KLLÉCYA CUNHA DE ABREU -...

20
PROJETOS DE APOIO AO SUS HOSPITAL SIRIO LIBANÊS HSL INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA IEP CURSO DE GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS KLLÉCYA CUNHA DE ABREU CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE A GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS CAXIAS - MA 2017

Transcript of KLLÉCYA CUNHA DE ABREU -...

1

PROJETOS DE APOIO AO SUS

HOSPITAL SIRIO LIBANÊS – HSL

INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA – IEP

CURSO DE GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS

KLLÉCYA CUNHA DE ABREU

CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE A GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE

NO SUS

CAXIAS - MA

2017

2

KLLÉCYA CUNHA DE ABREU

CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE A GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE

NO SUS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa para certificação no curso de Regulação em Saúde no SUS. Orientadora: Jainara Gomes da Silva

CAXIAS - MA

2017

3

RESUMO

Este presente trabalho trata de toda a minha trajetória ao longo dos meses como

especializanda do curso de Regulação em saúde no SUS. A qualificação da regulação é

fundamental para promover a integralidade da atenção e a equidade do cuidado em saúde,

aperfeiçoando as redes integradas e regionalizadas. O curso foi uma oportunidade oferecida

a todos os profissionais da rede básica, hospitalar e para os gestores de diversos

municípios. O início das aulas ocorreram em Março de 2017 e os encontros eram mensais

ocorrendo por 3 dias da semana. O grupo formado foi bem diversificado composto por

médicos, enfermeiros, assistentes sociais e odontólogos. Um novo jeito de transmitir

informações foi realizado por meio das metodologias ativas de ensino onde o aluno é

responsável pelo seu próprio conhecimento através da aprendizagem baseada em grupos.

Várias temáticas a cerca da Regulação foram abordadas através dos textos de apoio que

em seguida se tornavam objetos de reflexão a fim de buscarmos posteriormente em

pesquisas de artigos científicos literatura pertinente que embasasse a discussão. Durante o

curso foi abordado também o pensamento crítico por meio de filmes, chamados de viagens

educacionais e através da confecção de um projeto voltado para a realidade, momento no

qual ocorreu a integração entre a teoria e a prática. O curso é resultado da parceria entre o

Ministério da Saúde e o Hospital Sírio Libanês.

Palavras-chave: Regulação em Saúde, Metodologias Ativas, SUS.

4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 04

2 TRAJETÓRIA NO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS: CONSTRUINDO

CONHECIMENTOS ................................................................................................................. 05

3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 10

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 11

APÊNDICES ..................................................................................................................... 14

APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA ........................................................ 13

APÊNDICE B - TEXTO EXPECTATIVAS NO CURSO DE REGULAÇÃO .............. 14

APÊNDICE C - ESPECIALIZANDOS DO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE E

CONTRATO DIDÁTICO ASSINADO PELO GRUPO DIVERSIDADE

"DETERMINAÇÃO" ...................................................................................................... 15

APÊNDICE D - EQUIPES DO TBL / VÍDEO TRANSMISSÃO ................................. 16

APÊNDICE E - ÁRVORE EXPLICATIVA DO PROJETO APLICATIVO .................. 17

APÊNDICE F - PROJETO ESTRATÉGICO SITUACIONAL ................................... 18

ANEXO - QUESTIONÁRIO PERFIL DO INGRESSANTE .........................................19

5

1. INTRODUÇÃO

O curso de Especialização em Regulação em Saúde no SUS promove a

atualização e a capacitação de profissionais de saúde visando ao desenvolvimento de

capacidades para uma prática competente voltada à garantia do acesso e integralidade do

cuidado à saúde.

De acordo com o que foi apresentado inicialmente, o curso tem como foco a

promoção da regulação em saúde e a disseminação da gestão na região, criando

estratégias para ampliar o acesso e garantir o atendimento à saúde com maior qualidade e

segurança.

O programa é resultado da parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital

Sírio Libanês e parcerias como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e

o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS. Já está na sua 5º

edição e oferece ao participante uma visão ampliada da regulação em saúde, mantendo sua

atenção centrada nas necessidades do paciente, da família e dos grupos populacionais.

O Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês possui mais de uma

década de atuação e sua missão é gerar e disseminar conhecimentos e qualificar novos

profissionais, articulando habilidades e atitudes na promoção de soluções criativas e

inovadoras para os problemas do SUS.

O curso ocorreu nas dependências da Faculdade do Valeu do Itapecuru - FAI na

cidade de Caxias, Maranhão. Turma compondo 40 especializandos de diversas formações

profissionais e municípios distintos. Todos foram selecionados por inscrição e posterior

avaliação do perfil profissional (ANEXO) e confecção de um memorial da trajetória

(APÊNDICE A). Os encontros eram presenciais realizados mensalmente sob Coordenação

de Silvio Fernandes, Gestora Lara Paixão e Facilitadoras Aurilívia Barros e Jainara Gomes.

5

2. TRAJETÓRIA NO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS: CONSTRUINDO

CONHECIMENTOS

Uma das primeiras novidades foi entender como funciona na prática a

metodologia ativa (MA) que norteia o curso. Baseiam-se em formas de desenvolver o

processo de aprender, utilizando experiências reais ou simuladas, visando as condições de

solucionar com sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prática social, em

diferentes contextos. (BERBEL, 2011).

Para Bastos, 2006, as metodologias ativas se definem como um processo

interativo de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas

com a finalidade de encontrar soluções para um problema.

A MA é a concepção educacional que coloca o aluno como principal agente de

sua aprendizagem. O estímulo à crítica e à reflexão são incentivados pelo professor que

conduz a aula, aperfeiçoando a autonomia individual do aluno. (CARICATI, 2016). O medo

do novo gera inseguranças com relação ao aprendizado que sempre se deu de forma a

simples transferências de informações. Foi bem complicado entender no início a real

proposta desta metodologia, uma verdadeira novidade que para mim não foi visto com

muitos bons olhos a princípio. Através de uma pesquisa bibliográfica da temática, pude

entender melhor que a MA é a melhor forma de discussão, debate, formação de conceitos

que se pode ter, o dinamismo é maravilhoso e mostra que o conhecimento adquirido vai

depender unicamente da pessoa.

Historicamente, a educação dos profissionais da saúde baseia-se no modelo

flexeriano dos cursos médicos, que enfatiza os aspectos biológicos, fragmenta o saber,

fortalece a dicotomia entre teoria e prática e desconsidera as necessidades do Sistema

Único de Saúde. Diferente da MA que trabalha com a elaboração de situações de ensino

que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre

problemas que geram curiosidade e desafio. (SOBRAL,2012).

Tais questões foram a base da elaboração de uma síntese provisória onde, a

partir de um texto, foram identificados problemas, elaboradas hipóteses e questões

norteadoras para a confecção de um produto final chamado síntese, fundamentado em

literatura pertinente ou evidências empíricas que sustentam ou não as questões levantadas.

Todo o curso de Regulação em Saúde foi pautado a extrair o máximo de

conceitos, sentimentos, reflexões do próprio aluno. Os facilitadores apenas norteavam as

discussões para que o resultado final fosse atingido. No começo muitas dúvidas surgiram,

6

no entanto, com o tempo todo o grupo já estava absorvendo bem a ideia e contribuindo

ricamente com a construção do saber coletivo.

O facilitador é alguém que ajuda um grupo de pessoas a compreender os seus

objetivos comuns, auxiliando-os no planejamento. Ao fazê-lo, o facilitador permanece

"neutro", o que significa que ele ou ela não toma uma posição particular na discussão. Ele

apoia todo o processo de avaliação promovendo a reflexão no grupo de participantes,

incentivando o diálogo e discussão e orientando os participantes para a concepção e

implementação de mudanças para melhor. Ele também garante a participação e a função

dialógica e democrática da avaliação, assegura que todos os participantes tenham a

oportunidade de expressar seu ponto de vista, a comparação entre os diferentes pontos de

vista, promove o processo de negociação e a tomada de decisão compartilhada.

(BONDIOLI, 2015).

No primeiro encontro foi realizado acolhimento dos 40 especializandos e

dinâmica para formação de grupos diversidades. Cada aluno redigiu um pequeno texto

sobre as expectativas no curso (APÊNDICE B) o qual foi compartilhado com os demais

através de palavras-chave. Em seguida elaborado em conjunto um contrato didático de

direitos e deveres e assinado por todos a ser cumprido ao longo dos 9 meses de curso.

(APÊNDICE C).

Uma estratégia didática utilizada é a Viagem Educacional, que através de filmes

eram feitas discussões com relação a nossa vivência profissional. Após exibição dos filmes,

eram feitos compartilhamentos de sentimentos em relação ao mesmo. Momento ímpar onde

refletíamos sobre a nossa própria conduta como profissional e debatíamos formas de

melhorias. Uma das viagens educacionais exibidas no curso retrata bem o dia a dia de

qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do Brasil. O primeiro episódio da série "Unidade

Básica" conta a história de uma idosa diabética que não consegue controlar seus índices

glicêmicos mesmo fazendo uso aparentemente correto das medicações. É acompanhada

por uma filha e uma cuidadora que não observam que na verdade a idosa jogava todas as

medicações fora. O filme nos fez repensar sobre a conduta enquanto profissional, as

dificuldades na adesão medicamentosa por parte dos pacientes especialmente os mais

idosos, os pedidos excessivos de exames complementares, o entendimento do contexto

familiar e relações afetivas dos pacientes.

Nos encontros subsequentes, foi apresentado que a avaliação final do curso

seria composta por 3 grandes produtos. O primeiro deles é o portfólio, a documentação de

todo trabalho já realizado.

Conforme relatado em Maia, 2016, o portfólio originou-se no campo das Artes,

constituindo um conjunto de trabalhos que o artista utiliza para divulgar sua produção a ser

7

analisada e avaliada. No contexto educacional, é uma coleção de trabalhos do aluno que

pode ser usada como proposta de avaliação. Ao oferecer a possibilidade de o aluno refletir

sobre seu desenvolvimento, relatando seu processo de aprendizagem, o portfólio assume

uma característica essencialmente reflexiva. E segundo Mendes, 2016, o portfólio pode

conter um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações. Pode

documentar situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo por

meio de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo.

O portfólio foi avaliado em todos os demais encontros, sua construção era

contínua e revisado mês a mês pelos facilitadores. Uma grande atividade que enriqueceu

bastante na confecção dessa avaliação foi conhecer a cidade fictícia de Polis e realizar sua

cartografia. Pólis é o terceiro município mais populoso de São Paulo, possui no setor

industrial sua principal fonte de subsistência. Polis é uma cidade que se originou às margens

de um rio, altamente desenvolvida, sua população possui um nível educacional elevado, alta

longevidade, terceiro melhor IDH do estado. Apresenta um acentuado envelhecimento

populacional, com declíneo das taxas de natalidade e predomínio de doenças crônicas.

(PADILHA, et al, 2016).

O conceito segundo a Associação Cartográfica Internacional, cartografia é um

"conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base o

resultado de observações diretas ou da análise da documentação, se voltam para a

elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão e representação de objetos,

fenômenos e ambientes físicos e sócio-econômicos, bem como sua utilização". (BRASIL,

2008). Representar por meio de uma maquete a cidade foi interessante pois com ela foi

possível a construção do conhecimento de espaços vivido, percebido e concebido, além de

que acabou transformando o método de ensino a partir do ensinar para aprender.

Uma outra forma de estudar a Regulação no SUS foi através de TBL: Team

based learning. O grupo maior era dividido em grupos menores, após a leitura do texto

respondíamos as questões e em seguida debatíamos as respostas individuais e depois com

os demais especializandos pertencentes aos outros grupos. Os TBL se davam através de

vídeo transmissões com os tutores online discutindo cada questão e fazendo suas

contribuições, enriquecendo ainda mais todo o processo. (APÊNDICE D).

A aprendizagem baseada em times consiste em uma estratégia desenvolvida

nos anos 70 nos EUA que procura criar oportunidades e obter benefícios do trabalho em

pequenos grupos, uma característica importante do TBL é que não há necessidade de se ter

conhecimento prévio do assunto. Tem sua fundamentação teórica baseada no

construtivismo, em que o professor se torna um facilitador para a aprendizagem em um

ambiente despido de autoritarismo e que privilegia a igualdade. (BOLLELA, 2014).

8

O método utiliza uma estratégia instrucional que estimula o aluno a desenvolver,

processar e maximizar a discussão intelectual e a dinâmica de equipe, ou seja, sua

fundamentação teórica é baseada no construtivismo e na resolução de problemas. O

ambiente de educação se torna mais interessante, minimizando o desinteresse pelo

aprendizado (FATMI, apud MARQUES, 2015). A grande vantagem do TBL reside no fato de

que somos provocados a desenvolver um pensamento conjunto, de cooperativismo, nos

tornamos protagonistas do nosso ensino e nos sentimos motivados a participar.

Alguns instrumentos de avaliação eram utilizados no decorrer do curso, um

deles ocorria no final de cada encontro onde o facilitador orientava a fazer a avaliação

individual, avaliação do grupo e avaliação do próprio facilitador, de forma aberta, discursiva,

exigindo que todos falassem e assim cada aluno acabava analisando sua postura no

decorrer dos dias e se o contrato didático estava de fato sendo cumprido. Uma outra forma

foi o formato de avaliação "entre pares". As equipes constituíram duplas e um

especializando avaliava o outro.

Um dos maiores produtos do curso é a confecção de um Projeto Aplicativo (PA)

que se iniciou desde os primeiros encontros. O PA pode ser compreendido como

uma atividade coletiva desenvolvida em um pequeno grupo com foco na construção de uma

intervenção na realidade. Para dar início as atividades do PA foi realizado um Planejamento

Estratégico Situacional (PES), pois oportuniza o enfrentamento de problemas a partir de um

olhar abrangente junto as ações dos atores envolvidos. Foi realizada uma árvore explicativa

(APÊNCIDE E) e um macroproblema foi escolhido: "Falta de organização nos processos de

trabalho e comprometimento dos profissionais na Estratégia Saúde da Família".

Segundo Artmann, 1997, o PES é um método de planejamento por problemas e

trata, principalmente, dos problemas mal estruturados e complexos, para os quais não existe

solução normativa ou previamente conhecida como no caso daqueles bem estruturados.

Para Matus, 1993 apud Atmann, 1997, um problema não pode ser apenas um “mal-estar” ou

uma necessidade sentida pela população. Um problema suscita à ação: é uma realidade

insatisfatória superável que permite um intercâmbio favorável com outra realidade, ou seja,

somente a ação muda a realidade.

Após a construção da árvore explicativa, selecionamos os chamados "nós

críticos", que segundo o material explicativo, são as causas que devem ser alvos de

intervenção. Dois nós críticos foram selecionados para o macroproblema acima: Falta de

capacitação e educação continuada; Ausência de articulação entre os profissionais da

equipe de saúde. Cada um com os seus resultados esperados e ações necessárias para se

chegar a esses objetivos propostos.

9

A construção do PES foi mais um momento onde a equipe pode participar mais

ativamente na elaboração de um problema que afeta diretamente o serviço da atenção

básica e consequentemente da regulação e a construção de ações que possam resolver

esse problema. Sabemos que na Estratégia Saúde da Família grande parte das equipes não

têm um projeto comum, não realizam um planejamento baseado na realidade local, não

identificam as responsabilidades comuns e as específicas por profissionais, como também

não há uma participação da comunidade, ou seja, não existe uma responsabilidade coletiva

na organização do trabalho. (APÊNDICE F).

A última situação problema trabalhada intitulada "Regulação em Tarento" retrata

bem o real problema vivido diariamente pela regulação: a centralização dos serviços de

regulação, a falta de integração e consenso entre os serviços de saúde e uma classificação

de risco ineficiente. Problemas estes que foram levantados após leitura do texto e discussão

da equipe. De suma importancia relatar o que cada especializando enxerga como problema,

os pontos em comum e realizar um síntese que responda os questionamentos a cerca dos

problemas.

Através da ajuda do facilitador as áreas do perfil de competência do especialista

em Regulação em Saúde se tornaram objetos tanto de reflexão como de avaliação. As três

áreas que delimitam são: Gestão da Regulação em Saúde; Atenção à Saúde e Formação

profissional e produção de conhecimento na saúde. No quesito que se refere à gestão, foi

possível através da leitura e discussão dos textos de apoio e posterior sínteses, identificar

as principais necessidades, problemas e soluções no âmbito da regulação e mapear o perfil

de oferta e demanda de serviços, refletimos com relação a promoção de um acesso

oportuno e qualificado dos usuários. No que se refere a competência saúde, identificamos

inadequações dos processos assistenciais, perfil de morbimortalidade e risco de

vulnerabilidade da população, além claro da avaliação dos resultados e impactos das ações.

E em relação a competência da formação profissional, conseguimos desenvolver diversas

ações educacionais, buscamos atualização dos conhecimentos, sempre nos incentivando a

investigação e análise crítica-reflexiva.

Um diagnóstico das necessidades de saúde deve ser realizado e ser definido

grades assistenciais de referência pactuadas entre gestores de suas unidades federadas. É

imprescindível organizar os sistemas regionais de saúde em suas especificidades (atenção

às urgências, saúde materno-infantil e saúde do homem) e estabelecer protocolos e fluxos

dos pacientes nos diferentes níveis de atenção de suas unidades componentes – isso é o

que denominamos Regulação (BARBOSA, 2016).

10

3. CONCLUSÃO

No decorrer do curso houveram muitos momentos onde discutimos sobre o

processo regulatório, suas deficiências e resolubilidade. Os facilitadores, as vídeo-

transmissões e os TBL asseguraram de forma precisa o objetivo singular do curso, trazendo

um olhar ampliado do tema, fazendo-nos entender o processo regulatório não como um

impasse mas sim como um mecanismo de organização da assistência.

O curso proporcionou uma experiência nunca vivida no âmbito do serviço de

Regulação em Saúde e permitiu dimensionar sua importância e suas fragilidades no ponto

de vista de diversos profissionais de realidades distintas. E este aprendizado se deve em

maior parte à forma como foi conduzido o curso baseado na metodologia ativa, o que me

motiva a continuar trabalhando nessa linha de aprendizagem.

11

REFERÊNCIAS

ARTMANN, E, AZEVEDO, C.S; SÁ, M.C. Possibilidades de aplicação do enfoque estratégico de planejamento no nível local de saúde: análise comparada de duas experiências. Rio de Janeiro: Cadernos de Saúde Pública, 13(4):723-740, out-dez, 1997. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/PossibilidadesAplica%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BARBOSA, D.V.S; BARBOSA, N.B; NAJBERG, E. Regulação em Saúde: desafios à governança do SUS. Caderno de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cadsc/2016nahead/1414-462X-cadsc-1414-462X201600010106.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BERBEL, N.A.N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. Londrina: 2011.

Disponível em: http://www.proiac.uff.br/sites/default/files/documentos/berbel_2011.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BOLLELA, V.R; et al. Aprendizagem baseada em equipes: em baseada em equipes: da teoria à prática da teoria à prática. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. 47(3): 293-300. Ribeirão Preto: 2014. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2014/vol47n3/7_Aprendizagem%20baseada%20em%20equipes-%20da%20teoria%20%E0%20pr%E1tica..pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BONDIOLI, A. Promover a partir do interior: o papel do facilitador no apoio a formas dialógicas e reflexivas de auto-avaliação. Revista Educação e Pesquisa, v. 41, n. especial, p. 1327-1338, dez, São Paulo: 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v41nspe/1517-9702-ep-41-spe-1327.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BRASIL. IBGE. Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: 2008. Disponível em:

https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/introducao.html. Acesso em: 05 Out 2017. CARICATI, L. Porque a metodologia ativa é tão importante numa graduação? Revista da Faculdade Paulista de Pesquisa e Ensino Superior. Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/aprendizagem-ativa/. Acesso em: 05 Out 2017. MAIA, M.V; STRUCHINER, M. Aprendizagem Significativa e o Portfólio Reflexivo Eletrônico na Educação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica. vol.40 no.4. Oct./Dec. Rio de Janeiro: 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022016000400720. Acesso em: 05 Out 2017. MARQUES, A.P.A.Z; VILHEGAS, V.P.P. A EXPERIÊNCIA DO TEAM BASED LEARNING Revista da Faculdade Toledo Prudente Centro Universitário. São Paulo. Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewPDFInterstitial/4778/4535. Acesso em: 05 Out 2017.

12

MENDES, M. Portfólio: instrumento de metacognição para os professores em seu processo reflexivo na atividade docente. Revista Psicopedagogia. vol.33 no.100. São Paulo: 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000100008. Acesso em: 05 Out 2017. PADILHA, R.Q. et al. Município Polis. Caderno do Cenário Simulado. São Paulo: Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. Ministério da Saúde, 2016. SOBRAL, F.R; CAMPOS, C.J.G. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. Revista Escola Enfermagem da USP, 46(1): 208-18, São Paulo: 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a28.pdf. Acesso em: 05 Out 2017.

13

APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA

Em 2002 aos 17 anos iniciei minha vida acadêmica na Universidade Estadual do Maranhão

(UEMA) no curso de Enfermagem, apesar de não ter exercido a profissão atuei como

professora de algumas disciplinas tais como Saúde e Segurança no Trabalho e

Fundamentos de Oncologia. Em seguida, ingressei no curso de Medicina na Universidade

Federal do Maranhão (UFMA), onde realizei diversas atividades: representante discente do

Departamento de Medicina I (DMED I - Clínica Médica) por 2 anos, participando de reuniões

de planejamento do curso e melhorias juntos aos professores; presidente da Liga

Acadêmica de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão por quase 3 anos, elaborando e

organizando atividades extra curriculares, cursos de extensão e campanhas de doação de

sangue; participante do projeto de pesquisa sobre a Síndrome das Pernas Inquietas em

Pacientes Urêmicos e do projeto de extensão do Programa de Atenção ao Câncer Bucal,

além de ter sido representante de turma por 5 anos, organizando junto ao coordenador de

cada período o semestre. Sou formada há menos de 2 anos e no momento trabalho como

médica da Estratégia Saúde da Família na zona rural do município de São João do Sóter

mas também já atuei na urgência e emergência adulto e pediátrica nos municípios de São

José de Ribamar, São Luís e Caxias.

14

APÊNDICE B - TEXTO EXPECTATIVAS NO CURSO DE REGULAÇÃO

As expectativas são as melhores possíveis e vão desde as minhas enquanto aluna,

passando pelo local das aulas, qualidade do material utilizado e nível de conhecimento dos

facilitadores. Que eu possa me dedicar as atividades do curso, que o local das aulas nos

forneça um espaço agradável, confortável e com acessibilidade virtual disponível a todos,

que os impressos utilizados sejam de alta qualidade, que as aulas sejam dinâmicas e que os

facilitadores possam repassar o conteúdo de uma forma interativa. Espero também que ao

final do curso possa ter maior dinamismo nas ações desenvolvidas na Atenção Básica,

definir melhor as prioridades, ter conhecimento sobre o real processo da regulação em

saúde, o controle e avaliação. Entender como a regulação é usada como ferramenta no

SUS, poder aplicar essa teoria ao meu cotidiano e tentar melhorar como um todo o meu

processo de trabalho.

15

APÊNDICE C - ESPECIALIZANDOS DO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE E

PRIMEIRO CONTRATO DIDÁTICO ASSINADO PELO GRUPO DIVERSIDADE

"DETERMINAÇÃO"

16

APÊNDICE D - EQUIPES DO TBL / VÍDEO TRANSMISSÃO

17

APÊNDICE E - ÁRVORE EXPLICATIVA DO PROJETO APLICATIVO

18

APÊNDICE F - PROJETO ESTRATÉGICO SITUACIONAL

19

ANEXO A - REGISTRO DO PERFIL DO INGRESSANTE