l4 de Dezembro de · 1985 3 · ' ata. .' l•d . 1€¦ · popu1aciio, o.s aamponeses. prios...
Transcript of l4 de Dezembro de · 1985 3 · ' ata. .' l•d . 1€¦ · popu1aciio, o.s aamponeses. prios...
' • \
Senhor~· deputados, Caros convi~~GS,
Como tern 1$i& no5sa prati~. est;a· moe neste sessao de Assembfeia Popular a an.ali&ar temas importantes da v1da do Pals. Analisamos o balaneo do ?lano e Or~amento de 1985 e OS ' projectos de Plano e Or~;ame'nto para 198G.
•' Mas ~ urn aspecto. qge da uma tm•
pGrtArt::Sa p:smi:ctJtar a . esta s.essao. ·Eta ~&l:ll1~ no·-'<fi.,.: do decimo an:o oa noosa . fooapendencia Nacional. . Ao tazermoe o bal61\90 da activiC:ade &co-
·- nomioa e,social em 1985, estamos em ;: ~rta .nle<!i$i·~ .. (ainl>em a apreclar os . frutos do. npsso trabalho n<OG dez anos <1 a in<!:epoo<f6ncia.
~· ·~ f' ';.. \ • ·p.)~.,k!' •
Esta e uma responsal>flidad·e que , cad-a .um. d~ qeputad~ deve s•aber
•. ·• a~s~.tmJr. :n~sta ,s·~ssao. ~ uma Jesponsabil idade que devemos exeroer com coragem, ob~1vi<;iade,· com sentido crftfco ·€' au1ooritioo. Saber por o dedo 118 ferid<tt, saW identifioilil' OS erros e de.'Wios cometldos e' as suas causas, 6 funoamental para tr!!Oai'{Tlos orHm-
. ta:;5es wr;rectas •• que materializem as .dec1s6es. ja tomadas no 4.0 Congresso
eb1. resp~tellh a_ qpn&tituicao da Repll· •loa.
P« iSso senti necessidade de, na qualidade de Q.eputado desta Assam• bleia Popul~. me ditigir a este 6rgao supremo do poder de Estado.
. Ouvimos a ·apresenta<;ao do balant;o d9 cumpr~m~n!p ~·o Plano Eetatal Centr.al e ,, de ~X&9'1Ji;:iio orc,:amental d-e 1985. Ouv:imos. a apresenta,c,:e ., dos .projectos de. P!ano Estatal Centra-l e Orvamento Geral dO Estado para 1986.
0 Bureau Politico do Comite Central do Part1do, ·erTJ s•essao conjunt·a oom a Comissao Permanente da Assembleia Popular, bern como o Conselho de Mini6-tros, ~a t.iveram ooasiao de apre-
Alcanc,:amos sucessos, mas a situat;iio geral em qu·e o Pais Si' enoontra e d1fiofl. Md noveoentos e oi•tenta e cinco reflect•e os efeitos 11cumul·ado.s
1 dos anos de accao cnmmosa d.> banditismo armado, dos efeitos devastadores das calamidades naturais e das consequenoias no plano inter·no, da grave cn&e ecc>n6mioa :nternac!onal.
Mas isto niio chega para explicar, as qiticuldades. Estas sao tambem, em grande medida, fruto de erros e mesmo d-e desvios que ainda perslstem. S. necessario identi<fica-foG, aponta-los, ter oonscienoioa deles par>a os poder· mos el·lminar. . ·
Quando . avaliamos, a nossa. economia o que e que observamos?
·:ci: ·Ao· '<ii1alls:arnios a a~ da agricultura limitamO-"nas ·a resumi-r que a proicluc,:iio agra·ria .• ef(lp~esarial ; diminuiu e:m 35% em 1985. ~· · · · · ·
~.:~ ::Qiz;~~ -·.Q~~:i.~.~ta diminuicao se ,. deve Bar,~c.ul~.;ment.e a parte de adu-" bos ~ qombustivel. .
..., .J.t.t • • ~ .:_ ·,. ,. "' Neata .Bflalise, nao. n-os d-etemos pa·ra
venfioa<l' .qual a -nossa aoc;:iio e os seus •. "t*!!JIIad~ na:.m<it!"ri'llizac;Jao das. or1en·
t_a9Qes ,dq.,.. ;41" .p;ongresso. Ali. ,defi~i' ,po~. ~rp ,p,apei.:P.:~ra . oada um dos sec·
tores ,sooiais,:.:;;SliCfor E~fatal, . Sect011 r •. ~perativo, Sector Privado e Secto~
Familiar. - -- ·
Sab~mo$ que ex·istem capacldades .. .ofiosas, sabemqs que existem reser
,. v~ q,u~'l ;PQ;d~m-,, ser desencadeadas, , le:m,, Pa,;l,{cuiar . JUl& sect ores privado e
familiar. ··----"1 -,.- . ... -,.. ..... -r-
--~0. . ~~~U."M!i!Jar tern gr.a;n'des po-tenOt>a1l<l<>~. A nossa exper.iencia e ~ -n,p;>S;a: hJs~i:ihensin<)Jm-noe que este l!!~r PQ®. dese.mpennar · um grande papel na et.iminayao da fomo·e na fjrOc duc;:ao de marer<a87primas para a ih· 9ti~tri;a e .~l\RQ(t<lf¥ao. Mas mu1tos de nps, cont~n.uamos a olhar para Gs oampanesoo ooma uma massa a-morta
!' -e ;w;ifor-me. 'Nti9., va-mos a real:dad'> . iCOnci\Elta paca •. deterrnioar qua,js o<~ • •strartfiulamentos que difi·cultam a pr<l·
d uc_iio fa.rni{i'i!r; • • . .
-~ls 'Q5 .ex'cedentes pro<f.uzip,os
1 ·,, pelas fam~lias camJ»nesas. e on. ;. , ~ .. (!e, ~ - qlle. eles estao locaHza<~qs; • ''~'; • .. ,_, ,_."" • ~~r 1
·~.91!~ ~fJQ!fnlrar- os bens. d·e oOn... _.$UJIIO ... p8f;a, encora.jar esta e
• ,, ~ye,la. ·P.r~ur;ao; . ,..~ 'l'tm '":. . i"J!:..• L~.r.c; ~ . . ·: .-~,qya1s .. 1>:, . qlll<lntas toneladas de
• . .... " pr-odutos .que .£;&tao por esooar :; ··x ~._a-ng ei dos anos anteriores;
·:.~:.,..; qua'j~~;li, ,,_qJantidaoe de produtos '"" <i!'>®&< • .ests. ern.risoo de se r erder.
P.Or falta de esooamento e onde;
•· --~·qt!,E! acvoe!l ·1'ealizar para· impedir. • que. apod·~eca ou se estregue , o
•• . ,.".mi.Jho, o ,Qi(assol, a feijao, • o rr ~ ,caju • pr'Cilduzidos pel as em pres as ·· ,~ ~, ~ peiGS campone&eS.
j_ "1 ~J.t { ,• I ,..,
~···&rr'fiz~mos-·isto serlamos eapa.zes' \ia.aetectai' a temoo OS problemas
,. ·e.--muitos ·.Oei'9S" poderiam ser r~lvi'''<:tosr.·se oifizt!>sSEinWs isto as metas atln· f"-fii{'J'as •'!if&ml'll Rruito' mais elevadas .do '·lqiJe aq:uelas •que· agora conseguimos " Tegl&t'al'."' ''·" · " '·
. --r.::· ::: :"~ Conti-nuamos amarl'adOs ao forma·
li~.!l)O.-__ ~.~ .an_~ll~~s gerais. N_ao· vamos
..
l4 de Dezembro de · 1985 · · 3
'' . .'l•d d · ata. 1 a· · .. e
de l n~io-· ~~~~itatrm·os ··que a, ~~ssato, da As~· ~U<CIIIUIU• fal8'(8
antes di'Sso que. somos . pobr.es».
intlerv,en<;ao do · Chefe do
1$SO·:l1,_t•e· ~inda enfrentamos a· de termos rome
quando .hA milho, gir!)S· que·' niio ~o- escoad~s
ultima am11ise que nao capacidade do Povo. nao somos capazes de
·com oo \)a.mponrlldr·arTla e !areJas
co:IJ·Cr<etasJ dlefinir··lhE!s quantos hectaproduzir a-quais os
COriq4iStli!1'io~ ,;a :,nossa>· lndep'enCfeti-. cia para ac~rmos .cdm ·a· trtst-e lma
, gem ciolonial ' ae' que'dandp um p®oo ·'d'e ,mas&a .. e .de cafil; o ~arnbican:O i esta obem a\i.fn.entado. .
. · ' oev~mi>s t·rabaloa/ p~a · nos .. ali~n· , tar.mos ;bem. · · '
• - ve~aisi (oouvee, ' cenollra. ;tpma-te; oebola,, : alhq, ab6bora, " m.e-
• ' I l ·aneia, · ~ao., p'epino, alface, , ' beri·ngela, pimento, p1ripfri, ~) . "'; } :, , ' )
• tuoer.Colos (batata, · bat~a-d!)()&, mar[(lioca) ' ' '
-· ·• frutas (laranja, l·lmao, mangas, E al1mentar:
' I f• ,) '' :.._ !
·' .
pE!ra·a~aca.te. ,papaifl, ananils. • &s suas . ~oacas ,, . banana, maracuJil, per-aogoiaba, · • vs seus patos . ,
. , mayl!fa) , · 7
' e !Je ~U<ll> Q8~tnn~. , , 1 :
• ca-rn;es .(de ,siilno d,e clllbf;ifo •.. de : T~O-! :o : d(llldiio t~in, direito de:,. .ovelha, (if:.'_ gaJinha, pato. peru, 'de bovlno) .. ProdOzf( 'pare e:e •. :'. I - . ;
• ovos Produ'z.r 'para a :wa , 1amllia e a:li· • Ieite 'llentar ?S , s~us . hlilos •. . ', , . , . • algodao • $1sal .Proouzir pa.r·a .os seus paf~ntos · e' • calu vender o e>~ceqe-ntEl oontnbu,nao P?r.a • • cha . a sau.Sta<;;no· da.s noo~eiQE.dt:IS !J&I<>IS • arnendo!m, gergelim, g!raSSO! .' <lv ' POVO em alim&ntos, 't ' ' . o cana-ae-avucar • mel de abelhas • MultOS c.dadaos mac;amb.canos lli· • pisciculture. vern · pas ·ai<>OOcs c.da.das, .d~mpre·
• ga:doo, s"'" ee~ou• -n, o.-para ~;e~ t .. ml· Mas quem ' val produzir tudo lsto? II ares e sem pel s~tlva. de fulQTO. Ja o d1s~emos. Falamos longame~e , V'IVem n?-S bichas. , .• '· ,' ,
du,ante o 4! Congresso. · Fat amos tam· . . · . bem ;10 dia 25- de Junho de 1976, ~i~~~ · la~endo bi8catos ~. · ~rui\t~s quando calebramos o 1.• anivers'ario vez-es, peroenao a sua dlflrHdade ' no da lndependencia. grande ,lablrlnto aa candOnga. .
A ·rl'QS5a . ConstitUi(:ao e muito clara ,ga-, mbeno ·. neata quest~o: . oa ~micislfad<>res d~ di:str.ito;· ,.
d&p1Jtados, as. org~n,zavl.ies , de(llOC , Esqw;;e~ljn•o-nos que o noS<lo Pais a Para venoermos esta i:>atalha, todos t1cas de massas, deven; ·f:Jamzar ,
um Pafs doe campGneses. sem excepc;:ao, devemos produzir. mobllizav)io .. de todas · estas·, ,.assoc., t"·e1nmmn1"'f em falar da classe opera· As empresas estatais que tAm pro- para prqduzirem, d•stnbuiAdD'-\hes te~·
colot:<>rr1os em segundo plano n blemas de alimentavao dos seus pro· ras, torn~enda-lhes os me1qs nec~-popu1aciio, o.s aamponeses. prios trabalhadores, devem apoia-los stmos para permitfr que homenG e mu·
a terem as suas pr6prias rnecnambas. 111er-es, hoje des'empr'egados, produ·
Mas: tambem nao temos &abido uji· tizar .00. comercianles . na sua total capacidade;
formas mecanicas de As empresas estatais gigantes que .~:am para si proprios: 'produzam para r que contribuem para;..._,te-e·m<ltriJ.pl:llro~b~l"'e111mE!1a:l1s~d~e~ge!"'s~t-a .. o.,.. _d_e .. v..,e_m~s,.e_r -.,;;a_S<OC~~·.:.ed,;,ad;;,;.e;.;.:--~-...... -.-,;.-· ... · ---'!"", ....
Mas '0 Estado n~o se'·: pode limitar uniCilll"ente a d!Stnbuir·'teri'i!S, instrumentos de t'rabalho, sememes,
destes anos temos vindo u-ma e:xperiE!ncia noooa.
que n·os indica o caminho aume~l!ltl~r a produc;:ii.o, para matar
ca19ar e vestir todo . o
'' nos dirigirnOs ao·n®so .e:Kpli¢and•a., com atareza os ob-
- criando-se ~arias empresas - mais peque-n,a.s;
I
:_ distribuindo t~rra$ ·' a·· eaii'H)oneses, a· CQO~~ativistas J privados:
Cada: qidadao Qt,~e t>Qs$ui. ter.ra deve · S~r. obrfgaQO a ubiiz;a-la COftAC)tamen\6'
86 ;tem ,d•~~lto -a ter,. tar:a ·quem a tra-balha .... , . . , ·' . ,., , - entregando .as. terras aos campo
.ne~es . (ilue · se encont~am locaHzados em terr-as pouco ferteis, com · fome. tendo 'ao seu I ado ma:.cnambas abapdona<las, cheias <le capim. ~.'p~uiJ\do ' a~u~ ,'
- ·~ · .... •• ~ j -
·Os ·re6Uitad·os· positivos 'Ob'tidos : par· · tiel!larmente ·em Gaza e Manica, e em outras zon,as, ., i~dicam-no,s · que. este 6 o cami11ho 'cor-recto. • . ·
.Dev~m~ g~r:i-~r~ll~a-Jo a .todo <r f'<,fs. ~-~ . 1, 0 '
•• Uma ·'das . f~:>~maa . par.a destr:u;r os· ·' efettos da: a,d.mlnistrnviio . color)ial e; _ elimin<tr a.'disper.siio em Que se .en-
• cqntril!ll . OS ._cam80IJ65•es diS!•ri•l>uindo-
• I ' ~~ ~
,Nao Iemos , vindo . a . realiz~r .este principia ,da fo{ma mais ' corre.cta. Niio a amps t~r.~taS : concr,e,tas\ a C{lda ·cam-pones.'' ~ ' · .. ', , • ·· · · · , ,
1 ,._~ .• : IJ' ~~ !. • I ~I ' ,~ \ ' :. ' '
• 0 G)>Vel'no,' seja a, nivel cen~r,al ,. s&ia a niv&l prov!nc1a), , 119 d1strito. 0:.1 . localidade, 'dev'e axigir q~e cada 'familia: ' ' ;. f <- ' ~ ~ • '
• ' cuitive UIJ1 rriinimo, ·de heqt~re5·: (2, 3, 5,;:1'0 h~ctar96 de,acoi"'do· co-m
· as ·sua~ oapacfdades r. ' e • · ; 1 ~ • - ~ ~·--;-
• . pr{Jqma ' as . -c;ttltur~s·i,:necessarlas , ·!)'ara·ae . atiment~r • . para ~ a ·expor-
··, · ta§iio e yendet' os~ ~ceq&ntes: "' ' ! i I ~ ( ' '
. Em cada p.rovfnciil.~s- em~esae :estatll;ls! 1 as P,r!'.fS.das, >;. ~. 09'9P,&fa~iv~s. deVe\'1 .O.rgan1iar-se , para pr.od4z1r ·.a.s sementes qu:e a prbv:incia' nseessita. E de:te;se . pagar .. um·. Pf'SC9):Jl:l~ · ~ti· mule ess·e.s ;;;ector~ &'~ prodilz1rem a semente.' ' . ·,' '_ • . ' ',.· ' :
· ~ .,· ~,g~ao .e "\o -,~a~' ja fJ~~-. ·~ultll· ras que. o ~loniatismo utl~zou. para expiOr-ar o; Povo moc;arnbicano.
Hoie· o ·.;f!10d~~ .~~ ~~!~- ~ao irinas fun¢jimentai~ ·para '·EI · J"k,~<;a indepen-dl}r.~cui. ,. 1 · • •
' ' ' .. ':. t. f,,, \" • I' oo
De ; Gaza• a«i' Nf,aGS~/.e · 'cabo ·Del!iado-:pqde-se ~¢nxjuzif a~M- E qeve-ee "produzj,r 'llii!IOdt¥0, 'oorigatoria:mente.
'..- 1- - " ',. '
• 3 .
'Mas · isto. tambem signifioa 'que os· cornerc:;Jdntes devem ser aoo1ad·os em m~1Gs,, para produz1ram e transporta· rem _-:JS produtos. · :
• A flores \a e -mppr.arite, e impo1al11~" te . para o . nosso Rais e para, a nc:isJ' sa ecopom1a.
- ·Quando 'pensarnos na floresta, quar.~~ do · pensamos na (Tladeira, pensamos' q.uaee exclusrvamente na madeira' como obj'ecto de exporta.;:ao.
. P'or issa · o lrabi:ilhador que corta ,a· made1ra niio tem c;:~<le1ra, nem mesa . eni sua -case. .
Os operarros ainda se sen!am l'lO I chao o nil·o eneontram um peda<;o d:a ;
::If~ ~~~fos1,;:r OgS ~~~a a'~~O~~:.·~ mGG um pedaQa de madeira P'ara pres· tar ' a ultima 'homenagem ao en1e t quer,1do. ,• • '· "
' t
Es~e problema !em 1e merecer a malor atenvfoo. , ,· -~
> J ). I • " J<'-> ~ I :y ._
• Em cada pro~in~ia, d&~em·se rea'li.l zar pf'(>grama-s de corte' de .madeir,a ' par~ ' co~sumo · ~os cid?-daos. . · \
9. ano de 1~86 e o ano de arreg~·< ~a.r as ma:ngas.
Em' muitos - · s~tor.es temo~ que COrT)ec,:ar Po z_eto. · .
Cl:iegou· a hera· de cada urn de noo genttr e acred1tar protundlllmente que a rrossa terra e grande e rioa, e a,oe h~ ·, Iugar , para todoJ> traoalharem.
O r J:i:Stado , moQamhicano nao- pode
gerir sa- , c3~ &' ·esffmu~~ , CJ~ .'c~rripove~cs' para a produ~iio : das materi<is~pmnas,
!(' ~ >'J \ ~'
·• · tra·balhadores dM empresas esta-tais _.
• ccooperativlstas
• intele'ctuais,
'libeqar · 3 sua inic;iativa,_ ro,:,per com o imobilismo, desenvolver a nossa Patria indeoenclente e soberana.
Porqu~? Sera s6 porque ternos faAta de materie:s-pnmas?
Mas n6s sabemos qoe multas ·~as -matenas-pnmoo que estamos hoje' a importa-1 podem ser produz1das no nosso Pais.
' ' ' Temos fa ita de . 6teo e sabao . . Oi·
zem-nos que 1sso se deve a talta -de rn :J,ter:a-prima. Fic:amos am<rrados, a mafurra. Sera que naa podemoe utilizer a copra, a semente do gm;ssnl e do algodiio? S&ra que nao podemos Uii!izar a ·QOrdura animal, por exemplo a b'anha de parco?
Se procur.assemos · todas ..,as altern a~ tiva<9 po<leriamos po:vp,:~r dt~he,ro1 para comprar as materia's-"prirnas. que ainda niio podemoe pro(tuZJr no nosso Pais:
N2.o temos roupa::' E ilc3mos passi· ' vamente a espera {fas ,,ofertas do ex· IEHior e da raupa de. fardo que nos dilo ou, que compramos .....
Temos gra-ndes potenci<:l:dades de) p•odu~iio ae algodi.i<: , mi s aoora ' ate a!god .':o lemGs de iiTiporta pa.ra pro.' duz1r tee dcG. ·
E qu 2 n-d o Iemos teaidos, ' f,azem6!l, rc:>:Jpa mal· feita, com· '1Ua! tl .. ade ba1xa e a pre:;os mu,to altos.
Se todos ficarmas a E'SP'lTa da jm, porta;:ao de algo<lao e de l1nhas quan· do e que ,seremos c ~pazes de resol< ver os problemas da nudez? ·
Nunca!
Quer di7.er, continuamos ~ eSpera que as soiU<;:oes dos no'ssos probl& rPdS venham <le fora. Continuamos il espera qu·e ·a capulana, a tilu.s-a, o len((o, as calces, venHam de fora, quando a so·lu.;:iio filest~s car~ncias esta ao nosso alcanoo, ,.na rnobiliza-
:Nao ha sapato!l nQ -~·e,C:.do. ' Uma wanda 'parte da popu :aQ~o '<Ginda contmua a andar d&sca!ca. 0 ,gue ..e que 110.3 f~l!a?~ Niio temos fab-ric~ de cat.
.... cado?' ' . ' ' - " · .. :. :
. _A · m~t~ri~:prima- · mais · ' tmpwtante sao as pales. S6 a cna<;iio de .. gado e Qll;&;pode ·~mitff -resolver o 'problema do abastec;.men,o das ,fabncas ' de cal·
. · cad a. e .exportar.
Mas em mu.ias , l!:r,py,lHI a· ide1~ de que S~C. Cfl-.<lOr lle !.«dO e ' j)<H•~,jOSO, e ser Jnlm1100 d~ i·o~~ll~.:to. E.p9r 1sso, durante mu.to teil•PO hes,t<irnos em eno.o:ajar, enco1 aj~ . os .cidil.cia'os, os pnvados a cnarem gaqo, a iwmen a· rem as suas mar aJ-s. Dif1cu1tamos a comercic;l ,za~~o do , o: do, compeL· mos mu tas vezes .. as, criadores a Coopera~vizarem o g: d J; . , ''
0 . resulta<fo, aliedo ' ao bana~~ . .smo, foi a dm.mwc;:iio d. "s ca d-s · m«na· das. Fo1 a !alta de c~. 11e, foj a 'sub,da dos pret;:~. a de.> . u Tao de ·infra-estruturas da cna'f •. o .de gada. ' .'
' : l E agora temos a , latta oe Jm.aterla•
·pnma nas fabnc;;s de ~;al.,.ada! Ndo ·te.mos 'peie, nem para• 0 mercado · ln· temo, · nem para a .exportac;iio. Nao pcdemos produzir sapatos, r sand .lios, chmelos, a-rte.ra~ •. ma:<;s • ..e . sacos de v~c.ge:m. · ' , ·•
' ' ""' • I
I' . ' • · 'r ._' Porque niio d'nzm:zamos ''eufiC'cnle
men.e a u <:t •=> .;J gad·J, pa 'arisi:imos tambi m , s ·, . ::: .s , de te}te. · de man_te.ga, que'jo. iogur.e, . ",1
rod9sf n6s· gos!a~m~ot3 ' ~e totn8r um bom SQmq de frut•, c9~r . urn;! poa cons&rva de · fruta- 'ria epoca em q'ue esta nao ex s e, comer u}am»: p ·ecis~mos de ~a~sa de . t9~ate, ~a'ra oozmhar. E temos fab'ncas Q.l!e podem produz1r sumos e ct>t)servas de f'utas. Sumo _dEL.mano_a, a.narias. laranja/ toranja; maracujaJ Gbnservas ·de an>a!'1as. : 'iich'es; -conselvas de tomate. fe''iio 'e ' ot:Jtra~ · 'hortfcolas.
A mai·or parte destas fabricas estao oaradas. . . ·.
·'· Habituamo-nos a festejar ~6. 'aeon-. tecimentos importantes da noo: ~· vida
com uma melhori_a do abas'tecfmento ~aeeiro. 'Tndos se S<'/Crificam .~ $e for necessaria, para garantir em sua casa, para c:s fest2.s de cPs2mento, aniversflrias, nascimentos, as bebidas neceossarias · para fe·stejar com ~legria ~stas oca.s16es. ..
Quem e que nao quar ter, ·fanta, ceo~·cola. soda. agua t6n1ca, fimorada.' cerveja, laurentina, manica ou impala, para, o 'd1a 25 de Dezembro. :>u para o 11m d:o ana? Para muitos.; testa de .11m do ano sem ratngerante~. sem cervefa 'au -~me,smo sem beb~das se.cas 'c!Jmo lcwhisky», agua~de~te, gin, nao e UIJl f1m de ana festeja'do, ~on-dignamente. • '
Temos fabricas para prodt.izir L!m~ gra,dde gaina de beb1das. Estil.b ~:~aradas. Tern talta de materia-prima. t@m equipamento velho. Mas pior do qua isto . . Perdeu:se a sens1bilidaae ;~a,ra este aspecto impo:tante qua ' .~ taz parte da nossa · cultura. Nile ;liouve seos.bilidade para garantir a.~tddo o austo . para a q u a~ra testiva q:(!e o.e aoroxima, o abastecimento mfQii');lo .1a p~'pu l aci5o em ce·v!!l ia e refr ~ec,ns. . - '•
Nao nos prevenqmas para s~ugao desta ques'f a. ·
Quando se· perde a sens;bilid;~e de qJJ"St6es t§o lmportantes como~. esta, e ~torque ha urn afastamento do, povo • Foram ganhas pelo bu.rocralismiJ qa-
nhos .pelo derrotis~. ml'lnietac(o~ palo conformismo. ,
Temos m"edeira, montamos em :ptenf) perfodo de guerra a fabrica IFLOMA. . )
(Con:.lnua n!l paglna se~u·n~)
t ,, <,' . ~... • ' ,., '. ;;; ' ' '
··s6b~(J;,··'. 14· fip '"'a,.~mB·ro ._cfp 1
esld ma~ as nossas fabricas de mobiliario' esUio paradas ou fazem , mobllias inacesslvets, Quem e que e , eapaz de comprar uma mesa, seis cadeira~ . • e um aparadot por 200. contOIJ? · · ' .-
56 os _candongueiros. ., ( l \
Muitos de'.n6s h~bituamo~O:S a .fa· zer ,eoo,nomias para asseg•uar ·o . fu. turo dos oossos filhos e um . mlnrmo de . conforto para a velbice.
Guatdli~m'os dlnhelro . J)ar&' coirl· prar um apartamento, para 'pagar ' t
prestar;:iio dO emprestimo para a cons trUQi\0 da Cas a. ,MaS hoJe, n~o . Sf constroem casas. A capaqidade . :It construa;iio de habitac;:Oes fiJ l?f~taca mente inexistente. •
Mas· a construa;lio d&: euas pass!' • pelo ·aumertt'o 'da rnOdO,!:~o'_Ae "!~t~ ria ls -de eonst~ua;Ao. '
Tra,.amos orienta~es. para -gener~rizarmos a prod1J9ao ~o tljolo; • ~ettt~ e ci!l. 'Esta orientaglo ail~a n~G fol transformada' em movimento ~ q tJ e , abranja t~ao: o Pars.
E mais, tomamos conta de fl1~riea~ oe tijofo ·que agora quase nao J:>ro~ll· zem ou estao par_adas. Mas a mat~ra_a· .prima n!lo f~lta. Ha argile e barto em . quase tOdo o Pals. - - ·
As. fabiicas de cimento ~t·a ·· par.das .a$ -fflpricas .de. lusali~ e zmco est!o Quase . parades. as fabrt~as de tintas nlio funcionam, as . !~!)rll=ilS ·de torneiras, Jechaduras, rede._ tuoos . sobreV'ivem -pa'gando . sala'rios' sam ref' ~-:xo na -produ9~0. '·
Se niio n!!activamos a · co~stru~ao h!l9itacional, qual a pecspe~1va -. q~e . que1emos dar, !lOS novos casa1s? 011~1$ as perspectivas que dames a veltuce de cada um· de -n6s? , Para• qUA pou- • par cJlnheiro? Como dlseiptinar a g~s· tl!o da economia fEillllliar e e~corajar ; a poupa!l!fa? ·' G precl~~ romper, t:ste ciclo vic10so. ' , " , , ,
~ compreensrvel que com apenas ·10 ' enos ·de independenoia. nao ·te~:~ha· : mos ainda quadros neces!lariOs pa__ra · gerir todas as fapricas, pequenas , e grandes. quq .estao n.este mome.1to -sob gesti!o estatal.
Mas · e responsabilidada garantir que etas tuncionem, ,seiam devldamen· ta gerklas e produ:zam. os privados, a constituioao de em
-----il!e!ia.§...l)li§tgs, os cq_nl!_atos dJ! gestaQ. ·o aluguer, ,a eoncessao, a ·veni:la e Olf'o tros mecanismos podem e devem ser ut1lizados neste processo d& respoi1· sabilizac;:ao e reabillitac;:ao da produ-~tao. . ·
Ja se tomaram algumas neste po. · Mas estas medtdas aE!·vern~, ,~e.e;:; atargadas 'Para cenlrar a nbssa ~n''"~:au · ·- .- .... - , des ~strategic-as.
. Senhores Oeputados.
01ssemos Ja. que os lnvest'm!lnJos estrangeiros s'ao uteis ·a neoessario,~ ao Pals. Olssemos ,ja, , que devemos. aproveitar ao· maximo, em nosso _1::!+nefl~io, as possibilidades c;te desefli. volvimento tecnol6gico e · eco.,6m,ico qua o .investlmento estrango!l.~o po.de trazer ao nosso Pals. Mas a ,gnoran· cia. o chauvinismo, o carrelri,mo e mesmo o esquerdismo, tevam-nos a nao executar estes orientaooes com p•on• tidao.
os estudos ·de pro;ectos de invest!· mentos, demoram meses e anos a sarem conclulct'os. As propostas de in· ves~i mentos ficam a aguardar nas ga· vet as a· decisao sempre adiad~. -
fsto nllo e eertamente ·frtrto da exi• geM cia de 'riqor. Jsto niio e frutO da ne- -cessidade de asseg~rar a rentabili·
l'
' ' ' ....-.-1, ,'it·o!,"" <:~,~~-,illi ~· ~~~~·i~!F¥~~~, / NAC·IONAh?~;; X""" -~ "C· ~I)W'''m$?Mm'Ji'!'lW'"* -t!lt.IC4iitiiiti%'MW'II'WSP lallilliliiil •
r Nao 6 $Omenta
sobre as di· ou fra· formali·
usa Compramos carros · de grande e de
pequena tonalagem. E certo que nacessltamos d<~ muitos para resolver os nossos problemas de transporte. Mas se continuarmo5 a gerir mal a freta de transportes que tamos, as carencias de viaturas serao maiores e serao maiores as necessidades de sobressalentlils e de assistencia.
Os motoristas que causam os aci· den1es e a destruigao' nao podem per· manecer lmpunes. os candongueiros
vendo-se o P.es:t:en:e sa. alocugao
de pe9as e sobressalentes nao po· dem contmuar com as maos largas.
secto~1a1s a Agarramos oficinas e as empresas de segundo plan'? - -e&Sistencia teci'l'lca. mas atnqa n!io e o interesse. ' as soubemos transformar el'!'l unidades
espiri·
de !uta contra a carldonga de assJsten cta tecn1ca as viaturas.
Senhores Deputados. Senhores Convldados .
Tudo isto consfitui problemas cuja solugao tem de ser encontrada por n6s nos loca,is de trabalho, nos locals de residencia. em toda a parte.
A franqueza do exerclcio do poder, que gera a indlsclplina, que gera a apatia, e que deixa passer em olaro a sabotagem, e uma das causes prin· cipals desta situaQ!iO. Situagiio de desorganiza~ao que nao tem .somen~e origem na guerra que nos ei mov,da.
outra das razoes de tundo que nao nos .. permite detectar os e_n os ~ q,.s " desvios, e a persistMe<ia de certas atltudes esquerdlstas. Atlludes de al· guns elementos que conduziram a q ;e o Estado tosse obrigado a tomar con· ta de pequenas unidades de produ· Qil.O, diversas e dlispersas.
Se nao formes capaz,es de . recp· nhecer lsto, nao seremos capazas· d'e•
s,. pais'es dtJsta . , com seriedade e coragem, corrigll',
como "<lia ao Ma· consti·
coorde• resolver de es·
de procapazes
pteferen·
·· e·rros e desvtos. Refire-me com particular contun::le:"!·
cia aos erros e problemas que en· frentamos, porque- sao estes erros a problemas que temos de elimlnar. com decisao. para prog red!rmos.
A nossa experiencia mostra·nos que somes capazes dlsso se tormos ~6-
nos, se formos ao tundo das ques· toes. se soubermos anallsar as ques· toes com frieza.
Todas as poss;bilidades de metho· rar a gestao, a produgao e a disci· plina nas unidades econ6mfcas devem ser exploradas.
0 Soc1alismo. a luta contra o subdesenvolviment'o axige plano, d•iscipli· na, conhecimen\9 e poder sobre as areas estrategicas. 1
, Se somes capazas' de falar como , falamos hoje, e porque a revo1u9ao esta v1va e forte, Move·nos a certeza de que ultrapassaremos as dificuldades e liquidaremos o jn1imigo interno
. •,~,.
I f
l
fatali onde quer que el'e 'esteja. Mo~os a c!lrll:lza oe um amanna riioloso e seguro.
1: cpm orgulho que n6s reg1stamos os ·sucessos que o nosso povo s~ube constru1r. no me1o das matores dlfl· cu!dades. Temos muitos exemplos da
• uossa capac1oade de criar, de reau· zar, de · aes~nvolver o Pats. ' Sao alguns exemp1oa dlsto o com
plexo IFL.OMA, a construoao de linhas de energia. a construc;:ao de e!!kades, a ll'n!)lantac;:iio da .rede esoolar e de saude em tOdo o pais, a recuperaoao da produoAo de illfa1es agricola$, E fizemos isto apesar da guerra que nos e mo~n~da desde 1976.
Com a mesma lo~a com que -nos unimos para combater o color'lialismo; com a mesma torga com que nos ·uni· mos para fundar o prlmelro Estado mdependente na Hist6ria de Moc;:ambiqu~>; com a mesma for~a .com que fbmos capazes de combater a sabo· tagem econ6mica nos primeiros anos da lndependencia e cri.er a arrancada da economia naclonal, tamb~m hoje samos n6s quem tem de oorfigir, os
, nossos pr6prios erros e camil'lhar na cadencia que nos ex!ge a recupera· gao da econOil'llla. · ,
I Senh,ores Depotados,
Asslsilinos nas nossas cltlades. v• las e aldelas ao alastramento da fe·
. n6rhet'los e comportamentos antl-soclais. Fen6menos qu$ ·atentam cohtr!t
' a nossa ordem s'oc!al e os nossos >Ja· I ores.
'A candonga es'a genersllzada. 0 ca,ndongueiro esta presente em todos os sectores inc.ulndo no Apar&lho de Estado. ·
Os circuitos ,de candonga ,sao hoje uma teia complexa e or!;)anilada que comec;:a Ia onde as m\)rcedorias sao produzidas. Nos circLitos de distrlbu;. Q!io e comercializa~Ao . os orodutos sao desv' ados ;:>ara venda st preco<> especulat1vos. · · Hole ooexiste-se com a candonga.
Ha mesmo aqueles que dizem (lUe a candonga e o «Salvador» e est§O ;,ron
. tos a pagar OS altos pr&((OS, a expJ~· racao da oandOnga.
0 can<:longllt!iro age lmpunemente porque tern a eumpllcldade do ami· go, do familiar. do poHCtla, do agente da Seguran¢a. do fiscal, do funcionarlo do Estado e do funeionario judt· cia!. Por qsso nao s6 e can(!ongueiro aquele que pratioa a candonga. mas tambSm aquele cuja cumplicidade ali· menta ll' caR¢01'1!;)·a. - "
A corruplfi\'o, o sub9rno, o desv'o de bens dO Estado ou a sua destrui¢!io sao frequentes. Quantas sao j{l as situa~oes conheoidas. os casos denunc•iados, mas que ticaram impunes?
ga9ao C(iminar. dos 6rgaos de ssgu· rang a, das pnSoes e doll 6rg 'iiJs J u· dtciarios frlJstram oeste proct~sso os fins da leg1slagao que elaboramos e a Jegilima expectativa popular "'e ver os criminosos julgados e severamen· te, puniclos. ,
t: necessario maior celeri:ladfl na lnvestigac;:ao e no julgame;1to dos cri· mas. A lei tern de ser aplica,1<1 com a severidade correspondents as in· frac908s cometidas.
A ee-guran~a e a dlscplina t~m de ser ins:·aladas nas Pr!soes. Os detidos a cumprlrem pens nas Prlsoes tam que tealiza[ actividades produtivas e outra", para apoio a sua subsistencia e reeduca~Ao.
As Assernblelas do Povo devem eontrolar a acllvidade dos Tribunals e verifiear como os j1.llzes eleitos ·exer~ cern ·a tun~ao judicial em que toram lnvestidos.
A histancla jud'cial superior do nos· so Pals, o Tribunal Superior de Re· cur~o; ainda · n!io exerce a direcgao efectiva do ,nosso sistema de Tribu· n!is Populares •. E necessAria assegu· rar que, na, sua composigao e m6todos de trabalho este Tribunal assuma o caracter popular do nosso sistema judlciMio. ,
0 Trlbunal Supe~ior de Reeurso deve deM"lvolver-se e adquitlr maier l!l! 1 ,•ir'~{'le l"diclal.
A Comissao Perm~n :: nte da Assem·
e alimentar as Assembleias. Resolver este problema e fazer do depulado 0
· melhor conselheiro do pOv.J, oquele que e procurado pelo cidad§o, aquele que encontra no povo a insp1ra· ao e a !orca para a real1zagiio das tarefas da comunidade.
As Assembleias alnda ni!o reflectem pelo numero de deputados e pela sua composiQao. a realidade demogratica e a sua dlstribulcao no tarrlt6rlo res-pective. .
Conhecemos cases de aldeias com mlfitos habitantes que tam menos de· puti!'dbs ria Assembleia de Distrilo ou L.ocelldade, do que aldelas menos populosas. A cobertura do territor·io por OOda ASS!!Jmbleia e tambem multas ve· zes !nsullciente.
As Assembleias nao se reanem com a• regular!dade que a necessaria a dlnami2:acao da vida local. Falta o debate franco, falta o debate dlrecb do$ problem<~s da popula9ao. Ois~utir
· a abertura de uma estrada, a produ· 9ao e, escoainento do m>ilho. da man· dioca, do amendoim, cjo girassol, des hortico!as e tarefa da Assembleia.
A campanha agricola e a comer~la· llzac;ao agricola sao tareias centra1s do trabalho dos deputados e suas co· missoes.
Os deputadl"ls tllm de conhece~ o ea!el'l-dlirio agr.fcola da sua zona. Os Adminlstrarlores. os Presidentes e membros des Conselhos Exeoutivos,
. 0 inimigo age para nos tornar fin• senstve1s aos nossos prop. ios p[oble· mas, aos problemas do povo.
0 inlmigo quer taze'r 'do nosso ins· trumento de exerc'leJIO ao 'poder o seu mstr~:~mento. · :. · '
Rom)ler com esta situacao e uma exigenc1a que· deve $er colocada a cada um dos deputad6s, 0 deputado nao existe como · deputa<lo s6 dentro desta sara. ' '
0 seu mendato exerc~·se perma· nenlemente, que( no bairro, quer no
· seu local ·de resid8f!CIIi. 0 deputado deve ser capaz de ullrapassar a ati· tude reivindicativa e alcan~ar uma ali· tude de particrpacao activa, na pro· cur a de descoberta 'oas 'soiUQOeS para os problemas que o PoV/0, ' o ··Pars; o:o , cidadaos, enfrentam, /
Senhor.es Deputados, Caros Con~id~dps,
Vivemos ainda aprisionado~ empreconceitos. Ainda 'e<:imo8' dsattados pelo tribalistno1 .pet0 '''r"gionalismo, peto racismo, pela divisao. · E: . vardadel Temo!!''lutado contra, es
tas at1tudes e contra p~' p"teconceitos que eles geram. ma$ c'ontinuamos ail'l· da a ser vftimas Cla sua influ~ncia. Ainda nao aS$llmimos a r;~randeza do nosso Pais e a cap~,cidade , que j~ demonstramos em veneer as maiores dific;;_uloades •
A lnvestiga¢Ao criminal, a instrllQAo · preparat6ria dos prooessos •decorrem · muitas vezes com uma morosidade del iberada. que per'm'te 10 desapareci· mento ou subtracQao de elementos va- ' liosos de prova. Assim os processes sao mandado!l arquivar, com o argt,lmento de fa lta de mater·a crimina{ ou insuficienc.ia de proves.
ontem dt manTlii, viirias inlervengcles mereceram aplauso 'dOS deputaabs. Presidente· Samora Macheel foram proposlos f!car como documento de estudo
b!eia Popular estudara as ~ltera~oes a WlfOOI.!Zil. no lunc1onamento do ·rr1· . buna1 Supenor de Recurso, mctumao ,a e1ei{:SO de ju1zes.
tern de ser os primeiros no "conheci· mento ~as pnnc1pa1s lases e ne):lesSI· dades da villa econtm1ca e soc1a1 do temt6no que dmgem.
Dizem-me, as ve:Zl!s !iUe sou dema:· sitaao opullliSLa, !-vr4Ut:> ( ~·que eu Io·
nno con:;c,enc,a de que es,amos pobi es, mas 1an10em se1 fli.l6 nao sornus
0Er processes uma vez instruidos. fieam a aguardar julgamento. 'M!uo; o' juloamento nao ocorre oom oportum· dade, mas tardillmente e as penas apl'eadas s!io benevore"ntes em re!a~ao ao ctfme 6ometido. Por isso a.:: san~oes aplicadas nao prodllzem o efelto repressive e e:ocemplar.
Nao se com bate com flrmeza _ a ca·ndonga, a corrupc;:ao. o subotno, a sabotagem.
Crimlnosos e assasslnos silo' rna:ot-idos meses, anos nas PrisMs esperando julgamento. Alimentam·se contin· gentes de Mndidos que nada pro0u· :zem. mas que consomem o que p·n· duzimos para o abasteejmento do povo. . A actuagao dos 6rgios d~ investi·
_Entre o Mlntsier,o da Juslil<a, os Gr· g!'I'JS jUQ ClafloS, 0& iVI.iliS,er,os do m.e . . or, ua ::>egu, a .. c.; a e Ue.esa Na· c1onal e dem&IS orgaos estata1s em· pres as, deva ex.s11r uma elt, : e11a · oo· wooora<;ao e cooroena<;ao. , . Esta e uma SX1lganc1a para que se Ghe a rap,oez processual a Serl9dil ~e oa mvesttgag!lo e •instru~ao e a JUS· teza das sentenoas.
Os ctdadaos, as instltuigoes na Republica Popular. de Mocamb!que, tern o dire;ito e a obngagiio de participac em todas as lases da admin1strar;:ao da justiQa. .
Senhores Deputados.
Vent1ca-se tamoom uma tepetlr;:ao mecan~ca, nas provmclas e nos diS· tntos, dos, metodos e organizacao do aparelho estatal central. Cada estru· tura central ainda tem a tendenc1a para ter a sua rep1 esentagao nos escaloes inferiores. Assim a visao sec· tor1a1 a centralizadora sobrepoe·se a vlsao terntonal e global,
Os 6rg·iios executives do Estacc, ainda nao sao chamados a prestet• contas a Assembleia do respective escaliio e raramente infocmam sobrE:I a sua actividade.
A acg!!o de controlo que e Assem· bleia e seus-deputados deveriam exercer sobre as actividades econ6micas
Ha oito anos elegemos a Assem· • -e socials, sobre o aparelho estatal e ble1a Pop_ular e demals Assemb)e1ao; iudioiario ainda nao se mater!allza. do Povo, no primetlro processo de A acumular;:iio generalizada de fun· eleiQoes !;lera1s da HISt6na do povo 9oes a todos os nlve1s, cria uma sltua-mOQambicano. As Assembleias Lo,;als gao em que o controlado e o centro· toram reeleltas em 1960. :ador sao '0 mesmo.
Eleger os 6rgaos repra;entativos A dilui9ao aa exlgencla e da re•;· do pqder popular em cada escafiio, ponsab:liza9ao indiviouat to na·se nu· ~oi , um ponto alto da edlllcagao do ma constante. Nao se faz a avaliagao nosso Estado de democrac1a popular. do trabalho, nao sa valorize e preme1a
Como eoncluiu o 4.Q Congresso co o bom trabalho no apa•elho de Esta· Partido Frelimo, foi no esse•tclal CMia- do. E M muitos trabalhadores do do o nosso sistema de Orgaos do Es· apart"ho de Estado e das empresas tado. que merecem ser louvados e premia· " Mas, neste processo de destruigao dos.
do aparelho estatal de or gam co1o- E as vezes nllo o ta:zemos a!egando nial e de ed'ifioa~ao do novo aparelho talsos motivos e fal!a de meios. Quan~ <!e Estado. M problemas serio'J. do sabemos premiar quem metece
Oevemo•nos interrogar sobra como ganhamos confiang.a. definimos o tam sido exercido o pOder popular. exemplo a seguir. lsto enriquece·nos.
Os deputados nao estao em con· Mas no a:!)are'ho de Estado tambem tlkto permanente com os ale;tores, ha funcionarios que promovem a con· com os cidadaos. Muitos niio sao fusao, nao cumprem as taretas_ vio· mesmo conhecidos pe!o povo e ja nem lam limpunemente a nossa ordem e a mesmo se recordam por quem toram moral social. eleitos. ' Ha funcionarios que abusam dO po:
Os deputados nao t~m 6 seu circu· der, praticam a arbitrariedade e criam lo aleitoraL Nao estao vinculados a os seus grupinhos. Ha !unciona~;os trabalhar, a prestar coni!IS perante que impedem a dentlncia e resolu~ao urna emprnsa. uma cooperatlva, uma de problemas. Ha os que encobrem a escola, UIT' , llospltal, um bairro, um pnl.tica de actos lesivos da nos sa eco-conjunto' c'Oncreto de eleitores. nomia. <;Ia nossa ' moral. o que gera
Quando o deputedo vai as sessoes o descontentamento. Falla a estes da Assetllbleia de que e membro, nao funcionarlos, o min•imo ·da etica, de !em uma m~ssao concreta, nao anali· bno profissionaL sou os probletnas com os eleitores. , A arrogancia. a indisciplina e o li·
0 deputado' val a Assembleia como beralismo e a libertinagem passam a lndivfduo isolado, como responsave!. ser o seu lema. como t•mcionario, ma$ nEio como de- EO frequente trope~armos com a in· p!Jt?do,. 0 deputado nao· vai ~ As- competencia. entregarmos requerlme"l: S"'mbleia para contribu;r 0ar13 a so'"· tos, peti91ies e propostas cuja respos· r;aq de problemas que lhs foram co- ta demor:=l ou nunca vem. locados, mas aoenas, para ouvir a As avaliacoes, concursos e promo,. re"'"'~er orien!ac;oPS. clies. na base de crit&r;os rigor<Jsos, ,' 01:1er dizer: . Api!Oamos mecanic~· , nao sao ainda pr~tica geral.
., met;~tE! o <princlp,io , ded:fue o deputado E os deputados coexistem com PSta 1\ mandafilr!o de todo o povo. Na0 S!ituaC'ao: Qrganlzamos a rel~ciio concreta do , 0 inimiqo tem como alvo prin(:'p;!l dPn!ltarlO com 0 dld~diio . Ficamns ml da SUa acl':ilo OS deputados. OS 1-Jn•
' dAfinh'iao. no abst~aoto': Ass'm I' Cle· cio~~ros dO aoorelho estatal !l a di· l'llfado n;;!o eria-' rafzes solidas no·· .reccao Of'S nOSSl"S unidades sconoml· ~;"1 qo povo. • .,4 , !lrtS • .. ". ~¥.a!3 ~.,s.,a.o.~~ 0 inim1igo tem-vos como
... ~, m~lver e$fe '''/lt'o\;f~ll\a~~~(lar vfd!', ' seu arvo:-' -. '
puU16S , •
o nosso Pais r1ao e pab[e. E nao a poore pe1a coragem, -,pela pacuinc1a, !J"IO a.;~eJo de 11,gor, pe1a perststenCia aos mocaml:llcanos. A· oossa n· queza esta em prtme1ro Iugar na nos· 'sa un1dade, na unldllde e no exerclclo sem vergonha do nosso 'pooer.
A nossa nqueza esta no facto de nao ace1tarmos que a pobreza e uma iatalidade. Ela res:tde na conviCI(l\O ae que a pob[eza sa vence e que as armas para a veneer estao em nos. A luta armada ens10ou-nos 4ue nao ha perigos que nao ~~ poss~m veneer, quarrdo a razao esta do laoo de quem os enfrenta. 0 opt1rnismo "resulta da certeza no futuro, da confianl<a no povo e da esperan~a 'que' se, cons· tr6i na revolugao. ' ' --' · , " '' .. . ---
Mas apesar dlsto, ainda - ha 'quem vaoile. Ha quem sa deixe _veneer pelo pessimismo e pel a dtlvida. ' E ~quando alguem comeQa a vacilar, a ·duv1dar, quando alguel1'! come~a a ser assai· tado pelo medo, entao fica vulneravel as ideias do inimigo e pode mesmo transformar·se em seu agente. Trans· torma·se em pres a f~cil d~s. . mano· bras. . . , , , •..
Quer di:zer: fica vulneravel ·eo m1m1· g<> transformado em mulher, ao ini· miqo transformado em 'garrata de «Whisky», a•o inimigo transf~m.ado em ch·eque bancario e em dinhelro.
· E este t;po de individuo que tenta em vilo adivinhar alternatives para o nosso pooer: ·o pOdet que fez a !uta contra o colonialismo e conqmstou a ·independencia, ES'te e o. J!oder popu· lar, E a FREUMO. Este·e· o pcder que nao tem medo de· se manifestar a luz do dia. E o pooer que ·recusa -a divJ· sao e qu·e nao fica enfe,~d?d" ~ nada, a nao ser a liberdade, a justt~a. ao bem-estar, ao desejo de felioidade para todos.
E por isso que dizemo_s que a passlvidade e o comprom1s~Q redundam em sabotagem. , , :·, ' · ,
E por iGso que recU.$<a•mCXl ot1 «SlO· gans", r, por isso que recusamos o doqma·tismo, A -nossa tarefa e saber· mos encontrar os cam·inhos que sir· vam melhor OS noeso~ objectivos de desenvolvlmento, que .sirvam para romper com a apatia, com o subdesenvol· vlrnento . e a dependencia. F.:stes c?mi· nhos niio podem ser procur~dos fora do nosso Pais. - "'
Estes caminhos so ·SliP yiaveis se estiveram ancorados nas nossas ne-6essidades concretes, ,na nossa cui· tura no conhecimente das necessida· d"S 'do povo. Estes cam!nhos s6 Sao viaveis se forem caminh<-s que o povo c6mpreenda para S«L e'nnajar na sua a<bertura. '
A Luta Continual Multo ObngS<Io.
,,
J