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Diagnoastico município Lajes RN

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  • DIAGNSTICO DO MUNICPIODE LAJES

    Setembro/2005

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E

    TRANSFORMAO MINERAL

    RIO GRANDE DO NORTE

    PROJETO CADASTRODE FONTES DE

    ABASTECIMENTO PORGUA SUBTERRNEA

    CPRMSer vi o Geolgi co do Brasi l

    Secretaria de Geologia,Minerao e Transformao Mineral

    Secretaria deDesenvolvimento Energtico

    Ministrio deMinas e Energia

    CPRM - SERVI O G EOL GIC O DO BR ASI L

    PROD EEM - PRO G RAM A DE DESEN VOL VIMENTOENERGTICO DOS ESTADOS E M UNI CPI OS

  • MINISTRIO DE MINAS E ENERGIASilas Rondeau Cavalcante Silva

    Ministro de Estado

    SECRETARIA EXECUTIVANelson Jos Hubner Moreira

    Secretrio Executivo

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO EDESENVOLVIMENTO ENERGTICO

    Mrcio Pereira ZimmermamSecretrio

    SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAOE TRANSFORMAO MINERAL

    Cludio ScliarSecretrio

    PROGRAMA LUZ PARA TODOSAurlio Pavo

    Diretor

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOENERG TICO DOS ESTADOS E

    MUNICPIOSPRODEEM

    Luiz Carlos VieiraDiretor

    SERVI O GEOL GICO DO BRASIL CPRM

    Agamenon Srgio Lucas DantasDiretor-Presidente

    Jos Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gesto Territorial

    Manoel Barretto da Rocha NetoDiretor de Geologia e Recursos Minerais

    lvaro Rogrio Alencar SilvaDiretor de Administrao e Finanas

    Fernando Pereira de CarvalhoDiretor de Relaes Institucionais e

    Desenvolvimento

    Frederico Cludio PeixinhoChefe do Departamento de Hidrologia

    Fernando Antonio Carneiro FeitosaChefe da Diviso de Hidrogeologia e Explorao

    Ivanaldo Vieira Gomes da CostaSuperintendente Regional de Salvador

    Jos Wilson de Castro TemteoSuperintendente Regional de Recife

    Hlbio PereiraSuperintendente Regional de Belo Horizonte

    Darlan Filgueira MacielChefe da Resid ncia de Fortaleza

    Francisco Batista TeixeiraChefe da Residncia Especial de Teresina

  • Ministrio de Minas e EnergiaSecretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energtico

    Secretaria de Geologia, Minerao e Transformao MineralPrograma Luz Para Todos

    Programa de Desenvolvimento Energtico dos Estados e Munic pios - PRODEEMServio Geolgico do Brasil - CPRM

    Diretoria de Hidrologia e Gesto Territorial

    PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO PORGUA SUBTERRNEA

    ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

    DIAGNSTICO DO MUNIC PIO DE LAJES

    ORGANIZAO DO TEXTO

    Breno Augusto BeltroDunaldson Eliezer G. A. da Rocha

    Joo de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza Junior

    Saulo de Tarso Monteiro PiresValdec lio Galvo Duarte de Carvalho

    RecifeSetembro/2005

  • CPRM - Servi o Geolgico do BrasilProjeto cadastro de fontes de abastecimento por gua subterrnea. Diagnstico do munic pio

    de Lajes, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Jo o de Castro Mascarenhas, BrenoAugusto Beltr o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, Dunaldson EliezerGuedes Alcoforado da Rocha, Valdec lio Galvo Duarte de Carvalho. Recife: CPRM/PRODEEM,2005.

    12 p. + anexos

    Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por gua Subterrnea, estado do Rio Grandedo Norte.

    1. Hidrogeologia Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. gua subterrnea Rio Grande doNorte - Cadastros. I. Mascarenhas, Jo o de Castro org. II. Beltr o, Breno Augusto org. III. SouzaJnior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson EliezerGuedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdec lio Galv o Duarte de org. VII. T tulo.

    CDD 551.49098132

    COORDENA O GERALFrederico Cludio Peixinho - DEHID

    COORDENA O T CNICAFernando Antnio C. Feitosa - DIHEXP

    COORDENA O ADMINISTRATIVO-FINANCEIRAJos Emlio C. de Oliveira DIHEXP

    APOIO T CNICO-ADMINISTRATIVOSara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP

    COORDENA AO REGIONALJaime Quintas dos S. Colares - REFOFrancisco C. Lages C. Filho - RESTEJoo Alfredo C. L. Neves - SUREG-REJo o de Castro Mascarenhas SUREG-REJos Alberto Ribeiro - REFOJos Carlos da Silva - SUREG-RELuiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SAOderson A. de Souza Filho - REFO

    EQUIPE T CNICA DE CAMPO

    SUREG-REAri Teixeira de OliveiraBreno Augusto BeltroCcero Alves FerreiraCristiano de Andrade AmaralDunaldson Eliezer G. A. da RochaFranklin de MoraesFrederico Jos Campelo de SouzaJardo Caetano dos SantosJo o de Castro MascarenhasJorge Luiz Fortunato de MirandaJos Wilson de Castro TemoteoLuiz Carlos de Souza JniorManoel Julio da Trindade G. GalvoSaulo de Tarso Monteiro PiresS rgio Monthezuma Santoianni GuerraSimeones Nri PereiraValdeclio Galvo Duarte de CarvalhoVanildo Almeida Mendes

    SUREG-SAEdmilson de Souza RosasEdvaldo Lima MotaHermnio Brasil Vilaverde LopesJo o Cardoso Ribeiro M. FilhoJos Cludio ViegasLuis Henrique Monteiro PereiraPedro Antnio de Almeida CoutoVnia Passos Borges

    SUREG-BHAnglica Garcia SoaresEduardo Jorge Machado SimesEly Soares de OliveiraHaroldo Santos VianaReynaldo Murilo D. Alves de Brito

    REFOngelo Tr via VieiraFelicssimo MeloFrancisco Alves PessoaJder Parente FilhoJos Roberto de Carvalho GomesLiano Silva VerssimoLuiz da Silva CoelhoRob rio B to de Aguiar

    RESTEAntonio Reinaldo Soares FilhoCarlos Ant nio LuzCipriano Gomes OliveiraHeinz Alfredo TreinNey Gonzaga de Souza

    EM DESTAQUEAlmir Arajo Pacheco- SUREG-BEAna Cludia Vieiro SUREG-PABrulio Robrio Caye - SUREG-PACarlos J. B. Aguiar - SUREG-MAGeraldo de B. Pimentel SUREG-PAPaulo Pontes Arajo SUREG-BEToms Edson Vasconcelos - SUREG-GO

    RECENSEADORESAccio Ferreira JniorAdriana de Jesus FelipeAlerson Falieri SuarezAlmir Gomes Freire CPRMngela Aparecida PezzutiAntonio Celso R. de Melo - CPRMAntonio Edlson Pereira de SouzaAntonio Jean Fontenele MenezesAntonio Manoel Marciano SouzaAntonio Marques HonoratoArmando Arruda C. Filho - CPRMCarlos A. Ges de Almeida - CPRMCelso Viana MarcielCcero Ren de Souza BarbosaCludio Marcio Fonseca VilhenaClaudionor de FigueiredoCleiton Pierre da Silva VianaCristiano Alves da SilvaEdivaldo Fateicha - CPRMEduardo Benevides de FreitasEduardo Fortes CrisstomosEliomar Coutinho BarretoEmanuelly de Almeida Le oEmerson Garret MenorEmicles Pereira C. de Souzar ika Peconnick VenturaErval Manoel Linden - CPRMEwerton Torres de MeloFbio de Andrade LimaFbio de Souza PereiraFbio Luiz Santos FariaFrancisco Augusto A. LimaFrancisco Edson Alves RodriguesFrancisco Ivanir Medeiros da SilvaFrancisco Jos Vasconcelos SouzaFrancisco Lima Aguiar JuniorFrancisco Pereira da Silva - CPRMFrederico Antonio Arajo MenesesGeancarlo da Costa VianaGenivaldo Ferreira de ArajoGustavo Lira MeyerHaroldo Brito de SHenrique Cristiano C. AlencarJamile de Souza FerreiraJaqueline Almeida de SouzaJeft Rocha HolandaJo o Carlos Fernandes CunhaJoo Luis Alves da SilvaJoelza de Lima EnasJorge Hamilton Quidute GoesJos Carlos Lopes - CPRMJoselito Santiago LimaJosemar Moura Bezerril JuniorJulio Vale de OliveiraK nia Nogueira Di genesMarcos Aurlio C. de Gis FilhoMatheus Medeiros Mendes CarneiroMichel Pinheiro RochaNarcelya da Silva ArajoNiccia Dbora da SilvaOscar Rodrigues Acioly JniorPaula Francinete da Silveira BaiaPaulo Eduardo Melo CostaPaulo Fernando Rodrigues GalindoPedro Hermano Barreto Magalh esRaimundo Correa da Silva NetoRamiro Francisco Bezerra SantosRaul Frota Gonalves

    Saulo Moreira de Andrade -CPRMS rvulo Fernandez CunhaThiago de Menezes FreireValdirene Carneiro AlbuquerqueVicente Calixto Duarte Neto - CPRMVilmar Souza Leal CPRMWagner Ricardo R. de AlkimimWalter Lopes de Moraes Junior

    TEXTO

    ORGANIZA OBreno Augusto BeltroDunaldson Eliezer G. A. da RochaJo o de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza JuniorSaulo de Tarso Monteiro PiresValdeclio Galvo Duarte de Carvalho

    CARACTERIZA O DO MUNICIPIO EDIAGN STICO DOS PO OSCADASTRADOSBreno Augusto BeltroDunaldson Eliezer G. A. da RochaJo o de Castro MascarenhasLuiz Carlos de Souza JniorSaulo de Tarso Monteiro PiresValdeclio Galvo Duarte de Carvalho

    ASPECTOS SOCIOECON MICOSBreno Augusto Beltro

    FIGURAS ILUSTRATIVASAlozio da Silva LealFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de LimaNbia Chaves GuerraWaldir Duarte Costa Filho

    MAPAS DE PONTOS D GUARobson de Carlo SilvaFabiane de Andrade Lima Amorim Albino

    BANCO DE DADOS

    Desenvolvimento dos SistemasJosias Barbosa de LimaRicardo Csar Bustillos Villafan

    CoordenaoFrancisco Edson Mendona Gomes

    AdministraoEriveldo da Silva Mendona

    EDITORA O ELETR NICAAline Oliveira de LimaFabiane de Andrade Lima Amorim AlbinoJaqueline Pontes de Lima

    SUPORTE T CNICO DE EDITORA OClaudio ScheidJos Pessoa Veiga JuniorManoel Jlio da T. Gomes Galvo

    ANALISTA DE INFORMA ESDalvanise da Rocha S. Bezerril

    Permitida a reproduo desde que mencionada a fonte

  • APRESENTA O

    A CPRM Servio Geolgico do Brasil, cuja misso gerar e difundirconhecimento geolgico e hidrolgico bsico para o desenvolvimento sustentvel doBrasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministrio de Minas e Energia,aes visando o aumento da oferta h drica, que esto inseridas no Programa degua Subterrnea para a Regio Nordeste, em sintonia com os programas dogoverno federal.

    Executado por intermdio da Diretoria de Hidrologia e Gesto Territorial,desde o in cio o programa orientado para uma filosofia de trabalho participativa einterdisciplinar e, atualmente, para fomentar aes direcionadas para incluso sociale reduo das desigualdades sociais, priorizando aes integradas com outrasinstituies, visando assegurar a ampliao dos recursos naturais e, em particular,dos recursos h dricos subterrneos, de forma compat vel com as demandas daregio nordestina.

    neste contexto que est sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por gua Subterrnea, localizado no semi-rido do Nordeste, queengloba os estados do Piau , Cear, Rio Grande do Norte, Para ba, Pernambuco,Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Esp rito Santo. Embora commltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades doPRODEEM, no que se refere indicao de poos tubulares em condies dereceber sistemas de bombeamento por energia solar.

    Assim, esta contribuio tcnica de significado alcance social do Ministrio deMinas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Minerao eTransformao Mineral e com o Servio Geolgico do Brasil, servir para darsuporte aos programas de desenvolvimento da regio, com informaesconsistentes e atualizadas e, sobretudo, dar subs dios ao Programa Fome Zero, notocante s aes efetivas para o abastecimento pblico e ao combate fome dascomunidades sertanejas do semi-rido nordestino.

    Jos Ribeiro MendesDiretor de Hidrologia e Gesto Territorial

    CPRM Servio Geolgico do Brasil

  • SUM RIO

    APRESENTAO

    1. INTRODUO 1

    2. REA DE ABRANGNCIA 1

    3. METODOLOGIA 2

    4. CARACTERIZAO DO MUNIC PIO DE LAJES 2

    4.1 - LOCALIZAO E ACESSO 24.2 - ASPECTOS SOCIOECONMICOS 34.3 - ASPECTOS FISIOGRFICOS 34.4 - GEOLOGIA 5

    5. RECURSOS H DRICOS 5

    5.1 - GUAS SUPERFICIAIS 65.2 - GUAS SUBTERRNEAS 6

    5.2.1 - DOM NIOS HIDROGEOLGICOS 6

    6. DIAGN STICO DOS POOS CADASTRADOS 6

    6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 9

    7. CONCLUS ES E RECOMENDAES 11

    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 12

    ANEXOS

    1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

    2 - MAPA DE PONTOS DE GUA

    3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM

  • Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por gua SubterrneaDiagnstico do Munic pio de Lajes

    Estado do Rio Grande do Norte

    1

    1. INTRODU O

    O Polgono das Secas apresenta um regime pluviomtrico marcado por extrema irregularidadede chuvas, no tempo e no espao. Nesse cen rio, a escassez de gua constitui um forte entrave aodesenvolvimento socioeconmico e, at mesmo, subsistncia da populao. A ocorrncia cclicadas secas e seus efeitos catastrficos so por demais conhecidos e remontam aos prim rdios dahist ria do Brasil.

    Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regies, atravs de umagesto integrada dos recursos hdricos superficiais e subterrneos. Entretanto, a carncia de estudosde abrangncia regional, fundamentais para a avaliao da ocorrncia e da potencialidade dessesrecursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gestoeficiente. Al m disso, as decises sobre a implementao de aes de convivncia com a secaexigem o conhecimento bsico sobre a localizao, caracterizao e disponibilidade das fontes degua superficiais e subterrneas.

    Para um efetivo gerenciamento dos recursos hdricos, principalmente num contextoemergencial, como o caso das secas, merece ateno a utilizao das fontes de abastecimento degua subterrnea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hdrico da populaoe dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante o desconhecimento generalizado, em todos ossetores, tanto do nmero quanto da situao das captaes existentes, fato este agravado quando seobserva a grande quantidade de captaes de gua subterrnea no semi-rido, principalmente emrochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casospassveis de serem solucionados com aes corretivas de baixo custo.

    Para suprir as necessidades das instituies e demais segmentos da sociedade atuantes naregi o nordestina, no atendimento populao quanto garantia de oferta hdrica, principalmentenos momentos crticos de estiagem, a CPRM est executando o Projeto Cadastro de Fontes deAbastecimento por gua Subterrnea em conson ncia com as diretrizes do Governo Federal e dosprop sitos apresentados pelo Ministrio de Minas e Energia.

    Este Projeto tem como objetivo a realizao do cadastro de todos os poos tubulares, poosamazonas representativos e fontes naturais, em uma rea de 722.000 km2 da regio Nordeste doBrasil, excetuando-se as reas urbanas das regies metropolitanas.

    2. REA DE ABRANG NCIA

    A rea de abrang ncia do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados doPiau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais eEsprito Santo.

    Figura 1 rea de abrang ncia do Projeto

  • Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por gua SubterrneaDiagnstico do Munic pio de Lajes

    Estado do Rio Grande do Norte

    2

    3. METODOLOGIA

    O planejamento operacional para a realizao desse projeto teve como base a experi ncia daCPRM nos projetos de cadastramento de poos dos estados do Cear e Sergipe, executados comsucesso em 1998 e 2001, respectivamente.

    Os trabalhos de campo foram executados por microrregio, com reas variando de 15.000 a25.000 km2. Cada rea foi levantada por uma equipe coordenada por dois t cnicos da CPRM ecomposta, em mdia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nvel superior dos cursos deGeologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.

    O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por gua subterrnea (pootubular, poo escavado e fonte natural), com determinao das coordenadas geogrficas pelo uso doGlobal Positioning System (GPS) e obteno de todas as informaes passveis de serem coletadasatravs de uma visita tcnica (caracterizao do poo, instalaes, situao da captao, dadosoperacionais, qualidade da gua, uso da gua e aspectos ambientais, geolgicos e hidrolgicos).

    Os dados coletados foram repassados sistematicamente Divis o de Hidrogeologia eExplora o da CPRM, em Fortaleza, para, ap s rigorosa an lise, alimentarem um banco dedados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elaborao de ummapa de pontos d gua, de cada um dos municpios inseridos na rea de atua o do Projeto,cujas informaes s o complementadas por esta nota explicativa, visando um f cil manuseio ecompreens o acessvel a diferentes usu rios.

    Na elaborao dos mapas de pontos d gua, foram utilizados como base cartogrfica os mapasmunicipais estatsticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartastopogrficas da SUDENE e DSG escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dadosreferentes aos poos e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final eimpresso dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limitesmunicipais foi cedida pelo IBGE.

    H municpios em que ocorrem alguns casos de poos plotados fora dos limites do mapamunicipal. Tais casos ocorrem devido impreciso nos traados desses limites, seja pela pequenaescala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentesna cartografia estadual, ou talvez devido a informaes incorretas prestadas aos recenseadores ou,simplesmente, erro na obteno das coordenadas.

    Alm desse produto impresso, todas as informaes coligidas esto disponveis em meiodigital, atravs de um CD ROM, permitindo a sua contnua atualizao.

    4. CARACTERIZA O DO MUNICPIO DE LAJES

    4.1 - Localizao e Acesso

    O municpio de Lajes situa-se na mesorregio Central Potiguar e na microrregi o Angicos,limitando-se com os municpios de Jandara, Pedra Preta, Pedro Avelino, So Tom , Cerro Cor ,Caiara do Rio do Vento, Jardim de Angicos, Fernando Pedroza e Angicos, abrangendo uma rea de666 km, inseridos nas folhas Pedro Avelino (SB.24-X-D-VI) e So Bento do Norte (SB.24-X-D-III), naescala 1:100.000, editadas pela SUDENE.

    A sede do municpio tem uma altitude m dia de 199 m e coordenadas 054200,0 de latitudesul e 361442,0 de longitude oeste, distando da capital cerca de 132 km, sendo seu acesso, a partirde Natal, efetuado atravs da rodovia pavimentada BR-304.

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    Estado do Rio Grande do Norte

    3

    Paraba

    Cear

    Cear

    Paraba

    Paraba

    Oceano Atlntico

    Escala Grfica

    0 16 32 48 64kmLegenda

    Sede do municpio

    Rodovia Federal

    Rodovia Estadual

    Limite Municipal

    Limite Estadual

    N

    Figura 2 - Mapa de acesso rodovirio

    4.2 - Aspectos Socioeconmicos

    O municpio de Lajes foi criado pela Lei n 360, de 25/11/1914.Segundo o censo de 2000, a populao total residente de 9.399 habitantes, dos quais 4.655

    so do sexo masculino (49,50%) e 4.744 do sexo feminino (50,50%), sendo que 7.970 vivem na reaurbana (84,80%) e 1.429 na rea rural (15,20%). A populao atual estimada de 9.845 habitantes(IBGE/2005). A densidade demogrfica 14,12 hab/km2.

    A rede de sade disp e de 01 Hospital, 01 Policlnica, 01 Centro de Sade, 03 Postos deSa de e 32 leitos. Na rea educacional, o municpio possui 17 estabelecimentos de ensino, sendo 12da Administrao Municipal, 03 da Administrao Estadual e 02 Particulares. Da populao total,70,80% so alfabetizados.

    O municpio possui 2.383 domiclios permanentes, sendo 2.046 na rea urbana e 337 na rearural e 2.383 com abastecimento d gua, sendo 1.859 atravs da rede geral, 134 atravs de poo ounascente e 390 por outras fontes.

    As principais atividades econmicas do municpio so: agropecuria, extrativismo e comrcio.Na infra-estrutura existem: 01 Agncia e 01 Posto dos Correios, 01 Ag ncia Bancria, 04

    Pousadas, 01 Estao Rodoviria, 01 Estao Ferroviria, 01 Emissora de Rdio FM, 04 Repetidorasde TV e 04 Jornais em circulao, al m de 68 empresas com CNPJ atuantes no comrcio varejista.(Fonte: IDEMA 2001).

    No ranking de desenvolvimento, Lajes est em 64 lugar no estado (64/167 municpios) e em3.926 lugar no Brasil (3.926/5.561 municpios) Fonte: (www.desenvolvimentomunicipal.com.br).

    O IDH-M=0,640 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil www.FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).

    4.3 - Aspectos Fisiogrficos

    Clima

    Tipo: clima muito quente e semi-rido, com estao chuvosa atrasando-se para o outono.

    Perodo Chuvoso: maro a abril

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    Estado do Rio Grande do Norte

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    Temperaturas Mdias Anuais: m xima: 33,0 Cm dia: 27,2 Cmnima: 21,0 C

    Umidade Relativa Mdia Anual: 70%

    Horas de Insolao: 2.400

    Formao Vegetal

    Caatinga Hipoxerfila - vegetao de clima semi-rido, apresenta arbustos e rvores com espinhos ede aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerfila. Entre outras esp cies destacam-se acatingueira, angico, bra na, juazeiro, marmeleiro, mandacaru e aroeira.

    Caatinga Hiperxerfila - vegetao de carter mais seco, com abundncia de cactcea e plantas deporte mais baixo e espalhadas. Entre outras espcies destacam-se a jurema-preta, mufumbo,faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.

    Solos

    Solos predominantes e caractersticas principais:

    Solos Lit licos Eutrficos - fertilidade natural alta, textura arenosa e/ou mdia, fase pedregosa erochosa, relevo suave ondulado e ondulado, bem a acentuadamente drenados.

    Podzlico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrfico abrptico plntico - fertilidade natural alta, texturam dia, relevo plano, moderadamente e imperfeitamente drenados, medianamente drenados.

    Uso: na rea dos solos Litlicos a agricultura praticamente inexistente, cultivando-se apenasalgod o arb reo, feij o, milho e pastagens em pequenas reas. As limitaes ao uso agrcoladecorem da falta dgua, susceptibilidade a eroso, alm de restri es ao emprego de m quinaagrcola devido a pequena espessura dos solos, de pedregosidade e rochosidade.O municpio destaca-se no rebanho caprino e ovino.

    As reas de Podzlico s o utilizados com algodo arbreo, milho, feij o, sisal, mandioca e alguma depalma forrageira, em pequenas reas. Em maior extenso s o cultivadas com pastagem natural paracriao extensiva de gado. A principal limitao ao uso agrcola relaciona-se com a falta dgua,decorrente do longo perodo de estiagem e da irregularidade na distribuio das chuvas na regio.

    Aptido Agrcola: aptido regular para lavouras. Pequenas faixas de terra com aptid o restrita paralavouras. Aptid o regular e restrita para pastagem natural. Terras aptas para culturas especiais deciclo longo, tais como algodo arb reo, sisal, caju e coco. Terras indicadas para preservao dafauna e da flora ou para recreao.

    Sistema de Manejo: baixo, m dio e alto nvel tecnol gico. As prticas agrcolas esto condicionadastanto ao trabalho braal e a trao animal, com implementos agrcolas simples, com amotomecanizao.

    Relevo

    De 200 a 400 metros de altitude.

    Planalto da Borborema - terrenos antigos formados pelas rochas Pr-Cambrianas como o granito,onde encontram-se os picos e as serras mais altas.

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    Estado do Rio Grande do Norte

    5

    4.4 - Geologia

    O Municpio de Lajes, geologicamente inserido na Provncia Borborema, est constitudo porlittipos do Complexo Caic, rochas do Grupo Serid , representado pelas formaes Serid eJucurutu, pelos granit ides das sutes Poo da Cruz e Itaporanga e pelos sedimentos das formaesAu e Jandara, como mostra a Figura 3.

    O Complexo Caic est representado na regio por ortognaisses diorticos a granticos, comrestos de supracrustais (PP2gcai).

    A Sute Poo da Cruz (PP3gpc), est constituda por augen-gnaisses granticos e leuco-ortognaisses quartzo monzonticos a granticos.

    O Grupo Serid est representado pela Formao Serid (NP3ss) constituda por biotita-xistos, clorita-sericita-xistos e metarritmitos e pela Forma o Jucurutu(NP3sju).que inclui gnaisses,m rmores e calcissilicticas.

    A sute calcialcalina de mdio a alto potssio Itaporanga(NP3g2cm), est constituda porgranitos e granodioritos, associados a dioritos.

    A Formao Au(Ka), est constituda por arenitos variegados, folhelhos e argilitosrelacionados a leques aluviais e sistemas fluviais.

    A Formao Jandara(K2j), encerra calcrios, calc rios biocl sticos e evaporitos de planciede mar e plataforma carbon tica rasa.

    360536103615

    525

    530

    535

    540

    545

    550

    525

    530

    535

    540

    545

    550

    360536103615

    K2j

    Ka

    PP2 cai

    NP3se NP3ssNP3 2cm

    PP3 pc

    Laj es

    RN263

    RN129

    BR304

    RN104

    N

    K2jFormao Jandara: calcrio, calcrio bioclstico evaporito (plancie de mar e plataforma rasa carbontica)

    KaFormao Au (a): arenito, folhelho e argilito (leque aluvial,fluvial e costeiro)

    NP3ss Formao Serid (ss): biotita xisto, metarritmito, clorita-sericitaxisto (640 Ma U-Pb)

    NP3 2cmSute calcialcalina de mdio a alto potssio Itaporanga (cm):granito e granodiorito porfirtico associado a diorito (588 Ma U-Pb)

    PP3 pc Sute Poo da Cruz: augengnaisse grantico, leuco-ortognaissequartzo monzontico a granito (1900 Ma U-Pb)

    NP3se Formao Equador (se): quartzito e metaconglomerado

    NP3sjuFormao Jucurutu (sju): gnaisse, mrmore erocha calcissilictica.

    PP2 cai Complexo Caic ( cai): ortognaisse diortico a grantico comrestos de supracrustais (2300 Ma U-Pb)

    Mesozico

    Neoproterozico

    Paleo proterozico

    Contato geolgico

    Lineamentos estruturais (Traos de Superfceis)

    Falha ou Zona de Cisalhamento TranscorrenteDextral

    CONVENES CARTOGRFICAS

    CONVENES GEOLGICASUNIDADES LITOESTRATIGRFICAS

    Falha ou Zona de Cisalhamento Contracional

    Jandara

    Pedro Avelino

    Pedra Preta

    Caiara do Riodo Vento

    So TomCerro Cor

    Dique

    Limites Intermunicipais

    Rios e riachos

    Sede Municipal

    Aude/barragem

    Rodovias

    Linha frrea

    NP3ss

    NP3se Np3sju

    PP3 pc

    PP3 pc

    PP3 pc

    Figura 3 - Mapa Geolgico

  • Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por gua SubterrneaDiagnstico do Munic pio de Lajes

    Estado do Rio Grande do Norte

    6

    5. RECURSOS HDRICOS

    5.1 - guas Superficiais

    O municpio de Lajes encontra-se totalmente inserido nos domnios da bacia hidrogrfica doRio Cear-Mirim, que o atravessa em sua poro central, na direo W-E. Os principais tributriosso: a N, o Rio Lajes e os riachos: Santa F, Baixa do Bezerro, Trapi, do Meio, do Poo Preto, daLagoinha e da Cachoeirinha; a S, os Rios Pedra Preta e Ponta da Serra, al m dos riachos: doAlmirante, do Oriente, do Bonfim, Riacho, do Olho d gua, do Boi, Ribeiro e dos Porcos; a E, osriachos do Arame, do Bonfim, da Manioba, Sto. Antonio ou da Serra, Mundo Novo; a W, o Rio Lajese os riachos Videu e Pedra Vermelha.

    Os principais corpos de acumulao so os audes pblicos de Ameixa (100.000m3),alimentado pelo riacho Pedra Vermelha, Carabas (350.000m3), alimentado pelo Rio Lajes, Gavio(100.000m3) e Juazeiro (1.266.000m3), alimentado pelo riacho Juazeiro e Lajinha. Todos os cursosd gua no municpio t m regime intermitente e o padro de drenagem o dendrtico.

    5.2 - guas Subterrneas

    5.2.1 - Domnios Hidrogeolgicos

    O municpio de Lajes est inserido no Domnio Hidrogeolgico Intersticial , DomnioHidrogeolgico K rstico-fissural e no Domnio Hidrogeolgico Fissural. O Domnio Intersticial composto de rochas sedimentares da Formao Au. O Domnio Krstico-fissural constitudo peloscalcrios da Formao Jandara. O Domnio Fissural formado de rochas do embasamento cristalinoque englobam o sub-domnio rochas metam rficas constitudo da Formao Serid , FormaoJucurutu, Formao Equador e do Complexo Caic, e o sub-domnio rochas gneas da Sutecalcialcalina Itaporanga e da Sute Poo da Cruz.

    6. DIAGN STICO DOS PO OS CADASTRADOS

    O levantamento realizado no municpio registrou a existncia de 33 pontos d gua, sendo 04poos escavados e 29 poos tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

    Poostubulares

    88%

    Poosescavados

    (cacimba/cisterna)12%

    Poos escavados (cacimba/cisterna)Poos tubulares

    Fig.6.1 Tipos de pontos d gua cadastrados no municpio

    Com relao propriedade dos terrenos onde esto localizados os pontos d gua cadastrados,podemos ter: terrenos pblicos, quando os terrenos forem de serventia pblica e; particulares, quandoforem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 05 pontos d gua em terrenos pblicos,18 em terrenos particulares e, em 10 pontos, a propriedade n o foi definida.

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    7

    Particulares55%

    Indefinidos30%

    Pblicos15%

    Indefinidos

    Particulares

    Pblicos

    Fig.6.2 Natureza da propriedade dos terrenos onde existem poos tubulares.

    Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina o uso da gua, os pontos cadastradosforam classificados em: comunitrios, quando atendem a vrias famlias e; particulares, quandoatendem apenas ao seu proprietrio. A fig.6.3 mostra que 07 pontos d gua destinam-se aoatendimento comunitrio e 12 pontos no tiveram a finalidade do abastecimento definida.

    Indefinidos76%

    Comunitrios21%

    Particulares3%

    Indefinidos

    Comunitrios

    Particulares

    Fig.6.3 Finalidade do abastecimento dos poos.

    Quatro situaes distintas foram identificadas na data da visita de campo: poos em operao,paralisados, no instalados e abandonados. Os poos em operao so aqueles que funcionavamnormalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemasrelacionados manuteno ou quebra de equipamentos. Os no instalados representam aquelespoos que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas no foram ainda equipados comsistemas de bombeamento e distribuio. E por fim, os abandonados, que incluem poos secos epoos obstrudos, representam os poos que n o apresentam possibilidade de produo.

    A situao dessas obras, levando-se em conta seu carter pblico ou particular, apresentadaem nmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

    Quadro 6.1 Situao dos poos cadastrados conforme a finalidade do usoNatureza do Poo Abandonado Em Operao No Instalado Paralisado IndefinidoComunitrio - 7 - - -Particular - 1 - - -Indefinido 1 14 6 4 -Total 1 22 6 4 -

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    Em Operao67%

    Abandonados3%

    Paralisados12%

    No Instalados18%

    Abandonados

    Em Operao

    No Instalados

    Paralisados

    Fig.6.4 Situao dos poos cadastrados

    Em relao ao uso da gua, 22% dos pontos cadastrados so destinados ao consumodomstico primrio ( gua de consumo humano para beber), 35% so utilizados para o consumodomstico secundrio ( gua de consumo humano para uso geral), 9% para uso na agricultura e 29%para dessedentao animal, conforme mostra a fig.6.5.

    DomsticoPrimrio

    22%

    Animal34%

    Agricultura9%

    DomsticoSecundrio

    35% Agricultura

    Animal

    Domstico Primrio

    Domstico Secundrio

    Fig.6.5 Uso da gua

    A fig.6.6 mostra a relao entre os poos tubulares atualmente em operao e os po osinativos (paralisados e no instalados) que so passveis de entrar em funcionamento. Verificou-se aexist ncia de 05 poos particulares e 03 pblicos, no instalados ou paralisados e, portanto,passveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas quelas dos 14 poosque esto em operao.

    02468

    1012

    Particular 12 5

    Pblico 2 3

    Em Operao Paral/N. Instalado

    Fig.6.6 Relao entre poos em uso e desativados

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    Com relao fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poos, a fig.6.7mostra que 05 poos utilizam energia eltrica, sendo 02 pblicos e 03 particulares, enquanto 08poos utilizam outras fontes de energia, sendo 01 pblico e 07 particulares.

    01234567

    Particular 3 7

    Pblico 2 1

    Energia Eltrica Outras Fontes

    Fig. 6.7 Tipo de energia utilizada no bombeamento d gua

    6.1 - Aspectos Qualitativos

    Com relao qualidade das guas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidasde condutividade el trica, que a capacidade de uma substncia conduzir a corrente el trica estandodiretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de ons.

    Na maioria das guas subterrneas naturais, a condutividade el trica multiplicada por um fator,que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos slidos totais dissolvidos (STD) na gua.Para as guas subterrneas analisadas, a condutividade eltrica multiplicada pelo fator 0,65 forneceo teor de slidos dissolvidos.

    Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padres de potabilidade da guapara consumo humano, o valor mximo permitido para os s lidos dissolvidos (STD) 1000 mg/l.Teores elevados deste parmetro indicam que a gua tem sabor desagradvel, podendo causarproblemas digestivos, principalmente nas crianas, e danifica as redes de distribuio.

    Para efeito de classifica o das guas dos pontos cadastrados no municpio, foramconsiderados os seguintes intervalos de STD (Slidos Totais Dissolvidos):

    0 a 500 mg/l gua doce501 a 1.500 mg/l gua salobra

    > 1.500 mg/l gua salgada

    Foram coletadas e analisadas amostras de 17 pontos d gua. Os resultados das an lisesmostraram valores oscilando de 477,75 e 10647,00 mg/l, com valor m dio de 3374,38 mg/l.Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classificao das guas subterrneas no municpio,verifica-se a predominncia de guas salobras e salinas, com 94,10% dos poos amostrados.

    Quadro 6.2 Qualidade das guas subterrneas no municpio conforme a situao do pooQualidade da gua Em Uso No Instalado Paralisado Indefinido Total

    Doce 1 - - - 1Salobra 4 - - - 4Salina 10 - 2 - 12Total 15 0 2 0 17

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    10

    Salina70%

    Salobra24%

    Doce6%

    DoceSalinaSalobra

    Fig.6 8 Qualidade das guas subterr neas do municpio.

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    7. CONCLUS ES E RECOMENDA ES

    A an lise dos dados referentes ao cadastramento de pontos dgua executado no municpiopermitiu estabelecer as seguintes concluses:

    A situao atual dos poos tubulares existentes no municpio apresentada no quadro 7.1 aseguir:

    Quadro 7.1 Situao atual dos poos cadastrados no municpio.Naturezado Poo Abandonado

    EmOperao

    NoInstalado Paralisado Indefinido Total

    Pblico - 2 (40%) 1 (20%) 2 (40%) - 5 (15%)Particular 1 (6%) 12 (67%) 3 (17%) 2 (11%) - 18 (55%)Indefinido - 8 (80%) 2 (20%) - - 10 (30%)Total 1 (3%) 22 (67%) 6 (18%) 4 (12%) - 33 (100%)

    Os 33 pontos d gua cadastrados esto assim distribudos: 29 poos tubulares e 04 poosescavados, sendo que 22 (67,00%) poos encontram-se em operao e 01 foi descartado(abandonados) por estar seco ou obstrudo (3,00%). Os 10 pontos restantes (30,00%)incluem os no instalados e os paralisados, por motivos os mais diversos. Estes po osrepresentam uma reserva potencial substancial, que pode vir a reforar o abastecimento nomunicpio se, ap s uma anlise tcnica apurada, forem considerados aptos recuperaoe/ou instalao. Cabe administrao municipal promover ou articular o processo de an lisedesses poos, podendo aumentar substancialmente a oferta hdrica no municpio.

    Foram feitos testes de condutividade em 17 amostras d gua (51,50% dos pooscadastrados), das quais, 16 apresentaram guas salobras ou salgadas (94,10%),evidenciando a necessidade de uma urgente interveno do poder pblico, principalmente noque concerne aos poos comunitrios, visando a instalao de dessalinizadores, paramelhoria da qualidade da gua oferecida populao e reduo dos riscos sa deexistentes.

    Poos paralisados ou no instalados em virtude da alta salinidade e que possam ter usocomunitrio, tamb m devem ser analisados em detalhe (vazo, an lise fsico-qumica, no defamlias atendidas, etc) para verificao da viabilidade da instalao de equipamentos dedessalinizao.

    Com relao ao item anterior, deve ser analisada a possibilidade de treinamento demoradores das proximidades dos poos, para manuteno de bombas e dessalinizadores emcaso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os responsveis por fazer a comunicao Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ouarticuladas as medidas cabveis.

    Importante chamar a ateno para o lanamento inadequado dos rejeitos dosdessalinizadores (geralmente direto no solo). necess rio que as prefeituras se empenhemno sentido de dotar os poos equipados com dessalinizadores, de um receptculo adequado,evitando a poluio do aqfero e a salinizao do solo.

    Todos os poos deveriam sofrer manuteno peri dica para assegurar o seu plenofuncionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manutenoperi dica entende-se um perodo, no mnimo anual, para retirada de equipamento do poo esua manuteno e limpeza, al m de limpeza do poo como um todo, possibilitando arecuperao ou manuteno das suas vazes originais.

    Para assegurar a boa qualidade da gua, do ponto de vista bacteriolgico, devem serimplantadas em todos os poos ativos e paralisados, possveis de recuperao, medidas deproteo sanit ria tais como: selo sanitrio, tampa de proteo, limpeza permanente doterreno, cerca de proteo, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e aprpria populao benefici ria do poo. Quanto aos poos abandonados, devem ser tomadasmedidas de conteno, como a colocao de tampas soldadas ou aparafusadas, visandoevitar a contaminao do lenol fretico por queda acidental de pequenos animais eintroduo de corpos estranhos, especialmente por crianas, fato muito comum nas reasvisitadas.

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    8. REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS

    ANU RIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Braslia: DNPM, v.29, 2000. 401p.

    BRASIL. MINIST RIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM ServioGeolgico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect nica e recursos minerais do Brasil, Sistema deInforma es Geogrficas ? SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Braslia: CPRM, 2001. Disponvelem 04 CDs.

    FUNDA O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA - IBGE. Geografia doBrasil. Regio Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponvel em 1 CD.

    FUNDA O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA - IBGE. Mapas Base dosmunicpios do Estado do Rio Grande do Norte.

    RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, Jos Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barrosda et al [CD ROM] Zoneamento Agroecolgico do Nordeste do Brasil: diagnstico eprogn stico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-rido, 2000. Disponvel em 1 CD

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    ANEXO 1

    PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

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    C DIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZO SITUAO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD

    POOLOCALIDADE

    S W GUA DO TERRENO (m) (L/h) DO POO BOMBEAMENTODE

    ENERGIA DO USO (mg/L)

    CL908PONTA DA SERRA ( FAZENDA TRESIRMAOS ) 054244,9 361022,3 Poo tubular Particular 72 Paralisado Bomba submersa Domstico Secundrio, Animal, 7423

    CL909PONTA DE SERRA ( FAZENDA TRESIRMAOS ) 054245,0 361022,2 Poo tubular Particular No Instalado No equipado ,

    CL910 CONCEICAO 054159,5 361011,7 Poo tubular Em Operao Bomba submersa TrifsicaDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, Animal, 3055

    CL911 FAZENDA SAO JOAQUIM 054027,8 360948,6 Poo tubular Particular 60 Em Operao Catavento TrifsicaDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, 616,2

    CL912 FAZENDA SAO JOAQUIM 054020,0 361003,5 Poo tubular 60 Em Operao Catavento Trifsica Domstico Secundrio, Animal, 10647

    CL914 VARZEA DED BOI 053938,1 360908,3 Poo tubular Pblico No Instalado No equipado ,

    CL915 FAZENDA SAO JOSE 053821,5 361046,8 Poo tubular Particular Em Operao Bomba submersa Domstico Primrio, 1553,5

    CL916 FAZENDA SAO TOME 053849,3 361048,3 Poo tubular 40 No Instalado No equipado ,

    CL917 FAZENDA MULUNGU 054013,6 361225,2 Poo tubular Particular 36 Em Operao Bomba submersaDomstico Primrio, DomsticoSecundrio, Animal, Agricultura, 566,8

    CL918 FAZENDA MORADA NOVA 054117,2 361220,1 Poo tubular Em Operao Catavento Domstico Secundrio, Animal,

    CL919 ASSENTAMENTO BOA VISTA 052628,7 361002,2 Poo tubular Pblico 60 Em Operao CataventoDomstico Primrio, DomsticoSecund rio,

    CL920 ASSENTAMENTO BOA VISTA 052639,1 361001,1 Poo tubular Pblico 60 Em Operao Bomba submersa TrifsicaDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, Animal,

    CL921 ASSENTAMENTO BOA VISTA 052643,8 361000,1 Poo tubular Pblico Paralisado Bomba submersa Trifsica ,

    CL922 FAZENDA CACHOEIRINHA 053856,0 361257,7 Poo tubular 46 Em Operao Catavento , 5304

    CL923 FAZENDA CACHOEIRINHA 053850,2 361320,2 Poo tubular Particular Em Operao CataventoDomstico Primrio, DomsticoSecundrio, Animal, Agricultura, 2054

    CL924 FAZENDA PEDRA VERMELHA 053925,8 361405,1 Poo tubular No Instalado ,

    CL925 FAZENDA PEDRA VERMELHA 053925,4 361405,9Pooescavado Particular 5,85 Em Operao Domstico Secundrio,

    CL927 FAZENDA CAPUNGIZINHO 054200,1 361540,5 Poo tubular 50 Em Operao CataventoDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, Animal, 1023,8

    CL928 FAZENDA GAVEAO 054307,6 361528,3Pooescavado Particular Em Operao Bomba centrifuga Trifsica Domstico Secundrio, 477,75

    CL929 BARREIRA 054526,3 361622,8 Poo tubular Particular Em Operao Catavento Animal, Agricultura, 6825

    CL930 FAZENDA CARAUBAS 054348,6 361547,9 Poo tubular Pblico Paralisado Catavento ,

    CL931 SITIO SALGADINHO 054506,4 361458,9 Poo tubular Particular Paralisado Catavento , 1703

    CL944 MUNDO NOVO 053530,7 360844,6 Poo tubular Particular 60 Em Operao Bomba submersa Trifsica Domstico Secundrio, Animal,

    CL957 COMUNIDADE DE JUAZEIRO 054526,3 361357,5 Poo tubular Particular Em Operao CataventoDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, Animal, 1651

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    C DIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZO SITUAO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD

    POOLOCALIDADE

    S W GUA DO TERRENO (m) (L/h) DO POO BOMBEAMENTODE

    ENERGIA DO USO (mg/L)

    CL958 FAZENDA JUAZEIRO 054503,4 361341,4 Poo tubular Particular Em Operao Bomba centrifuga Animal,

    CL959 FAZENDA JUREMA 054423,4 361249,4 Poo tubular Particular 6,55 Abandonado No equipado ,

    CL960 FAZENDA JUREMA 054419,4 361248,5Pooescavado Particular Em Operao Catavento Animal, 5824

    CL961 FAZENDA JUREMA 054430,7 361317,6Pooescavado Particular 5,5 Em Operao Catavento Domstico Secundrio, Animal, Agricultura, 1094

    CL962 FAZENDA ARIZONA 054822,8 360704,6 Poo tubular Particular 50 No Instalado No equipado ,

    CL963 FAZENDA ARIZONA 054826,4 360711,5 Poo tubular Particular No Instalado No equipado ,

    CL964 FAZENDA AMARANTE 054643,7 360915,7 Poo tubular 46 Em Operao CataventoDomstico Primrio, DomsticoSecund rio, Animal, 2236

    CL965 VEREDA DO MEIO 054519,1 360906,8 Poo tubular Em Operao Catavento Animal, 5310,5

    CL966 FAZENDA VACA MORTA 054252,6 361343,1 Poo tubular 42 Em Operao Catavento ,

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    ANEXO 2

    MAPA DE PONTOS D GUA