclusivamente. Este relatório foi preparado conforme a Instrução CVM No 361, de 5 de março de 2002, que em seu Artigo 8o, Parágrafo 3o, dispõe sobre o procedimento aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações, o laudo de avaliação deverá indicar os critérios de avaliação, os elementos de comparação adotados, contendo, ainda, no mínimo e cumulativamente, o seguinte:

! preço médio ponderado de cotação das ações da Companhia na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, nos últimos 12 (doze) meses;

! valor do patrimônio líquido por ação da Companhia, apurado nas últimas informações periódicas enviadas à CVM;

! valor econômico da Companhia, calculado pela regra do fluxo de caixa descontado ou por múltiplos, conforme se entender fundamentadamente mais adequado.

Sendo assim, o presente relatório apresenta nossas considerações, análises, premissas, metodologias e nossa conclusão quanto aos parâmetros de valor da ação, conforme descrito acima.

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Relatório de Avaliação Econômico-Financeira

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QUALIFICAÇÕES E DECLARAÇÕES DO AVALIADOR Em atendimento ao item 5 “No item II, deverá constar a experiência da empresa avaliadora em avaliação de companhias abertas, nos termos do Anexo III, inciso X, alínea “a”, informando a finalidade de cada uma das avaliações realizadas em companhias abertas”, declaramos: !!!! A Deloitte é uma das maiores empresas de Consultoria e Auditoria do mundo, estando

presente em cerca de 150 países, com um faturamento global superior a US$ 18 bilhões, contando com mais de 125.000 profissionais. No Brasil desde 1911, está presente em onze cidades estratégicas, contando com cerca de 2.500 profissionais e 92 sócios.

!!!! Nossos consultores possuem experiência em diversos setores de indústria, tanto no âmbito

nacional quanto internacional, sendo que, integramos a rede mundial de Corporate Finance da Deloitte, formada por cerca de 30 países e contando com mais de 8.000 profissionais.

!!!! A área de Corporate Finance da Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. (Deloitte

Consultores) tem ampla experiência na prestação de serviços de consultoria em Avaliação Econômico-Financeira, com diversos propósitos, para empresas de capital aberto, dentre as quais destacamos:

! Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP ! Queiroz Galvão Participações, Concessões S.A. ! Opportunity Daleth S.A. ! BNDES / Eletricidade de São Paulo S.A. - Eletropaulo ! BNDES / LIGHT / Centrais Elétricas Brasileiras do Espírito Santo – ESCELSA ! SESPO Indústria e Comércio Ltda ! GENERAL Motors do Brasil Ltda ! Mitsubishi Corporation do Brasil ! Alpargatas Santista Têxtil S.A. ! Banco do Estado do Maranhão - BEM ! Banco Patrimônio de Investimento S.A. ! Brasil PCH S.A. ! Construtora Norberto Odebrescht S.A. ! Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. ! Gonçalves S.A. – Indústria Gráfica ! CORSAN S.A. Indústria e Comércio S.A. ! Petrobrás Distribuidora S.A. ! Banco Central do Brasil / Banco do Estado do Amazonas - BEA ! Banco Central do Brasil / Banco do Estado do Maranhão - BEM ! Banco Central do Brasil / Banco do Estado de Goiás - BEG ! Banco do Brasil S.A. ! Sistema BNDES / Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA

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Relatório de Avaliação Econômico-Financeira

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! METRÔ RIO – Opportrans Concessão Metroviária S.A. ! BNDES / Cia de Navegação Lloyd Brasileiro – LLOYADBRAS ! BNDES / Empresa Brasileira de Aeronáutica - EMBRAER ! BNDES / Empresa Brasileira de Aeronáutica – EMBRAER e Computadores Brasileiros

S.A. - COBRA ! Novatrans Energia S.A. ! DAE S.A. Água e Esgoto ! Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA

!!!! A Deloitte Consultores declara para os devidos fins e a quem possa interessar que:

• Não é titular de nenhuma espécie de ações da Companhia, assim como o sócio e os demais profissionais envolvidos neste trabalho, e nem tem sob sua administração discricionária nenhuma das referidas ações;

• Não há conflito de interesse que lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções como avaliador independente;

• O custo deste laudo de avaliação foi de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

• Além dos valores recebidos acima mencionados, nos últimos 12 (doze) meses recebeu a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) referentes (i) à elaboração de laudo de estimativa do valor econômico da empresa Rosário Project S.A., controlada pela Permali do Brasil Ind. e Com. Ltda., controladora da Plascar S.A. na data da avaliação e; (ii) à avaliação econômico-financeira, visando fixação do preço da ação da Companhia, para aumento do seu capital social através da subscrição de novas ações por seus acionistas;

• Não obstante o relacionamento anteriormente descrito, não possui outras informações comerciais e creditícias de qualquer natureza relativas à Companhia e suas coligadas que possam impactar o laudo de avaliação; e

• Dentre os critérios de avaliação constantes no laudo de avaliação, o que parece mais adequado à definição do preço justo é o de avaliação econômico-financeira pelo fluxo de caixa descontado.

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Relatório de Avaliação Econômico-Financeira

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RESTRIÇÕES Nossos procedimentos não incluíram trabalhos de verificação independente dos dados e das informações fornecidas pela Administração da Companhia e da Plascar Ltda., os quais foram considerados e mencionados no relatório a seguir. Nosso trabalho não constituiu em uma auditoria conforme as normas de auditoria geralmente aceitas. Sendo assim, não estamos expressando qualquer opinião sobre as demonstrações financeiras da Companhia e da Plascar Ltda.. Este relatório não se destina à circulação geral, assim como não pode ser reproduzido ou utilizado com nenhum outro propósito além daquele supra citado sem nossa prévia autorização por escrito. Não assumimos qualquer responsabilidade ou contingências por danos causados ou por eventual perda incorrida por qualquer parte envolvida, como resultado da circulação, publicação, reprodução ou uso deste documento com outra finalidade diferente da proposta. Reservamo-nos o direito, mas não nos obrigamos, de revisar todos os cálculos incluídos ou referidos neste relatório, se julgarmos necessário, bem como revisar nossa opinião quanto ao valor justo de mercado da ação da Plascar S.A., caso tenhamos conhecimento posterior de informações não disponíveis por ocasião da emissão deste relatório. É importante enfatizar que a Deloitte não é responsável e não fornece quaisquer garantias quanto à efetivação das projeções apresentadas neste relatório, pois estas estão consubstanciadas em perspectivas e planos estratégicos da Administração da Companhia e de sua controlada, a qual entendemos que permanecerá na gestão dos negócios no futuro. Este relatório não representa uma proposta, solicitação, aconselhamento ou recomendação por parte da Deloitte de adesão à chamada para aumento de capital, sendo esta decisão de responsabilidade única e exclusiva dos acionistas da Companhia. Os acionistas devem realizar suas próprias análises quanto à conveniência e oportunidade de aderirem ao aumento de capital e devem consultar seus próprios consultores jurídicos, fiscais e financeiros a fim de estabelecerem suas próprias opiniões sobre a operação e seus riscos. Dessa forma, tanto a Deloitte quanto seus administradores e profissionais são isentos de responsabilidade com relação a todo e qualquer prejuízo decorrente da adesão ou não à chamada para aumento de capital por parte dos acionistas.

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Índice

I. Sumário Executivo Pág. 07

II. Informações sobre o avaliador Pág. 17

III. Informações sobre a Companhia Avaliada Pág. 26

IV. Panorama Macroeconômico Pág. 31

V. Mercado de Atuação Pág. 34

VI. Metodologias Adotadas Pág. 38

1. Cotação da ação em Bolsa de Valores Pág. 40

2. Valor Patrimonial Pág. 42

3. Rentabilidade Futura Pág. 43

a. Fluxo de Caixa Descontado

b. Múltiplos de Mercado

VII. Resultados Pág. 69

VIII. Glossário Pág. 71

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I. Sumário Executivo

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Sumário Executivo

Apresentamos a seguir, de forma resumida, as principais informações e conclusões do Laudo de Avaliação da Plascar Participações Industriais S.A. (“Companhia” ou “Plascar S.A.”), holding controladora da Plascar Indústria e Componentes de Plástico Ltda. (“Plascar Ltda.”)

A partir das informações recebidas junto à Administração da Plascar S.A., principalmente o orçamento para os anos de 2007, 2008 e 2009, além de outros dados e discussões junto à Companhia, estimamos o valor justo de mercado da Plascar Ltda. pelo Método do Fluxo de Caixa Descontado (Rentabilidade Futura), conforme apresentado na tabela a seguir:

Resultado da Avaliação por Fluxo de Caixa Descontado2007 2008 2009 2010 2011 2012 Perpétuo

EBITDA 84.999 76.273 81.804 88.549 92.783 97.797 97.797

. Capital de Giro 9.305 (888) 34 (1.208) (554) (826) (826)

EBITDA (Líquido do Capital de Giro) 94.304 75.385 81.838 87.341 92.229 96.971 96.971

. Investimentos (35.092) (14.595) (14.160) (37.599) (39.620) (30.473) (28.581)

. IR/CS (13.452) (11.499) (12.918) (14.022) (17.158) (18.801) (26.893)

Fluxo de Caixa 45.760 49.291 54.760 35.721 35.451 47.698 41.497

Taxa de Desconto ==> 10,36% 0,9519 0,8625 0,7816 0,7082 0,6417 0,5815 0,5815

Fluxo de Caixa ao Valor Presente 43.559 42.515 42.798 25.297 22.749 27.735 24.853

Fluxo de Caixa ao Valor Presente 204.653

(+) Perpetuidade 348.266 VO/EBITDA '06 VO/Net Sales '06

Valor Operacional (Enterprise Value) 552.919 8,81 1,28

(-) Ajustes diversos (91.651)

Valor Justo de Mercado 461.268 27,72 7,35 1,07

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU - Financial Advisory Services

Múltiplo Implícito

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Sumário Executivo

* Estimado com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado.

** Perpetuidade das despesas recorrentes na Holding.

Participação em ControladaR$ mil

Empresa Valor Justode Mercado* % $

Plascar Ind. de Componentes de Plástico Ltda. 461.268 99,80% 460.346

Total 460.346

Participação

A partir do valor justo de mercado da Plascar Ltda., procedemos ao cálculo do valor justo de mercado da Plascar S.A. através de sua participação na Companhia operacional, além dos ajustes de forma a refletir o Patrimônio Líquido da Plascar S.A. a valor de mercado.

Balanço AjustadoR$ mil

Saldo SaldoDescrição Incial Ajustes Ajustado

(+) AtivoDisponibilidades 1 Mútuos com Plascar Ltda. 23.785 (23.785) - Investimentos 205.710 254.636 460.346 Outros Investimentos 3 3 Imobilizado 7 7

(-) PassivoImpostos e Contribuições 1 1 Contingências 1.620 1.620

(=) Patrimônio Líquido 227.886 230.851 458.736

(-) Valor Presente de Despesas Recorrentes** (9.773)

(=) Patrimônio Líquido ao Valor de Mercado 448.962 Valor das Ações (R$ por lote de mil ações) 26,98

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Sumário Executivo

Entendemos que o valor estimado com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado, de R$ 26,98 para o lote de mil ações, incorpora as expectativas da Administração da Companhia quanto à capacidade futura de geração de caixa e, consequentemente, representa apropriadamente o valor econômico da Plascar S.A.

Por sua vez, entendemos que o valor médio ponderado de cotação da ação observado para os 12 (doze) últimos meses, de janeiro a dezembro de 2006, de R$ 32,50 para o lote de mil ações, foi significativamente influenciado pela aquisição por parte do IAC Group Brazil e, portanto, este valor não reflete apropriadamente o valor justo de mercado da Companhia. Adicionalmente, não encontramos fundamentação econômica que viesse corroborar o valor atual das ações da Companhia.

Descartamos o uso do valor patrimonial para justificar o valor justo de mercado da Plascar S.A. pelo fato deste estar substanciado em valores históricos e contábeis, não levando em consideração expectativas de novos negócios e crescimento das operações.

Embora nossa opinião de valor seja constituída de uma análise fundamentada de valor, conforme apresentado a seguir neste Relatório, ela não deve ser entendida como recomendação do preço de oferta, o qual deve ser determinado pelo ofertante.

Conclusões

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Sumário Executivo

Apresentamos a seguir, de forma resumida, os critérios adotados e as principais premissas utilizadas no Laudo de Avaliação da Plascar S.A.

a) Rentabilidade Futura - Metodologia de Fluxo de Caixa Descontado

A metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DCF) é considerada a mais completa metodologia de avaliação, pois leva em consideração todas as características individuais da empresa, perfazendo uma análise completa da empresa em avaliação, considerando ainda sua continuidade no tempo e suas perspectivas de resultados.

Premissas gerais

! A avaliação da Plascar S.A. foi realizada pelo Método dos Ativos (Asset Approach) por não se tratar de uma empresa operacional, mas sim de uma holding, cujo principal ativo é o investimento em sua controlada Plascar Ltda. Dessa forma, estimamos o valor justo de mercado da Plascar Ltda. com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado e ajustamos o valor justo de mercado do investimento na Plascar S.A.

! A avaliação da Plascar Ltda. pela metodologia do Fluxo de Caixa Descontado, considerou-se somente a projeção dos resultados operacionais (modelo Debt-Free), tendo sido os ativos e passivos não operacionais somados ou deduzidos, conforme o caso, do valor justo de mercado das suas operações.

! As projeções para avaliação da Plascar Ltda. foram feitas em moeda constante, ou seja, sem a consideração de inflação.

! A avaliação da Plascar Ltda. foi realizada com base nas informações contábeis e gerenciais disponibilizadas pela Companhia, em informações disponibilizadas ao público, no orçamento para os anos de 2007, 2008 e 2009 e nas expectativas discutidas em reuniões com a Administração da Companhia. Enfatizamos que as informações fornecidas pela Administração e consideradas em nosso estudo não foram por nós auditadas.

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Sumário Executivo

a) Rentabilidade Futura - Metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Principais Premissas

! Receita Operacional: As projeções de crescimento de receitas para 2007, 2008 e 2009, foram de 5,3%, 0,0% e 1,1%, respectivamente. Para os períodos projetivos de 2010 e 2011, foram considerados os crescimentos médios de vendas de veículos leves, médios e pesados estimados pela Economist Intelligence Unit (EIU). A partir de 2012, o crescimento foi perpetuado a uma taxa de 3,0% ao ano.

! Custo dos Produtos Vendidos (CPV): O orçamento da Companhia considerou para 2007 uma redução nos custos de materiais de 2,6% da receita líquida, em relação ao ano anterior, devido ao desenvolvimento de algumas matérias-primas com aplicação de nova tecnologia e com melhores margens de rentabilidade, além da redução de perdas e melhoria nos processo industriais, cujos programas já vêm sendo implantados. Em 2008 e 2009, esta relação de CPV com a receita líquida aumenta 0,8%, devido ao encerramento de alguns projetos mais rentáveis. A partir de 2010, a relação de 43,1% do custo das matérias-primas sobre a receita líquida foi mantida. Os outros custos que compõem o CPV não tiveram variação significativa em relação àreceita líquida de vendas.

! Despesas Comerciais: As despesas de mão-de-obra foram mantidas fixas durante todo o período de projeção, pois a atual estrutura comercial foi considerada adequada para atender a carteira de clientes prevista. A partir de 2007, as despesas de fretes foram projetadas conforme o crescimento das receitas líquidas, e 1/3 das outras despesas comerciais variam conforme o crescimento da receita.

! Despesas Gerais e Administrativas: As despesas de pessoal administrativo foram mantidas fixas por todo o período projetivo. Os impostos variáveis correspondem a cerca de 80% das despesas de impostos e foram projetados de forma a manter a relação com a receita de vendas verificada. Para as outras despesas, consideramos cerca de 30% variáveis conforme o crescimento das receitas.

! Investimentos: Para 2007, 2008 e 2009 assumimos o investimento orçado pela Administração da Plascar Ltda. Para os demais anos, assumimos o investimento equivalente a 100% da depreciação do ano anterior.

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Sumário Executivo

b) Cotação da Ação na Bolsa de Valores

Principais Premissas

! Quando analisamos a performance da cotação das ações nos últimos doze meses da Companhia, observamos que as ações apresentam uma liquidez relevante a partir do anúncio de sua compra pelo IAC Group Brazil.

! Para a estimativa do valor de bolsa das ações da Plascar S.A., levantamos os valores de cotação das ações nos últimos 12 (doze) meses, chegando ao preço médio de R$ 32,50 por lote de mil ações. Devido ao significativo aumento do valor das ações neste período, influenciado pela aquisição da Companhia por parte do IAC Group Brazil, entendemos que este valor não reflete apropriadamente o valor justo de mercado da Companhia. Adicionalmente, não encontramos qualquer fundamentação econômica que viesse corroborar o valor atual das ações da Companhia. Desta forma, entendemos que tal valor pode não ser sustentável a longo-prazo.

c) Valor Patrimonial das Ações

Principais Premissas

! Com base na DFP de 31 de dezembro de 2006, calculamos o valor patrimonial da Plascar S.A. por lote de mil ações no valor de R$ 13,69, a partir do patrimônio líquido de R$ 227.886 mil para 16.643.035 mil ações.

! Esta metodologia leva em consideração somente os resultados históricos obtidos pela Companhia e os valores contábeis históricos dos seus ativos e passivos, sem considerar suas perspectivas futuras de negócios e crescimentos.

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Sumário Executivo

Método de Avaliação Escolhido

Conforme mencionado anteriormente neste Sumário Executivo e com base nas argumentações apresentadas a seguir, entendemos que o valor estimado com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (Rentabilidade Futura), de R$ 26,98 para o lote de mil ações, incorpora as expectativas da Administração da Companhia quanto àcapacidade futura de geração de caixa e, consequentemente, representa apropriadamente o valor econômico da Plascar S.A.

O valor médio ponderado de cotação da ação observado para os 12 (doze) últimos meses foi significativamente influenciado pela aquisição por parte do IAC Group Brazil e o valor patrimonial está substanciado em valores históricos e contábeis, não levando em consideração expectativas de novos negócios e crescimento das operações. Desta forma, o valor resultante da aplicação destes dois métodos não reflete apropriadamente o valor justo de mercado da Companhia.

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Taxa Livrede Risco

Taxa Livrede Risco

Prêmio deMercado

Prêmio deMercado

Beta(setor)

Beta(setor)

Risco PaísRisco País

CAPMCAPM

4,77 %

7,10 %

0,83

2,27%

1,80%

WACCWACC

Custo do Capital Próprio

Custo do Capital de 3os

Inflação AmericanaProjetada

2,67% a.a.

Taxa de Desconto RealTaxa de Desconto Real

14,72%(**)

14,74%

Estru

tura

d

e C

ap

ital

28%(***)

72%(***)

10,36% a.a.

Prêmio peloTamanho da

Empresa

Prêmio peloTamanho da

Empresa

Fontes

CAPM – Capital Asset Pricing Model / WACC - Weighted Average Cost of Capital (*) Os parâmetros e premissas adotados estão detalhados a seguir, neste Relatório.(**) Consideramos o custo de capital de terceiros com base no custo de captação da Plascar Ltda.(***) Adotamos a estrutura de capital média de empresas comparáveis no mesmo setor, as quais foram analisadas no cálculo do Beta.

Bloomberg

Ibbotson

Banco de Dados

Taxa de Desconto utilizada (*)

Sumário Executivo

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Sumário Executivo

(a) Calculado com base no valor do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2006, no montante de R$ 227.886 mil.(b) Preço médio ponderado negociado em bolsa de janeiro de 2006 a dezembro de 2006.

* Lote de mil ações.

Valor Valor Justo Múltiplo Valor Justo Preço*Método Operacional de Mercado Implícito de Mercado da Ação

Fluxo de Caixa Descontado 552.919 461.268 8,81 448.962 26,98

Valor Patrimonial n/a n/a n/a n/a 13,69 (a)

Cotação de Mercado (12 meses) n/a n/a n/a 540.922 32,50 (b)

Plascar S.A.Plascar Ltda.

Apresentamos na tabela a seguir, de forma resumida, o valor apurado em cada uma das metodologias de avaliação utilizadas.

A partir das argumentações apresentadas anteriormente neste Sumário Executivo, indicamos o critério pela Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado como o mais adequado na definição do preço justo da Companhia.

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II. Informaçõessobre o Avaliador

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Informações sobre o avaliador

A Deloitte é uma das maiores empresas de Consultoria e Auditoria do mundo, estando presente em cerca de 150 países, com um faturamento global superior a US$ 18 bilhões, contando com mais de 125.000 profissionais. No Brasil desde 1911, está presente em onze cidades estratégicas, contando com cerca de 2.500 profissionais e 92 sócios.

Nossos consultores possuem experiência em diversos setores de indústria, tanto no âmbito nacional quanto internacional, sendo que, integramos a rede mundial de Corporate Finance da Deloitte, formada por cerca de 30 países e contando com mais de 8.000 profissionais.

A área de Corporate Finance da Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. (Deloitte Consultores), responsável pela elaboração deste trabalho, tem ampla experiência avaliação econômico-financeira de empresas em geral e especialmente de companhias abertas, conforme apresentado no material anexo.

Seguindo as normas internas da Deloitte, o presente Laudo de Avaliação da Plascar S.A. foi integralmente elaborado pela equipe de analistas discriminada neste relatório, cujo conteúdo e formato foi revisado pelo sócio responsável, que, junto com os analistas, assina o presente documento.

A seguir apresentamos a identificação e qualificação dos profissionais responsáveis pelo Laudo de Avaliação:

Eduardo de OliveiraSócio da área de FAS - Financial Advisory Services

Possui ampla experiência em avaliação de negócios, tendo participado de diversos projetos dentro do “Programa Nacional de Desestatização”.Participou de serviços de avaliação de negócios em processo de fusão, aquisição, venda, entre outros, como responsável pela obtenção e análise de dados financeiros e de mercado e elaboração dos fluxos de caixa para determinação do valor econômico das empresas.Formação educacional: Bacharel em Ciências Contábeis – Pontifícia Universidade Católica / Pós Graduação em Finanças – Pontifícia Universidade Católica / MBA em Finanças – IBMEC

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Informações sobre o avaliador

Adriano Ferreira de Sousa - BrasileiroGerente da área de FAS - Financial Advisory Services

Entrou em nosso escritório de São Paulo em 1996. Entre outras responsabilidades, atualmente gerencia e executa projetos na área de consultoria financeira, dentre os quais destacaram-se os serviços de Avaliação Econômico-Financeira nos processos de privatização da TELEBRAS e da DATAMEC S.A. Sistemas de Processamento de Dados e Estudos de Viabilidade para a Petrobras/BR Distribuidora e ENERGEN (Grupo EDP), entre outras empresas nacionais e multinacionais de médio e grande portes.Formação educacional: Engenheiro de Produção Mecânica pela FEI - Faculdade de Engenharia Industrial / Curso de Extensão em Administração Industrial pela Universidade de São Paulo

Marcello Scarparo Salles – BrasileiroConsultor da área de FAS – Financial Advisory Services

Entrou em nosso escritório de São Paulo em 2006. Entre outras responsabilidades, atualmente executa projetos na área de consultoria financeira, dentre os quais destacaram-se os serviços de Avaliação Econômico-Financeira de empresas nacionais e multinacionais de médio e grande portes tais como Copagaz, Cia. Providência, Visanet, Camargo Corrêa, Mahle Metal Leve, dentre outras.Formação educacional: Administrador de Empresas pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e Pós-graduado em Finanças Corporativas pelo IBMEC-SP.

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Informações sobre o avaliador

Em atendimento ao item 5 “No item II, deverá constar a experiência da empresa avaliadora em avaliação de companhias abertas, nos termos do Anexo III, inciso X, alínea “a”, informando a finalidade de cada uma das avaliações realizadas em companhias abertas”, declaramos:

" A Deloitte é uma das maiores empresas de Consultoria e Auditoria do mundo, estando presente em cerca de 150 países, com um faturamento global superior a US$ 18 bilhões, contando com mais de 125.000 profissionais. No Brasil desde 1911, está presente em onze cidades estratégicas, contando com cerca de 2.500 profissionais e 92 sócios.

" Nossos consultores possuem experiência em diversos setores de indústria, tanto no âmbito nacional quanto internacional, sendo que, integramos a rede mundial de Corporate Finance da Deloitte, formada por cerca de 30 países e contando com mais de 8.000 profissionais.

" A área de Corporate Finance da Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. (Deloitte Consultores) tem ampla experiência na prestação de serviços de consultoria em Avaliação Econômico-Financeira, com diversos propósitos, inclusive para empresas de capital aberto. A seguir, destacamos alguns destes serviços, datas de realização e motivo do trabalho:

Empresa Serviço Ano

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp Avaliação Econômico-Financeira referente aos serviços de saneamento básico. 1999

Queiroz Galvão Participações e Concessões S.A Avaliação Econômico-Financeira referente às concessões nos setores de saneamento, rodoviário e de energia. 1999

Opportunity Daleth S/A Avaliação Econômico-Financeira da Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, tendo como objetivo dimensionar o valor econômico da Empresa. 2000

Eletricidade de São Paulo S/A – EletropauloAvaliação Econômico-Financeira, referente ao processo de privatização da Serviços de Eletricidade S/A – LIGHT / Centrais Elétricas Brasileiras do Espírito Santo S/A – ESCELSA.

1996

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Empresa Serviço Ano

Sespo Indústria e Comércio LTDA Avaliação Econômico-Financeira, visando estimar o valor econômico da SESPO. 2000

General Motors do Brasil LTDA – GM Avaliação Econômico-Financeira, visando determinar o valor econômico da DELPHI correspondente as suas unidades operacionais, referente ao processo de cisão ocorrido entre a DELPHI e a GM BRASIL.

1999

Mitsubishi Corporation do Brasil S.A. Avaliação Econômico-Financeira para fins de reestruturação societária. 1996

Alpargatas SantistaAvaliação Econômico-Financeira, com a finalidade de fornecer à Alpargatas Santista Têxtil S.A., elementos para suportar negociação de participação acionária na Machasa S.A.

1999

Banco do Estado do Maranhão S.A BEM – Avaliação Econômico-Financeira visando à desestatização do Banco. 2000

Banco Patrimônio de Investimento S/A Avaliação Econômico-Financeira visando à alienação/fusão do Banco e suas coligadas. 1999

Brasil PCH S.A. Elaboração de Laudo de Rentabilidade Futura visando subsidiar seu acionista, Petrobrás Distribuidora S.A. no registro contábil do ágio ocorrido no momento de capital realizado de abril

2006

Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente – CAPEMI

Elaboração de análise do equilíbrio econômico-financeiro DA Empresa após eventual reestruturação societária, com o propósito de fornecer subsídios para entendimentos entre a CAPEMI e a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP nos meses de agosto e setembro

2005

Construtora Norberto Odebrecht S.A. Análise do estudo de Pré-viabilidade para o complexo hospitalar do Rio de Janeiro, formado por três unidades de negócio. 2003

Nitral Urbana Laboratórios LTDA Avaliação Econômico-Financeira com o objetivo de dimensionar o valor econômico das quotas da empresa, fornecendo subsídios para eventual reestruturação societária.

2006

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Empresa Serviço Ano

Gravames.Com Processamento de Dados LTDAAvaliação Econômico-Financeira com o objetivo de dimensionar o valor econômico das quotas da empresa, fornecendo subsídios para eventual reestruturação societária.

2006

Gonçalves S.A. Indústria GráficaAvaliação Econômico-Financeira com o objetivo de dimensionar o valor econômico das quotas da empresa, fornecendo subsídios para eventual reestruturação societária.

2006

Recofarma Indústria do Amazonas LTDA

Avaliação Econômico-Financeira da marca Sucos Mais (ativo intangível), com o propósito de dar subsídios para alocação do preço pago na aquisição do controle acionário da Mais Indústria de Alimentos S.A. com base no valor justo de mercado.

2005

Shell Gás Transportadora do Brasil LTDA Avaliação Econômico-Financeira com o propósito de suportar uma transferência intragrupo, nos meses de abril e maio 2005

SHV Gás Brasil LTDA Elaboração de Laudo de Rentabilidade Futura, a fim de subsidiar a análise de viabilidade de reduzir o prazo de amortização de ágio gerado quando da aquisição de participação acionária na Supergasbras Distribuidora de Gás S.A.

2006

Cosan Operadora Portuária S.A. Estudos de Viabilidade e Avaliação Econômico-Financeira com o objetivo de subsidiar a Empresa em eventual decisão estratégica. 2004 / 2005

Petrobrás Distribuidora S.A. Avaliação Econômico-Financeira com o propósito de determinar que proporção do ágio pago na aquisição do controle acionário poderá ser amortizada com base em previsão dos resultados de exercícios futuros.

2005

Banco do Estado de São Paulo S/A – BANESPA Avaliação Econômico-Financeira. 1999Banco do Estado do Amazonas S/A – BEA Avaliação Econômico-Financeira e modelagem de desestatização do banco. 2003

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Informações sobre o avaliador

Empresa Serviço AnoBanco do Estado do Maranhão S/A – BEM Avaliação Econômico-Financeira e modelagem de desestatização do banco. 2004Banco do Brasil DTVM S/A e BB Securities Ltd Avaliação Econômico-Financeira. 2007Banco do Estado de Goiás S.A. – BEG Avaliação Econômico-Financeira e modelagem de desestatização do banco. 2002

Rede Ferroviária Federal S.A. RFFSA e Rede Federal de Armazéns Gerais Ferroviários S.A. – AGRF – Avaliação Econômico-Financeira para o processo de privatização das empresas. 1994

Opportrans Concessão Metroviária S.A. Avaliação Econômico-Financeira, com o objetivo de dimensionar o valor econômico das ações da Empresa, fornecendo subsídios para a tomada de decisões estratégicas por parte de seus acionistas e executivos.

2002 / 2003

Companhia Energética do Piauí – CEPISA Avaliação Econômico-Financeira, com o objetivo de desestatização da Empresa. 2000

Espírito Santo Centrais Elétricas S.A ESCELSA e da LIGHT Serviços de Eletricidade S.A. - Avaliação Econômico-Financeira para o processo de privatização das empresas. 1994

Companhia de Transportes Urbanos – CTU Avaliação Econômico-Financeira, com o objetivo de desestatização da Empresa. 1999

Novatrans Energia S.A. Revisão do modelo de projeção econômico-financeiro das suas operações. 2003

DAE S/A Água e Esgoto Foram elaborados os serviços de estudos tarifários para revisão do equilíbrio-financeiro do contrato de concessão do serviço de tratamento de esgotos da Companhia Saneamento de Jundiaí.

2001

Companhia de Saneamento do Amazonas – COSAMA Avaliação Econômico-Financeira e modelagem de uma sistemática de venda visando a alienação de ações de emissão desta Companhia. 1999

Centrais Elétricas do Pará S.A. – CELPA Avaliação Econômico-Financeira e modelagem de desestatização. 1997

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Informações sobre o avaliador

Para fins de instrução CVM NO 361/02 a Deloitte declara que:

" Não é titular de nenhuma espécie de ações da Companhia, assim como o sócio e os demais profissionais envolvidos neste trabalho, e nem tem sob sua administração discricionária nenhuma das referidas ações;

" não há qualquer conflito de interesse que lhe diminua a sua independência necessária ao desempenho de suas funções como avaliador independente;

" o custo deste laudo de avaliação foi de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

" Além dos valores recebidos acima mencionados, nos últimos 12 (doze) meses recebeu a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) referentes: (i) à elaboração de laudo de estimativa do valor econômico da empresa Rosário Project S.A., controlada pela Permali do Brasil Ind. e Com. Ltda., controladora da Plascar S.A. na data da avaliação e; (ii) à avaliação econômico-financeira da Companhia, visando fixação do preço da ação da Companhia, para aumento do seu capital social através da subscrição de novas ações por seus acionistas;

" Não obstante o relacionamento anteriormente descrito, não possui outras informações comerciais e creditícias de qualquer natureza relativas à Companhia e suas coligadas que possam impactar o laudo de avaliação; e

" Dentre os critérios de avaliação constantes no laudo de avaliação, o que parece mais adequado àdefinição do preço justo é o de avaliação econômico-financeira pelo fluxo de caixa descontado.

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III. Informaçõessobre a CompanhiaAvaliada

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Informações sobre a Companhia Avaliada

Breve Histórico da Companhia

! 1963 – Fundação da Plascar Ind. e Com. Ltda como uma fabricante de borracha sintética;

! 1973 – Plascar inicia investimento no setor de autopeças;

! 1986 – inicia o processo de fabricação por injeção de plástico;

! 1990 – inicia o processo de pintura de plástico;

! 1994 – inicia operações em Betim (MG); Compra da Plavigor (Varginha); e Certificação ISO 9001;

! 1995 – Comprada pela BTR Plc.

! 1996 – Nova planta em Betim (MG);

! 1997 – Certificação QS 9000;

! 1998 – Início da produção em Rosário, Argentina; e fusão com a metalúrgica Carto (adquirida pela BTR Plc em 1996);

! 2000 – Plascar foi adquirida pela Textron Automotive Trim;

! 2001 – Collins&Aikman adquire a Plascar;

! 2002 – encerra-se as operações da fábrica em Rosário na Argentina, sendo as operações transferidas para a planta de Jundiaí/SP;

! 2004 – mudança na administração e recuperação dos resultados e aumento dos investimentos;

! 2005 – instalação de equipamentos de pintura de última geração em Varginha, Minas Gerais; desenvolvimento e consolidação de vendas no mercado externo;

! 2006 – Plascar foi adquirida pela International Automotive Components Group Brazil, LLC.

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Informações sobre a Companhia Avaliada

Breve Descrição da Companhia

A Plascar Participações Industriais S.A. é a holding controladora da Plascar Indústria e Componentes de Plástico Ltda., indústria de autopeças especializada em peças de acabamento interno e externo de veículos.

Seus principais produtos são: pára-choques, painéis de instrumentos, difusores de ar, volantes, lanterna, pinturade peças plásticas, entre outros. Grande parte destes produtos são feitos de plástico, utilizando resinas derivadas do petróleo como matéria-prima.

Atende montadoras do Mercosul e exporta para México, EUA, Canadá, Austrália e Europa. Atua no mercado de original (OEM – Original Equipment Manufacturer), atendendo também o mercado de reposição para sistemas de iluminação e sinalização. Detém, ainda, a tecnologia do “woodstock” (composição de farinha de madeira e polipropileno) para uso na fabricação de laterais de porta e porta pacotes.

Controle Acionário

A Plascar S.A. possui 16.643.035 mil ações, sendo 9.407.736 mil ações ordinárias e 7.235.298 preferenciais. Do total das ações ordinárias, 99,996% pertencem à Permali do Brasil Ind. e Com. Ltda., que, por sua vez, écontrolada pelo IAC Group Brazil.

Ações (mil) Part. %Permali do Brasil Ind. E Com. Ltda 9.407.367 56,52%Outros 369 0,00%Total Ordinárias 9.407.736 56,53%Preferenciais (negociadas em bolsa) 7.235.298 43,47%Total Ações 16.643.035

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Informações sobre a Companhia Avaliada

Premissas Macroeconômicas

A seguir, apresentamos as principais premissas macroeconômicas utilizadas em nosso trabalho:

Projeção do PIB Industrial (%)

2007 2008 2009 2010 2011 20124,00 4,00 4,00 3,80 3,80 3,80

Fonte: Banco Central do Brasil (2007 a 2010) e estimativa Deloitte (2011 e 2012)

2007 2008 2009 2010 2011 20125,0% 4,0% 3,5% 3,5% 3,5% 3,5%

Projeção da Inflação IPCA (%)

Fonte: Estimativa da Companhia no Orçamento (2007 a 2009) e estimativa Deloitte (2011 e 2012)

Projetos de Investimentos Relevantes

Para 2007, 2008 e 2009, assumimos o investimento orçado pela Administração da Companhia, nos valores de R$ 35.092 mil, R$ 14.595 mil e R$ 14.190 mil, respectivamente. Para o ano de 2007, estes investimentos contemplam a necessidade de recursos necessários ao atendimento dos projetos existentes e novos projetos previstos para a Companhia, avaliados de forma individualizada pela Companhia. Para 2008 e 2009, foram considerados os montantes de recursos financeiros para manutenção dos projetos existentes, já que não foi considerada a conquista de novos projetos, dada a incerteza de realização dos mesmos.

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Informações sobre a Companhia Avaliada

Projetos de Investimentos Relevantes (continuação)

A seguir, apresentamos a abertura dos investimentos previstos pela Administração da Companhia para o período projetivo compreendido entre 2007 e 2009:

Como forma de comparação, em 2004 e 2005, a Companhia passou a atuar no mercado externo. Para isso, foi necessária a aquisição de equipamentos para a fabricação de produtos destinados principalmente ao mercado externo.

Investimento 2007 2008 2009

Infra-estrutura 1.916 745 890 Edificações 1.728 616 659 Máquinas e Equipamentos 30.848 12.934 12.311 Software e Hardware 600 300 330

Total 35.092 14.595 14.190

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IV. Panorama Macroeconômico

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Os indicadores apresentados abaixo têm a finalidade expor, de forma clara, porém resumida, o contexto econômico e as expectativas de mercado vigentes na época da elaboração do relatório de avaliação. Enfatizamos que o seu conteúdo está baseado em informações públicas disponíveis e não deve ser assumido como a opinião da Deloitte sobre ações, fatos ou eventos que tenham ou venham a ocorrer na economia brasileira.

Panorama Macroeconômico

Perspectivas EconômicasPerspectivas Econômicas

Brasil: Indicadores macroeconômicos 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 PIB Real (% de crescimento) 0.5 4.9 2.3 3.0 3.5 3.5 3.5 3.7

Agropecuária 4.5 5.3 0.8 2.3 3.5 4.0 3.8 4.0

Indústria 0.1 6.2 2.5 3.4 4.0 4.1 4.0 3.9

Serviços 0.6 3.3 2.5 2.7 3.0 3.0 3.0 3.0

PIB Nominal (US$ bilhões) 507 604 796

IPCA (%) 9.30 7.60 5.69 2.98 4.16 4.30 4.20 4.00

IGP-M (%) 8.71 12.41 1.21 3.23 4.30 4.40 4.28 4.20

IGP-DI (%) 7.67 12.14 1.22 3.14 4.29 4.30 4.28 4.20

Meta Taxa Selic (% ao ano; final de período) 16.50 17.75 18.00 13.50 12.00 11.50 11.00 10.13

Meta Taxa Selic (% ao ano; média do período) 23.08 16.44 19.15 15.13 12.81 12.00 11.38 11.00

Taxa de Câmbio (R$/US$; final de período) 2.89 2.65 2.34 2.16 2.30 2.40 2.50 2.55

Taxa de Câmbio (R$/US$; média do período) 3.07 2.93 2.43 2.18 2.25 2.35 2.44 2.51

TJLP (% ao ano. final de período) 11.00 9.75 9.75

Balança Comercial (US$ bilhões) 24.83 33.69 44.76 44.00 38.00 34.00 31.00 30.00

Saldo em Transações Correntes (US$ bilhões) 4.10 11.67 14.20 11.00 5.00 1.50 0.00 0.00

Investimento Estrangeiro Direto Líquido (US$ bilhões) 10.10 18.17 15.07 15.60 16.00 17.00 16.95 17.20

Superávit Primário do Setor Público (% do PIB) 4.27 4.59 4.84 4.25 4.25 4.25 4.25 4.25

Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 57.18 51.67 51.62 50.40 49.15 47.16 45.30 43.70Fonte: Banco Central.

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Perspectivas Econômicas (continuaPerspectivas Econômicas (continuaçção)ão)

Panorama Macroeconômico

Estados Unidos PIB Real (% de crescimento) 2.5 3.9 3.2 3.4 2.1 2.7 2.9 2.9 IPC (%; média no ano) 2.3 2.7 3.4 3.8 3.3 2.8 2.7 2.7Japão PIB Real (% de crescimento) 1.8 2.3 2.6 2.8 2.1 1.5 1.5 1.3 IPC (%; média no ano) -0.2 0.0 -0.3 0.4 1.3 1.7 1.2 1.0 Iene/Dólar (média) 116 108 110 115 102 98 96 94Euro 12 (*) PIB Real (% de crescimento) 0.8 1.9 1.4 2.4 1.8 2.0 2.0 2.0 IPC (%; média no ano) 2.0 2.1 2.1 2.3 2.2 1.9 1.8 1.9 Dólar/Euro (média) 1.13 1.24 1.24 1.26 1.36 1.34 1.29 1.26Ásia e Oceania (exclusive Japão) PIB Real (% de crescimento) 6.1 7.2 6.6 7.0 6.6 6.2 5.8 5.6 IPC (%; média no ano) 2.6 3.8 3.7 4.2 3.6 3.2 3.3 3.3China PIB Real (% de crescimento) 10.0 10.1 10.2 10.7 9.9 8.9 8.0 7.6 IPC (%; média no ano) 1.2 3.9 1.8 1.5 2.1 2.5 2.8 3.1Índia PIB Real (% de crescimento) 8.3 8.5 8.5 7.6 7.4 7.2 6.9 6.9 IPC (%; média no ano) 3.8 3.8 4.2 5.6 4.9 4.4 4.4 4.4América Latina PIB Real (% de crescimento) 2.1 5.8 4.3 4.7 3.7 3.6 3.7 3.8 IPC (%; média no ano) 10.8 6.5 6.4 5.5 5.4 5.2 4.8 4.5Cenário Mundial PIB Real (% de crescimento) 2.7 4.0 3.5 4.0 3.2 3.2 3.2 3.2 Crescimento do Comércio Mundial 5.6 10.9 7.9 9.5 7.5 7.8 8.0 8.0 Preço do Petróleo (Brent; US$/barril) 28.83 38.51 54.72 69.33 69.25 66.00 59.00 54.00Fonte: EIU.

(*) Aústria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Espanha.

2010Indicadores internacionais selecionados

20072003 2004 2005 2006 2008 2009

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V. Mercado de Atuação

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Mercado de Atuação

Breve Histórico

Na década de 80, a economia brasileira foi marcada pela estagnação, instabilidades políticas e problemas econômicos, como o processo inflacionário e dependência de capital externo. Como conseqüência, a indústria automobilística registrou queda na produção, na demanda e investimentos.

Na década de 90, esse panorama passou por uma significativa mudança em virtude de diversos aspectos, como a abertura comercial do país, promovido pelo Governo Collor, assim como programas de estabilização econômica, que no Brasil somente obteve resultados concretos com o Plano Real em 1994.

Ainda no início desta década, foram firmados diversos acordos em câmaras setoriais que alavancaram a produção brasileira. A criação do Mercosul iniciou um processo de racionalização das plantas e na reestruturação da produção dos fabricantes de veículos, aproveitando-se das facilidades de cada bloco regional e alcançando economias de escala. Os resultados foram saltos qualitativos e quantitativos expressivos, com fábricas e veículos modernos, escala de produção, produtividade e exportações originados, principalmente, dos efeitos da concorrência de uma economia agora aberta.

De acordo com a ANFAVEA – Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores, o Brasil é hoje o país que detém a maior quantidade de marcas e unidades industriais automobilísticas. De todas as fábricas, 22 foram inauguradas entre 1996 e 2002.

A mão-de-obra brasileira possui alto grau de qualificação ocasionado, principalmente, pelo desenvolvimento de um pólo industrial na região ABC de São Paulo. Contudo, o sindicato também se desenvolveu consideravelmente, acarretando um custo de mão-de-obra mais elevado do que no restante do país. O custo de produção é inferior ao de países desenvolvidos e a engenharia qualificada.

Em 2006, a indústria automobilística brasileira, responsável por 5% do PIB, deve produzir 2,6 milhões de veículos (leves e pesados), sendo a venda interna responsável por cerca de 1,9 milhões de veículos.

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Mercado de Atuação

Perspectivas

Em todo o mundo, a indústria automobilística se caracterizou como uma indústria oligopolista, devido ao pequeno número de montadoras e ao grande número de fornecedores de autopeças. Isto permitia que as montadoras exercessem um expressivo poder de barganha com os fornecedores de autopeças, conseguindo achatar cada vez mais suas margens.

Atualmente, existe uma tendência de consolidação do setor de autopeças, de forma a equilibrar esta relação com as montadoras e, por conseqüência, formar grandes grupos de fabricantes de peças. A perspectiva é que se formem cerca de 20 grandes grupos de autopeças.

Neste contexto, o Brasil pode vir a aumentar sua participação, tanto no mercado automotivo quanto no de autopeças, visto que grande parte das montadoras possui fábricas no país, e as autopeças estrangeiras alojadas no país estão se consolidando como grandes fornecedores de suas matrizes.

Em relação a concorrência internacional, o Brasil passará a enfrentar uma maior concorrência, vindo, principalmente, do Leste Europeu. Isto porque o país se especializou na produção de carros compactos e de baixo custo, devido à característica do mercado consumidor brasileiro, que busca automóveis pequenos, com baixo consumo de combustíveis e possuem restrição na renda, utilizando muitas vezes financiamentos para adquirir um automóvel. Essas características são semelhantes às dos países do Leste Europeu, que há quase duas décadas fez a transição do regime comunista para o mercado aberto.

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Vendas de Automóveis (R$ MM)

2.755

1.9571.636

2.128

2.6862.5742.4772.3792.260

2,6%-6,3%19,6%

8,7% 6,2%5,3% 4,1% 3,9% 4,3%

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011-15,0%

-5,0%5,0%

15,0%25,0%

35,0%45,0%

55,0%

Vendas Automóveis % variação

Mercado de Atuação

Perspectivas (continuação)

O câmbio também foi um grande obstáculo para o maior crescimento das exportações brasileiras de veículos em 2006, mas a recuperação do mercado na Argentina vem compensando parcialmente. Adicionalmente, existe a perspectiva de ampliação do comércio exterior com a África e União Européia.

O mercado interno apresenta boas perspectivas de crescimento, dada a estabilidade econômica adquirida nos últimos anos, acompanhada de crescimento econômico, inflação controlada, diminuição das taxas de juros e aumento dos prazos e da oferta de crédito ao consumidor. Estes fatores, além da entrada dos veículos com motores bi-combustíveis, incentivam as vendas domésticas de veículos e, por conseguinte, a produção nacional.

Fonte: ANFAVEA (citado por Economist Intelligence Unit – EIU)

Real Projetado

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VI. MetodologiasAdotadas

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Metodologias Adotadas

Introdução

Conforme a Instrução CVM NO 361, de 5 de março de 2002, em seu Artigo 8O, Parágrafo 3O, o qual dispõe sobre o procedimento aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações, o laudo de avaliação deverá indicar os critérios de avaliação, os elementos de comparação adotados, contendo, ainda, no mínimo e cumulativamente, o seguinte:

" preço médio ponderado de cotação das ações da Companhia na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, nos últimos 12 (doze) meses;

" valor do patrimônio líquido por ação da Companhia, apurado nas últimas informações periódicas enviadas à CVM;

" valor econômico da Companhia, calculado pela regra do fluxo de caixa descontado ou por múltiplos, conforme se entender fundamentadamente mais adequado.

Os parâmetros acima se baseiam em metodologias e critérios diferentes, pois levam em consideração diferentes aspectos, tais como, perspectivas futuras de crescimento da lucratividade tendo em vista as expectativas para a macroeconomia e o mercado de atuação, resultados históricos e valores contábeis, bem como percepções individuais de investidores no mercado de capitais. Dessa forma, os resultados apurados podem diferir significativamente, ou não, entre si.

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Metodologias Adotadas

1. Cotação da ação na Bolsa de Valores

Pode-se assumir também, como valor da ação, o valor de cotação no mercado organizado, no caso, o valor das suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (“Bovespa”). No entanto, para que se possa definir o valor justo de mercado com base no valor da cotação das ações, é fundamental que estas apresentem uma alta liquidez, ou seja, que estas ações apresentem um alto volume de negociações. Isto porque, apresentando um alto índice de liquidez, diminui-se as chances de algum investidor arbitrar o preço do papel de acordo com seus interesses individuais.

Assim, quando analisamos a performance da cotação das ações nos últimos doze meses, observamos que as ações apresentam uma liquidez relevante a partir do anúncio de sua compra pelo IAC Group Brazil, conforme demonstrado nas análises a seguir:

Fonte: Bloomberg, preço médio de 2 de janeiro de 2006 a 28 de dezembro de 2006.

Preço Médio da Ação

-10,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

1/2/

2006

2/9/

2006

3/23

/200

65/

3/20

066/

7/20

067/

13/2

006

8/17

/200

69/

22/2

006

10/3

0/20

0612

/7/2

006

Anúncio da aquisição da Plascar S.A. pela

IAC.

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Metodologias Adotadas

1. Cotação da ação na Bolsa de Valores (continuação)

O quadro a seguir apresenta os valores de cotação das ações da Plascar S.A. nos últimos 12 (doze) meses. Devido ao significativo aumento do valor das ações neste período, significativamente influenciado pela aquisição da Companhia por parte do IAC Group Brazil, entendemos que este valor não reflete apropriadamente o valor justo de mercado da Companhia. Adicionalmente, não encontramos qualquer fundamentação econômica que viesse corroborar o valor atual das ações da Companhia. Desta forma, entendemos que tal valor pode não ser sustentável a longo-prazo.

Fonte: Bovespa

Lotes Ações Volume PreçoMês Negociados (R$) Médio Preço Meses

jan/06 1.247 9.593 7,69 32,50 12 fev/06 636 5.111 8,04 34,70 11 mar/06 1.166 10.548 9,05 35,97 10 abr/06 1.653 26.396 15,97 38,53 9 mai/06 1.390 38.831 27,93 42,05 8 jun/06 1.385 43.001 31,04 44,18 7 jul/06 939 27.809 29,62 46,50 6 ago/06 1.443 46.076 31,94 48,80 5 set/06 1.088 41.536 38,19 53,27 4 out/06 1.173 53.327 45,47 57,04 3 nov/06 1.483 87.568 59,06 61,30 2 dez/06 1.701 107.558 63,25 63,25 1

Média Móvel

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Balanço Consolidado

Ativo dez/06 Passivo dez/06

. Disponibilidades 146 . Fornecedores 25.930

. Duplicatas a receber 58.533 . Empréstimos e financiamentos 32.470

. Estoques 24.974 . Leasing 3.777

. Impostos a Recuperar 20.848 . Outras Obrigações 37.545

. Outras créditos 1.007 . Impostos, taxas e Contribuições 3.973

. Despesas do Exer. Seguinte 319 . Prov. Para IR e Contribuição Social 18.565 . Férias, 13o e Encargos Sociais 12.891 . Adiantamento de clientes 1.092 . Outras Contas a pagar 1.022

Ativo Circulante 105.828 Passivo Circulante 99.721

. Créditos c/ pessoas ligadas 7.203 . Outros 74.593

. Impostos a Recuperar 2.772 . IR diferido 22.894

. Créditos e Valores 44.414 . Outros 12.088 . Depósitos Judiciais 2.101 . Outras Obrigações a Pagar 86 . Bens destinados a venda 4.525 . Processos Judiciais 39.525 . IR diferido 37.789 . Leasing 3.823

. Desapropriação 785 . Participação dos acionistas minoritários 412

Ativo Realizável a Longo Prazo 55.174 Passivo Exigível a Longo Prazo 78.828

. Investimentos em Control. E Colig. 5 . Capital social 289.080

. Imobilizado 245.092 . Reserva de Reavaliação 90.406 Patrimônio Líquido (R$ mil) 227.886

. Diferido 337 . Lucro/ (prejuízos) acumulados (151.600) (/) no. de ações (lote de mil) 16.643.035

Ativo Permanente 245.434 Patrimônio Líquido 227.886 Valor Patrimonial (R$/mil ações) 13,69

Ativo Total 406.435 Passivo Total 406.435

Metodologias Adotadas

2. Valor Patrimonial com base na DFP de 31 de Dezembro de 2006

Esta metodologia leva em consideração somente os resultados históricos obtidos pela Empresa e os valores contábeis históricos dos seus ativos e passivos, sem considerar suas perspectivas futuras de negócios e crescimentos.

Fonte: CVM - Informações de 31 de Dezembro de 2006

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Metodologias Adotadas

Na estimativa do valor econômico da Companhia, nos baseamos no conceito de valor justo de mercado (“fairmarket value”), o qual é geralmente definido como o preço (expresso em moeda ou valor equivalente à moeda) possível de se obter em um mercado aberto e sem restrição, entre partes informadas e prudentes, agindo com independência e sem qualquer coação, e sem considerar nenhum benefício especial para qualquer investidor potencial.

3. Rentabilidade Futura

Na estimativa do valor da ação com base na perspectiva da rentabilidade futura da Companhia, representado pelo seu valor justo de mercado, adotamos dois métodos de avaliação:

" Fluxo de Caixa Descontado;

" Múltiplos de empresas comparáveis com base em informações divulgadas ao mercado.

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado

Mercado Estratégia

de AtuaçãoRegulam

entação

Tecnologia

Capital

Localização

Custos de

Operação

Inve

stim

ento

s

CriaçãoCriaçãode de

ValorValor

PlanejamentoPlanejamento

Reuniões c/ clienteReuniões c/ cliente

Dados históricosDados históricos

AnálisesAnálises

Conhecimento Conhecimento

Cenário ProjetadoCenário Projetado

EBITDA *

Impostode Renda

Investimentos

Capitalde Giro

Fluxo deCaixa

Projetado

Taxa deDesconto(WACC) **

Valor daEmpresa

ValorResidual

Ajustes nãoOperacionais

Análisede Sensibilidades

Re-processamento (se aplicável)

Sistema DELOITTE de Projeção (Modelo)Sistema DELOITTE de Projeção (Modelo)

Experiência Experiência

Equipe DELOITTEEquipe DELOITTE

CLIENTECLIENTE

Mercado Estratégia

de AtuaçãoRegulam

entação

Tecnologia

Capital

Localização

Custos de

Operação

Inve

stim

ento

s

CriaçãoCriaçãode de

ValorValor

Mercado Estratégia

de AtuaçãoRegulam

entação

Tecnologia

Capital

Localização

Custos de

Operação

Inve

stim

ento

s

CriaçãoCriaçãode de

ValorValor

PlanejamentoPlanejamento

Reuniões c/ clienteReuniões c/ cliente

Dados históricosDados históricos

AnálisesAnálises

Conhecimento Conhecimento

Cenário ProjetadoCenário Projetado

EBITDA *

Impostode Renda

Investimentos

Capitalde Giro

Fluxo deCaixa

Projetado

Taxa deDesconto(WACC) **

Valor daEmpresa

ValorResidual

Ajustes nãoOperacionais

Análisede Sensibilidades

Re-processamento (se aplicável)

Sistema DELOITTE de Projeção (Modelo)Sistema DELOITTE de Projeção (Modelo)

Experiência Experiência

Equipe DELOITTEEquipe DELOITTE

CLIENTECLIENTE

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

A metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DCF) é considerada a mais completa metodologia de avaliação, pois leva em consideração todas as características individuais da empresa, perfazendo uma análise completa da empresa em avaliação, considerando ainda sua continuidade no tempo e suas perspectivas de resultados.

Premissas gerais

! A avaliação da Plascar S.A. foi realizada pelo Método dos Ativos (Asset Approach) por não se tratar de uma empresa operacional, mas sim de uma holding, cujo principal ativo é o investimento em sua controlada, Plascar Ltda. Dessa forma, estimamos o valor justo de mercado da Plascar Ltda. com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado e ajustamos o valor contábil do investimento na Plascar S.A.

! Considerou-se somente a projeção dos resultados operacionais (modelo Debt-Free), tendo sido os ativos e passivos não operacionais somados ou deduzidos, conforme o caso, do valor justo de mercado das operações da Plascar Ltda.

! As projeções foram feitas em moeda constante, ou seja, sem a consideração de inflação.

! A avaliação foi realizada com base nas informações contábeis e gerenciais disponibilizadas pela Plascar Ltda., em informações disponibilizadas ao público, no orçamento para os anos de 2007, 2008 e 2009 e nas expectativas discutidas em reuniões com a Administração da Companhia. Enfatizamos que as informações fornecidas pela Administração e consideradas em nosso estudo não foram por nós auditadas.

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Receita Operacional

! As projeções de crescimento de receitas aprovados para 2007, 2008 e 2009 foram baseadas no orçamento que contempla as expectativas da Administração da Companhia. Para o ano de 2007, o crescimento da receita, de 5,3%, deveu-se à perspectiva de entrada de novos projetos cuja probabilidade de fechamento do contrato é considerada alta pela Administração da Companhia. A partir de 2008, é prevista a finalização de alguns projetos de grande escala, o que não é compensado pela entrada de novos projetos (de menor escala e com maior dificuldade de estimativa de sucesso), fazendo com que o crescimento da receita seja afetado por este aspecto.

! Para os períodos de 2010 e 2011, foram considerados os crescimentos médios de vendas de veículos leves, médios e pesados estimados pela Economist Intelligence Unit (EIU). A partir de 2012, o crescimento foi perpetuado a uma taxa de 3,0% ao ano.

Tendo em vista o potencial crescimento do mercado, bem como a constante tentativa de ampliação de sua capacidade produtiva, a Companhia divulgou em entrevista publicada no Valor Econômico em 11/09/2006 que estimava que sua receita poderia crescer do patamar de US$ 250 milhões para até US$ 1 bilhão. Em 18/09/2006, atendendo a determinação da CVM, a Companhia publicou Fato Relevante sobre o assunto, ressalvando, entretanto, que tal estimativa dependeria da ocorrência de diversos eventos cuja concretização não poderia ser assegurada pela Companhia. Considerando que tal receita estimada não se baseou em qualquer estudo e ainda, considerando a não concretização de determinados eventos no prazo inicialmente estimado, a Companhia informa que não é possível confirmar o crescimento da receita nos patamares informados anteriormente.

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Receita Líquida (R$ MM)

507,5455,3 455,3 460,2 480,2 492,7

432,5

268,4378,6

3,0%2,6%4,3%

1,1%0,0%5,3%

14,3%

41,1%44,5%

-

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012-5,0%

5,0%

15,0%

25,0%

35,0%

45,0%

55,0%

Receita Líquida % crescimento

Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Deduções da Receita

! As deduções são compostas por devoluções de vendas, ICMS e PIS/COFINS. Estimamos estas deduções em 18,8% das receitas brutas e mantivemos este percentual sobre a receita para todo o período de projeção.

Real Projetado

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Custos e Despesas Operacionais

Custo dos Produtos Vendidos

! Compreende os custos de materiais, mão-de-obra direta, custos fixos de produção e outros custos variáveis;

! O orçamento, elaborado pela Administração da Companhia, considerou para 2007 uma redução nos custos de materiais de 2,6% da receita líquida, em relação ao ano anterior, devido ao desenvolvimento de matérias-primas com melhor margem, além da redução de perdas e melhoria nos processo industriais. Em 2008 e 2009, esta relação aumenta 0,8% com a finalização de projetos mais rentáveis. A partir de 2010, a relação de 43,1% do custo das matérias-primas sobre a receita líquida foi mantida;

! Os outros custos que compõem o CPV não tiveram variação significativa em relação à receita líquida de vendas.

Despesas Comerciais

! Compreende as despesas de pessoal, fretes e outras despesas comerciais;

! As despesas de mão-de-obra foram mantidas fixas durante todo o período de projeção, pois a atual estrutura comercial é adequada atender a carteira de clientes prevista;

! As despesas de fretes foram projetadas conforme o crescimento das receitas líquidas, a partir de 2007;

! As outras despesas comerciais compreendem gastos fixos e variáveis. Com base em dados históricos, estimamos que cerca de 1/3 destas despesas variam conforme o crescimento da receita, sendo o restante mantido fixo para todo o período de projeção.

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Custos e Despesas Operacionais (continuação)

Despesas Gerais e Administrativas

! Corresponde a despesas de pessoal administrativo, serviços de terceiros, outros impostos e outras despesas administrativas. Devido a natureza das despesas de pessoal e serviços de terceiros e das expectativas da Administração da Plascar Ltda., estas despesas foram mantidas fixas por todo o período projetivo;

! Os outros impostos correspondem a impostos fixos, como IPTU, e impostos variáveis, como CPMF. Os impostos variáveis correspondem a cerca de 80% das despesas de impostos em dezembro de 2006. Projetamos estes impostos variáveis de forma a manter a relação das despesas de CPMF com a receita bruta de vendas verificada no ano de 2006;

! As outras despesas gerais e administrativas são compostas por gastos fixos e variáveis. Verificamos que cerca de 30% dos gastos variam conforme o crescimento das receitas, consideração que foi mantida em todo o período projetivo, sendo que as demais despesas foram mantidas fixas.

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Custos e Despesas Operacionais (R$ MM)

(34,0)

(41,7)(51,2) (46,6) (48,5) (48,1) (48,7) (49,0) (49,4)

(300,6)(291,9)(284,5)(272,6)(273,5)(268,3)(259,3)(237,2)(188,8)

(29,4)(29,0)(28,6)(28,0)(27,6)(26,3)(26,2)(25,5)

(19,5)

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012CPV Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas

Metodologias Adotadas

Real Projetado

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

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EBITDA (R$ MM)

97,885,0

76,3 81,8 88,5 92,8

62,8

(1,2)

41,019,3%18,8%18,4%17,8%16,8%18,7%

14,5%

10,8%

-0,4%

(20,0)

-

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012-5,0%

5,0%

15,0%

25,0%

35,0%

45,0%

EBITDA % margem

Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

EBITDA

! Entre meados de 2004 e o final de 2005, a Plascar Ltda. implementou um processo de recuperação de margens, através de aumento de preços negociados com os clientes, que, juntamente com o crescimento do volume de produção de automóveis, fez com que o EBITDA passasse de R$ -1,2 milhões em 2004 para R$ 41,0 milhões no final de 2005;

! Em 2006, a margem de EBITDA foi de 14,5%. A partir de 2008, é prevista a finalização de alguns projetos de grande escala, cuja rentabilidade é superior à rentabilidade média, fazendo com que a margem de EBITDA apresente redução neste período. Nas projeções, não foi considerada a entrada de novos projetos com este perfil de maior rentabilidade, fazendo com que as margens se recupere gradativamente, refletindo principalmente os ganhos futuros de escala.

Real Projetado

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Outras Premissas

! Prejuízos Fiscais e Base Negativa de Contribuição Social: consideramos, no cálculo da despesa de Imposto de Renda, um total de R$ 173,1 milhões de Prejuízos Fiscais e R$ 179,9 milhões de Base Negativa de Contribuição Social, os quais foram compensados anualmente, limitado a 30% do lucro o resultado do exercício;

! Depreciação e Amortização: projetamos as despesas de depreciação e amortização do imobilizado atual e dos novos investimentos de acordo com as taxas de depreciação atualmente utilizadas pela Plascar Ltda.

! Capital de Giro: projetamos a variação de capital de giro de acordo com as condições comerciais vigentes na Companhia e refletidas no resultado verificado no ano de 2006, conforme descrito a seguir:

- Prazo médio de recebimento no mercado interno => 28 dias

- Prazo médio de recebimento no mercado externo => 172 dias

- Prazo médio de pagamento de Fornecedores => 31 dias

! Contingências: nós não efetuamos quaisquer ajustes ao valor justo de mercado da Plascar Ltda. por conta de contingências fiscais, cíveis ou trabalhistas que por ventura existam e não estejam reconhecidas contabilmente.

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Investimento (R$ MM)

30,535,1

14,6 14,2

37,6 39,6

14,0

23,8

42,0

6,0%

8,0%7,8%

3,1%3,2%

7,7%

3,2%

11,1%

8,9%

-

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20120,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

Investimento % receita líquida

Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Investimentos

! No período de 2004 a 2006, o investimento médio da Plascar Ltda. sobre a receita líquida foi de 7,7% ao ano. Cabe ressaltar que nos anos de 2004 e principalmente em 2005, além de investimentos voltados ao aumento da produtividade e redução de custos, a Companhia fez investimentos na aquisição de equipamentos para a fabricação de produtos destinados ao mercado externo;

! Para 2007, 2008 e 2009 assumimos o investimento orçado pela Administração da Plascar Ltda. Para os demais anos, assumimos o investimento equivalente a 100% da despesa de depreciação projetada para o ano anterior.

Real Projetado

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Taxa Livrede Risco

Taxa Livrede Risco

Prêmio deMercado

Prêmio deMercado

Beta(setor)

Beta(setor)

Risco PaísRisco País

CAPMCAPM

4,77 %

7,10 %

0,83

2,27%

1,80%

WACCWACC

Custo do Capital Próprio

Custo do Capital de 3os

Inflação AmericanaProjetada

2,67% a.a.

Taxa de Desconto RealTaxa de Desconto Real

14,72%(**)

14,74%

Estru

tura

d

e C

ap

ital

28%(***)

72%(***)

10,36% a.a.

Prêmio peloTamanho da

Empresa

Prêmio peloTamanho da

Empresa

Fontes

CAPM – Capital Asset Pricing Model / WACC - Weighted Average Cost of Capital (*) Os parâmetros e premissas adotados estão detalhados a seguir.(**) Consideramos o custo de capital de terceiros com base no custo de captação da Plascar Ltda.(***) Adotamos a estrutura de capital média de empresas comparáveis no mesmo setor, as quais foram analisadas no cálculo do Beta.

Bloomberg

Ibbotson

Banco de Dados

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Taxa de Desconto Real (*)

Metodologias Adotadas

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a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Fórmula dos Cálculos do Custo de Capital Próprio e de Taxa de Desconto

Metodologias Adotadas

Cáculo do WACC Índice FórmulaTaxa livre de risco 4,77% (a)Prêmio de mercado de grandes empres 7,10% (b)Beta 0,83 (c)Risco País 2,27% (d)Prêmio pelo tamanho da empresa 1,80% (e)

Custo do capital próprio 14,74% (f) = (a)+(b)*(c)+(d)+(e)

Participação do capital próprio 72% (g)

Custo do capital de terceiros 14,72% (h)

Participação do capital de terceiros 28% (i)Taxa efetiva de imposto de renda 34% (j)

WACC nominal 13,31% (k) = (f)*(g)+(1-(j))*(h)*(i)

Taxa de inflação projetada 2,67% (l)

WACC real 10,36% (m) = (1+(k))/(1+(l))-1

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a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Fórmula do Cálculo do Custo de Capital de Terceiros (Nominal US$)

Metodologias Adotadas

Valor (R$) Participação Taxa de Juros

(ao ano)

Taxa de Juros Real (ao ano)

Taxa de Juros Real

Ponderada pela

Participação

Item

Conta Garantida Safra 13.623.101,01 26,49% CDI+0,30% am 10,49% 2,78%Cheque Empresarial Safra 434,39 0,00% 1,60% am 16,27% 0,00%

Factoring With Recourse Bco do Brasil 18.949.009,17 36,85% 1,50% am 14,91% 5,49%BDMG 1.906.801,43 3,71% IPCA 0,00% 0,00%Safra 10.805.745,98 21,02% CDI+0,30% am 10,49% 2,20%

Conta Garantida Bradesco 1.066.906,63 2,07% CDI+0,30% am 10,49% 0,22%Conta Garantida Bradesco 5.066.544,52 9,85% CDI+0,30% am 10,49% 1,03%

Total 51.418.543,13 100,00% 11,73% (a)

Inflação Americana 2,67% (b)

Taxa Nominal (US$) 14,72% (c)

Fórmula da Taxa Nominal (US$): (c) = (1+(a)) / (1+(b)) - 1

Credor

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-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1926

1930

1934

1938

1942

1946

1950

1954

1958

1962

1966

1970

1974

1978

1982

1986

1990

1994

1998

2002

Risk Premium (Large Companies)

Metodologias Adotadas

Taxa Livre de Risco

Representa o retorno requerido pelo investidor para investimentos em títulos conceitualmente sem risco. Adotamos como parâmetro de taxa livre de risco a média aritmética histórica dos últimos 24 meses das taxas oferecidas pelo Governo Norte-Americano (T-Bond americano de 30 anos).

Prêmio de Mercado

Representa o retorno acima da taxa livre de risco que o investidor exige por investir (estar exposto ao risco) no mercado de capitais, devido seu risco inerente. Adotamos o prêmio médio verificado para as ações (valorização e dividendos pagos) de grandes empresas americanas desde 1926, calculado pelo IbbotsonAssociates.

Fonte: Análise Deloitte.

Fonte: Ibbotson Associates.

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

01/0

3/04

01/0

4/04

01/0

5/04

01/0

6/04

01/0

7/04

01/0

8/04

01/0

9/04

01/1

0/04

01/1

1/04

01/1

2/04

01/0

1/05

01/0

2/05

01/0

3/05

01/0

4/05

01/0

5/05

01/0

6/05

01/0

7/05

01/0

8/05

01/0

9/05

01/1

0/05

01/1

1/05

01/1

2/05

01/0

1/06

01/0

2/06

01/0

3/06

4,77%

7,10%

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

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Prêmio de Mercado para Empresas Similares

-15.0

-10.0

-5.0

0.0

5.0

10.0

15.0

1929

1932

1935

1938

1941

1944

1947

1950

1953

1956

1959

1962

1965

1968

1971

1974

1977

1980

1983

1986

1989

1992

1995

1998

2001

2004

1,8%

Taxa de Desconto

Risco País

Representa o montante adicional de juros (prêmio) exigido pelo investidor institucional para investir no Brasil. Adotamos o prêmio histórico (desde dez/2005) médio calculado pelo diferencial entre os retornos oferecidos pelos títulos do governo norte-americano e brasileiro, de prazo similar.

Prêmio pelo Tamanho da Empresa

Representa o retorno adicional exigido pelo investidor por incorrer em um nível maior de risco por estar investindo em um negócio de porte similar ao porte da Plascar S.A. Em nossos estudos, adotamos os critérios estabelecidos pelo IbbotsonAssociates (média histórica).

Fonte: Análise Deloitte.

Fonte: Ibbotson Associates.

Risco País (Média Ponderada)

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

dez/05

jan/06

fev/06

mar/06

abr/06

mai/06

jun/06

jul/06

ago/06

set/06

out/06

nov/06

2,27%

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

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Taxa de Desconto

Beta

Representa a medida do risco da empresa ou do setor em análise. Para o cálculo do beta, foi utilizado o beta desalavancado médio de empresas que atuam no mesmo segmento da Plascar S.A. com base na estrutura de capitais e taxa de IR de cada empresa. Este beta médio foi realavancado utilizando-se a estrutura de capitais projetada para a empresa em análise e por sua taxa média do imposto de renda.

EmpresaCapital de terceiros

Particip de capital de terceiros

Capital terceiros/

capital próprio

Beta (Local)

Taxa de IR da

Empresa

Beta desalava

ncadoBeta re-

alavancadoPlascar Participacoes Industriais S.A. 22 3,2% 3,3% 0,64 0,00% 0,62 0,78Magna International Inc. 0 0,0% 0,0% 0,94 33,86% 0,94 1,19BorgWarner, Inc 625 16,0% 19,0% 1,13 26,35% 0,99 1,25Lear Corporation 2.233 61,6% 160,2% 1,2 27,82% 0,56 0,70Tenneco Inc. 1.287 54,6% 120,4% 1,61 0,00% 0,73 0,92American Axle & Manufacturing Holding 615 41,5% 70,9% 1,13 33,26% 0,77 0,97Keystone Automotive Industries, Inc. 0 0,0% 0,0% 0,90 39,44% 0,90 1,14AirBoss of America Corp. 38 24,5% 32,4% 0,32 33,83% 0,26 0,33Ecoplastic Corp. 15.636 9,1% 10,0% 1,02 25,19% 0,95 1,20Hanil E-Wha Co., Ltd. 35.904 21,5% 27,4% 0,86 25,78% 0,71 0,90Austem Co., Ltd. 46.076 44,1% 78,8% 0,73 37,49% 0,49 0,62Myung Sung Ltd. 16.427 56,9% 132,1% 0,63 0,00% 0,27 0,34Sungwoo Hitech Co., Ltd. 255.840 56,2% 128,4% 0,77 32,60% 0,41 0,52NIFCO INC. 0 0,0% 0,0% 0,66 38,00% 0,66 0,83PT Astra Otoparts Tbk 236.346 9,9% 10,9% 0,95 20,93% 0,87 1,10Faurecia 1.598 56,2% 128,2% 0,92 0,00% 0,40 0,51

28,4% 39,8% 0,83 Médias da amostra considerada

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Demonstração do Resultado Projetado (Valores Reais, sem projeção de inflação)

Real2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Receita Operacional Líquida 432.539 455.282 455.329 460.227 480.217 492.722 507.504 . % crescimento 0,0% 5,3% 0,0% 1,1% 4,3% 2,6% 3,0%

Custo dos Produtos Vendidos (310.535) (314.900) (321.972) (320.768) (333.132) (340.856) (349.980) . % receita líquida -71,8% -69,2% -70,7% -69,7% -69,4% -69,2% -69,0%

Lucro Bruto 122.004 140.382 133.357 139.459 147.085 151.866 157.524 . % receita líquida 28,2% 30,8% 29,3% 30,3% 30,6% 30,8% 31,0%

Despesas Operacionais (59.233) (55.383) (57.084) (57.655) (58.536) (59.083) (59.727) . % receita líquida -13,7% -12,2% -12,5% -12,5% -12,2% -12,0% -11,8%

. Despesas Comerciais (26.238) (26.330) (27.557) (27.981) (28.602) (28.989) (29.444)

. Despesas Gerais e Administrativas (32.996) (29.053) (29.527) (29.674) (29.934) (30.094) (30.283)

EBITDA 62.771 84.999 76.273 81.804 88.549 92.783 97.797 . % receita líquida 14,5% 18,7% 16,8% 17,8% 18,4% 18,8% 19,3%

. Depreciação e Amortização (23.596) (28.374) (27.855) (27.428) (29.534) (20.588) (18.699)

EBIT 39.175 56.625 48.418 54.376 59.015 72.195 79.098 . % receita líquida 9,1% 12,4% 10,6% 11,8% 12,3% 14,7% 15,6%

. Receitas (Despesas) Financeiras (13.858) - - - - - -

. Outras Receitas (Despesas) Operacionais 2.760 - - - - - -

. Resultado não operacional Líquido (365) - - - - - -

Resultado antes dos Impostos 27.713 56.625 48.418 54.376 59.015 72.195 79.098

. IR/CS 19.103 (13.452) (11.499) (12.918) (14.022) (17.158) (18.801). % EBIT -68,9% 23,8% 23,7% 23,8% 23,8% 23,8% 23,8%

Lucro (Prejuízo) Líquido 46.816 43.173 36.919 41.458 44.993 55.037 60.297 . % receita líquida 10,8% 9,5% 8,1% 9,0% 9,4% 11,2% 11,9%

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU - Financial Advisory Services

Projetado

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Fluxo de Caixa Projetado (Valores Reais, sem projeção de inflação)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 Perpétuo

EBITDA 84.999 76.273 81.804 88.549 92.783 97.797 97.797

. Capital de Giro 9.305 (888) 34 (1.208) (554) (826) (826)

EBITDA (Líquido do Capital de Giro) 94.304 75.385 81.838 87.341 92.229 96.971 96.971

. Investimentos (35.092) (14.595) (14.160) (37.599) (39.620) (30.473) (28.581)

. IR/CS (13.452) (11.499) (12.918) (14.022) (17.158) (18.801) (26.893)

Fluxo de Caixa 45.760 49.291 54.760 35.721 35.451 47.698 41.497

Taxa de Desconto ==> 10,36% 0,9519 0,8625 0,7816 0,7082 0,6417 0,5815 0,5815

Fluxo de Caixa ao Valor Presente 43.559 42.515 42.798 25.297 22.749 27.735 24.853

Fluxo de Caixa ao Valor Presente 204.653

(+) Perpetuidade 348.266 VO/EBITDA '06 VO/Net Sales '06

Valor Operacional (Enterprise Value) 552.919 8,81 1,28

(+) Disponibilidades 145 (+) Contas a Receber - Ferramental 5.457 (+) Estoques - Ferramental 3.376 (+) Créditos com pessoas ligadas 7.203 (+) Depósitos Restituíveis 5.799 (+) Outros investimentos permanentes 2 (-) Empréstimos e financiamentos (32.470) (-) Impostos, taxas e contribuições a pagar (13.118) (-) Parcelamentos e Provisões Trabalhistas (8.670) (-) Adiantamento de Terceiros (1.092) (-) Controladas e Coligadas (23.785) (-) Outras Obrigações a Pagar (18.501) (-) Parcelamento de Tributos (12.088) (-) Arrendamento Mercantil a Pagar (3.909)

Valor Justo de Mercado 461.268 27,72 7,35 1,07

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU - Financial Advisory Services

Fluxo de Caixa Projetado

Múltiplo Implícito

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Fórmula do Cálculo do Valor Residual / Perpétuo

ItemFluxo Ajustado Perpetuidade Fórmula

EBITDA 97.797 (a)

. Capital de Giro (826) (b)

EBITDA (Líquido do Capital de Giro) 96.971 (c) = (a)+(b)

. Investimentos (28.581) (d)

. IR/CS (26.893) (e)

Fluxo de Caixa 41.497 (f) = (c)+(d)+(e)

Fator de Desconto 0,5815 (g)

Fluxo de Caixa ao Valor Presente 24.853 (h) = (f)*(g)*(1+G)

Perpetuidade 348.266 (i) = (h) / (WACC-G)+BFP

G = crescimento perpétuo adotado, de 3% a.a.WACC = Taxa de desconto, de 10,36% a.a.BFP = Benefício Fiscal na Perpetuidade

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Cálculo do Valor Residual / Perpétuo (continuação)

Investimentos: foi perpetuado o montante de investimento equivalente às despesas de depreciação que foram projetadas para o ano de 2012 em R$ 18.699 mil (conforme apresentado na Demonstração de Resultado Projetada), somadas às despesas de reavaliação que foram projetadas para o mesmo período em R$ 9.882 mil, perfazendo um total de R$ 28.581 mil;

IR/CS: Para as despesas de Imposto de Renda e Contribuição Social na perpetuidade, foi considerada a despesa equivalente à alíquota de 34% sobre o Resultado Antes do Imposto de Renda que foi projetado para 2012 em R$ 79.098 mil, conforme apresentado na Demonstração de Resultado Projetada.

BFP: Ao valor perpétuo das operações calculados da forma descrita anteriormente, foi somado o valor presente do benefício fiscal, após o ano de 2012, a ser gerado pelo prejuízo fiscal e base negativa de Contribuição Social apurados na data-base de nosso trabalho. Em nossos cálculos, o valor presente deste benefício fiscal após o ano de 2012 é de R$ 10.616 mil, conforme apresentado a seguir.

A perpetuidade foi calculada para o período perpétuo, posterior ao último ano projetivo (ano de 2012). Para esta estimativa, foram mantidos os os valores calculados para o ano de 2012, exceto pelos seguintes itens, os quais sofreram ajustes para melhor refletir uma situação de perpetuidade das operações da Companhia:

Fórmula Item 2013 2014 2015 2016

(a) Despesa de IR e CS (alíquota integral de 34%) 27.679 28.475 29.231 29.943 (b) Despesa de IR e CS (com benefício fiscal projetado) 19.351 19.908 24.310 29.919 (c) = (a)-(b) Diferença 8.328 8.567 4.921 24 (d) Fator de Desconto (WACC = 10,36% a.a.) 0,5269 0,4774 0,4326 0,3920 (e) = (c) * (d) Benefício Fiscal Perpétuo Anual a Valor Presente 4.388 4.090 2.129 10

(f) Soma do Benefício Fiscal Perpétuo 10.616

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Metodologias Adotadas

a) Metodologia do Fluxo de Caixa Descontado (continuação)

Análise de Sensibilidade (*)

446,3

540,1

691,7

9,36%

391,0

461,3

567,4

10,36%

346,8

401,1

479,1

11,36%

1,5%

3,0%

4,5%

Taxa de Desconto (Real)

Cre

scim

ento

na

Perp

etuid

ade

(R$ MM)

(*) A taxa de desconto utilizada, bem como os fluxos de caixa calculados nas sensibilidades acima apresentadas apresentam-se em termos reais, ou seja, livres de inflação.

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Metodologias Adotadas

Avaliação da Plascar S.A.

* Estimado com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado.

** Perpetuidade das despesas recorrentes na Holding.

Participação em ControladaR$ mil

Empresa Valor Justode Mercado* % $

Plascar Ind. de Componentes de Plástico Ltda. 461.268 99,80% 460.346

Total 460.346

Participação

Balanço AjustadoR$ mil

Saldo SaldoDescrição Incial Ajustes Ajustado

(+) AtivoDisponibilidades 1 Mútuos com Plascar Ltda. 23.785 (23.785) - Investimentos 205.710 254.636 460.346 Outros Investimentos 3 3 Imobilizado 7 7

(-) PassivoImpostos e Contribuições 1 1 Contingências 1.620 1.620

(=) Patrimônio Líquido 227.886 230.851 458.736

(-) Valor Presente de Despesas Recorrentes** (9.773)

(=) Patrimônio Líquido ao Valor de Mercado 448.962 Valor das Ações (R$ por lote de mil ações) 26,98

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Metodologias Adotadas

b) Metodologia de Múltiplos de Mercado

Por esta metodologia, identificamos empresas internacionais comparáveis (do mesmo segmento) com ações negociadas em bolsa de valores e apuramos o múltiplo de EBITDA, baseado no valor econômico das operações (Enterprise Value) na data-base e no EBITDA realizado no ano de 2006.

Esta metodologia foi considerada apenas para corroborarmos os resultados obtidos na avaliação da Plascar Ltda.através da aplicação da metodologia do fluxo de caixa descontado, uma vez que não foram identificadas, em número suficiente, empresas brasileiras do mesmo segmento com ações listadas em Bolsa de Valores, o que afeta a comparabilidade com respeito as expectativas do setor e macroeconômicas para os países de origem em relação ao mercado brasileiro. Sendo assim, nossa conclusão não leva em consideração os resultados obtidos pela aplicação desta metodologia.

CÁLCULO DOSMÚLTIPLOS

CÁLCULO DOSMÚLTIPLOS

ANÁLISE DAAMOSTRAANÁLISE DAAMOSTRA

PESQUISA DEDADOS

PESQUISA DEDADOS

Indicativode valor

• Identificação dos bancos de dados• Pesquisa • Coleta de dados• Filtragem da pesquisa• Definição das informações e dadosde interesse

• Definição da amostra de dados

• Estudos específicos dos dados• Identificação dos dados comparáveis• Refinamento e ajustes das bases• Expurgo de dados inconsistentes oudistorcidos

• Definição das bases para cálculo• Cálculo dos múltiplos• Ajustes finais (ex. liquidez)• Expurgo de múltiplos distorcidos• Aplicação do múltiplo sobre a base adequada da empresa objeto da avaliação

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Metodologias Adotadas

b) Metodologia de Múltiplos de Mercado (continuação)

Análise de Múltiplo – Empresas Listadas em Bolsa de Valores

(*) EV/EBITDA: Calculado com base no Valor Operacional/Enterprise Value (R$ 552.919 mil) dividido pelo EBITDA verificado no ano de 2006 (R$ 62.771 mil).

(*) EV/Net Sales: Calculado com base no Valor Operacional/Enterprise Value (R$ 552.919 mil) dividido pela Receita Líquida verificada no ano de 2006 (R$ 432.539 mil).

Company Market CapEnterprise Value (EV) EBITDA Net Sales EV / EBITDA

EV / Net Sales

Magna International Inc. 7.966,02 7.303,02 1.366,00 23.666,00 5,35 0,31 BorgWarner, Inc 3.280,38 3.905,08 566,80 4.431,70 6,89 0,88 Lear Corporation 1.394,11 3.626,91 692,40 17.961,70 5,24 0,20 Tenneco Inc. 1.068,77 2.355,77 381,00 4.540,00 6,18 0,52 American Axle & Manufacturing Holdings, Inc. 866,16 1.480,66 157,00 3.263,20 9,43 0,45 Keystone Automotive Industries, Inc. 617,69 611,67 49,78 672,83 12,29 0,91 Ecoplastic Corp. 155,30 170,78 28,61 473,05 5,97 0,36 Hanil E-Wha Co., Ltd. 129,81 165,35 38,07 573,23 4,34 0,29 Austem Co., Ltd. 57,96 103,58 17,64 114,21 5,87 0,91 Myung Sung Ltd. 12,32 28,59 2,78 65,55 10,30 0,44 Sungwoo Hitech Co., Ltd. 197,35 450,66 89,35 640,45 5,04 0,70 PT Astra Otoparts Tbk 219,55 243,57 42,84 396,76 5,69 0,61 Faurecia 1.475,21 3.366,24 945,61 13.641,73 3,56 0,25

Fonte: Bloomberg e análise Deloitte Average 6,63 0,53

Risco País 2,27% 2,27%

Múltiplo Ajustado 5,76 0,52

Múltiplo Implícito da Plascar * 8,81 1,28

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Metodologias Adotadas

b) Metodologia de Múltiplos de Mercado (continuação)

Análise de Múltiplo – Empresa Listadas em Bolsa de Valores em Mercados Emergentes

Company Market Cap Enterprise Value (EV) EBITDA Net Sales EV / EBITDA

EV / Net Sales

MIRGOR-C 424,30 410,79 32,18 288,94 12,77 1,42 MARCOPOLO 882,79 911,97 166,00 1.721,98 5,49 0,53 RANDON PART 1.141,75 1.238,00 280,92 2.006,08 4,41 0,62 BINZHOU BOHAI PI 597,02 1.083,23 92,97 625,04 11,65 1,73 DONGFENG AUTO-A 7.580,00 6.247,64 627,42 9.792,41 9,96 0,64 FUYAO GROUP-A 7.941,84 12.094,71 1.184,13 3.550,40 10,21 3,41 GD GREATOO MOLDS 1.319,76 1.392,45 81,87 248,60 17,01 5,60 HUANGSHAN JINMA 436,50 467,10 30,11 246,24 15,51 1,90 JIANGXI CHANGLI 757,25 830,16 88,91 1.451,43 9,34 0,57 NINGBO TONGMUO 1.065,48 1.174,94 98,43 444,39 11,94 2,64 SHANG AERO-A 7.522,87 7.494,47 233,09 2.373,60 32,15 3,16 SHANG AUTO CO-A 10.843,56 9.098,39 659,51 6.370,42 13,80 1,43 TORCH AUTOMOBILE 5.158,96 7.471,09 784,34 9.899,61 9,53 0,75 WANXIANG QIAN-A 2.994,72 3.972,30 447,97 2.818,27 8,87 1,41 XIANGYANG AUTO-A 417,11 423,75 29,61 240,79 14,31 1,76 ASAHI INDIA GLAS 15.648,91 21.886,68 1.195,80 5.912,22 18,30 3,70 ASAHI INDIA GLAS 15.656,91 21.894,68 1.195,80 5.912,22 18,31 3,70 INDIA NIPPON 2.181,35 2.196,14 235,97 1.441,92 9,31 1,52 INDIA NIPPON ELE 2.181,35 2.196,14 235,97 1.441,92 9,31 1,52 RANE ENGINE VALV 2.469,60 2.730,99 257,24 1.598,88 10,62 1,71 RANE ENGINE VALV 2.521,26 2.782,65 257,24 1.598,88 10,82 1,74 SKF INDIA LTD 15.186,97 14.073,27 1.201,20 8.029,80 11,72 1,75 SKF INDIA LTD 15.147,42 14.033,72 1.201,20 8.029,80 11,68 1,75 TIMKEN INDIA LTD 9.521,99 8.893,93 552,38 3.017,83 16,10 2,95

Fonte: Bloomberg e análise Deloitte Average 12,63 2,00

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VII. Resultados

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Resultados

(a) Calculado com base no valor do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2006, no montante de R$ 227.886 mil.(b) Preço médio ponderado negociado em bolsa de janeiro de 2006 a dezembro de 2006.

* Lote de mil ações.

Entendemos que o valor estimado com base na metodologia do Fluxo de Caixa Descontado, de R$ 26,98 para o lote de mil ações, incorpora as expectativas da Administração da Companhia quanto à capacidade futura de geração de caixa e, consequentemente, representa apropriadamente o valor econômico da Plascar S.A.

Por sua vez, entendemos que o valor médio ponderado de cotação da ação observado para os 12 (doze) últimos meses, de janeiro a dezembro de 2006, de R$ 32,50 para o lote de mil ações, foi significativamente influenciado pela aquisição por parte do IAC Group Brazil e, portanto, este valor não reflete apropriadamente o valor justo de mercado da Companhia. Adicionalmente, não encontramos fundamentação econômica que viesse corroborar o valor atual das ações da Companhia.

Descartamos o uso do valor patrimonial para justificar o valor justo de mercado da Plascar S.A. pelo fato deste estar substanciado em valores históricos e contábeis, não levando em consideração expectativas de novos negócios e crescimento das operações.

Valor Valor Justo Múltiplo Valor Justo Preço*Método Operacional de Mercado Implícito de Mercado da Ação

Fluxo de Caixa Descontado 552.919 461.268 8,81 448.962 26,98

Valor Patrimonial n/a n/a n/a n/a 13,69 (a)

Cotação de Mercado (12 meses) n/a n/a n/a 540.922 32,50 (b)

Plascar S.A.Plascar Ltda.

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VIII. Glossário

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Glossário

• a.a.: ao ano.

• Asset Approach: Método dos Ativos. É normalmente empregado para avaliar negócios que deixaram de gerar fluxo de caixa positivo, caso em que deverá ser liquidado, ou seja, quando este é incapaz de gerar um retorno adequado do investimento em suas operações ou no qual a natureza do negócio é tal que um comprador olharia apenas o ativo em si.

• BDMG: Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.

• Bloomberg: Fonte de informações financeiras a que tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

• CAPM: Capital Asset Pricing Model. Representa o método utilizado para determinação do custo de capital próprio.

• Cia. ou Cia: Companhia.

• Corporate Finance: Finanças Corporativas.

• CPMF: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira.

• CPV: Custo dos Produtos Vendidos.

• Custo do Capital de 3os: Custo de Capital de Terceiros.

• CVM: Comissão de Valores Mobiliários.

• DCF: Discounted Cash Flow. Representa a metodologia que estima o fluxo de caixa livre a ser gerado pelas operações futuras, devidamente ajustados ao risco pela taxa de desconto.

A seguir, apresentamos o glossário de termos técnicos, de expressões em língua estrangeira e outras siglas ou quaisquer indicadores utilizados neste Laudo de Avaliação, em ordem alfabética:

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Glossário

• Modelo Debt-Free: Modelo de cálculo que considera somente a projeção dos resultados operacionais, livre do pagamento da dívida.

• DFP: Demonstrações Financeiras Padronizadas.

• EBIT: Earnings Before Interest and Taxes. Representa o lucro antes do pagamento de juros e impostos.

• EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. Representa o lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização.

• EIU: Economist Intelligence Unit. Fonte de informações econômicas e financeiras a que tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

• Enterprise Value: Representa o valor operacional, ou seja, valor econômico das operações antes da dívida líquida.

• Ibbotson Associates: Fonte de informações sobre dados históricos e esperados para o mercado de capital, que tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

• ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

• IGP-DI: Índice Geral de Preços Diário.

• IGP-M: Índice Geral de Preços de Mercado.

• IPC: Índice de Preços ao Consumidor.

• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

• IPTU: Imposto Predial Territorial Urbano.

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Glossário

• IR/CS: Imposto de Renda e Contribuição Social.

• LLC: Limited Liability Company.

• Perpetuidade: É o valor presente dos fluxos de caixa futuros, assumidos constantes em intervalos regulares para sempre.

• PIB: Produto Interno Bruto.

• Taxa de crescimento perpétuo: Representa a taxa de crescimento das operações (fluxo de caixa) aplicada para o período da perpetuidade.

• Taxa de IR: Taxa de Imposto de Renda.

• T-Bond: Treasure bonds. Representa títulos emitidos pelo Governo Americano.

• TJLP: Taxa de Juros de Longo Prazo.

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