Lab.05 – Capacitor em Regime DC e AC · PDF file2ELE029 – Eletricidade...

8
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer 1 Lab.05 – Capacitor em Regime DC e AC 1. Capacitor em regime DC (corrente contínua) OBJETIVOS Verificar experimentalmente o carregamento e o descarregamento de um capacitor utilizando tensão DC. TEORIA Ao aplicarmos a um capacitor C uma tensão contínua E através de um resistor R, esse se carrega com uma tensão V C , cujo valor depende do intervalo de tempo em que se desenvolverá o processo (vide Figura 1). Figura 1.1 – Esquema do circuito de carregamento de um capacitor. Estando o capacitor inicialmente descarregado (V C (0) = 0), em t = 0 fechamos a chave do circuito, ou seja, I máx = E / R . A partir daí, o capacitor inicia um processo de carga com aumento gradativo da tensão entre seus terminais (V C ) e, consequentemente, teremos uma diminuição da corrente, obedecendo a uma função exponencial, até atingir o valor zero, quando este estiver totalmente carregado.

Transcript of Lab.05 – Capacitor em Regime DC e AC · PDF file2ELE029 – Eletricidade...

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

1

Lab.05 – Capacitor em Regime DC e AC

1. Capacitor em regime DC (corrente contínua) OBJETIVOS

• Verificar experimentalmente o carregamento e o descarregamento de um capacitor utilizando tensão DC.

TEORIA

Ao aplicarmos a um capacitor C uma tensão contínua E através de um resistor R, esse se carrega com uma tensão VC, cujo valor depende do intervalo de tempo em que se desenvolverá o processo (vide Figura 1).

Figura 1.1 – Esquema do circuito de carregamento de um capacitor. Estando o capacitor inicialmente descarregado (VC(0) = 0), em t = 0 fechamos a chave do circuito, ou seja, Imáx = E / R . A partir daí, o capacitor inicia um processo de carga com aumento gradativo da tensão entre seus terminais (VC) e, consequentemente, teremos uma diminuição da corrente, obedecendo a uma função exponencial, até atingir o valor zero, quando este estiver totalmente carregado.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

2

(a) (b)

Figura 1.2 – Carregamento de um capacitor de acordo com o circuito da Figura 1.1: (a) gráfico da tensão no capacitor; (b) gráfico da corrente no capacitor.

As expressões da corrente e da tensão em função do tempo, durante a carga de um capacitor (vide Figura 1.2), são mostradas nas Equações 1 e 2 a seguir.

CR

t

CR

t

máxC eR

EeIti ⋅

−⋅

⋅=⋅=)(

(Eq. 1)

)1()()( CR

t

CC eEtiREtv ⋅−

−⋅=⋅−=

(Eq. 2)

Estando o capacitor carregado, monta-se o circuito mostrado na Figura 1.3 para sua descarga.

Figura 1.3 – Esquema do circuito para descarregamento de um capacitor.

Neste caso, tanto a corrente como a tensão do capacitor vão diminuir exponencialmente com o tempo, como pode ser visto na Figura 1.4.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

3

(a) (b) Figura 1.4 – Descarregamento de um capacitor de acordo com o circuito da Figura 1.3:

(a) gráfico da tensão no capacitor; (b) gráfico da corrente no capacitor.

Neste caso, a tensão de descarregamento do capacitor será dada pela Eq. 3.

)()( tiRevtv CCR

t

CC máx⋅== ⋅

(Eq. 3)

PARTE EXPERIMENTAL

Lista de Material 1 Fonte de Tensão variável 1 Resistor de 22 k Ω 1 Capacitor eletrolítico: 1000 µF/25 V 1 Cronômetro 2 Multímetros 1 Protoboard

Procedimento Experimental

(a) Monte o circuito da Figura 1.5, com o capacitor descarregado.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

4

Figura 1.5 – Montagem experimental para verificar o carregamento de um capacitor.

(b) Acione a chave S e o cronômetro simultaneamente. Determine e anote na Tabela 1.1 o instante em que cada tensão for atingida. Repita este procedimento mais duas vezes e calcule o tempo médio.

Tabela 1.1 – Registro dos tempos medidos durante o carregamento do capacitor.

vC(v) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 t1(s) t2(s) t3(s) tmédio (c) Com o capacitor carregado, monte o circuito da Figura 1.6.

Figura 1.6 – Montagem experimental para verificar o descarregamento de um capacitor.

(d) Acione a chave S e o cronômetro simultaneamente. Determine e anote na Tabela 1.2, o instante em que cada tensão for atingida.

VV

+

-

+

-

12 V

22KΩΩΩΩ

1000µµµµF25V

S

+

VV-

22KΩΩΩΩ+

-1000µµµµF

25V

S

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

5

Tabela 1.2 – Registro dos tempos medidos durante o descarregamento do capacitor.

vC(v) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 t1(s) t2(s) t3(s) tmédio

(e) Plote em papéis milimetrados (ou através de programas que gerem gráficos, por exemplo o Excel, Origin, etc.) separados, os gráficos da tensão de carregamento e descarregamento do Capacitor em função do tempo. Verifique se os resultados obtidos estão de acordo com a teoria (plote junto com as tensões esperadas fornecidas pelas equações 2 e 3).

2. Capacitor em regime AC (corrente alternada) OBJETIVOS

• Avaliar experimentalmente a resposta em freqüência (Vsaída / Ventrada × f) de filtros Passa-Baixas e Filtros Passa-Altas.

• Levantar experimentalmente a curva de resposta em freqüência de circuitos de primeira ordem.

TEORIA

Filtros passivos são circuitos que selecionam determinadas faixas de freqüência e não são capazes de amplificar o sinal.

A freqüência do sinal de entrada em que temos A = Vsaída/Ventrada = 2/1 (queda de 3 db) é denominada freqüência de corte (fc).

Figura 2.1: Filtro Passa-Baixas

f

3dB

fc

A

1

2

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

6

Figura 2.2: Filtro Passa-Altas

Para os Filtros da Figura 2.1 e da Figura 2.2, a freqüência de corte é dada por:

CRf corte ⋅⋅⋅

=π2

1

PARTE EXPERIMENTAL

Lista de Material • Gerador de Funções. • Resistor de 2,2 KΩ. • Capacitor de 100 nF. • Protoboard. • Osciloscópio.

Procedimento Experimental

Filtro Passa-Baixas (FPB)

1) Monte o circuito da Figura 2.3. 2) Encontre a frequência de corte teórica do circuito.

f

3dB

fc

A

1

2

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

7

Figura 2.3: Filtro Passa-Baixas.

3) Ajuste o gerador de funções para uma forma de onda senoidal de 1 Vpp. 4) Conecte o osciloscópio na saída saída (no capacitor). 5) Preencha a Tabela 2.1 com os valores de tensão pico-a-pico medidas no

osciloscópio.

Tabela 2.1 – Tensões de Saída em Relação a Freqüências de Entrada de um FPB.

f(Hz) 30 200 500 700 800 1k 2k 5k 7k 10k Vsaída

Filtro Passa-Altas (FPA)

1) Monte o circuito da Figura 2.4. 2) Encontre a frequência de corte teórica do circuito.

Figura 2.4: Filtro Passa-Altas.

2K2

100 nF 1Vpp Vsaída

Vsaída 1Vpp

2,2K

100 nF

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

2ELE029 – Eletricidade Básica II – Prof. Leonimer

8

3) juste o gerador de funções para uma forma de onda senoidal de 1 Vpp. 4) Conecte o osciloscópio na saída saída (no resistor). 5) Preencha a Tabela 2.1 com os valores de tensão pico-a-pico medidas no

osciloscópio.

Tabela 2.2 – Tensões de Saída em Relação a Freqüências de Entrada de um FPB.

f(Hz) 30 200 500 700 800 1k 2k 5k 7k 10k Vsaída

6) No relatório, plote os gráficos dos filtros FPB e FPA, caracterizados pelas tabelas 2.1 e 2.2, em sistemas de eixos monolog.